ACESSO A JUSTIÇA: Essencialidade do Advogado no Juizado Especial Cível

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX Graduação do Curso de Direito André Luiz Pereira de Oliveira ACESSO A JUSTIÇA: Essencialidade do Advogado no Juizado Especial Cível Belo Horizonte 2014

2 André Luiz Pereira de Oliveira ACESSO A JUSTIÇA: Essencialidade do Advogado no Juizado Especial Cível Monografia apresentada ao Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix como requisito para obtenção do Título de Bacharel do curso de Direito. Orientador: Dr. Prof. Renato Martins Vieira Fonseca. Belo Horizonte 2014

3 André Luiz Pereira de Oliveira ACESSO A JUSTIÇA: Essencialidade do Advogado no Juizado Especial Cível Avaliação Nota: Dr. Prof. Renato Martins Vieira Fonseca Orientador Nota: Prof. Avaliador Nota: Prof. Avaliador Data: / / Nota total: Belo Horizonte, 24 de maio de 2014.

4 Autorização para Acesso e Publicação Eletrônica do Trabalho Acadêmico Na qualidade de titular dos direitos autorais da publicação, autorizo o Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix a disponibilizar através do sítio da biblioteca sem pagamento de quaisquer direitos autorais patrimoniais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra abaixo citada, a titulo de divulgação cientifica brasileira.

5 Primeiramente, a Deus, fonte que iluminou o meu caminho. Nunca é tarde para realizar um sonho. Aos meus pais, especialmente, minha mãe sempre me abençoando, meu pai in memoriam. A minha esposa, Cecília, sempre ao meu lado, pela paciência, apoio, dedicação e dignidade. Aos sogros, irmãos, amigos, parentes, colegas de trabalho, colegas do curso e professores, pelo incentivo, que durante esta longa jornada estiveram sempre presentes me apoiando.

6 AGRADECIMENTOS Aos professores, especialmente ao Professor e Orientador, Renato Martins Vieira Fonseca, pelas orientações transmitidas e contribuição no desenvolvimento desta pesquisa. A Vera Alice Durães de Aguiar Faria, pela assessoria, motivação e contribuição para realização deste trabalho acadêmico.

7 (...) Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se tem. Ou, que seus planos nunca vão dar certo Ou, que você nunca vai ser alguém (...). Renato Russo e Flávio Venturini.

8 RESUMO A lei de nº 9099/95 criou os Juizados Especiais Cíveis e Criminais em conformidade com a Constituição Federal do Brasil para que esses órgãos possam conciliar, julgar e executar as causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo. A lei inovou o acesso à justiça em relação à facultatividade da parte demandar junto aos Juizados Especiais sem a presença do Advogado de acordo com o valor da causa. A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar se o advogado é essencial para auxiliar o cidadão nas demandas para solução dos conflitos nas causas cíveis cujos valores não excedam 20 salários mínimos. A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica. O intuito da pesquisa é contribuir para consolidação de informações importantes para quem for demandar junto aos juizados especiais, principalmente nas causas Cíveis, em relação ao grau das dificuldades que poderão enfrentar sem a presença do advogado. Palavras-chave: Acesso à Justiça. Conciliação. Juizado Especial. Presença do Advogado. Previsão Legal. Princípios. Valor da causa.

9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO PREVISÃO LEGAL Constituição Legislação Infraconstitucional ORIGEM E CONCEITO DE ACESSO A JUSTIÇA Origem Conceito PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ACESSO A JUSTIÇA Conceito Princípio de Ação na Constituição Federal Princípio da Ampla Defesa Princípio do Contraditório Princípio da Justiça Gratuita Princípio da Celeridade Princípio da Informalidade e Simplicidade FORMA DE ACESSO A JUSTIÇA Forma de Acesso Procedimentos JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS Finalidades Competências A Presença Facultativa do Advogado Benefícios EXERCÍCIO DA ADVOCACIA Previsão Legal Exceções da Indispensabilidade do Advogado- Jus Postulandi O Advogado nas Causas Cíveis de Pequeno Valor Essencialidade da Assistência Advocatícia CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 61

10 9 INTRODUÇÃO O acesso à justiça é um direito previsto na Constituição Federal para dar garantia fundamental a todos, constituindo assim um Estado Democrático de Direito. Nas disposições deste instrumento legal, em razão das funções essenciais do Poder Judiciário, o texto constitucional determina no artigo 103 que ao acessar os órgãos para protelar os direitos, o advogado é indispensável à administração da justiça. Além da previsão da indispensabilidade do Advogado constante no texto da Constituição Federal, a Lei nº 8906/94 dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil, nos seus dispositivos prevê: são atividades privativas de advocacia, a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados Especiais. Com o advento da Lei nº 9099/95 que institui os Juizados Especiais Cíveis e Criminais em suas disposições traz uma inovação ao ordenamento jurídico ao prever que é facultativo à parte demandar junto a este órgão sem a assistência do advogado dependendo do valor da causa. Nesse sentido, se o valor da causa não exceder a 20 salários mínimos fica facultada a presença do advogado nas ações junto aos juizados especiais. A Lei nº 9099/95 tem como proposta beneficiar os cidadãos que não têm como arcar com as despesas dos advogados ao demandarem nos Juizados Especiais nas causas de menor complexidade. A Lei propõe também o amplo acesso à justiça para garantir a efetividade dos direitos pela eficiente prestação jurisdicional. Entretanto, estes benefícios não garantem a efetividade das ações quando a parte demanda sem o auxilio do advogado. A Constituição Federal indica quais são os princípios que regem o acesso a justiça. Estão previstos no artigo 5º. Inciso LV e LXXIV respectivamente, são eles: Ampla Defesa, Contraditório e Justiça Gratuita e a Lei dos Juizados Especiais em seus dispositivos informam que os princípios da Celeridade, Informalidade e Simplicidade devem orientar o processo previsto no artigo 2º. Os princípios serão norteadores das demandas dos Juizados Especiais tendo o status de normas jurídicas com fortes valores que orientam o acesso à justiça e contribuem para efetivação do direito.

