Análise de estrutura administrativa e Métodos de gerenciamento de frota: Estudo de caso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise de estrutura administrativa e Métodos de gerenciamento de frota: Estudo de caso"

Transcrição

1 Análise de estrutura administrativa e Métodos de gerenciamento de frota: Estudo de caso Por: Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da UFRJ, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Engenheiro Naval. Aprovado por: Eduardo Gonçalves Serra Luiz Antonio Vaz Pinto Claudio Luiz Baraúna Vieira RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL MAIO DE 2009

2 Universidade Federal do Rio de Janeiro Curso de Engenharia Naval e Oceânica Análise de estrutura administrativa e Métodos de gerenciamento de frota: Estudo de caso Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da UFRJ, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Engenheiro Naval. Por: Professor-Orientador: Eduardo Gonçalves Serra Rio de Janeiro Maio de 2009 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. i.

3 Agradecimentos: Agradeço primeiramente a meus pais, Assimen Abdalla e Maria Luiza Canavarro Abdalla, e minha irmã, Thaís C. Abdalla. Em nenhum momento deixaram meu lado ao longo de todas as horas difíceis, servindo como exemplos profissionais e de caráter, oferecendo apoio, incentivo e sempre torcendo por minha realização como profissional e ser humano. Aos grandes amigos Carlos Magno e Fernando Almeida, pela sincera amizade e companheirismo, assim como pela grande paciência e suporte, sem os quais o curso de Engenharia Naval e este trabalho não teriam sido possíveis. Ao Mestre e Fleet Superintendent, Carlos Alberto Carloni, por seu exemplo em campo e orientação como chefe e colega além da incansável disposição para transmitir seus conhecimentos e experiência profissional. A todos os amigos e colegas que contribuíram para a realização deste projeto e conclusão das longas disciplinas do curso em especial: Mariana Coelho, Robledo Gonzalez, Giano Correia, Mariana Gomes, Daniel Quintão, Denilson Fontoura, Eduardo Rodrigues e João Felipe Lopes. Ao Professor Eduardo Serra por sua orientação e auxílio na organização e composição deste trabalho. A todos os professores da graduação da Engenharia Naval que contribuíram com suas aulas e distintas filosofias pessoais, influenciando em minha formação como engenheiro e ser humano. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. ii.

4 O navio é uma das estruturas mais complexas já construídas pelo homem, já que seu projeto envolve profissionais dos vários segmentos da engenharia e milhares de atividades são realizadas até a embarcação adquirir boas condições de navegabilidade Allmendinger 1983 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. iii.

5 Resumo Abstract Este trabalho de graduação tem por finalidade pesquisar e apresentar os principais elementos componentes em um Plano de Manutenção de empresa de gerenciamento de frota de navios mercantes, discorrendo sobre alicerces necessários para operação comercial (e técnica) bem sucedida. Por meio de um estudo de caso de Empresa de Navegação é feita análise de métodos, de observações e das soluções utilizadas no meio marítimo de gerenciamento. This academic paper has as its main objective to research and present the key elements compounding a Maintenance Plan of a merchant fleet management company, elaborating on the foundations needed for a successful commercial (and technical) operation. Through a case study of a Navigation Company a analysis is done of methods, observations and solutions commonly used in the maritime management business. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. iv.

6 Lista de Abreviaturas e Siglas ABS AD AIS AS AWES CIABA CIAGA CIF COA DNV DWT EPIRB EPI FOB FSC GT GMDSS HAWB HVAC IAPP Certificate ICGB ICLL American Bureau of Shipping Água Doce Automatic Identification System / Sistema de Identificação Automática Água Salgada Association of West European Shipbuilders / Associação dos Construtores Navais da Europa Ocidental Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar Centro de Instrução Almirante Graça Aranha Cost, Insurance and Freight / Custo, Seguro e Frete Contract of Affreightment / Contrato de Afretamento Det Norske Veritas Deadweight / Peso Bruto Emergency Position Indicating Radio Beacon / Sinal de Rádio Indicador de Localização de Emergência Equipamentos de Proteção Individual Free On Board / Livre a Bordo Flag State Control / Controle do Estado de Bandeira Gross Tonnage / Arqueação Bruta Global Maritime Distress Safety System / Sistema de Segurança Global para Socorro House Airway Bill / Contrato para Transporte Aéreo Heating, Ventilating and Air-Conditioning / Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado International Air Pollution Prevention Certificate / Certificado Internacional de Prevenção à Poluição do Ar International Bureau of Cargo Gear / Escritório Internacional de Equipamentos de Carga International Convention on Load Lines UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. v.

7 ILO IMO IMPA IOPP Certificate ISO ISPS Code ISM Code JIT KPI LR MCP MCA NOR OC OD OECD OL P&Y PMS PSC QSMS International Labour Organization / Organização Mundial do Trabalho International Maritime Organization International Marine Purchasing Association / Associação Internacional de Compradores Marítimos International Oil Pollution Prevention Certificate / Certificado Internacional de Prevenção à Poluição por Óleo International Organization for Standardization International Ship and Port Security Code / Código Internacional de Segurança de Navio e Porto International Safety Management Code / Código Internacional de Gerenciamento da Segurança Just In Time Key Performance Indicator / Indicador-Chave de Desempenho Lloyd s Register Motor de Combustão Principal Motor de Combustão Auxiliar Notice of Readyness / Aviso de Prontidão Óleo Combustível Óleo Diesel Organization for Economic Co-Operation and Development / Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento Óleo Lubrificante Protect & Indemnity / Proteção & Indenização Planned Maintenance System / Sistema de Manutenção Planejada Port State Control / Controle do Estado do Porto Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. vi.

8 SOLAS STCW Certificate SWOT TC TEU TI ULCC VC VLCC WTO Safety Of Life At Sea Standards of Training, Certification and Watchkeeping Certificate / Certificado de Padrões de Treinamento, Certificação e Serviço de Quarto Strenghts, Weakness, Opportunities and Threats / Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças Time Charter Twenty feet Equivalent Unit Tecnologia de Informação Ultra Large Crude Carrier Voyage Charter Very Large Crude Carrier World Trade Organization / Organização Mundial do Comércio UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. vii.

9 Lista de Figuras Figura 1. Evolução da arqueação bruta da frota mercante mundial Figura 2. Evolução do market share das principais regiões construtoras de navios Figura 3. Evolução do market share por tipo de navio Figura 4. Evolução da frota de Porta-Containers mundial Figura 5. Acidentes reportados entre 1996 a 2005 Figura 6. O tempo de fundeio e filas do line up diminuiu desde a implantação de hub ports mas em rotas de tráfego intenso o problema persiste, gerando acordos comerciais entre terminais e operadores Figura 7. A composição e dimensão das frotas é um dos fatores que definem o tipo de abordagem a ser empregada para garantir uma coordenação técnica eficiente Figura 8. Os tipos de embarcação operando sob o gerenciamento da mesma empresa (não necessariamente de mesmo armador) afeta significativamente decisões organizacionais e técnicas Figura 9. Estando a condução da embarcação e execução das atividades no Plano de Manutenção a cargo da tripulação, a seleção de bons oficiais é essencial para garantir gerenciamento a bordo Figura 10. A equipe de compras lida com especificações/cotações para itens completos como radares ou luzes de navegação até a compra de suas partes componentes para permitir reparos e intervenções Figura 11. Um almoxarifado bem administrado e em sincronia com o setor técnico é o grande centro de distribuição e provedor interno dos insumos para o Plano de Manutenção da empresa Figura 12. A tecnologia de comunicação resultou em maior segurança para o tráfego das embarcações e maior eficiência na coordenação de atendimentos para reparos e intervenções em equipamentos Figura 13. Organograma de empresa típica verticalizada Pág. 04 Pág. 06 Pág. 07 Pág. 09 Pág. 12 Pág. 15 Pág. 16 Pág. 20 Pág. 23 Pág. 25 Pág. 28 Pág. 29 Pág. 32 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. viii.

10 Figura 14. O Hull Management Software, ABS, oferece checagem automática de regras para substituição de aço baseado no banco de dados de última UTMs sem previsão futura para a taxa de decaimento como o C4D Figura 15. O Nauticus Hull Integrity, DNV, oferece integração com software de FEM para análises estruturais locais ou extensivas, no caso de grandes modificações ou conversões Figura 16. Camisas de cilindros são um exemplo de materiais de difícil envio para bordo assim como volume e peso consideráveis, que demandam local apropriado para acomodação, tornando seu armazenamento a bordo necessário porém mantido no mínimo possível Figura 17. Navio graneleiro de TPBs Figura 18. Conjunto barcaça+empurrador Figura 19. Todas as barcaças possuem bow-thrusters instalados, com seu controle acionado pelo empurrador acoplado quando em manobra Figura 20. O inspetor técnico designado para o navio acumula diversas responsabilidades, sendo necessário seu conhecimento de cada item pendente no Plano de Manutenção executado, assim como intimidade com particularidades e itens de projeto da embarcação Figura 21. CCM e QEP são algumas das unidades que requerem supervisão constante de seus sistemas eletrônicos e elétricos Figura 22. Calibração de amarras e serviços de casco são algumas das atividades apenas presentes em docagem, conforme mencionadas no capítulo 6.6.4, sob responsabilidade deste grupo de inspeção Figura 23. Módulos presentes no Star IPS Figura 24. Flutuação cambial nos últimos cinco anos (fonte: Invertia) Pág. 46 Pág. 47 Pág. 60 Pág. 63 Pág. 64 Pág. 65 Pág. 73 Pág. 74 Pág. 74 Pág. 79 Pág. 83 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. ix.

11 Sumário Agradecimentos Epígrafe Resumo Lista de Abreviaturas e Siglas Lista de Figuras Sumário 1. Inspiração para o Projeto 2. Introdução 3. Sobre frota mercante mundial 4. Considerações Comerciais 5. Gerenciamento de Frota 5.1. Definição 5.2. Objetivos 5.3. Operação 5.4. Estrutura de empresa de gerenciamento 6. Manutenção 6.1. Definição 6.2. Objetivos 6.3. Focos da atividade de manutenção 6.4. O Plano de Manutenção (PMM) 6.5. Responsabilidades de bordo Convés (Deck) Máquinas (Machinery) Passadiço (Bridge) 6.6. Tipos de manutenção ii iii iv v viii x Pág. 01 Pág. 03 Pág. 09 Pág. 13 Pág. 16 Pág. 16 Pág. 17 Pág. 18 Pág. 31 Pág. 37 Pág. 37 Pág. 37 Pág. 41 Pág. 43 Pág. 47 Pág. 48 Pág. 49 Pág. 50 Pág. 51 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. x.

