2. Métodos e desenvolvimento dos mecanismos de punição

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2. Métodos e desenvolvimento dos mecanismos de punição"

Transcrição

1 2. Métodos e desenvolvimento dos mecanismos de punição Nós vos pedimos com insistência. Nunca digam isso é natural. Diante dos acontecimentos de cada dia. Numa época em que reina a confusão, em que corre sangue, em que ordena-se a desordem, em que o arbítrio tem força de lei. Em que a humanidade se desumaniza. Não digam, nunca - isso é natural. Bertold Brechet 2.1 Resgate histórico das formas de tratamento à criminalidade No decorrer da história, desde as primeiras sociedades humanas, da antiguidade mais remota a administração penal hodierna o tratamento á criminalidade passou por diferentes ciclos e etapas. As formas de punir um indivíduo variam ao longo das épocas, em razão do surgimento de novos modos de produção, de vida e o nascimento das civilizações. Na história das civilizações mais antigas, povos como os egípcios, os mesopotâmicos, os fenícios e hebreus, há inúmeros exemplos de punições e castigos aos transgressores dos códigos morais, éticos e principalmente religiosos, estabelecidos pelos deuses ou um Deus. No livro de Levítico, ou livro das Leis, cuja escrita é tradicionalmente atribuída a Moisés, líder dos hebreus peregrinos, há registros de inúmeras punições para crimes de ordem moral onde, por exemplo, a punição para o adultério é a morte. Também o homem que adulterar com a mulher do outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. Na antiguidade clássica, gregos e romanos também tinham por costume punir exemplarmente aqueles que cometiam crimes contra a ordem estabelecida. No auge do império romano a crescente expansão dos cristãos, comprometia a realização dos cultos aos deuses. Desta forma, observamos que na antiguidade a pena de morte era a mais recorrente sentença para diversos crimes. Outros tipos de crimes faziam superlotar os calabouços, os transgressores eram submetidos a trabalhos forçados, como por exemplo, remarem nas galés, embarcações

2 18 antigas usadas por gregos e romanos para se deslocarem nos mares e oceanos 11. Para explicação desses fatos, Rusche e Kirchheimer (2004) 12 afirmam: O que é significativo no uso das galés como método de punição é o fato de ser uma iniciativa calcada em interesses somente econômicos e não penais. Isto é verdade tanto para a sentença quanto para a execução. A introdução e regulamentação da servidão nas galés foram determinadas tão-somente pelo desejo de se obter a força de trabalho necessária nas condições mais baratas possíveis (2004, p.85). Na Baixa Idade Média percebe-se uma continuidade dos mesmos métodos punitivos e ao mesmo tempo a introdução do uso de outros como a indenização e fiança que foram substituídos durante a Alta Idade Média por um sistema de punição corporal e que ao longo do século XVII abriu espaço para o aprisionamento (Rusche e Kirchheimer, 2004). Vale notar que os métodos específicos de punição estão relacionados ao desenvolvimento econômico situado em um dado contexto histórico social e com uma rígida ideologia religiosa. Na época medieval o poder era descentralizado, não existia ainda o conceito de Estado-Nação, por isso os crimes praticados eram pagos através de fianças intensificando o abismo social entre as classes. A partir do momento em que os considerados malfeitores das classes subalternas não tiveram mais condições de pagar a fiança em moeda, a forma de punição foi imediatamente substituída por castigos corporais (Rusche e Kirchheimer, 2004). Se o criminoso não tinha a moeda como um bem, o seu corpo era o único bem acessível. A forma de punição então no feudalismo era através de terríveis castigos corporais. Segundo Foucault (1984) 13, O suplício é uma pena corporal, dolorosa, é a arte quantitativa do sofrimento. (...) A morte-suplício é também a arte de reter a vida no sofrimento subdividindo-a em mil mortes. (...) A pena é calculada de acordo com as regras detalhadas: número de golpes, de açoites, localização do ferrete em brasa, tempo de agonia na fogueira ou na roda, tipo de mutilação a impor (Foucault, 1984: p. 34). 11 Um bom exemplo é o descrito no filme Ben - Hur, um épico que reproduz este tipo de pena. 12 RUSHE, Georg e KIRCHLEIMER, Otto. Punição e Estrutura social. Traduzido por Gizlene Neder. Rio de Janeiro: editora Revan, FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis-RJ: Vozes, 1984.

3 19 Essa forma de suplício penal como um espetáculo para ser assistido era interessante para o soberano, pois servia de exemplo para o povo que ao ver a cena de agonia do supliciado, temia um destino semelhante. No século XVIII, conhecido como o século das luzes, o iluminismo traz para as práticas sociais a racionalização bem como a valorização do humanismo que faz desaparecer o suplício como forma de punição. (...) desapareceu o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto, dado como espetáculo (Foucault, 1984: p.14). A pena não mais era centralizada no suplício como técnica de sofrimento e dava lugar a castigos como o trabalho forçado, herança da antiguidade. Numa economia servil, os métodos punitivos teriam o papel de trazer mão de obra suplementar, pois devido as constantes guerras havia escassez de força de trabalho, sendo utilizada até mesmo mão de obra infantil (Rusche e Kirchheimer, 2004). O exército é reforçado por criminosos, nesse período o sistema punitivo se dava através do trabalho forçado. A regeneração moral do indivíduo não tinha importância para o sistema e sim a aptidão para o trabalho, percebe-se que não importava o delito praticado, desde que o infrator ou criminoso tivesse um bom físico e pudesse ser treinado e aproveitado para o trabalho. No alvorecer de uma nova etapa da história da humanidade, nos tempos modernos, amplia-se a visão de mundo, antes centrada na Europa. Novos territórios são descobertos, novas culturas e novas crenças são desenvolvidas. A revolução científica põe em xeque as verdades absolutas da igreja católica e a reforma protestante abala os alicerces da cristandade. A igreja católica reage à reforma, surgindo o Tribunal do Santo Ofício como braço institucional responsável pela Inquisição Moderna, onde bispos e demais autoridades eclesiásticas investigavam, inquiriam e condenavam os hereges, por suas crenças e práticas anti-cristãs 14. A tortura era de fato uma ferramenta utilizada com freqüência pelos inquiridores, sobretudo nos casos em que houvessem suspeitas do envolvimento do acusado nas seitas e religiões contrárias a fé católica, ou então, quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes ou tentativas de fuga. O sistema feudal não suporta as transformações e a Idade Média agoniza. A modernidade 14 Lutero Apud Melossi, D. e Pavarine, M. In Cárcere e Fábrica: as origens do sistema penitenciário (séculos XVI XIX). Tradução Sergio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, ICC, 2006.

4 20 apresenta ao mundo um novo modo de produção, o capitalismo (as relações sociais e de trabalho se deslocam do campo para as cidades), concretizando-se as políticas econômicas estatais de mercantilismo o que interfere nas formas de punição (Rusche e Kirchheimer, 2004). Em 1752, surge a Casa de Correção com a finalidade de limpar a cidade de vagabundos, prostitutas e mendigos (Rusche e Kirchheimer, 2004). A Casa de Correção tem importância histórica por corrigir, produzir e punir. Suas três funções básicas eram: Assistência aos pobres, Oficina de trabalho e Instituição penal. A punição nas Casas de Correção começou aos poucos se transformando e a punição no seu caráter de trabalho forçado deu lugar à punição de tipo detentivo. Os autores Melossi e Pavarini 15 (2006) em relação à Casa de Correção afirmam: O trabalho nas casas de correção começou a rarear e recomeçou-se a punir os vagabundos com o açoite e com o ferro em brasa, preferencialmente ao internamento. No entanto, a prática da casa de correção fez com que cada vez mais comumente a punição fosse do tipo detentivo e esta absorveu, pouco a pouco, a antiga gaol, a prisão de custódia (2006: p. 63). Seria a substituição das velhas penas corporais e de morte pela detenção. Uma detenção, todavia cada vez mais inútil e dolorosa para os internos (Melossi e Pavarini, 2006: p. 64). A partir do século XIX com o sistema industrial avançando o mercado passa a exigir mão de obra livre e o método de punição com o trabalho forçado é substituído então, pela prisão - privação da liberdade de indivíduos que infringiram os padrões de conduta estabelecidos por lei. Foucault (1984) descreve que: O efeito mais importante do panóptico é induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder (...) Sem cessar o detento terá diante dos olhos a alta silhueta da torre central de onde é espionado. O detento nunca deve saber se está sendo observado; mas deve ter a certeza de que sempre pode sê-lo. (...) no anel periférico, se é totalmente visto, sem nunca ver; na torre central, vê-se tudo, sem nunca ser visto (1984: p.178). 15 MELOSSI, Dario e PAVARINI, Massimo. Cárcere e fábrica As origens do sistema penitenciário (séculos XVI XIX). Rio de Janeiro: Revan, ICC, 2006.

