CARTA DO RECIFE. Senhor Presidente,
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- Pedro Lucas Sabrosa Eger
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1 CARTA DO RECIFE Ao Presidente do Conselho Federal de Farmácia Dr. Walter da Silva Jorge João Senhor Presidente, O Encontro Norte/Nordeste/Centro-Oeste dos Diretores de Conselhos Regionais de Farmácia, realizado nos dias 23 e 24 de abril de 2015, no auditório do Hotel Atlante Plaza, na cidade do Recife/PE, com a Vossa ilustre participação e presença dos Diretores representantes dos Conselhos Regionais de Farmácia dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da presença do Consultor Jurídico do CFF, Dr. Gustavo Beraldo Fabrício, do Auditor do CFF, Dr. Dôglas Andrade, da Subcoordenadora de Materiais e Patrimónios do CFF, Sra. Maria Marlúcia Ferreira, dos Conselheiros Federais, Dr. José Gildo da Silva, pelo estado de Alagoas e o Dr. Carlos André Sena, pelo estado do Amapá, de Conselheiros Regionais, da Assessoria Jurídica do CRF/PE, funcionários e demais presentes, demonstrou que um Conselho profissional bem gerido propicia aos seus gestores e à categoria farmacêutica segurança em suas atividades perante a sociedade. Neste entendimento os gestores iniciaram o encontro propondo considerações sobre o programa de computadores atualmente utilizado pelo Conselho Federal de Farmácia e alguns Regionais, propondo o seu aperfeiçoamento com o intuito de propiciar aos usuários mais eficiência. Após as considerações, foi devidamente debatido nas esferas administrativa e jurídica a aplicação da Lei /2014 no SUS, hospitais e clínicas, com o objetivo de evoluir na fiscalização desses estabelecimentos fazendo comparativos a Lei 5.991/73, bem como a incidência das anuidades de pessoa jurídica relacionada às farmácias hospitalares de acordo com a autonomia administrativa de cada Regional, conforme as vertentes da Lei.
2 Restou pacificado a real necessidade de se avançar no âmbito físcalizatório para exigir a presença de profissionais farmacêuticos, haja vista que alguns regionais eram proibidos de realizar a fiscalização nesses estabelecimentos antes do advento da lei /2014. Nesse sentido deve-se observar o ofício circular do CFF já enviado. Ficou acordado entre os gestores a solicitação para que o Conselho Federal de Farmácia crie uma Instrução Normativa ou Circular para normatizar o tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, de acordo com o que determinam as leis específicas que regem a espécie, contemplando desta forma a Lei /2014. Da mesma forma, em consonância ao princípio da razoabilidade, ficou entendido que a realização do TAC - Termo de Ajustamento de Conduta, com o oferecimento de prazos para a regularização de estabelecimentos farmacêuticos de acordo com lei, seria uma forma viável para o cumprimento da legislação de forma gradual, conforme a necessidade de cada estado. Para incentivar o cumprimento de metas da fiscalização foi debatida a possibilidade de remuneração por produtividade fiscal nos termos do Art. 3, inciso VI, da Resolução n 600 do CFF, desde que atendidas as previsões de dotação orçamentaria em ano anterior e no Plano Anual de Fiscalização, ficando evidente que uma fiscalização mais incisiva coibirá o funcionamento de estabelecimentos irregulares, além de garantir a necessidade da contratação do farmacêutico responsável técnico. Contudo, alguns regionais entendem pela necessidade de modificação do referido dispositivo. Foram relatadas experiências de alguns regionais no que se refere a atuação da fiscalização de estabelecimentos farmacêuticos em conjunto com o PROCON, órgão de proteção e defesa do consumidor, sendo confirmadas ações positivas para coibir o funcionamento ilegal desses estabelecimentos, desde que respeitadas as prerrogativas de cada órgão. Em alguns regionais os profissionais farmacêuticos que trabalham em drogarias e farmácias estão tendo problemas com o público consumidor de medicamentos devido ao descumprimento, por parte dos proprietários, dos
