PROFESSORA, NÃO QUERO BRINCAR

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1 C OLEÇÃO O PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA VOLUME 5 PROFESSORA, NÃO QUERO BRINCAR COM AQUELA NEGRINHA! Roseli Figueiredo Martins e Maria Letícia Puglisi Munhoz

2 APRESENTAÇÃO coleção Percepções da Diferença. Negros e brancos na escola é A destinada a professores da educação infantil e do ensino fundamental. Seu intuito é discutir de maneira direta e com profundidade alguns temas que constituem verdadeiros dilemas para professores diante das discriminações sofridas por crianças negras de diferentes idades em seu cotidiano nas escolas. Diferenciar é uma característica de todos os animais. Também é uma característica humana muito forte e muito importante entre as crianças, mesmo quando são bem pequenas, na idade em que freqüentam creches e pré-escolas e começam a conviver com outras observando que não são todas iguais. Mas como lidar com o exercício humano de diferenciar sem que ele se torne discriminatório? O que fazer quando as crianças se dão conta da diferença entre a cor e a textura dos cabelos, os traços dos rostos, a cor da pele? Como evitar que esse processo se transforme em algo negativo e excludente? Como sugerir que as crianças brinquem com as diferenças no lugar de brigarem em função delas? Os 10 volumes que compõem a coleção Percepções da Diferença chamam a atenção para momentos em que a diferenciação ocorre, quando se torna discriminatória, e sugerem formas para lidar com esses atos de modo a colaborar para que a auto-estima e o respeito entre crianças sejam construídos. Os autores discutem conceitos e questionam preconceitos. Fazem sugestões de como explorar as diferenças de maneira positiva, por meio de brincadeiras e histórias, e de leituras que possam auxiliá-los a aprofundar a refl exão sobre os temas, caso desejem fazê-lo. Para compor a coleção convidamos especialistas e educadores de diferentes áreas. Cada volume refl ete o ponto de vista do autor ou da autora de modo a assegurar a diversidade de pensamentos e abordagens sobre os assuntos tratados. Desejamos que a leitura seja prazerosa e instrutiva. Gislene Santos

3 COLEÇÃO PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA. NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA VOLUME 5 PROFESSORA, EU NÃO QUERO BRINCAR COM AQUELA NEGRINHA!

4 Presidente da República Luiz Inácio Lula da SIlva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário-Executivo José Henrique Paim Fernandes Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade André Luiz Figueiredo Lázaro COLEÇÃO PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA. NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA. Apoio: Ministério da Educação - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) Programa UNIAFRO. Realização: NEINB - Núcleo de Apoio à Pesquisas em Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro, da Universidade de São Paulo - USP. Coordenação da coleção: Gislene Aparecida dos Santos Projeto gráfico: Jorge Kawasaki Pinturas das capas: Zulmira Gomes Leite Ilustrações: Marcelo d Salete Editoração: Nove&Dez Criação e Arte Revisão: Lara Milani ISBN (Obra completa) ISBN (Volume 5) Impresso no Brasil 2007

5 Sumário Introdução A cotidianidade e o racismo Diversidade, racismo e o cotidiano escolar Como as escolas lidam com a diversidade e o racismo Racismo e preconceito em sala de aula Educar para a eliminação do racismo e para a valorização da diversidade Formação de professores Como fazer a) Educação multicultural e a Lei / b) A escola c) Trabalhando a temática racial em sala de aula Para saber mais Referências bibliográficas Glossário da Coleção... 54

6 PLANO DA OBRA A coleção Percepções da Diferença. Negros e brancos na escola é composta pelos seguintes volumes: 1 - Percepções da diferença. Autora: Gislene Aparecida dos Santos Neste volume são discutidos aspectos teóricos gerais sobre a forma como percebemos o outro. Para além de todas as diretrizes pedagógicas, lidar com as diferenças implica uma predisposição interna para repensarmos nossos valores e possíveis preconceitos. Implica o desejo de refletir sobre a especificidade das relações entre brancos e negros e sobre as dificuldades que podem marcar essa aproximação. Por isso é importante saber como, ao longo da história, construiu-se a ideologia de que ser diferente pode ser igual a ser inferior. 2 - Maternagem. Quando o bebê pelo colo. Autoras: Maria Aparecida Miranda e Marilza de Souza Martins Este volume discute o conceito de maternagem e mostra sua importância para a construção da identidade positiva dos bebês e das crianças negras. Esse processo, iniciado na família, continua na escola por meio da forma como professores e educadores da educação infantil tratam as crianças negras, oferecendo-lhes carinho e atenção. 3 - Moreninho, neguinho, pretinho. Autor: Luiz Silva - Cuti Este volume mostra como os nomes são importantes e fundamentais no processo de construção e de apropriação da identidade de cada um. Discute como as alcunhas e os xingamentos são tentativas de desconstrução/desqualificação do outro, e apresenta as razões pelas quais os professores devem decorar os nomes de seus alunos. 4 - Cabelo bom. Cabelo ruim. Autora: Rosangela Malachias Muitas vezes, no cotidiano escolar, as crianças negras são discriminadas negativamente por causa de seu cabelo. Chamamentos pejorativos como cabeça fuá, cabelo pixaim, carapinha são naturalmente proferidos pelos próprios educadores, que também assimilaram estereótipos relativos à beleza. Neste volume discute-se a estética negra, principalmente no que se refere ao cabelo e às formas como os professores podem descobrir e assumir a diversidade étnico-cultural das crianças brasileiras. 5 - Professora, não quero brincar com aquela negrinha! Autoras: Roseli Figueiredo Martins e Maria Letícia Puglisi Munhoz Este volume trata das maneiras como os professores podem lidar com o preconceito das crianças que se isolam e se afastam das outras por causa da cor/raça. 6 - Por que riem da África? Autora: Dilma Melo Silva Muitas vezes crianças bem pequenas já demonstram preconceito em relação

