Os diferenciais de gênero na influência do status sócio-econômico e da estrutura domiciliar nos resultados de saúde do idoso brasileiro

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1 Os diferenciais de gênero na influência do status sócio-econômico e da estrutura domiciliar nos resultados de saúde do idoso brasileiro Gilvan Ramalho Guedes Palavras-chave: Saúde do Idoso, Gênero, Renda, Arranjo Domiciliar Resumo: A transição demográfica brasileira ocorreu muito rapidamente ocasionando um envelhecimento na população que se acelerará nas próximas décadas. Associada aos ganhos na esperança de vida, a importância do envelhecimento, tanto individual quanto populacional, lança desafios sobre as condições de vida e bem-estar do idoso. Nesta linha, busca-se analisar os diferenciais de gênero sobre o efeito do status sócio-econômico e o impacto da estrutura domiciliar na saúde do idoso pessoa de referência. Utilizou-se a PNAD 2003 para analisar condições de saúde selecionadas. O estudo abordou três grupos de resultados de saúde: morbidade; utilização dos serviços de saúde e mobilidade física. Entre os principais resultados, salienta-se que a morbidade auto-referida das mulheres é mais sensível aos diferenciais de renda. Em geral, a mulher idosa, pessoa de referência, apresentou maiores proporções de doenças crônicas, piores avaliações da saúde autoreferidas, maior dificuldade de mobilidade física, maior número de consulta ao médico, menor número médio de consulta ao dentista nos últimos 12 meses e menores taxas de internação. A auto-percepção é a variável mais sensível à posição relativa do idoso quanto à renda per capita domiciliar e à influência da estrutura domiciliar para ambos os sexos. A dificuldade de mobilidade física também foi sensível à renda para as mulheres. Resultados correlatos foram verificados para a influência da presença de filhos e/ou parentes. Em geral, o estado de saúde das mulheres é mais sensível à distribuição de renda do que dos homens. Fatores como estrutura etária, nível educacional, maior cuidado com a própria saúde e esperança de vida são fatores que estão associados aos resultados encontrados. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu MG Brasil, de 18 a 22 de setembro de Agradeço a inestimável ajuda de Álida Ferreira na formatação das tabelas e nas discussões sobre resultado. Os resultados, porém, e as conseqüentes conclusões, são de inteira responsabilidade do autor. Economista, doutorando em Demografia Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR/UFMG). para correspondência: grguedes@cedeplar.ufmg.br.

2 Os diferenciais de gênero na influência do status sócio-econômico e da estrutura domiciliar nos resultados de saúde do idoso brasileiro Gilvan Ramalho Guedes INTRODUÇÃO O fenômeno do envelhecimento populacional remete a uma nova discussão: o papel do idoso na sociedade. O processo de envelhecimento aborda dois lados: o populacional, que é retratado pelo aumento da proporção relativa dos idosos na estrutura etária da população, e o individual, configurado por razões de ordem temporal/cronológica e biológica. Do ponto de vista populacional, o envelhecimento da estrutura etária tem como principal agente a redução da fecundidade. Na medida em que a transição demográfica 1 tende a se completar, ganhos adicionais na esperança de vida do idoso passam a contribuir para o envelhecimento populacional. O Brasil está num estágio bastante avançado da transição de fecundidade e, por isso, ganhos de esperança de vida em idades avançadas começam a representar uma contribuição para esse fenômeno. No contexto de uma população caminhando para o envelhecimento, a compreensão do universo do idoso passa a representar um importante campo de investigação. No Brasil ainda existem poucas pesquisas voltadas para esse grupo. O projeto Salud, Bienestar y Envejecimiento (SABE), da Organização Pan-Americana de Saúde, realizou uma pesquisa no país, em 2000, para a área urbana de São Paulo capital 2. Apesar da riqueza do questionário e da adequação para o idoso, a amostra não é representativa para o país nem para regiões rurais. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou um suplemento em seu questionário sobre saúde em 1981, 1986, 1988, 1998 e 2003, embora somente essas duas últimas abordem um panorama amplo sobre saúde. As demais PNADs só abordaram questões relativas ao tema de acesso aos serviços de saúde, impossibilitando descrições e análises de panoramas mais abrangentes (Viegas, 2002). Vem crescendo, paulatinamente, a bibliografia que discute a situação do idoso brasileiro, especialmente algumas referências quanto à importância do arranjo familiar no qual ele se insere e suas intersecções com os diferenciais de gênero (ver, por exemplo, Yazaki & Ramos, 1991; Saad, 1998; Pinheiro et al., 2002; Nascimento, 2001 in Wong (org.); Medeiros & Osório, 2002a; Medeiros & Osório, 2002b; Goldani, 1999; Goldani, 1985). Existem diversos estudos sobre a importância da família para a saúde do idoso e do suporte das redes sociais (na qual a família se insere) para a população acima de 65 anos nos países desenvolvidos. As conclusões, embora controversas pelas diferentes opções metodológicas que se adotem ao estudar tal influência, apontam para a relevância da rede de suporte, especialmente a unidade doméstica, na etiologia social da saúde. Há, porém, uma 1 O conceito de transição demográfica pode ser entendido, grosso modo, como a passagem de altas para baixas taxas de natalidade e mortalidade (Notestein, 1953). 2 A rodada foi realizada para mais 6 cidades da América Latina, o que faz da SABE uma pesquisa passível de comparação internacional. Infelizmente, porém, somente cidades de grande porte, que por sua natureza apresentam seletividade sócio-econômica, foram eleitas a participar do Projeto SABE. 2

3 questão de discussão sobre causação entre arranjos familiares e saúde: existe uma certa circularidade, com as composições familiares podendo alterar e ser alteradas pelas condições de saúde de seus moradores idosos. Dois artigos (Auslander & Litwin, 1990; Mor-Barak & Miller, 1991) discutem a influência de determinadas redes de apoio familiar e social sobre a morbimortalidade. O estudo de Rahman (1999) sobre a população rural de Bangladesh captou a influência do tipo de família como sendo importante para a mortalidade, com os resultados apontando para uma maior redução do risco de morte para os idosos que moram com cônjuge e/ou filhos. Esses resultados também parecem ser verdadeiros para o caso de acesso à assistência da vida cotidiana 1 e também para renda (Romero, 2002). Do ponto de vista dos diferenciais de gênero sobre a saúde do idoso, sabe-se que estes vivenciam o envelhecimento de forma diversa de acordo com o sexo: mulheres, em geral, vivem mais e, portanto, estão mais expostas a condições de morbidade em idades mais avançadas que os homens. Em geral, a posição na estrutura familiar e de renda da mulher é mais precária do que a do homem e, como este morre antes de suas esposas, apresentam a vantagem de ter uma cuidadora até o fim de sua vida. O elemento de subjetividade também interfere na percepção de morbidade por gênero. Um fator adicional: as mulheres, por terem hábito de maior acompanhamento médico, especialmente ginecológico, apresentam maiores taxas de declaração ou detecção de doenças, ao contrário dos homens, em parte, devido a questões de negligência desses últimos. As relações de gênero devem ser sempre analisadas através do filtro das condições estruturais e sócio-demográficas que interferem na conexão entre estrutura familiar e condições de saúde do idoso. Especialmente num país com uma distribuição de renda muito assimétrica, como é o caso brasileiro, a estrutura domiciliar é, muitas vezes, determinada pela renda domiciliar e as análises devem contemplar os diferenciais por sexo de acordo com as posições dos indivíduos na distribuição de renda. Esses efeitos diferenciais por gênero também devem incorporar, na inter-relação entre estrutura domiciliar e condicionantes de saúde, a disparidade entre áreas rurais e urbanas e entre regiões metropolitanas e municípios. A incorporação da distribuição em quantis de renda domiciliar nos permite analisar de que maneira o diferencial de gênero influencia nos resultados de saúde do idoso ao longo das classes de renda. Essa análise é importante por dois motivos: a) posição de fragilidade da mulher na distribuição de renda; b) correlação entre determinados tipos de arranjo familiar e renda de acordo com o gênero. Na tentativa de captar o efeito o mais líquido possível do diferencial de gênero em termos da influência da renda e da estrutura domiciliar sobre alguns resultados de saúde do idoso, foram realizadas análises de regressão logística múltipla, utilizando diversos controles que são intervenientes na relação entre as variáveis estado (renda e estrutura domiciliar) e as variáveis resposta. Mesmo reconhecendo que a percepção de saúde varia com a idade, com o gênero e dependendo das circunstâncias de trabalho, culturais, funcionais e emocionais, a variável de estado de saúde auto-referido foi utilizada por ser, reconhecidamente, uma pergunta sensível às condições sócio-demográficas. Além disto, essa variável apresenta-se como um indicador amplo da qualidade de vida e da morbidade, além da sua utilidade como preditor da mortalidade futura (Romero, 2002). Ademais, o estudo de Almeida et al. (2002) encontrou associação significativa 1 Por assistência à vida cotidiana entende-se a prestação de serviços com caráter de ajuda de terceiros e/ou familiares próximos quanto a transporte, cuidados médicos, serviços e manutenção da casa (Romero, 2002). 3