5 21 A prisão marca um período importante na história da justiça penal com sua aparente forma de tratar a delinqüência e o delinqüente; o crime e a criminalidade. O método de punir nesse período não mais se dirige ao corpo e sim à alma. A punição da alma se exercia através do isolamento do indivíduo, segundo a filósofa política Hannah Arendt (1989) 16, analisando o totalitarismo através dos tempos sombrios do nazismo e fascismo, afirma que o isolamento é definido como ícone, pois se instala nas relações humanas, vetando a possibilidade do contato político entre os homens, de forma que o discurso e a ação são excluídos e como conseqüência não há um compartilhamento de um mundo comum. O isolamento produz a solidão e esta solidão ocorre quando se destrói a capacidade criadora do homem enquanto homo faber. Quando essa capacidade criativa humana é destruída, o homem já não é mais identificado como homo faber, passando a ser visto como homo laborans que sobrevive biologicamente apenas (Arendt, 1989). Ainda segundo Arendt, a solidão não é estar só. Quem está desacompanhado está só, enquanto a solidão se manifesta mais nitidamente na companhia de outras pessoas (1989: p.528). Os presos são isolados, vigiados e controlados constantemente e a própria arquitetura prisional corrobora neste exercício de tratamento penal. O castigo atua sobre a personalidade do preso, ou seja, ao adentrar no sistema prisional perde sua identidade, sua vontade própria, tendo que se adequar e adaptar as regras e ao poder institucional. Quando um indivíduo entra numa instituição prisional, as normas de convívio social que aprendeu não têm mais importância, devendo submeter-se, até mesmo por questão de sobrevivência, às regras existentes no submundo da prisão, começando aí o fenômeno da prisionização 17, que segundo Donalt Clemer indica a adoção, em maior ou menor grau, do modo de pensar, dos costumes, dos hábitos, da cultura geral da penitenciária. Prisionização é semelhante à assimilação, pois todo homem confinado a prisão se sujeita a prisionização em alguma extensão em razão do longo período de contato com o aprisionamento, havendo o surgimento de uma subcultura nas prisões, com valores diferentes da sociedade. 16 ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, Donald Clemer apud Tompson. In A questão Penitenciária. Rio de Janeiro: Forense, 5º Ed

6 22 Neste próximo item, iremos apresentar um resgate histórico dessas instituições totais 18 no Brasil e logo após abordaremos sobre a realidade em que se encontra hoje o sistema prisional brasileiro Sistema Prisional brasileiro: algumas considerações Notas históricas No Brasil, a prisão quando de sua criação foi inicialmente alojamento de escravos e ex-escravos, serviu como asilo para menores e crianças de rua, foi confundida com hospício ou casa para abrigar doentes mentais e, finalmente fortaleza para encerrar os inimigos políticos. Monumento simbólico de construção da exclusão social, cercado por muralhas intransponíveis ou isolados em ilhas e lugares isolados, dentro de seus muros eram comuns os maus tratos e a tortura, a promiscuidade e os vícios, era a face nefasta do aparelho punitivo do Estado (Pedroso: 2006, p. 55) 19. A história do sistema penitenciário brasileiro inicia-se com a decisão do império português de transformar o Brasil em presídio para degredados expulsos de Portugal por terem cometido crimes como alcoviteiros, duelo, entrada violenta ou tentativa de entrada em casa alheia, resistência a ordens judiciais, falsificação de documentos, contrabando de pedras e metais preciosos (Pedroso: 2006, p. 57). A autora afirma que 18 Segundo Goffman (1974), uma instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável período de tempo, levam uma vida fechada e formalmente administrada. Essas instituições totais não permitem qualquer contacto entre o internado e o mundo exterior, até porque o objetivo é excluí-lo completamente do mundo originário, a fim de que o internado absorva totalmente as regras internas. Essas instituições podem ser divididas em cinco tipos: Em primeiro lugar, instituições criadas para cuidar das pessoas que, segundo se pensa, são incapazes e inofensivas; nesse caso estão as casas para cegos, velhos, órfãos e indigentes. Em segundo lugar, há locais estabelecidos para cuidar de pessoas consideradas incapazes de cuidar de si mesmas e que são também uma ameaça à comunidade, embora de maneira não intencional; sanatórios para tuberculosos, hospitais para doentes mentais e leprosários. Um terceiro tipo de instituição total é organizado para proteger a comunidade contra perigos intencionais, e o bem-estar das pessoas assim isoladas não constitui o problema imediato: cadeias, penitenciárias, campos de prisioneiros de guerra, campos de concentração. Em quarto lugar, há instituições estabelecidas com a intenção de realizar de modo mais adequado alguma tarefa de trabalho, e que se justificam apenas através de tais fundamentos instrumentais: quartéis, navios, escolas internas, campos de trabalho, colônias e grandes mansões (do ponto de vista dos que vivem nas moradias dos empregados). Finalmente, há os estabelecimentos destinados a servir de refúgio do mundo, embora muitas vezes sirvam também como locais de instrução para os religiosos; entre exemplos de tais instituições, é possível citar abadias, mosteiros, conventos e outros claustros (Goffman 1974, p ). 19 PEDROSO, R. C. Uma história utópica: notas acerca da história do sistema penitenciário brasileiro, fontes e metodologia para seu estudo. In: Carlos Eduardo de Abreu Boucault. (Org.). História e Método em pesquisa jurídica. São Paulo: Quartier Latin, 2006.

7 23 esta história, desde o início caracterizou-se por um profundo descaso por parte das autoridades responsáveis pelas políticas públicas na área penal, construindo um modelo de punição que se mostrou ineficiente ao longo de toda sua trajetória. Em 1808 com a chegada da família real ao Brasil, inicia-se uma nova fase histórica e a Colônia ganha status de capital do Império. Como capital do Império português, não era mais possível que o Brasil continuasse a receber os criminosos de Portugal. Antes mesmo de 1808, já havia planos do governo português de instalar no Rio de Janeiro a primeira Casa de Correção do Brasil. Com a promulgação da Carta Imperial de D. José I, foi criada no dia 08 de julho de 1769, a primeira Casa de Correção da cidade do Rio de Janeiro 20. Pedroso (2006) analisa que a partir da Constituição de 1824, outorgada por D.Pedro I, o sistema prisional brasileiro ganhou sua primeira regulamentação, determinando que as prisões passassem a ser adaptadas ao trabalho e os presos separados de acordo com os crimes cometidos. Com a formulação do Código Criminal de 1830 as penas de trabalho e de prisão simples também foram regularizadas e pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, as Assembléias Legislativas provinciais tinham a atribuição de construir casas de prisão, trabalho, correção e determinar seus respectivos regimes. Discutia-se sobre as formas como esse regime deveria ser instituído. O governo imperial enviou alguns diplomatas e especialistas como juristas e intelectuais para os Estados Unidos e Europa, com o objetivo de conhecer os sistemas prisionais dos países visitados, buscando elementos para criação e implantação das chamadas prisõesmodelo Tendo recebido a denominação inicial de Casa de Correção do Rio de Janeiro, teve seu nome mudado em 1941, para Penitenciária Central do Distrito Federal que, em 1957, passa a se chamar Penitenciária Professor Lemos de Brito. Com a criação do Estado da Guanabara subordinou-se ao Governo do Estado e, em pouco mais de uma década (de 1970 a 1981) teve a denominação de Instituto Penal Lemos Brito. De 1981 aos dias atuais, denomina-se Penitenciária Lemos Brito, instalada desde sua fundação na Rua Frei Caneca, no bairro do Estácio no Rio de Janeiro. Com a desativação do Complexo da Frei Caneca em 2006, foi transferida para o Complexo de Gericinó em Bangu. Tem capacidade para abrigar até 600 homens condenados a penas longas, caracterizando-se como Penitenciária de Segurança Máxima. IN LOUREIRO, V. M. R. A arte transformando vidas: cultura como possibilidade de construção da sociabilidade no cárcere. Trabalho de Conclusão de Curso. Niterói: Escola de Serviço Social da UFF, Ver em anexo III algumas imagens que revelam essas mudanças históricas da Penitenciária Lemos Brito. 21 Vários autores escrevem suas observações sobre os modelos prisionais existentes no mundo, destacamos alguns deles: Souza Bandeira em A Questão Penitenciária no Brasil (Rio de Janeiro,

