UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Projeto Conceitual de um Robô SCARA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Projeto Conceitual de um Robô SCARA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Projeto Conceitual de um Robô SCARA Disciplina de Projetos I (CCA 99002) Prof.Dr. Rafael Antônio Comparsi Laranja Guilherme de Mello Kich (193411) Ramon Schmitt (181600) Porto Alegre, Julho de 2012

2 RESUMO Este trabalho se trata da elaboração de um projeto conceitual sobre um braço robótico do tipo SCARA. Essa parte do projeto é a segunda após o projeto informacional e visou à obtenção de um conceito sobre o dispositivo, ou seja, se desejou encontrar uma idéia clara sobre a estrutura geral e com certo grau de detalhamento do robô. Para chegar a essa situação se utilizou de revisão bibliográfica a respeito do assunto. Com ela, foi possível entender o que existe de forma a atender as especificações do projeto informacional. Juntamente, foi utilizada a metodologia do projeto conceitual para elaborar o conceito em si, com o auxílio do mapa conceitual e da elaboração da estrutura funcional do dispositivo. Palavras-chave: Projeto conceitual, robô SCARA, projeto acadêmico, braço robótico, robótica, metodologia projeto 2

3 LISTA DE FIGURAS Figura 2.01: Elos e juntas... 7 Figura 2.02: Juntas deslizantes Figura 2.03: Juntas de rotação Figura 2.04: Robô com articulação horizontal Figura 2.05: Estrutura padrão da configuração SCARA Figura 2.06: (a) Estrutura do robô SCARA mais compacto da KUKA. (b) Estrutura típica de SCARA da EPSON e ADEPT Figura 2.07: Robô SCARA da TOSHIBA MACHINE para manuseio de peças pesadas Figura 2.08: (a) Garra de dedos paralelos com engrenagem e cremalheira. (b) Garra acionada por came. (c) Garra acionada por parafuso. (d) Garra acionado por sem fim. (e) Garra de dedos paralelos movimentada por motor Figura 2.09: (a) Garra movimentada por pistão pneumático de efeito simples. (b) Garra de dedos paralelos movimentados por um pistão de duplo efeito Figura 2.10: Robô SCARA da KUKA Robotics equipado com garra pneumática Figura 2.11: Robô SCARA da Stäubli equipado com ventosa Figura 2.12: Garra magnética com imãs permanentes e pistões separadores Figura 2.13: Estrutura do controlador Figura 2.14: Controlador TS3100 dos robôs SCARA da TOSHIBA MACHINE Figura 2.15: Painel de controle do robô SCARA IBM Figura 3.01: Mapa conceitual do braço robótico SCARA Figura 3.02: Diagrama da estrutura funcional do braço robótico SCARA Figura 3.03: Protótipo braço articulado com efetuador do robô SCARA Figura 3.04: Protótipo do robô SCARA

4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Objetivos REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Estrutura Sistemas de Transmissão Mecânica Efetuadores Garras Ferramentas Acionamentos e Medição Sistema hidráulico Sistema pneumático Motores elétricos de corrente contínua Motor de passo Servomotores Atuadores linear Controle e Interface METODOLOGIA Análise Escopo do projeto Estrutura funcional Síntese CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5 1. INTRODUÇÃO A automação possibilita grandes incrementos na produtividade do trabalho, além de aumentar a produção. Os equipamentos automatizados permitem uma melhora na qualidade do produto, uniformizando a produção, eliminando perdas e refugos. O uso de robôs contribui para a automação em processos de média e pequena escala, sendo que nesta última, basta alterar o programa e a ferramenta do robô para produzir um novo modelo e, desta forma, se consegue grandes incrementos na produtividade e, consequentemente, na produção. [Moura, 2004] Neste contexto, as disciplinas de Projetos do Curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) têm como objetivo integrar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso e suas aplicações, fornecendo alguns conceitos de desenvolvimento de projetos de máquinas em controle e automação. Para tanto, é proposto ao aluno realizar o processo de desenvolvimento de um produto com suas macrofases (planejamento, processo de projeto do produto e implementação) e suas, respectivas, fases. Neste momento, será desenvolvido o projeto conceitual do produto, que representa uma fase associada ao processo de projeto do produto. Tendo em vista que o Engenheiro de Controle e Automação é um profissional que deve ter uma formação multidisciplinar nas áreas de eletro-eletrônica, mecânica e informática, será realizado o processo de desenvolvimento de um robô industrial do tipo SCARA. A robótica abrange tecnologia da áreas citadas anteriormente bem como, em menor grau, teoria de controle, microeletrônica, inteligência artificial e teoria de produção. O estudo sobre robôs tem sua origem na ficção científica. O termo robótica refere-se ao estudo e ao uso de robôs e foi popularizado pelo escritor Isaac Asimov. A palavra robô está ligada ao dramaturgo checo Karel Capek, sendo obtida da palavra checa robota que significa trabalho forçado ou servo, termo introduzido na década de 20 em uma peça de teatro. De acordo com a ISO 8373, de 1994, que trata sobre manipuladores industriais, robô é um "Manipulador controlado automaticamente, reprogramável, multifunção e programável em 3 ou mais eixos, podendo ser fixo ou móvel, para uso em aplicações industriais automatizadas. Deve ser um equipamento, cujos movimentos ou funções auxiliares podem ser modificadas sem alterações físicas e capaz de ser adaptado a diferentes aplicações. [Moura, 2004] 5

6 O conceito de braço Robótico SCARA foi desenvolvido em 1979 pelo professor Hiroshi Makino da Universidade de Yamanashi do Japão. O seu intuito era obter robôs com baixos graus de liberdade, mas que fossem muito eficientes na manipulações de produtos em indústrias. Entre as apoiadoras do projeto, estava a empresa Sankio Seiki, a qual veio a se tornar a primeira fabricante do Robô SCARA em 1981, juntamente com a NEC e Pentel. [Carrara, 2011] O nome SCARA é uma sigla em inglês que significa: Selective Compliant Assembly Robot Arm, em português: braço robótico seletivo compatível com linhas de montagem. Dessa forma, o nome já demonstra o objetivo do projeto desde o início, ou seja, criar um dispositivo compatível com linhas de manufaturas com espaços reduzidos Objetivos O projeto conceitual apresentado aqui tem como objetivo especificar as características construtivas e técnicas de um robô SCARA em acordo com as especificações do produto provenientes do projeto informacional. Esse trabalho, portanto, visa a encontrar soluções e alternativas físicas de construção que satisfaçam os requisitos através de pesquisa e análise de outras soluções existentes bem como a proposição de novas ideias. Dessa forma, a meta é possuir, com a conclusão do projeto conceitual, conceitos reais e de possível realização quando da construção do produto. 6

7 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A revisão bibliográfica foi realizada a partir da análise de modelos industriais do robô SCARA, destacando os aspectos importantes de sua estrutura, de seus efetuadores, dos sistema de transmissão mecânicos, dos acionamentos envolvido, do material, do controle e interface com usuário associados ao mesmo Estrutura Todo braço de robô é composto por uma série de elos e juntas, onde a junta conecta dois elos permitindo o movimento relativo entre eles. Comparando com a anatomia da perna humana, elo pode ser comparado à canela ou coxa, e junta ao joelho, desta forma entre dois elos há uma junta de movimentação (Figura 2.01). Figura 2.01: Elos e juntas (adaptado de Moura, 2004). A grande maioria dos robôs SCARA é acionada por meio de servomotores elétricos. O acionamento elétrico, ao contrário do pneumático ou hidráulico, é mais facilmente controlável e oferece maior precisão de posicionamento (esta discussão será mais detalhada posteriormente). Os robôs podem apresentar vários movimentos, sendo que cada um é realizado por meio de um servomotor elétrico. O número de articulações em um braço do robô é também referenciado como grau de liberdade, sendo que a maioria dos robôs SCARA no mercado tem entre 3 a 5 graus de liberdade. Quando o movimento relativo ocorre em um único eixo, a articulação tem um grau de liberdade, quando o movimento é por mais de um eixo, a articulação tem dois graus de liberdade. 7

8 A mobilidade dos robôs depende do número de elos e articulações que o mesmo possui. Os braços de robôs podem ser formados por juntas deslizantes, juntas de rotação ou juntas de bola e encaixe, sendo que as mais usadas são a junta de rotação e a deslizante. As juntas deslizantes permitem o movimento linear entre dois elos, que é composto de dois elos alinhados um dentro do outro, onde um elo interno escorrega pelo externo, dando origem ao movimento linear (Figura 2.02). [Moura, 2004] Figura 2.02: Juntas deslizantes (adaptado de Moura, 2004). As juntas de rotação permitem movimentos de rotação entre dois elos, sendo que estes são unidos, permitindo o movimento de rotação entre eles, como acontece nas dobradiças das portas e janelas (Figura 2.03). [Moura, 2004] Figura 2.03: Juntas de rotação (adaptado de Moura, 2004). O conjunto de pontos que podem ser alcançados pelo órgão terminal do braço manipulador forma o espaço ou o volume de trabalho do robô. Os robôs são 8

9 classificados de acordo com o volume de trabalho, existindo os robôs cartesianos, cilíndricos, esféricos ou polares, e os articulados ou angulares. Essas configurações são chamadas de clássicas ou básicas, e podem ser combinadas de modo a formar novas configurações. A classificação do robô, de acordo com o tipo de juntas, consiste em letras, uma para cada eixo, na ordem em que ocorrem, começando da junta mais próxima à base, sendo R para junta de revolução e P para junta deslizante (vem do inglês prismatic). Os robôs com articulação horizontal (Figura 2.04), na qual o robô SCARA é classificado, caracterizam-se por possuir duas juntas de revolução e uma deslizante, sendo codificados RRP. Os robôs SCARA são apropriados para operações de montagem, devido ao movimento linear vertical do terceiro eixo. [Moura, 2004] Figura 2.04: Robô com articulação horizontal (adaptado de Moura, 2004). A Figura 2.05 ilustra a estrutura padrão de um robô de configuração SCARA, que possui quatro graus de liberdade, sendo três deles para posicionar o punho (eixos, e ) e um para orientar a garra (ou ferramenta). A Figura 2.05 também mostra o sistema de coordenadas global, representado pelos eixos, e. 9

