SOCIEDADE E DIREITO EM REVISTA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SOCIEDADE E DIREITO EM REVISTA"

Transcrição

1 O Regime Jurídico das Contribuições Especiais no Direito Brasileiro Juraci Altino de Souza * SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. Esboço histórico das contribuições sociais; 3. As contribuições especiais no contexto jurídico pátrio; 3.1 A sua natureza jurídica: as várias classificações propostas pela doutrina;3.2 O reconhecimento da sua natureza jurídica tributária; 3.3 As contribuições especiais como espécia tributária autônoma; 3.4 O seu conteúdo finalístico como setor essencial; 3.5 A referibilidade da atividade estatal ao contribuinte das contribuições especiais; 4. A contribuição constitucional das pessoas políticas para instituir contribuições; 5. As espécies de contribuições especiais; 5.1 As contribuições sociais; As contribuições sociais gerais; As contruibuições sociais de seguridade social;5.2 As contribuições de interesse de categorias profissionais e econômicas; 5.3 As contribuições de intervenção no domínio econômico; 5.4 A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública; 6. Princípios constitucionais aplicáveis à imposição das contribuições especiais; 7. Conclusão; 8. Bibliografia. 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por escopo a análise do regime jurídico das chamadas contribuições especiais no direito brasileiro. Em nossa abordagem, buscamos levantar, preliminarmente, o histórico dessas contribuições, bem como os motivos determinantes do seu surgimento, reportando-nos aos acontecimentos econômicos e sociais que tiveram lugar em meados do século passado, no pós-guerra, como decorrência do Estado social e interventor. Buscamos, na seqüência, posicionar as contribuições especiais no contexto jurídico pátrio, enfrentando o problema da sua natureza jurídica, com a visita às várias classificações propostas pela doutrina, concluindo pela sua natureza indiscutivelmente tributária, com supedâneo no Texto Constitucional. Explicitada a natureza jurídica tributária das contribuições especiais, partimos para a tarefa de - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 17 -

2 situá-la no contexto tributário, enfrentando a questão da delimitação acerca da espécie tributária na qual deve ser a mesma classificada, ou se, ao contrário, deve ser ela catalogada como espécie tributária autônoma, diferente das figuras clássicas a que alude o artigo 5. do Código Tributário Nacional. Ao depois, destacamos o entendimento unânime da doutrina segundo o qual o conteúdo finalístico das contribuições é fator indissociável da natureza destas, circunstância que as diferencia dos impostos que, por expressa disposição constitucional, têm vedada a vinculação de suas receitas a órgão, fundo ou despesas específicos. Foi enfrentada, ainda, a questão da necessidade da existência de referibilidade ao sujeito passivo das contribuições da atividade estatal que deu causa à sua instituição. Feitas todas essas abordagens, voltamo-nos, finalmente, à análise das diversas espécies de contribuições especiais: as contribuições sociais gerais, as contribuições sociais de seguridade social, as contribuições de interesse de categorias profissionais e econômicas, as contribuições de intervenção no domínio econômico e, por fim, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, com a busca das peculiaridades de cada uma desses grupos de exações, bem como, com a identificação particular das várias imposições existentes, atinentes à cada grupo, com a indicação das normas de direito positivo que sobre elas versam. No desenvolvimento desta tarefa socorremo-nos das lições da doutrina e da jurisprudência sobre o tema, trazendo à baila as diversas posições existentes sobre um mesmo tema, filiando-nos, em várias oportunidades, a esta ou aquela corrente de entendimento. Nosso objetivo, como se vê, não foi, e nem poderia ser, tentar dizer, taxativamente, o que é ou o que não é a melhor forma do direito, encastelando-nos em verdades incontestáveis, eis que, como se sabe, em ciência, as perguntas são mais importantes que as respostas. Ou, se preferirmos, as respostas são importantes, sim, mas só na medida em que abrem espaços a novas perguntas. - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 2 -

3 2 ESBOÇO HISTÓRICO DAS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS No início do século XX percebeu-se a existência e relevância de algumas questões sociais, não conhecidas antes da Revolução Industrial, as quais se pode denominar de efeitos colaterais dos regimes capitalistas. Problemas ligados ao conteúdo da relação de trabalho, à saúde e à educação pública passaram a chamar a atenção da sociedade e, por conseqüência, do próprio Estado. As atribuições do Estado, até então guiadas pelo pensamento de cunho absenteísta liberal, alargaram-se, passando a merecer a atenção estatal além dos temas sociais, aqueles relacionados com a economia e o meio- ambiente. Na segunda metade do século, no período do pós-guerra, houve uma intensificação da atividade legislativa estatal voltada para a disciplina da economia, por meio da intervenção estatal no domínio econômico, da criação de regras voltadas a conter a formação de trustes etc. Consolidava-se a convicção de que não mais poderia prosperar a idéia liberal segundo a qual a sociedade civil seria suficiente para realizar todos os objetivos por ela pretendidos, sem a interferência do Estado, apenas com as regras autoreguladoras do mercado. Ganhava corpo a percepção nítida de que o alcance de determinados objetivos só seria possível com a atuação positiva do Estado pautada na noção de solidariedade. Nasce, então, o denominado Estado Social (Welfare State). Nesta perspectiva, as normas estatais deixam de representar veículos que continham somente limites dirigidos ao poder estatal, e passam a contemplar questões outras, em consonância com a noção de solidariedade típica do denominado Estado Social. É neste contexto que surge a figura da contribuição, como exação cobrada pelo Estado. As contribuições são, portanto, fruto do Estado social e interventor. Para sua adequada compreensão impõe-se considerar as profundas alterações no papel do - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 3 -

4 Estado e da Administração decorrentes da passagem de um Estado Liberal para um Estado Interventor nas ordens econômica e social. No liberalismo, partiase de uma separação entre sociedade e Estado para se defender a esfera jurídica individual dos cidadãos contra ingerências do Poder Público, tidas como agressivas. O Estado era considerado um "mal necessário, devendo cuidar estritamente das seguranças internas e externas, à Justiça e alguns outros poucos serviços públicos. Com o advento do Estado Interventor restaram alteradas quantitativa e qualitativamente as formas de atuação do Poder Público. O Estado passa a intervir de forma mais freqüente na sociedade, tanto por meio da elaboração de normas como também mediante políticas públicas destinadas a por fim à miséria da classe operária, a fornecer prestações e utilidades materiais e a corrigir as disfunções do mercado. Passa a orientar e a regular a atividade econômica e mesmo a exercer atividades produtivas. Os cidadãos, por sua vez, passam a se tornar dependentes da atuação dos poderes públicos. Aumenta a importância da atividade administrativa, uma vez que é por meio dela que o Estado passa a satisfazer as necessidades dos cidadãos. Os atos administrativos veiculam não mais apenas gravames, mas também vantagens para os particulares. Os indivíduos passam a desejar que o Estado atue em seu favor, concedendo-lhe uma licença, uma benefício previdenciário, uma subvenção. Estado e sociedade entrelaçam-se ainda mais e não de forma esporádica ou pontual. Novos fins passaram a orientar a atuação estatal, dentre os quais se coloca a busca do bem-estar. Para atingir tais fins, o Estado teve de lançar mão também de novos meios. A tributação, nessa perspectiva, como instrumento de obtenção de recursos para financiar as atividades do Poder Público, também sofreu modificações. As contribuições se revelam um instrumento de intervenção do Estado na economia e na ordem social. Às espécies tributárias tradicionais se acrescentaram exações especiais, sui generis, cuja inadequação aos esquemas tradicionais levou a que se cunhasse a - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 4 -

