PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS JULGADOS EM

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1 PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS, CRIMINAIS E DA FAZENDA PÚBLICA PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS JULGADOS EM Processo em tramitação no PROJUDI Origem: 1ª Turma Recursal/ 1º Juizado Especial Cível- Central Requerente: Cyrela Suecia Empreendimentos Imobiliarios LTDA. Advogado: Mariana Amaral de Melo (4878-N/RN) e outros Requerido: Maria de Fátima Oliveira Cardoso Advogado: Islaynne Grayce de Oliveira Relatora: JUÍZA BERENICE CAPUXÚ DE ARAÚJO ROQUE DE CONSUMO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA. PAGAMENTO DE SINAL. ABATIMENTO REFERENTE A SERVIÇO DE CORRETAGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL. ABUSIVIDADE. REPASSE AO CONSUMIDOR DE ÔNUS DA FORNECEDORA DO SERVIÇO. DESNATURAÇÃO DO CONTRATO DE CORRETAGEM. INCIDÊNCIA DO ART. 42, PAR. ÚNICO DO CDC. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. INOCORRÊNCIA DE ENGANO JUSTIFICÁVEL. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO CONHECIDO E JULGADO IMPROCEDENTE. devolução dos valores pagos a título de comissão de corretagem em contrato de compromisso de compra e venda de imóvel na planta firmado com construtora, deve ser firmada a interpretação de que a prática consistente em impor ao promitente comprador o ônus de arcar com comissão de corretagem cujo serviço tenha sido prestado em parceria com a construtora, ausente previsão contratual específica, desnatura o erro escusável capaz de excluir a sanção da restituição em dobro. Nas relações contratuais cujo instrumento não disponha expressa e especificamente sobre o ônus de custear o trabalho do corretor, profissional disponibilizado ao cliente pela própria construtora, considera-se comprovada a má-fé da promitente vendedora e ausente o requisito do engano justificável, fazendo jus o consumidor à restituição em dobro da quantia indevidamente paga, nos moldes do art. 42, parágrafo único do CDC. CONCLUSÃO: A Turma, à unanimidade, acordou em julgar improcedente o pedido de uniformização, firmando a interpretação de que é devida a repetição do indébito em dobro, nos termos do voto da Relatora Processo em tramitação no PROJUDI Origem: 3ª Turma Recursal/ 2º Juizado Especial Cível- Parnamirim Requerente: ECOCIL - CENTRAL PARK INCORPORACOES LTDA Advogado: Rodrigo Fonseca Alves de Andrade (3572N-RN) Requerente: ABREU IMOVEIS Advogado: Mariana Amaral de Melo (4878-N/RN) Requeridos: Roberto Oziel Rodrigues e Lenielma da Silva Neves Rodrigues Advogado: Sandro Carlos Oziel Rodrigues (7837- N-RN) Relator: JUIZ ROBERTO FRANCISCO GUEDES LIMA DE CONSUMO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA. PAGAMENTO DE SINAL. ABATIMENTO REFERENTE À SERVIÇO DE CORRETAGEM. PREVISÃO CONTRATUAL. ABUSIVIDADE. REPASSE AO CONSUMIDOR DE ÔNUS DA FORNECEDORA DO SERVIÇO. DESNATURAÇÃO DO CONTRATO DE CORRETAGEM. AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ. RESTITUIÇÃO SIMPLES. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO CONHECIDO E PROVIDO. devolução dos valores pagos a título de comissão de corretagem em contrato de compromisso de compra e venda de imóvel na planta firmado com a construtora,