10 Figura 2.05: Estrutura padrão da configuração SCARA (adaptado de Gorgulho, 2003). O elo (link) representado na cor laranja é a base do robô e é fixada ao local de trabalho. O elo roxo é ligado à base por uma junta rotacional centrada no eixo. O elo vermelho é ligado ao elo roxo por uma outra junta rotacional. Estas duas primeiras juntas permitem o posicionamento do punho no plano. O último elo possui em sua parte inferior o punho, e está representado em amarelo. A junta entre os elos vermelho e amarelo é, na realidade, dupla. O elo amarelo desliza verticalmente em relação ao elo vermelho, permitindo o posicionamento do punho no eixo, e também gira em seu próprio eixo possibilitando a orientação do dispositivo que será fixado ao punho (esse movimento é denominado de roll). A configuração descrita é a mais usual, mas há variantes. Há modelos onde o movimento vertical (eixo ) é realizado pelo primeiro elo e não pelo último. [Gorgulho, 2003] As características dos robôs SCARA industriais foram avaliadas a partir de modelos de robôs de grandes fabricantes, conforme lista a seguir: EPSON ROBOTS < > KUKA ROBOTICS < ADEPT < > TOSHIBA MACHINE < SÄUBLI < Praticamente todos os braços robóticos SCARA de grandes fabricantes analisados possuem dois braços articulados, destoam algumas poucas exceções como versões da MITSUBISHI. Essa constatação é verdadeira para protótipos sem 10

11 fins de venda. O uso de dois braços resulta da necessidade de o robô ocupar pouco espaço e possuir baixo momento de inércia com o intuito de otimizar a eficiência, sem, contudo, reduzir sua área de atuação. Em versões acadêmicas, ainda há a vantagem da redução de complicações com o controle do dispositivo. A dimensão de cada braço pode varia bastante entre cada fabricante. O primeiro braço, que sai da base, pode ir de 120 mm, para o E2C251 da EPSON, até 500 mm para o E2L85, também da EPSON. Em relação ao segundo braço a variação de comprimento também é expressiva, indo de 125 mm para o E2C251 até 375 mm para o Cobra s800 da ADEPT. Robôs SCARA industriais de grandes fabricantes como a EPSON, KUKA e ADEPT possuem uma estrutura metálica com superfície externa de plástico rígido. A base do robô é um cilindro rígido e engastado ao solo. Porém, é possível encontrar modelos da EPSON que podem ser fixos tanto no teto como na parede o que facilita linhas de montagem com muitos dispositivos. Tanto a EPSON como a ADEPT fabricam modelos com cabos de controle que passam por cima dos braços do robô para se comunicar com o efetuador. Já a KUKA faz o cabeamento por dentro das juntas de rotação o que economiza espaço e reduz chance de enroscamento com outros componentes em linhas de montagem, por exemplo. (a) (b) Figura 2.06: (a) Estrutura do robô SCARA mais compacto da KUKA (disponível em < (b) Estrutura típica de SCARA da EPSON e ADEPT (disponível em < 11

12 A estrutura dos robôs SCARA usualmente pesa de 900N até 6000N, conforme sua capacidade de carga. Para aplicações específicas, encontra-se robôs SCARA que possuem massa de 500kg, conforme Figura 2.07: Figura 2.07: Robô SCARA da TOSHIBA MACHINE para manuseio de peças pesadas (disponível em < Sistemas de transmissão mecânica Há dois tipos de transmissão de forças e momentos nos atuadores para os elos ou as juntas, são elas: Transmissão por acionamento direto: a transmissão é feita diretamente do atuador para as juntas e/ou elos sem a presença de mecanismos. Neste tipo de transmissão o atuador fornece alto valor de força e velocidade igual à de trabalho. Transmissão por acionamento indireto: a transmissão é feita através de mecanismos redutores de movimento. É muito usado em motores elétricos pois a característica dos mesmo é possuir rotação elevada e torque baixo. Nos robôs SCARA industriais usualmente são utilizados sistemas de transmissão por acionamento direto. Contudo, os dois tipos de transmissão citados podem ser aplicados, conforme a capacidade de carga do robô: nos modelos pesquisados os robôs SCARA são capazes de manipular de cargas de 2kg até 20kg. Há robôs para aplicações especiais que podem operar com objetos de até 100 kg (robô da TOSHIBA MACHINE da Figura 2.07). 12

13 2.3. Efetuadores O efetuador é o encarregado, do manuseio concreto da peça a manipular, estando o restante da estrutura do robô manipulador destinado a posicioná-lo e orientá-lo da maneira adequada. Nos robôs, o efetuador é fixado no extremo do último elo, na parte do manipulador conhecida com o nome de punho. O punho possui, em geral, três juntas de rotação, conhecidas pelos nomes de yaw, pitch e roll, respectivamente, que permitem orientar o efetuador numa direção qualquer. O robô SCARA utiliza a junta de rotação roll em seu punho. Em quase todos os robôs manipuladores SCARA comerciais, o punho está projetado para a fácil remoção e troca do dispositivo efetuador de maneira tal que para efetuar tarefas similares, que possam ser realizadas pelo mesmo manipulador, possa ser colocado o efetuador apropriado segundo as características da peça a ser manuseada. [Prazos, 2002] Geralmente, os efetuadores dos robôs SCARA são projetados para uma aplicação específica, embora também existam órgãos terminais universais, úteis para uma diversidade de tarefas. Independentemente da forma de acionamento e dos sensores presentes nos diferentes tipos de efetuadores, é possível estabelecer uma classificação segundo as diversas funções para as quais os efetuadores são projetados. Assim, os vários tipos podem ser classificados em duas categorias principais: garras e ferramentas. A seguir serão abordados ambos os tipos de efetuadores. [Prazos, 2002] Garras As garras são efetuadores destinados a pegar e segurar objetos para seu deslocamento dentro do espaço de trabalho do manipulador. Esses objetos podem ser pequenos e frágeis, como é o caso de componentes eletrônicos que são montados numa placa de circuito impresso pelo robô, ou ainda pesados e robustos como os carros que são deslocados de uma parte a outra da linha de produção de uma montadora. Em outros casos, os manipuladores podem visar ao deslocamento de objetos tais como caixas de papelão, garrafas, matérias primas e inclusive ferramentas. [Prazos, 2002] Cabe destacar que o fato da garra deslocar uma ferramenta com a qual trabalhará sobre uma peça determinada, não converte o efetuador em uma ferramenta em si, mas continua sendo uma garra que segura uma ferramenta; a vantagem de utilizar garras em vez de usar ferramentas como efetuadores (caso que será tratado na seção seguinte) se evidencia quando o serviço 13

14 exige que várias ferramentas sejam manipuladas pelo robô durante o ciclo de trabalho. Obviamente, esta solução é melhor do que empregar vários robôs com várias ferramentas diferentes como efetuadores. Há diversos princípios físicos nos quais se baseiam as garras para a operação de pegada do objeto. O mais conhecido, mas não o único, é o mecânico, onde alguns dedos se fecham para segurar o objeto a ser deslocado. Mas existem outros princípios que são utilizados. Em seguida será apresentada uma classificação dos diferentes tipos de garras segundo o princípio de trabalho utilizado, e independentemente do sistema de acionamento do efetuador. [Prazos, 2002] Dedos acionados mecanicamente As garras mais comuns possuem em geral dois ou três dedos, os quais se abrem e fecham mecanicamente. Os dedos são os apêndices da garra que fazem, de fato, contato com o objeto a manipular. Em alguns casos as garras são projetadas para ter dedos substituíveis de maneira tal a facilitar sua troca, adequando-os ao formato e tamanho da peça a ser segurada [Prazos, 2002]. Existem basicamente duas maneiras de segurar a peça na garra. A primeira é por constrição física da peça entre os dedos. Nessa abordagem os dedos envolvem a peça de forma tal a abarcar a maior superfície possível, impedindo assim o seu movimento ou queda. Para isso, deve-se projetar a superfície de contato dos dedos em forma aproximada segundo a geometria da peça. A outra maneira de segurar a peça é por atrito entre os dedos e a mesma. Nesta abordagem, bem mais comum do que a primeira, os dedos aplicam uma força suficiente para reter a peça contra a gravidade, aceleração, ou qualquer outra força que ela possa sofrer durante a aplicação. A pressão no contato deve ser suficiente para provocar um atrito que anule a gravidade e as outras forças atuantes, mas não demasiada de modo a provocar danos na peça. Para isso, os dedos ou as almofadas presas nos seus extremos são fabricados, em geral, de um material relativamente macio para não quebrar nem arranhar a peça, o qual tende a aumentar o atrito entre ela e a superfície de contato do dedo [Prazos, 2002]. Dependendo do projeto da garra, existem diversas formas de movimentar os dedos. Assim, podem-se classificar as garras com dedos segundo o movimento realizado na abertura e fechamento. Há dedos que se deslocam linearmente, aproximando-se e afastando-se em forma paralela, e também dedos que se abrem e fecham girando ao redor de um pivô, que pode ser comum para todos os dedos ou não [Prazos, 2002]. Além disso, como será mencionado na próxima seção, o 14