8 24 Pedroso (2006) afirma que a Constituição de 1824 estabelecia que as prisões deveriam ser seguras, limpas, arejadas, havendo a separação dos presos conforme a natureza de seus crimes, mas as casas de recolhimento de presos do início do século XIX mostravam condições degradantes para o cumprimento da pena por parte do preso. Um exemplo deste quadro era a Prisão Eclesiástica do Aljube, localizada na cidade do Rio de Janeiro e instituída pelo Bispo Antonio de Guadalupe após Com a vinda da família real, de casa de reclusão foi transformada em prisão comum, passando a ser denominada como Cadeia da Relação (1823). Em 1856 a Cadeia da Relação foi fechada e transformou-se em casa residencial. Antes de ser fechada, porém, abrigou dezenas de presos em condições precárias de subsistência, conforme foi relatado em 1828 por uma comissão criada para visitar as prisões e relatar suas condições de uso. O prédio com capacidade projetada para abrigar 15 presos contava na data da visita com 390 presos em péssimas condições desnutridos, sujos e maltrapilhos. (...) A Prisão Eclesiástica do Aljube, como tantas outras nos primeiros anos do século XIX, abrigava presos condenados pelos mais variados crimes. Haviam alí civis e militares, criminosos processados por delitos comuns, presos por qualquer motivo ou por nenhum motivo declarado (p.58-59). Nesta época, o dia-a-dia das prisões mostra, além do descaso público, condições sub-humanas que caracterizam a sub-cidadania dos condenados da sociedade. Apesar disso, as autoridades insistiam em proclamar que o objetivo era encontrar o modelo de prisão perfeita (Pedroso, 2006). Esta autora destaca ainda que o Código Criminal do Império admitiu duas espécies de penas: a prisão simples e a prisão com trabalho, variando a duração de ambas conforme a penalidade aplicada, desde a prisão perpétua até a reclusão de alguns dias (2006: p. 60). No entanto a aplicação deste modelo esbarrava na falta de condições para sua aplicação, principalmente pelo local onde se instalavam as prisões, em geral prédios velhos e mal acabados, superlotados, inóspitos e insalubres. Com o passar do tempo os erros na elaboração do sistema prisional sucederamse e parece que se tornaram responsáveis pela realidade que temos hoje, onde o objetivo final que deveria ser o de resgate do condenado à vida em sociedade, passa a ser o de manter à margem da sociedade aquele que por suas próprias escolhas já está nesta situação. Oliveira, 1881), João Chaves em Sciencia Penitenciária (Lisboa, Clássica editora 1912) e Esmeraldino Bandeira em O Criminoso e a Penitenciária. Fonte: PEDROSO, R. C. Uma história utópica: notas acerca da história do sistema penitenciário brasileiro, fontes e metodologia para seu estudo. In: Carlos Eduardo de Abreu Boucault. (Org.). História e Método em pesquisa jurídica. São Paulo: Quartier Latin, 2006.

9 25 Um ano após a Proclamação da República, o governo republicano institui o novo Código Penal, que modificou as penas existentes até então, excluiu as penas perpétuas e coletivas e criou as seguintes modalidades penais: prisão celular, banimento, reclusão, prisão com trabalho obrigatório, prisão disciplinar, interdição, suspeisão e perda do emprego público e multa. Fica estabelecido o período máximo de reclusão de 30 anos. Outras novidades constavam do Código, como remição 22 da pena por bom comportamento e a criação das prisões agrícolas (Pedroso, 2006). As autoridades prometiam uma nova era no tratamento aos presos e a idéia era proporcionar segurança aos presos, atenção às condições de higiene nas prisões, segurança por parte dos vigilantes e guardas, execução do regime carcerário aplicado, avaliação e inspeção das prisões. Na teoria as propostas pretendiam criar um novo modelo para o sistema penitenciário, mas a concretização do que fora proposto esbarrava na ausência de políticas públicas que poderiam influenciar nas condições dos presídios brasileiros. As dificuldades de implantação do regime de trabalho dificultava a execução da pena, já que a desorganização do sistema, a pouca produtividade, a falta de ferramentas nas oficinas da prisão e a ausência de matérias-primas eram comuns (Pedroso, 2006). O preso tornava-se desestimulado e desocupado. O Estado além de não recuperá-lo, degradava-o ainda mais. Os criminosos da rua, os vadios, malandros, vagabundos e capoeiras, tinham espaço específico para a punição nas chamadas Colônias Correcionais, criadas especialmente para conter a marginalidade nas cidades. Pedroso revela que outras colônias seguiram o modelo original. Como foi o caso da Colônia Correcional de Dois Rios, construída em 1908 na Ilha Grande, no Rio de Janeiro; Com a finalidade de manter as classes perigosas distantes do convívio social. Lá seriam depositados os "ociosos", "imorais" e reincidentes". Além disso, a Colônia de Dois Rios, quando da sua implantação, foi acompanhada da tentativa de implantação de um núcleo de trabalhadores pobres das cidades que habitariam o espaço rural da Colônia e que, para isso, receberiam passagem gratuita, abrigo, e consentimento de moradia, além de trabalho por um prazo máximo de um ano. Com essa medida tentava-se, ao máximo, limpar as cidades através da reclusão social, tanto dos criminosos, como da 22 Remição da pena segundo art. 126 da Lei de Execução Penal afirma: o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena. 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um dia) de pena por 3 (três) de trabalho. 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com remição. 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público.

10 26 população carente. Essas medidas visavam uma estratégia repressiva "avançada" na legislação, na medida em que, aliavam a perseguição de criminosos, mas também de pobres e despossuídos, potencialmente considerados perigosos (2006: p. 64). A limpeza social tinha a pretensão de livrar a sociedade dos indivíduos de má índole e através da prisão recuperá-los para o convívio em sociedade, com essa limpeza pretendiam reduzir a quantidade de crimes praticados, a miséria e retirar das ruas loucos e insanos, reforçando o estado de segurança da boa sociedade. A cidade, portanto, possuía um arranjo estético e necessitava livrar-se das sujeiras. Batista (2003) 23 afirma: Essas alegorias, esses discursos, essas imagens produzem um arranjo estético, em que a ocupação dos espaços públicos pelas classes subalternas (pelos pobres de tão pretos, ou os pretos de tão pobres) produz fantasias de pânico do caos social. Aparece a cidade como jardim (...) a necessitar de limpeza de pragas, de ervas daninhas ( p.52). Ao longo dos anos, a Colônia de Dois Rios passou a receber qualquer tipo de criminoso. Recebia brasileiros ou estrangeiros, pessoas sem passagem pela polícia, cuja única finalidade era ter moradia na Colônia, pois se encontravam desempregados e sem recursos na cidade. As Colônias correcionais para os criminosos, não passavam de simples depósitos de indivíduos renegados pela sociedade, principalmente de negros, rejeitados pela boa sociedade e dirigidos à marginalidade em cárceres ou asilos. A prisão do condenado tinha o propósito de gerar uma sensação de que todos eram potencialmente condenáveis e sujeitos ao suplício carcerário. Era a alma, o alvo preferencial da punição. As Colônias serviam como ferramenta que aparentemente geravam segurança para disseminação do medo, paradoxalmente deixando toda sociedade insegura e amedrontada (Pedroso, 2006). O alvorecer do século XX traz no contexto da modernidade idealizada uma necessidade de revisão do modelo penal em vigor. Surgiram novos tipos de prisões adequadas ao tipo de presos que passaram a ser classificados conforme categorias criminais, tais como: contraventores, menores infratores, processados, lunáticos e mulheres (Pedroso, 2006). 23 BATISTA, V. M. O medo na cidade do Rio de Janeiro dois tempos de uma história. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