7 a tudo que é associado à África: música, literatura, ciência, indumentária, culinária, arte... culturas. Neste volume discute-se o que pode haver de preconceituoso em rir desses conteúdos. Apresentam-se ainda elementos que permitem uma nova abordagem do tema artes e africanidades em sala de aula. 7 - Tímidos ou indisciplinados? Autor: Lúcio Oliveira Alguns professores estabelecem uma verdadeira díade no que diz respeito à forma como enxergam seus alunos negros. Ora os consideram tímidos demais, ora indisciplinados demais. Neste volume discute-se o que há por trás da suposta timidez e da pretensa indisciplina das crianças negras. 8 - Professora, existem santos negros? Histórias de identidade religiosa negra. Autora: Antonia Aparecida Quintão Neste volume se discutem aspectos do universo religioso dos africanos da diáspora mostrando a forma como a religião negra, transportada para a América, foi reconstituída de modo a estabelecer conexões entre a identidade negra de origem e a sociedade à qual esse povo deveria se adaptar. São apresentadas as formas como a população negra incorporou os padrões do catolicismo à sua cultura e como, por meio deles, construiu estratégias de resistência, de sobrevivência e de manifestação de sua religiosidade. 9 - Brincando e ouvindo histórias. Autora: Sandra Santos Este volume apresenta sugestões de atividades, brincadeiras e histórias que podem ser narradas às crianças da educação infantil e também aspectos da História da diáspora africana em território brasileiro, numa visão diferente da abordagem realizada pelos livros didáticos tradicionais. Mostra o quanto de contribuição africana existe em cada gesto da população nacional (descendentes de quaisquer povos que habitam e colaboraram para a construção deste país multiétnico), com exemplos de ações, pensamentos, formas de agir e de observar o mundo. Serve não só a educadores no ambiente escolar, mas também ao lazer doméstico, no auxílio de pais e familiares interessados em ampliar conhecimentos e tornar mais natural as reações das crianças que começam a perceber a sociedade e seu papel dentro dela Eles têm a cara preta. Vários autores Este exemplar apresenta práticas de ensino que foram partilhadas com aproximadamente 300 professores, gestores e agentes escolares da rede municipal de educação infantil da cidade de São Paulo. Trata-se da Formação de Professores intitulada Negras imagens. Educação, mídia e arte: alternativas à implementação da Lei /03, elaborada e coordenada por pesquisadoras do NEINB/USP simultânea e complementarmente ao projeto Percepções da Diferença Negros e brancos na escola.

8 As autoras: Roseli nasceu em na cidade de Faxinal-PR. Formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista campus de Presidente Prudente no ano de Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista FCT/Unesp Participou enquanto aluna da fundação do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (NUPE), no ano de 2000, cujo objetivo é desenvolver e estimular atividades de extensão e de pesquisa na Unesp sobre temas atinentes à questão do negro, inclusive com outras instituições. Maria Letícia Munhoz nasceu em São Paulo, Capital, em Formou-se me Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em Trabalha com educação de jovens em organizações não governamentais desde1991, com os temas cultura de paz, direitos humanos e discriminação racial. Participou como bolsista do 25º Programa de Educação em Direitos Humanos no Canadá organizado pela Fundação Canadense de Direitos Humanos em Atualmente é mestranda do programa de pós-graduação em Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Projeto gráfico: Jorge Kawasaki Diretor de Arte e designer gráfi co, iniciou a carreira em 1974, trabalhou em empresas como Editora Abril e Editora Globo. Criou e produziu vários projetos como colaborador na Young&Rubican, Salles, H2R MKT, Editora K.K. Shizen Hosoku Gakkai (Tóquio, Japão), entre outras. Pinturas das capas: Zulmira Gomes Leite Teóloga, Artista Plastica, Acadêmica da Academia de Letras, Ciências e Artes da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo. Assina as Obras de Artes como Zul+ Ilustrações internas: Marcelo d Salete É ilustrador e desenhista / roteirista de histórias em quadrinhos. Ele mora em São Paulo, capital, estudou comunicação visual, é graduado em artes plásticas e atualmente mestrando em História da Arte. Seu tema de estudo é arte afro-brasileira. Ilustrou os livros infantis Ai de tí, Tietê de Rogério Andrade Barbosa; Duas Casas, de Claudia Dragonetti; entre outros. Participou da Exposição Conseqüências do Injuve, Espanha, 2002; da Exposição de originais da revista Front no FIQ, MG, 2003; e da Exposição Ilustrando em Revista, Editora Abril, Foi fi nalista do Concurso Folha de Ilustração 2006.

9 Roseli Figueiredo Martins Maria Letícia Puglisi Munhoz VOLUME 5 PROFESSORA, EU NÃO QUERO BRINCAR COM AQUELA NEGRINHA! COLEÇÃO PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA. NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA Organização Gislene Aparecida dos Santos 1 a edição São Paulo Ministério da Educação 2007

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11 INTRODUÇÃO O título deste volume, Professora, eu não quero brincar com aquela negrinha!, poderá a princípio chocar os professores, porém, se eles fizerem um retrospecto em seu cotidiano como docentes, chegarão à conclusão de que esse tipo de atitude realmente existe em nossas escolas e, infelizmente, ocorrem não com pouca freqüência. Não poderia ser muito diferente, afinal, as crianças com as quais esses profissionais lidam são oriundas de uma sociedade notadamente racista. A menos que, como veremos a seguir, os profissionais da educação se proponham a desenvolver programas voltados ao enfrentamento da questão racial e à construção de uma cultura que respeite e valorize a diversidade nas escolas. Este volume está dividido em subtítulos que abordarão a questão do racismo e da educação sob a óptica do cotidiano. Seu principal objetivo é mostrar como a educação pode atuar e ter grande eficácia na eliminação da discriminação racial em nossa sociedade. O primeiro subtítulo é A cotidianidade e o racismo. Abordaremos situações cotidianas em que o racismo ocorre de forma subliminar e implícita, de maneira que as pessoas, em suas rotinas, não se dão conta de que estão envolvidas em atitudes racistas praticadas por si mesmas ou por quem as cerca. Visto que nosso foco se dará mediante a análise do cotidiano, verificaremos que isso ocorre porque as ações que normalmente realizamos no nosso dia-a-dia não são pensadas: são automáticas, corriqueiras, aparentemente inofensivas e fazem parte do nosso fazer diário. Algumas de nossas ações cotidianas, como fechar uma porta, abrir uma janela, podem e às vezes não devem ser pensadas, quando não causam conseqüências. No entanto, quando se trata de ações intelectuais, precisamos pensá-las de forma mais detalhada para podermos sair do senso comum e transformá-lo. Na verdade, quando não observamos as ações a que estamos acostumados, não atentamos para as nossas atitudes que excluem e discriminam, acabamos reproduzindo valores e condutas racistas, sem nos dar conta do real significado daquilo que estamos fazendo. O fato de agirmos muitas vezes de forma racista, sem percebermos, e de existir muito pouco espaço de discussão sobre esse comportamento está relacionado com características de nossa sociedade que têm origens histó- Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 11