15 acionamento da garra para ela abrir e fechar os dedos pode ser fornecido por diversos tipos de atuadores. Dependendo do atuador utilizado, podem se classificar as garras com dedos como mecânicas, hidráulicas ou pneumáticas. As garras mecânicas são aquelas movimentadas por um motor elétrico. Em geral, são utilizados pequenos motores D.C. ou motores de passo com algum tipo de sistema de transmissão que transforme o movimento de rotação do eixo no movimento dos dedos. Os sistemas de transmissão que unem o eixo do motor com os dedos podem ser constituídos por correias e polias, correntes e engrenagens, parafusos de acionamento e cames. Com algum sensor de posição, que pode ser um encoder ótico incremental, pode-se medir o ângulo do eixo do motor, sendo assim possível controlar esse ângulo e, portanto, o nível de abertura dos dedos, em ângulo ou distância. Também podem ser colocados nas extremidades dos dedos sensores de força, células de carga, por exemplo, permitindo assim controlar a pressão exercida sobre o objeto a ser manipulado, possibilitando o manuseio de peças frágeis sem risco de serem quebradas. Esses sensores costumam ser colocados em pequenas almofadas coladas nas extremidades dos dedos. [Prazos, 2002] Na Figura 2.08 são mostradas algumas garras de dedos, típicas, movimentadas por motores: (a) (b) (c) 15

16 (d) (e) Figura 2.08: (a) Garra de dedos paralelos com engrenagem e cremalheira. (b) Garra acionada por came. (c) Garra acionada por parafuso. (d) Garra acionado por sem fim. (e) Garra de dedos paralelos movimentada por motor. (Adaptado de Prazos, 2002). Como já mencionado, existem garras acionadas pneumaticamente. Nesses casos, o mais comum é utilizar pistões de efeito simples. Uma eletroválvula que controla a passagem de ar comprimido permite que a haste do pistão seja empurrada ou puxada caso seja permitida ou não a passagem de ar. Sendo extremamente difícil controlar a posição da haste em pistões pneumáticos. (a) (b) Figura 2.09: (a) Garra movimentada por pistão pneumático de efeito simples. (b) Garra de dedos paralelos movimentados por um pistão de duplo efeito. (Adaptado de Prazos, 2002). Na figura 2.10 é apresentado um robô SCARA da KUKA Robotics com uma garra pneumática fixada no punho: 16

17 Figura 2.10: Robô SCARA da KUKA Robotics equipado com garra pneumática (disponível em < Como atuadores hidráulicos utilizam-se, em geral, pistões hidráulicos de duplo efeito. Eles são utilizados da mesma maneira que os pistões pneumáticos, com a diferença que essas garras possuem um tamanho, uma velocidade de resposta e uma força muito maiores, sendo portanto empregadas apenas para o manuseio de objetos pesados Garras a vácuo As garras a vácuo estão conformadas por copos de sucção ou ventosas, conectadas a uma bomba de vácuo através de uma eletroválvula. Quando a eletroválvula é acionada, o ar é puxado pela bomba, criando um vazio na ventosa que, dessa maneira, adere à peça em contato. Os requisitos usuais que devem observar os objetos a serem manuseados é que devem ser planos, lisos e limpos, condição necessária para formar um vácuo satisfatório entre o objeto e as ventosas. [Prazos, 2002] O peso que a garra a vácuo pode transportar depende da pressão exercida pela bomba de vácuo e da superfície da ventosa. Em certos casos, por exemplo quando grandes pranchas precisam ser transportadas, é comum que o efetuador esteja conformado por uma garra de várias ventosas, aumentando assim a área de contato. [Prazos, 2002] 17

18 Entre as vantagens apresentadas pelas garras a vácuo, podem ser mencionadas que exigem apenas uma superfície para pegar a peça, fazendo-as adequadas para pegar lâminas de vidro ou metal, por exemplo; seu peso relativamente reduzido, pelo menos se as comparado com as garras mecânicas com dedos; e finalmente, pode-se apontar que são aplicáveis a uma grande quantidade de materiais. A desvantagem óbvia é que só podem ser utilizadas em objetos que apresentem uma superfície plana, além de terem uma área maior que a área das ventosas, o que provoca que as garras a vácuo sejam inadequadas para a manipulação de objetos muito pequenos ou com formas irregulares. [Prazos, 2002] A Figura 2.11 apresenta exemplo de garra a vácuo: Figura 2.11: Robô SCARA da Stäubli equipado com ventosa (disponível em < Eletroímãs e garras magnéticas As garras magnéticas têm um formato similar às garras a vácuo, com a diferença óbvia que no lugar de ventosas possuem eletroímãs ou ainda ímãs permanentes. As garras magnéticas representam um meio muito razoável de manipulação de materiais ferromagnéticos. Inclusive, dependendo da potência do manipulador, é possível carregar objetos tão pesados como carros. Os objetos a serem transportados, também neste caso, devem apresentar pelo menos uma superfície plana onde o ímã poderá fazer contato físico. [Prazos, 2002] Algumas vantagens apresentadas pelo uso de eletroímãs são [Prazos, 2002]: o tempo de atuação é muito pequeno; 18

19 pequenas variações no tamanho da peça geralmente são perfeitamente toleradas; estas garras são, em geral, projetadas para diversos tipos de peças, sendo, portanto, mais universais do que as garras a vácuo; elas têm capacidade de manusear peças metálicas com furos (o que não é possível fazer com garras a vácuo); e com relação às garras de dedos, também têm a vantagem que precisam apenas uma superfície de contato para pegar peça. A grande desvantagem, naturalmente, é que só servem para manipular objetos de material ferromagnético. Algumas garras magnéticas são fabricadas com ímãs permanentes. Quando é necessário soltar a peça, um pistão pneumático a empurra até afastá-la da zona de atração do campo magnético. Este método só é utilizado para o manuseio de objetos relativamente pequenos e duros, por exemplo placas de aço (Figura 2.12). Figura 2.12: Garra magnética com imãs permanentes e pistões separadores (adaptado de Prazos, 2002) Ganchos Em muitas aplicações onde é preciso transportar volumes pesados, tais como grandes pacotes, móveis, máquinas e outros tipos de cargas pesadas em geral, as garras estudadas até agora podem mostrar-se inadequadas. Em alguns casos pode ser devido à forma irregular da peça, o que elimina a possibilidade de usar garras a vácuo. Em outros casos, o material da peça pode não ser ferromagnético, o que elimina as garras magnéticas. O peso dela pode inviabilizar o uso de delicadas garras de dedos mecânicas, entre outros motivos possíveis. Um gancho semelhante aos utilizados nos guindastes, sempre assumindo que a estrutura restante do manipulador possui a força suficiente, resolve a situação. [Prazos, 2002] 19

20 A vantagem deste sistema é a sua versatilidade, devido ao fato de não ser preciso trocar o efetuador ao se mudar a peça a ser transportada. Uma desvantagem evidente é que a peça precisa ter algum ponto onde o gancho possa pegá-la, por exemplo uma amarra. Outra grande desvantagem deste sistema é que só serve para transporte, mas não para o manuseio da peça de um jeito mais complicado, por exemplo, orientando-a de maneira adequada para ser depositada no destino numa posição determinada. [Prazos, 2002] Garras adesivas: As garras adesivas utilizam como princípio de pegada do objeto uma substância adesiva. Sua aplicação principal é na manipulação de tecidos e outros materiais leves que dificilmente poderiam ser carregados utilizando outros tipos de garras, seja por não apresentarem uma superfície lisa o suficiente para serem pegas por garras a vácuo, ou por não serem feitas de materiais ferromagnéticos, entre outras razões possíveis. Uma das limitações do emprego das garras adesivas é que elas perdem sua adesividade pelo uso repetido, diminuindo sua confiabilidade como dispositivo de pega com cada ciclo sucessivo de operação. Para contornar esta limitação, em geral projetam-se essas garras como uma fita contínua sobre a qual é depositado o material adesivo. Essa fita vai sendo enrolada a cada operação, exatamente como acontece com as fitas de tinta das máquinas de escrever. O dispositivo que sustenta essa fita e o mecanismo para enrolar ficam presos no punho do manipulador. [Prazos, 2002] Ferramentas Como já mencionado, em algumas aplicações existe a necessidade de operar sobre uma determinada peça, aumentando o valor agregado dela. Nesses casos, podem ser utilizadas ferramentas de trabalho como dispositivos efetuadores, onde o manipulador desloca tal ferramenta no lugar da peça a ser trabalhada, agora presa em um local fixo. Em alguns casos utiliza-se algum tipo de garra para as operações de pega e manipulação da ferramenta, com a conseqüente vantagem de permitir a utilização de mais de uma ferramenta específica durante o ciclo de trabalho. A utilização de uma garra possibilita a troca das ferramentas, o que facilita o manuseio e a troca rápida de várias delas. [Prazos, 2002] Na maioria das aplicações dos robôs SCARA nas quais se utiliza uma ferramenta como efetuador, ela é presa diretamente no punho do manipulador. Nesses casos a ferramenta é o próprio efetuador, o órgão terminal destinado a trabalhar sobre 20

21 a peça. Contudo, usualmente o robô SCARA não é utilizado com ferramenta, mas sim com uma garra para manipular objetos. [Prazos, 2002] 2.4. Acionamentos e medição O movimento em cada junta é realizado por atuadores. Existem diversas opções de acionamentos que visam dotar um mecanismo de movimento. Podem ser usados motores, solenóides, sistemas hidráulicos ou pneumáticos. [Braga, 2009] Cada tipo de acionamento de um robô possui características específicas, que podem significar vantagens e também desvantagens nas aplicações. Para compreender que tipo de solução deve ser adotada em um projeto é necessário estar atento justamente a estas propriedades, que serão analisadas na sequência. No que se refere aos tipos comuns de soluções adotadas para se prover um mecanismo de movimento, são apresentados nos casos a seguir Sistema hidráulico Para os sistemas hidráulicos, pode-se citar: Vantagens: obtém-se a maior potência de todos os sistemas descritos em relação ao tamanho. Através de alta pressão, consegue-se operação do dispositivo com alta velocidade de resposta. [Braga, 2009] Desvantagens: as válvulas usadas são caras, e qualquer pequeno vazamento pode causar problemas de funcionamento. A vedação do sistema pode ser crítica, dependendo da aplicação. Da mesma forma, acionadores pequenos são difíceis de se obter e de se trabalhar. O sistema para pressurizar o fluido é complexo e caro em alguns casos. [Braga, 2009] O acionamento hidráulico é geralmente associado a manipuladores de maior porte, pois eles propiciam ao robô maior velocidade e força. Em contrapartida, ele se soma ao espaço útil requerido pelo robô, o que o aumenta consideravelmente, além de sofrer de outros inconvenientes tal como a possibilidade de vazar óleo. Os robôs com acionamento hidráulico podem ter juntas prismáticas, movimentadas por meio de pistões, ou de revolução, através de motores hidráulicos. [Prazos, 2002] Sistema pneumático Para os sistemas pneumáticos, pode-se citar: 21