12 Preventiva Preditiva Corretiva Docagem 6.7. Controle de Suprimentos/Estoques Estoques à Bordo Estoques em Terra 7. Estudo de Caso 7.1. Sobre a Frota 7.2. Organização da Empresa 7.3. Planned Maintenance System 7.4. Composição de Custos 8. Conclusão e Considerações Finais 9. Bibliografia 10. Anexos Custos de Operação Custo de Operação Custo de Operação Custo de Operação Custo de Operação [06-08] Custo de Manutenção e Reparo Custo de Manutenção e Reparo Custo de Manutenção e Reparo Custo de Manutenção e Reparo [ 06-08] Serviços para Manut. e Reparos [ 06-08] Materiais para Manut. e Reparos [ 06-08] Serviços e Materiais de MCAs & MCP [ 06-08] Pág. 52 Pág. 53 Pág. 54 Pág. 55 Pág. 58 Pág. 59 Pág. 60 Pág. 62 Pág. 62 Pág. 66 Pág. 75 Pág. 80 Pág. 90 Pág. 92 Pág. 94 Pág. 94 Pág. 95 Pág. 96 Pág. 97 Pág. 98 Pág. 99 Pág.100 Pág.101 Pág.102 Pág.103 Pág.104 Pág.105 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. xi.

13 Custo de Operação [ 06-08] Custo de Manut. e Reparo [ 06-08] Serviços para Manut. e Reparos [ 06-08] Materiais para Manut. e Reparos [ 06-08] Serviços e Materiais de MCAs & MCP [ 06-08] Interface IPS Módulos IPS Estrutura de organização técnica Controle de documentação e catálogos API de agendamento para o PMM KPI Charts (1) KPI Charts (2) KPI Charts (3) Utilização de equipamento Certificates Corrective Actions Recommendations Pág.106 Pág.107 Pág.108 Pág.109 Pág.110 Pág.111 Pág.112 Pág.113 Pág.114 Pág.115 Pág.116 Pág.117 Pág.118 Pág.119 Pág.120 Pág.121 Pág. 122 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica. xii.

14 1 Inspiração para o Projeto Com a criação do Programa de Modernização e Expansão da Frota, o governo federal brasileiro criou oportunidades para a revitalização de armadores e o renascimento do setor nacional de operação de navios i.e.: não afretados a casco nu ou operados por armador estrangeiro. O programa de modernização engloba subsídios para construção de novos cascos e facilidades de crédito e fiscais, mas para a criação de um ambiente competitivo além do curto e médio prazo, é necessário que os níveis operacionais e de manutenção dos navios estejam compatíveis com os apresentados no cenário mundial. Pesquisas apontaram que desde 2005 anunciava-se o início do renascimento da indústria de grandes navios no Brasil, com encomendas em quantidade representativa. Para se ter uma idéia, nosso país já ocupou - na década de 70 - o segundo lugar no ranking mundial. Depois de um processo de estagnação, houve novo crescimento (ainda que tímido) a partir de , com a produção de navios de apoio offshore. Surgia, assim, uma mudança de paradigma da indústria de grandes navios, que há vinte anos não realizava encomendas. Tendo em mente essa necessidade, este trabalho tem por objetivo estudar a estrutura de gerenciamento técnico responsável pela operação de frota de navios mercantes, registrando pontos-chave e identificando itens a serem modificados/retrabalhados visando ao melhor desempenho econômico. Os dados e informações relacionadas foram coletados em extensa pesquisa principalmente junto a armadores, empresas de gerenciamento, sociedades classificadoras e órgãos regulamentadores internacionais. Essas entidades/organizações compõem a rede primária envolvida na operação e qualificação do navio como um bem econômico, habilitando seu funcionamento dentro de balizamento mínimo de qualidade, segurança e meio-ambiente. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 1.

15 Outras fontes de conhecimento importantes foram as empresas de representação marítima (o agente marítimo) e as companhias especializadas na realização de serviços de manutenção naval. Os agentes ofereceram uma visão da evolução histórica e tecnológica que a atividade de gerenciamento de navios percorreu, e as empresas de manutenção e reparo naval, um ponto de vista diferenciado no que se refere às mudanças de rotinas e políticas de manutenção preventiva empregadas por empresas de gerenciamento e armadores distintos. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 2.

16 2 Introdução O transporte marítimo tem sido considerado como a mola-mestra da economia global. Mais de 90% do comércio mundial são conduzidos pelo mar e, em algumas estimativas, a operação de navios mercantes contribui anualmente com aproximadamente US$ 380 bilhões em taxas de frete dentro desse setor econômico, equivalente a algo em torno de 5% do comércio internacional. A common currency para avaliar suprimento e demanda é a tonelada-milha, pois o transporte marítimo é sensível tanto à distância, quanto ao tempo (e, em alguns casos, volume). Em termos simples, um contrato anual de afretamento para toneladas de óleo cru produzido na África Ocidental e entregue para Rotterdam gera milhões de toneladas-milhas de demanda, enquanto a produção equivalente do Golfo Pérsico gera em torno de milhões de toneladas-milhas em demanda. No lado de suprimento da equação, um tanker aframax (o maior que pode atracar em portos da África Ocidental) de DWT, operando com uma velocidade média de 14 nós e completando 4,5 viagens por ano, provê uma capacidade de milhões de toneladas-milhas. Um VLCC de DWT, negociando ao redor da África, pode prover milhões de toneladasmilhas de capacidade de transporte de carga em um único ano. Colocando de outra forma, 3,27 aframaxes são requeridos para cobrir um COA (Contract of Affreightment) de 5 milhões de toneladas da África Ocidental. Com aproximadamente o dobro da capacidade de carga, 3,70 VLCCs são necessários para transportar uma quantidade similar de óleo cru do Golfo Pérsico. Apesar de o VLCC ser muito maior, seu custo capital não é o dobro do aframax, como também seu número de tripulantes as economias de escala aparecem claramente nas principais rotas e esta tendência se reflete, atualmente, no crescente tamanho dos contentores que atendem alguns poucos nodal ports. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 3.

17 Para o sucesso do planejamento estratégico é primordial uma habilidade para análise rápida do mercado em evolução e a comparação dos dados com a capacidade atual da frota mundial em toneladas-milhas. Em 2003, por exemplo, a indústria movimentou aproximadamente 6,1 milhões de toneladas por 4 milhões de milhas um impressionante volume de 25 milhares de toneladas-milhas em transações. Isto representa um aumento estimado de 300% sobre as últimas quatro décadas. Sessenta por cento do consumo anual de óleo de 3,6 bilhões de toneladas é feito por transporte marítimo (dos quais 99,9997% são entregues em segurança). Figura 1. Evolução da arqueação bruta da frota mercante mundial Em 2005, a frota de transporte mundial era composta de navios com o total de GTs. Categorias liderando estes números eram: Carga Geral: Tankers: Bulk Carriers: Navios de Passageiros: Porta-Containers: Outros tipos: UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 4.

18 Houve, então, uma grande mudança no mercado. Desde maio de 2007 mais de 120 novos contentores de capacidade TEU e acima foram encomendados. Por exemplo, a empresa MOL-Management afirma desejar uma frota de embarcações de valor 21 Bn USD no final de Em 2007, a frota era composta de aproximadamente 800 embarcações. Por volta da década de 60, uma grande quantidade de navios, tanto em tramping quanto em rotas fixas, eram adquiridos e operados por empresas que podem ser descritas como companhias verticalmente integradas. Em outras palavras, a administração do ativo, comercial e gerenciamento técnico, incluindo crucialmente o manning dos navios, estavam sob responsabilidade de uma única entidade, fosse ela um shipowner independente ou uma divisão de um grupo ainda maior (como companhias de petróleo). Essa estrutura vertical apresentava pontos importantes para o setor, tanto que, ainda hoje, o modelo é adotado por bem-sucedidos operadores de navios e pode estar experimentando um renascimento. Se for aplicada uma análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats) a uma típica companhia de navegação Européia dos anos 60, alguns dos pontos chave que se destacam são: Strenghts 1. Valores sólidos da empresa e uma estrutura organizacional bem definida; 2. Continuidade de emprego (especialmente para quadro de funcionários marítimos) e um programa forte de treinamento que leva a profissionalismo e lealdade; 3. Fortes laços comerciais suportados pela proximidade dos grandes transportadores internacionais; 4. Suporte técnico, legal, administrativo e comercial provido por fontes internas e, 5. Manutenção da expertise dentro da companhia. Weaknesses 1. Uma tendência a basear negócios futuros, em um cenário mundial fluido, em enfoques tradicionais. 2. Uma interface comercial pobre entre a equipe de bordo e de terra. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 5.

19 3. Mais inércia contra mudanças afetando pessoal, localizações de atividades e familiarização com procedimentos e práticas. Opportunities 1. A possibilidade de prever mudanças em tecnologia e padrões do cenário de comércio mundial. 2. Acesso às finanças, importante para auxiliar em tomadas de decisões críticas. Threats 1. Mudanças no equilíbrio do comércio mundial e um nacionalismo crescente no Terceiro Mundo. 2. Uma crescente oferta de mão-de-obra do Terceiro Mundo. 3. Uma liberação de capital de fronteiras nacionais. 4. Com respeito ao exemplo Norte Europeu, mudança dos centros de construção naval, operação de navios e reparos para longe da Europa e em direção ao sudeste asiático. Figura 2. Evolução do market share das principais regiões construtoras de navios UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 6.

20 Figura 3. Evolução do market share por tipo de navio Outra contribuição para a mudança dos valores de segurança foi o relacionamento entre o Flag State nacional e a empresa de navegação baseada nacionalmente. Padrões de segurança bem definidos e níveis de treinamento relativamente UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 7.

21 altos foram os benefícios apresentados por essa nova estrutura. Uma desvantagem foi a relutância de algumas autoridades nacionais em se manter no mesmo ritmo em que ocorriam as mudanças tecnológicas, além de pressões comerciais que contribuíram para o aumento de bandeiras de conveniência e a proliferação de operações de navegação horizontalmente integradas. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 8.