4 entre prevalência de doença crônica e má avaliação do estado de saúde, embora esse estudo enfoque todo o ciclo de vida, sem procurar captar os diferenciais específicos por gênero. No presente trabalho, procurou-se utilizar alguns indicadores de acesso e utilização do serviço de saúde, buscando incluir a consulta ao dentista, ao médico e internação nos últimos 12 meses. Indicadores de mobilidade física também foram abordados. A literatura recente no Brasil sobre acesso e utilização dos serviços aponta para uma associação significativa entre estes e a presença de doenças crônicas (Almeida et al., 2002). O mesmo estudo não obteve diferença significativa do número de consultas médicas por estratos de renda em nenhum grupo etário no ciclo de vida. Essa é uma questão que pode levantar indícios sobre a quebra de determinadas barreiras ao acesso do serviço de saúde no Brasil após implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), algo ainda a ser melhor analisado (Vianna et al., 2001). É importante ressaltar que se está trabalhando com diferentes variáveis dependentes: status auto-referido de saúde; diagnóstico de doenças crônicas; consulta ao médico nos últimos 12 meses; consulta ao dentista nos últimos 12 meses; episódio de internação nos últimos 12 meses; dificuldade de mobilidade física. Essa é uma tentativa de captar resultados amplos de saúde dos idosos chefes de domicílio no Brasil. Apesar do critério médico e fisiológico também adotado na formulação das perguntas, ainda repousa uma dose de subjetividade na interpretação por parte dos respondentes. Podemos, apesar disso, dividir a análise em três grupos: morbidade (status de saúde e diagnóstico de doenças crônicas); acesso e utilização aos serviços (consulta ao médico, ao dentista e internação) e, por fim, funcionalidade (detecção de restrições de mobilidade física). O objetivo é tentar perceber se esses diferenciais de gênero persistem na medida em que se muda a forma de tentar mapear os resultados amplos de saúde dos idosos. Essa primeira parte do estudo aborda as questões de natureza teórica e os principais achados sobre os resultados de saúde do idoso e demais grupos etários em anos recentes. A segunda parte trata da metodologia utilizada para obtenção dos resultados. A terceira parte está subdividida em dois grandes blocos: a análise de resultados fica separada em a) parte descritiva e b) parte inferencial. Por último, apresentam-se algumas considerações finais sobre os resultados obtidos e proposições à guisa de conclusão. Os indicadores de oferta, financiamento, qualidade e satisfação da saúde ficaram de fora por se tratar de outro universo. Compreende-se que esses fatores estão inter-relacionados; porém, avanços na análise dessas conexões ficam em aberto para um próximo estudo. METODOLOGIA O presente trabalho utilizou os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, com o suplemento de saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão da amostra foi feita considerado o seu desenho amostral, seguindo a recomendação de Lee et al. (1989), garantindo, assim, a correta representatividade populacional. Esses pesos relativos são obtidos dividindo o peso original pela média dos pesos. A PNAD 2003 consta de observações de pessoas, com domicílios. Para o presente estudo foram selecionados apenas as pessoas de 60 anos e mais de idade (conceito adotado de idoso), não-indígenas, e que são chefes de domicílio. A amostra final ficou, portanto, reduzida a observações. O segundo filtro foi feito apenas para os auto-respondentes sobre 4

5 informações de saúde e mobilidade física 1. A justificativa da inclusão das pessoas entre 60 e 64 anos, seguindo a recomendação das Nações Unidas para os países em desenvolvimento, advém do fato de que a estrutura etária brasileira dos idosos é bastante rejuvenescida e a exclusão destes limita muito o número de casos, embora se reconheça que em muitas características os indivíduos desse grupo assemelham-se mais a adultos em idade avançada do que aos idosos acima de 65 anos. A restrição aos chefes de domicílio advém de uma limitação da PNAD em não captar as relações de parentesco dos indivíduos com o idoso, a não ser que ele seja chefe de domicílio, diferentemente do projeto SABE que, por ser uma pesquisa específica para o grupo senil, possui, em seu questionário, a pergunta da relação de parentesco com o idoso. As informações sobre relação de parentesco e sobre família na PNAD são consideradas de boa qualidade de acordo com o diagnóstico realizado por Medeiros et al. (2002). Reconhece-se a seletividade na análise ao se trabalhar apenas com pessoas de referência. Para definir uma proxy para o status sócio-econômico foi utilizada a distribuição quintílica da renda domiciliar per capita (QRPC). O uso dos quantis de renda é útil especialmente no posicionamento dos indivíduos na desigual estrutura de renda brasileira (Oliveira & Caetano, 2005) e segue a recomendação modificada de Vianna et al. (2001). As demais variáveis de controle reconhecem os diferenciais nas condições de acesso e estrutura ao bem-estar do idoso: área censitária, situação censitária, cor ou raça, idade, indicador de se trabalhava na semana de referência, grau de escolaridade, tamanho do domicílio, indicadores de morbidade (estar acamado e deixar de realizar tarefas habituais por motivo de saúde nos últimos 15 dias). O modelo inferencial empregado foi o logístico múltiplo 2. RESULTADOS GERAIS Os resultados estão divididos em duas partes: na primeira, encontra-se a análise descritiva dos resultados obtidos por gênero; na segunda, a análise inferencial, a qual incorpora os modelos de regressão logística múltipla para os seis resultados de saúde do idoso abordados no estudo. ANÁLISE DESCRITIVA A seguir serão descritas, sucintamente, algumas informações demográficas dos idosos chefes de domicílio: a) 61,45% de homens contra 38,55% de mulheres; 80,35% dos primeiros residem em área urbana contra 89,09% das últimas; 55,37% dos idosos tinham entre 60 e 69 anos, com a proporção por sexo atingindo 58,91% e 49,73% para homens e mulheres, respectivamente. A região com maior percentual de chefes femininos idosos foi a Sudeste, com 39,93%, ao passo que a com o menor percentual foi o Centro-Oeste, com 35,11%. A proporção de negros é bem similar segundo o sexo, correspondendo a 41,13% e 41,06% para homens e mulheres, nessa ordem. 1 Nas informações sobre saúde, os auto-respondentes somaram pessoas acima de 60 anos e os autorespondentes sobre mobilidade física, indivíduos. 2 Os modelos logísticos são menos sensíveis a erros e viés de estimação para menores números (amostras reduzidas) do que os modelos lineares tradicionais, que pressupõe normalidade no resíduo e variância constante (Hosmer e Lemeshow, 2000). 5