22 Vantagens: pode-se obter uma boa potência em relação ao tamanho, e se alta pressão for disponível, tem-se uma resposta muito rápida aos comandos. [Braga, 2009] Desvantagens: devido ao fato dos gases poderem ser comprimidos, há certa instabilidade de funcionamento. Exige-se um compressor ou então um sistema que armazene o gás pressurizado, a qual não pode estar disponível por muito tempo. Do mesmo modo que nos sistemas hidráulicos, o sistema é sensível ao escape (fugas), tornando-se crítica sua montagem. [Braga, 2009] O acionamento pneumático é empregado em robôs manipuladores de pequeno porte e com poucos graus de liberdade, geralmente não mais de dois. Por não terem os pistões pneumáticos uma grande precisão, devido à compressibilidade do ar, esses robôs assim acionados são utilizados em operações de pega e põe (conhecidos como pick & place), onde os elos se deslocam bruscamente entre dois extremos possíveis, dados pelos limites mecânicos dos pistões no modo de bang-bang, sem possibilidade de controle sobre a trajetória intermédia do efetuador. [Prazos, 2002] Motores elétricos de corrente contínua Para os motores elétricos de corrente contínua, pode-se citar: Vantagens: não precisam de nenhum recurso mecânico adicional como válvulas ou tubulações. São simples de usar, pois basta ter um circuito de controle apropriado. Podem ser interfaceados diretamente com microcontroladores. São encontrados numa grande variedade de tamanhos, tensões de alimentação e potências. [Braga, 2009] Desvantagens: são pesados em relação a outros sistemas de propulsão e precisam de uma potência elevada para funcionar. Apresentam problemas de aquecimento e necessitam de sistemas de redução com engrenagens e outros recursos. Os sistemas de redução são igualmente pesados e em alguns casos caros. Dependendo da potência, podem também gerar calor. [Braga, 2009] Motor de passo Para os motores de passo, pode-se citar: Vantagens: são relativamente pequenos, precisos e não necessitam de elementos adicionais. Podem ser interfaceados diretamente com os circuitos de controle como, por exemplo, computadores. Seu uso é relativamente 22

23 simples quando não se exigem movimentos complexos. Podem ser obtidos em uma grande variedade de tamanhos e potências. [Braga, 2009] Desvantagens: possuem uma potência muito baixa. Para se obter maior potência precisam ser acoplados a caixas de redução. Requerem circuitos de controle que, em alguns casos, podem ser bastante complexos em função do movimento desejado. [Braga, 2009] Servomotores Para os servomotores, pode-se citar: Vantagens: são pequenos e têm um custo mais expressivo. Em alguns casos, os controladores também são simples e baratos. Não necessitam de recursos especiais como reduções. [Braga, 2009] Desvantagens: possuem uma potência muito baixa e são lentos, quando comparados aos motores de passo ou sistemas pneumáticos. [Braga, 2009] Atuadores lineares Para os atuadores lineares, pode-se citar: Vantagens: são muito fortes, podendo realizar esforços grandes. São simples de usar, pois basta ter a alimentação elétrica apropriada. Podem facilmente ser acoplados a controles por microprocessadores ou mesmo computadores. [Braga, 2009] Desvantagens: na maioria dos casos são grandes demais para utilização em sistemas que exigem dispositivos pequenos como, por exemplo, robôs móveis. Não são simples de se obter e custam caro. Em alguns casos devem ser fabricados pelo próprio montador. [Braga, 2009] A grande maioria dos braços articulados robôs SCARA é acionada por meio de servomotores elétricos, conforme pesquisa realizada nos maiores fabricantes de robôs industriais. O acionamento elétrico, ao contrário do pneumático ou hidráulico, é mais facilmente controlável e oferece maior precisão de posicionamento. Os robôs podem apresentar vários movimentos, sendo que cada um é realizado por meio de um servomotor elétrico. 23

24 O princípio de acionamento do efetuador pode ser diferente do tipo de acionamento dos braços articulados, pois o mesmo é implementado para o manuseio adequado da peça a manipular. Por exemplo, um efetuador pode consistir de uma garra de três dedos que se fecham sobre o objeto. Nesse caso, o movimento dos dedos pode ser originado através de um motor elétrico, onde são utilizados, em geral, pequenos motores D.C. de ímã permanente ou motores de passo. A rotação do eixo do motor é transmitida e convertida em deslocamentos dos dedos através de mecanismos que podem ser parafusos de acionamento, sistemas de polias ou trens de engrenagens. Nesses casos é possível controlar a abertura dos dedos de maneira tal a poder segurar objetos de diferentes dimensões e formas eficientemente, dentro dos limites lógicos dados pelo tamanho do efetuador. Em outros casos, o deslocamento dos dedos é implementado por meio de pistões pneumáticos. Em geral, é muito difícil controlar a posição da haste nesses dispositivos devido a que, por ser o ar compressível, não existe a possibilidade de um controle simples e eficiente da posição da haste do pistão. [Prazos, 2002] Por tal motivo, esses efetuadores funcionam à maneira de bang-bang, isto é, possuem apenas duas posições dos dedos, abertos e fechados, determinadas pelos limites mecânicos da haste do pistão. [Prazos, 2002] Outros princípios de acionamento para efetuadores incluem eletroímãs, ventosas a vácuo, pistões hidráulicos, entre outros. Conforme pesquisa realizada nos maiores fabricantes de robôs industriais, O posicionamento dos robôs SCARA é medido através de encoders acoplados ao servomotor que por sua vez está acoplado ao sistema de transmissão. O encoder é um sensor que converte um movimento angular ou linear em uma série de pulsos digitais elétricos, fornecendo para o controlador dados suficientes para transformá-los em posição, velocidade ou rotação. [Matias, 2003] A resolução do encoder varia de modelo a modelo do robô SCARA e é um fator determinante para a precisão e repetilidade do robô. A conversão desses movimentos em pulsos elétricos é feita através da detecção fotoelétrica, onde uma série de pulsos são gerados pela passagem da luz em um disco opaco, com várias aberturas transparentes. O receptor detecta a luz enviada pelo emissor e também a falta de luz, gerando assim os pulsos digitais (0 e 1). Existem dois tipos de encoders chamados de encoders incrementais e absolutos [Matias, 2003], sendo que o último é mais utilizado nos robôs SCARA industriais. Em diversas aplicações o controlador precisa conhecer algumas grandezas físicas que dizem respeito ao ambiente ou ao objeto a ser manipulado. Por exemplo, 24

25 para o manuseio de objetos frágeis, é necessário controlar não apenas a abertura dos dedos da garra como também a força que eles exercem sobre o objeto segurado. Nesses casos, os efetuadores possuem algum tipo de sensores de força, em geral strain gauges, nas extremidades dos seus dedos, e algum sensor de posição, em geral encoders óticos incrementais, solidários com o eixo do motor de acionamento. Em outras situações é necessário medir a força exercida sobre algum objeto do ambiente. Em tais situações a força a ser medida é a que o último elo imprime sobre a superfície onde se apoia o objeto ou ferramenta, e para isso são utilizados strain gauges no punho do manipulador, que informam ao controlador não apenas sobre a intensidade da força exercida, mas também sobre sua orientação de maneira tal a poder orientar o efetuador perpendicularmente à superfície e exercendo a força adequada. Outros sensores utilizados em efetuadores podem ser sistemas de visão digitais inseridos neles, que permitirão ao controlador posicioná-lo e orientá-lo de maneira adequada segundo a orientação do objeto a ser manipulado, analisando a imagem fornecida pela câmera. [Prazos, 2002] 2.5. Controle e Interface O controlador é composto de circuitos eletrônicos utilizados para controlar o manipulador e equipamentos periféricos, como motores elétricos, circuitos de sinalização, etc. Cada controlador é fornecido juntamente com o manipulador, não podendo ser usado com outro tipo. Não deve ser colocado ou operado em ambientes explosivos e obedece aos padrões de proteção IEC-529, sendo o circuito controlador IP54 aquele que tem proteção contra poeiras e pequenas quantidades de água. A temperatura ambiente de trabalho é entre +5 C e +70 C e a fonte de alimentação com tensão de rede típica entre 200 e 600, com condutor de aterramento. [Moura, 2004] O controle é feito por uma unidade de controle principal e duas unidades secundárias: o controlador dos eixos e o controlador de entradas e saídas (Figura 2.13). O controlador dos eixos, obedecendo ao programa que roda no computador principal, calcula os movimentos de cada eixo para executar o movimento programado, ajustando a velocidade, tipo de movimento e coordenadas dos pontos. O cálculo dos movimentos é feito comparando os dados dos resolvers de cada eixo às coordenadas do ponto programado. [Moura, 2004] 25