12 ricas e ideológicas. Assim, acreditamos viver em uma democracia racial, onde negros e brancos vivem em harmonia, em amizade e igualdade. Ou seja, aqui ninguém (ou quase ninguém) se considera racista. Então, para que se preocupar com algo que acreditamos não existir? Ademais, estamos acostumados a ouvir as justificativas que, no lugar de nos levar ao enfrentamento do racismo, nos auxiliam a acreditar na confortável idéia da democracia racial. Isto ocorre quando deparamos com os infortúnios a que está submetida a parte afro-descendente da população: crendo que a sociedade proporciona igualdade de oportunidade para todos, explicamos que os afro-descendentes não chegaram lá porque não se esforçaram suficientemente, porque possuem problemas inerentes a seu grupo, como preguiça, falta de educação, incapacidade intelectual etc. Essa escolha de abordar as situações cotidianas, em que o racismo ocorre implicitamente, surgiu a partir de pesquisa realizada pela antropóloga Rita Segato, que constatou que esse tipo de discriminação racial é a mais comum no Brasil, acarretando tantos prejuízos ou mais em comparação com as condutas racistas explícitas. Segundo a mesma pesquisadora, a forma implícita de prática racista é mais difícil de ser transformada, pois, depara com a dificuldade de ser percebida pela vítima, como também com a dificuldade de ser assumida pelo autor. O subtítulo também explorará as conseqüências que essas condutas trazem às crianças e aos adultos negros, como danos psicológicos e físicos, auto-estima baixa e aversão a suas características fenotípicas. Contudo, ficará evidente que a questão do preconceito racial é realmente um problema sério que diz respeito não só a indivíduos negros como a toda a sociedade brasileira, posto que todos, de uma forma ou de outra, somos atingidos pelos preconceitos e pela discriminação. O outro subtítulo é Educar para a eliminação do racismo e para a valorização da diversidade. Neste momento, destacaremos as dificuldades que temos em lidar com o diferente, e isso não se dá apenas com os negros, mas também com o obeso, com o deficiente físico etc. E uma das razões dessa dificuldade é que vivemos sob um modelo universal que convencionamos ser o ideal, a saber, o homem branco, forte e viril; a mulher branca, submissa e bela. Então, tudo que destoa desse modelo nos parecerá estranho, nos causará 12 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

13 repulsa. Diante desse modelo, fica fácil a criação de estereótipos negativos em relação a negros, homossexuais etc. Em nossas escolas é comum crianças negras serem ofendidas em razão de seu pertencimento racial, e os professores na maioria das vezes não sabem como lidar com tal situação. Sendo assim, é preciso que eles saibam que não podem se eximir de tomar partido quando deparam com situações de racismo em suas salas de aula, porque para a criança ofendida o resultado desses insultos será a construção de uma auto-estima negativa. Além disso, como foi dito acima, nada fazer significa atuar de forma racista. Essa dificuldade em lidar com o diferente é empecilho para termos experiências de vida mais ricas. Em se tratando de uma sala de aula ou escola, isso realmente é um problema, pois todos que estão ali precisam ter os mesmos direitos e deveriam poder lidar com todos os tipos de pessoas. Acreditamos até que atitudes receptivas para com todos que compõem uma sala de aula poderão ser de ajuda, inclusive no tocante à aprendizagem. O outro subtítulo é Educação multicultural e a Lei /03. Buscamos destacar nesse tópico que a referida lei foi um grande avanço para fazer com que as escolas e todo seu corpo de profissionais tragam para sua agenda a questão do racismo. Mas essa lei também não deixa de ser um grande desafio para os professores, pois desperta neles a necessidade de terem um conhecimento mais abalizado a respeito da inserção do negro em nossa sociedade, para além do que se sabe a respeito da escravidão, que é o que normalmente as escolas ensinam sobre a história do negro no Brasil. Os afro-descendentes tiveram um papel importantíssimo na construção do nosso país, e essa história precisa ser ensinada. O que ocorre é que os professores não tiveram uma formação que os habilitasse a aplicar essa lei em suas salas de aula. Então, a pergunta que fica é: como ensinar o que não se conhece? O trabalho que pesa sobre os ombros dos professores é enorme. Eles precisam educar para a diversidade cultural e étnica, para a inclusão de crianças especiais etc. Mas o apoio que recebem é pouco, por isso a importância de um material como este. Nesse sentido a educação multicultural vem sendo apontada como uma das saídas para enfrentarmos a questão do preconceito racial e para Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 13

14 ajudar os professores a cumprir sua árdua tarefa. Afinal, precisamos da ajuda desses profissionais na luta contra o preconceito racial, pois seu engajamento é essencial. O penúltimo tópico é mais uma denúncia: trata-se de mostras de um trabalho realizado em 2001, no qual se mostrará a reação de algumas crianças em relação aos negros, o que pensam e como os vêem. O subtítulo é Racismo e preconceito em sala de aula. A pesquisa foi realizada em três escolas municipais da cidade de Presidente Prudente, interior do estado de São Paulo. Em cada uma dessas escolas escolhemos duas salas de 4ª série do ensino fundamental para fazermos o trabalho. As formas de intervenção foram: dramatizações, desenhos, redações e entrevista, tanto com alunos como com professores. No total participaram da pesquisa 158 crianças e cinco professoras. O último tópico deste trabalho tem o título de Trabalhando a temática racial em sala de aula e se preocupará em mostrar aos professores que realizar um trabalho no qual a sensibilidade de se colocar no lugar do outro, na busca por uma sociedade mais humana, é possível. Para tanto, esse trabalho precisará envolver toda a escola. Essa preocupação terá de fazer parte do projeto pedagógico da instituição de ensino. Os professores precisarão, assim, correr atrás de conhecimentos que os auxiliarão a dar uma nova dinâmica em suas salas de aula, enfim, todos precisarão estar envolvidos, tanto a escola como a comunidade. Não se trata de dar receitas na ação para a eliminação do preconceito, pois cada sala de aula é oriunda de uma realidade diferente, cada professor tem suas preferências e dificuldades. O que procuraremos mostrar, no entanto, é que é possível o enfrentamento do racismo e a eliminação do preconceito racial. 14 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