2 com previsão contratual, deve ser firmada a interpretação de que a prática consistente em impor ao promitente comprador o ônus de arcar com comissão de corretagem, cujo serviço tenha sido prestado em parceria com a construtora, é abusiva, devendo a restituição se dar na forma simples, em razão da ausência de má-fé. CONCLUSÃO: A Turma, à unanimidade, julgou procedente o pedido de uniformização, firmando a interpretação de que é devida a repetição do indébito na forma simples, nos termos do voto do Relator Origem: Natal/ Requerente: Maria Ester Salviano de Oliveira Advogados: Lucinaldo de Oliveira (1460/RN), Clarissa de Queiroz Torres (7913BRN), Catarina Maia Varela (6686/RN) e Anne Louise Dantas de Oliveira (5167/RN) Requerido: Unimed Natal - Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico Advogada: Camila Karla Freire Mourão (7303/RN) Relatora: JUÍZA BERENICE CAPUXÚ DE ARAÚJO ROQUE DE CONSUMO. PLANO DE SAÚDE. REAJUSTE DE MENSALIDADES EM RAZÃO DE MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. ESTATUTO DO IDOSO. CLÁUSULA NULA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL DOS REAJUSTES DE FORMA EXPRESSA E DESTACADA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO COMO CONSECTÁRIO LÓGICO DA ABUSIVIDADE DECLARADA E AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL. MÁ-FÉ CONFIGURADA NOS REAJUSTES APLICADOS APÓS A VIGÊNCIA DO ESTATUTO DO IDOSO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO CONHECIDO E JULGADO PROCEDENTE. devolução dos valores pagos decorrentes de aumentos considerados abusivos, deve ser firmada a interpretação de que, declarada a abusividade da cláusula contratual que prevê reajuste de mensalidade exclusivamente em razão da mudança de faixa etária a partir dos 60 anos, considerando a ausência de previsão específica dos reajustes, faz jus o consumidor à restituição em dobro, como consectário da abusividade reconhecida judicialmente e efeito punitivo ao ato considerado indevido. Caso o reajuste em razão da mudança de faixa etária seja aplicado após a edição do Estatuto do Idoso, considera-se comprovada a má-fé da operadora do plano de saúde e ausente o requisito do engano justificável, fazendo jus o consumidor à restituição em dobro da quantia indevidamente paga, nos moldes do art. 42, parágrafo único do CDC. CONCLUSÃO: A Turma, à unanimidade, conheceu e julgou procedente o pedido de uniformização, firmando a interpretação de que é devida a repetição do indébito em dobro, nos termos do voto da Relatora Origem: Natal/ Requerente: Márcia Micheline de Lima Advogado: Gustavo Rodrigo Maciel Conceição (680A/RN) Requerido: Bradesco Auto/Re Cia de Seguros S/A Advogado: Leonardo Leal Bezerra Cavalcanti (25815/PE) Relator: JUIZ SERGIO ROBERTO NASCIMENTO MAIA CONCLUSÃO: A Turma, à unanimidade, conheceu e deu provimento ao Incidente de Uniformização para afastar a prescrição trienal, e, em atenção ao conteúdo da Súmula nº 1 da TUJ, determinar a aplicação, ao caso em tela, do pagamento complementar do Seguro DPVAT requerido, no patamar de 70% (setenta por cento) dos 40 (quarenta) salários mínimos vigentes à época do pagamento administrativo à menor, considerando-se o salário mínimo vigente à época do pagamento administrativo a menor, R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais), o que totaliza o valor de R$ ,00 (onze mil seiscentos e vinte reais), deduzindo-se o quantum pago administrativamente, R$ 9.450,00 (nove mil quatrocentos e cinquenta reais), resultando o valor de R$ 2.170,00 (dois mil cento e setenta reais), devendo incidir correção monetária a partir de 11/04/2008, data do pagamento administrativo a menor e juros legais da citação, nos termos do voto do Relator. Acórdão para leitura na sessão seguinte Processo em tramitação no