5 expressão parafiscalidade, como forma de enquadrar sua cobrança. De se perceber, pois, que a noção de parafiscalidade mostra-se excessivamente marcada por componentes ideológicos típicos do Estado Liberal. A fiscalidade propriamente dita, a cobrança de impostos e taxas, destinava-se a atender necessidades e atividades típicas do Poder Público. As novas tarefas que este passou a exercer foram colocadas ao lado de referidas atividades tradicionais, como se não tivessem passado a constituir também atribuições estatais. Estar-se-ia, nesta linha de raciocínio, diante de necessidades complementares, como a previdência social e os interesses de categorias econômicas e profissionais. Seja como for, porém, resta clara a convicção de que o aparecimento das contribuições é decorrência direta do intervencionismo que caracteriza o Estado Moderno, particularmente como Welfare State, e a busca de um enquadramento jurídico da arrecadação vertida para a organização profissional, em moldes corporativistas, para a organização da economia e para a Seguridade Social. 3 AS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS NO CONTEXTO JURÍDICO PÁTRIO 3.1 A SUA NATUREZA JURÍDICA : AS VÁRIAS CLASSIFICAÇÕES PROPOSTAS PELA DOUTRINA A doutrina pátria não tem um posicionamento unânime quanto a natureza jurídica das contribuições especiais. Com efeito, embora a maior parte dos autores enxergue nessa espécie de exação a natureza jurídica de tributo, parte dela tem diversa opinião. Leandro Paulsen é daqueles estudiosos que entendem ter as contribuições especiais a natureza jurídica tributária, afirmando ser possível vislumbrar na própria Constituição Federal quais as características muito bem definidas comuns a todas espécies tributárias: Obrigação pecuniária voltada ao custeio das atividades dos entes políticos ou outras atividades do interesse público; b) instituída por lei e independentemente da vontade do sujeito passivo; c) que não constitui sanção de ato ilícito. Tal decorre, segundo o autor, da circunstância de que em todas as normas existentes no Capítulo Do Sistema Tributário Nacional inserto na Constituição Federal, ser possível verificar-se que - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 5 -

6 está a se cuidar de obrigações em dinheiro, tanto que há diversas referências à base de cálculo e alíquota. Ademais, tributa-se porque há a necessidade de recursos para manter as atividades a cargo do Poder Público, ou, ao menos, atividades que são do interesse público, ainda que desenvolvidas por outros entes. Também o caráter compulsório resta evidente na medida em que a Constituição coloca a lei, que a todos obriga, como fonte da obrigação tributária, tal como se vê do art. 150, I, do Texto Constitucional, o que, ao mesmo tempo, evidencia a sua natureza compulsória de obrigação ex lege, marcada pela generalidade e cogência da lei, independente da concorrência da vontade do sujeito passivo, como para estabelecer o requisito formal para a instituição válida de tributos, qual seja, que se dê mediante lei em sentido estrito. Vê-se, ainda, que as diversas outorgas de competência se fazem em face de simples manifestações de riqueza do contribuinte (no caso dos impostos), de serviços específicos e divisíveis prestados pelos entes políticos, do exercício efetivo do poder de polícia, da realização de obra que implique riqueza para os proprietários de imóveis ou, ainda, em face da simples necessidade de buscar meios para custear determinadas atividades vinculadas a finalidades previstas no texto constitucional, com ou sem restituição. Em nenhum ponto, se tem a outorga de competência tributária em face de um ilícito; não guardam, as diversas espécies tributárias, nenhuma relação com o cometimento de ilícitos pelos contribuintes, decorrendo disso, pois, a noção de que tributo não constitui sanção de ato ilícito. Verificados tais traços, pondera Leandro Paulsen, estaremos, necessariamente, diante de um tributo, o que atrai a incidência do regime jurídico-tributário, a começar pelas limitações constitucionais ao poder de tributar e, no plano infra-constitucional, pelas normas gerais de direito tributário. 1 Hugo de Brito Machado Segundo e Raquel Cavalcanti Ramos Machado, em escrito conjunto, asseveram que ao outorgar competência tributária às três esferas de poder político, a Constituição não define o que por tributo se deva entender, o mesmo 1 PAULSEN, Leandro. Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro. In: Hugo de Brito Machado (Coord.), As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 6 -

7 acontecendo, por outro lado, com vários outros conceitos presentes em seu texto, a exemplo de soberania, Estado de Direito, povo, sociedade, entre muitos outros, pois presume alguma inteligência em seus intérpretes. Assim, o conceito de tributo pode ser extraído, dedutivamente, das demais disposições constitucionais. Destacam citados autores, citando Geraldo Ataliba, que deparando-se o jurista com uma situação em que alguém esteja colocado na contingência de ter o comportamento específico de dar dinheiro ao estado (ou a entidade dele delegada por lei), deverá inicialmente verificar se se trata de: a) multa; b) obrigação convencional; c) indenização por dano; d) tributo. Assim, diante de ordenamentos jurídicos como o brasileiro, não haveria espaço para uma quinta classificação. Trata-se, destacam os autores nominados, de idéia já implícita na Constituição, em face da qual e dos conceitos extraídos do Código Tributário Nacional e do art. 9. da Lei n /64, pode-se definir tributo como sendo toda prestação pecuniária compulsória, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada e cujo produto da arrecadação constitua receita pública derivada. 2 Instaladas tais premissas e considerando que as contribuições se encaixam perfeitamente nesse conceito, concluem os autores referidos que sua natureza é inegavelmente tributária. Hugo de Brito Machado compartilha desse entendimento majoritário na doutrina pátria, quando assevera: É induvidosa, hoje, a natureza tributária dessas contribuições. Aliás, a identificação da natureza jurídica de qualquer imposição do Direito só tem sentido prático porque define o seu regime jurídico, vale dizer, define quais são as normas jurídicas aplicáveis. No caso de que se cuida, a Constituição afastou as divergências doutrinárias afirmando serem aplicáveis às contribuições em tela as normas gerais de Direito Tributário e os princípios da legalidade e da anterioridade tributárias, [...]. 3 Também Paulo de Barros Carvalho não dissente deste 2 MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito; MACHADO, Raquel Cavalcanti Ramos. As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro. In: Hugo de Brito Machado (Coord.), As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 27.ª ed., São Paulo: Malheiros, 2006, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 7 -

8 entendimento, quando destaca que o legislador constituinte prescreve manifestamente que as contribuições são entidades tributárias, subordinando-se em tudo e por tudo às linhas definitórias do regime constitucional peculiar aos tributos. 4 Roque Carrazza, se referindo ao artigo 149 da Constituição Federal, é categórico ao afirmar que basta a sua leitura para percebermos que todas as têm natureza nitidamente tributária, mesmo porque, com a expressa alusão aos arts. 146, III e 150, I e III, ambos da CF, fica óbvio que deverão obedecer ao regime jurídico tributário. 5 Já Marco Aurélio Greco destoa dessa linha de pensamento, sustentando que o texto constitucional aponta para uma natureza não tributária das contribuições: De fato, se o art. 149 determina seja aplicada a disciplina típica do Direito Tributário, se manda aplicar as normas gerais de Direito Tributário, se impõe limitações da legalidade, anterioridade e irretroatividade para as contribuições, é porque elas não estão dentro do âmbito tributário. Não pertencem a este gênero. Se estivessem, não precisaria mandar observar tais ou quais regras e critérios; se a intenção fosse dar-lhes a natureza tributária, bastaria incluir um item IV ao art. 145 e toda a sistemática e regime tributário seriam automaticamente de observância obrigatória. Ou então, bastaria determinar a aplicação integral do regime tributário e prever as exceções que julgasse pertinentes, como faz com os impostos. 6 Trilhando um raciocínio algo parecido com o de Marco Aurélio Greco, Marçal Justen Filho, citado por José Eduardo Soares de Melo, afirma que ao prever, como regra geral, a submissão das contribuições ao regime tributário, a Constituição confirmou a inexistência de identidade total e rigorosa entre as duas figuras, eis que, se assim fosse, não teriam sentido as regras dos arts. 149 e 154, sendo suficientes a disciplina geral sobre tributos. Desta forma, conclui o autor, as contribuições especiais sujeitam-se ao regime tributário, mas com determinados temperamentos, derivados de suas características. 7 4 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, 17.ª ed., São Paulo: Saraiva, 2005, p CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 18.ª ed., São Paulo: RT, p GRECO, Marco Aurélio. Contribuições (uma Figura sui generis ). São Paulo: Dialética, 2000, p MELO, José Eduardo Soares de. Contribuições Sociais no Sistema Tributário, 4.ª ed., São Paulo: Malheiros, 2003, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 8 -