6 Tabela 1 Características demográficas por sexo segundo faixa etária, Brasil, 2003 Masculino Feminino Faixa etária Urbana Rural Urbana Rural 60 a 64 anos 79,5 20,5 89,9 10,1 65 a 69 anos 81,5 18,5 90,3 9,7 70 a 74 anos 80,7 19,3 89,5 10,5 75 a 79 anos 81,0 19,0 90,0 10,0 80 anos ou mais 78,5 21,5 84,1 15,9 Total 80,4 19,6 89,1 10,9 Não negros Negros Não negros Negros 60 a 64 anos 57,5 42,5 54,6 45,4 65 a 69 anos 58,6 41,4 57,5 42,5 70 a 74 anos 59,7 40,3 60,2 39,8 75 a 79 anos 61,0 39,0 61,6 38,4 80 anos ou mais 59,9 40,1 64,4 35,6 Total 58,9 41,1 58,9 41,1 Fonte:Elaboração própria a partir da PNAD,2003 Nota:Não negros = brancos e amarelos, negros = negros e pardos, população indígena excluída. Na TAB. 2 encontram-se os indicadores selecionados de morbidade dos idosos chefes de domicílio acima de 60 anos de idade, segundo idade e sexo. As mulheres, até 74 anos, avaliaram negativamente sua saúde em maiores proporções do que os homens. Essa tendência reverteu-se a partir dos 75 anos 1. Parte dessa reversão pode ser explicada pela maior proporção de homens na amostra ao serem filtrados apenas os chefes do domicílio. As mulheres chefes podem estar representando um componente de seletividade por conta da autonomia, ou seja, as mulheres que chefiam domicílio o fazem porque estão em melhores condições gerais de saúde, caso contrário, deveriam estar morando com filhos e/ ou outros parentes, perdendo a condição de pessoa de referência. Para o indicador de morbidade deixar de realizar qualquer atividade habitual por motivo de saúde, as proporções de resposta positiva foram maiores para as mulheres em todas as idades. A mesma relação desfavorável para as mulheres foi observada para todos os demais indicadores selecionados, estar acamado nos últimos 15 dias e diagnóstico médico de pelo menos 2 doenças crônicas 2. A opção pelo corte de pelo menos 2 doenças crônicas diagnosticadas por um médico é arbitrária na tentativa de estabelecer um melhor indicador de desvio da 1 Quando se faz a mesma descrição de freqüência para todos os idosos, pessoas de referência ou não, as mulheres reportaram avaliação negativa com menor proporção para todas as idades (resultados não apresentados). 2 Houve maior proporção de idosos, de ambos os sexos, reportando doenças crônicas diagnosticadas por médico para quem possuía plano de saúde, assim como maior utilização dos serviços de saúde por parte desses (quase o dobro quando se possuía plano de saúde, com o nível de utilização maior para as mulheres do que para os homens), respaldando os resultados de Almeida et al. (2002). As medidas de utilização dos serviços aqui empregadas foram número de vezes de ida ao médico em 12 meses e número de vezes internado nos últimos 12 meses. Os diferenciais por posse de plano de saúde dos que possuíam pelo menos 2 doenças crônicas quando controlados por número de vezes internado apresentaram resultados correlatos. 6

7 normalidade, dado que na medida em que se envelhece ao menos 1 doença crônica é aproximadamente esperado ocorrer no indivíduo 1. Tabela 2 Indicadores de morbidade segundo faixa etária e sexo, Brasil,2003 Auto percepção do estado Masculino Feminino de saúde do indivíduo Bom Regular Ruim Bom Regular Ruim 60 a 64 anos 53,1 37,9 9,0 47,0 42,2 10,8 65 a 69 anos 47,5 42,1 10,4 44,4 45,5 10,2 70 a 74 anos 43,3 44,3 12,4 42,2 43,8 14,0 75 a 79 anos 39,3 45,8 14,9 40,0 45,4 14,7 80 anos ou mais 35,0 44,8 20,1 36,9 45,8 17,3 Total 46,0 42,0 11,9 43,0 44,3 12,7 Deixou de realizar qualquer atividade habitual por motivo de saúde nas duas últimas semanas? Sim Não Sim Não 60 a 64 anos 10,1 89,9 13,7 86,3 65 a 69 anos 9,7 90,3 12,8 87,2 70 a 74 anos 12,5 87,5 14,7 85,3 75 a 79 anos 11,5 88,5 15,4 84,6 80 anos ou mais 14,8 85,2 16,6 83,4 Total 11,1 88,9 14,3 85,7 Esteve acamado nas duas últimas semanas Sim Não Sim Não 60 a 64 anos 4,8 95,2 8,0 92,0 65 a 69 anos 5,0 95,0 6,9 93,1 70 a 74 anos 6,1 93,9 8,6 91,4 75 a 79 anos 6,1 93,9 9,5 90,5 80 anos ou mais 7,2 92,8 10,0 90,0 Total 5,5 94,5 8,3 91,7 Referência a pelo menos Menos que Pelo menos duas Menos que Pelo menos duas duas doenças crônicas uma doenças crônicas uma doenças crônicas 60 a 64 anos 62,4 37,6 44,7 55,3 65 a 69 anos 59,6 40,4 41,9 58,1 70 a 74 anos 53,3 46,7 39,1 60,9 75 a 79 anos 52,7 47,3 40,9 59,1 80 anos ou mais 52,1 47,9 41,1 58,9 Total 57,5 42,5 41,8 58,2 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD,2003 Nota: Auto-percepção: bom = muito bom + bom, ruim = ruim + muito ruim 1 Essa pergunta, de prevalência de doenças crônicas, mudou a sua forma de ser perguntada no questionário, entre as PNADs de 1998 e Na PNAD/98, a pergunta retratava doenças crônicas avaliadas pelo próprio entrevistado; na PNAD/2003 a pergunta passou a ser se o indivíduo apresentava alguma doença crônica (os mesmos 12 tipos da anterior), porém com o crivo de um diagnóstico médico. Essa mudança na forma de se perguntar procurou adequarse a uma maior objetividade, respaldada pelo critério médico de identificação de doenças. 7

8 Na TAB. 3 estão resumidos os indicadores de utilização dos serviços de saúde. Aqui o perfil muda em relação aos indicadores de morbidade. As mulheres, pessoas de referência, acima de 60 anos, foram ao dentista e sofreram internação nos últimos 12 meses em menores proporções do que os homens de mesma idade. No entanto, uma maior proporção destas foi ao médico no mesmo período de referência em todos os grupos etários 1. Deve-se sempre ter em mente a diferença de estrutura etária (mais rejuvenescida para os idosos do sexo masculino), que causam distorções nos indicadores de morbidade e utilização dos serviços de saúde. Isso pode ser resolvido por um simples exercício de padronização. Essa forma de correção do efeito de estrutura etária é feito prontamente na parte inferencial, para os modelos de regressão logística. Ademais, a maior proporção de homens chefes que foram ao dentista nos últimos 12 meses é explicada, em parte, pela maior proporção de homens com plano odontológico específico, 2,48%, contra 1,83% de mulheres 2. Tabela 3 Distribuição de uso de serviços de saúde segundo faixa etária e sexo, Brasil, 2003 Consultou médico nos últimos 12 meses? Masculino Sim Não Feminino Sim Não 60 a 64 anos 66,1 33,9 83,1 16,9 65 a 69 anos 69,7 30,3 83,9 16,1 70 a 74 anos 72,1 27,9 84,1 15,9 75 a 79 anos 76,3 23,7 82,6 17,4 80 anos ou mais 75,4 24,6 82,1 17,9 Total 70,5 29,5 83,3 16,7 Esteve internado nos últimos 12 meses? Sim Não Sim Não 60 a 64 anos 9,5 90,5 9,8 90,2 65 a 69 anos 10,8 89,2 9,8 90,2 70 a 74 anos 13,8 86,2 11,5 88,5 75 a 79 anos 14,3 85,7 12,3 87,7 80 anos ou mais 17,8 82,2 15,1 84,9 Total 12,2 87,8 11,1 88,9 Quanto tempo desde a Menos de Menos de última consulta ao dentista 1 ano Nunca 1 ano Nunca 60 a 64 anos 22,5 5,5 21,0 3,4 65 a 69 anos 19,0 7,0 17,8 4,2 70 a 74 anos 18,3 5,7 14,9 5,5 75 a 79 anos 14,6 7,2 13,2 5,8 80 anos ou mais 11,1 8,8 8,8 8,0 Total 18,6 6,5 16,3 5,0 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, Os diferenciais de ida ao médico e dentista são mais pronunciados quando controlados por indicador de posse de plano de saúde. A proporção de quem foi ao médico nos últimos 12 meses, segundo posse ou não de plano de saúde, modificou-se muito menos, para ambos os sexos, se comparada com a proporção de ida ao dentista no mesmo lapso de tempo. A diferença na proporção foi ainda mais pronunciada desfavoravelmente para as mulheres. 2 No entanto, a proporção de quem declara nunca ter ido ao dentista é menor para as mulheres do que para os homens. 8