22 3 A frota mercante mundial Quais foram então, as principais influências que mudaram a composição da frota mercante ao longo das últimas quatro décadas? Internamente, a tecnologia dentro e fora da indústria, foi um fator marcante. Externamente, a fabricação de aviões como o Jumbo 747 precursor da era das grandes aeronaves interferiu bastante no mercado de transporte de massa no momento em que passou a absorver a preferência dos clientes, reduzindo assim a procura por viagens marítimas. Ao mesmo tempo, o serviço de correio internacional transferiu-se do mar para o ar e desferiu um novo golpe para o tráfego marítimo de rota e programação fixas. A resposta foi o advento da containeirização. Em alguns anos, portacontainers de até TEU ( Twenty feet Equivalent Unit ) estavam substituindo cinco ou seis navios convencionais de carga geral nas principais rotas fixas. Foram então alteradas as capacidades das embarcações. Daí o crescimento da capacidade em direção a TEU em navios com velocidade de 25 nós (em contraste com nós de navios liners em s). Figura 4. Evolução da frota de Porta Containers mundial UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 9.

23 A economia de escala também afetou as classes de tramp e bulk, pois a dinâmica da economia mundial foi alavancada por um suprimento abundante de óleo cru, no mercado (o preço do combustível foi reduzido, consideravelmente). Economistas traçaram curvas do crescimento previsto para o comércio global, que com otimismo desapareciam no vértice superior direito do gráfico. Construtores e armadores responderam durante o final dos anos 60 com o VLCC (Very Large Crude Carrier de toneladas de deadweight ou mais) e um crescente número de dry bulks classe Panamax (aproximadamente DWT) e Capesizes (cerca de DWT). O fechamento do Canal de Suez em 1967 deu maior alento às encomendas de VLCC (e ULCC). Sua reabertura, porém, combinada com a percepção dos produtores de petróleo que exerciam influência na elevação do preço do óleo, resultou em grande mudança na indústria marítima. A sobre-capacidade apresentada pelos estaleiros em virtude da excessiva demanda de navios somente então foi processada pelo sistema. Houve um progresso a partir de então, pois a indústria, utilizando-se da alta tecnologia, respondeu positivamente produzindo navios capazes de carregar cargas cada vez mais especializadas. Produtos de petróleo em tanques protegidos e químicos em tanques de aço inoxidável com sistemas de ventilação fechados são bons exemplos disso. Podemos citar também embarcações do tipo Pure Car Carrier. O turismo também teve sua parcela de contribuição. Mais recentemente, as Ferrys de alta velocidade e os cruzeiros liners são outros exemplos. A indústria de super iates, combinando prazer e utilização comercial, está crescendo e por necessidade e lei, empregando marítimos adequadamente qualificados. Além das mudanças nos padrões do transporte (ou demanda) que estavam direcionando alterações em projetos de embarcações, ocorreram outras que afetaram profundamente a indústria marítima. O capital estava ultrapassando as fronteiras nacionais e se tornando disponível internacionalmente. Isto levou organizações financeiras de base internacional a investir em shipping mais por razões de ganhos de capital que por comércio. Estas organizações não estavam restritas por nenhum alinhamento à bandeira e procuravam avidamente por UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 10.

24 paraísos fiscais nos quais localizar seus investimentos, aumentando a tonelagem registrada sob bandeiras de conveniência. Estas organizações também precisavam encontrar companhias com as habilidades necessárias para assumir as operações técnicas e algumas vezes comerciais dessa tonelagem. Em conseqüência, houve o crescimento da demanda de profissionais do gerenciamento de navios. Equipes gerenciais de navios, alguns integrantes novos e outros veteranos das companhias de tramp e liners competiram por negócios através de promessas de reduzir os custos operacionais dos navios sob sua supervisão. Como parte desse processo, ship managers e owners (com raras exceções), procuraram por suprimentos de mão-de-obra mais barata, inicialmente buscando baixas taxas e, mais tarde, por oficiais com menores salários, criando a figura do gerente de tripulação independente. Contadores e vários supervisores financeiros de frotas consideraram os argumentos de tarifas reduzidas e sem custos sociais mais persuasivos que os não-comprovados dos tradicionalistas, que seriam manutenção e níveis de segurança. Contra esse cenário, as estatísticas de perdas coletadas para navios a cada ano (baseadas nos números emitidos pela London Underwriter s Association) indicam o efeito combinado destas influências nos padrões de segurança Abaixo de 0,30% Aumento para 0,40% ao final de Aumento para 0,56% ao final de Queda lenta no período, com baixa acentuada para 0,20% em Em 0,40% em 1991, caindo para 0,13% ao final de 1996 UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 11.

25 Figura 5. Acidentes reportados entre 1996 a 2005 De acordo com o Lloyd s Register e, adicionalmente, da LR-Fairplay, mais de 300 navios foram perdidos anualmente entre os anos de 1966 e 1985, sendo 1978 e 1979 os piores anos, quando houve 938 perdas, aproximadamente 0,67% da frota mundial. Em 1959, entretanto, quando a IMO (International Maritime Organization) foi criada, a percentagem de perdas era de 0,5%. A partir de 1980 a percentagem das perdas diminuiu continuamente. Em 1980 o número era 0,24%, caindo para 0,19%., no final do ano 2000 e para, aproximadamente, 0,1% em Nesse mesmo ano, o Royal Institute of Naval Architects apresentou à IMO evidências de que 20% da frota mercante mundial era constituída de navios de carga geral, sendo que este setor apresentava 40% das perdas e 40% das fatalidades ocorridas. Isto corresponde a 90 navios e 170 vidas anualmente. Um resultado da reestruturação da indústria neste sentido é que a IMO assumiu um papel mais proeminente em redigir convenções relacionadas à segurança (que são então, ou deveriam ser, incluídas por Flag States em legislações nacionais). Dois resultados diretos da modificação dos padrões de segurança, e talvez da integração horizontal, são a introdução do International Safety Management (ISM) Code e do Port State Control (PSC). UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 12.

26 4 Considerações Comerciais Uma frota assim como uma embarcação individual pode operar em diversos regimes de transporte (que afetam a abordagem ou programação para as atividades de manutenção e operação). Os mais comuns são: Operação no Spot Market Nesse tipo de comercialização não há comprometimento de longo-termo contínuo. Para compensar, apresenta taxas de frete maiores que as do Time Charter. As operações de troca de água de lastro são muito comuns para os charters de spot market, junto com vários lay days enquanto aguardam fechamento de novos contratos de transporte. Numa organização verticalizada, isso representa possibilidade de programação de atividades de manutenção mais longas, tanto em casco quanto em máquinas o que é mais difícil em organizações horizontais, onde a divulgação da programação comercial da embarcação pode ser mais restrita ou ter um atraso significativo. Operação no Charter Market Um charter é um contrato de comprometimento para o navio e pode tomar a forma de um bareboat charter (afretamento a casco nu), voyage charter ou time charter, sendo estes últimos os tipos contatuais mais utilizados No caso de Bareboat Charter, a tripulação é fornecida pelos charterers, conforme determina o contrato. Essa forma de contratação (leasing) é geralmente utilizada por owners que não desejam operar um navio por si só, como bancos ou empresas de financiamento. O bareboat charter pode também estar relacionado a uma opção de compra após o leasing expirar ou durante o período de aluguel. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 13.

27 Um Voyage Charter concorda em deixar o navio disponível ao charterer para uma viagem específica por um valor pré-determinado (a taxa de frete), que deve ser calculada de forma a cobrir todas as despesas relativas à operação do navio, incluindo bunkers. O charterer contrata efetivamente a capacidade de carga do navio e não o navio em si. O Voyage Charter é essencialmente um contrato de transporte seguro da carga. O owner concorda em entregar os bens nas mesmas condições nas quais eles foram carregados. O charterer pode possuir a carga ou pode estar transportando a carga representando uma terceira parte. Algumas vezes a carga pode ser comprada e vendida diversas vezes durante a viagem. Time Charters são contratos estabelecendo preços fixos cobrados pela duração da viagem, figurando cláusulas relacionadas à entrega do navio ao charterer e reentrega aos owners ou superintendentes. Não existem penalidades na forma de laytime ou demurrage pagáveis sob os termos de um time charter; o não-pagamento das taxas de embarque, entretanto, dá aos ship managers o direito de retirar o navio do contrato. A equipe gerencial terá, portanto, a responsabilidade em manter o navio em condições satisfatórias de navegação e certificado, para cumprir as obrigações de charter sem incorrer em penalidades contra os owners ou a própria gerência por atrasos ou quebras. Nota-se aí um aspecto muito importante, pois claramente o owner perderá dinheiro se o navio não estiver apto a: Completar a viagem no tempo combinado. Carregar e descarregar a carga no tempo determinado no contrato de charter (o laytime ). O tempo de viagem termina e o laytime começa quando o navio é declarado um arrived ship no porto de descarga e após o momento no qual o Notice of Readiness (NOR) foi entregue. Isso é observado cuidadosamente e o navio pode ser contratado até o porto ou até o berço. No passado, navios podiam esperar por semanas, fundeados ao largo do porto de descarga. Nesse caso, o owner teria motivo legítimo para reclamar, pois o navio já UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 14.

28 deveria ter sido liberado e estaria obtendo receita com um próximo contrato. Sob estas circunstâncias, o owner tem direito a reivindicar a perda de receita (demurrage). Figura 6. O tempo de fundeio e filas do line up diminuiu desde a implantação de hub ports mas em rotas de tráfego intenso o problema persiste, gerando acordos comerciais entre terminais e operadores Para os propósitos do chartering, as embarcações podem ser todas propriedades de um único grupo ou chartered para subsidiárias separadas ou companhias associadas a um grupo (pool) de empresas. Um outsourcing extensivo das atividades de gerenciamento pode ser necessário para satisfazer os requerimentos de negociação de alguns navios ou da frota inteira. Companhias de gerenciamento independentes e algumas vezes concorrentes podem prover tanto o manning quanto serviços financeiros. A companhia de gerenciamento é responsável pela parte comercial das subsidiárias do shipowning, incluindo chartering e seguros. As embarcações podem, também neste caso, ser registradas sob diferentes bandeiras. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 15.

29 5 Gerenciamentos de Frota 5.1 Definição Gerenciamento é definir e coordenar as atividades necessárias para a realização de um empreendimento e a obtenção de seu bom desempenho. Esta definição, apesar de simples, torna transparente a necessidade do conhecimento e domínio de cada uma das atividades envolvidas na concretização de um objetivo. Ou seja, o exercício do poder de decisão deve, obrigatoriamente, estar balizado pelo conhecimento do caminho operacional ou produtivo. Ao controle de um ou mais navios e à transformação destes ativos em bens econômicos produtivos podemos chamar de gerenciamento da frota quer seja este controle exercido diretamente pelo proprietário do navio (armador ou owner) ou por empresa especializada neste tipo de operação. Figura 7. A composição e dimensão das frotas é um dos fatores que definem o tipo de abordagem a ser empregada para garantir uma coordenação técnica eficiente A competição entre as indústrias de construção naval acirra a concorrência entre os estaleiros, fazendo com que busquem maneiras de se diferenciar no mercado UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 16.

