Construindo a Sustentabilidade: Lições na gestão do Programa Piloto e desafios para o futuro
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- Raphaella Garrido Correia
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1 Construindo a Sustentabilidade: Lições na gestão do Programa Piloto e desafios para o futuro Seminário Nacional: O Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil: Resultados, Lições e Contribuições para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Santarém PA, 21 a 24 de junho de 2005 Brent Millikan Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise - AMA SCA/MMA 1
2 Apresentação Estratégia do Programa Arranjos Institucionais Gestão de Projetos Desafios para o Futuro Fontes: Estudo sobre participação da sociedade civil no Programa Piloto (Banco Mundial, 2000), estudos do AMA, RMT, Relatório de Progresso , etc. 2
3 Construção da Estratégia do Programa e de sua Carteira de Projetos Abordagem holística: integração entre conservação e melhorias na qualidade de vida de populações locais Caráter de inovação e experimentação (a partir da Amazônia) Parcerias: comunidades tradicionais, produtores familiares, governos estaduais, prefeituras, etc; 3
4 Construção da Estratégia do Programa e sua Carteira de Projetos Envolvimento de grupos sociais com pouca ou nenhuma participação histórica na formulação de políticas públicas na Amazônia (produtores familiares, ribeirinhos, seringueiros e outras populações extrativistas, populações indígenas) Variação entre projetos no nível de participação de organizações da sociedade civil (concepção, planejamento, execução) 4
5 Motivos pela Variação Protagonistas no surgimento de projetos; Nível de organização social pré-existente em torno do tema; Percepções entre órgãos governamentais e OSCs sobre a relevância da participação; Pessoal capacitado de órgãos públicos em métodos participativos; Capacidade técnica de OSCs para se envolver em determinados temas; Aprendizagem sobre relevância da participação em novos projetos 5
6 Construção da Estratégia do Programa e de sua Carteira de Projetos Formulação de carteira de projetos a partir das demandas específicas de diferentes setores (IBAMA, SAE/PR, governos estaduais, instituições de pesquisa, populações extrativistas, povos indígenas, produtores familiares, redes, etc.) Aspectos positivos: flexibilidade e diversidade de abordagens, capacitação institucional 6
7 Demandas Setoriais na Definição da Carteira de Projetos Falta de estratégia de programa focado no diagnóstico das causas do desmatamento Lacunas de temas relevantes (p.ex. pecuária, grilagem em terras públicas, política fundiária, assentamentos rurais) Baixo envolvimento de outros grupos relevantes da sociedade (pecuaristas, madeireiros, etc.) Falta de envolvimento de órgãos governamentais relevantes ( desenvolvimentistas ); Pouca discussão sobre interfaces do Programa com estratégias de desenvolvimento e políticas setoriais relevantes (p.ex. eixos de integração) Contribuições: GTA /ADT, Agenda Positiva, relatórios do IAG, estudos AMA (grilagem, soja) 7
8 Demandas Setoriais na Definição da Carteira de Projetos Tendências de isolamento de projetos; Cultura de balcão : riscos de atenção insuficiente para geração de modelos replicáveis; assistência técnica; estruturação de sistemas de M&A como ferramentas de gestão de conhecimentos; dependência excessiva em recursos externos Avanços recentes, especialmente após a Reunião de Participantes em Cuiabá - MT (2001) 8
9 Arranjos Institucionais Criação de instâncias colegiadas entre parceiros em nível de projetos e do Programa Maior liderança do Governo Brasileiro na gestão do Programa, especialmente por parte do MMA, após a Revisão Institucional de 1999 (CCC, CCB, CCD) 9
10 Arranjos Institucionais Tendências de papel formal / administrativo vs. mesa redonda de diálogo sobre assuntos estratégicos (p.ex. falta de debate sobre relatórios do IAG em reuniões da CCB e CCC); Espera de definições políticas associada à falta de reuniões de instâncias colegiadas do Programa Problemas de articulação com outros atores sociais, órgãos governamentais e fóruns de gestão de políticas públicas (avanços recentes); Predominância de participação informal da sociedade civil: tende a agilizar encaminhamentos pontuais, mas pode dificultar transparência e um maior envolvimento de grupos com menos acesso a tomadores de decisão 10
11 Gestão de Projetos Importância de cultura de qualidade na gestão de projetos num Programa com características de experimentação e inovação (legalidade, transparência, agilidade, compromisso com objetivos) Preocupação crescente com qualidade de gestão de projetos; Integração de culturas institucionais de parceiros (p.ex. RAAP/SPRN) 11
12 Gestão de Projetos Exemplos da busca de maior agilidade em procedimentos de gestão administrativa financeira, especialmente entre projetos executados na ponta: a) mecanismo de repasse de recursos via Banco do Brasil adotado no PDA b) Programa de Capacitação Ambiental (PCA) do SPRN, apoiado pelo DfID, 12