11 10 Diante da facultatividade que permite a lei dos juizados especiais, a parte tem o direito de não ser representada, comparecendo em juízo sem a assistência do advogado quando demandar as ações. No entanto, questiona-se se o cidadão terá efetividade para alcançar os seus direitos pleiteados. O advogado é o profissional que, quando reúne os requisitos para demandar nos juizados especiais, pode assegurar uma solução mais efetiva na composição dos conflitos dos interesses do cidadão. De posse de conhecimento e de capacidade técnica para realizar a discussão dos conflitos o advogado terá maior chance nas soluções das ações dos cidadãos. Outra grande importância dos juizados especiais é a de desafogar os demais tribunais do Poder Judiciário. Nesse sentido, pode-se questionar que, sem o auxilio do advogado, o processo sendo mal formalizado poderá delongar sem solução e efetivação mais célere das ações. Dessa forma, surgem os seguintes questionamentos: Será que a parte, através da conciliação e sem a presença de advogado, conseguirá resolver a demanda que está sendo discutida? E ainda, no caso da parte que não tem conhecimento jurídico adequado conseguirá resolver a demanda sem ser prejudicada pela outra parte que detém esse conhecimento? Saberá quais provas ou documentos deverá levar para instruir a demanda bem formalizada? E no caso do Juiz questionar informações pertinentes do direito? Saberá argumentar? A discussão do advogado nos juizados especiais é um direito importante porque aprimora e dissemina a necessidade das pessoas exercitarem a cidadania nas causas de pequeno valor, mas que deve ser levada em consideração a efetividade da demanda, que nem sempre se obtém êxito quando da ausência do advogado. Os juizados especiais foram criados e direcionados na proposta de alcançar a maturidade da democracia brasileira, em desburocratizar e disseminar a justiça. Entretanto, ainda há de se analisar se o acesso à justiça nesse órgão, as partes enfrentam dificuldades na efetividade das demandas quando estão sem a presença do advogado. O objetivo desta pesquisa é analisar se o advogado é essencial nos juizados especiais de pequenas causas cujos valores não excedam até 20 salários mínimos, para desta forma, contribuir com informações importantes para a parte que for demandar junto aos juizados especiais sem a presença do advogado em razão dos fatores e das possíveis dificuldades que poderão enfrentar. Na pesquisa foram abordados alguns estudos relevantes ao acesso à justiça e a essencialidade do advogado no Juizado Especial Cível.

12 11 1 PREVISÃO LEGAL O Direito e Garantias do Acesso a Justiça estão previstos na Constituição da República Federal do Brasil e na Legislação Infraconstitucional constituindo as garantias fundamentais do Estado Democrático de Direito tendo como diretriz a aplicação dos princípios fundamentais para aqueles que necessitam resolver os litígios. 1.1 Constituição A Constituição no nosso ordenamento jurídico é a lei maior que garante a todos, sem distinção, o acesso ao Poder Judiciário. De acordo com as garantias constitucionais constantes nessa, versa sobre quais direitos devem ser observados e quem pode exercer esse direito no acesso à justiça, nos termos do artigo e incisos abaixo que define 1 : Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Na Obra Teoria Geral do Processo, analisado em conformidade com o artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, GRINOVER 2, vislumbra como o acesso a justiça, as garantias da ação e da defesa podem ser vistos no texto constitucional. A autora analisa o acesso à justiça sendo um direito de ação tradicionalmente reconhecido no Brasil como uma via preventiva para contemplar a ameaça. Segundo a autora, para a efetivação da garantia, a Constituição não apenas se preocupou com a assistência judiciária aos que compravam que não tem condições, ou seja, 1 Art. 5º, XXXV, Da Constituição da República Federativa do Brasil de GRINOVER, Ada Pellegrini; CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo, 29ª ed. M. Malheiros Editores, 2013, p. 90.

13 12 aos que comprovarem insuficiência de recursos, mas estendeu à assistência jurídica préprocessual. Ambas consideradas dever do Estado, este agora fica obrigado a organizar a carreira jurídica dos defensores públicos, cercada de muitas garantias reconhecidas ao Ministério Público, (art. 5º, Inciso LXXIV, c/c artigo 134, 2º red. EC nº 45, de 08 de dezembro de 2004) 3 : Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Art A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. (...) 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, 2º. No capitulo IV Das Funções Essenciais à Justiça, Seção II, Da Advocacia e da Defensoria Pública elencado no artigo nº 133 da CF/88 4, determina em sua descrição que O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Nos termos desse artigo será analisada a essencialidade do advogado em relação ao Juizado Especial. A lei de nº de 26 de setembro de 1995, originou de um pensamento positivista prevendo a criação dos Juizados Especiais Cíveis conforme o artigo de 98, inciso I 5, da Constituição, inserida no capítulo do Poder Judiciário com clareza e simplicidade que determinava: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 3 Art. 5º, LXXIV, c/c Art. 134, 2º. Da Constituição da República Federativa do Brasil de Idem, Art Idem, Art. 98, inciso I.