30 através de redução de custos e adoção de tecnologia. Para manter o navio em boas condições durante o seu tempo de vida útil, é importante utilizar-se de um gerenciamento eficiente, o que acarretará melhor resultado financeiro. A atividade de gerenciamento pode ser exercida pelo próprio armador ou por empresa especializada contratada para essa finalidade. 5.2 Objetivos Note-se, entretanto, que, para empresas em diferentes áreas, a forma e o escopo de seus respectivos gerenciamentos são distintos levando-se em conta que dentro de uma mesma empresa podem ser encontradas diversas camadas de exercício deste gerenciamento. Na maioria das situações estas camadas podem ser relacionadas diretamente com a hierarquia e organograma da empresa, mas, com certa freqüência, também se referem às distintas áreas de informação quanto às atividades produtivas desempenhadas. No caso de navios mercantes, sua aquisição visa à rentabilidade por longo período, tendo em vista o tempo de vida útil de meios de transporte dessa natureza. Neste contexto, é compreensível entender que para se obter excelência nos resultados, somente um gerenciamento adequado da frota permitirá o efetivo controle de todos os setores que integram o sistema, mantendo o navio em perfeitas condições de navegabilidade e certificação. Orientados para diminuição dos custos e obtenção de máxima rentabilidade, os objetivos imediatos principais da coordenação de gerenciamento operacional (i.e., aqueles necessário para o trânsito do navio) são, como se seguem: Projeto de construção funcional e inteligente do ponto de vista da manutenção dos sistemas de bordo (em geral enfocado quando o próprio armador se ocupará da operação do navio). Manutenção técnica de sistemas instalados do navio, em todos os seus detalhes (incluindo estrutura e aço em si). UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 17.

31 Recursos humanos de qualidade adequada tripulação e equipes de intervenção para manutenções. Coordenação inteligente de suprimento de estoques para sistemas e intervenções impedindo paralisações do navio por motivos de máquina, por exemplo. Segurança para tripulação e/ou passageiros. Otimização do programa de manutenção e modificações/reparos baseado na rota comercial a ser percorrida pelo navio Preservação do meio ambiente, seguindo regulamentações de poluição e contaminação biológicas. Cumprimento dos contratos comerciais, inclusive com fornecedores e prestadores de serviço. Coordenação e acionamento adequado de seguros diversos, utilizando a rede de cobertura para minimizar gastos diretos da empresa. Controle de água de lastro conforme regras internacionais. Cumprimento dos dispositivos legais, respeitando as normas de cada país (ou região) por onde navegar tanto para sistemas e documentação técnica do navio quanto para treinamento adequado da tripulação. 5.3 Operação A operação de uma frota de navios depende da conjunção de elementos cujas áreas de conhecimento, apesar de contribuírem para o resultado econômico final em diferentes proporções, por vezes têm pouca relação direta entre si. Estes elementos, alguns imediatamente sob a esfera de influência e decisão dos setores/diretorias para gerenciamento na empresa, são: Roteamento/Acordos comerciais: A rota assumida pelo navio é uma decisão basicamente econômica, mas detalhes específicos sobre a condição dos navios da frota como itens pendentes de inspeções PSC, FSC, ISM, ICGB devem sempre estar em pauta junto ao setor comercial UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 18.

32 para permitir contratos adequados e que, por vezes, dêem preferência a um determinado navio da frota em detrimento de outro que não esteja regulamentado para a rota desejada. Em contrapartida, a informação de programação comercial da frota deve ser disponibilizada o mais rapidamente possível para permitir o planejamento de atendimentos de manutenção e inspeções de classe isto pode ser um problema com frotas em que o setor comercial é gerenciado por uma empresa (ou o próprio owner) e o setor técnico, por outra. Um navio pode estar sujeito a operar em um grande contrato de linha fixa ou em diferentes rotas de longo curso ou cabotagem. No caso de um navio operando sob contrato em uma rota fixa (tanto para uma tonelagem anual quanto para 3 ou 4 viagens já contratadas), a programação de intervenções de manutenção, inspeções e vistorias a bordo fica facilitada não só pelo conhecimento prévio de line-ups como pelo contato mais estreito com o agente e autoridades portuárias locais. Em contrapartida um navio operando primariamente sob regime sem viagens fixas pode se beneficiar se tiver oportunidade de operar com certa freqüência em portos convenientes para a empresa do ponto de vista de embarque de material pesado, técnicos e inspeções de classe. Isto, é claro, só será um benefício real com um contato estreito entre o setor comercial/tráfego e o setor técnico/gerenciamento. Composição da Frota: A composição da frota influi diretamente na escolha da melhor abordagem para a definição de níveis de estoque e organização da equipe de manutenção. Por composição, compreende-se o conjunto de embarcações em operação da empresa que podem ter diferentes funções ou particularidades. Elementos que podem reconhecidamente qualificar uma frota como heterogênea ou homogênea para fins de gerenciamento técnico são: Tipo da Embarcação as embarcações de uma mesma empresa podem ser de classes diferentes, como porta-containers, graneleiros, petroleiros, gaseiros, transporte de produtos químicos, Ro-Ro etc. No caso de uma frota dita heterogênea (isto é, composta por diferentes tipos de navios), a UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 19.

33 operação e legislação aplicável a cada classe tornam-se um complicador para o acompanhamento técnico do navio, exigindo uma equipe profissional/técnica maior e possivelmente com especializações distintas. A alocação de tripulação para a frota fica sujeita à familiarização com os diferentes navios isto é, o tripulante da empresa embarcado em um navio graneleiro exigirá um maior tempo de familiarização ao embarcar em outra classe de navio. Da mesma forma, seguir corretamente as atividades de operação, monitoramento e manutenção conforme estipuladas no Plano de Manutenção do navio necessitará de uma atenção maior a bordo (principalmente por parte dos oficiais). Figura 8. Os tipos de embarcação operando sob o gerenciamento da mesma empresa (não necessariamente de mesmo armador) afeta significativamente decisões organizacionais e técnicas Dimensões da Embarcação ainda que composta por embarcações de apenas um ou dois tipos/classes, cada navio pode apresentar porte significativamente diferente. Por exemplo, numa frota composta unicamente por graneleiros, os portes podem variar entre panamax, aframax, suezmax, handymax etc. Esta grande variação afeta oportunidades comerciais, indiretamente implicando que certos navios estarão restritos à UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 20.

34 determinados tráfegos e rotas, o que pode exigir maior movimentação dos recursos da empresa. Fabricantes dos maquinários de propulsão e geração de energia auxiliar embora a tecnologia e princípios de funcionamento dos MCPs e MCAs seja basicamente a mesma, cada marca terá suas peculiaridades. Ainda que uma frota seja composta por navios de tipos/portes diferentes, caso todos ou grande parte tenham o mesmo motores de mesma origem, isto simplificará a elaboração de um Plano de Manutenção e a execução deste plano pelos tripulantes designados. Para intervenções de cunho mais técnico é justificável formar uma equipe técnica especializada da própria empresa. Sendo os equipamentos demasiadamente heterogêneos, isto pode impedir que esta equipe técnica realize diagnósticos ou intervenções mais sofisticados. Em contraste, uma frota com equipamentos mais homogêneos pode diminuir significativamente o custo com contratação de serviços especializados pois os mesmos poderiam com tempo e treinamento serem executados in house. Idade dos navios mesmo operando com navios de mesmo tipo e porte, é comum uma frota ter navios das mais diferentes idades, sendo a vida útil de um navio mercante algo em torno de 30 anos. No entanto, é necessário lembrar que quanto mais antigo o navio, mais restritas suas alternativas comerciais e mais minuciosas/próximas suas inspeções por classificadoras etc além da obrigatoriedade de se adequar à novas regras não previstas em seu projeto original, por vezes ocasionando modificações significativas. Além é claro, da embarcação estar mais suscetível a apresentar falhas ou performance abaixo do padrão. Caso a frota tenha embarcações de idade bem próxima, isto pode favorecer seu gerenciamento técnico no acompanhamento da legislação e regulamentação aplicável, bem como a elaboração de um Plano de Manutenção amplo assim como observações e soluções de um navio podem porventura ser aplicadas em outro, especialmente em se tratando de navios antigos (acima de 20 anos). UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 21.

35 Como visto acima, a composição da frota afeta as decisões e custos relacionados à operação dos navios de diversas maneiras. Um ponto não mencionado é que em se tratando de uma frota demasiada heterogênea quanto ao porte e tipos de navios sofre de uma complicação logística para contratos de transporte de longo prazo. Geralmente estes contratos são firmados baseados em toneladas entregues ao longo de certo período de tempo. No entanto, o navio pode precisar sair do tráfego por tempo limitado para fins de manutenção ou classificação situação na qual o armador provavelmente precisará substituir a embarcação para garantir que o contrato assumido seja cumprido. Não existindo um navio da própria companhia que possa continuar na rota, será necessário afretar um navio (no caso, o armador será o afretador) para alguns Voyage charters de modo a garantir a continuidade do transporte previsto pelo contrato de longo prazo. Isto representa um custo adicional para o armador que pode reduzir significativamente sua receita financeira com o contrato, bem como exigir foco no desenrolar deste cenário. Manning/Seleção de tripulação: A disponibilização de tripulação adequada e a previsão de treinamento contínuo para a mesma é importante para a manutenção de um tráfego saudável do navio. A responsabilidade de operação das máquinas e sistemas a bordo recai sobre a tripulação e apenas ela tem a capacidade de informar adequadamente falhas, observações ou mesmo propor melhorias a bordo da embarcação. Esta seleção e alocação de tripulantes podem ser feitas internamente ou externamente, por empresa especializada em manning. Na Europa e Mediterrâneo é extremamente comum empresas especializarem-se em guarnecer frotas inteiras de navios, preocupando-se estas com o treinamento e certificação dos funcionários marítimos. Apesar de conveniente isto faz com que a qualidade de condução do navio no geral seja mantida, mas retira a identidade do tripulante como um membro contribuinte para o futuro do armador e sacrifica o plano de manutenção que exigirá sempre período de familiarização ou deverá ser enganosamente curto (comportamento conhecido como I m here to sail the ship por parte da tripulação). UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 22.