26 Figura 2.13 Estrutura do controlador (adaptado de Moura, 2004) A placa de monitoramento de posição possui alimentação de reserva através de uma bateria para que as informações de voltas não sejam perdidas durante uma falha de energia [Moura, 2004]. No caso de falta de energia, quando esta for restabelecida, o computador dos eixos consulta estes dados. O computador de entradas e saídas tem uma função parecida com um CLP, ele lê as entradas de sensores analógicos ou digitais e atua as saídas, quando ordenado pelo programa. Desta forma, permite comunicação com equipamentos externos através de entradas e saídas digitais e sinais analógicos. Também são encontrados opcionais para comunicação em redes industriais tipo ASI ou Profibus, por exemplo, que também são controladas pelo computador de entradas e saídas. [Moura, 2004] Os controladores possuem dois tipos de memória, uma memória RAM utilizada como memória de trabalho e uma memória de disco rígido, usada como memória de massa para armazenar o sistema operacional e programas de usuário. Também há a possibilidade de armazenar programas e configurações do robô em discos rígidos portáteis. A memória RAM é empregada na execução do software de sistema e dos programas do usuário. No disco rígido estão os dados de inicialização (boot), uma área de dados específicos do sistema, uma área de memória do usuário que pode ser usada para armazenamento de programas, dados, registros, etc. [Moura, 2004] Como já visto anteriormente, o controlador cuida, através do programa de controle, para que o manipulador realize a tarefa programada com a maior precisão possível dentro das especificações técnicas. Em caso do robô ser movimentado por motores de passo, ele pode ser controlado em malha aberta, por possuírem esses dispositivos precisão na rotação. Mas se for acionado por motores de corrente contínua, é necessário fechar a malha através de sensores, porque o controlador precisa conhecer a resposta do manipulador a fim de imprimir nos motores os sinais de excitação necessários para executar a trajetória com precisão. Os sensores 26

27 utilizados são sensores de posição, um para cada junta. Os mais comuns são os encoders óticos incrementais, onde o controlador vai contando os pulsos entregues pelo sensor ótico para conhecer a posição da junta. Às vezes são empregados potenciômetros rotativos também, onde o sinal analógico entregue é proporcional ao ângulo de rotação da junta. Na hipótese da junta ser prismática, uma engrenagem pode converter o movimento linear para uma rotação e assim entregar a informação para um encoder. Também podem ser usados sistemas de visão digitais, pois analisando a imagem fornecida, o controlador pode conhecer a posição de todas as juntas do braço. [Prazos, 2002] A Figura 2.14 ilustra um controlador de robô SCARA industrial: Figura 2.14: Controlador TS3100 dos robôs SCARA da TOSHIBA MACHINE (disponível em < A interface com o usuário ocorre de duas maneiras: localmente, ou seja, próximo ao controlador ou remotamente através de protocolos indústrias interligando o controlador a um sistema de supervisão de controle em um PC. A Figura 2.15 apresenta o painel de controle local do robô SCARA IBM 7535: Figura 2.15: Painel de controle do robô SCARA IBM 7535 (adaptado de Gorgulho, 2003). 27

28 Os grandes fabricantes de robôs SCARA não oferecem informações precisas a respeito do controlador e da interface de seus robôs. Apenas informações genéricas que forma colocadas anteriormente no texto. Isso acontece pois o controlador e a interface geralmente são os diferenciais de cada fabricante, sendo um dos fatores determinantes para, por exemplo, a velocidade de atuação e precisão do robô. Portanto, o controlador e a interface são equipamentos dedicados a cada robô, sendo uma verdadeira caixa-preta. 28

29 3. METODOLOGIA A Metodologia empregada no Projeto Conceitual implica realizar uma avaliação sobre as alternativas existentes que satisfaçam as especificações do produto. Essas especificações foram geradas com a metodologia do projeto informacional, anterior ao apresentado nesse momento. As alternativas existentes são o resultado da pesquisa sobre projetos, produtos e soluções já criados e analisados na revisão bibliográfica. Com a avaliação dessas opções, será possível ter um conceito sobre como deve ser o braço robótico SCARA a ser projetado. Assim, o projeto conceitual envolve duas fases de trabalho metódicas principais: análise, decomposição do projeto do robô SCARA que determina o estabelecimento de estruturas funcionais e síntese, composição de funções através dos princípios de solução que realizem a estrutura funcional Análise Nesta seção serão analisadas as especificações e identificadas as restrições do projeto, a partir do projeto informacional. Além disso, será elaborada a estrutura funcional do robô SCARA considerando sua função global Escopo do projeto A elaboração do conceito passa por uma elaboração do mapa conceitual do braço robótico. Com isso, é possível estabelecer estruturas de funções de dispositivos. Para isso, se estuda a rede semântica de conceitos associados ao projeto informacional. Dessa forma, é feita uma análise do escopo do projeto de acordo especificações vindas do projeto informacional. Finalmente, se estabelece o mapa conceitual do robô SCARA. No projeto informacional, realizado, estudou-se o problema de projetar um robô SCARA com fins didáticos. Para tanto, detalhou-se o problema e criaram-se especificações técnicas sobre a estrutura geral do robô. Após, obteviram-se as especificações do projeto. Naquela fase, foram utilizados conceitos como interface, controlador, efetuadores, juntas, acionadores, transmissão, entre outros. Resumidamente, o robô deverá ser de pequeno porte, para transporte de cargas pequenas, utilizar atuadores com motores elétricos de pouca potência e precisos. Sua estrutura deve ser composta por um material leve, rígido, durável e de fácil acesso e operação. Seu modo de controle é aconselhado a ser de fácil interface com unidade 29

30 de controle e flexível para novas instruções e modos de operação futuros. Exemplos numéricos das grandezas, são apresentados na tabela a seguir (Tabela 3.01): Especificações do produto Requisitos do projeto Valor (aproximado) Dimensões 500x150x500 mm (CxLxA) Raio de alcance 350 mm Posição de montagem Bancada Grau de liberdade 3 graus de liberdade Movimentos Translação e rotação Direções Horizontal e vertical Velocidade 5 cm/s de translação e 120 º/s de rotação Carga 0,2 kgf Fonte de alimentação 24 Vcc/4 A Potência dos motores 100 W Materiais Polímero rígido Sinais Digitais e analógicos com modulação PWM Automação CLP compacto Controle Malha aberta Tabela 3.01: Especificações do produto Com isso, é possível gerar o mapa apresentado na figura 3.01: 30

31 Figura 3.01: Mapa conceitual do braço robótico SCARA Estrutura funcional É um fato que a solução de problemas técnicos é satisfeita com o auxílio de estruturas técnicas. A idéia da criação de uma estrutura funcional é entender objetos ou estruturas como sistemas em contato com a circunvizinhança por meio de variáveis de entrada e de saída, que podem ser sinais, energia, materiais, etc. Quem aponta para essas relações é o mapa conceitual, realizado na etapa anterior. Para o projeto conceitual do braço robótico tipo SCARA, o diagrama da estrutura funcional fica como apresentado na figura a seguir (Figura 3.02). Como pode-se perceber, deverá haver uma entrada de sinal que possibilite ao dispositivo saber para qual posição levar a garra. A unidade de controle deverá escolher qual a 31

32 trajatória a ser seguida com essa ordem. Em seguida, haverá a interface do sinal de controle com o movimento propriamente dito, o que será feito por meio de motores elétricos, os quais geram movimento em juntas. Após um tempo conhecido pelo controle, suficiente para que o garra chegue a um objeto, a CPU deverá acionar a garra com o intuito de tomar alguma ação sobre o objeto. Para transportá-lo, o controle deve, na sequencia informar novas ordens de controle para os atuadores de juntas. Finalmente, após certo tempo a garra deve ser liberada, no intuito de concluir a missão, ou seja, atingir a posição final com o objeto Figura 3.02: Diagrama da estrutura funcional do braço robótico SCARA 3.2. Síntese A partir da pesquisa bibliográfica realizada e análise de técnicas existentes, é possível selecionar as soluções para a confecção do robô SCARA. O material primário da estrutura (base e elos) será o alumínio, tendo em vista sua baixa densidade, acabamento satisfatório e facilidade de acesso. Para juntas será utilizado o próprio eixo do acionador. Os acionadores que utilizam energia elétrica como fonte de energia são de fácil acesso nos laboratórios da UFRGS. Portanto, os motores de passo serão utilizados como acionadores do robô SCARA, pois são mais baratos que o servo motor e possuem uma precisão satisfatória para a aplicação. O custo é o fator fundamental que define a escolha entre motores de passo e servomotor. Novamente levando em consideração o custo, a fonte de energia do efetuador será a mesma utilizada pelos acionadores, ou seja, energia elétrica. Desta maneira, será utilizada a garra magnética já que não há restrição quanto a tipo de material que será transportado, bem como o robô será utilizado para transportar cargas leves (0,2 kgf.). 32

33 A partir destas definições, é possível elaborar um protótipo do braço articulado e com efetuador do robô SCARA, conforme é mostrado na Figura 3.03: Figura 3.03: Protótipo braço articulado com efetuador do robô SCARA. Quanto ao controlador, será utilizado um Controlador Lógico Programável que é um equipamento conhecido pelos estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFRGS e tem recursos para realizar o controle do robô SCARA. Já a interface, será utilizado através de um computador equipado com algum software SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition), tal como o Elipse SCADA, fabricado pela Elipse Softwares. A Figura 3.04 ilustra o robô SCARA formado pelo braço articulado com efetuador, o controlador lógico programável e a interface: 33

Prof. Daniel Hasse. Robótica Industrial

Prof. Daniel Hasse. Robótica Industrial Prof. Daniel Hasse Robótica Industrial Aula 02 - Robôs e seus Periféricos Tipos de Sistemas de Controle Volume de Trabalho Dinâmica e Precisão dos Movimentos Sistemas de Acionamentos Garras Tipos de Sistemas

Leia mais

Sensores e Atuadores (2)

Sensores e Atuadores (2) (2) 4º Engenharia de Controle e Automação FACIT / 2009 Prof. Maurílio J. Inácio Atuadores São componentes que convertem energia elétrica, hidráulica ou pneumática em energia mecânica. Através dos sistemas

Leia mais

Medição tridimensional

Medição tridimensional A U A UL LA Medição tridimensional Um problema O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto a própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe.