15 1. A COTIDIANIDADE E O RACISMO O cotidiano é o nosso fazer diário, a forma como nos inserimos e somos inseridos no mundo; e os preconceitos são as formas mais gerais de reprodução ou de expressão dos valores desse mundo do qual queremos tomar parte. A autora a que estamos nos reportando para pensar o cotidiano é Agnes Heller. Segundo ela, a cotidianidade nos absorve quase que integralmente. (...) O homem nasce já inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem signifi ca, em qualquer sociedade, que o indivíduo adquire todas as habilidades imprescindíveis para a vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão. É adulto quem é capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade. (Heller, 1972, p. 18) O cotidiano é o espaço de repetição do senso comum, da ideologia, mas também é o espaço da consciência ou da transformação da ideologia. As ações que realizamos no cotidiano não precisam ser pensadas em todos os detalhes, porque muitos dos atos que fazemos no dia-a-dia estão tão impregnados em nós que não precisamos e não devemos parar para pensar neles. São hábitos repetidos e automatizados que o senso comum acaba por definir como naturais. Essas experiências vividas na cotidianidade são, segundo Heller, responsáveis pela estruturação das sociedades e das identidades. No entanto, é na rotina diária que as pessoas agem e reagem reproduzindo ou não preconceitos. Heller enfatiza a questão dos valores e a relação entre eles (a ética) e a vida na sociedade. Para ela: (...) seus atos [os dos homens] concretos de escolhas estão naturalmente relacionados com sua atitude valorativa geral, assim como seus juízos estão ligados à sua imagem de mundo. E, reciprocamente, sua atitude valorativa se fortalece no decorrer dos atos concretos de escolhas. (p. 14) Ou seja, as identidades ou subjetividades se formam das relações de cada um com o mundo de valores no qual está inserido, que pautam suas escolhas. Ao considerar que as pessoas não escolhem valores, mas idéias concretas, querem nos fazer crer que o dado concreto é mais importante Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 15

16 do que as idéias abstratas, como, por exemplo, liberdade, felicidade etc., e que, através do resgate histórico da construção cotidiana e rotineira desses valores, idéias e opções, se pode encontrar a forma de rebeldia e superação dos preconceitos oriundos da própria sociedade. Nesse sentido, os valores da cidade, da escola, dos professores e dos alunos, definidos pelo cotidiano, lugares, tempo, espaço e formas de interrelação social, alteram a realidade. Heller também considera que o homem na cotidianidade vive para a satisfação de sua individualidade, porém, muitas de suas ações são frutos de uma herança histórica e de condicionantes sociais. Assim, segundo ela, as relações na sociedade passam a ficar cada vez mais cristalizadas ao não analisarmos os fatos segundo seus condicionamentos históricos, mas, ao contrário, a (...) ultrageneralizar as ocorrências não dando a devida atenção a elas. No entanto, quando se trata de ações intelectuais, é necessário que pensemos de forma mais detalhada e crítica para podermos sair do senso comum. Ou seja, é preciso perceber que todas as ações e idéias que temos na vida cotidiana fazem parte de um contexto histórico que, de certa forma, determinou nossa forma de agir e de pensar e continuará assim até que possamos inventar um novo contexto. Portanto, é de dentro desse cotidiano que podemos verificar atitudes, idéias e valores que são adotados, sem que se tenha elaborado qualquer reflexão ou pensamento sobre eles, e, mais, é também dentro do cotidiano (pensado e repensado) que encontramos os elementos para superar os preconceitos. O que importa, assim, é verificar como os valores estabelecidos pela sociedade se identificam com os valores individuais, ou seja, verificar a relação dialética subjetivo versus objetivo, o todo e a parte. O homem, desse modo, viverá preso entre sua liberdade particular, os interesses sociais e a moral, que, somados à ética, irão tecer as estruturas da vida cotidiana. Vivemos nos equilibrando entre interesses particulares e gerais, logo nunca viveremos de forma intensa nem um nem outro. Ao tratarmos de educação e cotidiano, chegamos à conclusão de que os professores deveriam se conscientizar de que precisarão sair do senso comum para poder enxergar com mais perspicácia a realidade na qual estão inseridos. 16 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