36 Figura 9. Estando a condução da embarcação e execução das atividades no Plano de Manutenção a cargo da tripulação, a seleção de bons oficiais é essencial para garantir gerenciamento a bordo Prover a embarcação com bons oficiais Chefe de Máquinas, Imediato, Comandante que exerçam suas funções com liderança e responsabilidade é essencial para garantir um fluxo de informações adequado e sincronia entre as ações de terra e de bordo, permitindo que o conhecimento do que está se passando a bordo seja transmitido sem enganos até o canal técnico de engenharia da empresa, em um feedback confiável. Outros oficiais de máquinas (e sub-oficiais como o Contramestre da embarcação) também são importantes para garantir um bom funcionamento da política de manutenção e QSMS da empresa mas lembrando que sem figuras competentes na posição de Comte, Imto e CheMaq o principal repositório técnico de bordo e canal com a empresa estarão prejudicados. Guarnecer o navio com tripulantes experientes à primeira vista pode parecer simples, mas levando-se em consideração concorrência do setor offshore, exigências da ILO, somadas a legislação trabalhista para marítimos da bandeira do navio, bem como necessidade de novos treinamentos/reciclagem da tripulação (tanto obrigatórios para cumprir com regras de STCW, ISPS, ISM etc quanto para crescimento profissional) faz com que o rodízio de tripulantes seja intenso sendo difícil manter o mesmo nível qualitativo da embarcação por longos períodos de tempo. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 23.

37 Em um exemplo, na bandeira brasileira a maioria dos armadores oferece à tripulação o sistema de 3 meses embarcado por 1 mês em repouso sem contar as férias garantidas pela CLT. Levando-se em consideração um navio com tripulação de 20 pessoas (que não embarcaram todas no mesmo momento ou com o mesmo tempo de embarque) é fácil observar que ao retirar-se oficiais ou tripulantes para fazerem cursos (dado por empresa privada ou CIAGA / CIABA) e somar-se a isto o rodízio natural de embarque descrito acima, o quadro de tripulantes de um mesmo navio só será o mesmo novamente após 5 meses, o que implica em ter-se de providenciar bons tripulantes neste meio tempo para permitir que a qualidade de operação não seja sacrificada. Mais adiante abordaremos novamente a tripulação como instrumento de manutenção de navio, dentro do plano de manutenção e alternativas disponíveis no melhor interesse da utilização deste importante recurso humano. Setor de Compras: O navio exige peças de renovação constantes, tanto em equipamentos eletrônicos relativamente pequenos até itens como reatores completos de geradores de MCAs passando por radares, purificadores, válvulas, placas eletrônicas e peças do MCP. Itens estruturais ou de tubulação também precisam ser comprados em acordo com especificações, e entregues a bordo em base regular para prover o insumo necessário para reparos e manutenções corriqueiras, segundo plano de manutenção vigente. UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 24.

38 Figura 10. A equipe de compras lida com especificações/cotações para itens completos como radares ou luzes de navegação até a compra de suas partes componentes para permitir reparos e intervenções Importante deixar claro que as compras aqui mencionadas se referem aos materiais de máquinas ou convés anteriormente mencionados, não abrangendo itens menores e produtos químicos considerados consumíveis como EPIs, tintas, gases, óleos e solventes especiais, vedações e juntas variadas etc. Um setor de compras eficiente na procura e retorno de cotação competitiva internacionalmente assim como na logística de remessa e consolidação de diferentes materiais para entrega a bordo do navio, não importando onde este esteja, é essencial para garantir que o setor técnico tenha o amparo de equipamentos necessário no menor tempo possível ou uma previsão confiável quanto à disponibilização do mesmo. Idealmente, a parte jurídica e comercial do trânsito de peças (importadas ou não) irá ser coordenada pela mesma gerência de compras (também podendo ser encarada como gerência de materiais), apesar destas atividades de trâmite alfandegário não ficarem completamente a cargo da equipe, claro. É possível ter diferentes configurações para a equipe de compras, podendo a mesma servir toda a frota ou ser dividida de modo a atender navios específicos (ou seus UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 25.

39 inspetores) ou ainda por especializações, tendo alguns especializados em cotações e compras de peças de maquinário pesado, outros em partes elétrica/eletrônicas etc. Em uma empresa verticalizada este setor pode ser tolhido ou mais cobrado quanto à prestação de contas para o orçamento anual programado para permitir uma avaliação do setor gerencial técnico da frota. Dada a alta demanda cotidiana, a aquisição de equipamentos e materiais, bem como as cotações para comparação de diferentes fornecedores é algo que pode ser um desafio em se tratando de cotação no mercado internacional, ou mesmo nacional. No cenário nacional, a dificuldade se encontra na especificação do item, o qual pode gerar dúvidas se estiver pouco completa por outro lado uma especificação demasiadamente detalhada pode reduzir o universo de fornecedores disponíveis. Isto se deve ao fato da grande maioria dos equipamentos marítimos serem importados e apesar de alguns destes terem representações ou similares nacionais, as opções ainda são restritas. Visando facilitar a comunicação entre compradores e fornecedores, podem ser utilizados guias e catálogos especializados que abrangem a maior parte dos materiais e equipamentos de prateleira utilizados a bordo. Estes catálogos em sua maioria simplesmente codificam o equipamento em um padrão alfa-numérico segundo sua especificação a codificação pode levar em conta também o setor de utilização do equipamento, finalidade etc. Um destes catálogos é o Marine Stores Guide (Guia de Lojas Marítimas), editado e publicado pelo IMPA (International Marine Purchasing Association), que codifica materiais em seis dígitos para permitir a busca e cotação com facilidade pelos diversos fornecedores internacionais. Conhecido e utilizado mundialmente, permite a comunicação rápida justamente por transcender idiomas apenas importando a especificação, representada pelo código correspondente. Atualmente, estaleiros no Oriente Médio e Ásia despontam como alternativas competitivas para docagem, em contraste com locais com grandes filas ou de custo elevado (como Estados Unidos e Europa). Estas alternativas são especialmente atraentes para navios de bandeira nacional operando no Brasil, onde a opção de estaleiros locais é UFRJ Engenharia Naval e Oceânica Página. 26.

Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo

Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo PNV 2587 Prof. Dr. André Bergsten Mendes 13/11/2002 Aframax - 77.000 t - Mono-casco, 26 anos Rota: Lituânia Singapura O Introdução

Leia mais

Introdução ao Transporte Aquaviário

Introdução ao Transporte Aquaviário Introdução ao Transporte Aquaviário PNV-2587 Prof. André Bergsten Mendes Albert Canal (Liége/Bélgica) Plano Inclinado de Roquières (Bélgica) Rio Mississippi (Saint Louis/EUA) Introdução O transporte

Leia mais

Introdução ao Transporte Aquaviário

Introdução ao Transporte Aquaviário Introdução ao Transporte Aquaviário PNV-2587 Prof. André Bergsten Mendes Albert Canal (Liége/Bélgica) Plano Inclinado de Roquières (Bélgica) Rio Mississippi (Saint Louis/EUA) Rio Mississippi (Saint Louis/EUA)

Leia mais

Introdução ao Transporte... 1

Introdução ao Transporte... 1 Sumário Capítulo 1 Introdução ao Transporte.... 1 1.1 Origens e Evolução do Transporte... 1 1.2 Cargas... 5 Carga Geral... 5 Carga a Granel... 5 Carga Frigorificada... 5 Carga Viva... 6 Neogranel... 6

Leia mais

Organização do Setor Marítimo Portuário

Organização do Setor Marítimo Portuário Duarte Lynce de Faria, 21 de Setembro de 2015 Ano letivo 2016/17 Organização do Setor Marítimo Portuário Sectores da Economia do Mar Mercante Naval Equipamentos Petróleo e Gás Energias Renováveis Minerais

Leia mais

CAPÍTULO 7: JUSTIFICATIVAS

CAPÍTULO 7: JUSTIFICATIVAS CAPÍTULO 7: JUSTIFICATIVAS Capítulo VII l 7. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO 7.1 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO O Porto Organizado de Santos localiza-se nos municípios de Santos e Guarujá, compreendendo:

Leia mais

Diretoria de Portos e Costas

Diretoria de Portos e Costas MARINHA DO BRASIL Diretoria de Portos e Costas Convenções Internacionais O Brasil frente ao Cenário Mundial Ordem dos Advogados do Brasil - RJ 02SET2016 1 SUMÁRIO SUMÁRIO - Introdução - Atribuições da

Leia mais

A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000

A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000 1. A Norma NBR ISO 9001:2000 A Implantação do Sistema do Sistema da Qualidade e os requisitos da Norma ISO NBR 9001:2000 A ISO International Organization for Standardization, entidade internacional responsável

Leia mais

T p i o p s o d e d expo p r o tação

T p i o p s o d e d expo p r o tação Tipos de exportação Docente: Fernanda Lisboa Processos de importação e exportação Santos / SP Exportações livres A maioria das exportações brasileiras estão livres de quaisquer restrições, controles ou

Leia mais

Cabotagem, novo conceito. Transporte multimodal porta a porta, com serviço de qualidade a custo competitivo, única e direta, de longa distância.

Cabotagem, novo conceito. Transporte multimodal porta a porta, com serviço de qualidade a custo competitivo, única e direta, de longa distância. Cabotagem, novo conceito Transporte multimodal porta a porta, com serviço de qualidade a custo competitivo, viabilizando uma opção única e direta, de longa distância. Maestra: aposta num mercado promissor

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Fundamentos da microeconomia Introdução à Microeconomia Capítulo II Microeconomia: é o ramo da economia que trata do comportamento das unidades econômicas individuais (consumidores, empresas, trabalhadores

Leia mais

DECRETO Nº 2.596, DE 18 DE MAIO DE 1998.