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL

DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL 1 DESENVOLVIMENTO DE UM ROBÔ MANIPULADOR INDUSTRIAL Carlos Henrique Gonçalves Campbell Camila Lobo Coutinho Jediael Pinto Júnior Associação Educacional Dom Bosco 1. Objetivo do Trabalho Desenvolvimento

Leia mais

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I Conceitos Gerais João Manuel R. S. Tavares Joaquim Oliveira Fonseca Bibliografia Controlo Numérico Computorizado, Conceitos Fundamentais Carlos Relvas Publindústria,

Leia mais

Robótica Industrial. Projeto de Manipuladores

Robótica Industrial. Projeto de Manipuladores Robótica Industrial Projeto de Manipuladores Robôs são os típicos representantes da Mecatrônica. Integram aspectos de: Manipulação Sensoreamento Controle Comunicação 1 Robótica e Mecatrônica 2 Princípios

Leia mais

INTRODUÇÃO À ROBÓTICA

INTRODUÇÃO À ROBÓTICA Material de estudo 2010 INTRODUÇÃO À ROBÓTICA André Luiz Carvalho Ottoni Introdução à Robótica Capítulo 1 - Introdução Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação, que

Leia mais

Curso Automação Industrial Aula 2 Estrutura e características Gerais dos Robôs. Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica

Curso Automação Industrial Aula 2 Estrutura e características Gerais dos Robôs. Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica Curso Automação Industrial Aula 2 Estrutura e características Gerais dos Robôs Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica Cronograma Introdução a Robótica Estrutura e Características Gerais dos Robôs

Leia mais

Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas

Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas Permite a coleta de dados em tempo real dos processos de produção, possuindo, também, interfaces para a transferência dos dados para os sistemas administrativos da empresa. Nessa configuração, o PC é a

Leia mais

1 ATUADORES HIDRÁULICOS

1 ATUADORES HIDRÁULICOS 1 ATUADORES HIDRÁULICOS Danniela Rosa Sua função é aplicar ou fazer atuar energia mecânica sobre uma máquina, levando-a a realizar um determinado trabalho. Aliás, o motor elétrico também é um tipo de atuador.

Leia mais

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação Atuadores

Leia mais

Automatismos Industriais

Automatismos Industriais Automatismos Industriais Introdução à Pneumática Nos actuais sistemas de automação a pneumática é um elemento muito importante pois está presente num vasto numero de aplicações, seja como sistema totalmente

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo

Leia mais

AUTOMAÇÃO DE CÚPULA DE OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO

AUTOMAÇÃO DE CÚPULA DE OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO AUTOMAÇÃO DE CÚPULA DE OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO Marcella Scoczynski Ribeiro (UTFPR/UEPG) marcella_engcomp@yahoo.com.br Matheus Safraid (UEPG) msafraid@hotmail.com Resumo Este trabalho apresenta os benefícios

Leia mais

Manutenção Elétrica. Entre os elementos de processamento de sinais podemos citar:

Manutenção Elétrica. Entre os elementos de processamento de sinais podemos citar: Manutenção Elétrica Elementos de Processamento de Sinais Os componentes de processamento de sinais elétricos são aqueles que analisam as informações emitidas ao circuito pelos elementos de entrada, combinando-as

Leia mais

Sensores - Encoder. Encoder linear Mesmo princípio de funcionamento dos encoders rotativos; Podem ser incremental ou absoluto.

Sensores - Encoder. Encoder linear Mesmo princípio de funcionamento dos encoders rotativos; Podem ser incremental ou absoluto. Sensores - Encoder Encoder linear Mesmo princípio de funcionamento dos encoders rotativos; Podem ser incremental ou absoluto. Sensores - Resolvers Usado para medição de posição angular. Princípio de funcionamento

Leia mais

Acumuladores hidráulicos

Acumuladores hidráulicos Tipos de acumuladores Compressão isotérmica e adiabática Aplicações de acumuladores no circuito Volume útil Pré-carga em acumuladores Instalação Segurança Manutenção Acumuladores Hidráulicos de sistemas

Leia mais

UNIVERSIDADE CEUMA CAMPUS RENASCENÇA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

UNIVERSIDADE CEUMA CAMPUS RENASCENÇA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski UNIVERSIDADE CEUMA CAMPUS RENASCENÇA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Objetivos da Aula Diferenciar automação da mecanização. Posicionar a automação industrial no contexto histórico. Classificar os tipos

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS TRANSMISSAO E TELEMETRIA

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS TRANSMISSAO E TELEMETRIA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS TRANSMISSAO E TELEMETRIA Introdução Frequentemente, o instrumento indicador, controlador, registrador, etc. e instalado a uma distancia considerável do ponto de medição.

Leia mais

Adaptação de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 13/01/2006 Última versão: 18/12/2006

Adaptação de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 13/01/2006 Última versão: 18/12/2006 TUTORIAL Adaptação de Servo-motores Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 13/01/2006 Última versão: 18/12/2006 PdP Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos http://www.maxwellbohr.com.br

Leia mais

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL

CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMAVEL Controlador Lógico Programável ( Hardware ) Para aprendermos como funciona um CLP, é necessário uma análise de seus componentes básicos, utilizados por todos os CLPs disponíveis

Leia mais

Guia de utilização da notação BPMN

Guia de utilização da notação BPMN 1 Guia de utilização da notação BPMN Agosto 2011 2 Sumário de Informações do Documento Documento: Guia_de_utilização_da_notação_BPMN.odt Número de páginas: 31 Versão Data Mudanças Autor 1.0 15/09/11 Criação

Leia mais

Espaço de Trabalho. θ 2

Espaço de Trabalho. θ 2 1. ROBÓTICA: CONCEITOS BÁSICOS 1.1 Robôs Manipuladores: Robô: Máquina universal programável que tem existência no mundo físico e atua nele através de movimentos mecânicos. Espaço de Trabalho: Região do

Leia mais

Estudo e Modelagem Computacional de um Robô Aplicado em Processos de Usinagem

Estudo e Modelagem Computacional de um Robô Aplicado em Processos de Usinagem Universidade Federal de São João Del-Rei MG 26 a 28 de maio de 2010 Associação Brasileira de Métodos Computacionais em Engenharia Estudo e Modelagem Computacional de um Robô Aplicado em Processos de Usinagem

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

Curso Automação Industrial Aula 3 Robôs e Seus Periféricos. Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica

Curso Automação Industrial Aula 3 Robôs e Seus Periféricos. Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica Curso Automação Industrial Aula 3 Robôs e Seus Periféricos Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica Cronograma Introdução a Robótica Estrutura e Características Gerais dos Robôs Robôs e seus Periféricos

Leia mais

Montagem e Manutenção. Luís Guilherme A. Pontes

Montagem e Manutenção. Luís Guilherme A. Pontes Montagem e Manutenção Luís Guilherme A. Pontes Introdução Qual é a importância da Montagem e Manutenção de Computadores? Sistema Binário Sistema Binário Existem duas maneiras de se trabalhar e armazenar

Leia mais

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso

COMPRESSORES. Ruy Alexandre Generoso COMPRESSORES Ruy Alexandre Generoso É o componente básico de qualquer sistema pneumático. O ar é comprimido em um sistema pneumático, de forma que possa ser usado para puxar, empurrar, realizar trabalho

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA AUTOMATIZADO PARA INSPEÇÃO ULTRA-SÔNICA EM CASCO DE NAVIO Antonio A. de Carvalho, Raphael C. S. B. Suita, Ivan C. da Silva, João M. A. Rebello Universidade Federal do Rio

Leia mais

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM...

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM... Motores H-Compact COMPACTO, REFRIGERAÇÃO EFICIENTE A importância crescente da economia de energia, dos requerimentos ambientais, da procura por dimensões menores e das imposições dos mercados nacionais

Leia mais

Fontes de Alimentação

Fontes de Alimentação Fontes de Alimentação As fontes de alimentação servem para fornecer energia eléctrica, transformando a corrente alternada da rede pública em corrente contínua. Estabilizam a tensão, ou seja, mesmo que

Leia mais

UNICAMP Faculdade de Engenharia Elétrica

UNICAMP Faculdade de Engenharia Elétrica UNICAMP Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação EA-617 Introdução à Simulação Analógica Experiência 4: Equipamentos ECP 1 Sumário 1 Introdução 1 2 Descrição dos Sistemas 2 2.1 Emulador Industrial...............................

Leia mais

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Variável: Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos Participantes do Aprofundamento da Variável: Coordenador: Mário Vinícius Bueno Cerâmica Betel - Uruaçu-Go Colaboradores: Juarez Rodrigues dos

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

Desenvolvimento de Estratégia para Programação do Futebol de Robôs da Mauá

Desenvolvimento de Estratégia para Programação do Futebol de Robôs da Mauá Desenvolvimento de Estratégia para Programação do Futebol de Robôs da Mauá Wânderson O. Assis, Alessandra D. Coelho, Marcelo M. Gomes, Cláudio G. Labate, Daniel F. Calasso, João Carlos G. C. Filho Escola

Leia mais

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas

Leia mais

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV 1ª Edição (v1.4) 1 Um projeto de segurança bem feito Até pouco tempo atrás o mercado de CFTV era dividido entre fabricantes de alto custo

Leia mais

Trabalho sobre No-breaks

Trabalho sobre No-breaks Trabalho sobre No-breaks Grupo: Leandro Porto Cristiano Porto Diego Martins Diogo Rubin Os nobreaks protegem os equipamentos contra quatro problemas principais causados pela variação da energia elétrica.