11 27 Mais uma vez prevalece a idéia de isolamento social a serviço da manutenção da ordem pública, porém a implantação da proposta de separação por categorias era de difícil aplicação, em face da realidade carcerária que impossibilitava a aplicação dessas divisões (Pedroso, 2006). Lemos Brito apud Pedroso (2006) ao falar sobre o sistema penitenciário do Brasil, registrou em 1924 a situação calamitosa em que se encontravam as prisões de algumas capitais brasileiras, apontando-as como "nefasta" e "odiosa". Nos anos 20 do século passado, o modelo de limpeza social e banimento das ruas e das cidades, sobretudo das capitais, livrando-as dos marginais e delinqüentes, ainda se mantém vivo e em prática. A polícia usava de violência para conter a mendicância, os vagabundos e os loucos da rua. Este controle policial incide sobre os desempregados, subempregados e miseráveis. As polícias tinham o dever de proteger os cidadãos respeitáveis, não policiá-los. Policiamento era apenas para os pobres (Coimbra, 2001) 24. A partir dos mencionados anos 20, algumas mudanças inauguravam um tempo onde se esboçava uma tentativa de tratamento mais humano aos presos com a amplitude de direitos e a efetivação destes. Um exemplo deste processo em curso foi a criação do Regimento das Correições, conjunto de leis que visava garantir aos presos a possibilidade de formularem suas queixas a um Corregedor que ouviria os detentos e suas reclamações. Qualquer pessoa que tivesse sido detida ilegalmente poderia ser imediatamente solta, mediante "habeas-corpus"; e ainda seria proibido qualquer tratamento ilegal a que alguém estivesse sujeito (Pedroso, 2006). Esta autora destaca ainda que uma reforma mais ampla pretendia transformar a rotina das prisões e já estava em andamento desde o início da década de 30. O Código Penitenciário, nas palavras de Lemos Brito, construiria os alicerces relativos aos estabelecimentos penais, regime penitenciário, serviços prisionais, deveres dos funcionários e reclusos. Porém, enquanto a reforma não saía do papel, algumas medidas foram tomadas tentando-se minimizar a situação decepcionante dos cárceres (2006: p ). 24 COIMBRA. C. M. B. Tortura no Brasil como herança cultural dos períodos autoritários. In R. CEJ, Brasília, n 14, mai/ago., 2001.

12 28 Desejando uma organização mais aprimorada do sistema penitenciário, foi criado em 1935 o Código Penitenciário da República que legislava em direção ao ordenamento de todas as circunstâncias que envolviam a vida do indivíduo condenado ao pagamento de uma determinada pena de reclusão. As penas detentivas propostas a partir de 1935 seguiam o mesmo pressuposto do Código Penal de 1890: a regeneração do condenado. No entanto, a organização disciplinar mostrava-se extremamente autoritária e coercitiva, sendo que o chefe da Secção Disciplinar deveria aplicar as punições pelo Código Penitenciário da República de 1935, censurar as correspondências e observar a devida vigilância aos presos. O rol de penalidades internas apresentava uma diversidade bem maior que o dos vários regimentos internos dos presídios e do Código de O Código Penitenciário previa punições extremamente cruéis ao preso, como por exemplo, a privação de aulas e a perda do direito de encaminhamento de petições à justiça. Procurava-se de todas as formas, a extrema disciplina e obediência do preso com o único objetivo de puní-lo e não de reintegrá-lo à sociedade (Pedroso, 2006: p. 71). As unidades prisionais foram classificadas de acordo com o tipo de preso que recebiam e os objetivos a que se propunham. Os presos de alto grau de periculosidade eram destinados às Colônias de Relegação; Nas Casas de Detenção seriam alojados os processados que aguardavam sentenças e os condenados que esperavam transferência ou vaga em algum presídio; As Escolas de Educação Correcional pretendiam dar aos menores delinquentes de mais de 18 anos e menores de 21 anos, algum tipo de ocupação; Os Reformatórios foram criados para homens e mulheres delinqüentes destinados aos reclusos condenados a mais de 5 anos de prisão; Nas Casas de Correção eram alojados os criminosos reincidentes e os que eram considerados problemáticos ou irreformáveis, cujo convívio poderia ser prejudicial aos demais reclusos; As Colônias para delinqüentes perigosos foi destinada aos reincidentes que fossem trabalhar na agricultura; Por fim os Sanatórios Penais eram para tuberculosos, leprosos, além de viciados toxicômanos e alcoólatras (Pedroso, 2006: p.72). Nos anos 30 do século passado, as Colônias Agrícolas eram as mais valorizadas, o governo as via como principal símbolo do sistema prisional. O Estado incentivava a prática do trabalho ao longo da pena, o sistema capitalista via no trabalho do preso uma saída com relação aos custos da prisão e como uma pretensa produtividade do recluso, o preso deveria produzir alguma coisa.

13 29 Aos prisioneiros políticos davam um tratamento desumano, enviando-os quase sempre às Colônias de Relegação. A prisão da Ilha Grande no Rio de Janeiro recebeu muitos políticos, principalmente os comunistas, inimigos número um do governo Vargas (Coimbra, 2004) 25. Até 1935 o Estado não tinha interesse em estabelecer diferenças entre preso comum e preso político. Após a Insurreição Comunista as finalidades tornaram-se evidentes para confrontar os dois segmentos da criminalidade, confinando-os num mesmo recinto, visto que para o Estado o preso político não deveria ter qualquer tipo de regalia. Desta forma os presídios destinados a abrigar os detidos políticos passaram a ser utilizados comumente sob a alegação de falta de vagas nas prisões superlotadas (Coimbra, 2004). O quadro das prisões no Brasil, pouco se altera desde a década de 30, as mudanças políticas não evidenciaram mudanças significativas na estrutura do sistema prisional e no tratamento aos presos. Coimbra (2004) 26 afirma que durante o Regime Militar, nas décadas de 60 e 70, as prisões abrigavam criminosos comuns e presos políticos, perseguidos pelos órgãos de repressão, muitas vezes levados á prisão, sem nem mesmo a instauração de inquérito policial, muito menos com o processo de julgamento formal. Os aparelhos repressores do estado ditatorial dispunham de estrutura investigativa e aparato policial. Nas prisões, os presos eram submetidos à tortura, tendo muitos pago com a própria vida pelo envolvimento com grupos políticos opositores do Regime. As características mais comuns relacionadas ao sistema prisional brasileiro são recorrentes e evidenciam descaso com a questão penitenciária e os seus dilemas e os seus problemas históricos persistem e alternam seu grau de relevância. São problemas até hoje ainda sem solução ou resposta Sistema Prisional brasileiro nos dias atuais Segundo estudos de renomados pesquisadores brasileiros, Pedroso (2006), Batista (2003), Thompson (2002) e Salla (2001), entre outros, o sistema prisional 25 COIMBRA, C. M. B. Gênero, Militância, Tortura. Porto Alegre: EDPUC/RS, Este relato da professora Cecília Coimbra foi retirado de uma entrevista para o Seminário Movimento Social Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, onde falou sobre o horror que passou quando foi presa juntamente com seu companheiro, em agosto de 1970, no DOI-CODI/RJ. Este Seminário ocorreu na Universidade Federal Fluminense em julho de 2004.

14 30 brasileiro enfrenta hoje um quadro caótico que revela uma (des) assistência generalizada por parte do poder público nas unidades prisionais. A situação é grave, pelo número de problemas que se apresentam relacionados às condições de vida subumana enfrentada pela população prisional, que geralmente é obrigada a permanecer em estabelecimentos penais com uma estrutura física deteriorada, celas superlotadas, onde muitos presos ficam amontoados, sem iluminação e ventilação natural e quando não há mais espaço, dormem pendurados em redes, o ambiente é sujo, mal-cheiroso 27. Enfim, ambiente totalmente insalubre e conta ainda com a presença constante de ratos e insetos causando a proliferação de doenças como a tuberculose, leptospirose, pneumonia, etc. Segundo Dahmer 28 (2003), tal quadro de horror nem sempre mobiliza a sociedade e governantes para a busca de soluções mais efetivas (p. 77). A vida e a dignidade humana são reduzidas ao grau zero de valorização e respeito (Revista Mais Humana, 2001). 29 Assim lemos: As prisões brasileiras são marcadas por uma fantástica superlotação, pela falta de espaço, higiene e saúde, e por extraordinariamente altos níveis de brutalidade, tanto dos presos entre si quanto dos guardas. As condições materiais de encarceramento são tão horrendas e a negação de direitos básicos tão rotineira que tornam as prisões em nada mais nada menos que campos de concentração para o pobre e uso essa expressão consciente (Wacquant Apud Revista Mais Humana, nº. 7, 2005). Casos de violência como tortura, maus-tratos, promiscuidade sexual agravada pela contaminação com o vírus da AIDS, ociosidade, tráfico de drogas, corrupção e desrespeito, ocorrem freqüentemente dentro do sistema prisional brasileiro, ocasionando insatisfação e revolta dos presos, que se manifestam através de motins, rebeliões e fugas com o propósito de reivindicar melhores condições de vida. O poder público e a sociedade em geral tendem a só atentar para a questão do sistema prisional, quando 27 Ver em anexo IV imagens que revelam esse cotidiano. 28 DAHMER, Tânia. M. P. O exame criminológico: Notas para sua construção. In O estudo social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos. CFESS: Cortez Editora, 1 º Edição Revista Mais Humana da Universidade Federal Fluminense. Brasil tem encarceramento recorde. Original publicado em maio Acesso em 10/02/2009. Ver também em VARELA, D. Estação Carandiru. São Paulo: Ed. Forense, 1991.