9 Na tabela seguinte encontram-se as 7 perguntas sobre mobilidade física apresentadas na PNAD Fica claro o diferencial de gênero desfavorável para as mulheres chefe de domicílio em termos de dificuldade de mobilidade (por grupo de idade). Apesar destas poderem ser representativas de um grupo com maior autonomia, sua maior longevidade provavelmente estaria interferindo em suas maiores proporções de dificuldade com as mobilidades físicas referendadas na pesquisa. Em geral, para os três grupos de resultados de saúde do idoso, os diferenciais de gênero apresentaram-se desfavoráveis para as mulheres e os possíveis efeitos de confundimento, quais seja, renda, estrutura etária, arranjo domiciliar, dentre outras, serão consideradas na parte inferencial. Tabela 4 Distribuição dos indicadores de mobilidade,segundo faixa etária e sexo,brasil,2003 Tem dificuldade para alimentar-se, Tem dificuldade Não tem dificuldade tomar banho ou ir ao banheiro Masculino Feminino Masculino Feminino 60 a 64 anos 5,0 7,8 95,0 92,2 65 a 69 anos 6,3 9,7 93,7 90,3 70 a 74 anos 9,3 12,5 90,7 87,5 75 a 79 anos 12,0 16,0 88,0 84,0 80 anos e mais 19,6 22,5 80,4 77,5 Total 8,6 12,3 91,4 87,7 Tem dificuldade para correr, levantar objetos pesados, praticar esportes ou realizar trabalhos pesados 60 a 64 anos 45,1 60,6 54,9 39,4 65 a 69 anos 53,5 66,8 46,5 33,2 70 a 74 anos 63,6 71,1 36,4 28,9 75 a 79 anos 70,4 76,1 29,6 23,9 80 anos e mais 78,4 85,8 21,6 14,2 Total 57,5 69,6 42,5 30,4 Tem dificuldade para empurrar mesa ou realizar consertos domésticos 60 a 64 anos 19,2 37,5 80,8 62,5 65 a 69 anos 24,0 42,2 76,0 57,8 70 a 74 anos 31,9 43,4 68,1 56,6 75 a 79 anos 38,4 51,9 61,6 48,1 80 anos e mais 51,9 67,9 48,1 32,1 Total 28,6 45,5 71,4 54,5 Tem dificuldade para subir ladeira ou escada 60 a 64 anos 30,5 51,5 69,5 48,5 65 a 69 anos 38,6 57,0 61,4 43,0 70 a 74 anos 45,7 61,3 54,3 38,7 75 a 79 anos 55,1 67,7 44,9 32,3 80 anos e mais 66,1 77,9 33,9 22,1 Total 42,3 60,4 57,7 39,6 continua na próxima página 9

10 continuação da tabela 4 Tem dificuldade para abaixar-se, ajoelhar-se ou curvar-se 60 a 64 anos 29,4 47,6 70,6 52,4 65 a 69 anos 35,8 53,1 64,2 46,9 70 a 74 anos 42,9 56,8 57,1 43,2 75 a 79 anos 49,5 67,4 50,5 32,6 80 anos e mais 63,7 75,1 36,3 24,9 Total 39,6 57,0 60,4 43,0 Tem dificuldade para andar mais do que um quilômetro 60 a 64 anos 19,7 38,4 80,3 61,6 65 a 69 anos 25,8 43,8 74,2 56,2 70 a 74 anos 32,3 47,2 67,7 52,8 75 a 79 anos 37,0 58,0 63,0 42,0 80 anos e mais 53,5 69,3 46,5 30,7 Total 29,3 48,0 70,7 52,0 Tem dificuldade para andar cerca de 100 metros 60 a 64 anos 6,4 13,9 93,6 86,1 65 a 69 anos 9,4 16,6 90,6 83,4 70 a 74 anos 12,4 20,6 87,6 79,4 75 a 79 anos 16,2 29,2 83,8 70,8 80 anos e mais 27,1 39,0 72,9 61,0 Total 11,6 21,1 88,4 78,9 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD,2003 Nota: Dificuldade de Mobilidade = Não consegue + Grande dificuldade + Pequena dificuldade Na TAB. 5 resumem-se as proporções, segundo sexo, dos idosos por quintil de renda, de acordo com os seis indicadores de saúde aqui analisados. Verificam-se efeitos em duas direções: as proporções são sensíveis à distribuição de renda, exceto para o indicador de doenças crônicas, que apresenta uma distribuição, para ambos os sexos, aproximadamente monotônica em relação aos quintis. O outro efeito trata-se da posição desfavorável das mulheres nos indicadores de morbidade e dificuldade de mobilidade física. Os dois resultados de saúde mais sensíveis à distribuição de renda são a auto-avaliação do estado de saúde e a incidência de ida ao dentista. Tabela 5 Resultados de saúde dos Idosos acima de 60 anos por Quintis de Renda Domiciliar, Brasil, 2003 Quintil Idoso em bom Pelo menos duas Idosos com pelos de renda domiciliar estado de saúde doenças crônicas menos 2 dificuldades de mobilidade Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 1 35,1 33,7 40,7 55,0 52,2 69,5 2 35,0 33,1 46,1 61,1 59,0 71,6 3 43,7 42,5 45,3 55,9 51,6 62,7 4 49,1 46,0 42,2 61,6 45,7 64,3 5 67,7 63,5 39,3 55,7 32,8 55,5 Total 45,6 42,7 42,7 58,4 48,7 65,6 10