14 I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 13 Além da previsão constitucional que rege nosso ordenamento jurídico sobre as garantias e direitos fundamentais do acesso à justiça, dentre outras normas jurídicas é importante citar também a legislação Infraconstitucional. 1.2 Legislação Infraconstitucional A Lei Infraconstitucional é uma expressão utilizada para distinguir das demais normas jurídicas que não estão incluídas no texto da Constituição Federal. Hierarquicamente está abaixo da nossa da Constituição, mas que se orientam pela interpretação e aplicação com base das normas constitucionais da nossa Carta Magna de O acesso à justiça deve ter o seguimento de acordo com as normas jurídicas provenientes da Constituição e demais normas como, por exemplo, a legislação infraconstitucional. As Leis Infraconstitucionais que dizem respeito ao Acesso a Justiça de acordo com os textos inclusos em seus artigos definem procedimentos em relação à Assistência judiciária para os necessitados garantindo benefícios gratuitos e a faculdade da parte demandar ou defender-se pessoalmente em juízo sem assistência de advogado. A seguir serão elencadas as Leis Infraconstitucionais que estabelecem os critérios e particularidades ao acesso a justiça. A Lei nº 1060 de 05 de fevereiro de 1950, estabelece normas para a concessão de Assistência Judiciária aos necessitados, lei infraconstitucional anterior a Constituição Federal de 1988, traz no seu no texto referências às normas jurídicas sobre o aspecto do acesso a justiça no Poder Judiciário. A Lei também garante o acesso à justiça com benefícios do direito de assistência gratuita e direciona quem pode exercer esse direito. Nos termos do artigo 2º 7 desta lei verifica-se que houve a introdução de parte do texto ao artigo 5º da constituição que define: 6 Referida neste trabalho como Constituição da República Federativa do Brasil de Art. 2º. Da Lei de Concessão de Assistência Judiciária aos Necessitados.

15 14 Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho. Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. A Lei 9095 de 26 de setembro de 1995 dispõe sobre os Juizados Especiais Civis e Criminais, confere a faculdade à parte para demandar ou defender-se pessoalmente em juízo, sem assistência de advogado, nos termos do artigo a seguir define: Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local. 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. No entanto, não é absoluto o direito à assistência do profissional da advocacia em juízo, podendo a lei prever situações em que é prescindível a indicação de advogado, tendo com parâmetro o valor da causa. A Razoabilidade da lei possibilita o acesso do cidadão ao judiciário de forma simples, rápida e efetiva, sem maiores despesas e acessos burocráticos conforme justificativa para estes instrumentos legais, lógica que iremos analisar a frente. A lei nº 8906 de 04 de julho de 1994 que dispõe sobre o estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) prevê as atividades privativas de advocacia no Juizado Especial conforme artigo 1º, I 8 : Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; 8 Art. 1º, inciso I. Da Lei do estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil.

16 15 Conforme exposto, verifica-se que a lei infraconstitucional prevê o acesso à justiça de forma a facilitar a assistência jurídica da parte em demandar com a assistência de um advogado no Juizado Especial. Contudo, o foco no trabalho é verificar se o advogado é essencial para a solução dos litígios sem que o mesmo participe como assistente da parte.

17 16 2 ORIGEM E CONCEITO DE ACESSO A JUSTIÇA Quanto ao conceito de Acesso à Justiça conforme o tema proposto nesse capítulo é indispensável deixar de conceituar o pensamento da doutrina. 2.1 Origem Na obra ACESSO À JUSTIÇA Juizados Especiais Cíveis e Ação Civil Pública de CARNEIRO 9 há uma releitura das origens do acesso à justiça sintetizado nos períodos Antigo, Medieval, Moderno e Contemporâneo. A seguir será feito um breve relato da origem histórica do Acesso à Justiça. Faremos uma breve análise histórica de evolução do instituto, utilizando para isto a celebre obra do professor CARNEIRO. De acordo com a obra, no Período Antigo, a ideia e o significado da expressão acesso à justiça variaram no tempo, em função de uma série de elementos, de influências de natureza política, religiosa, sociológica e filosófica. O autor cita a obra A Luta pelo Direito (JHERING, Rudolph Von, apud, CARNEIRO) 10, entendendo que alguns dados realtivos a esse tema possam ser relevantes no sentido de traçar uma linha da evolução originada na luta do homem pela afirmação de seus direitos fundamentais quando ao surgimento do acesso à justiça. As primeiras normas escritas encontravam-se no código de Hamurabi. Importantes garantias que, ao menos teoricamente, impediam a opressão do fraco pelo forte, pois asseguravam proteção às viúvas e aos órfãos e, ainda, incentivavam o homem oprimido a procurar a instância judicial - o soberano para que estes resolvessem a sua demanda. Na dicção humurábica já é nítido o surgimento do direito pela inspiração divina, ou seja, o acesso 9 CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. Acesso à Justiça Juizados Especiais Cíveis e Ação Civil Pública Uma Nova Sistematização da Teoria Geral do Processo. Rio de Janeiro, 2. Ed. Forense, JHERING, Rudolph Von. A Luta pelo Direito. Trad. Por João de Vasconcelos. 5. Ed. Brás. Rio de Janeiro: Forense, 1986, p. 1.