9 3.2 O RECONHECIMENTO DA SUA NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRIA. Não obstante as posições contrárias, que são minoritárias, não é possível deixar de concluir pela natureza eminentemente tributária das contribuições especiais no sistema constitucional brasileiro. As lições doutrinárias neste sentido, expostas no subitem anterior falam por si próprias. Ora, afigura-se nos inescapável a conclusão de que tudo aquilo que está sujeito ao regime jurídico tributário é tributo. Neste particular, de extrema felicidade a conclusão de José Eduardo Soares de Melo: De tudo resulta que as contribuições tipificam-se como tributos, por traduzirem receitas públicas derivadas, compulsórias, com afetação a órgão específico (destinação constitucional) e por observarem regime jurídico pertinente ao sistema tributário. 8 Ademais, o próprio Supremo Tribunal Federal já reconheceu a natureza jurídica tributária das contribuições, quando, ao se manifestar sobre a Contribuição Social sobre o Lucro, dispôs que Não é inconstitucional a instituição da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, cuja natureza é tributária AS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS COMO ESPÉCIE TRIBUTÁRIA AUTÔNOMA Explicitada a natureza jurídica tributária das contribuições especiais, resta ainda a delimitação acerca da espécie tributária na qual seria a mesma classificada ou se, ao contrário, estas devem ser catalogadas como espécie tributária autônoma, diferente das figuras clássicas a que alude o artigo 5. do Código Tributário Nacional. Sacha Calmon Navarro Coêlho é daqueles que afirma categoricamente que as contribuições são, em essência, impostos. Assevera que a Constituição de 1988 criou essas exações como impostos afetados a finalidades específicas dando-lhes o nome de contribuições STF, RE SP, in RTJ 143/ MELO, José Eduardo Soares de. Op. Cit., p COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro, 5.ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2000, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 9 -

10 Destoando desse entendimento, o notável Roque Antonio Carrazza ensina que as chamadas contribuições sociais são verdadeiros tributos, embora qualificados pela finalidade que devem alcançar, podendo, assim, revestir a natureza jurídica de imposto, de taxa ou de contribuição de melhoria, conforme as hipóteses de incidência e bases de cálculo que tiverem. Para explicitar essa afirmação, Carrazza assevera que a contribuição social para a seguridade social é, para o empregador, um imposto, cuja hipótese de incidência seria remunerar pessoa que paga previdência social, enquanto que para o empregado não passa de uma taxa de serviço, exigível porque os serviços previdenciários em geral lhe são postos a disposição. 11 Já Luciano Amaro, após afirmar que o tratamento jurídicoconstitucional diferenciado que é dado às contribuições especiais como um todo (destinação específica, a par de uma disciplina constitucional peculiar, no que respeita aos seus fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes) dificulta a afirmação singela de que essas contribuições são impostos, ou são taxas, ou ora são uma coisa, ora outra, termina por concluir : Uma terceiro grupo de tributos é composto pelas exações cuja tônica não está nem no objetivo de custear as funções gerais e indivisíveis do Estado (como ocorre com os impostos) nem numa utilidade divisível produzida pelo Estado e fruível pelo indivíduo (como ocorre com os tributos conhecidos como taxa, pedágio e contribuição de melhoria, que reunimos no segundo grupo). A característica peculiar do regime jurídico deste terceiro grupo de exações está na destinação a determinada atividade, exercitável por entidade estatal ou paraestatal, ou por entidade não estatal reconhecida pelo Estado como necessária ou útil à realização de uma função de interesse público. Nesse grupo se incluem as exações previstas no art. 149 da Constituição, ou seja, as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico e as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, bem como a contribuição referida no art. 149-A da Constituição (acrescido pela EC n. 39/2002), destinada ao custeio do serviço de iluminação pública. 12 Não obstante o indiscutível brilho das lições retroexpostas, temos para nós que quem melhor angularizou a questão foram Hugo de Brito Machado Segundo e Raquel Cavalcanti Ramos Machado, que asseveram que a única utilidade prática de se questionar a natureza 11 CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 3.ª ed., São Paulo: RT, 1991, p AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 11.ª ed., São Paulo: Saraiva, 2005, p. 62 e Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 10 -

11 jurídica específica de determinada exação é a de determinar quais normas jurídicas lhe são pertinentes. Assim, se considerado que a Constituição confere tratamento jurídico peculiar às contribuições e aos empréstimos compulsórios, pode-se dizer que a Constituição já os definiu como espécies distintas dos impostos, das taxas e das contribuições de melhoria, não tendo sentido dizer que são impostos na medida em que o seu disciplinamento jurídico é diferente. Terminam referidos juristas por concluir que uma explicação razoável para a posição das contribuições no quadro de espécies tributária é a oferecida por Hamilton Dias de Souza, que, na esteira de Geraldo Ataliba e A. D. Gianinni, as classifica como tributos vinculados a uma atividade estatal, situadas porém em posição intermediária entre impostos e taxas, mais próximas dos impostos (completa desvinculação) que das taxas (total vinculação), não pressupondo uma atuação estatal específica e divisível relativa ao contribuinte (taxas), mas também não incidindo sobre um fato desvinculado de qualquer atuação estatal relativa ao contribuinte (impostos). Existiria, assim, uma referibilidade indireta, de uma atuação estatal relacionada a um grupo determinado; o fato gerador pode até se assemelhar bastante ao dos impostos, mas só estará completo diante de uma atuação estatal relativa ao grupo no qual se situa o contribuinte, traço diferenciador das contribuições O SEU CONTEÚDO FINALÍSTICO COMO FATOR ESSENCIAL É praticamente unânime na doutrina o entendimento segundo o qual o conteúdo finalístico das contribuições é fator indissociável da natureza destas, diferenciando-as, por isso mesmo, dos impostos que, por expressa disposição constitucional (art. 167, IV), têm vedada a vinculação de suas receitas a órgão, fundo ou despesas específicos. São, portanto, as contribuições, tributo que se caracteriza pela respectiva finalidade. Representam, por isso mesmo, exceção ao art. 4., II, do Código Tributário Nacional, eis que o destino do produto de sua arrecadação é fundamental para caracterizá-la como tal e, sobretudo, emprestar juridicidade à sua exigência. 13 MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito; MACHADO, Raquel Cavalcanti Ramos. Op. Cit., p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 11 -

12 Para Zelmo Denari para a adequada identificação da natureza jurídica das contribuições especiais deve-se ter presente que somente podem estas ser instituídas quando motivadas por qualquer forma de intervenção no domínio econômico, bem como no interesse das categorias profissionais ou econômicas, e mesmo no plano da seguridade dos trabalhadores urbanos e rurais. Assevera, ainda, que para distinguí-las das taxas e das contribuições de melhoria - também tributos vinculados -, basta considerar dois elementos fundamentais, se destacando entre estes o sentido finalístico, pelo que as contribuições da espécie vinculam o ente público a atuar, de uma forma interventiva, no domínio econômico, ou a prestar serviços de previdência ou assistência social aos trabalhadores e demais. 14 Desta forma, a validade jurídica da norma instituidora da contribuição especial só pode ser reconhecida se efetivamente cumprida a finalidade prevista constitucionalmente, que determinou a sua criação. Assim, a correta destinação da respectiva receita assume relevância não só tributária como constitucional e legitimadora da competência. Se inexistente o órgão, a despesa ou a pessoa que fundamentou o exercício dessa competência, este será ilegítimo. E nem se argumente que o art. 4., II, do Código Tributário Nacional baniu o critério da destinação do tributo como relevante juridicamente no cenário tributário pátrio. Luciano Amaro é contundente ao ensinar que nos dias atuais o critério do art. 4., II, do CTN não mais se mostra como parâmetro idôneo à determinação da natureza jurídica específica do tributo. Nesta linha, assevera Amaro, a propósito do tema: Ou seja, nem se pode ignorar a destinação (como se se tratasse, sempre e apenas, de uma questão meramente financeira), nem se pode cercar o direito tributário com fronteiras tão estreitas que não permitem indagar do destino do tributo mesmo nos casos em que esse destino condiciona o próprio exercício da competência tributária. 15 Sendo a contribuição um tributo que se identifica a partir da finalidade indicada na Constituição, a lei não pode criar uma contribuição e 14 DENARI, Zelmo. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Atlas, 2002, p AMARO, Luciano. Op. Cit., p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 12 -