11 continuação da tabela 5 Quintil Esteve internado nos Visitaram médico Visitaram dentista de renda últimos 12 meses nos últimos 12 meses nos últimos 12 meses domiciliar Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 1 12,7 10,7 64,9 78,6 9,0 9,5 2 14,0 12,0 69,3 81,8 10,4 7,9 3 12,4 10,2 70,0 85,2 14,6 12,8 4 10,7 12,0 71,2 84,9 17,3 15,9 5 11,0 10,2 78,4 88,0 40,6 37,8 Total 12,3 11,2 70,7 83,4 18,3 16,1 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota: Status de saúde: Bom = Muito Bom + Bom Na TAB. 6 estão discriminadas algumas características sócio-econômicas selecionadas dos idosos segundo o sexo. As mulheres idosas, pessoa de referência, apresentam menor nível de escolaridade, em todos os quintis de renda, do que os homens, ao contrário da média por gênero da população total. Isso reflete comportamento de coortes antigas, em que a educação era extremamente seletiva por gênero. No entanto, a proporção de mulheres possuidoras de plano de saúde é maior em todos os quintis. Como foi verificado anteriormente, a maior proporção de mulheres com doenças crônicas é afetado não somente pela estrutura etária, como pela maior utilização do serviço clínico. Tabela 6 Características Sócio-econômicas por Quintis de Renda Domiciliar,Brasil, 2003 Quintil Menos de 1 ano Sabe ler e Possui plano de renda de estudo escrever de saúde domiciliar Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 1 55,0 61,5 50,8 41,0 4,7 6,7 2 51,2 56,1 55,4 47,1 10,0 13,7 3 34,0 37,9 70,6 67,0 20,6 23,6 4 20,2 27,3 85,2 76,7 35,0 37,0 5 5,3 9,4 97,2 93,6 70,1 73,6 Total 34,4 40,0 70,7 63,4 27,3 30,0 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota: Ao possuir plano de saúde uniu-se quem tinha um plano + mais de um plano Podemos analisar os diferenciais de gênero sobre os arranjos domiciliares, distribuídos pelos quintis de renda. O arranjo domiciliar foi dividido em 5 categorias: sozinho, casal sem filhos, sem cônjuge com filhos e/ou parentes, casado com filhos e/ou parentes e os demais (como categoria residual). Essa última categoria apresenta-se aproximadamente monotonicamente distribuída. No entanto, ao observarmos o quintil mais baixo, verifica-se que tanto mulheres quanto homens estão concentrados nos domicílios com filhos e/ou parentes (as mulheres nos domicílios sem cônjuge e os homens nos domicílios com cônjuge). Ao caminharmos para o último quintil de renda, a situação se inverte: a maior concentração ocorre para os domicílios 11

12 sem filhos e/ou parentes, o que já era previsível pelas mais elevadas condições de autonomia do idoso mais favorecido economicamente. O status civil permanece intacto por gênero ao comparamos os quintis extremos, modificando apenas a presença de filhos e/ou parentes. Tabela 7 Estrutura Domiciliar do Idoso por Quintis de Renda,Brasil, 2003 Quintil Casal Sem cônjuge Casado de renda Sozinho sem filhos com filhos/parentes com filhos/parentes Demais domiciliar Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino 1 3,6 4,9 15,0 1,6 4,4 37,4 24,4 0,9 52,5 55,2 2 15,1 46,8 27,9 2,0 2,2 16,8 9,6 0,5 45,3 33,9 3 7,1 19,3 31,6 2,4 2,1 21,7 8,9 1,6 50,3 55,0 4 10,9 39,8 35,0 1,5 1,3 14,2 7,7 0,6 45,1 43,9 5 12,0 43,4 37,8 2,5 1,2 11,1 3,8 0,1 45,1 42,8 Total 10,2 33,5 29,1 2,0 2,3 19,7 11,1 0,6 47,4 44,2 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nas TAB. 8 e 9 fica clara a pior posição do idoso masculino com cônjuge, filhos e parentes, tanto em suas características sócio-econômicas quanto nos seus resultados de saúde (o oposto se verifica para os idosos homens que moram apenas com sua cônjuge, sem filhos). Para a mulher, a pior posição é para as que moram sem o cônjuge com filhos e/ ou parentes, confirmando os valores por quintil de renda da TAB. 7. Tabela 8 Características Sócio-econômicas por Arranjo Domiciliar,Brasil, 2003 Menos de 1 ano Sabe ler e Possui plano Arranjo de estudo escrever de saúde domiciliar Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Sozinho 44,9 37,6 59,2 66,0 19,2 33,8 Casal sem filhos 28,3 29,1 76,8 73,6 35,3 31,8 Sem conjuge c/filhos/pare 42,0 43,5 63,2 58,9 15,1 25,1 Casado c/ filhos/parentes 42,8 35,0 61,3 63,7 18,3 17,1 Demais 32,9 39,9 72,7 63,8 28,1 30,4 Total 34,1 39,6 71,0 63,7 27,9 30,4 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota: Ao possuir plano de saúde uniu-se quem tinha um plano + mais de um plano Observa-se, no entanto, que para alguns resultados de saúde, as mulheres idosas chefe de domicílio casadas com filhos e/ou parentes, que são uma extrema minoria, apresentavam-se em piores condições do que as sem cônjuge. 12

13 Tabela 9 Resultados de saúde dos Idosos acima de 60 anos por Arranjo Domiciliar, Brasil, 2003 Idoso em bom Pelo menos duas Esteve internado nos Arranjo domiciliar estado de saúde doenças crônicas últimos 12 meses Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Sozinho 44,3 45,6 44,0 58,7 12,2 12,0 Casal sem filhos 46,3 42,6 44,7 57,6 12,4 12,1 Sem conjuge c/filhos/paren 43,6 42,6 41,9 58,2 14,0 9,6 Casado c/ filhos/parentes 41,5 45,4 41,5 61,8 10,3 11,7 Demais 47,4 41,1 40,7 57,8 12,3 11,0 Total 46,0 43,0 42,5 58,2 12,2 11,1 Visitaram médico Visitaram dentista Idosos com pelos Arranjo domiciliar nos últimos 12 meses nos últimos 12 meses menos 2 dificuldades de mobilidade Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Sozinho 67,5 84,1 15,2 17,5 52,8 66,7 Casal sem filhos 74,3 87,1 20,4 19,4 50,6 66,0 Sem conjuge c/filhos/paren 70,7 83,3 12,9 14,5 49,6 63,5 Casado c/ filhos/parentes 65,0 74,2 13,1 13,0 48,3 73,3 Demais 70,1 82,7 19,9 15,9 45,5 65,3 Total 70,5 83,3 18,6 16,3 48,5 65,6 Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota: Status de saúde: Bom = Muito Bom + Bom ANÁLISE INFERENCIAL Na TAB. 10 estão resumidas as informações de todas as variáveis utilizadas nas regressões. Foram regredidos 4 modelos logísticos múltiplos 1 para cada sexo, corrigidos por eveentuais problemas de heterocedasticidade: os dois primeiros modelos analisando o efeito da renda domiciliar per capita (em termos de distribuição quintílica) sobre os resultados de saúde do idoso chefe de domicílio, e os dois últimos modelos tentando captar a influência da presença de filhos e/ou parentes no domicílio do idoso sobre os seus resultados de saúde. No modelo 1, a distribuição quintilica de renda domiciliar foi significativa, em especial em seus valores mais elevados, para todos os resultados de saúde, exceto para doenças crônicas e internação. A maior sensibilidade à renda foi verificada na auto-avaliação de saúde e ida ao dentista, com a chance de um idoso declarar estado positivo de saúde aproximadamente 7,5 vezes maior no 5º quintil do que no quintil mais baixo (com uma maior diferença na chance entre os quintis extremos para a mulher). Para a ida ao dentista, 7 vezes a chance para os homens e 6 para as mulheres. 13