18 17 à justiça dependia do acesso à religião, conforme a obra As Mais Antigas Normas do Direito. (LIMA, apud, CARNEIRO) 11. O mesmo autor relata a importância do direito na filosofia no período da Grécia antiga. Cita três grandes filósofos: Sócrates, Pitágoras e Aristóteles. Sintetiza que foi Aristóteles o formulador do que hoje entendemos por teoria da justiça. Influenciado pelo pensamento pitagórico no que se refere aos pesos, às medidas de igualdade e proporcionalidade. Citou a questão da proporcionalidade, não do ponto de vista estritamente aritmético, matemático, mas na igualdade de razões. E diz que foi Aristóteles quem primeiro falou sobre a possibilidade de o juiz adaptar a lei à situação concreta, na obra Ética a Nicômaco, (ARISTÓTELES, apud, CARNEIRO) 12. Seguindo ainda a linha do período antigo, finaliza dizendo que a religião desenvolvese, e com ela o Estado. Num balanço inicial, afirma que as discussões sobre justiça, moral e mesmo a ética conduzem a uma preocupação mais concreta com a prática judiciária, de que é exemplo a importância dada pela assistência de advogado, enfim, o início da busca pela igualdade material. Sendo importante dizer e deixar claro que nesse período em razão das castas existentes, chegar ao Tribunal para reivindicar ou discutir eventual direito pressupunha uma condição especial 13. Já no período Medieval, a evolução dessa ideia de acesso à justiça prossegue na Idade Média Bizantina e Europeia, séculos IV e V até o começo do pensamento moderno, com o Renascimento, séculos XV e XVI. Nesse período a predominância do Cristianismo trouxe forte concepção também religiosa ao direito, fazendo com que o homem justo fosse medido pela sua fé, conforme citado na Obra Iniciação à História da Filosofia. (MARCONDES, Apud, CARNEIRO) 14. Os grandes filósofos nesse período, de acordo com obra são Santo Agostinho, Santo Isidoro de Sevilha e Santo Tomás de Aquino, notadamente este último, não apenas incorporou a tradição filosófica histórica, mas desenvolveu influência de modo marcante para as correntes filosóficas no direito. 11 LIMA, João Batista de Souza. As Mais Antigas Normas do Direito. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1873, Liv, V, 10, p Coleção os Pensadores. 13 CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. Acesso à Justiça Juizados Especiais Cíveis e Ação Civil Pública Uma Nova Sistematização da Teoria Geral do Processo. Rio de Janeiro, 2ª, Ed. Forense, 2003, p e MARCONDES, Danilo. Iniciação â História da Filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p.103.

19 18 Em relação a esse período no direito ao acesso â justiça, Santo Tomás de Aquino faz referência à possibilidade da modificação da lei humana, distinção entre as leis divinas, eternas e humanas. Informa o autor que, esse filósofo era fiel a tradição dos costumes naquela época a lei positiva era representada muito mais pelo costume -, entendia que, mesmo que decorrer do tempo viessem modificações na condição dos homens e que a noção de bem comum fosse outra, a lei não poderia ser modificada (o costume), porque ela seria enfraquecida. Segundo o concepção do autor é marcante novamente nesse período a influência da religião e do pensamento religioso sobre a filosofia e o direito. A influência era tão intensa que a religião não apenas influenciou o direito, mas criou uma esfera jurídica própria, o direito canônico. Prosseguindo, para o autor, no Período Moderno a Escola Clássica de Direito Natural passava a reconhecer que a natureza humana é que seria a fonte do direito natural. Essa visão humanista e racionalista do direito teve possivelmente como o seu primeiro grande mentor o humanista e filósofo conhecido como Hugo Grotius (1583 a 1645). A escola atingiu o seu apogeu com Rousseau (1712 a 1778), já praticamente no final do século XVIII. Evidente que não ficava afastada a origem divina do poder dos reis, mas já se esboçam limitações a esse poder 15. E por ultimo o autor chega ao Período Contemporâneo finalizando o entendimento a origem do acesso à justiça. Sintetiza que a partir da segunda metade do século XIX, e já no século XX, principalmente com a influência da filosofia marxista, de fundamental importância para uma série de conquistas sociais que se seguiram, justamente pelas mazelas do capitalismo, da concentração da riqueza, da exploração dos trabalhadores, o grande empobrecimento da maioria do povo, teve uma nova disputa burguesia versus proletariado entre classe abastada e a classe obreira. CARNEIRO comenta que, as reivindicações do movimento marxista, especialmente no campo trabalhista, serviram de marco histórico em muitos países, para discussão do significado de acesso à justiça, enquanto proteção ao trabalhador. Afirma que o Direito do Trabalho foi o ponto de partida do verdadeiro acesso à justiça o seu significado, no que se refere aos direitos individuais, pela facilidade do acesso, pela prevalência da mediação e da conciliação, pela índole protetiva, em especial no que diz 15 CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. Acesso à Justiça Juizados Especiais Cíveis e Ação Civil Pública Uma Nova Sistematização da Teoria Geral do Processo. Rio de Janeiro, 2ª, Ed. Forense, 2003, p. 14, 20 e 21.

20 19 respeito ao ônus da prova, do trabalhador, e mais do que isso, a visão da defesa coletiva da massa trabalhadora. O Autor na pesquisa realizada sobre a evolução histórica da origem dos movimentos que promoveram o acesso à justiça nos períodos Antigo, Medieval e Moderna, informa que o pilar para o surgimento desse direito foi através da religião e consequentemente com os pensamentos filosóficos. A partir do período Contemporâneo na filosofia marxista afirma ainda que o Direito do Trabalho foi o ponto de partida verdadeiro do direto de acesso à justiça. Em outra obra, o Acesso à Justiça dos autores CAPPELLETTI e GARTH traduzido por NORTHFLEET 16, traz a evolução teórica de acesso à justiça, informando que o esse instituto tem sofrido uma transformação importante correspondendo uma mudança equivalente no estudo e ensino do processo civil. Os autores fazem uma síntese histórica iniciada nos Estados liberais nos séculos dezoito e dezenove pelos burgueses que os procedimentos adotados para a solução dos litígios civis refletiam a filosofia essencialmente individualista dos direitos que vigoravam na época. O direito ao acesso à proteção judicial significava essencialmente o direito formal do individuo agravado de propor ou contestar uma ação. A teoria era a de que, embora o acesso à justiça pudesse ser um direito natural, os direitos naturais não necessitavam de uma ação do Estado para a sua proteção. Segundo CAPPELLETTI e GARTH, esses direitos eram considerados anteriores ao Estado, sua preservação exigia apenas que o Estado não permitisse que eles fossem infringidos por outros. O Estado permanecia passivo com relação aos problemas de aptidão de uma pessoa para reconhecer os seus direitos e defendê-los adequadamente na pratica. Na obra cita que não era preocupação do Estado afastar a pobreza no sentido legal, a incapacidade que muitas pessoas têm de utilizar plenamente a justiça e suas instituições. Mas a justiça só podia ser obtida por aqueles que pudessem enfrentar seus custos, pois, aqueles que não pudessem fazê-lo eram considerados os únicos responsáveis por sua sorte. O acesso formal, mas não efetivo à justiça, correspondia à igualdade, apenas formal, mas não efetiva: O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental o mais básico 16 CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução de NORTHFLEET, Ellen Gracie. Porto Alegre: Ed. Sérgio Antonio Fabris, 1988, reimpresso, 2002, p. 09.