15 31 ocorrem estas manifestações, pois trazem mal-estar e sensação de insegurança à população extra-muros como um todo (Salla, 2001) 30. Segundo o censo penitenciário nacional, há uma média de duas rebeliões por dia somente respeitando a proporcionalidade, uma vez que a região sudeste acomoda 60% do contingente prisional. Fica claro e é lamentável, concordarmos que o crime organizado influi diretamente no que acontece dentro e fora das penitenciárias. É um controle que é possível graças à corrupção e a omissão dos agentes públicos. Hoje não dá para conceber o crime organizado das cadeias sem o celular. As celas parecem escritórios de trabalho. Pendurados ao telefone o dia todo, os pilotos mandam matar, organizam seqüestros e acertam financiamento de assaltos. Por exemplo: se você é um criminoso ligado ao crime organizado, pode ligar para o celular de um piloto e pedir que ele libere dinheiro para a compra de armas, ou do que mais for necessário, para sua operação. (...) Vem dando certo, tanto que o maior assalto a banco da história aquele mesmo, que tirou R$ 170 milhões do banco central de Fortaleza tinha participação do Primeiro Comando da Capital-PPC (Revista Super Interessante, 2008: p.62-63) 31. O mau gerenciamento de vários estabelecimentos prisionais permite atos de desvio de conduta profissional e corrupção que levam também ao aumento da violência (Salla, 2001). É visível nas unidades prisionais o uso de aparelhos de telefones celulares, acomodações privilegiadas negociadas por grandes quantias em dinheiro e fugas inexplicáveis. A telefonia celular disseminou-se tanto nas prisões que, hoje, a polícia de São Paulo recolhe cerca de 900 aparelhos por mês em sua blitze nas cadeias e nem assim conseguem resultado: logo que tiram os aparelhos chegam outros. Como entram? Às vezes com as mulheres que visitam os presos, mas na maioria dos casos, é com a ajuda de funcionários corruptos, que cobram de R$ 500 a R$ 800 para levar um até o cliente (Revista Super Interessante, 2008: p. 63). 30 SALLA, F. Rebeliões nas prisões brasileiras. In Serviço Social e Sociedade. Tema sócio jurídico. São Paulo: nº 67, Setembro de REVISTA SUPER INTERESSANTE. Reportagem: A cadeia como você nunca viu. O dia-a-dia das prisões brasileiras. Edição 250 de Março de 2008.

16 32 Fatos como estes, são possíveis porque em algum momento, o setor da administração falhou ou simplesmente se omitiu. Acirrando-se a prática da violência no sistema prisional. Segundo Salla (2001), um estabelecimento prisional ideal não deve comportar mais de 600 detentos e o poder judiciário peca por não utilizar amplamente as penas alternativas que seriam saídas entre outras a ser aplicadas a diversos problemas como, por exemplo, a superlotação das prisões, motivo principal da seqüência de rebeliões que assolam o país. Segundo Bauman (1999), o Estado tem exercido um papel central na política de confinamento. A essencialidade do combate ao crime não explica por si só o boom penitenciário; afinal, há também outras maneiras de se combater as reais ou supostas ameaças à segurança pessoal dos cidadãos. Além disso, colocar mais gente na prisão e por mais tempo até aqui não se mostrou a melhor maneira. É de supor, portanto, que outros fatores levam a escolha da prisão como prova mais convincente de que de fato algo foi feito, de que as palavras correspondem à ação (1999: p.129). Em palestra recente no seminário referente à temática dos Direitos Humanos na Universidade Federal Fluminense 32 foi relatado pelo professor Doutor da Faculdade de Direito de Curitiba Mauricio Kuehne (Ex-diretor geral do DEPEN) que o Brasil é o país com a oitava maior população carcerária do mundo. Afirmou que o número de presos aumentou consideravelmente nos últimos 12 anos e a criação de novas vagas não acompanhou o ritmo de crescimento da população carcerária. Em 1995, eram 148 mil presos no país, até junho de 2007, 419 mil presos e em mil detidos em penitenciárias e delegacias. Em 1995, a proporção era de 95 presos para cada 100 mil habitantes. Hoje, esse número é de 227 presos para cada 100 mil habitantes. 32 Seminário realizado na Universidade Federal Fluminense em 24/09/08 com o título: Direitos Humanos em Debate. Com exibição do vídeo CPI do Sistema Carcerário e debate sobre o Sistema Penitenciário e Penas Alternativas: Diagnóstico e Perspectivas com coordenação da Professora e socióloga Edna Del Pomo (Depto Sociologia/UFF e coordenadora do Núcleo de Estudos em Criminologia e Direitos Humanos- NUESC/UFF ) e participação dos palestrantes: Dra. Márcia de Alencar (Coordenadora Geral do Programa de Fomento as Penas e Medidas alternativas do Depto Penitenciário Nacional (DEPEN) do Ministério da Justiça; Dr. Mauricio Kuehne Professor da Faculdade de Direito de Curitiba e Ex-Diretor Geral do Depto Penitenciário Nacional (DEPEN) do Ministério da Justiça e do Debatedor Dr. Eduardo Quintanilha Defensor Público do Núcleo do Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro.

17 33 Para amenizar o problema, ele afirmou que a saída não é apenas viabilizar investimentos e aumentar o número de vagas, mas investir em penas alternativas. "Temos penas alternativas, medidas alternativas, formas de fazer com que o infrator da lei penal seja punido sem que necessariamente seja recolhido a um estabelecimento penal. O ex-diretor afirmou, ainda, que em 1987 havia apenas 197 penas alternativas em execução e em 2006 as aplicações chegaram à cerca de 300 mil casos: "se não tivéssemos esse sistema alternativo, um terço dessas pessoas que receberam penas ou medidas alternativas iria para a prisão. Se já não temos espaço hoje, imagina com mais 100 mil que seriam aportados aos cárceres"? Segundo o Sistema de Informações Penitenciárias InfoPen 2007, o Brasil possui mais de 1855 estabelecimentos penais (ver tabela 1) destinando 427 às penitenciárias. Sendo 74 localizados no Estado do Rio Grande do Sul e 29 no Estado do Rio de Janeiro (ver tabela 2). Tais números refletem a relevância com que o sistema prisional se apresenta para o país, visto que cerca de 68% dos apenados são condenados ao cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado no Brasil (DEPEN, 2007) 33. Vejamos as tabelas a seguir: Tabela 1 Estabelecimentos Prisionais no Brasil Tipo de estabelecimento Quantidade Penitenciárias ou Similares 427 Colônias Agrícolas, Ind. ou Similares 54 Casas de Albergados ou Similares 48 Centro de Observações ou Similares 10 Cadeias Públicas ou Similares 1279 Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 29 Outros Hospitais 8 Total de estabelecimentos 1855 Fonte: DEPEN Obtido em acesso em 25 de setembro de 2007.

18 34 Observa-se que há um número grande de estabelecimentos prisionais, mas ainda assim há um grande déficit de vagas. A lógica parece ser a do encarceramento em massa (Wacquant, 2001). A superlotação prisional brasileira é um fato generalizado e desumano (ver Tabela 2), violador do direito ao respeito à integridade física e moral do detento (artigo 40 da LEP Lei de Execução Penal). Tabela 2 Superlotação Prisional no Brasil População carcerária Dados do total de vagas disponíveis no Brasil Déficit Fonte: DEPEN O déficit de vagas no sistema prisional brasileiro é assustador. Esse quadro de superlotação nas unidades prisionais é preocupante, pois a população carcerária aumenta de forma significativa a cada dia. Ainda não é possível vislumbrar uma solução viável para essa realidade, solução essa que não será possível sem uma revisão das políticas de segurança, aplicação de penas alternativas, educação, distribuição de renda e trabalho. Essa dura realidade tem sido responsável por uma quantidade imensa de rebeliões que se espalham por várias prisões no Brasil. Para Foucault (1984), As prisões não diminuem a taxa de criminalidade: pode-se aumentá-las, (...) a quantidade de crimes e de criminosos permanece estável, ou ainda pior, aumenta. (...) A detenção provoca a reincidência; (...) A prisão não pode deixar de fabricar delinqüentes. Fabrica-os pelo tipo de existência que faz os detentos levarem: que fiquem isolados nas celas, ou que lhes seja imposto um trabalho inútil, para o qual não encontrarão utilidade, é de qualquer maneira não pensar o homem em sanidade, (...) Queremos que a prisão eduque os detentos, mas um sistema de educação que se dirige ao homem (...) (Foucault, 1984: p ) FOUCAULT, Michael.Ibid.p