DECRETO Nº 2.596, DE 18 DE MAIO DE 1998. DECRETO Nº 2.596, DE 18 DE MAIO DE 1998. Regulamenta a Lei nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional. O PRESIDENTE DO SENADO

Leia mais

ICHCA. INTERNATIONAL CARGO HANDLING CO-ORDINATION ASSOCIATION SOLAS - Safety of Life at Sea V G M - Verificação de massa bruta

ICHCA. INTERNATIONAL CARGO HANDLING CO-ORDINATION ASSOCIATION  SOLAS - Safety of Life at Sea V G M - Verificação de massa bruta ICHCA INTERNATIONAL CARGO HANDLING CO-ORDINATION ASSOCIATION http://ichca.com/ SOLAS - Safety of Life at Sea V G M - Verificação de massa bruta Resumo elaborado a partir da matéria de autoria da jornalista

Leia mais

4 Custeio e Avaliação de Desempenho

4 Custeio e Avaliação de Desempenho 4 Custeio e Avaliação de Desempenho A Petrobras utiliza o sistema de Custeio por Absorção, também chamado de Método do Centro de Custos, o que segundo Faria e Costa (2005) não traz bons resultados para

Leia mais

AULA 6 Marketing de Serviços

AULA 6 Marketing de Serviços AULA 6 Marketing de Serviços Por que a estratégia de determinação de preços de serviços é diferente (e difícil)? Não existe propriedade de serviços: é difícil para as empresas calcular os custos financeiros

Leia mais

Plano de Curso Tecnologia em rolo compactador

Plano de Curso Tecnologia em rolo compactador PLANO DE CURSO MSOBRTECRC PAG1 Plano de Curso Tecnologia em rolo compactador Justificativa do curso Compactação é o processo em que uma tensão aplicada a um solo proporciona aumento da densidade do solo,

Leia mais

LOC Brasil OAB Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro Importantes Personagens da Indústria Naval

LOC Brasil OAB Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro Importantes Personagens da Indústria Naval OAB Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro Importantes Personagens da Indústria Naval LOC Brasil 2016 Wagner Mentzingen Rodrigues w.rodrigues@loc-group.com Rua da Assembleia No. 10, suíte 2920 Rio de

Leia mais

Planejamento Estratégico de Uma Pequena Empresa do Ramo de Panificação

Planejamento Estratégico de Uma Pequena Empresa do Ramo de Panificação Planejamento Estratégico de Uma Pequena Empresa do Ramo de Panificação Bruno da Costa Feitosa bcfeitosa@gmail.com Resumo Este documento apresenta o planejamento estratégico de uma pequena empresa do ramo

Leia mais

Comentário de Desempenho Controladora Resultados Referentes ao Primeiro Trimestre de 2011

Comentário de Desempenho Controladora Resultados Referentes ao Primeiro Trimestre de 2011 Comentário de Desempenho Controladora Resultados Referentes ao Primeiro Trimestre de 2011 Despesas Gerais e Administrativas As Despesas Gerais e Administrativas do 1T11 alcançaram R$ 23,5 milhões, reflexo

Leia mais

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 011/2014 DPC /03/2014 NORMAM, VISTORIAS, INSPEÇÕES E PERÍCIAS A S S U N T O

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 011/2014 DPC /03/2014 NORMAM, VISTORIAS, INSPEÇÕES E PERÍCIAS A S S U N T O C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 011/2014 DPC-02-02 132 18/03/2014 NORMAM, VISTORIAS, INSPEÇÕES E PERÍCIAS A S S U N T O Assunto : Altera a Abrangência do Acordo de Delegação de Competência

Leia mais

3 Programação de navios Situação PETROBRAS

3 Programação de navios Situação PETROBRAS 3 Programação de navios Situação PETROBRAS Acompanhando o cenário mundial de aumento da demanda por transporte marítimo (e.g. Christiansen et al., 2004), a exportação do petróleo brasileiro vem crescendo

Leia mais

A SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO NO BRASIL

A SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO NO BRASIL A SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO NO BRASIL Setembro / 2007 MANUTENÇÃO DESCENTRALIZADA NÍVEL HIERÁRQUICO RQUICO DA MANUTENÇÃO EMPREGADOS PRÓPRIOS PRIOS DE MANUTENÇÃO No ano de 2007, a atividade de manutenção nestas

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Marítimo CERT - 6ª fase. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Marítimo CERT - 6ª fase. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER CERT - 6ª fase Advogado de Estatais Período 2006-2016 1) CESGRANRIO Advogado PETROBRAS (2012) A jurisdição brasileira sobre águas se estende às águas interiores e marítimas.

Leia mais

Tabela de Preços Armazenagem e Serviços Acessórios Versão 20.0 - Válida a partir de 05/02/2016

Tabela de Preços Armazenagem e Serviços Acessórios Versão 20.0 - Válida a partir de 05/02/2016 Tabela de Preços Armazenagem e Serviços Acessórios Versão 20.0 - Válida a partir de 05/02/2016 ARMAZENAGEM 1 - Armazenagem de Importação - Contêiner e Carga Solta Do Valor CIF Parcela Fixa por contêiner

Leia mais

Contratos de Afretamento & Introdução a Custos

Contratos de Afretamento & Introdução a Custos Contratos de Afretamento & Introdução a Custos PNV 2587 Prof. Dr. André Bergsten Mendes Afretamento Contrato de Afretamento ou Charter Party Afretadores x Armadores (The General Council of British Shipping

Leia mais

Descrição do Serviço Diagnóstico no Local

Descrição do Serviço Diagnóstico no Local Visão geral do Serviço O da Dell (o Serviço ) oferece atividades de diagnóstico opcionais no endereço comercial do Cliente para Produtos Suportados, como descrito mais especificamente neste documento (a

Leia mais

Reduza seus custos e amplie a sua competitividade

Reduza seus custos e amplie a sua competitividade Reduza seus custos e amplie a sua competitividade Nesse exato momento, na sua empresa, existem recursos sendo gastos ALÉM DA necessidade. Se você pudesse identificá-los, poderia realocar esses valores

Leia mais

Anexo 2.8 Especificações do Sistema de Monitoramentoda Frota

Anexo 2.8 Especificações do Sistema de Monitoramentoda Frota Anexo 2.8 Especificações do Sistema de Monitoramentoda Frota ÍNDICE 1 OBJETIVOS... 3 2 ESPECIFICAÇÃO BÁSICA... 3 2.1 AQUISIÇÃO DE DADOS MONITORADOS DO VEÍCULO... 3 2.2 AQUISIÇÃO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO...

Leia mais

QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.4

QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.4 QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.4 Curso: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Disciplina: Qualidade de Software Profa. : Kátia Lopes Silva 1 SISTEMAS DA QUALIDADE NORMAS ISO 1. INTRODUÇÃO 2. NORMA ISO 9000:2000 Slides

Leia mais

Contratos de Afretamento

Contratos de Afretamento Contratos de Afretamento PNV 2587 Prof. Dr. André Bergsten Mendes Afretamento Contrato de Afretamento ou Charter Party Afretadores x Armadores (The General Council of British Shipping e Baltic International

Leia mais

Cópia Não Controlada - PRO/CML-0005 - V.4

Cópia Não Controlada - PRO/CML-0005 - V.4 Página 1 de 7 Tipo de Documento PROCEDIMENTO Título do Documento Procedimento de Transporte de Produtos de Varejo Número e Versão do Documento Fase Elaborado por PRO/CML-0005 - V.4 Vigente Elizabeth Tessaro

Leia mais

ANTAQ SUPERINTENDÊNCIA DE NAVEGAÇÃO SNA ANA MARIA PINTO CANELLAS

ANTAQ SUPERINTENDÊNCIA DE NAVEGAÇÃO SNA ANA MARIA PINTO CANELLAS ANTAQ SUPERINTENDÊNCIA DE NAVEGAÇÃO SNA ANA MARIA PINTO CANELLAS Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2004. Desempenha, como autoridade administrativa independente, a função de entidade reguladora e fiscalizadora

Leia mais

Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo

Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo Introdução à Regulamentação em Transporte Marítimo PNV 2587 Prof. Dr. André Bergsten Mendes 13/11/2002 Aframax - 77.000 t - Mono-casco, 26 anos Rota: Lituânia Singapura O Introdução

Leia mais

AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL

AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL CURSO FORMAÇÃO AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL PROGRAMA DO CURSO 0800-718-3810 / 4062-0660 - Ramal: 0405 www.abracomex.org /abracomexadm /abracomex FORMAÇÃO AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL Carga horária: 360h

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos ISO 9001:2008 GESTÃO DE QUALIDADE O que é ISO? ISO = palavra grega que significa Igualdade O Comitê - ISO A Organização Internacional de Normalização (ISO) tem sede em Genebra na Suíça, com o propósito

Leia mais

Produtividade através da confiabilidade

Produtividade através da confiabilidade Produtividade através da confiabilidade Recursos da SKF para o segmento de mineração, processamento de minérios e cimento O Poder do Conhecimento em Engenharia Você está trabalhando como nunca. As suas

Leia mais

1. Considerações Gerais: 2. Público Alvo: FHM-RG-053

1. Considerações Gerais: 2. Público Alvo: FHM-RG-053 1. Considerações Gerais: 1.1.O aceite deste termo por parte do pré-inscrito é considerado como aceite e ciência de todo o conteúdo das Regras de Inscrição para os Cursos da Fundação Homem do Mar - FHM,

Leia mais

DIA MUNDIAL DA SENSIBILIZAÇÃO PARA A CORROSÃO

DIA MUNDIAL DA SENSIBILIZAÇÃO PARA A CORROSÃO DIA MUNDIAL DA SENSIBILIZAÇÃO PARA A CORROSÃO Novas Tendências na Construção e Reparação Naval 24-04-2014 A na C ar t axo L I S N AVE, E s t aleiros N avais S A INTRODUÇÃO Protecção anti-corrosiva por

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS AEROESPACIAIS DO BRASIL. Pág.: 1

ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS AEROESPACIAIS DO BRASIL. Pág.: 1 ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS AEROESPACIAIS DO BRASIL Pág.: 1 Pág.: 2 Relatório de Ocorrências Aeronáuticas Sistema de comunicação vigente no Brasil (ANAC) Sistema de comunicação vigente nos EUA (FAA) Integração

Leia mais

Encomendas previstas a estaleiros brasileiros Abril 2010

Encomendas previstas a estaleiros brasileiros Abril 2010 1 Encomendas previstas a estaleiros brasileiros Abril 2010 A indústria brasileira de construção naval emprega diretamente mais de 46 mil pessoas. Considerando os empregos indiretos, na indústria fornecedora

Leia mais

Carregamento, descarga ou baldeação, por tonelada. I-002 Por Unidade de container movimentado, cheio 64,52

Carregamento, descarga ou baldeação, por tonelada. I-002 Por Unidade de container movimentado, cheio 64,52 Tabela I - Utilização Da Infra-Estrutura De Acesso Aquaviário Código Descrição Tarifa Atual I-001 Carregamento, descarga ou baldeação, por tonelada 3,57 I-002 Por Unidade de container movimentado, cheio