21 20 dos direitos humanos de um sistema jurídico moderno igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos 17. Ainda nessa grande obra, os autores identificam os obstáculos historicamente quanto ao acesso efetivo à justiça como a primeira tarefa a ser cumprida, exemplos: As Custas Judiciais em geral para resolução formal dos litígios, particularmente nos tribunais eram de grandes valores na maior parte da sociedade moderna. Os litigantes precisavam suportar a grande proporção dos demais custos necessários para solução de uma lide, que incluía os honorários advocatícios e algumas custas judiciais. As Pequenas Causas que envolviam somas relativamente pequenas eram mais prejudicadas pela barreira dos custos. Se os litígios tinham que ser decidido por processos judiciários formais, os custos excediam o montante divergente ou não, os mesmos podiam consumir o conteúdo do pedido a ponto de tornar a demanda irrelevante. O Tempo para solução judicial era longo, tinham efeitos diretamente no aumento dos custos para as partes e pressionando economicamente os fracos a abandonar suas causas, ou, aceitar acordos por valores muito inferiores àqueles a que tinham direito. Com isso era inaceitável o não cumprimento dos prazos 18. De todas as abordagens de origem histórica do acesso à justiça vejo que dentre os autores pesquisados nesse trabalho, CAPPELLETTI e GARTH foram quem mais sintetizaram uma visão de coerência sobre esse direito. Os autores tem o Acesso à justiça como um requisito fundamental para direito humano no sistema jurídico moderno. Na visão deles dentro do Poder judiciário deve haver um tratamento de igualdade garantindo os direitos de todos. A origem e o conceito de Acesso à Justiça são tópicos importantes para determinar a os pilares básicos do nosso sistema jurídico. A origem histórica traça quais foram às dificuldades para que o homem pudesse reivindicar os seus direitos e a sua evolução nos períodos seguintes de acordo com as influências de cada época. A partir das dificuldades do homem para alcançar os direitos na fase histórica, o Acesso à Justiça pode ser conceituado de forma a garantir aplicação desse direito dentro do nosso sistema jurídico que será abordado nesta pesquisa. 17 Idem. 18 CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Ed. Sérgio Antonio Fabris, 1988, reimpresso, 2002, p. 15.

22 Conceito A ideia conceitual de acesso à justiça faz entender a necessidade imediata da efetividade dos direitos dos cidadãos nas demandas do Poder Judiciário. A importância na aplicação desse direito tem como intuito atender a todos que necessitam ou não de um advogado para resolver os litígios. O conceito servirá como diretriz para analise da essencialidade do advogado no Juizado Especial. O conceito de Acesso a Justiça é propriamente dito como um direito fundamental previsto na Constituição Federal garantido a todos sem exceção. Trata-se de um princípio que dá possibilidade assegurada a todos pela Constituição de acesso aos órgãos do Poder Judiciário com pedido da proteção jurisdicional do Estado (CF, art. 5º, XXXV): Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; A seguir serão citados alguns conceitos de doutrinadores relevantes e importantes que registram o conhecimento sobre tal definição. CAPPELLETTI e GARTH foram quem melhor estudou e se aprofundou no tema do acesso à justiça. As lições do estudo desse instituto transmitidas por eles são de grande importância para entender as garantias e direitos dos cidadãos, como por exemplo, as passagens citadas no livro: A expressão acesso à justiça é reconhecidamente de difícil definição, mas serve para determinar duas finalidades básicas do sistema jurídico o sistema pelo qual as pessoas podem reivindicar seus direitos e/ou resolver seus litígios sob os auspícios do Estado. Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos; segundo, ele deve produzir resultados que sejam individualmente e justos (CAPPELLETTI e GARTH 19 ). 19 CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução de NORTHFLEET, Ellen Gracie. Porto Alegre: Ed. Sérgio Antônio Fabris, 1988, reimpresso, 2002, p. 08.