3 PROJUDI Origem: 2ª Turma Recursal/ 1º Juizado Especial Cível- Mossoró Requerente: João Vicente Neto Advogado: João Simeão dos Santos Júnior (6763N-RN) Requerido: Tim Nordeste S/A Advogado: Leonardo Leal Bezerra Cavalcanti (797A-RN) Relator: JUIZ SERGIO ROBERTO NASCIMENTO MAIA DE JURISPRUDÊNCIA. CABIMENTO EM CASO DIREITO MATERIAL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. SENTENÇA. DEFERIMENTO PARCIAL DO PLEITO. ACÓRDÃO. PROVIMENTO PARCIAL APENAS PARA DETERMINAR A RESTITUIÇAO SIMPLES DOS VALORES PAGOS PELO CHIP E MODEM. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE DIRIMIR QUESTÕES DE ORDEM EMINENTEMENTE FÁTICA. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA QUE NÃO PODE SER ADMITIDO COMO FORMA DE IRRESIGNAÇÃO RECURSAL. AUSÊNCIA DE PARADIGMAS JURISPRUDENCIAIS ORIUNDOS DAS TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE. ENUNCIADO 105 DO FONAJEF. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 18 DA LEI Nº /2009. INCIDENTE NÃO CONHECIDO. Não sendo devidamente comprovada a divergência apontada através de julgados conflitantes entre as Turmas Recursais do Estado do Rio Grande do Norte, revela-se descabido o incidente de uniformização de Jurisprudência diante do não preenchimento do requisito legal conferido pelo artigo 18 da Lei nº /2009. conheceu do Incidente de Uniformização de Jurisprudência por não ter ficado demonstrada a existência de divergência sobre direito material entre as Turmas Recursais dos Juizados Especiais do Rio Grande do Norte, nos termos do voto do Relator Origem: Natal/ Requerente: André Marques da Silva Advogado: Gustavo Rodrigo Maciel Conceição (680A/RN) Requerido: Bradesco Auto/Re Cia de Seguros S/A Advogado: Nay Cordeiro (14229/PB) Relator: JUIZ ROBERTO FRANCISCO GUEDES LIMA DE JURISPRUDÊNCIA. CABIMENTO EM CASO DIREITO MATERIAL. ESPECIFICIDADE DO CASO CONCRETO QUE DESCARACTERIZA O FEITO COMO PARADIGMA DE INTERPRETAÇÃO EM FACE DE DECISÕES REITERADAS DA TURMA RECURSAL. 1.Os julgamentos proferidos pela Turma Recursal caminham no sentido de que deve existir um lastro probatório convincente a demonstrar que o postulante foi acometido por uma debilidade permanente. 2.Insuficiente demonstração do nexo de causalidade, vez que inexistentes provas que demonstrem a inequívoca relação da invalidez com o acidente automobilístico ocorrido em 21/05/ Ausentes, no laudo, elementos que atestem o grau de debilidade permanente, não se prestando ao pagamento do seguro Dpvat. Necessidade de análise de exame pericial que ateste o grau de debilidade, vedado em sede de Juizado Especial. 4.A análise do incidente demandaria reexame do material probatório, vedado em sede de uniformização de jurisprudência. Aplicação analógica do verbete sumular nº 7 do STJ. 5.Situação fática que descaracteriza a lide como paradigma para julgamento de inicidente de uniformização de jurisprudência. 6.Incidente não conhecido. conheceu do incidente de uniformização interposto, ante a ausência de configuração dos requisitos legais Origem: Natal/ Requerente: Rosali Vale Baccelli Advogado: Marcio Augusto Urbano Marinho (6637/RN) Requerido: Fundação José Augusto Requerido: Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Rio Grande do