13 possibilitar que seus recursos sejam destinados para um fim distinto daquele que justificou essa exigência, sob pena de inconstitucionalidade. Neste sentido o escólio do Ministro Carlos Velloso, do Supremo Tribunal Federal, citado por Hugo de Brito Machado: Uma ressalva é preciso ser feita. É que caso há, no sistema tributário brasileiro, em que a destinação do tributo diz com a legitimidade deste e, por isso, não ocorrendo a destinação constitucional do mesmo, surge para o contribuinte o direito de não pagá-lo. Refiro-me às contribuições parafiscais - sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas, CF, art e aos empréstimos compulsórios (CF, art. 148). Leciona Misabel Abreu Derzi que a Constituição de 1988, pela primeira vez, cria tributos finalisticamente afetados, que são as contribuições e os empréstimos compulsórios, dando à destinação que lhe é própria relevância não apenas do ponto de vista do Direito Financeiro e Administrativo, mas igualmente de Direito Tributário. E acrescenta a ilustre professora da UFMG, que o contribuinte pode opor-se à cobrança de contribuição que não esteja afetada aos fins, constitucionalmente admitidos; igualmente poderá reclamar a repetição do tributo pago, se, apesar da lei, houver desvio quanto à aplicação dos recursos arrecadados. É que, diferentemente da solidariedade difusa ao pagamento de impostos, a Constituição prevê a solidariedade do contribuinte no pagamento de contribuições e empréstimos compulsórios e a conseqüente faculdade outorgada à União de instituílos, de forma direcionada e vinculada a certos gastos. Inexistente o gasto ou desviado o produto arrecadado para outras finalidades não autorizadas na Constituição, cai a competência do ente tributante para legislar e arrecadar. (Misabel Abreu Machado Derzi, notas atualizadoras de Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, 7.ª edição, de Aliomar Baleeiro, Forense, 1977, pp ) 16 Parece induvidosa, pois, a conclusão de que segundo se extrai do regime constitucional das contribuições, existem dois elementos condicionantes fundamentais que devem ser atendidos na instituição dessa espécie tributária: 1.) o atendimento às finalidades fixadas previamente no texto constitucional (sociais, interventivas e corporativas) e, 2) a destinação do produto da arrecadação à realização dos citados fins constitucionais. Faltando algum dos requisitos citados haverá vício que poderá determinar a inconstitucionalidade da exigência e, por conseqüência, o correlato direito à restituição das quantias pagas indevidamente. A doutrina brasileira parece trilhar firmemente esse caminho, Na obra coletiva As contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, apresentada a indagação de qual seria a conseqüência de 16 MACHADO, Hugo de Brito. Apresentação. In: MACHADO, Hugo de Brito (Coord.). As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 13 -

14 eventual desvio na destinação de contribuições, a maioria dos autores distinguiu o desvio jurídico, assim entendido aquele autorizado ou determinado em lei, do desvio de fato, que se dá em contrariedade ao dispositivo de lei que determina a destinação. Comentando especificamente essa questão na sua apresentação da obra, Hugo de Brito Machado, seu coordenador, destaca uma súmula das diversas posições expostas no livro, não se furtando de, ao final, expor o seu pensamento: No desvio jurídico, a própria contribuição seria inconstitucional, porquanto transformada em imposto. Já no desvio simplesmente de fato não haveria mácula na relação jurídica, cabendo ao Ministério Público, aos cidadãos através da ação popular, etc., obter a correção do destino dos recursos. Um dos autores escreveu: Não há, neste último caso (de desvio de fato), como pretender invalidar as relações tributárias e dizer da inconstitucionalidade das leis em razão de ilícito administrativo posterior e cuja correção pode ser buscada. Entendêssemos de modo diverso, teríamos, ainda, dificuldades importantes. Senão vejamos: supondo eventual desvio, quais as contribuições inválidas e sujeitas à devolução? Qual o montante desviado? Quais as competências passíveis de restituição? Como estabelecer a relação entre as competências e os desvios. Pagamentos posteriores à correção dos desvios, mas relativos a competências entendidas como afetadas, seriam ainda devidos? Como ficaria, neste caso, o tratamento isonômico aos contribuintes? A repetição dependeria do insucesso das tentativas do Ministério Público de reverter a aplicação equivocada dos recursos e destiná-los à sua finalidade legal? A recuperação e correta destinação de eventual montante desviado tornaria novamente exigível o tributo? Tais questões bem revelam que não se pode confundir o plano do exercício da competência tributária com o da execução do orçamento. Alguns autores distinguiram ainda, dentro do desvio de direito, o desvio quantificável (que invalida o montante cujo desvio é autorizado), do desvio de impossível quantificação (que invalida a contribuição como um todo). Outros, finalmente, invocaram a autonomia da relação tributária, afirmando ser a questão da destinação um problema de direito financeiro que não invalida a obrigação tributária... A nosso ver a tese destes últimos não é procedente, porque em se tratando de contribuições a destinação é essencial. Às contribuições não se aplica a norma do art. 4. do Código Tributário Nacional. Realmente, as contribuições sociais de que trata o art. 149, bem como os empréstimos compulsórios, têm destinação constitucionalmente determinada A REFERIBILIDADE DA ATIVIDADE ESTATAL AO CONTRIBUINTE DAS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Sempre se constituiu em matéria de intensas discussões a relativa à determinação da necessidade da existência de referibilidade ao contribuinte da 17 MACHADO, Hugo de Brito. Apresentação. In: MACHADO, Hugo de Brito (Coord.). As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 14 -

15 atividade estatal que deu causa à instituição da contribuição especial. Ou seja, objetivamente, a questão que se coloca é se a atividade a cuja execução se destina a receita arrecadada com as contribuições especiais é ou não necessariamente referível ao contribuinte, atualmente ou no futuro, efetiva ou eventualmente. A resposta à essa questão é de fundamental importância, na medida em que vai se definir, através dela, quais as pessoas que podem ser colocadas, pela lei, na condição de sujeitos passivos dessa espécie tributária. Para Luciano Amaro, a atividade estatal a cuja execução se destina a receita arrecadada nas contribuições não é necessariamente referível ao contribuinte, embora possa sê-lo, em maior ou menor grau, atualmente ou no futuro, efetiva ou eventualmente. Segundo Amaro, a existência ou não dessa referibilidade é um dado meramente acidental (que pode ou não estar presente) e não essencial. 18 Já Sacha Calmon Navarro Coelho é daqueles juristas que tem entendimento contrário. Para ele, para que haja uma contribuição especial verdadeira, é necessário que a atuação estatal eleita como fato gerador seja um atuar mediato ou imediato do Poder Público, específico e relativo à pessoa do contribuinte, alertando, ainda, que essa atuação não pode ser obra pública (pressuposto da contribuição de melhoria), nem serviço de utilidade pública (pressuposto da taxa de serviço), nem ato do poder de polícia (pressuposto da taxa de polícia). 19 No mesmo sentido a doutrina de Geraldo Ataliba, que ensina que se o imposto é informado pelo princípio da capacidade contributiva e a taxa informada pelo princípio da remuneração, as contribuições são informadas por princípio diverso, qual seja, os seus sujeitos passivos serão pessoas cuja situação jurídica tenha relação, direta ou indireta, com uma despesa especial, a elas respeitante, ou alguém que receba da ação estatal um reflexo 18 AMARO, Luciano. Op. Cit., p COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Op. Cit., p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 15 -

16 que possa ser qualificado como especial. 20 Já Leandro Paulsen afirma que nas contribuições, onde a autorização constitucional é para que sejam instituídos tributos voltados a atuações em áreas específicas, o pressuposto é que sejam chamados a contribuir pessoas relacionadas a tal atuação, advertindo, entretanto, nos seguintes termos: Cabe destacar, aqui, que não se trata, necessariamente, de pessoas propriamente beneficiadas pela atuação do poder público, podendo, e.g., ser um grupo cuja existência provoque determinada atuação do Estado, ainda que, eventualmente, de controle, como no caso da contribuição cobrada das entidades potencialmente poluidoras destinada a financiar o controle e monitoramento das condições ambientais, de que trata a Lei /2000 [...]. Tal aspecto, de pertinência a um grupo, distingue as contribuições inclusive dos impostos de escopo (extraordinários de guerra ou calamidade art. 154,II) e dos empréstimos compulsórios (art.148). A imprescindibilidade da delimitação dos contribuintes pela identificação do grupo precisa ser destacada, bem como o fato de que a solidariedade que se destaca como traço das contribuições diz respeito aos integrantes do grupo, não justificando a sujeição passiva de terceiros. 21 Entretanto, ressalva Leandro Paulsen que, diferentemente das demais contribuições especiais, as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, por força do caput do art. 195 do texto constitucional - que prescreve que a Seguridade Social será financiada por toda a sociedade - ostentam uma característica peculiar, qual seja, a de que todos poderão ser chamados a contribuir, independentemente de pertencerem a determinado grupo diretamente relacionado com a atuação estatal, o que positivaria o princípio da Solidariedade Social em matéria de custeio da Seguridade Social. 22 Parece-nos que a doutrina citada de Leandro Paulsen, notadamente com a ressalva última no concernente às contribuições à Seguridade Social, melhor angularizou, sob o prima jurídicocientífico, a questão da necessidade ou não da referibilidade da atividade estatal ao contribuinte das contribuições especiais, razão pela qual entendemos deva ser adotada em detrimento das demais citadas. 20 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária, 5.ª ed., Malheiros, 1980, p PAULSEN, Leandro. Op. Cit. p PAULSEN, Leandro. Op. Cit, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 16 -