19 35 Prisões lotadas, sem o mínimo de condições básicas de higiene e com atendimento precário principalmente nas áreas de saúde, jurídica e educacional, que deveriam estar a serviço dos presos e por não funcionarem causam revolta, aprofundando mais a sensação que o preso passa a ter de abandono e discriminação. Desta forma, concordamos que as políticas de educação e de trabalho propostas e utilizadas no sistema prisional brasileiro ainda são falhas, pois a preocupação por parte das Secretarias de Administração Penitenciária ainda é de apenas ocupar o preso no trabalho e na escola de forma técnica. Não existe no atual momento, uma política voltada para capacitar de fato o preso profissionalmente para que este ao alcançar a liberdade tenha uma mínima qualificação profissional e igualdade de condições para competir e buscar sua inserção no mercado de trabalho (Lemgruber, 2000). 35 A seguir, passaremos a mostrar a situação atual das prisões do Estado do Rio de Janeiro que não difere muito do estado de degradação em que se encontram as demais prisões brasileiras Prisão - A realidade do Estado do Rio de Janeiro O Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro é coordenado atualmente pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), ação que até o ano de 2003 cabia ao Departamento do Sistema Penitenciário (DESIPE). Segundo dados consolidados em junho de 2007 pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) 36, o contingente da população prisional do Estado do Rio de Janeiro era de homens e mulheres encarcerados. Pode-se visualizar através dos gráficos a seguir o perfil da população carcerária do Estado do Rio de Janeiro. 35 LEMGRUBER, J. Debate 4 - A questão penitenciária. In Cidadania e violência. Organizado por Gilberto Velho e Marcos Alvito. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; Editora FGV, 2º Ed Obtido em Acesso em 22/04/08.

20 36 Os dados indicam que o percentual de mulheres dentre os presos, não passa de 4,7%, mostrando que a massa prisional é composta por homens que são 95,3 %. Apesar dos dados apontarem por um número inferior de mulheres no sistema prisional, destacamos a presença feminina no mundo do crime. Observa-se a partir do gráfico que a cor predominante no sistema prisional brasileiro é de 43,7% de pardos, 31,2% para brancos, 25,1% de negros e 0,1% para homens de outra cor. Estes dados indicam que grande parte da população prisional é formada por pardos e negros, muitas vezes oriundos de uma família humilde sem muitos recursos financeiros para custear um advogado competente para livrá-los de sua condenação.

21 37 Os dados aqui apresentados indicam que 56,5% dos detentos têm menos de 30 anos. Isso revela que a maior parte dos detentos são jovens o que retrata uma realidade social contraditória existente no Brasil de uma geração que já não vislumbra novas perspectivas de vida. Outra informação importante diz respeito à baixa escolaridade dos detentos: Com 4,0% de analfabetos e 72,6% com o ensino fundamental incompleto, o gráfico caracteriza o quanto a população prisional já estava excluída antes de entrar na

22 38 prisão. Cabe destacar que essa maior parte de presos com nível fundamental incompleto, deve servir como dado preocupante, pois vivemos em um mundo informacional e a população prisional despreparada educacionalmente terá dificuldades futuras para inserção no mercado de trabalho. Gráfico 5- Distribuição da População Prisional segundo Crimes Tentados/Consumados Em relação à modalidade de crimes cometidos, aproximadamente 42,9% dos delitos são contra o patrimônio, 4,8% de homicídios, 10,0% por tráfico de drogas, 2,3% de crimes sexuais e restando 40,0% para todas as outras modalidades de crimes. Pode-se questionar se o problema maior que permeia a questão do crime é a grande desigualdade social existente e conseqüentemente uma das razões possa ser a distribuição de renda mais justa, e ou a própria estrutura da sociedade que não garante os acessos para que possa minimizar a prática de delitos e crimes contra o patrimônio e o estado de violência em geral. Vivemos em uma sociedade marcada pelas desigualdades sociais, onde muitas pessoas se encontram excluídas da riqueza socialmente produzida e de seus direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988, conforme afirma o artigo 6, do Capítulo II (dos direitos sociais): são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. A realidade das prisões em todo o país é o retrato de uma sociedade desigual e da ausência de uma política institucional definida em níveis nacionais, que enfrente a

23 39 ineficiência do sistema prisional e o estado de degradação em que se encontram milhares de homens e mulheres presos. E que construa novos parâmetros para o sistema além da segurança e do encarceramento. Em relação a esses novos parâmetros, Torres 37 (2001) destaca que é necessário mudanças que atinjam a raiz dos problemas prisionais, como: A prevalência de um modelo encarceratório, como única política de execução penal no país, que ainda é implementada majoritariamente, em detrimento de outras penas alternativas; As péssimas condições da maioria dos estabelecimentos penais com estrutura física deteriorada, celas superlotadas, maus-tratos, condições insalubres de habitação, proliferação de doenças e as constantes alegações governamentais da falta de verbas e recursos para uma assistência mínima aos presos, como o atendimento à saúde, o acompanhamento jurídico, a assistência às necessidades materiais e sociais; A ausência de uma política penitenciária diante do modelo punitivo - encarceratório que contribua para diminuição de reincidência criminal: da estigmatização do indivíduo que cumpre ou cumpriu pena, com a implementação de uma política pública voltada para o atendimento aos egressos prisionais (p. 88). Ser cidadão não deveria ser um privilégio, mas sim um direito de todos. De acordo com a Constituição Federal 38 de 1988 em seu artigo 1, Título I (Dos Princípios Fundamentais): são princípios fundamentais a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Segundo Wanderley (1997) 39, observa-se, pois, uma espécie de impotência do Estado-nação no controle das conjunturas nacionais. Os problemas sociais se acumulam, justapondo, no seio das sociedades, categorias sociais com renda elevada ao lado de categorias sociais sem ter a garantia do acesso aos bens e serviços. Hoje, o indivíduo é rotulado pelo que pode consumir. Suas relações são marcadas pelo fetiche da mercadoria. Bauman (1999) afirma: 37 TORRES, Andréa. Direitos humanos e sistema penitenciário brasileiro: desafio ético político do serviço social. Ed: Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, nº. 67, BRASIL. Constituição Brasileira (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de Brasília, DF: Senado, WANDERLEY, M. B. Refletindo sobre a noção de exclusão. In Serviço Social e Sociedade. São Paulo, nº 55, 1997.

PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR

PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR PENAS ALTERNATIVAS E O DIREITO PENAL MILITAR MARIA FERNANDA DE LIMA ESTEVES [1] Desde o início da história, a humanidade depara-se com o cometimento das mais diversas infrações, e, ao lado delas, surge

Leia mais

EDUCAÇÃO NA PRISÃO: O CASO DA PENITENCIÁRIA CEL. ODENIR GUIMARÃES

EDUCAÇÃO NA PRISÃO: O CASO DA PENITENCIÁRIA CEL. ODENIR GUIMARÃES EDUCAÇÃO NA PRISÃO: O CASO DA PENITENCIÁRIA CEL. ODENIR GUIMARÃES Janisley Gomes de Abreu* Cecilia Seabra da Silva** André Luiz Ribeiro Justino *** Faculdade Alfredo Nasser UNIFAN.E-mail: unifan@unifan.edu.br

Leia mais

MEMÓRIAS DE PESQUISA: A HISTÓRIA DE VIDA CONTADA POR MULHERES VIGIADAS E PUNIDAS

MEMÓRIAS DE PESQUISA: A HISTÓRIA DE VIDA CONTADA POR MULHERES VIGIADAS E PUNIDAS MEMÓRIAS DE PESQUISA: A HISTÓRIA DE VIDA CONTADA POR MULHERES VIGIADAS E PUNIDAS 1 Introdução O presente estudo se insere no contexto do sistema penitenciário feminino e, empiricamente, tem como tema as

Leia mais

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias janeiro/2007 página 1 QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção Maria Lucia Machado e Maria Malta Campos: Na maioria dos países

Leia mais

Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil

Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil O Mapa do Encarceramento: os jovens do Brasil é mais uma publicação do Plano Juventude Viva, que reúne ações de prevenção para reduzir a vulnerabilidade de jovens

Leia mais

cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA

cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 2 TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI* *Artigo 5º da Constituição Brasileira

Leia mais

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português O TRABALHO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS-PORTUGUÊS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS. Resumo Autores: Sônia Aparecida Leal Vítor Romeiro Isabella Noceli de Oliveira Carla Couto de Paula Silvério

Leia mais

MULHERES NO CÁRCERE. Palavras-chaves: Mulheres no cárcere. Detentas. Sistema carcerário feminino brasileiro.