17 Isso porque as armadilhas que o modo de vida fragmentado, corrido, competitivo e desumano do qual fazemos parte no cotidiano nos absorve de tal maneira que sem dúvida se torna difícil uma reflexão mais abalizada sobre os acontecimentos que nos cercam, mas precisamos fazer um esforço para suplantar o cansaço e o abatimento para podermos ir além, na constante busca por um mundo melhor. Assim, além desses embotamentos com que o cotidiano nos absorve e da visão míope com a qual acabamos encarando a vida, temos outro agravante em se tratando do preconceito racial na sociedade brasileira: é que aqui ninguém (ou quase ninguém) se considera racista, devido à existência no imaginário da idéia construída de que vivemos numa democracia racial. Porém, quando confrontamos a história de vida dos brasileiros brancos e negros verificamos que a vida destes últimos é marcada por enormes injustiças sociais e exclusão, mesmo que eles muitas das vezes não se dêem conta de que as dificuldades de que são vítimas se devam ao racismo e ao preconceito existentes em nossa sociedade. O que se observa, no geral, é que muitos consideram que a dificuldade de inserção dos negros na sociedade tem como principal motivo o próprio negro e não toda uma rede estrutural e histórica que sempre os colocou em desvantagem em relação às pessoas brancas. Procura-se dar a impressão de que a sociedade brasileira dá oportunidades iguais a todos, e aqueles que não conseguiram chegar lá é porque não se esforçaram suficientemente. Essas idéias e esse tipo de pensamento acabarão gerando nos indivíduos negros muitas frustrações, além de uma enorme insatisfação consigo mesmos; isso porque a própria pessoa acabará acreditando na falácia de que todos os seus fracassos profissionais e outros têm como único culpado ela mesma. Além disso, prejudica também o branco na medida em que este tem como co-cidadãos aqueles a quem aprende a não valorizar, convivendo socialmente todo o tempo, lado a lado, com pessoas com quem não consegue constituir vínculos por dificuldade de identificação. Por outro lado, não se desvencilha deles pelo fato de a nação lhes atribuir o caráter de irmão. Finalmente, prejudica a sociedade brasileira como um todo, que, herdeira dos valores europeus, em vez de ter orgulho de suas diferenças, atribui a negros e mestiços uma identidade nacional negativa. Essa sociedade se baseia em crenças que separam pessoas em grupos e criam tamanhas desigualdades que a separação/divisão de espaços físicos e sociais fica cada vez mais explícita e intransponível, ocasionando uma ruptura social que Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 17

18 impede a eficácia de políticas econômicas, sociais e de segurança pública, de atos de solidariedade e, principalmente, de atos de cidadania que, por meio da união popular, cobrem mudanças do poder público. Todas as dificuldades materiais e psicológicas por que passam os negros acabarão de alguma forma acarretando para estes uma auto-estima prejudicada, com sérias dificuldades de se aceitarem com todas as suas características físicas. Percebe-se, então, que o racismo e os preconceitos contra os negros (e todos os outros preconceitos) são vividos como generalidade, conforme salientado, ou como práticas que atendem tanto a interesses sociais quanto a interesses particulares. Podemos pensar que, em nível geral, o preconceito contra os negros funcionaria como uma forma de manutenção da ordem social que os explora; e, no campo particular, pode funcionar como a forma individual de manutenção do poder de um sujeito/grupo sobre outro sujeito/grupo. Vemos, assim, que os preconceitos raciais e outros não são estáticos, eles têm um objetivo bem preciso. Desse modo, eles devem e podem ser questionados quanto a sua validade. Mas o que se verifica, infelizmente, é que muitas vezes esse tipo de comportamento é considerado natural, não o revemos, ou nem sequer o percebemos na maioria de nossas ações cotidianas. Vivemos em uma sociedade na qual todos estão preocupados com sua sobrevivência física, num mundo supercompetitivo e de poucas oportunidades. A lógica que impera é que quanto maior for o número de pessoas que conseguirmos isolar, melhor será para a sobrevivência do restante. Se pensarmos no espaço escolar, as experiências cotidianas, os preconceitos (desvalores) e os valores estariam compondo a essência (humana) das crianças negras e não negras, porém, como nas sociedades os únicos valores considerados válidos são os da parcela branca da população, acabamos nos constituindo em um povo que não vivência e não pode vivenciar sua essência por completo. 18 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

19 2. DIVERSIDADE, RACISMO E O COTIDIANO ESCOLAR Diferentes autores têm demonstrado os conflitos vividos pelos sujeitos negros na construção de uma imagem positiva de si mesmos e avaliam o impacto que a exposição cotidiana às imagens negativas pode gerar na formação da identidade dessas pessoas. Se o negro é retratado como sinônimo daquilo que é desvalorizado (ou tem menor valor) na sociedade, seria compreensível que as crianças negras não queiram se identificar com esse valor. Assim, não podemos deixar de mencionar alguns estudos sobre educação voltados aos negros e aos grupos sociais menos favorecidos, que começaram principalmente a partir da década de 80 com a pesquisa pioneira de Patto (1991), bem como com os trabalhos de Rosemberg e Hasenbalg (1987), Gonçalves (1985), Oliveira (1992), Silva (1995), Lopes (1995), Cavalleiro (1998), Souza (2001), entre outros, que demonstraram de modo incontestável a situação desprivilegiada dos alunos negros nas escolas públicas e foram nosso ponto de partida para a investigação que fizemos no ano de 2001, analisando de que maneira preconceito e evasão escolar se articulavam como estratégias de manutenção de poder. A evasão escolar de crianças negras é comprovadamente decorrente do preconceito e da discriminação que vivenciam, como podemos verificar em pesquisa de Hasenbalg (1987) e Rosemberg (1987). As crianças negras repetem o ano mais do que as crianças brancas e freqüentam os piores cursos; as crianças negras, em sua maioria, tendem a ser empurradas pelo sistema para escolas menos equipadas, com menos recursos pedagógicos e turnos mais curtos. Para mais informações veja Souza (2001, p. 12). O que fica bem claro nas pesquisas acima citadas é que a escola está despreparada para lidar com as diferenças e o racismo, sejam como fenômenos sociais que se reproduzem no funcionamento da instituição escolar e nos ambientes de salas de aula, sejam na formação intelectual de docentes e discentes por carência de informação específica em seus currículos. O descaso e o desconhecimento acerca da história da população afrobrasileira fazem com que as idéias construídas sobre o negro estejam repletas de estereótipos em relação às reais contribuições desse povo em todas as modalidades sociais (cultura, política, ciência etc.). Assim, a discriminação que o negro sofre na sociedade se reflete na escola, e, na maioria das vezes, sem que os professores se dêem conta desses fatores. Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 19