23 22 O direito ao acesso efetivo à justiça tem sido progressivamente reconhecido como sendo de importância capital entre novos direitos individuais e sociais, uma vez que a titularidade de direitos é destituída de sentido, na ausência e mecanismos para sua efetiva reivindicação. O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como o requisito fundamental - o mais básico dos direitos humanos - de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretende garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos (CAPPELLETTI e GARTH 20 ). A capacidade jurídica pessoal, se relaciona com as vantagens de recursos financeiros e diferenças de educação, meio e status social, é um conceito muito mais rico, e de crucial importância na determinação da acessibilidade da justiça. Ele enfoca as inúmeras barreiras que precisam ser pessoalmente superadas, antes que o direito possa ser efetivamente reivindicado através de nosso aparelho judiciário. Muito (senão a maior parte) das pessoas comuns não podem ou, ao menos, não conseguem superar essas barreiras na maioria dos tipos de processo (CAPPELLETTI e GARTH 21 ). Os autores entendem que o acesso à justiça tem uma grande finalidade para que as pessoas possam reivindicar os seus direitos e/ou resolver seus litígios. Sendo o acesso à justiça um direito fundamental de igualdade e garantia para solução das demandas de todos. Para GRINOVER 22, seja nos casos de controle jurisdicional, seja quando simplesmente uma pretensão deixou de ser satisfeita porque podia satisfazê-la, a pretensão trazida pela parte ao processo clama por uma solução que faça justiça a ambos os participantes do conflito e do processo. Por isso é que diz que o processo dever ser manipulado de modo a propiciar às partes o acesso à justiça, o qual se resolve, na expressão muito feliz da doutrina brasileira recente, em acesso à ordem jurídica justa. Segundo a autora acesso à justiça não se identifica com a mera admissão ao processo, ou possibilidade de ingresso em juízo. Para que haja o efetivo acesso à justiça é indispensável que o maior número possível de pessoas seja admitido a demandar e defender-se adequadamente em qualquer processo, sendo também condenáveis as restrições quanto a determinadas causas (pequeno valor, interesses difusos), mas para a integridade do acesso à justiça, é preciso isso e muito mais. Cita ainda que, a ordem jurídico-positiva (Constituição e leis ordinárias) e o trabalho dos processualistas modernos têm posto em destaque uma série de princípios e garantias que, somados e interpretados harmoniosamente, constituem o traçado do caminho que conduz as CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução de NORTHFLEET, Ellen Gracie. Porto Alegre: Ed. Sérgio Antônio Fabris, 1988, reimpresso, 2002, p. 11 e Idem, p GRINOVER, Ada Pellegrini; CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo, 29ª ed. M. Malheiros Editores, P. 41 e 42.

24 23 partes à ordem jurídica justa. O acesso à justiça é, pois, a ideia central a que converge toda a oferta constitucional e legal desses princípios e garantias. Outro autor, CICHOCKI, na obra Limitações ao Acesso à Justiça 23, define o significado de que essa expressão engloba um conteúdo de largo aspecto: parte da simples compreensão do ingresso do individuo em juízo, passando pelo processo como instrumento para a realização dos direitos individuais, e por fim, relaciona a função do próprio Estado a quem compete, não apenas garantir a eficiência do ordenamento jurídico, mas proporcionar a justiça dos cidadãos. Nota-se que o conceito de Acesso à Justiça para os doutrinadores tem basicamente a mesma conotação, que além de ter o objetivo de garantias e eficiência no ordenamento jurídico, é um direito garantindo a todos com o aval da carta maior, a Constituição Federal. Contudo, a expressão de acesso à justiça é de difícil definição como entendem CAPPELLETTI e GARTH, conforme já mencionado nessa pesquisa. Para um entendimento melhor sobre esta expressão, fica uma difícil analise, já que o acesso à justiça tem uma nomenclatura óbvia como um direito para alcançar objetivamente garantias e efetividades no Poder Judiciário quando acessado pelo cidadão. O tema da pesquisa é sobre a essencialidade do advogado, entretanto, diante da dificuldade de acesso à justiça, caso o cidadão fique na audiência, de frente do juiz, sem o advogado, o mesmo não dotando de meios técnicos, não conseguirá obter resultado positivos nas lides, mesmo através da conciliação. O cidadão precisará de um profissional com conhecimentos técnicos, no caso um advogado. A seguir a pesquisa traz na integra o pensamento de THEODORO 24 sobre o grande problema do acesso à justiça e as dificuldades de alcançar esse direito junto ao Poder Judiciário. Segundo este doutrinador mineiro, o processo é instrumento de atuação de uma das principais garantias constitucionais, a tutela jurisdicional, que teve de ser repensado. 23 CICHOCKI, José neto. Limitações do Acesso a Justiça. 1. Ed. 6. Tiragem, Curitiba Juruá Editora, p THEODORO, Humberto Junior. Artigo: Celeridade e Efetividade da prestação jurisdicional. Insuficiência da reforma das leis processuais. Disponível em: <

25 24 Diz que, nos tempos atuais, não basta mais ao processualista dominar os conceitos e categorias básicos do Direito Processual, como a ação, o processo e a jurisdição, em seu estado de inércia. O processo tem, sobretudo, função política no Estado Social de Direito. Devendo ser organizado, entendido e aplicado como instrumento de efetivação de uma garantia constitucional, assegurando a todos o pleno acesso à tutela jurisdicional, que há de se manifestar sempre como atributo de uma tutela justa. Entende que, a garantia de devido processo legal a que liga intimamente ao acesso à justiça, além de exigir a figura do juiz natural e observância do contraditório e ampla defesa, deve assegurar aos litigantes não apenas uma sentença mas uma sentença justa, dentro da melhor exegese dos fatos e do direito material pertinente para alcançar o verdadeiro acesso à justiça. O autor reconhece como caótico o regime em que os órgãos encarregados da prestação jurisdicional no Brasil trabalham, tanto do ponto de vista organizacional, como principalmente em torno da busca de solução para sua crônica inaptidão para enfrentar o problema do acúmulo de processos e da intolerável demora na prestação jurisdicional. Para ele não há o mínimo de racionalidade administrativa, já que inexistem órgãos de planejamento e desenvolvimento dos serviços forenses, e nem mesmo estatística útil se organiza para verificar onde e porque se entrava a marcha dos processos. Informa que, sem o apoio em dados cientificamente pesquisados e analisados, a reforma legislativa dos procedimentos é pura inutilidade, que só serve para frustrar, ainda mais, os anseios da sociedade por uma profunda e inadiável modernização da Justiça. Sem estatística idônea, qualquer movimento reformista perde-se no empirismo e no desperdício de energias por resultados aleatórios e decepcionantes. E o mesmo autor diz que: O Poder Judiciário é lamentável reconhecê-lo, é o mais burocratizado dos Poderes estatais, é o mais ineficiente na produção de efeitos práticos, é o mais refratário à modernização, é o mais ritualista; daí sua impotência para superar a morosidade de seus serviços e o esclerosamento de suas rotinas operacionais. Nesse sentido, o autor prossegue informando que, a legislação processual é sem dúvida um sistema de técnica de realizar a composição dos litígios, mas não é um sistema completo e exaustivo, pois pressupõe organismos oficiais por meio dos quais irá atuar. Os métodos e recursos de trabalho desses organismos são vitais para que o propósito sistemático