14 Variáveis Dependente stsaude1 mob_pm2 cronicas_pm2 consdent consmed internado Independente quintis da renda domiciliar arranjo domiciliar idade sexo grupocor região sitdom metrop trabalhou planosaude grupesc lntamdom iddrend acamado doente ncronicas internado stsaude1 idoso_filpar Fonte: Elaboração própria Descrição Tabela 10 Variáveis Utilizadas status de saúde: 1 - bom (bom + muito bom); 0 - ruim (ruim + muito ruim) pelo menos 2 dificuldades de locomoção: 1 - sim; 0 - não pelo menos 2 doenças crônicas: 1 - sim; 0 - não consultou dentista nos últimos 12 meses: 1 - sim; 0 - não consultou médico nos últimos 12 meses: 1 - sim; 0 - não sofreu internação nos últimos 12 meses: 1 - sim; 0 - não 5 indicadoras para cada quintil de renda domiciliar per capita 5 indicadoras: sozinho (omitida); casal sem filhos; s_conj_c_filpar [sem conjuge com filho(a)s/parentes]; c_conj_c_filpar [com cônjuge com filho(a)s/parentes]; demais idade do idoso >= 60 anos sexo do idoso: 1 - mulher; 0 - homem grupo de cor: 0 - negros (pretos + pardos); 1 - não-negros (brancos + amarelos) 5 indicadoras de macrorregião geográfica: nordeste (omitida), norte, centro-oeste, sudeste, sul situação de domicílio: 0 - rural; 1 - urbana área censitária: 0 - não-metropolitana; 1 - metropolitana se trabalhou na semana de referência: 1 - sim; 0 - não se tem plano de saúde: 1 - sim; 0 - não 6 indicadoras de escolaridade do idoso: 0 a 1 ano (omitida); 1 a 3 anos; 4 a 7 anos; 8 a 10 anos; 11 a 14 anos; 15 anos e mais logaritmo do tamanho do domicílio termo interativo da idade * logaritmo da renda domiciliar se esteve acamado nas 2 últimas semanas: 1 - sim; 0 - não se deixou de realizar alguma atividade habitual por motivo de saúde nas 2 últimas semanas: 1 - sim; 0 - não número de doenças crônicas diagnosticadas por um médico sofreu internação nos últimos 12 meses: 1 - sim; 0 - não status de saúde: 1 - bom (bom + muito bom); 0 - ruim (ruim + muito ruim) indicadora de se o idoso mora com filho(a)s e/ou parentes: 1 - sim; 0 - não Após controlado pelos demais fatores omitidos, a renda continou significativa para a ida ao dentista e a auto-avaliação do estado de saúde para os homens, embora para as mulheres a distribuição quintílica tenha perdido significância estatística para consulta ao dentista. No entanto, para estas, após incluídos os controles, o indicador de dificuldade de mobilidade física mostrou-se sensível aos diferenciais relativos de renda. Para os idosos homens, a renda foi significa em seus quintis extremos, mesmo após os controles, exceto para internação. Para as mulheres, a significância da renda só se verificou para o status auto-referido de saúde e dificuldade de mobilidade. A variável cor (que capta diferenciais não somente biológicos como também sociais, pela sua forma de auto-identificação), foi significativa apenas para doenças crônicas e dificuldade de mobilidade nos homens, não o sendo para nenhum dos resultados nas mulheres. Os diferenciais regionais não se mostraram significativos nem para consulta ao médico (homens e mulheres) nem para mobilidade física nos homens e internação nas mulheres. O indicador de atividade (trabalho) foi importante em todos os resultados de saúde para os homens (para as mulheres, mobilidade física, consulta ao médico de saúde auto-avaliada). A escolaridade, para os homens, não afetou significativamente os resultados de internação e mobilidade física e também não o foi para internação e consulta ao médico para as mulheres. 14

15 Tabela 11 Razões de Chance dos Logitos para os Resultados de Saúde do Idoso Homem, Chefe de Domicílio, de 60 anos e mais, Brasil, 2003 Variáveis Independent Variáveis Dependentes stsaude1 cronicas_pm2 mob_pm2 consmed consdent internado Modelo 1 Quintil2 1,1089 1,2142* 1,2356* 1,1938** 1,2775* 1,1626 Quintil3 2,0409* 1,2020** 0,9835 1,1868*** 1,9080* 1,0806 Quintil4 3,1511* 1,0591 0,7527* 1,3120* 2,0525* 0,7885** Quintil5 7,1695* 0,9556 0,4572* 1,9500* 6,9829* 0,9076 Modelo 2 Quintil2 1,4320** 1,5538* 0,9126 1,1126 1,3715** 0,8481 Quintil3 1,7741* 1,8266* 1,1843 1,0419 1,5899* 0,9713 Quintil4 2,2097* 1,5920* 0,7822*** 1,2105*** 1,4364* 0,7257 Quintil5 3,1780* 1,8815* 0,6618* 1,5022* 2,2486* 0,6907 idade 0,9815** 1,0139** 1,0535* 1,0091** 0,9744* 1,0212* grupocor 1,0443 0,8048** 1,1612*** 0,9973 1,0006 0,9272 norte 1,5220** 1,6298* 0,7760 1,2094 0,9422 1,1097 coeste 2,6216* 1,7826* 1,3243** 0,9699 1,2364* 1,6078** sul 2,5131* 1,6504* 0,9531 1,0413 1,6264* 1,4645** sudeste 2,0215* 1,3845* 0,9951 1,1071 1,1156* 1,0011 sitdom 1,3746** 1,3555* 0,8524 1,2137** 1,1407 1,0170 metrop 0,9535 0,9460 0,9609 0,9898 1,0684 0,7078* trabalhou 2,1430* 0,8254** 1,2475* 0,7704* 1,0946* 0,7273** planosaude 1,6505* 1, ,0587 1,5746* 1,6360* 1,7937* ncronicas 0,4114* - 1,5634* 1,8947* - 1,1950* internado 0,3279* 1,7189* 1,4222* 22,8406* - - grupesc1_3 1,34427** 0,9570 1,0881 1,1973** 1,2444** 1,1514 grupesc4_7 1,8417* 1,0340 0,7139* 1,1723** 1,2949** 0,8486 grupesc8_10 1,8016** 0,9421 0,6819** 1,4949** 1,4709** 0,9935 grupesc11_14 6,5677* 0,9417 0,6880** 1,0499 2,5007* 1,4336 grupesc15m 3,7245* 1,0977 0,5628* 1,2307 3,8539* 1,3428 doente 0,1433* 1,7142* - 3,0141* - - acamado 0,5171** 0,6406** 0,4870* - - 4,0928* casal_s_filpar 1,0363 1,2137 0,9980 1,4197* 1,0169 0,9006 s_conj_c_filpa 1,6740 1,6220*** 0,8840 1,5452 0,8525 1,4085 c_conj_c_filpa 1,4763*** 1,4100** 0,9948 1,4703 0,7843 0,9122 demais 1,1930 1,0818 0,8763 1,5320** 0,9934 0,9649 lntamdom ,8996 1,3598* - iddrend - 1,0000-1,0000 1,0000* - stsaude1-0,1198* 0,2514* - - 0,3167* Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota 1: * Significante a 1%; ** Significante a 5%; *** Significante a 10% Nota 2: Nº observações: n = 4624 obs. / n = 4623 obs. / n = 8057 obs. / n = 4638 ob Nota 3: Amostra com somente os auto-respondentes. Nota 4: Critério de exclusão de variáveis = Teste de Máxima Verossimilhança (significância:

16 Tabela 12 Razões de Chance dos Logitos para os Resultados de Saúde da Mulher Idosa, Chefe de Domicílio, de 60 anos e mais, Brasil, 2003 Variáveis Variáveis Dependentes Independent stsaude1 cronicas_pm2 mob_pm2 consmed consdent internado Modelo 1 Quintil2 0,9784 1,2954* 1,1199 1,1836*** 0,9478 0,9953 Quintil3 2,2361* 1,0375 0,7098* 1,6502* 1,5111** 0,8543 Quintil4 2,4145* 1,3008* 0,8090** 1,4523* 1,9191* 1,0443 Quintil5 7,8808* 1,0640 0,5744* 2,0042* 6,0438* 0,8877 Modelo 2 Quintil2 1,0545 1,4580* 0,7481** 1,0650 0,9278 0,8726 Quintil3 1,7685** 1,1948 0,6072* 1,5542* 1,0760 0,6106 Quintil4 1,8358* 1,5093* 0,6920* 1,1052 1,1259 1,1532 Quintil5 3,9347* 1,1890 0,6473* 1,2062 1,4916** 1,0463 idade 0,9792* 0,9994 1,0456* 0,9877* 0,9627* 1,0122 grupocor 0,9108 1,1083 1,1271 1,0194 1,1280 0,9040 norte 1,0506 0,9717 0,9796 1,1429 0,7021*** 0,6015*** coeste 1,1126 1,6066* 0,9201 1,1552 0,9411 0,9839 sul 2,6623* 1,6155* 0,7622** 0,8570 1,0331 0,8737 sudeste 2,0253* 1,3554* 1,0049 1,3685* 0,8148** 0,6156* sitdom 1,6012* 1,5146* 0,9537 1,1311 1,4934** 1,1667 metrop 0,9267 1,1719*** 1,0545 0,9696 1,0841 0,6290* trabalhou 0,7400* 1,0028 0,6908* 1,1590* 0,9373 1,0838 planosaude 2,0242* 1,2898** 1,0147 1,7710* 1,6709* 1,9409* ncronicas 0,4516* - 1,4280* 1,6892* - 1,2533* internado 0,5719* 1,6223* 0,7760* 20,6254* - - grupesc1_3 1,6543* 0,9660 0,9417 1,1786 1,2201 0,7869 grupesc4_7 1,9241* 0,7942** 0,8334 1,1415 1,9080* 0,7477 grupesc8_10 3,7927* 1,0854 0,6920** 0,9428 2,8778* 0,7519 grupesc11_14 3,6809* 0,8746 0,5827* 0,9407 4,1127* 0,8440 grupesc15m 3,4196* 0,8494 0,4635* 0,9864 5,3182* 0,7650 doente 0,1540* 1,9117* - 2,1729* - - acamado 0,7093 1,1757 0,5808* - - 4,5926* casal_s_filpar 0,5807 0,7465 0,9086 1,1705 1,0183 0,6142 s_conj_c_filpa 1,0902 1,3712* 0,8398 0,9330 1,3600 0,7868 c_conj_c_filpa 0,6868 0,9936 1,9484*** 0,5373 1,0854 0,4123 demais 0,8372 1,0047 0,9367 0,8664 1,0591 0,7780 lntamdom ,1867 0, iddrend - 1,0000-1,0000** 1,0000* - stsaude1-0,1507* 0,4454* - - 0,5169* Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota 1: * Significante a 1%; ** Significante a 5%; *** Significante a 10% Nota 2: Nº observações: n = 3938 obs. / n = 3937 obs. / n = 7102 obs. / n = 3926 obs. Nota 3: Amostra com somente os auto-respondentes. Nota 4: Critério de exclusão de variáveis = Teste de Máxima Verossimilhança (significância: 0.2) No conjunto, o modelo mais consistente para os homens e mulheres idosos, pessoas de referência, foi o que avaliou o status auto-referido, captando de forma mais robusta os diferenciais de renda. O efeito da desigualdade na estrutura de renda sobre os resultados de saúde é maior para as mulheres do que para os homens: um homem idoso no 5º quintil de renda tem 3,18 vezes mais chance de declarar estado positivo de saúde do que um idoso no 1º decil; essa razão chega a 4 para as mulheres. 16

17 Tabela 13 Razões de Chance dos Logitos para os Resultados de Saúde do Idoso Homem, Chefe de Domicílio, de 60 anos e mais, Brasil, 2003 Variáveis Variáveis Dependentes Independentes stsaude1 cronicas_pm2 mob_pm2 consmed consdent internado Modelo 3 filpar 0,9177 0,8992 0,9123* 0,7854* 0,6658* 0,8933 Modelo 4 idoso_filpar 1,4956** 1,2358 0,8531*** 1,0852 0,9620 0,9119 Quintil2 1,2443 1,2481 1,0276 1,1384 1,0354 0,8393 Quintil3 1,9213** 1,5543** 0,9858 1,4596*** 1,0872 0,6939*** Quintil4 2,1018* 1,5245** 0,8242 1,1914 0,9754 0,6182** Quintil5 3,9228* 1,4966*** 0,6057* 1,4740* 1,1415 0,6729*** idade 0,9867 1,0165** 1,0447* 1,0081 1,0095*** 1,0188** grupocor 1,1563 0,7868* 1,0076 1,1698 1,0595 0,9329 norte 1,5299 1,8008* 0,8150 1,3727 1,2733*** 1,1908 coeste 2,6785* 2,0024* 1,0622 1,1238 1,3414** 1,4891** sul 2,4033* 1,9309* 0,7665** 0,8282 1,1272 1,3892** sudeste 1,9870* 1,5249* 0,8583 1,1525 1,1138 0,8996 sitdom 1,5569** 1,1025 0,8822 1,1240 1,1228 1,0187 metrop 0,8461 0,9863 1,0226 1,0367 0,9632 0,7458** trabalhou 0,7135* 1,1137*** 1,3202* 1,0716 1,2905* 1,2233* planosaude 1,2954 1,1167 0,8416*** 2,0624* 2,0621* 1,7616* ncronicas 0,3675* - 1,7753* 1,7368* - 1,2515* internado 0,2364* 1,4915** 1,9873* 17,8468* - - grupesc1_3 1,4253** 1,0332 1,0540 1,3201*** 1,0910 0,9858 grupesc4_7 1,6278** 0,9677 0,6718* 1,1010 0,935 0,8647 grupesc8_10 1,6704 1,0534 0,6110** 1,7200** 1,4323*** 1,0352 grupesc11_14 11,3617* 0,9526 0,5977* 1,2784 0,8245 1,2635 grupesc15m 3,5963* 1,4389 0,4751* 1,6512 1,0601 1,2033 doente - 1,4488*** - 2,5654* - 1,7166* acamado - - 0, ,6971* iddrend 0,9999 1,0000 0,9999 0,9999 1, stsaude1-0,1069* - 0,3458* - - Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota 1: * Significante a 1%; ** Significante a 5%; *** Significante a 10% Nota 2: Nº observações: n = 4549 obs. / n = 2569 obs. / n = 4548 obs. / n = 4569 obs. Nota 3: Amostra com somente os auto-respondentes. Nota 4: Critério de exclusão de variáveis = Teste de Máxima Verossimilhança (significância: 0.2) As TAB. 12 e 13 trazem a análise dos modelos que testam a influência do efeito da presença de filhos e/ ou parentes no domicílio em que mora o idoso chefe de domicílio. As análises foram feitas separadas para cada sexo, como na análise de renda. Os modelos simples atestaram para a significância da presença de filhos e/ou parentes para consulta ao dentista e internação nas mulheres e dificuldade de mobilidade física, consulta ao médico e ao dentista para os homens. Como fica claro no modelo 4, após efetuados os controles devidos, essa influência desaparece na maior parte dos casos e passa a se redirecionar para auto-avaliação da saúde e dificuldade de mobilidade nos homens e mulheres além de prevalência diagnosticada de doenças crônicas nas mulheres. O efeito elderly-friendly é maior no status auto-referido de saúde para os homens idosos e menor no indicador de dificuldade de mobilidade física. 17