4 Norte - IPERN Advogado: Cássio Carvalho Correia de Andrade (2718/RN) Relator: JUIZ ROBERTO FRANCISCO GUEDES LIMA DE JURISPRUDÊNCIA GRATIFICAÇÃO PRESCRIÇÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 85 DO STJ AFASTADA DIVERGÊNCIA NÃO CONHECIDA PELA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO. 1.Conforme estabelecido pela lei n.º /2009, o incidente visa uniformizar o entendimento divergente entre as Turmas Recursais dos Juizados Especiais decorrentes de interpretação de lei. 2.No caso, como não ficou demonstrada a divergência com relação a interpretação de lei, mas sim, com relação a aplicação da Súmula n.º 85, o incidente não tem como ser conhecido por ausência dos pressupostos legais. 3.Não conhecimento. conheceu do incidente, nos termos do art. 358 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, aplicado subsidiariamente ao presente feito Origem: Natal/ Requerente: Júlio Umbelino de Araújo Advogado: Gustavo Rodrigo Maciel Conceição (680A/RN) Requerido: Bradesco Auto/Re Cia de Seguros S/A Advogado: Samuel Marques Custódio de Albuquerque (562A/RN) Relator: JUIZ ROBERTO FRANCISCO GUEDES LIMA DE JURISPRUDÊNCIA RECURSO INOMINADO INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT POR DEBILIDADE PERMANENTE VALOR DA CONDENAÇÃO COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DP SINISTRO OU DO PAGAMENTO ADMINISTRATIVO, SE ESTE TIVER OCORRIDO DIVERGÊNCIA DIRIMIDA. entendimento das Turmas Recursais sobre qual o valor do salário mínimo da condenação, deve ser firmada a interpretação de que a indenização decorrente do seguro obrigatório (DPVAT) apura-se com base no valor do salário mínimo vigente na data do evento danoso, ou do pagamento administrativo a menor, se este tiver ocorrido. CONCLUSÃO: A Turma, à unanimidade, firmou a interpretação de que a indenização decorrente do seguro obrigatório DPVAT deve ser apurada com base no valor do salário mínimo vigente na data do evento danoso, ou do pagamento administrativo a menor, monetarialmente atualizado até o efetivo pagamento, nos termos do voto do Relator. Acórdão lido e aprovado. Súmulas aprovadas na sessão: SÚMULA 3 DA TUJ: ASSUNTO: COMISSÃO DE CORRETAGEM COBRANÇA ILÍCITA REPETIÇÃO DO INDÉBITO PRECEDENTES: Pedidos de Uniformização de Jurisprudência nº e nº ENUNCIADO SUMULADO: 1. É abusiva cláusula que transfere ao adquirente o ônus do pagamento de comissão de corretagem em contrato de promessa de compra e venda de imóvel na planta, considerando a relação contratual entre a construtora e o corretor, que inviabiliza a liberdade de escolha pelo consumidor. 2. A previsão contratual de forma clara e específica acerca da transferêncai de custos da comissão de corretagem ao consumidor desnatura a má-fé, impondo a restituição na forma simples. 3. Entretanto, inexiste escusabilidade para o erro a contar da data do julgamento dos incidentes de uniformização e , ocorrido em , impondo-se a restituição na forma dobrada para as ações ajuizadas a partir do referido precedente. SÚMULA 4 DA TUJ: PLANO DE SAÚDE REAJUSTE IDOSO REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO PRECEDENTE: Pedido de Uniformização de Jurisprudência nº ENUNCIADO SUMULADO: A previsão contratual de reajuste por mudança de faixa etária a partir dos 60 anos não escusa o erro da operadora de plano de saúde, se realizada a cobrança após a entrada em vigor do Estatuto do Idoso, aplicando-se a repetição em dobro do indébito. SÚMULA 5 DA TUJ: ASSUNTO: SEGURO DPVAT VALOR BASE PARA INDENIZAÇÃO PRECEDENTES: Pedido de Uniformização de

5 Jurisprudência nº ENUNCIADO SUMULADO: A indenização decorrente do seguro obrigatório DPVAT deve ser apurada com base no valor do salário mínimo vigente na data do evento danoso, ou do pagamento administrativo a menor, monetariamente atualizado até o efetivo pagamento.