MULHERES NO CÁRCERE. Palavras-chaves: Mulheres no cárcere. Detentas. Sistema carcerário feminino brasileiro. MULHERES NO CÁRCERE Esther Castro e Silva Resumo Se a situação da mulher em liberdade é de frequente discriminação, opressão e descaso por parte do Estado, quando o assunto é prisão feminina, ou mulheres

Leia mais

DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA Rafael Nóbrega Araújo, graduando em História (UEPB) e-mail: rafaelnobreg@hotmail.com Patrícia Cristina Aragão,

Leia mais

erradicar a pobreza extrema e a fome

erradicar a pobreza extrema e a fome objetivo 1. erradicar a pobreza extrema e a fome Para a Declaração dos Direitos Humanos toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive

Leia mais

FUNDEP. Pesquisa de Opinião Pública Nacional

FUNDEP. Pesquisa de Opinião Pública Nacional FUNDEP Pesquisa de Opinião Pública P Nacional Junho de 2008 ROTEIRO I. METODOLOGIA II. PERFIL DOS ENTREVISTADOS III. PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO IV. INTERESSE PÚBLICO E CORRUPÇÃO V. COMBATE À CORRUPÇÃO: POLÍCIA

Leia mais

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima Professor Titular de Biologia /FATEA/Lorena/SP Monitor de Educação Profissional/SENAC/Guaratinguetá/SP leclima@hotmail.com. RESUMO 48 Nos

Leia mais

Teresina, 08 de junho de 2015.

Teresina, 08 de junho de 2015. Faculdade Estácio CEUT Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito Disciplina: História do Direito Professor: Eduardo Albuquerque Rodrigues Diniz Turma: 1 B Alunas: Alice Brito, Larissa Nunes, Maria

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013 Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher DataSenado Março de 2013 Mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas 700 mil ainda sofrem agressões no Brasil Passados quase 7 desde sua sanção, a Lei 11.340

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal.

DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA. PALAVRAS-CHAVES: Deficiência, Trabalho, Proteção Legal. DIREITOS DO TRABALHADOR COM DEFICIENCIA Acimarney Correia Silva Freitas¹, Cecília Grabriela Bittencourt², Érika Rocha Chagas 3, Maria do Rosário da Silva Ramos 4 ¹Orientador deste Artigo e Professor de

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO IPA CURSO DE DIREITO PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO MULHERES ENCARCERADAS FACE AO SISTEMA PUNITIVO NO BRASIL Letícia Paim Talavera PORTO ALEGRE 2011 Letícia

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO. Exposição de motivos

PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO. Exposição de motivos PROJETO DE LEI N.º 647/XII ALTERA O CÓDIGO PENAL, CRIMINALIZANDO A PERSEGUIÇÃO E O CASAMENTO FORÇADO Exposição de motivos A Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra

Leia mais

BANCO DE BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO

BANCO DE BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO BANCO DE BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO Prática ADOLESCENTES INFRATORES: APOIO PARA REINSERÇÃO À COMUNIDADE. Área de Atuação: Políticas Sociais e Cidadãos Responsáveis: José Alexandre dos Santos e Franciely Priscila

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil Introdução Mauri J.V. Cruz O objetivo deste texto é contribuir num processo de reflexão sobre o papel das ONGs na região sul

Leia mais

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO Franscimere Cordeiro de Souza franscimere@gmail.com Nayara Katiucia de Lima Domingues Dias nanalima1923@hotmail.com Maria Geralda de Almeida

Leia mais

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO:

NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO: NOVAS PERSPECTIVAS E NOVO OLHAR SOBRE A PRÁTICA DA ADOÇÃO: Andreia Winkelmann Ineiva Teresinha Kreutz Louzada INTRODUÇÃO: O tema da adoção instiga muita curiosidade e torna-se extremamente necessário à

Leia mais

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Jefferson Aparecido Dias *

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Jefferson Aparecido Dias * INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Jefferson Aparecido Dias * Introdução Um dos temas mais polêmicos da atualidade no Brasil é a possibilidade de internação compulsória de crianças e adolescentes

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Um Desafio à Primeira Década do Novo Milênio

Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Um Desafio à Primeira Década do Novo Milênio Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Um Desafio à Primeira Década do Novo Milênio A exploração é caracterizada pela relação sexual de criança ou adolescente com adultos, mediada por

Leia mais

O PAPEL DA COMUNIDADE NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO CONDENADO NO ÂMBITO DA ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AO CONDENADO (APAC)

O PAPEL DA COMUNIDADE NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO CONDENADO NO ÂMBITO DA ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AO CONDENADO (APAC) ANAIS - I Congresso Norte Mineiro de Direito Constitucional - Outubro de 2015 ISSN 2447-3251- Montes Claros, MG-p. 1 O PAPEL DA COMUNIDADE NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO CONDENADO NO ÂMBITO DA ASSOCIAÇÃO

Leia mais

Marketing Educacional como manter e captar novos alunos

Marketing Educacional como manter e captar novos alunos Marketing Educacional como manter e captar novos alunos Baiard Guggi Carvalho Publicitário, consultor em marketing educacional e em tecnologia aplicada à educação N os dias de hoje, se perguntarmos para

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

Sistema Penitenciário Regional Rio de Janeiro Escola de Gestão Penitenciária RJ 7 a 9 de dezembro de 2005

Sistema Penitenciário Regional Rio de Janeiro Escola de Gestão Penitenciária RJ 7 a 9 de dezembro de 2005 Relatório-síntese do I Seminário de Articulação Nacional e Construção de Diretrizes para a Educação no Sistema Penitenciário Regional Rio de Janeiro Escola de Gestão Penitenciária RJ 7 a 9 de dezembro

Leia mais

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS Letícia Luana Claudino da Silva Discente de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande. Bolsista do Programa de Saúde. PET/Redes

Leia mais

RESENHA resenha resumo resenha crítica Título: Identificação do resenhista: Referência: Dados sobre o(s) autor(es): Dados sobre a obra: Apreciação:

RESENHA resenha resumo resenha crítica Título: Identificação do resenhista: Referência: Dados sobre o(s) autor(es): Dados sobre a obra: Apreciação: RESENHA Resenha é a apreciação crítica sobre uma determinada obra (livro, artigo, texto, filme, etc.). Trata-se de um breve texto, semelhante a um resumo, que visa comentar um trabalho realizado. Será

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Daniela Portugal 1. "Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei" (Manoel Bandeira)

Daniela Portugal 1. Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei (Manoel Bandeira) ÚLTIMA CHAMADA PARA PASÁRGADA! - A Lei nº 13.254/2016 e o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) como causa extintiva de punibilidade. Daniela Portugal 1 "Vou-me embora pra Pasárgada

Leia mais

A educação no Rio de Janeiro

A educação no Rio de Janeiro A educação no Rio de Janeiro Simon Schwartzman Na década de 90, em todo o Brasil, o acesso à educação melhorou, e o Rio de Janeiro não ficou atrás. Antes, não havia escolas suficientes para todas as crianças.

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014. Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 86 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Análise de indicadores bancários e financeiros em 2014 1 A concentração bancária brasileira em

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JONATHAN ROCHA GUIMARÃES Avaliar a Política de Trabalho e juventude torna-se de extrema importância na medida em que representa um

Leia mais

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO RURAL JATAIENSE PARA OS ALUNOS QUE TRABALHAM E ESTUDAM NO CAMPO

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO RURAL JATAIENSE PARA OS ALUNOS QUE TRABALHAM E ESTUDAM NO CAMPO OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO RURAL JATAIENSE PARA OS ALUNOS QUE TRABALHAM E ESTUDAM NO CAMPO Andrêane Rodrigues RAMOS Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí andreane-ramos@hotmail.com Cátia Regina Assis Almeida

Leia mais

Ensino Religioso no Brasil

Ensino Religioso no Brasil Ensino Religioso no Brasil Frederico Monteiro BRANDÃO 1 Cláudio José Palma SANCHEZ 2 José Artur Teixeira GONÇALVES³ RESUMO: Esse artigo tem como objetivo expor uma parte da história do ensino religioso

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

Dicas para investir em Imóveis

Dicas para investir em Imóveis Dicas para investir em Imóveis Aqui exploraremos dicas de como investir quando investir e porque investir em imóveis. Hoje estamos vivendo numa crise política, alta taxa de desemprego, dólar nas alturas,

Leia mais

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você O que a Postura Consultiva tem a ver com Você Marcelo Egéa M* O que é postura consultiva Criar e sustentar uma marca é um trabalho que exige o máximo de todos na empresa. Alguns têm contato direto com

Leia mais

Aprimoramento através da integração

Aprimoramento através da integração Aprimoramento através da integração Uma parceria para implementar uma solução de aprendizagem em tempo recorde Visão Geral Com mais de 70 anos de excelência na produção de conhecimento no Brasil, a Fundação

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Técnico comercial 4 (1º ano) Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos. O principal objetivo dos Direitos Humanos é tratar cada indivíduo

Leia mais

O homem transforma o ambiente

O homem transforma o ambiente Acesse: http://fuvestibular.com.br/ O homem transforma o ambiente Vimos até agora que não dá para falar em ambiente sem considerar a ação do homem. Nesta aula estudaremos de que modo as atividades humanas

Leia mais

Gestão diária da pobreza ou inclusão social sustentável?