18 Se observarmos o resultado para as mulheres, enquanto morar em domicílios com filhos e ou parentes aumenta a chance de possuir pelo menos 2 doenças crônicas diagnosticadas, reduz-se em 21,5% a chance de ter dificuldade de mobilidade. O impacto positivo sobre a avaliação de saúde pode estar refletindo um componente subjetivo de proteção contra a solidão e segurança. Quanto à dificuldade de mobilidade, a presença de filhos e/ou parentes funcionaria como um suporte às atividades básicas dentro do domicílio, como levantar objetos, fazer pequenas caminhadas. Deve-se sempre ter em mente que apesar das perguntas sobre mobilidade estarem respaldadas num critério funcional, a resposta dos intrevistados pode sempre estar carregada de subjetividade. Por exemplo, se há alguém que ajude o idoso a levantar objetos dentro de casa, mesmo que ele tenha alguma dificuldade se o fizesse sozinho, poderia interpretar como não tendo essa limitação de mobilidade funcional. Assim como na análise da influência da renda, o modelo mais robusto para a influência da presença dos filhos e/ou parentes foi para a autopercepção de saúde. Para as mulheres o modelo para dificuldade de mobilidade física foi razoavelmente bem comportado, outrossim. Tabela 14 Razões de Chance dos Logitos para os Resultados de Saúde da Mulher Idosa, Chefe de Domicílio, de 60 anos e mais, Brasil, 2003 Variáveis Variáveis Dependentes Independentes stsaude1 cronicas_pm2 mob_pm2 consmed consdent internado Modelo 3 filpar 1,0489 0,9725 0,8952 0,8991 0,8062** 0,7808** Modelo 4 idoso_filpar 1,4595** 1,4424* 0,7848* 1,1711 1,0875 0,9424 Quintil2 1,4649*** 1,5710** 0,7135** 1,0161 0,9280 1,1086 Quintil3 2,9543* 1,4286 0,6126* 2,1883** 1,2751 1,1650 Quintil4 3,0342* 1,6057** 0,5684* 0,9557 1,2983 1,2482 Quintil5 4,2829* 1,2195 0,4722* 1,0091 1,4425 1,0162 idade 0,9835** 1,0059 1,0441* 0,9881 0,9609* 1,0189** grupocor 0,8333 1,0916 1,1196 0,9185 1,0373 1,1057 norte 0,6660 0,8163 0,8767 1,2410 0,5959** 0,8129 coeste 0,9747 1,1927 0,9067 0,9423 0,8881 0,9750 sul 2,3813* 1,4260** 0,6301* 0,9924 0,9382 0,9377 sudeste 1,7169* 1,4978* 0,7912** 1,3302*** 0,7740*** 0,7709*** sitdom 1,5412* 1,4194*** 0,7237** 0,9559 1,4017 1,0415 metrop 0,8098 1,0730 1,0389 1,0698 1,0848 0,7398** trabalhou 0,7415** 0,9614 0,6835* 1,1232 0,9549* 1,0437 planosaude 2,0145* 1,3331** 0,9977 1,8028* 1,7617* 1,4957** ncronicas 0,4336* - 1,6609* 1,6268* - 1,2735* internado 0,4009* 1,6280** 0, ,0153* - - grupesc1_3 1,7119* 1,0264 0,9572 1,2266 1,2791 0,8610 grupesc4_7 1,5465** 0,8101 0,9239 1,0172 1,8674* 0,6616** grupesc8_10 3,4907* 1,2645 0,8221 0,9131 3,1271* 0,7219 grupesc11_14 2,5966** 1,0062 0,6336* 1,0093 3,8973* 0,9050 grupesc15m 2,6398*** 0,7151 0,6367*** 0,9033 4,9012* 0,6500 doente - 2,3399* - 2,4238* - 1,8821* acamado - - 0,6386* - - 2,9502* iddrend 1,000 1,0000 0,9999 1,0000** 1,0000* - stsaude1-0,1572* - 0,6923*** - - Fonte: Elaboração própria a partir da PNAD, 2003 Nota 1: * Significante a 1%; ** Significante a 5%; *** Significante a 10% Nota 2: Nº observações: n = 2248 obs. / n = 3973 obs. / n = 3976 obs. / n = 4570 obs. Nota 3: Amostra com somente os auto-respondentes. Nota 4: Critério de exclusão de variáveis = Teste de Máxima Verossimilhança (significância: 0.2) 18

19 CONSIDERAÇÕES FINAIS À GUISA DE CONCLUSÃO Esse estudo tratou da mediação das relações de gênero na influência da renda e da presença de filhos e/ou parentes nos resultados de saúde do idoso chefe de domicílio. As limitações do questionário da PNAD-2003 levou o estudo a ser restrito aos chefes de domicílio. Essa seletividade pode estar prejudicando um panorama amplo de análise sobre a situação de saúde do idoso e os resultados, portanto, devem ser analisados com cautela. A mulher idosa, chefe de domicílio, em sua grande maioria sem cônjuge, apresenta resultados de saúde mais desfavoráveis do que os homens. Em parte, esses diferenciais estão relacionados a aspectos sócio-demográficos, como estrutura etária feminina mais envelhecida, ao diferencial educacional, à maior longevidade feminina e a questões de natureza cultural, que levam a mulher a procurar mais os serviços de saúde. Em geral, a mulher idosa, pessoa de referência, apresentou maiores proporções de doenças crônicas, piores avaliações da saúde auto-referidas, maior dificuldade de mobilidade física, maior número de consulta ao médico, menor número médio de consulta ao dentista nos últimos 12 meses e menores taxas de internação. A auto-percepção é a variável mais sensível à posição relativa do idoso quanto à renda per capita domiciliar e à influência da estrutura domiciliar para ambos os sexos. A dificuldade de mobilidade física também foi sensível à renda para as mulheres. Resultados correlatos foram verificados para a influência da presença de filhos e/ou parentes. Em geral, o estado de saúde das mulheres é mais sensível à distribuição de renda do que dos homens. Fatores como estrutura etária, maior cuidado com a própria saúde e esperança de vida são fatores que estão associados aos resultados encontrados. Pesquisas mais adequadas ao universo do idoso e representativos para o Brasil necessitam ser produzidas, afinal, muitas das relações de causalidade ficam à descoberto por falta de melhores instrumentos. Limitações na possibilidade de mais profundas análises estruturais impossibilitam avanços nos mapeamento das reais condições em que se encontra o idoso brasileiro. O crescimento da proporção do idoso e os futuros impactos de sua presença na sociedade justificam a intensificação da pesquisa na tentativa de conhecer o perfil real desse grupo populacional. 19

20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. F.; BARATA, R. B.; M. C. V.; SILVA, Z. P. Prevalência de doenças crônicas autoreferidas e utilização de serviços de saúde, PNAD/1998, Brasil. In Ciência & Saúde Coletiva, 2002, 7(4): AUSLANDER, G. K. & LITWIN, H. Social support networks and formal help seeking: differences between applicants to social services and a nonapplicant sample. Journal of Gerentology: Social Sciences, 1990, 45: GOLDANI, A. M. Estrutura familiar e transição demográfica: o caso do Brasil, pp In Informe Demográfico, São Paulo, 1985, v. 17. GOLDANI, A. M. Mulheres e envelhecimento: desafios para novos contratos intergeracionais e de gênero. In Camarano, A. A. (org.). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros. IPEA, Rio de Janeiro, LEE, E. S.; FORTHOFER, R. N. & LORIMER, R. J. Analyzing complex survey data. SAGE Publications Inc., USA, LIMA-COSTA, M. F.; BARRETO, S.; GIATTI, L.; UCHÔA, E. Desigualdade social e saúde entre idosos brasileiros: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. In Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2003, 19(3): MEDEIROS, M., OSÓRIO, R. G. & VARELLA, S. O levantamento de informações sobre as famílias nas PNADs de 1992 a Texto para discussão Nº 860. IPEA, São Paulo, 2002ª. MEDEIROS, M., OSÓRIO, R. G. & VARELLA, S. Mudanças nas famílias brasileiras. A composição dos arranjos familiars entre 1978 a Texto para discussão Nº 886. IPEA, São Paulo, 2002b. MOR-BARAK, M & MILLER, L. S. A longitudinal study of the causal relationship between social networks and health of the poor frail elderly. Journal of Applied Gerentology, 1991, 10: NASCIMENTO, M. R. Feminização do envelhecimento populacional: expectativas e realidades de mulheres idosas quanto ao suporte familiar, pp In L. Wong (org.). O envelhecimento da população brasileira e o aumento da longevidade. Subsídios para políticas orientadas ao bemestar do idoso. Editora CEDEPLAR-UFMG-ABEP, Belo Horizonte, NOTESTEIN, F. Population: the long view. In: Schultz, T.W. (ed.) Food for the World. Chicago, University of Chicago Press, ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Saúde e Envelhecimento. In 26a CONFERÊNCIA SANITÁRIA PAN-AMERICANA. Disponível em: PINHEIRO, R. S.; VIACAVA, F.; TRAVASSOS, C.; BRITO, A. S. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. In Ciência & Saúde Coletiva, 2002, 7(4):

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