3 preceitos legais do Código de Defesa do Consumidor e ficou entendido que parcerias como estas ajudarão a regularizar essa problemática. Demonstrou-se no encontro a importância de possuir um banco unificado de dados de pessoa física e jurídica dos Regionais e pleitearam a criação pelo Conselho Federal de Farmácia, de um sistema específico para cruzamento de dados, possibilitando aos CRF's uma maior segurança nos trâmites administrativos, consultas de informações e celeridade na transferência profissional. Os gestores concordaram que a ferramenta poderia ser disponibilizada como consulta de registro profissional, a título de cadastro nacional, para que a população possa ter a certeza que está sendo orientada por farmacêutico devidamente inscrito e legalizado em seu órgão profissional. Ao abordar o tema concurso público e elaboração do Plano de Cargos Carreira e Salário - PCCS, os gestores explanaram as dificuldades relacionadas ao regime trabalhista a ser aplicado aos CRF's devido ao entendimento de parte do judiciário pela aplicação do Regime Jurídico Único aos Conselhos profissionais de fiscalização, confrontando o entendimento do regime celetista aplicado atualmente nos Conselhos Regionais de Farmácia, haja vista que o Supremo Tribunal Federal ainda não definiu sobre o regime a ser adotado e sua forma de transição. Com relação à esfera celetista, ficou evidente a necessidade de criação do plano de cargos carreiras e salários de forma individual para cada CRF, evitandose problemas trabalhistas pelo desvio de função de funcionários, blindando, desta forma, os regionais do pagamento de futuras indenizações. Na ocasião foi aconselhado aos gestores que ao realizarem concurso público estabeleçam o regime celetista de trabalho. Foi abordado junto à Consultoria Jurídica e Auditoria do CFF, a utilização das verbas de representação, jetons e diárias, de acordo com as formalidades estabelecidas pela Resolução n 598 do CFF, propiciando um maior controle das contas submetidas à auditoria do Tribunal de Contas da União - TCU.
4 Na ocasião a Auditoria do CFF esclareceu a necessidade de observância de normas e portarias do TCU necessárias a apresentação do relatório de gestão, ficando decidido que será realizada uma reunião no dia 12 de maio de 2015, para tratar sobre o relatório de gestão dos Regionais com a presença da Auditoria do Conselho Federal de Farmácia, Presidentes dos CRF's, Diretores Tesoureiros e Contadores. A Auditoria do CFF apresentou em slides o quadro de controle do processo de trabalho administrativo fiscal, com os dados informativos para o preenchimento conforme padronização, demonstrando ser imprescindível aos Regionais possuírem a ferramenta apresentada. Com relação aos Procedimentos para depreciação e reavaliação de bens patrimoniais é importante que os Regionais realizem o inventário de bens. Ficou acordado que a Auditoria do CFF disponibilizará aos gestores um manual de património explicando como realizar a doação e venda de bens dos Regionais e sugere aos regionais a criação de uma Comissão especifica para o levantamento de bens. Foram debatidas questões referentes aos valores repassados ao Conselho Federal de Farmácia pela confecção das carteiras de identificação profissional, se indagando a ocorrência de um pagamento em duplicidade devido à verba já repassada. Foi pleiteado ao Conselho Federal a isenção dos Regionais no pagamento das confecções das carteiras profissionais e maior celeridade em sua entrega que atualmente ocorre de forma lenta, necessitando de melhorias no sistema de tramitação de dados do Federal. Com relação à realização de Consórcios pelos regionais o Conselho Federal de Farmácia, por meio da Subcoordenadora de património, informou que não seria possível a realização de consórcios para a contratação de serviços ou aquisição de produtos, entretanto os Conselhos poderão se utilizar da adesão nas licitações realizadas pelo Conselho Federal, bem como dos próprios regionais, nos termos da Lei 8.666/93. O registro de preços seria uma alternativa para a prestação de serviços e aquisição de bens para contratações futuras dos Regionais. Foram abordadas as vantagens de se realizar a licitação na modalidade pregão para aquisição dos bens, possibilitando a obtenção de menores preços nas contratações da administração.