20 Segundo Lopes: A escola, na maioria das vezes, omite-se de falar sobre o negro como questão social de grande importância e restringe-se apenas a mencionar, em algumas disciplinas, a contribuição dada por eles à cultura brasileira. Tais citações são, no geral, profundamente marcadas de vazio histórico, ou seja, o registro de sua contribuição assentase sobre algumas palavras que compõem o receituário da alimentação nacional, por exemplo. (1995, p. 57) O silêncio das escolas em relação ao racismo e ao preconceito colabora para que as crianças (tanto negras quanto brancas) tenham a percepção de si mesmas e dos outros totalmente distorcida. As brancas, por se sentirem superiores às negras, e as negras, inferiores às brancas. Segundo Heller, (...) o preconceito é um tipo particular de prejuízo provisório. As diferenças presentes na escola deveriam ser aproveitadas como oportunidade de transformação de idéias preconcebidas e vistas como verdades absolutas. Porém, o que se observa é a rigidez de pensamentos e posturas, o que nos impossibilita de encontrarmos saídas para os preconceitos raciais. Dessa forma, a escola se mostra, na maioria das vezes, como um espaço de reprodução do racismo e, raras vezes, de inovação na valorização da diversidade Como as escolas lidam com a diversidade e o racismo Vemos em nossas escolas crianças brancas ofendendo crianças negras com xingamentos baseados em seu pertencimento racial. A reação dos professores é sempre a mesma: não discutir o assunto e dizer para o ofensor que aquilo não é coisa que se diga, visto sermos todos filhos de Deus. Pois, como já salientado, a idéia que muitos têm é que as questões relativas ao preconceito racial são problema apenas dos negros. A pessoa ou a criança negra ofendida tem sempre a mesma reação, a saber, o silêncio. Isso acontece porque tais ofensas destroem as defesas psicológicas do indivíduo, é algo que o atinge profundamente, deixando-o desconcertado e sem ação (Gonçalves, 1985; Cavalleiro, 1998). Desse modo, nossas salas de aula são exemplos perfeitos das dificuldades de lidarmos com o diferente, pois os professores também são 20 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

21 pessoas vindas de mundos e culturas tão diversos quanto seus alunos e se vêem diante de situações e vivências que não foram nem estão preparados para enfrentar. Apesar do exposto até o momento, cremos que a educação pode ser uma grande aliada na luta contra os preconceitos raciais. Afinal, a escola é o local da coletividade, no qual o conhecimento é colocado não só para finalidades gerais, mas também individuais. Nela a cotidianidade deveria ser vivida de forma mais problematizada, principalmente em relação às diferenças presentes em seu espaço. A escola pode ser o local da desconstrução de estereótipos e valores genéricos da sociedade, já que é o espaço do conhecimento, da construção de novos sentidos e da diversidade. Ainda nos falta avançar muito para compreendermos que o fato de sermos diferentes uns dos outros é o que nos aproxima e o que nos torna mais iguais. Sendo assim, a prática pedagógica deve considerar a diversidade de classe, de sexo, idade, raça, cultura, crenças etc. presente na vida escolar, e pensar (e repensar) o currículo e os conteúdos escolares a partir dessa realidade tão diversa. A construção de práticas democráticas e não preconceituosas implica o reconhecimento do direito à diferença, e isso inclui as diferenças raciais. Aí, sim, estaremos articulando Educação, Cidadania e Raça. (Silva, 2001, p. 87) É por meio da educação que damos as nossas crianças, e isso não só na escola, que as ensinamos a aceitar ou rejeitar a diferença. Mas ensinamos a elas o que é a diferença? 2.2. Racismo e preconceito em sala de aula Algumas pesquisas que envolvem a temática racial no âmbito escolar já foram realizadas (conforme já salientado) e denunciaram que a criança negra tem sérias dificuldades de inserção no mundo escolar, devido ao preconceito que sofre por parte de professores, dos próprios alunos e mesmo de pessoas que trabalham na escola de modo geral. Essa discriminação de que é vítima, na maioria das vezes, não é explícita, mas velada, e muitas vezes aqueles que a discriminam nem sequer estão se dando conta de tal atitude. Entre essas pesquisas temos Cavalleiro (1998 e 2001), Costa Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 21

22 (1999), Hasenbalg (1987), Lopes (1995), Oliveira (1992), Pereira (1987), Gonçalves (1985), entre outros. Neste item nos reportaremos a uma pesquisa realizada em três escolas municipais no ano de 2001, na cidade de Presidente Prudente, estado de São Paulo. Participaram do trabalho 158 crianças e cinco professoras. Em todas as escolas realizamos o trabalho em duas salas de aula da 4ª série do ensino fundamental. Os instrumentos de investigação de que lançamos mão foram: dramatizações, desenhos e entrevistas, as quais foram realizadas com os alunos e com as professoras (todas eram do sexo feminino) e gravadas em fitas cassetes. Nessa pesquisa, utilizamos uma canção que se costumava usar nas escolas do Brasil. Ela foi analisada por João Batista Borges Pereira (1987) em um texto intitulado A criança negra: identidade, etnia e socialização : (...) esta canção era ensinada nas escolas, que demonstravam receber, sem maiores críticas, as estereotipias existentes na sociedade brasileira. Esta letra era cantada com entusiasmo e alegria pelo professor e por seus alunos, tanto negros quanto brancos, sempre na presença do pesquisador. (Pereira,1987, p. 44) Um dos intuitos da pesquisa, ao escolher uma canção tão preconceituosa, foi o de verificar como professores e alunos a receberiam. A música era a seguinte: Plantei uma cebola no meu quintal Nasceu uma negrinha de avental Dança, negrinha! Eu não sei dançar Eu pego no chicote, você dança já! Passaremos então a relatar alguns acontecimentos ocorridos na época da pesquisa. No dia 5/3/2001, em uma das salas em que estava fazendo observação, a professora selecionava alunos para participarem de um evento cultural que ocorreria na escola daí a algumas semanas. A professora perguntou então aos alunos quem deles sabia tocar algum instrumento ou cantar. Um garoto se manifestou dizendo que sabia tocar timba, ao que ela disse não conhe- 22 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