17 4 A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DAS PESSOAS POLÍTICAS PARA INSTITUIR CONTRIBUIÇÕES O art. 149, caput, da Constituição Federal prescreve a possibilidade da União instituir contribuições como instrumento de sua atuação no âmbito social, na intervenção no domínio econômico e no interesse das categorias profissionais ou econômicas. Três, portanto, são as espécies de contribuição: (I) social, (II) interventiva e (III) corporativa, tendo o constituinte empregado, como critério classificatório, a finalidade de cada uma delas, representada pela destinação legal do produto arrecadado. As contribuições sociais, por sua vez, são subdivididas em duas categorias: (i) genéricas, voltadas aos diversos setores compreendidos no conjunto da ordem social, como educação, habitação etc. (art. 149, caput); e (ii) destinadas ao custeio da seguridade social, compreendendo a saúde, previdência e assistência social (art. 149, caput, e 1., conjugados com o art. 195). No 1. do citado art. 149 da Constituição Federal, conferem-se poderes aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para criarem contribuições, cobradas de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. Além das citadas competências citadas, atribuídas às três esferas de poder, observa-se, também, no sistema constitucional tributário vigente, a possibilidade de essa espécie de tributo ser instituída pelos Municípios e Distrito Federal com o objetivo de custear os serviços de iluminação pública. Trata-se da contribuição para o custeio de iluminação pública, a que se refere o art. 149-A da Carta Magna, introduzida pela Emenda Constitucional n. 39/2002. O constituinte derivado ampliou o rol de competências tributárias, criando nova modalidade de contribuição. 5 AS ESPÉCIES DE CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 5.1 AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS As Contribuições Sociais Gerais São denominadas contribuições sociais gerais aquelas contribuições sociais, de competência da União, que não se destinam a - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 17 -

18 custear a Seguridade Social. São reguladas pelo artigo 149 da Constituição Federal e custeiam a atuação do Estado em outros campos sociais, como Salário-Educação (art. 212, 5. ) e o PIS-PASEP e não são objeto de qualquer exceção, sujeitando-se de formal integral ao regime constitucional tributário, mormente ao princípio da anterioridade. Tem sido alvo de intensa controvérsia na doutrina a questão relativa ao campo residual para a criação de novas figuras voltadas ao custeio de outros fins sociais distintos dos inerentes à Seguridade Social, em contraposição ao entendimento de que somente seriam legítimas, nesta área social não compreendia na Seguridade Social, as contribuições expressamente previstas pelo constituinte originário. Em outras palavras: o legislador infraconstitucional disporia de competência para criar novas contribuições sociais que não as nominalmente aludidas no texto constitucional (artigos 212, 5., 239 e 240)? Respondendo à questão A Constituição Federal admite a instituição de contribuições sociais gerais, ou seja, outras além das expressamente previstas nos seus arts. 149, 195, 212, 5., 239 e 240? elaborada pelo coordenador da obra coletiva As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, José Eduardo Soares de Melo é peremptório ao reconhecer essa possibilidade, desde que haja observância aos elementos básicos, como, receita pública derivada, compulsoriedade, parafiscalidade, destinação específica dos seus recursos, e vinculação a determinado grupo, citando, a final, como exemplos a contribuição ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (art. 7., III), e a CPMF (EC n. s e37-02). 23 Na mesma linha, Leandro Paulsen assegura ser possível a instituição de outras contribuições sociais gerais, além daquelas previstas originariamente no texto constitucional, asseverando prestar-se, pois, tal subespécie tributária, como fonte de custeio para a atuação da União na área social, que é definida e delimitada pelos deveres e objetivos apontados pela Carta Magna ao cuidar da Ordem Social, dentre as quais destaca, exemplificativamente: 23 MELO, José Eduardo Soares de. Op. Cit., p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 18 -

19 garantir o acesso às fontes da cultura nacional e incentivar a difusão das manifestações culturais, fomentar práticas desportivas, promover e incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas, promover a educação ambiental e proteger a fauna e a flora, demarcar as terras e proteger os bens indígenas, terminando por concluir que a referência expressa, no texto constitucional, às contribuições de Seguridade Social (art. 195) e aquelas referidas nos arts. 212, 5., 239 e 240 não impede a instituição de novas contribuições sociais. 24 Já Hugo de Brito Machado Segundo e Raquel Cavalcanti Ramos Machado respondem negativamente à essa questão, argumentando que a interpretação do art. 149 da Constituição Federal permite essa conclusão, complementando que, ademais, a admissão de tal possibilidade implicaria no fenecimento definitivo da racionalidade do nosso Sistema Tributário, além de causar profundo desequilíbrio na partilha de competências tributárias realizadas pela Constituição. 25 Também respondendo a essa questão pela negativa apresenta-se o Professor Ives Gandra da Silva Martins, para quem, sendo rígido o sistema tributário e regulado pela estrita legalidade, assim como, estando entre as limitações constitucionais ao poder de tributar, o da estrita legalidade, não haveria espaço para a criação de contribuições fora das hipóteses constitucionais, o que representaria - se se reconhecesse essa possibilidade - tornar-se desnecessário o capítulo do sistema tributário na Constituição Federal. 26 Na apresentação da referida obra coletiva As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, Hugo de Brito Machado, o seu coordenador, debruçando-se sobre a referida questão da possibilidade de instituição de outras contribuições sociais gerais, além daquelas previstas no texto constitucional, faz uma síntese dos vários posicionamentos doutrinários 25 MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito; MACHADO, Raquel Cavalcanti Ramos. Op. Cit., p PAULSEN, Leandro. Op. Cit., p MARTINS, Ives Gandra da Silva. As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro. In: Hugo de Brito Machado (Coord.), As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 19 -

20 expostos na obra e, ao depois, expressa o seu pensar a respeito: Entre os autores dos estudos que integram esta coletânea alguns a respondem afirmativamente, à consideração de que tais contribuições são necessárias para o custeio de atividades de cunho social da União. Afirmam que isso pode ser extraído da literalidade do art. 149, e que, caso não existissem tais contribuições gerais, a parte inicial do citado artigo não teria sentido algum. Outros afirmam que não, sustentando que em face da amplitude das atividades de cunho social, admitir tais contribuições implicaria admitir desmedida elasticidade na competência tributária da União, deixando sem sentido os artigos 154, I e 195, 4., que tratam de competências residuais para impostos e contribuições de seguridade. Não obstante já tenha o Supremo Tribunal Federal, a propósito das contribuições instituídas pela Lei Complementar 110, admitido a validade da instituição de contribuições sociais gerais, pensamos que a razão está com os que negam essa possibilidade. A final o próprio Estado tem função social. Tudo o que o Estado realiza, pelo menos no plano do dever ser volta-se para o social. Assim, é extremamente fácil para o governo justificar qualquer ação estatal com o argumento de que elas são desenvolvidas no interesse social. Em conseqüência, é extremamente fácil para o governo instituir as mais diversas contribuições sociais, passando a tê-las como fonte de custeio de quase todas as atividades estatais, de sorte a tornar praticamente prescindíveis os impostos. [... ] Com a hipertrofia das contribuições, de cuja arrecadação não participam os estados nem os municípios, tende-se a abolir a Federação. E se caminha no sentido de tornar inútil o sistema de garantias constitucionais tributárias. Por isto pensamos que a Constituição Federal deve ser - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 20 -

