GOVERNO DA REPÚBLICA DE CABO VERDE BASE NA FORMAÇÃO/COACHING
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- Nathan Vilanova Fortunato
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1 GOVERNO DA REPÚBLICA DE CABO VERDE REFORMA DA GESTÃO TRIBUTÁRIA GESTÃO DE MUDANÇAS DOS RECURSOS HUMANOS CONTRATAÇÃO DE UMA AGÊNCIA OU EMPRESA PARA IMPLEMENTAR UMA ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE MUDANÇAS DOS RECURSOS HUMANOS E PARA ASSEGURAR O PROCESSO DE CAPACITAÇÃO, COM CONTEXTUALIZAÇÃO BASE NA FORMAÇÃO/COACHING No contexto da estruturante reforma das Finanças Públicas em Cabo Verde, a área da colecta e gestão de receitas constitui indubitavelmente um eixo de intervenção estratégico, prioritário e incontornável, tanto mais que, como consagrado no Programa de Governo da VIII Legislatura, esta terá um impacto real e significativo na melhoria do Ambiente de Negócios e, não menos importante, no financiamento do Desenvolvimento do País, com impactos no Crescimento Económico e na Redução da Pobreza. Partindo desta premissa, o Governo de Cabo Verde elegeu como imperativa a criação das necessárias condições: i. que promovam a melhoria da eficiência e eficácia da Administração Fiscal; ii. que facilitem o pagamento de impostos e o cumprimento pelos contribuintes das demais obrigações fiscais que lhes são cometidas por Lei e iii. que permitam combater activamente a fraude e a evasão fiscais. A «Reforma da Gestão Tributária» resulta, pois, da convicção, por parte da própria Administração Fiscal, de que é preponderante reforçar a sua actuação e, por via destas, consolidar uma relação funcional com os contribuintes, aumentando os níveis de confiança e de credibilidade e abrindo espaço à consolidação das instituições, nomeadamente as de cobrança, no seu modo de fazer gestão pública, com transparência, eficácia e celeridade. Face a quanto precede, o projecto de «Reforma da Gestão Tributária» tem como objectivo estratégico tornar a Administração Fiscal + simples, + moderna e sofisticada, + eficiente, + eficaz e orientada para o diálogo funcional com o contribuinte. A par do Governo de Cabo Verde, o projecto será co-financiado, sob a forma de donativo, pelo Investment Climate Facility for Africa e pelo Banco Africano de Desenvolvimento. 1
2 PLANO DE CAPACITAÇÃO DOS UTILIZADORES DE SISTEMA 1. Enquadramento: Tendo presentes os objectivos prosseguidos no quadro do projecto em curso, a capacitação assume-se como uma questão central, da qual muito depende a sustentabilidade e efectividade da Reforma da Gestão Tributária. Neste sentido, existe a clara consciência de que a boa implementação do projecto de reforma depende em larga escala de um esforço continuado e integrado de capacitação, orientado para garantir que os técnicos tributários dominam plenamente as ferramentas e funcionalidades que estão sendo desenvolvidas. Consubstanciando-se num processo que visa o fortalecimento/desenvolvimento de conhecimentos, aptidões e competências aos níveis pessoal, organizacional e institucional, a capacitação emerge como um instrumento fundamental como forma de promover (e, por conseguinte garantir) um nível de desempenho não apenas mais eficiente e eficaz, como também mais homogéneo e com maiores índices de qualidade (e, bem assim, na satisfação colectiva). Assim, a capacitação não pode ser perspectivada como um esforço pontual mas antes como um processo dinâmico, estruturado e prolongado no tempo e, bem assim, capaz de alavancar a continuidade futura do projecto de reforma. Com efeito, a capacitação concretiza-se num processo de qualificação e de empoderamento que, servindo o objectivo estratégico da melhoria de desempenho sustentada por um maior envolvimento e apropriação dos técnicos, deve compreender a (re)formulação de políticas institucionais, a (re)organização dos quadros organizacionais, a (re)definição de conceitos e posturas de trabalho, assim como a reestruturação dos sistemas e, nesta sequência, a adopção de novos processos e procedimentos. Neste entendimento, e reconhecendo o seu pleno potencial, é fundamental que a capacitação seja percepcionada e trabalhada como uma das pedras basilares do projecto de reforma premissa que é tão mais válida atendendo à importância crucial que a capacitação tem na gestão e efectivação da mudança (e na eliminação da resistência à mesma) e, bem assim, na sustentabilidade dos resultados que nos propomos alcançar. À luz dos argumentos acima apresentados, e considerando a ênfase que, no quadro do projecto de reforma, é conferido à modernização de sistemas e à informatização de processos e procedimentos, cabe realçar a importância de, no âmbito do esforço de capacitação, priorizar a formação dos recursos humanos do Ministério das Finanças e do Planeamento. A este respeito, entende-se como crucial que o esforço de capacitação garanta que os técnicos estejam preparados para lidar com as mudanças causadas por reformas permanentes. Só dominando o processo de reforma, poderão os técnicos participar activamente na reforma e, bem assim, apropriarse da mudança e garantir a sua efectividade e sustentabilidade. Em suma: em complementaridade com as demais actividades de capacitação e de comunicação que deverão ser implementadas no âmbito do projecto, a formação dos recursos humanos de todo o Ministério das Finanças e do Planeamento, assume-se como um ponto fundamental e incontornável, com impacto directo na implementação de reformas de sucesso na instituição. 2