5 Os gestores foram informados que os Conselhos também poderão aderir à Ata de registro de preços de outros órgãos da administração pública, desde que atendida a legislação. A Subcoordenadora ficou disponível para o envio de minutas, editais, dados e informações relativas às licitações, sendo disponibilizado aos gestores o marluce@cff.org.br para contato. A subcoordenadora sugeriu que os regionais mantenham contato no intuito de viabilizar a carona na licitação entre os regionais mais próximos. Ao tratar da padronização do portal da transparência entre os Regionais, foi observada a necessidade de disponibilizar os dados em conformidade com as exigências legais, haja vista não ser uma faculdade do gestor e sim um dever legal. O CRF/PE por meio da Coordenadoria Contábil explanou sobre as experiências implantadas pelo regional com o portal da transparência. A consultoria jurídica do CFF informou que seria prudente, por motivo de segurança, que os dados e documentos a serem dísponíbílizados no portal da transparência obtivessem a autenticação mecânica para evitar alterações por terceiros. Foi solicitado ao Conselho Federal de Farmácia que orientasse os regionais na criação do portal da transparência, padronizando as informações a serem disponibilizadas no síte. Tratado o tópico da Dívida Ativa, a Consultoria Jurídica do CRF/PE informou que os regionais poderão realizar cobranças de débitos por meio de protesto em Cartório. Os gestores debateram sobre a possibilidade da inscrição de pessoa física e jurídica no Cadastro Informativo de Créditos não quitados do Setor Público Federal-CADIN e no SERASA, contudo os Regionais relataram algumas dificuldades para a realização desses convénios. Neste sentido, foi disponibilizado o contato do Departamento Jurídico do estado do Pará, para que os regionais interessados consultem sobre os mecanismos para a realização do convénio e utilização do CADIN e SERASA.
6 Foi apresentada aos gestores a Fundação Brasileira de Ciências Farmacêuticas - FBCF, formada por ilustres farmacêuticos, que tem entre os seus objetivos a realização de cursos e seminários, estudos na área de saúde, celebração de convénios com órgão públicos, entre outros de relevante importância, podendo os regionais realizarem convénios com a Fundação em prol dos regionais e da categoria farmacêutica. Diante do debate e das explanações apresentadas no Encontro Norte, Nordeste e Centro-Oeste dos Diretores de Conselhos Regionais Farmácia, viabilizou-se a troca de informações e experiências entre os gestores, além de ter propiciado a possibilidade de uniformização de procedimentos entre os Regionais de acordo com as Resoluções e instruções do Conselho Federal de Farmácia, o que auxilia no desenvolvimento institucional, respeitada, a autonomia administrativa de cada estado de acordo com a legislação vigente. Outrossim, faz-se necessário o apoio consultivo e financeiro para que os Regionais otimizem em curto espaço de tempo o nivelamento em alto nível das ações, bem como o suporte para a realização de atividades institucionais, a exemplo da doação de automóveis para fiscalização e/ou representação, doação de tabletes, impressoras portáteis e outros equipamentos de informática, além da doação ou empréstimo para aquisição de terrenos e/ou sedes, construção e/ou reforma de sedes e seccionais dos Regionais participantes. Por fim, segue anexo a pauta da reunião com os temas que originaram à presente Carta e solicitamos a esse Egrégio Conselho Federal de Farmácia que mantenha o compromisso com os seus Regionais e, sobretudo com a categoria farmacêutica de possibilitar diretrizes e soluções para o que foi abordado no Encontro Norte, Nordeste e Centro-Oeste dos Diretores de Conselhos Regionais de Farmácia, possibilitando um futuro institucíonalmente promissor e de grande amparo à categoria, pois um Conselho eficiente reflete diretamente na qualidade da prestação do serviço farmacêutico à população. Recife/PE, 24 de abril de 2015.
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