21 interpretada sem desconsideração para os elementos sistêmico e teleológico, atribuindo-se a seus dispositivos significados e alcance que não possibilitem tornar inúteis alguns deles. Em outras palavras, não devemos atribuir ao artigo 149 da Constituição Federal sentido e alcance capaz de permitir a inutilização de diversos dos mais importantes dispositivos dessa mesma Constituição. Aliás, quem examinar a evolução dos tributos no Brasil nos últimos anos verá que já experimentamos um considerável aumento da quantidade de contribuições. E essa tendência, se admitirmos a possibilidade das contribuições sociais gerais, com certeza vai resultar na atrofia dos impostos federais, com a conseqüente impossibilidade de manutenção de grande parte dos municípios brasileiros, na quebra do próprio princípio federativo na medida em que os estados, ou a maioria deles, não poderão manter a autonomia que caracteriza a Federação. 27 O posicionamento retro, de lavra do Professor Hugo de Brito Machado, nos parece inatacável sob qualquer ponto de vista, a despeito do brilho das lições expostas em sentido contrário, bem como da manifestação na mesma linha do Supremo Tribunal Federal, que entendeu constitucional a contribuição instituída pela Lei Complementar 110, de 29 de junho de 2001, considerando ter aquela exação a natureza jurídica de contribuição social geral, com fundamento de validade no art. 149, 1.ª parte, da CF. 28 A doutrina aponta como exemplo de contribuição social geral a contribuição do Salário- Educação, criada pelo artigo 178 da Emenda Constitucional 1/1969 e confirmada na atual Carta Política pelo 5. do seu artigo 212, destinada a 27 MACHADO, Hugo de Brito. Apresentação. In: MACHADO, Hugo de Brito (Coord.). As Contribuições no Sistema Tributário Brasileiro, São Paulo: Dialética/Fortaleza: Instituto Cearense de Estudos Tributários ICET, 2003, p STF: ADI-MC DF e ADI-MC DF, Relator Min. Moreira Alves, julgadas em Informativo STF n. 285, de Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 21 -

22 financiar, como fonte adicional, o ensino fundamental público. Da mesma forma, inclui-se como contribuições da espécie as contribuições para o Programa de Integração Social (PIS), criado pela Lei Complementar n. 7, de e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), criado pela Lei Complementar n. 8, de , destinados a financiar o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o 3. do artigo 239 da CF, previstas no caput do artigo 239 da Constituição Federal. Classificam-se, ainda, como contribuições da espécie aquelas aludidas no artigo 240 da Constituição Federal, que estabelece ressalvou a cobrança, a par do disposto no artigo 195 da CF, das então existentes contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema S ). Trata-se de tributo exigido de pessoas privadas (empregadores) relativamente a fatos distintos de atividade estatal, destinados a entidades privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, etc) As Contribuições Sociais de Seguridade Social As contribuições sociais destinadas ao custeio da Seguridade Social encontram-se regradas no artigo 195 da Constituição Federal: Artigo 195 A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; - Revista do Curso de Direito Ano II N.º 2 - p. 22 -

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF)

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) Prof. Alberto Alves www.editoraferreira.com.br O art. 149, caput, da Lei Maior prescreve a possibilidade de a União instituir Contribuições

Leia mais

RESUMIDAMENTE ESTAS SÃO AS DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS:

RESUMIDAMENTE ESTAS SÃO AS DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS: DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS Não existe posicionamento formal de nosso Supremo Tribunal Federal acerca da quantidade de espécies tributárias vigentes hoje em dia, alguns autores

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO I. Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar... 02 II. Tributos... 04 III. O Estado e o Poder de Tributar. Competência Tributária... 08 IV. Fontes

Leia mais

IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN

IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN IMPOSTO DE RENDA E O ARTIGO 43 DO CTN IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, Professor Emérito das Universidades Mackenzie, Paulista e Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Presidente do Conselho de Estudos

Leia mais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais

Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais Tributos em espécie Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais 1 Espécies tributárias Impostos Taxas De polícia De serviço Contribuição de melhoria Empréstimo

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

AULA 1 08/02/2010 CRÉDITO TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO

AULA 1 08/02/2010 CRÉDITO TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO AULA 1 08/02/2010 CRÉDITO TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO Direito Tributário Ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando

Leia mais

PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO Marco Aurélio M. ALEGRE 1 José Maria ZANUTO 2 RESUMO : O presente trabalho irá tratar dos princípios constitucionais do Direito Tributário, onde tratam dos elementos genéricos

Leia mais

III - O tributo no Direito Brasileiro

III - O tributo no Direito Brasileiro III - O tributo no Direito Brasileiro 1 O Tributo 1 - Conceito de tributo 2- O tributo e suas classificações 3- A determinação da natureza jurídica do tributo 4 Espécies e características dos tributos

Leia mais

NA IMPORTAÇÃO POR NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO ESTADUAL APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 33 DE 11.12.01, CONTINUA NÃO INCIDINDO O ICMS.

NA IMPORTAÇÃO POR NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO ESTADUAL APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 33 DE 11.12.01, CONTINUA NÃO INCIDINDO O ICMS. NA IMPORTAÇÃO POR NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO ESTADUAL APÓS A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 33 DE 11.12.01, CONTINUA NÃO INCIDINDO O ICMS. Elaborado em 07/2008 Gerson Tarosso Advogado. Sócio fundador do escritório

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

Conceito de Direito Financeiro. Receita Pública. Conceito de Direito Tributário. Autonomia Didática do Direito Tributário.

Conceito de Direito Financeiro. Receita Pública. Conceito de Direito Tributário. Autonomia Didática do Direito Tributário. 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D. 39 CRÉDITO: 04 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 PERÍODO: 6, 7º NOME DA DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I NOME DO CURSO: CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Leia mais

A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL

A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL Nelson Yoshiaki Kato 1 RESUMO: O presente artigo aborda a

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Juros e multa da dívida ativa tributária e a sua inclusão na base de cálculo do repasse ao legislativo municipal Alberto Jatene I - Relatório Trata-se de questionamento acerca da

Leia mais

O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA

O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA O SEGURO DE VIDA COM COBERTURA POR SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO UMA ANÁLISE TRIBUTÁRIA O presente trabalho trata do seguro de vida com cobertura por sobrevivência, com especial enfoque

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ CÂMARA MUNICIPAL DE TERESINA Assessoria Jurídica Legislativa

ESTADO DO PIAUÍ CÂMARA MUNICIPAL DE TERESINA Assessoria Jurídica Legislativa PARECER AJL/CMT Nº 031/2015. Teresina (PI), 04 de março de 2015. Assunto: Projeto de Lei nº 029/2015 Autor: Vereadora Teresa Britto Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade, no âmbito do Município de Teresina,

Leia mais

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a

Leia mais

NOTA JURÍDICA CONASEMS n. 014 NÚCLEO DE DIREITO SANITÁRIO

NOTA JURÍDICA CONASEMS n. 014 NÚCLEO DE DIREITO SANITÁRIO ASSUNTO: DEFINIÇÃO DO QUE SEJAM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE. DESNECESSIDADE DE NOVA REGULAMENTAÇÃO. ART. 200 DA CF E ART. 6º DA LEI 8.080/90. Desde o ano 2000, quando foi promulgada a Emenda Constitucional

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica VIOLAÇÃO DO SIGILO FISCAL SANÇÕES DISCIPLINARES MP 507/2010. Jorge Cézar Moreira Lanna Advogado

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica VIOLAÇÃO DO SIGILO FISCAL SANÇÕES DISCIPLINARES MP 507/2010. Jorge Cézar Moreira Lanna Advogado TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica VIOLAÇÃO DO SIGILO FISCAL SANÇÕES DISCIPLINARES MP 507/2010 Jorge Cézar Moreira Lanna Advogado Ironicamente, o Governo que sempre desdenhou o direito do contribuinte

Leia mais

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS 1 I. Introdução: - A vida em Sociedade exige regramento; - As Normas Reguladoras das relações humanas; - A aplicação das sanções (punições): maior ou menor grau

Leia mais

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa

2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa 2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa classificação, entretanto, apresentaremos a seguir aquela que

Leia mais

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) ASSESSORIA JURÍDICA PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. PARA: DA: REFERÊNCIA: Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) Assessoria Jurídica Expedientes Jurídicos

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I Olá pessoal, com o intuito de auxiliá-los para a prova de AUDITOR do ICMS-SP/2006, seguem abaixo algumas questões que selecionei dos últimos concursos

Leia mais

ARTIGO: TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS E

ARTIGO: TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS E ARTIGO: TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS E O ORDENAMENTO INTERNO Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: este artigo visa observar a relação existente entre os tratados internacionais sobre

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO Técnico TRF

DIREITO TRIBUTÁRIO Técnico TRF SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 1. Conceito de Direito Tributário 1 É ramo do Direito Público, uma vez que presente o Poder de Império do Estado na relação jurídica, prepondera o interesse da coletividade.