23 cer e pediu para que o menino lhe explicasse o que era timba. O aluno disse que esse era um instrumento usado na capoeira. Outro garoto entrou no meio da conversa e disse para a professora que, na verdade, aquele era um instrumento usado na macumba. Diante dessa fala, a classe caiu na gargalhada. O garoto que disse saber tocar a timba ficou visivelmente constrangido, afirmando que não, que aquele era um instrumento usado na capoeira. Diante dessa situação a professora não se manifestou, dando prosseguimento à aula. Constata-se que essa professora não conseguiu usar a oportunidade para ensinar as crianças a valorizar a diversidade cultural brasileira e trabalhar o racismo inserido em nossa cultura e reproduzido pelas crianças. A professora poderia abordar a questão do preconceito que existe em relação ao povo negro e, ao mesmo tempo, falar a respeito ou criar atividades que proporcionassem a oportunidade aos alunos de conhecer a cultura afro-brasileira, no caso principalmente a religião afro-brasileira, para, assim, poder transformar um círculo vicioso de práticas de racismo contra a população negra. Não o fazendo, avalizou atitudes discriminatórias. No entanto, isso se deu porque ela simplesmente não sabia como fazer, nunca foi preparada para lidar com situações semelhantes a essa. Sabemos que a sociedade brasileira, de modo geral, nutre enorme preconceito em relação às religiões afro-brasileiras, e esse preconceito afeta diretamente as pessoas (famílias e crianças que fazem parte da escola) que são adeptas dessas religiões. Portanto, caberia à escola, se não defender, pelo menos dar informações a respeito dos aspectos que envolvem todas as religiões, bem como as de origem africana, mostrando que todas as religiões são formas que os homens encontraram para fazer ligação com o mundo espiritual. Destacaremos agora outro acontecimento ocorrido no dia 20/3/2001, em que foi observado como o negro é visto e tratado em sala de aula. Nesse dia um garoto branco ficava o tempo todo xingando uma garota negra de cabelo de Bombril e cabelo de palha ; ele a perseguia pela classe, rindo e xingando-a todo o tempo. A menina por sua vez não reagia aos xingamentos nem se queixava à professora, tentava apenas fugir do menino. Diante disso, perguntamo-nos: por que ela não reclamava para a professora da perseguição do garoto? Ao analisar o ocorrido, conjeturamos que talvez fosse porque já soubesse que não adiantaria, a professora pro- Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 23

24 vavelmente não saberia como defendê-la. De qualquer forma, a criança não encontrou um espaço de acolhimento e não foi acolhida diante da agressão, e, novamente, essa experiência não foi utilizada para o aprendizado do grupo a respeito das diferentes características do corpo das pessoas, que não devem ser depreciadas. A questão do cabelo para o afro-descendente é algo que nos chama muito a atenção, pois o cabelo dos indivíduos negros normalmente é tido como ruim em contraposição com o cabelo dos brancos, tido como bom. Essa oposição bom e ruim transcende, em muito, a questão do cabelo. Como minuciosamente poderá ser visto em outro livro desta coleção, a inferiorização das características físicas de uma pessoa é uma forma de desvalorização da pessoa e marca de forma muito negativa o homem, a mulher e a criança negra. Assim, se o meu cabelo é ruim, logo posso entender que eu e minha ascendência (meu pai e minha mãe) e descendência como um todo também são ruins. É por isso que os professores não podem se omitir quando ouvem em suas salas de aula expressões relacionadas a alguma parte do corpo como a que destacamos acima, seja das crianças negras, que são as que mais sofrem com apelidos maldosos e xingamentos, como de todas as crianças de modo geral. Passaremos agora a relatar uma das dinâmicas usadas com a canção já mencionada. Pedimos aos alunos das três escolas pesquisadas que fizessem desenhos sobre a canção. Realizados os desenhos, tivemos uma conversa com os alunos para dizerem o que haviam desenhado e como tinham entendido a música. (Abaixo, as crianças estão identificadas por letras do alfabeto.) Veja algumas dessas entrevistas: 1) Entrevistadora: O que você desenhou? C: Plantei uma cebola e aqui ela já tá grande. Estes desenhos compõem o material produzido ao longo da pesquisa de Iniciação Científica de Roseli Figueiredo Martins entre os anos de 2000 e 2001, intitulada A relação professor/criança: em busca de uma identidade, com financiamento da Fapesp. As autoras agradecem a todas as crianças (que por razões éticas não podem ser identificadas) pela autoria dos desenhos. 24 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

25 Entrevistadora: O que você achou dessa música? C: Legal. Entrevistadora: O que você acha que signifi ca a frase plantei uma cebola no meu quintal/ nasceu uma negrinha de avental? C: Pensei que ela tava brincando assim e achou que fosse um alienígena. Eu acho que ela é um ET. 2) Entrevistadora: Me fala sobre o seu desenho, o que você desenhou? A: Aqui ela plantou uma cebola e nasceu ela, uma morena, né, e aqui ele batendo e fazendo ela dançar. Entrevistadora: O que você achou da música? Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 25

26 A: Legal! Entrevistadora: O que signifi ca a frase eu pego no chicote, você dança já? A: Ela não queria dançar, ele pegou no chicote pra fazer ela dançar. Entrevistadora: O que você acha disso? A: Acho legal. 3) Entrevistadora: O que você desenhou? T: Desenhei uma árvore, uma casa com uma chaminé saindo fumaça, uma plantação de cenoura e uma cebolinha. Entrevistadora: O que você achou da música? T: Achei interessante se acontecesse sempre isso, a gente plantar uma cebola no quintal e nascer uma negrinha dançando de avental! Entrevistadora: O que você acha que signifi ca a frase plantei uma cebola no meu quintal/ nasceu uma negrinha de avental? 26 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

27 T: Pode ser que seja igual à lenda da Mani, que plantou, enterraram uma indígena e nasceu uma mandioca. Então é quase igual a essa lenda. É muito difícil alguém nascer de avental e dançando. Entrevistadora: O que signifi ca a frase eu pego no chicote, você dança já? T: Ele quer bater pra ela dançar. Acho bruto, violento! Apesar de algumas crianças terem dito que achavam ruim que a negrinha apanhasse, a maioria, porém, não conseguiu perceber o caráter violento da canção, com muitas crianças chegando a dizer que achavam muito legal que a negrinha apanhasse para dançar. Realizamos também dramatizações usando a mesma canção. O objetivo foi verificar como as crianças reagiriam se colocando no lugar da negrinha. Essas dramatizações foram, em sua maioria, realizadas em sala de aula com a presença das professoras. Somente em uma escola, no entanto, as dramatizações foram feitas no laboratório da escola e sem a presença das professoras. Foi solicitado aos alunos que escolhessem um personagem da canção Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 27