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * 40 Capítulo VI Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta * A ABNT NBR 15749, denominada Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície

Leia mais

Travas e vedantes químicos

Travas e vedantes químicos A U A UL LA Travas e vedantes químicos O mecânico de manutenção de uma empresa de caminhões tentava eliminar, de todas as formas, um vazamento de óleo que persistia na conexão de um manômetro de um sistema

Leia mais

Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda

Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda Discussão sobre os processos de goivagem e a utilização de suporte de solda Liz F Castro Neto lfcastroneto@gmail.com Dênis de Almeida Costa denis.costa@fatec.sp.gov.br 1. Resumo Na soldagem de união, a

Leia mais

Apresentação. 1. Introdução. 2. Situação Problema

Apresentação. 1. Introdução. 2. Situação Problema EASY GLASS Easy Glass Resumo O Easy Glass é um projeto desenvolvido para implantar a manutenção dos pára-brisas dos veículos ferroviários, cujo objetivo consiste na implantação de um guindaste de coluna

Leia mais

Artigo Descrição Núm. do artigo Cabo de conexão universal Cabo de conexão, fêmea-fêmea, universal

Artigo Descrição Núm. do artigo Cabo de conexão universal Cabo de conexão, fêmea-fêmea, universal Cabos Os cabos de tomada que se utilizam são especialmente robustos, fabricados por Amphenol (serie C 16 1/7pin) ou Binder (serie 693/7pin) para as balanças WL 103 e Fischer (tipo 104/4pin) para a WL 104.

Leia mais

GABARITO - DEF30. Questão 1

GABARITO - DEF30. Questão 1 GABARITO - DEF30 Questão 1 a) Ensaio em aberto: Um dos lados do transformador é deixado em aberto, normalmente o lado de alta tensão. Instrumentos de medição são conectados para medir a corrente I 1, V

Leia mais

3. Procedimento para Avaliação da Integridade Estrutural em estruturas de equipamentos de transporte e elevação de materiais

3. Procedimento para Avaliação da Integridade Estrutural em estruturas de equipamentos de transporte e elevação de materiais 3. Procedimento para Avaliação da Integridade Estrutural em estruturas de equipamentos de transporte e elevação de materiais Neste capítulo serão descritos os passos para a avaliação da Integridade Estrutural

Leia mais

Distância de acionamento. Distância sensora nominal (Sn) Distância sensora efetiva (Su) Distância sensora real (Sr) 15/03/2015

Distância de acionamento. Distância sensora nominal (Sn) Distância sensora efetiva (Su) Distância sensora real (Sr) 15/03/2015 Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Sensores São dispositivos que

Leia mais

APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA

APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE POMPEIA CURSO TECNOLOGIA EM MECANIZAÇÃO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO APOSTILA TECNOLOGIA MECANICA Autor: Carlos Safreire Daniel Ramos Leandro Ferneta Lorival Panuto Patrícia de

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS MEDIÇÃO DE TEMPERATURA TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS MEDIÇÃO DE TEMPERATURA TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS MEDIÇÃO DE TEMPERATURA TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA Introdução O uso de termômetros de resistência esta se difundindo rapidamente devido a sua precisão e simplicidade

Leia mais

ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 INTRODUÇÃO 2 PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO? 3 DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO, E MASSA.

ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 INTRODUÇÃO 2 PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO? 3 DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO, E MASSA. 1 INTRODUÇÃO O aterramento elétrico, com certeza, é um assunto que gera um número enorme de dúvidas quanto às normas e procedimentos no que se refere ao ambiente elétrico industrial. Muitas vezes, o desconhecimento

Leia mais

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição.

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição. De acordo com a Norma NBR 1001, um grande número de fatores influência a freqüência de calibração. Os mais importantes,

Leia mais

Invenções Implementadas por Computador (IIC) Patentes

Invenções Implementadas por Computador (IIC) Patentes Invenções Implementadas por Computador (IIC) Patentes O que é uma IIC? Uma IIC é uma invenção que recorre a um computador, a uma rede de computadores ou a qualquer outro dispositivo programável (por exemplo

Leia mais

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA

PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA PARADOXO DA REALIZAÇÃO DE TRABALHO PELA FORÇA MAGNÉTICA Marcelo da S. VIEIRA 1, Elder Eldervitch C. de OLIVEIRA 2, Pedro Carlos de Assis JÚNIOR 3,Christianne Vitor da SILVA 4, Félix Miguel de Oliveira

Leia mais

Instruções para uso do peso de bater automático

Instruções para uso do peso de bater automático Este equipamento foi desenvolvido com as finalidades de: 1) Agilizar e otimizar o tempo necessário para os testes de penetração de solo; 2) Melhorar a ergonomia do procedimento, evitando esforços físicos

Leia mais

TÍTULO: SIMULADOR DE SUSPENSÃO AUTOMOTIVA - SSA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS SUBÁREA: ENGENHARIAS

TÍTULO: SIMULADOR DE SUSPENSÃO AUTOMOTIVA - SSA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS SUBÁREA: ENGENHARIAS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: SIMULADOR DE SUSPENSÃO AUTOMOTIVA - SSA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

Leia mais

Tecnologia de Comando Numérico 164399

Tecnologia de Comando Numérico 164399 164399 Aula 2 Introdução à Automação da Manufatura Mecatrônica; Automação; Níveis de Automação; Tipos de Automação; Justificativas para automatizar; Justificativas para não automatizar; Prof. Edson Paulo

Leia mais

Tipos de malha de Controle

Tipos de malha de Controle Tipos de malha de Controle SUMÁRIO 1 - TIPOS DE MALHA DE CONTROLE...60 1.1. CONTROLE CASCATA...60 1.1.1. Regras para Selecionar a Variável Secundária...62 1.1.2. Seleção das Ações do Controle Cascata e

Leia mais

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento 30 Capítulo VIII Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Parte 3: Método da queda de potencial com injeção de alta corrente e ensaios em instalações energizadas Jobson Modena e

Leia mais

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Versão 1.0 GPC.YY 22 a 25 Novembro de 2009 Recife - PE GRUPO V GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO, MEDIÇÃO E CONTROLE EM SISTEMA DE POTÊNCIA

Leia mais

Na Cinemática Aplicada estuda-se a aplicação dos conceitos da Cinemática na Síntese e Análise dos Mecanismos.

Na Cinemática Aplicada estuda-se a aplicação dos conceitos da Cinemática na Síntese e Análise dos Mecanismos. . MECA!ISMOS.0 Algumas definições Um mecanismo é um conjunto de elementos de máquinas ligados de forma a produzir um movimento específico. Podem ser subdivididos conforme suas aplicações: mecanismos com

Leia mais

1) Entendendo a eletricidade

1) Entendendo a eletricidade 1) Entendendo a eletricidade 1 2) Circuitos Modelix 2 3) Utilizando o Sistema Esquemático Modelix-G (Modelix-Grafix) 6 4) Fazendo montagens com os Circuitos Modelix 7 5) Exercícios para treinar 8 Objetivo:

Leia mais

aos elementos de transmissão

aos elementos de transmissão A U A UL LA Introdução aos elementos de transmissão Introdução Um motorista viajava numa estrada e não viu a luz vermelha que, de repente, apareceu no painel. Mais alguns metros, o carro parou. O motorista,

Leia mais

Descrição do Produto. Altus S. A. 1

Descrição do Produto. Altus S. A. 1 Descrição do Produto O software MasterTool IEC é um ambiente completo de desenvolvimento de aplicações para os controladores programáveis da Série Duo. Esta ferramenta permite a programação e a configuração

Leia mais

Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Física Gleb Wataghin. F 609 Tópicos de Ensino da Física I

Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Física Gleb Wataghin. F 609 Tópicos de Ensino da Física I Universidade Estadual de Campinas Instituto de Física Gleb Wataghin F 609 Tópicos de Ensino da Física I Princípio de Pascal em um Experimento Auto-explicativo Relatório Final Aluno: João Paulo Cury Bergamim

Leia mais

Válvulas controladoras de vazão

Válvulas controladoras de vazão Generalidades Válvula controladora de vazão variável Válvula de controle de vazão variável com retenção integrada Métodos de controle de vazão Válvula de controle de vazão com pressão compensada temperatura

Leia mais

Geradores de Vapor. 4º ano Aula 3

Geradores de Vapor. 4º ano Aula 3 Geradores de Vapor 4º ano Aula 3 Classificação dos Geradores de Vapor Tópicos Definição Classificaçao das caldeiras Caldeiras Flamotubulares Caldeiras Aquatubulares Definição É basicamente um trocador

Leia mais

2.1 Dados Técnicos - Dimensões na Condição de Altura Fechada (Sem Pressão)

2.1 Dados Técnicos - Dimensões na Condição de Altura Fechada (Sem Pressão) 1. Considerações Gerais 1.1 Instruções de recebimento Deve-se inspecionar visualmente todo o equipamento para detectar avarias causadas durante o transporte, como vazamentos e marcas de batidas. Avarias

Leia mais

Técnico/a de Refrigeração e Climatização

Técnico/a de Refrigeração e Climatização Técnico/a de Refrigeração e Climatização 1315 Eletricidade e eletrónica - programação de autómatos 2013/ 2014 Gamboa 1 Introdução Automação, estudo dos métodos e procedimentos que permitem a substituição

Leia mais

MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS

MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS Ligações rosqueadas; Ligações soldadas; Ligações flangeadas; Ligações de ponta e bolsa; Outras Ligações: - Ligações de compressão; - Ligações patenteadas. 1 Fatores que influenciam

Leia mais

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 INFORMATIVO TÉCNICO PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS 1/21 INFORMATIVO TÉCNICO N 019/09 O PRINCIPAL COMPONENTE DE

Leia mais

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Luiz Carlos Grillo de Brito Julio César Reis dos Santos CENTRO DE PESQUISAS DE

Leia mais

Ingersoll Rand. Sistema de Automação Série-X

Ingersoll Rand. Sistema de Automação Série-X Ingersoll Rand Sistema de Automação Série- Economia de Energia Por Encomenda! Ingersoll Rand 20% a 60% da energia utilizada para operar os sistemas de ar comprimido são desperdiçados. Isso ocorre principalmente

Leia mais

Introdução. Uso do disco Vantagens Desvantagens Baixo custo, facilidade de manutenção do software e do hardware, simetria e flexibilidade

Introdução. Uso do disco Vantagens Desvantagens Baixo custo, facilidade de manutenção do software e do hardware, simetria e flexibilidade Introdução É sabido que os processos rodam em processadores. Nos sistemas tradicionais existe somente um único processador, de forma que não há dúvida a respeito de como ele deve ser usado. Em um sistema

Leia mais

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado

Lubrificação IV. Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança. Sistema selado A U A UL LA Lubrificação IV Introdução Notou-se excessivo ruído no sistema de mudança da caixa de câmbio de um automóvel. Um mecânico verificou que a caixa de câmbio estava com problemas por falta de óleo.