26 25 da lei processual seja corretamente alcançado. Para manter uma sincronia entre a norma legal e sua operacionalidade administrativa, é preciso conhecer, cientificamente, as causas que, in concreto, frustram o desiderato normativo. E isto, obviamente, será inatingível, pelo menos com seriedade e segurança, se a organização dos serviços judiciários não contar com órgãos especiais de estatística e planejamento. Sua opinião é que, as leis têm de traçar procedimentos simples, claros, ágeis. Mas, para fazê-los operar não pode a Justiça depender apenas do gênio individual de cada juiz ou auxiliar. É necessário que a organização dos serviços da Justiça se faça segundo os preceitos técnicos da ciência da administração e com o emprego dos meios e recursos tecnológicos disponíveis. Desta forma ele diz que, não serão como é intuitivo, as simples reformas das leis de procedimento que irão tornar realidade, entre nós, as garantias cívicas fundamentais de acesso à justiça e de efetividade do processo. O tão sonhado processo justo, que empolgou e dominou todos os processualistas no final do século XX continua a depender de reformas, não de leis processuais, mas da justiça como um todo. Afirma ainda, desde que a consciência jurídica proclamou a necessidade de mudar os rumos da ciência processual para endereçá-los à problemática do acesso à Justiça, houve sempre quem advertisse sobre o risco de uma simplificação exagerada do processo judicial produzir o estímulo excessivo à litigiosidade, o que não corresponde ao anseio de convivência pacífica em sociedade. E que a proliferação de demandas por questões de somenos representa, sem dúvida, um complicador indesejável. Quando o recurso à Justiça oficial representa algum ônus para o litigante, as soluções conciliatórias e as acomodações voluntárias de interesse opostos acontecem em grande número de situações, a bem da paz social. Se, porém, a parte tem a seu alcance um tribunal de fácil acesso e custo praticamente nulo, muitas hipóteses de autocomposição serão trocadas por litigiosidade em juízo. É preciso, por isso mesmo, assegurar o acesso à Justiça, mas não vulgarizá-lo, a ponto de incentivar os espíritos belicosos à prática do demandismo caprichoso e desnecessário. É, enfim, a hora de dar vida à lição doutrinária sobre a efetividade e instrumentalidade do processo; de tornar realidade a vontade política proclamada na Carta Magna, asseguradora da paz social e aplacadora da natural sede de justiça da sociedade. O autor conclui que: é por isso que estou certo, acima de tudo, da extrema necessidade de empenhar-se a Nação na reforma dos serviços judiciários e no aperfeiçoamento de seus operadores em todos os níveis, quer para solucionar contenciosamente os conflitos, quer para

27 26 estimular a busca de soluções consensuais alternativas. Sem aprimorar os homens que irão manejar os instrumentos jurídicos, toda reforma da lei processual será impotente para superar os verdadeiros problemas da insatisfação social com o deficiente acesso à Justiça que, entre nós, o Poder Judiciário hoje proporciona. Como pode notar, de acordo com o pensamento de THEODORO, o acesso à justiça tem suas dificuldades e particularidades junto ao Poder Judiciário, dessa forma é essencial que o cidadão ao demandar junto aos juizados especiais pense em ter a seu favor a presença de um advogado para conseguir resolver os conflitos.

28 27 3 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ACESSO A JUSTIÇA A pesquisa principiológica aqui é tomada como base para demonstrar a importância dos Princípios Norteadores do Acesso a Justiça, eles passam a ter status de normas jurídicas com fortes valores para orientar ao acesso desse direito. Segundo GAULIA 25, na obra Juizados Especiais Cíveis O Espaço do Cidadão no Poder Judiciário comenta que além de outros princípios, o processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade conforme previsto no artigo 2º da lei 9099/95 26, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pelo cidadão. Nessa pesquisa conforme o tema proposto será abordado os princípios da Simplicidade, Informalidade e Celeridade previstos na Lei do Juizado Especial e demais princípios direcionados ao acesso à justiça previsto na Constituição Federal. Para a autora a Lei do Juizado Especial é uma lei processual de cunho principiológico, que reúne em seus dispositivos reiterar nova formula valorativa de justiça nos Juizados Especiais. Os princípios devem ser todos vistos como norteadores de normas jurídicas no judiciário e interpretados em consonância com o principio maior de origem constitucional. A Lei deseja uma desburocratização visando à eficácia realista da prestação jurisdicional concretizando os direitos e garantias na vida do cidadão. A seguir os conceitos dos princípios serão definidos por alguns doutrinadores sobre a importância principiológica para o acesso à justiça. 3.1 Conceito Buscar um conceito adequado para princípios, temos diversos doutrinadores expressando o seu pensamento, tendo como base referencial a lei maior que é a Constituição Federal. A pesquisa traz os conceitos dos princípios gerais do direito processual da autora 25 GAULIA, Cristina Tereza. Juizados Especiais Cíveis O Espaço do Cidadão no Poder Judiciário. Rio de Janeiro, 2005, ed. Renovar, p Da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