Leia mais

CRITÉRIOS DE RATEIO E DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS

CRITÉRIOS DE RATEIO E DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE RATEIO E DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS René Gomes Dutra Resumo: Rateio é uma divisão proporcional por uma base que tenha dados conhecidos em cada uma das funções em que se deseja apurar custos. Tal

Leia mais

DIRETORIA DE PESQUISA - DPE COORDENAÇÃO DE CONTAS NACIONAIS CONAC. Sistema de Contas Nacionais - Brasil Referência 2000

DIRETORIA DE PESQUISA - DPE COORDENAÇÃO DE CONTAS NACIONAIS CONAC. Sistema de Contas Nacionais - Brasil Referência 2000 DIRETORIA DE PESQUISA - DPE COORDENAÇÃO DE CONTAS NACIONAIS CONAC Sistema de Contas Nacionais - Brasil Referência 2000 Nota metodológica nº 21 Margem de Transporte e Comércio (versão para informação e

Leia mais

Disciplina: ECV5126 Portos de Mar, Rios e Canais II Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil

Disciplina: ECV5126 Portos de Mar, Rios e Canais II Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil Disciplina: ECV5126 Portos de Mar, Rios e Canais II Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil Professores: Sílvio dos Santos, Esp. Eunice Passaglia, Dra. AULA N 2: OS NAVIOS

Leia mais

TERMO DE ACEITAÇÃO DE CONDIÇÕES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO FHM-RG-053

TERMO DE ACEITAÇÃO DE CONDIÇÕES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO FHM-RG-053 1. Considerações Gerais: 1.1. O aceite deste termo por parte do pré-inscrito é considerado como aceite e ciência de todo o conteúdo das Regras de Inscrição para os Cursos da Fundação Homem do Mar - FHM,

Leia mais

Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento do Escopo do Projeto (PMBoK 5ª ed.) De acordo com o PMBok 5ª ed., o escopo é a soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projeto. Sendo ele referindo-se a: Escopo

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo de Paços de Ferreira

Escola Secundária com 3º ciclo de Paços de Ferreira INCOTERMS CATARINA CAMPOS, Nº7 CATARINA PINTO, Nº8 12ºS INCOTERMS Os INCOTERMS (International Commercial Terms) podem ser considerados como um conjunto de regras internacionais de carácter facultativo

Leia mais

PLANO DE PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS RESULTADOS (PPR)

PLANO DE PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS RESULTADOS (PPR) PLANO DE PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS RESULTADOS (PPR) Por este instrumento particular e na melhor forma de direito o, inscrito no CNPJ. sob o no. 19.761.757/0001-26, estabelecido no Município de Santos,

Leia mais

MODELAGENS. Modelagem Estratégica

MODELAGENS. Modelagem Estratégica Material adicional: MODELAGENS livro Modelagem de Negócio... Modelagem Estratégica A modelagem estratégica destina-se à compreensão do cenário empresarial desde o entendimento da razão de ser da organização

Leia mais

TABELA DE CARGOS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO VENCIMENTO BASE CARGA HORÁRIA SINTESE DAS ATIVIDADES TOTAL DE VAGAS REQUISITO

TABELA DE CARGOS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO VENCIMENTO BASE CARGA HORÁRIA SINTESE DAS ATIVIDADES TOTAL DE VAGAS REQUISITO TABELA DE CARGOS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO CARGO Assistente Operacional Assistente Administrativo PRÉ- REQUISITO completo completo TOTAL DE VAGAS VENCIMENTO BASE CARGA HORÁRIA 01 R$ 1.813,45 40 horas 02 R$

Leia mais

Airship tem primeiro pedido de dirigíveis

Airship tem primeiro pedido de dirigíveis Airship tem primeiro pedido de dirigíveis Por Sérgio Ruck Bueno A Airship, uma sociedade entre a Transportes Bertolini e a Engevix para a produção de dirigíveis de carga, já recebeu os primeiros pedidos.

Leia mais

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. Novo Mercado de. Renda Fixa

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. Novo Mercado de. Renda Fixa Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas Novo Mercado de Renda Fixa CAPÍTULO I PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA Art. 1º - O objetivo deste Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Novo Mercado

Leia mais

AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL

AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL CURSO FORMAÇÃO AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL PROGRAMA DO CURSO 0800-718-3810 / 4062-0660 - Ramal: 0405 www.abracomex.org /abracomexadm /abracomex FORMAÇÃO AGENTE DE CARGA INTERNACIONAL Carga horária: 360h

Leia mais

Autoridade Marítima Brasileira. A Autoridade Marítima e a Construção Naval no Brasil. Diretoria de Portos e Costas

Autoridade Marítima Brasileira. A Autoridade Marítima e a Construção Naval no Brasil. Diretoria de Portos e Costas Autoridade Marítima Brasileira A Autoridade Marítima e a Construção Naval no Brasil Diretoria de Portos e Costas SUMÁRIO Moldura Legal A Estrutura da Autoridade Marítima Brasileira Licença de Construção

Leia mais

MANUTENÇÃO SISTEMAS INFORMATIZADOS PARA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO. CCMS- Computer Maintenance Management System

MANUTENÇÃO SISTEMAS INFORMATIZADOS PARA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO. CCMS- Computer Maintenance Management System MANUTENÇÃO SISTEMAS INFORMATIZADOS PARA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO CCMS- Computer Maintenance Management System Prof. Dissenha professor@dissenha.net SISTEMAS INFORMATIZADOS PARA O PLANEJAMENTO

Leia mais

Unidade II RECURSOS MATERIAIS E. Profa. Marinalva Barboza

Unidade II RECURSOS MATERIAIS E. Profa. Marinalva Barboza Unidade II RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Profa. Marinalva Barboza Compras no contexto logístico Compras no contexto logístico Essa cadeia é essencial e de extrema importância para todas as áreas: Gestor

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório de Gerenciamento de Riscos Relatório de Gerenciamento de Riscos 1T2011 ING Bank N.V. São Paulo Relatório de Gerenciamento de Riscos Page 1 of 11 Estrutura de gerenciamento de riscos A estrutura organizacional das áreas responsáveis

Leia mais

A República Federativa do Brasil

A República Federativa do Brasil AJUSTE COMPLEMENTAR AO ACORDO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A ORGANIZACÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O FUNCIONAMENTO NO BRASIL DO ESCRITÓRIO DA COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE,

Leia mais

Benchmarking de Tarifas e Práticas do Transporte Rodoviário

Benchmarking de Tarifas e Práticas do Transporte Rodoviário Benchmarking de Tarifas e Práticas do Transporte Rodoviário Rachel Fanti Coelho Lima 1. Introdução Para um número crescente de empresas, o transporte de cargas vem deixando de ser uma questão de importância

Leia mais

INCOTERMS. (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio)

INCOTERMS. (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) INCOTERMS INCOTERMS (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) Servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações

Leia mais

Tabela I - UTILIZAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DE ABRIGO E DE ACESSO AQUAVIÁRIO (taxa devida pelo armador ou preposto)

Tabela I - UTILIZAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DE ABRIGO E DE ACESSO AQUAVIÁRIO (taxa devida pelo armador ou preposto) (TARIFA APROVADA PELA RESOLUÇÃO Nº. 04, DE 30 DE MAIO DE 1996, DO CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUARIA DO PORTO DE PELOTAS- RS) Tabela I - UTILIZAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DE ABRIGO E DE ACESSO AQUAVIÁRIO (taxa

Leia mais

Inventário de emissões de gases de efeito estufa

Inventário de emissões de gases de efeito estufa Inventário de emissões de gases de efeito estufa Ano inventariado: 2013 Wilson Sons de Administração e Comércio Ltda. Nome fantasia: Wilson Sons CNPJ: 33.130.691/0001-05 Setor econômico: Transporte, armazenagem

Leia mais

Metodologia & Carga Horária

Metodologia & Carga Horária CURSOS ONLINE NORMA REGULAMENTADORA NR 33 NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados Online - Trabalhador Autorizado e Vigia - Entrantes. A quem se destina O curso de "NR-33 Trabalhador

Leia mais

CABOTAGEM COMO ALTERNATIVA LOGÍSTICA

CABOTAGEM COMO ALTERNATIVA LOGÍSTICA CABOTAGEM COMO ALTERNATIVA LOGÍSTICA Fábio Siccherino Novembro de 2013 CABOTAGEM POR QUE? 2 O BRASIL TEM MAIS DE 8.000 KM DE COSTA NAVEGÁVEL Incluindo o Rio Amazonas são 10.000 Km (Eficiência Geoeconômica).

Leia mais

COMO REDUZIR CUSTOS E PROBLEMAS COM TRANSPORTE INTERNACIONAL E LOGÍSTICA

COMO REDUZIR CUSTOS E PROBLEMAS COM TRANSPORTE INTERNACIONAL E LOGÍSTICA COMO REDUZIR CUSTOS E PROBLEMAS COM TRANSPORTE INTERNACIONAL E LOGÍSTICA INSTITUTO MERCOSUL Ariane Canestraro a. Eleger o melhor meio de Transporte: Aéreo urgências x tarifas premium Marítimo LCL / FCL

Leia mais

GESTÃO GESTRATÉGICA DE SUPRIMENTOS

GESTÃO GESTRATÉGICA DE SUPRIMENTOS GESTÃO GESTRATÉGICA DE SUPRIMENTOS INTRODUÇÃO O setor de suprimentos é, dentre os diversos outros setores da empresa, um dos que tem maior potencial de impacto nos resultados financeiros de uma organização,

Leia mais

Custos no Setor Público: Ferramenta da Melhoria da Qualidade do Gasto Público. Florianópolis 17 de Abril 2015

Custos no Setor Público: Ferramenta da Melhoria da Qualidade do Gasto Público. Florianópolis 17 de Abril 2015 Custos no Setor Público: Ferramenta da Melhoria da Qualidade do Gasto Público Florianópolis 17 de Abril 2015 1 Qualidade do Gasto Público Conceito visualiza duas Dimensões : (em construção *) Macro (Estratégico)

Leia mais

INCOTERMS. (International Commercial Terms)

INCOTERMS. (International Commercial Terms) Página 1 INCOTERMS (International Commercial Terms) André de Farias Albuquerque Recife PE 2016 Página 2 ANDRÉ DE FARIAS ALBUQUERQUE INCOTERMS (International Commercial Terms) Recife, janeiro de 2016. Página

Leia mais

Nossa experiência ao seu serviço.