13 Gestão de Projetos Persistência de procedimentos gerenciais burocratizados, incompatíveis com agilidade necessária em iniciativas piloto; Complexidade de arranjos gerenciais: GOB, BIRD, doadores, PNUD, etc.; Dificuldades encontradas por parceiros: órgãos governamentais (p.ex. OEMAs / PGAIs); organizações comunitárias (PDA, PDPI, RESEX, Provárzea, etc.) Tendências entre parceiros internacionais de optar por outros mecanismos bilaterais de apoio a projetos 13
14 Gestão de Projetos No desenho original do Programa, pouca clareza sobre estratégias de disseminação: como fazer a ampliação de escala, influenciar políticas públicas? Aprendizagens: sistemas de M&E, sistematizar pensando em disseminação ; preparação de produtos em formatos adequados,, articulação com GTIs para levantar demandas; apoio a diálogos sobre políticas de forma articulada com fóruns constituídos Papel do AMA como facilitador na disseminação de conhecimentos Estratégia de comunicação vis-à-vis opinião publica regional, nacional e internacional 14
15 Desafios / Estratégia Importância do embasamento do Programa Piloto em estratégias de desenvolvimento sustentável com diretrizes pactuadas e internalizadas entre diferentes esferas do governo e da sociedade; Abordagem integrada do PAS: gestão territorial, fomento a atividades sustentáveis, infraestrutura, inclusão social e cidadania política de Governo Diretrizes norteadoras que ajudam a encontrar caminhos para a superação de conflitos vs. receita do bolo Regras claras (p.ex. Reserva Legal, regularização fundiária) (OBS: Fora da governabilidade direta do Programa) 15
16 Desafios / Estratégia Contribuições do Programa para a busca de soluções de conflitos? p.ex. métodos para a avaliação estratégica de obras, agenda positiva com madeireiros, pecuaristas, sojicultores; Parcerias com o setor privado (p.ex. aumento de produtividade de áreas já desmatadas; cadeias de custódia para commodities, comprovando práticas de responsabilidade socioambiental, potencial de articulação com SLAPR e incentivos econômicos) Relevância de novas iniciativas de experimentação e inovação, preenchimento de lacunas de conhecimento no atual contexto do PAS (estratégia dentro e fora do Programa Piloto?) 16
17 Desafios / Estratégia Inteligência sobre dinâmicas de desmatamento, para melhor orientar políticas públicas e a análise de sua eficiência e eficácia, envolvendo cooperação interinstitucional (governo, sociedade, instituições de pesquisa) (GEOMA, AMA) Intercâmbio com outros paises amazônicos (gestão territorial, infra-estrutura, produção sustentável); parcerias com OTCA, IIRSA, etc. 17
18 Desafios / Arranjos Institucionais Importância de espaços de diálogo e negociação de políticas públicas no âmbito do PAS e seus desdobramentos ( plano de combate ao desmatamento, Plano BR-163 Sustentável) Espaços de diálogo com a cooperação internacional no marco do PAS: compatibilização de agendas, inclusive empréstimos; novos mecanismos de financiamento (p.ex. compensação por serviços ambientais). 18
19 Desafios / Arranjos Institucionais Enquanto isso, garantir funcionamento de instâncias colegiadas do Programa como espaços participativos de dialogo e negociação sobre temas estratégicos, em articulação com outros fóruns de gestão de políticas públicas (GTIs, etc.) Aproveitar contribuições do IAG Envolvimento de novos parceiros? 19
20 Desafios / Gestão de Projetos Consolidação de iniciativas inovadoras (p.ex. sistemas de produção sustentável, licenciamento ambiental em propriedade rural, estratégias de gestão de UCs e TIs / áreas de entorno) Sistematização de conhecimentos, utilizando ferramentas de monitoramento e avaliação, estudos, etc. Disseminação e ampliação de escala 20
21 Disseminação e ampliação de escala Articulação com instâncias de planejamento operacional de iniciativas estratégicas (com destaque para GTIs do plano de combate ao desmatamento, Plano BR-163 Sustentável) Apoio do Programa Piloto para fortalecer a gestão de desdobramentos do PAS (planejamento, M&E, mecanismos de execução financeira, etc.)? Integração com programas estruturantes, necessários para a ampliação de escala (p.ex. PNF, PRONAF, PNATER, FNO) Atuação com redes sociais 21
22 Desafios / Gestão de Projetos Melhorar mecanismos de execução de projetos, dentro e fora do Programa Piloto (legalidade, transparência, agilidade) Mecanismos de financiamento para ampliação de escala no marco do PAS (fontes internas e externas) Fortalecer capacidade operacional de órgãos públicos essenciais para a ampliação de escala, (IBAMA, INCRA, OEMAs, prefeituras, etc.) especialmente recursos humanos; 22
23 Desafios / Próximos Passos Parcerias com a sociedade civil organizada em processos de ampliação de escala (p.ex. Plano BR- 163 Sustentável) Apoio à mobilização e capacitação, a visando a sua participação ativa em atividades de planejamento, execução, monitoramento e avaliação Transparência e fortalecimento da cidadania 23
24 FIM, 24
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