29 28 GRINOVER e algumas definições dos princípios que serão expostos a seguir de outros autores. GRINOVER 27 conceitua: através de uma operação de síntese crítica, a ciência processual moderna fixou os preceitos fundamentais que dão forma e caráter os sistemas processuais. Nesse sentido alguns desses princípios básicos são comuns a todos os sistemas e outros são vigentes somente em determinados ordenamentos jurídicos. Ou seja, cada sistema processual se orienta em alguns princípios que se estendem a todos os ordenamentos e em outros que lhe são próprios e específicos. Os princípios não se prendem à técnica ou a dogmática jurídicas, trazendo em si seriíssimas conotações éticas, sociais e políticas, valendo como algo externo ao sistema processual e servindo-lhe de sustentáculo legitimador. Segundo a autora, a doutrina distingue os princípios gerais do direito processual daquelas normas ideais que representam uma aspiração de melhoria do aparelhamento processual. Apesar da distinção dos princípios gerais, contudo, tais normas ideais os influenciam, embora indiretamente - de modo que os princípios gerais, apesar de forte conteúdo ético de que são dotados, não se limitam ao campo da deontologia e perpassam toda a dogmática jurídica, apresentando-se ao estudioso do direito nas suas projeções sobre o espírito e a conformação do direito positivo. Finalizando o conceito GRINOVER, diz: aliás, é, sobretudo nos princípios constitucionais que se embasam todas as disciplinas processuais, encontrando na Lei Maior a plataforma comum que permite a elaboração de uma teoria geral do processo. Os princípios conforme conceitos dos doutrinadores servem como diretriz para aplicação das normas jurídicas no nosso ordenamento jurídico. 3.2 Princípio de Ação na Constituição Federal O Principio da Ação, ou da Demanda, indica a atribuição à parte de iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. Ou seja, denomina-se ação o direito (ou poder) de ativar os órgãos jurisdicionais, visando à satisfação de uma pretensão. A jurisdição é inerte 27 GRINOVER, Ada Pellegrini; CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo, 29ª ed. M. Malheiros Editores, 2013, p. 59 e 60.

30 29 e, para sua movimentação, exige a provocação do interessado. Essa denominação de principio da ação é o que entende GRINOVER 28. O Principio da Ação social é conhecido como o Principio do Acesso à Justiça, segundo ROCHA 29. É a possibilidade assegurada a todos pela Constituição Federal de acudir aos órgãos do Poder Judiciário para pedir a proteção jurisdicional do Estado (CF, art. 5º XXXV). Este princípio está presente para a parte demandar nos juizados especiais, um direito constitucional para o acesso à justiça. 3.3 Princípio da Ampla Defesa O Principio da Ampla Defesa refere-se às relações entre as partes e o juiz. Significa que as partes têm o poder de reagir, imediata e eficazmente, contra atos violadores de seus direitos, está previsto no art. 5º, inciso LV, da CF.(Entendimento de ROCHA): Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; O principio esta num único dispositivo constitucional, tendo ligação ao principio do contraditório conforme o inciso e será abordado no próximo subtítulo. 28 Idem, p ROCHA, José de Albuquerque. Teoria Geral do Processo, São Paulo, 10ª Ed. Editora Atlas S.A., 2009, p. 32.

31 Princípio do Contraditório No entendimento de THEODORO 30, o principio do contraditório no processo é considerado sob o prisma da igualdade para ambas as partes da lide, ou seja, confere a elas iguais poderes e direitos. Com essa preocupação, assistência judiciaria (Justiça gratuita) é assegurada àqueles que não podem arcar com os gastos do processo, inclusive o pagamento de honorários para o advogado. A principal consequência do tratamento igualitário para as partes se realiza através do contraditório, que consiste na necessidade de ouvir uma pessoa perante a qual será pronunciada a decisão, garantindo-lhe pleno direito de defesa e de pronunciamento durante todo o curso do processo, sem privilégio de igual sorte. Embora os princípios processuais possam admitir exceções, o do contraditório é absoluto, e deve sempre ser observado, sob pena de nulidade do processo. A ele se submetem tanto as partes como o próprio juiz, que haverá de respeita-lo mesmo naquelas hipóteses em que procede a exame e deliberação de oficio acerca de certas questões que envolvem matéria de ordem pública. Entende-se, que na moderna concepção do processo assegurado pelo Estado Democrático do Direito, que o contraditório é mais do que a audiência bilateral das partes, é a garantia da participação e influência efetiva das partes sobre a formação do provimento jurisdicional. Daí que o juiz não pode deixar ouvi-las, não pode deixar de levar em conta questões que suscitem, nem pode decidir sem responder, na obrigatória fundamentação do julgado, às alegações adequadamente arguidas. No conceito do autor o principio do contraditório tem uma grande importância como mecanismo de efetivação da garantia de acesso a justiça. A parte terá o direito de se defender na lide que interpor com ou sem o advogado valendo desse principio constitucional. Tendo como consequência um direito de tratamento de igualdade, garantia plena de defesa e de pronunciamento durante o curso do processo. Na visão de ROCHA 31, o princípio do contraditório deriva também do devido processo legal. É uma exigência da estrutura dialética do processo. Diz respeito às relações entre as partes. Seu pressuposto é a ideia de que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses 30 THEODORO, Humberto Junior. Curso de Direito Processual Civil Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. Rio de Janeiro, v. I, 52ª Ed. Editora Forense 2011, p ROCHA, José de Albuquerque. Teoria Geral do Processo. São Paulo, 10ª Ed. Editora Atlas S.A., 2009, p. 32.

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