Leia mais

1 Esfera de aço 1 Transitor BC547

1 Esfera de aço 1 Transitor BC547 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO VICENTE DO SUL ROTEIRO DE MONTAGEM DA ATIVIDADE DE AQUISIÇÃO AUTOMÁTICA DE DADOS REOMETRIA DE FLUIDOS NEWTONIANOS PROFESSOR RAFHAEL BRUM WERLANG 1.0 OBJETIVO

Leia mais

Kit Laboratório de Robótica Escolar 411 PLUS

Kit Laboratório de Robótica Escolar 411 PLUS CNPJ 56.233.497/0001-42 0 CNPJ 56.233.497/0001-42 1) Melhor Custo x Benefício do Mercado Brasileiro. 2) Peças e Componentes para diversos usos. 3) Manual de Referência do Software Modelix System Starter.

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÓDULO 1

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÓDULO 1 ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÓDULO 1 Índice 1. Introdução...3 1.1. O que é um Computador?... 3 1.2. Máquinas Multiníveis... 3 2 1. INTRODUÇÃO 1.1 O QUE É UM COMPUTADOR? Para estudarmos como um computador

Leia mais

Assim como o diâmetro de um cano é função da quantidade de água que passa em seu interior, a bitola de um condutor depende da quantidade de elétrons

Assim como o diâmetro de um cano é função da quantidade de água que passa em seu interior, a bitola de um condutor depende da quantidade de elétrons Elétrica Quem compõe a instalação elétrica - quadro de luz - centro nervoso das instalações elétricas. Deve ser metálico ou de material incombustível, e nunca de madeira (na sua parte interna ou externa).

Leia mais

Disjuntor a Vácuo uso Interno

Disjuntor a Vácuo uso Interno Disjuntor a Vácuo uso Interno D27 - U 1 Sumário 1. Aplicação... 3 2. Condições Normais de Serviço... 4 3. Principais Parâmetros Técnicos... 4 4. Estrutura e Operação do Disjuntor... 5 4.1. Estrutura Geral:...

Leia mais

Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari. amanda@fcav.unesp.br

Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari. amanda@fcav.unesp.br Profa. Dra. Amanda Liz Pacífico Manfrim Perticarrari amanda@fcav.unesp.br Documentário http://www.youtube.com/watch?v=sx1z_mgwds8 Introdução Computadores de primeira geração (1946 1959): A primeira geração

Leia mais

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA.

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Motores elétricos Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Para melhor entender o funcionamento desse

Leia mais

Projeto: Torquímetro Didático

Projeto: Torquímetro Didático Universidade Estadual de Campinas Instituto de Física Gleb Wataghin 1º semestre de 2010 Projeto: Torquímetro Didático Disciplina: F-609 Instrumentação para Ensino Aluno: Diego Leonardo Silva Scoca diegoscocaxhotmail.com

Leia mais

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas CONSIDERAÇÕES INICIAIS AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas Quando planejamos construir uma subestação, o aspecto de maior importância está na escolha (e, conseqüentemente, da definição)

Leia mais

correas UNIPLY Funcionamento das Correias Elevadoras Componentes de um Elevador de Correias a Canecas Referências:

correas UNIPLY Funcionamento das Correias Elevadoras Componentes de um Elevador de Correias a Canecas Referências: Funcionamento das Correias Elevadoras Componentes de um Elevador de Correias a Canecas Os elevadores de correias a caçambas são os equipamentos mais comuns e econômicos para o movimento vertical de materiais

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE LABORATÓRIO DE CONTROLE DE ATITUDE COM RESTRIÇÕES DE CHAVEAMENTO

INSTRUMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE LABORATÓRIO DE CONTROLE DE ATITUDE COM RESTRIÇÕES DE CHAVEAMENTO Anais do 14 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XIV ENCITA / 2008 Instituto Tecnológico de Aeronáutica São José dos Campos SP Brasil Outubro 20 a 23 2008. INSTRUMENTAÇÃO DE UM SISTEMA

Leia mais

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM

3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3. FORMAÇÃO DA IMAGEM 3.1 INTRODUÇÃO O sistema de geração da imagem de RM emprega muitos fatores técnicos que devem ser considerados, compreendidos e algumas vezes modificados no painel de controle durante

Leia mais

Que são sensores? São dispositivos que são sensíveis à um fenômeno físico (luz, temperatura, impedância elétrica etc.) e transmitem um sinal para um

Que são sensores? São dispositivos que são sensíveis à um fenômeno físico (luz, temperatura, impedância elétrica etc.) e transmitem um sinal para um Que são sensores? São dispositivos que são sensíveis à um fenômeno físico (luz, temperatura, impedância elétrica etc.) e transmitem um sinal para um dispositivo de medição ou controle. 1 Cite 05 tipos

Leia mais

Física. Pré Vestibular / / Aluno: Nº: Turma: ENSINO MÉDIO

Física. Pré Vestibular / / Aluno: Nº: Turma: ENSINO MÉDIO Pré Vestibular ísica / / luno: Nº: Turma: LEIS DE NEWTON 01. (TEC daptada) Dois blocos e de massas 10 kg e 20 kg, respectivamente, unidos por um fio de massa desprezível, estão em repouso sobre um plano

Leia mais

Selecionando as melhores ferramentas robóticas para paletização

Selecionando as melhores ferramentas robóticas para paletização Selecionando as melhores ferramentas robóticas para paletização Com as perguntas certas, uma empresa pode projetar sistemas robóticos que maximizem a eficiência de fim da linha e o retorno sobre investimento

Leia mais

PROPOSTA DE MODIFICAÇÃO DA NR-12 ANEXO VIII- PRENSAS E SIMILARES. Análise Realizada pela Empresa/Entidade: Pessoa para Contato: e-mail:

PROPOSTA DE MODIFICAÇÃO DA NR-12 ANEXO VIII- PRENSAS E SIMILARES. Análise Realizada pela Empresa/Entidade: Pessoa para Contato: e-mail: PROPOSTA DE MODIFICAÇÃO DA NR-12 ANEXO VIII- PRENSAS E SIMILARES Análise Realizada pela Empresa/Entidade: Pessoa para Contato: e-mail: Texto Proposto Comentário Nossa Proposta Justificativa Técnica Dobradeiras

Leia mais

Manipulador de carga.

Manipulador de carga. Manipulador de carga. Um sistema ergonômico para auxiliar a carga e descarga de Recipientes de 13kg. Categoria: Saúde Ocupacional Flávio Pastorello Ultragaz Mauro Matsuda Ultragaz Wellington Melo Ultragaz

Leia mais

INFORMATIVO DE PRODUTO

INFORMATIVO DE PRODUTO Sensor / Detector de Fumaça Óptico Convencional + Módulo Endereçável Código: AFDFE. (Ideal Para Utilizar em Conjunto com a Central de Alarme de Incêndio AFSLIM). O detector de fumaça código AFDFE é um

Leia mais

CRONÔMETRO MICROPROCESSADO

CRONÔMETRO MICROPROCESSADO O equipamento possui um display de alta resolução e 6 botões: CRONÔMETRO MICROPROCESSADO www.maxwellbohr.com.br (43) 3028-9255 LONDRINA PR 1 - Introdução O Cronômetro Microprocessado é um sistema destinado

Leia mais

PROVA DE FÍSICA QUESTÃO 01 UFMG

PROVA DE FÍSICA QUESTÃO 01 UFMG QUESTÃO 01 Em uma corrida de Fórmula 1, o piloto Miguel Sapateiro passa, com seu carro, pela linha de chegada e avança em linha reta, mantendo velocidade constante Antes do fim da reta, porém, acaba a

Leia mais

Gerenciamento de Entrada e Saída Hélio Crestana Guardia e Hermes Senger

Gerenciamento de Entrada e Saída Hélio Crestana Guardia e Hermes Senger Gerenciamento de Entrada e Saída Hélio Crestana Guardia e Hermes Senger O controle da entrada e saída (E/S ou I/O, input/output) de dados dos dispositivos é uma das funções principais de um sistema operacional.

Leia mais

MODELAGEM E SIMULAÇÃO

MODELAGEM E SIMULAÇÃO MODELAGEM E SIMULAÇÃO Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Terminologia Básica Utilizada em de Sistemas Terminologia Básica Uma série de termos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO RAPID APPLICATION DEVELOPMENT

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO RAPID APPLICATION DEVELOPMENT UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO RAPID APPLICATION DEVELOPMENT Disciplina: Modelagem a Programação Orientada a Objetos

Leia mais

Implementadas por Computador

Implementadas por Computador «Título Dia Aberto da Acção» da PI «Nome Ricardo Formador» Pereira «Título Invenções do Módulo» Implementadas por Computador «Função Desempenhada» Examinador de Patentes Universidade de «Local» Évora «dd.mm.aaaa»

Leia mais

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EaD UAB/UFSCar Sistemas de Informação - prof. Dr. Hélio Crestana Guardia

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EaD UAB/UFSCar Sistemas de Informação - prof. Dr. Hélio Crestana Guardia O Sistema Operacional que você usa é multitasking? Por multitasking, entende-se a capacidade do SO de ter mais de um processos em execução ao mesmo tempo. É claro que, num dado instante, o número de processos

Leia mais

Aquário Automatizado

Aquário Automatizado Aquário Automatizado Alessandra Dutra Coelho alessandra.coelho@maua.br Bruno Tarantino, Gustavo B. Nascimento, Renato Marino, Rodrigo Pirolo Vivancos Escola de Engenharia Mauá Instituto Mauá de Tecnologia

Leia mais