3 2. Âmbito do trabalho: Alcançar um processo de gestão de mudança alavancado por agentes capacitados por via da implementação de um plano de formação. De facto, num processo de mudança, a concretização e sustentabilidade da mesma é proporcionalmente directa à capacidade efectiva: i) de disseminar o conhecimento, ii) de transmitir com sucesso as mensagens fundamentais e, iii) de minimizar ao máximo o ruído e a polémica que tantas vezes surge em processos desta natureza fruto de problemas de interpretação e, em última instância, de comunicação. Quando devidamente informados, esclarecidos e comprometidos, os técnicos tributários poderão agir como catalisadores de mudança (e, por conseguinte, como motores da reforma), sendo capazes de alavancar o debate político-social e de garantir a boa implementação do projecto e, mais ainda, o cumprimento dos seus objectivos. Neste contexto, é entendimento da Unidade de Gestão do Projecto que o plano de formação dos recursos humanos deverá seguir a seguinte cadeia de resultados: i) Comunicar, sensibilizar e consciencializar; ii) Promover o conhecimento e o desenvolvimento de competências; iii) Fomentar o envolvimento, consensos e o espírito de equipa e de pertença; iv) Fortalecer a coesão das equipas e, em última instância, da imagem e integridade da instituição. O presente documento tem como objectivo sistematizar o âmbito do trabalho e os módulos do processo de capacitação dos recursos humanos que, no contexto do projecto de reforma em curso, carece ser devidamente operacionalizado. PLANO DE FORMAÇÃO CURSO OBJETIVOS CONTEÚDOS DATA MOEDA DESTINATÁRIOS Revelar os Características dos grandes segredos dos líderes; grandes líderes. Principais estudos sobre Ensinar como liderança no mundo moderno; desenvolver o Gerir X Liderar; Público-alvo: potencial máximo Poder X Autoridade; Dirigentes Junho Pelo menos 25 Desenvolvendo de liderança e Inteligência Emocional; 2015 ECV formandos Líderes atingir resultados Ciclo de Aprendizagem; (20 formandos alguns extraordinários. Perfis comportamentais; provenientes de Disponibilizar Como ser um líder adequado a outras ilhas) ferramentas para diferentes liderados; definição e Roda da Liderança; realização de Como atingir objectivos; metas. Estratégia de boa formulação de 3
4 Técnicas de Apresentação Team Building Desenvolver as competências do líder para comunicar de forma dinâmica e persuasiva quer na apresentação de uma ideia, de um projeto, em reuniões, conferências ou seminários. Transformar grupos de profissionais que trabalham de forma independente numa equipa de alta performance. objectivos; Passo a passo: como colocar as estratégias em acção. Habilidades básicas de apresentação; Planear a apresentação; Desenhar e formatar a apresentação; Checklist da apresentação; Checklist da audiência; Técnicas e conceitos para falar em público; A importância da flexibilidade; Como enfrentar o medo do palco; Como lidar com perguntas e respostas; Utilizar as 4 energias: guerreiro, mestre, curador e visionário; Utilizar metáforas; Como utilizar recursos didáticos. Conceito de Equipas de Alta Performance; As características de uma equipa vencedora; Diagnóstico de equipas de alta performance; Desenvolvimento por parte da equipa de um sonho comum; Definição dos valores fundamentais e propósito da equipa; Como controlar as preocupações; Como gerir conflitos; Empowerment; A importância de saber ouvir; Princípios da Comunicação; Planeamento, execução e acompanhamento das metas; Metas do grupo. Junho 2015 ECV Junho 2015 ECV Público-alvo: Funcionários Pelo menos 100 formandos (100 formandos, 40 provenientes de outras ilhas) Público-alvo: Gestores de projecto, Chefias intermédias. Pelo menos 25 formandos No final das formações a empresa vencedora deverá fazer a avaliação do impacto das formações e submete-lo á equipa de projeto até 3 semanas após a conclusão das formações. A avaliação deverá cobrir os seguintes critérios: 4
5 Financeiros; Satisfação dos stakeholders ; Entendimento do aprendizado; Eficiência da mudança de gestão e paradigmas. REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES REQUERIDAS: A. Qualificações Gerais da Agência/Empresa: Experiência comprovada nas áreas de coaching no mercado Cabo-Verdiano; Certificação em Cabo Verde e internacionalmente; A empresa deverá ter experiência no trabalho com a Administração Pública (preferencial); Organizações certificadas por normas internacionais, como é o exemplo da ISO 9001 no Sistema de Gestão da Qualidade (preferencial). B. Qualificações Gerais da Equipa Pedagógica (Formador(es)): Detentor do Certificado de Competências Pedagógicas; Detentor de Certificação Internacional, como Coach Trainer (no caso de formação específica comportamental/coaching); Experiência profissional e/ou formativa em áreas relevantes; Domínio das mais avançadas competências comunicacionais; Experiência em Cabo Verde (preferencial); Experiência formativa específica na área da reforma da gestão tributária (preferencial). COMO CANDIDATAR-SE: As candidaturas deverão integrar os seguintes documentos: a) Proposta financeira; b) Proposta técnica; c) Documento que comprovem a experiencia da empresa na área indicada. FORMALIZAÇÃO DE CANDIDATURAS: Os interessados deverão formalizar as suas candidaturas até ao próximo dia 20 de Abril de As candidaturas poderão ser submetidas electronicamente (Luis.G.Duarte@minfin.gov.cv) e (Odete.Andrade@dgci.gov.cv), sob a designação Reforma da Gestão Tributária: Capacitação, bem como poderão ser entregues fisicamente no seguinte endereço: 5
6 Ministério das Finanças e do Planeamento A/C Luís Duarte Av. Amílcar Cabral CP nº30 Plateau Praia - Cabo Verde 6
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