28 para representar, enquanto a música tocava (a música foi gravada em fita cassete, apenas com a voz da pesquisadora). Os alunos teriam de escolher um personagem para representar, entre a negrinha, o chicote e a cebola. Em cada sala foram realizadas de três a quatro dramatizações. Aconteceu que a maioria dos meninos escolheu ser o chicote, as meninas preferiram, em sua maioria, ser a cebola e ninguém quis representar a negrinha. No geral, aconteceu que, em todas as salas, uma ou duas meninas negras, no máximo, propuseram-se representar a negrinha. Sempre as mesmas, em todas as representações. Percebia-se que essas meninas, ao representarem a negrinha, ficavam nitidamente constrangidas, afinal elas estavam representando uma personagem que aparecia na história de forma muito inferiorizada, colocando-se no lugar de alguém que vai apanhar. Da observação à atividade das representações, concluímos que o fato de a personagem negrinha ser da cor negra serviu de grande barreira para que as alunas desejassem representá-la. No geral ninguém quer se colocar no lugar do negro, ainda mais quando este aparece no papel que faz referência à escravidão. A parte que coube às professoras foi dividida em dois momentos. Logo nos primeiros meses, ainda na fase das observações, foi pedido para que elas fizessem uma pequena redação sobre suas impressões em relação à canção usada na pesquisa. 28 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

29 No segundo momento, quase no final do ano, realizou-se uma entrevista com elas. Queríamos saber se elas acreditavam que na escola e em suas salas de aula pudesse haver preconceito racial, bem como se percebiam analfabetismo verificado principalmente nas crianças negras. Assim, foi perguntado se elas tinham uma opinião sobre a causa disso e se saberiam sugerir caminhos para reverter tal situação. Elas responderam que não. As redações das professoras foram realizadas no começo do ano letivo de 2001, no mês de abril, e as entrevistas foram feitas no final do ano no mês de setembro. (Nas transcrições das redações usaremos letras para designar o nome das professoras.) O trabalho foi realizado em seis salas de aula, com seis professoras, das quais uma se recusou tanto a fazer a redação como a participar da entrevista. Passaremos agora a transcrever algumas dessas redações. Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 29

30 1) Escola 1 Professora L Percebo que nessa canção o preconceito racial é forte. Por que de um pé de cebola haveria de nascer uma negrinha e ela tem algo sobre o chicote? Mas essa canção me chama atenção para outro ponto importante da minha realidade profissional. Acredito que o conhecimento, para ser adquirido pelo aluno, não pode ser algo imposto e sim um processo natural, e para que isso aconteça é preciso respeitar a realidade de cada aluno, para que assim futuramente possa ser formado cidadão com mais senso crítico e construtor de uma nova sociedade. 2) Escola 2 Professora A A canção é extremamente preconceituosa, pois, num primeiro momento, fala de uma mulher com avental (doméstica) e chama essa mulher de negrinha, relembrando ações da escravidão. 3) Escola 3 Professora C A canção faz-nos refl etir sobre a discriminação, sobre o preconceito voltado especialmente aqui à raça negra. 30 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

31 Os termos negrinha e chicote expressam a clara manipulação, julgamento e poder. O negro outrora já foi o alvo expresso da escravidão, assim como os índios. Hoje, a nossa sociedade é formada pelas raças branca, negra e indígena, porém, ainda se encontra enraizada, ou seja, com os mesmos preconceitos dos antigos colonizadores (portugueses, holandeses, espanhóis etc.), que tomaram posse do Brasil, desprezaram, menosprezaram, escravizaram e mataram os verdadeiros donos destas terras. Como se não bastasse, trouxeram para cá o negro e com ele fi zeram o mesmo. Porém, os traços culturais desses povos formaram o nosso país. Os colonizadores não valorizaram isso, pois o seu interesse era pelas riquezas que aqui existiam e pela exploração delas (pau-brasil, cana-deaçúcar, pedras preciosas etc.). Esse pensar, esse agir, esse modo de dominar esse povo até hoje fazem Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola 31

32 pensar em seres humanos que realmente não têm, como o negro, o índio, o pobre, o defi ciente, importância alguma para a sociedade. Uma vez que sem eles ela não existiria. No entanto, cabe a nós, educadores, conhecer, pesquisar e propagar a importância desses povos, resgatar sua cultura e fazer o paralelo entre os traços e a herança que eles deixaram para nós e tudo que herdamos deles (valorização de culturas tão diferentes e ao mesmo tempo tão próximas ao nosso modo de viver), para que as idéias erradas encontradas nos livros didáticos (idéias, imagens e falas discriminatórias) sejam erradicadas, não façam parte do nosso modo de pensar, agir e falar dos nossos educandos e assim possamos ajudar a construir uma sociedade melhor. Verifica-se que, em suas redações, todas as professoras demonstraram perceber o quanto a canção é carregada de preconceito e violência contra o negro, deixando clara sua indignação contra ela, e também reconhecer que o preconceito contra o negro é um dado real. Junto com as redações foram realizadas, com essas mesmas professoras, entrevistas que agora passarei a transcrever. As perguntas foram: você acredita, conforme eu observei, que os alunos negros, de modo geral, são os que apresentam as maiores difi culdades de aprendizagem e os que mais apresentam indisciplina? As crianças negras que eu percebi que tinham difi culdades de aprendizagem conseguiram algum avanço educacional? As respostas das professoras foram as seguintes: Professora L Na sala, minha postura é para que não haja preconceito, mas eu sei que no geral, na sociedade, tem muito. Eu concordo que às vezes as crianças negras têm mais problemas de aprendizagem, porque existem muitas professoras preconceituosas; eu sei que não sou. Em relação à sugestão para trabalhar com essas crianças, eu falo que minha mãe é branca e meu pai é negro. Quando presencio cena de preconceito, falo sério com a criança somos todos iguais, ele é igual a você, mas fi ca difícil dar sugestões quando a gente acha que não tem o problema. Em relação aos alunos não alfabetizados, apenas um está conseguindo 32 Coleção Percepções da Diferença - Negros e brancos na escola

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