Leia mais

x---------------------z direta e imediata = Direta referibilidade da atuação Estatal. Basta a atuação (certidão, licença)

x---------------------z direta e imediata = Direta referibilidade da atuação Estatal. Basta a atuação (certidão, licença) Continua (Atividade Financeira do Estado II) HIT Aspecto material consiste numa atuação do Estado x---------------------z direta e imediata = Direta referibilidade da atuação Estatal. Basta a atuação (certidão,

Leia mais

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO

Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

Custeio de capacitação dos servidores públicos pelo Legislativo Municipal CONSULTA N. 838.755

Custeio de capacitação dos servidores públicos pelo Legislativo Municipal CONSULTA N. 838.755 Custeio de capacitação dos servidores públicos pelo Legislativo Municipal CONSULTA N. 838.755 EMENTA: CONSULTA CÂMARA MUNICIPAL PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL COM AUXÍLIO FINANCEIRO AO SERVIDOR PÚBLICO

Leia mais

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Ives Gandra da Silva Martins Marilene Talarico Martins Rodrigues SUMÁRIO: Considerações Iniciais. Imunidades como Limitação ao Poder de Tributar. Imunidade das Instituições - Educacionais

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito PLANO DE ENSINO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito Professores: Cássio Furlan cassiofurlan@yahoo.com.br Período/ Fase: 6ª Semestre: 2º Ano: 2012

Leia mais

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO! O que é diferimento?! Casos que permitem a postergação do imposto.! Diferimento da despesa do I.R.! Mudança da Alíquota ou da Legislação. Autores: Francisco

Leia mais

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br Das Questões DO REGIME JURÍDICO 1. No que se refere ao regime jurídico-administrativo brasileiro e aos Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Dispõe sobre o quórum de aprovação de convênio que conceda remissão dos créditos tributários constituídos em decorrência de benefícios, incentivos fiscais ou financeiros instituídos

Leia mais

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, estamos no período em que se comemoram os vinte anos de promulgação da Constituição Cidadã de

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Título do artigo: O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Área: Gestão Coordenador Pedagógico Selecionadora: Maria Paula Zurawski 16ª Edição do Prêmio Victor Civita Educador

Leia mais

Atividade Financeira do Estado

Atividade Financeira do Estado Atividade Financeira do Estado O Estado desenvolve atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais, com a finalidade de regular a vida humana na sociedade,

Leia mais

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1.988 ACABA POR NÃO CONCEITUAR O QUE SEJA TRIBUTO. ENTRETANTO, LEVA EM CONSIDERAÇÃO, IMPLICITAMENTE,

Leia mais

Telecomunicações. Introdução

Telecomunicações. Introdução Telecomunicações Introdução O nosso trabalho irá versar sobre as taxas cobradas pela ICP-ANACOM autoridade independente para as comunicações electrónicas e seu enquadramento legal, tentando qualificá-las

Leia mais

O Licenciamento Ambiental Municipal

O Licenciamento Ambiental Municipal O licenciamento ambiental é um dos instrumentos da política nacional do meio ambiente, sendo definido como o procedimento administrativo utilizado pelo órgão ambiental competente para licenciar a localização,

Leia mais

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO Artigo jurídico apresentado por MARCELO THIMOTI DA SILVA, professor, especialista em Direito Administrativo, Constitucional

Leia mais

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social

Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social 1.4.7.3. Contribuições do art.195 CF Trataremos nesta aula das contribuições destinadas ao custeio da seguridade social (previdência, saúde e assistência social), espécies de contribuições sociais, como

Leia mais

AS MUDANÇAS NA LC 101/2000

AS MUDANÇAS NA LC 101/2000 IBAM INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL ESCOLA NACIONAL DE SERVIÇOS URBANOS ENSUR AS MUDANÇAS NA LC 101/2000 Heraldo da Costa Reis Prof. ENSUR/IBAM FACC/UFRJ heraldo@ibam.org.br - hcreis@terra.com.br

Leia mais

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Os artigos 578 e 579 da CLT preveem que as contribuições devidas aos sindicatos, pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS FERNANDA CURY DE FARIA 1 RESUMO O presente artigo objetiva abordar as questões concernentes aos princípios constitucionais tributários, princípios estes previstos

Leia mais

Ilmos. Srs. VICAE VIÁRIO CONSTRUÇÕES, ARQUITETURA E EMPREEN-DIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. Av. Presidente Vargas nº 791 14401-110 - Franca - SP

Ilmos. Srs. VICAE VIÁRIO CONSTRUÇÕES, ARQUITETURA E EMPREEN-DIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. Av. Presidente Vargas nº 791 14401-110 - Franca - SP DEFINE A FUNÇÃO DOS CONSELHOS PROFISSIONAIS E A OBRIGATORIEDADE DE INSCRIÇÃO NO CRECI DE JURÍDICA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS Ilmos. Srs. VICAE VIÁRIO CONSTRUÇÕES, ARQUITETURA E EMPREEN-DIMENTOS IMOBILIÁRIOS

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 134/2014. NOSSO MUNICÍPIO. O PREFEITO MUNICIPAL,

PROJETO DE LEI Nº 134/2014. NOSSO MUNICÍPIO. O PREFEITO MUNICIPAL, PROJETO DE LEI Nº 134/2014. ALTERA A LEI Nº 11.304, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2013, QUE CRIA O SERVIÇO VOLUNTÁRIO, COM OBJETIVOS CÍVICOS, CULTURAIS, CIENTÍFICOS, EDUCACIONAIS, OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM NOSSO

Leia mais

Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental. Subsídio Ambiental

Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental. Subsídio Ambiental Instrumentos Econômicos de Gestão Ambiental Subsídio Ambiental Acabamos de perceber que um tributo sobre emissões funciona como se estivéssemos estabelecendo um preço pelo uso do patrimônio ambiental que

Leia mais

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA PARECER Nº DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 356 de 2012, do Senador Paulo Paim, que altera o artigo 53 do Código Civil

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO Disciplina: Direito Tributário II JUR 3412 Prof.: Luiz Fernando

Leia mais

V O T O. interposição deste recurso, foram observados os pressupostos gerais. de recorribilidade. Os documentos de folhas 43, 213 e 765 evidenciam

V O T O. interposição deste recurso, foram observados os pressupostos gerais. de recorribilidade. Os documentos de folhas 43, 213 e 765 evidenciam V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) Na interposição deste recurso, foram observados os pressupostos gerais de recorribilidade. Os documentos de folhas 43, 213 e 765 evidenciam a regularidade

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 31, de 2010 (Projeto de Lei nº 3.512, de 2008, na origem), da Deputada Professora Raquel

Leia mais

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Cássio Marques da Silva 2015 TRIBUTOS Modalidades 1 MODALIDADES DE TRIBUTOS Como vimos tributo seria a receita do Estado, que pode estar ou não vinculada a uma contra-prestação. Entretanto existem

Leia mais

Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1

Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1 Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO O Estado desenvolve atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais,

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 Acrescenta inciso ao art. 52 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL A pessoa jurídica A, fabricante de refrigerantes, recolheu em montante superior ao devido o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente nas operações

Leia mais

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 11 Cosit Data 8 de maio de 2013 Origem

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 11 Cosit Data 8 de maio de 2013 Origem Fl. 11 Fls. 1 Coordenação Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 11 Data 8 de maio de 2013 Origem Coordenação Geral de Contencioso Administrativo e Judicial COCAJ Assunto: Imposto sobre a Renda

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010 Questão 21 Conhecimentos Específicos - Auditor No que diz respeito às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, a Demonstração Contábil cuja apresentação é obrigatória apenas pelas empresas estatais

Leia mais

Direito Previdenciário - Custeio

Direito Previdenciário - Custeio Direito Previdenciário - Custeio Aula 4 Contribuição dos Empregadores Sobre a Folha de Salários e Demais Rendimentos do Trabalho. Professor: Marta Gueller Coordenação: Dr. Wagner Ballera "CONTRIBUIÇÃO