Nossa experiência ao seu serviço. Nossa experiência ao seu serviço. APRESENTAÇÃO 03 CERTIFICAÇÕES 04 CADASTROS 06 CLIENTES 11 SERVIÇOS 12 NOSSA HISTÓRIA Fundada em 2009, a Tech-Insp se orgulha de sua eficiente gestão operacional, onde

Leia mais

Wconsulting Garantia de excelência nos projetos desenvolvidos!

Wconsulting Garantia de excelência nos projetos desenvolvidos! A utilização do método de análise e solução de problemas O MASP é uma excelente ferramenta utilizada para análise e solução de problemas. Permite identificar de forma assertiva as causas de um determinado

Leia mais

Gerenciamento de Almoxarifado Versão OneWorld Xe. Manual Setembro de 2000

Gerenciamento de Almoxarifado Versão OneWorld Xe. Manual Setembro de 2000 Gerenciamento de Almoxarifado Versão OneWorld Xe Manual Setembro de 2000 Sumário Visão Geral.................................................. 1 1 Configuração Configuração do Almoxarifado...............................

Leia mais

ROTEIRO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RECURSOS HUMANOS

ROTEIRO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RECURSOS HUMANOS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: RECURSOS HUMANOS I. Mudanças na Gestão de Pessoas; II. Planejamento de RH: elaboração de políticas, programas e projetos de RH; III. Captação: processos de recrutamento e seleção;

Leia mais

Convenção Solas Pesagem de Contentores. 13 de maio de 2016

Convenção Solas Pesagem de Contentores. 13 de maio de 2016 Convenção Solas 13 de maio de 2016 Convenção SOLAS Uma questão de (in)segurança Convenção SOLAS Apesar da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (International Convention for

Leia mais

POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A.

POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. Demonstrações Financeiras Em 31 de Dezembro de 2010 Conteúdo Relatório dos Auditores

Leia mais

FORMAÇÃO Agente de Carga Internacional EAD Curso sob Regulamentação do Decreto de 19/12/ MEC

FORMAÇÃO Agente de Carga Internacional EAD Curso sob Regulamentação do Decreto de 19/12/ MEC FORMAÇÃO Agente de Carga Internacional EAD Curso sob Regulamentação do Decreto 5.622 de 19/12/2005 - MEC Objetivo: Habilitar os participantes para trabalhar com o Agenciamento de Cargas Internacionais,

Leia mais

Resultados do Terceiro Trimestre de 2005

Resultados do Terceiro Trimestre de 2005 Resultados do Terceiro Trimestre de 2005 28 de outubro de 2005 Mensagem do Panorama do Mercado Resultados Financeiros Ambiente Regulatório Conclusão Mensagem do A TIM Participações está crescendo em um

Leia mais

INDRA BRASIL SOLUÇÕES E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS S.A. 1ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2013

INDRA BRASIL SOLUÇÕES E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS S.A. 1ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2013 INDRA BRASIL SOLUÇÕES E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS S.A. 1ª. EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2013 Rio de Janeiro, 30 de Abril de 2014. Prezados Senhores Debenturistas,

Leia mais

ANALISTA DE LOGÍSTICA EM COMÉRCIO EXTERIOR

ANALISTA DE LOGÍSTICA EM COMÉRCIO EXTERIOR CURSO FORMAÇÃO ANALISTA DE LOGÍSTICA EM COMÉRCIO EXTERIOR PROGRAMA DO CURSO 0800-718-3810 / 4062-0660 - Ramal: 0405 www.abracomex.org /abracomexadm /abracomex FORMAÇÃO ANALISTA DE LOGÍSTICA EM COMÉRCIO

Leia mais

CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO

CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO CONTRATO DE CRÉDITO PESSOAL PRÉ-APROVADO Por este instrumento e na melhor forma de direito, a COOPERATIVA, doravante designada simplesmente COOPERATIVA, neste ato devidamente representada na forma de seu

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Paulo Bornhausen) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Paulo Bornhausen) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Do Sr. Paulo Bornhausen) Dispõe sobre o exercício da profissão de supervisor de segurança portuária. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A profissão de supervisor de segurança

Leia mais

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Área de Insumos Básicos Seminário sobre Petróleo e Gás APIMEC RIO Agosto/2012 BNDES Fundado em 20 de Junho de 1952 Empresa pública de propriedade integral

Leia mais

DECRETO Nº 2.655, DE 02 DE JULHO DE 1998

DECRETO Nº 2.655, DE 02 DE JULHO DE 1998 DECRETO Nº 2.655, DE 02 DE JULHO DE 1998 Regulamenta o Mercado Atacadista de Energia Elétrica, define as regras de organização do Operador Nacional do Sistema Elétrico, de que trata a Lei n o 9.648, de

Leia mais

PSP: Personal Software Process. PSP- Personal Software Process. PSP: Personal Software Process. PSP: Personal Software Process

PSP: Personal Software Process. PSP- Personal Software Process. PSP: Personal Software Process. PSP: Personal Software Process PSP- Personal Software Process Maria Cláudia F. P. Emer PSP: Personal Software Process z Já foram vistas ISO/IEC 9126 foco no produto ISO 9001 e CMM foco no processo de desenvolvimento z Critica a essas

Leia mais

GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO

GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO Gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto. A

Leia mais

Tenho a honra de acusar o recebimento da Nota B-075, datada de 05 de junho de 1997, cujo teor em português é o seguinte:

Tenho a honra de acusar o recebimento da Nota B-075, datada de 05 de junho de 1997, cujo teor em português é o seguinte: ABC/DCS/DAI/ 01 /ETEC-BRAS-CANA Senhor Encarregado de Negócios a.i., Tenho a honra de acusar o recebimento da Nota B-075, datada de 05 de junho de 1997, cujo teor em português é o seguinte: "Senhor Ministro,

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Luciano Assalim Avaliação da conformidade como ferramenta de aprendizagem organizacional em projetos de engenharia de grandes empreendimentos Dissertação

Leia mais

PERFIL CORPORATIVO CTIS

PERFIL CORPORATIVO CTIS PERFIL CORPORATIVO CTIS PERFIL CORPORATIVO Sobre a CTIS Iniciou sua trajetória com dois sócios, um office- boy e uma secretária, ocupando uma área de apenas 27m². Hoje, é uma das maiores do mercado brasileiro

Leia mais

GUIA VTS PORTO DO AÇU-RJ

GUIA VTS PORTO DO AÇU-RJ GUIA VTS PORTO DO AÇU-RJ REV. DATA ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO 0 01/02/2017 Valter Barbosa Joffre Villote Álisson Freire 1 15/02/2017 Valter Barbosa Gustavo Cruz Álisson Freire BRASIL - AÇU Procedimentos

Leia mais

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VAD CURSO DE ADMINISTRAÇÃO REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE

Leia mais

CAPÍTULO XI FINANÇAS

CAPÍTULO XI FINANÇAS CAPÍTULO XI FINANÇAS A. INVESTIMENTO DOS FUNDOS DA ASSOCIAÇÃO As decisões referentes aos investimentos da associação deverão tomar como base as declarações sobre normas de investimentos para o Fundo Geral

Leia mais

CURSO de AFRETAMENTO MARÍTIMO. Local: AIP Praça das Industrias, LISBOA. 11/12 Out. 18/19 Out. 24/25 Out.

CURSO de AFRETAMENTO MARÍTIMO. Local: AIP Praça das Industrias, LISBOA. 11/12 Out. 18/19 Out. 24/25 Out. CURSO de AFRETAMENTO MARÍTIMO Local: AIP Praça das Industrias, LISBOA 11/12 Out. 18/19 Out. 24/25 Out. www.cpcarregadores.pt OBJECTIVOS O transporte marítimo é um negócio difícil de entender para as pessoas

Leia mais

Ministério das Cidades

Ministério das Cidades Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Habitação Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H ANEXO III Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras

Leia mais

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA 1 / 8 1 OBJETIVO: Este procedimento visa sistematizar a realização de auditorias de Meio Ambiente por parte da SANTO ANTÔNIO ENERGIA SAE / Diretoria de Sustentabilidade DS, sobre as obras executadas no

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA BRASKEM

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA BRASKEM ANEXO À PD.CA/BAK-37/2010 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA BRASKEM Aprovada pelo Conselho de Administração da Braskem S.A. em 29 de Novembro de 2010 1 XX/XX/10 RAE Inventimentos LE Braskem Revisão Data da

Leia mais

Anexo 4. Termo de Referência do Plano de Negócios

Anexo 4. Termo de Referência do Plano de Negócios Anexo 4 Termo de Referência do Plano de Negócios I. Introdução 1.1. Este Termo de Referência tem por objetivo orientar as Proponentes na elaboração de seu Plano de Negócios, conforme definido no Edital,

Leia mais

Em atendimento à Audiência Pública supra citada, vimos pela presente apresentar nossas considerações sobre a minuta disponibilizada.

Em atendimento à Audiência Pública supra citada, vimos pela presente apresentar nossas considerações sobre a minuta disponibilizada. Curitiba, 15 de janeiro de 2008 Sr. José Augusto da Silva Superintendente de Mediação Administrativa Setorial Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL SGAN - Quadra 603 - Módulo I 70830-030 Brasília

Leia mais

PROBLEMA DE RENOVAÇÃO DE FROTA: UM ESTUDO DE CASO APLICADO A LOCOMOTIVAS

PROBLEMA DE RENOVAÇÃO DE FROTA: UM ESTUDO DE CASO APLICADO A LOCOMOTIVAS XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. PROBLEMA DE RENOVAÇÃO DE FROTA: UM ESTUDO DE CASO APLICADO A LOCOMOTIVAS Claudia Rochael Oliveira (IME) rochaelclaudia@hotmail.com Vânia Barcellos Gouvêa

Leia mais

Pode-se dizer, relacionamento próximo e consolidado da empresa com seus clientes, representa um diferencial de competividade e eficiência.

Pode-se dizer, relacionamento próximo e consolidado da empresa com seus clientes, representa um diferencial de competividade e eficiência. Exposição de motivos referente à proposta de resolução normativa que dispõe sobre a obrigatoriedade de instituição de unidade organizacional específica de ouvidoria por parte das operadoras de planos de

Leia mais

Informações e orientações para organização do processo decisório

Informações e orientações para organização do processo decisório Informações e orientações para organização do processo decisório Prof. Pedro Paulo H. Wilhelm, Dr. Eng. Prod (Dep. Economia) WILHELM@FURB.BR Prof. Maurício C. Lopes, Msc. Eng. Prod. (Dep. Computação) MCLOPES@FURB.BR

Leia mais