Leia mais

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre www.lfg.com.br/ www.cursoparaconcursos.com.br TRIBUTO - CONCEITO 1. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. 2. (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Segundo

Leia mais

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 Dispõe sobre o Programa Municipal de Parcerias Público- Privadas. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

Seguindo essas diretrizes, o doutrinador José Eduardo Sabo Paes conclui que o Terceiro Setor representa o

Seguindo essas diretrizes, o doutrinador José Eduardo Sabo Paes conclui que o Terceiro Setor representa o O Terceiro Setor Terceiro setor é a tradução de Third Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos da América para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com o Primeiro Setor (Público,

Leia mais

06/03/2012. Legislação Tributária. Dn. Paulo Cesar Chagas Rodrigues paulo.rodrigues@ifsp.edu.br Doutorando em Engenharia Mecânica

06/03/2012. Legislação Tributária. Dn. Paulo Cesar Chagas Rodrigues paulo.rodrigues@ifsp.edu.br Doutorando em Engenharia Mecânica Dn. Paulo Cesar Chagas Rodrigues paulo.rodrigues@ifsp.edu.br Doutorando em Engenharia Mecânica 1 Código Tributário Nacional Lei nº 5. 172, de 25 de Outubro de 1966 Denominado CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Leia mais

INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 4, 5 e 6 de junho de 2012 INSTRUMENTOS DE TRATAMENTO DE CONFLITOS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Marcela Tapajós e Silva Painel

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Analista/Técnico MPU

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Analista/Técnico MPU ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Analista/Técnico MPU 3/5-7 Conceituação e classificação de receita pública. 8 Classificação orçamentária de receita pública por categoria econômica no Brasil. 9.

Leia mais

GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO

GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO Fábio Tadeu Ramos Fernandes ftramos@almeidalaw.com.br Ana Cândida Piccino Sgavioli acsgavioli@almeidalaw.com.br I INTRODUÇÃO Desde a década de

Leia mais

W W W. P R O F E S S O R S A B B A G. C O M. B R

W W W. P R O F E S S O R S A B B A G. C O M. B R Os limites da Contribuição de Melhoria Autor: Hugo de Brito Machado Fonte: http://www.hugomachado.adv.br/conteudo.asp?home=1&secao=2&situacao=2&doc_id=34 Quando a Constituição, explicitamente, limitava

Leia mais

A taxa de serviço (gorjeta) e o PL 57/2010 em face à proteção do consumidor.

A taxa de serviço (gorjeta) e o PL 57/2010 em face à proteção do consumidor. A taxa de serviço (gorjeta) e o PL 57/2010 em face à proteção do consumidor. Lucas Migon 1 Ana Paula Gonçalves 2 UFRJ - Faculdade Nacional de Direito, Rio de Janeiro, RJ Pontifícia Universidade Católica

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO Nº 00000064-20.2012.8.18.000064 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI RÉUS: MUNICÍPIO DE PAULISTANA/PI e OUTRO

Leia mais

LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO SONORA URBANA

LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO SONORA URBANA LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO SONORA URBANA JOSÉ DE SENA PEREIRA JR. Consultor Legislativo da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento Urbano e Regional JANEIRO/2002

Leia mais

A importância do Direito Civil no âmbito do Direito Tributário

A importância do Direito Civil no âmbito do Direito Tributário A importância do Direito Civil no âmbito do Direito Tributário Kiyoshi Harada* Sumário: 1. Introdução. 1.1 Da utilização de determinada categoria jurídica por vários ramos do direito. 1.2 Dos critérios

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

RELATÓRIO O SR. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA (RELATOR):

RELATÓRIO O SR. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA (RELATOR): PROCESSO Nº: 0806690-65.2014.4.05.8400 - APELAÇÃO RELATÓRIO O SR. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA (RELATOR): Trata-se de apelação interposta pelo Conselho Regional de Corretores de

Leia mais

Art. 1º O Art. 2º da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:

Art. 1º O Art. 2º da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: PROJETO DE LEI N o, DE 2010 (Do Sr. Pedro Chaves) Altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para regulamentar a EC nº 63/10, instituir o piso salarial profissional nacional, as Diretrizes do Plano

Leia mais

Direito Tributário Nacional: Princípios Constitucionais Tributários. Fontes do Direito

Direito Tributário Nacional: Princípios Constitucionais Tributários. Fontes do Direito PLANO DE ENSINO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Instituição: Universidade Alto Vale do Rio do Peixe Curso: Direito Professor: Leandro Chiarello de Souza E-MAIL: leandrosouza@conection.com.br Período/ Fase: 5ª

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

14/06/2013. Andréa Baêta Santos

14/06/2013. Andréa Baêta Santos Tema: DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO Questões de Registro de Imóveis 14/06/2013 1. Na certidão em relatório Oficial deve sempre se ater ao quesito requerente? formulado o pelo Não, pois sempre que houver

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Contribuição de melhoria. Aspectos controvertidos

Contribuição de melhoria. Aspectos controvertidos Contribuição de melhoria. Aspectos controvertidos Kiyoshi Harada* Sumário: 1 Conceito. 2 Normas gerais aplicáveis. 3 Necessidade de lei especifica? 4. Momento da publicação do edital. 1 Conceito A Constituição

Leia mais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Contribuições de Melhoria A contribuição

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO Para conceituar o Direito Administrativo, deve-se partir do significado e da classificação do próprio Direito. Segundo Hely Lopes Meirelles, Direito é o conjunto de regras

Leia mais

O CONCEITO DE RENDA PARA FINS DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

O CONCEITO DE RENDA PARA FINS DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA O CONCEITO DE RENDA PARA FINS DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA Raimundo Júnior Mangabeira Gonçalves Advogado. Bacharel em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Distrito Federal UNIDF. Pós-graduado em Direito

Leia mais

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015. A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015. A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei: 1 Gabinete do Prefeito LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE 2015 Institui o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas, cria a Comissão Gestora de Parcerias Público-Privadas de Goiânia e dá outras providências.

Leia mais

Faculdades IESGO Direção Acadêmica Coordenação do Curso de Direito

Faculdades IESGO Direção Acadêmica Coordenação do Curso de Direito Instituto de Ensino Superior de Goiás Faculdades IESGO Direção Acadêmica Coordenação do Curso de Direito PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO: CURSO: DIREITO TURMA: 8º SEMESTRE/NOTURNO DISCIPLINA: DIREITO

Leia mais

Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas?

Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas? Por que criar Ouvidorias nos Tribunais de Contas? Autora: Edna Delmondes: Mestre em Adminstração de Empresas, pela Universidade Federal da Bahia. Auditora do Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Para

Leia mais

Despesas com a Educação

Despesas com a Educação Despesas com a Educação Heraldo da Costa Reis Coordenador de ensino ENSUR/IBAM Prof. UFRJ Preliminarmente, veja-se o que dispõe o art. 212 da Constituição da República, a seguir transcrito: Art. 212 A

Leia mais

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO

CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO ECONÔMICO CONCEITO DE DIREITO ECONÔMICO SUJEITO - OBJETO CONCEITO DIREITO ECONÔMICO É O RAMO DO DIREITO QUE TEM POR OBJETO A JURIDICIZAÇÃO, OU SEJA, O TRATAMENTO

Leia mais

LUIZ ANTONIO SOARES DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR

LUIZ ANTONIO SOARES DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR Apelação Cível - Turma Espec. II - Tributário Nº CNJ : 0100686-34.2014.4.02.5006 (2014.50.06.100686-0) RELATOR : LUIZ ANTONIO SOARES APELANTE : PARANÁ GRANITOS LTDA ADVOGADO : EDGAR LENZI E OUTROS APELADO

Leia mais

DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS Secretaria Geral de Cursos PROGRAMA DE DISCIPLINA

DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS Secretaria Geral de Cursos PROGRAMA DE DISCIPLINA DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS Secretaria Geral de Cursos PROGRAMA DE DISCIPLINA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CÓDIGO: CIS151 DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I CARGA HORÁRIA: 60h

Leia mais

ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA

ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA Aula - Direito do Trabalho II Prof.ª Carolina ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA ESTRUTURA SINDICAL Permanência inicial Moldes corporativistas não inteiramente revogados pela CF/88. Existência de uma pirâmide

Leia mais