Gestão diária da pobreza ou inclusão social sustentável? ARTIGO Gestão diária da pobreza ou inclusão social sustentável? Marcelo Garcia. Este ano, a Lei Orgânica da Assistência Social faz 17 anos. Já não é tão menina como a professora Aldaíza Sposatti da PUC

Leia mais

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA ESCRAVIDÃO ANTIGA A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Na Antiguidade, o código

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS: UM ESTUDO DE CASOS RELATADOS EM CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA.

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS: UM ESTUDO DE CASOS RELATADOS EM CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS: UM ESTUDO DE CASOS RELATADOS EM CONSELHOS TUTELARES DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA. Paulo de Tarso Oliveira - Uni-FACEF Introdução O trabalho discute alguns dados obtidos em um

Leia mais

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica

O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica O Princípio da Complementaridade e o papel do observador na Mecânica Quântica A U L A 3 Metas da aula Descrever a experiência de interferência por uma fenda dupla com elétrons, na qual a trajetória destes

Leia mais

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui!

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! INFORMATIVO Novas Regras de limites A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! A Datusprev abre espaço para divulgação. Aqui você pode anunciar compra, venda, troca,

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 6.858, DE 2010 (Do Sr. Marcelo Itagiba)

PROJETO DE LEI N.º 6.858, DE 2010 (Do Sr. Marcelo Itagiba) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 6.858, DE 2010 (Do Sr. Marcelo Itagiba) Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal, para criar comissão técnica independente da administração

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE

PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE CURSO NEON PNDH - 3 DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009. Profª Andréa Azevêdo Disciplina: DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL ANDRÉA AZEVÊDO Professora. e-mail: professoraandreaazevedo@yahoo.com.br

Leia mais

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE

COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE 23 3 COMUNIDADE TRANSFORMADORA UM OLHAR PARA FRENTE Por que você deve dar este estudo Nas duas semanas anteriores, conversamos sobre dois aspectos de nossa missão comunitária que envolve: (a) olhar para

Leia mais

Da Política Municipal dos Direitos da Cidadania

Da Política Municipal dos Direitos da Cidadania PROCESSO Nº 950/03 - PROJETO DE LEI Nº 82 INTERESSADO: Vereador Idelso Marques de Souza Paraná ASSUNTO: Institui a Política Municipal dos Direitos da Cidadania, contra as discriminações e violências, cria

Leia mais

Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis

Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis Reaproveitamento de Máquinas Caça-Níqueis Gustavo Rissetti 1 1 Acadêmico do Curso de Ciência da Computação Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) rissetti@inf.ufsm.br Resumo. Este artigo trata sobre

Leia mais

InfoReggae - Edição 20 Risco Social Familiar 29 de novembro de 2013. Coordenador Executivo José Júnior

InfoReggae - Edição 20 Risco Social Familiar 29 de novembro de 2013. Coordenador Executivo José Júnior O Grupo Cultural AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens das camadas populares.

Leia mais

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3 3. A transversalidade da saúde Você já ouviu falar em Parâmetros Curriculares Nacionais? Já ouviu? Que bom! Não lembra? Não se preocupe, pois iremos, resumidamente, explicar o que são esses documentos.

Leia mais

Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT

Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT Discurso: Avaliação dos resultados das políticas públicas de educação em MT Senhor presidente, Senhores e senhoras senadoras, Amigos que nos acompanham pela agência Senado e redes sociais, Hoje, ocupo

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA O mar humildemente coloca-se abaixo do nível dos rios para receber, eternamente,

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROJETO DE LEI N o 2.747, DE 2008 (Apensos os Projetos de Lei 2.834/2008 e 3.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA. PROJETO DE LEI N o 2.747, DE 2008 (Apensos os Projetos de Lei 2.834/2008 e 3. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 2.747, DE 2008 (Apensos os Projetos de Lei 2.834/2008 e 3.220/2008) Cria mecanismos para coibir o abandono materno e dispõe sobre o

Leia mais

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO 5.11.05 O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO Luiz Carlos Bresser-Pereira Primeira versão, 5.11.2005; segunda, 27.2.2008. No século dezessete, Hobbes fundou uma nova teoria do Estado que

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA

DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA Graciane Marchezan do Nascimento Lopes Instituto Federal Farroupilha Câmpus Alegrete Introdução Há um grande número de doenças transmissíveis que causam

Leia mais

Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: Caracterizar o ambiente escolar; Enumerar pontos sensíveis no ambiente escolar;

Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: Caracterizar o ambiente escolar; Enumerar pontos sensíveis no ambiente escolar; 1 Módulo 1 O ambiente escolar Apresentação do Módulo Os fatos frequentemente divulgados na mídia reforçam a necessidade de conhecimento do ambiente escolar. Mais do que conhecer, é preciso criar mecanismos

Leia mais

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Educação de Qualidade ao seu alcance EDUCAR PARA TRANSFORMAR O CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO: LICENCIATURA

Leia mais

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL META Indicar as leis preservacionistas que recomendam a proteção do patrimônio. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: detectar as principais referências internacionais

Leia mais

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM 1 AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM De acordo com uma pesquisa realizada em Brasília, conforme consta em reportagem publicada pelo jornalista Luis Bissigo,

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde

Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde Introdução O Município Y tem uma população de aproximadamente 3 milhões de habitantes. A Secretaria

Leia mais

7 Conclusões e caminhos futuros

7 Conclusões e caminhos futuros 7 Conclusões e caminhos futuros Esta pesquisa teve como objetivo estudar a interação em um fórum de discussão online de um curso híbrido de formação de professores de inglês, com ensino presencial e a

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR A Weatherford construiu sua reputação como uma organização que exige práticas comerciais éticas e altos níveis de integridade em todas as nossas transações comerciais. A

Leia mais

Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação

Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação População conhece pouco a atual lei de cotas, mas acha que os partidos que não cumprem a lei deveriam ser punidos A maioria da população

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS. Exposição de motivos

PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS. Exposição de motivos PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS Exposição de motivos Vários instrumentos de direito convencional comunitário, assim como diversas decisões-quadro

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4 fls. 4 da cláusula porque realizado somente por ocasião da apelação, No recurso a autora passou a dizer que o pedido de indenização por danos morais é motivado pela privação da coisa, enquanto na inicial

Leia mais

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 Recentemente, escrevi uma crônica cujo texto apresentava algumas possíveis causas para que o processo de formação

Leia mais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ 1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) A importância do TCLE. A Resolução CNS 196/96 afirma

Leia mais

Legislação aplicada às comunicações

Legislação aplicada às comunicações Legislação aplicada às comunicações Fundamentos de competição Carlos Baigorri Brasília, março de 2015 Objetivo Conhecer os principais conceitos envolvidos na regulação econômica: Oferta e demanda Teoremas

Leia mais

MÃES MULHERES ENCARCERADAS: A PENA É DUPLICADA

MÃES MULHERES ENCARCERADAS: A PENA É DUPLICADA MÃES MULHERES ENCARCERADAS: A PENA É DUPLICADA Eveline Franco da Silva O Sistema Penitenciário Nacional apresentou uma população carcerária em 2010 de 496.251 indivíduos. (1) Os estados brasileiros que

Leia mais

Projeto de Intervenção Modelo Individual

Projeto de Intervenção Modelo Individual Imprimir Projeto de Intervenção Modelo Individual Marcela Haupt Bessil PROJETO DE INTERVENÇÃO Grupo sobre Redução de Danos com Agentes Promotores de Saúde no Sistema Prisional Porto Alegre / RS 2014 1.

Leia mais

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA Marília Lidiane Chaves da Costa Universidade Estadual da Paraíba marilialidiane@gmail.com Introdução

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR: um estudo sobre o perfil dos estudantes usuários dos programas de assistência estudantil da UAG/UFRPE

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR: um estudo sobre o perfil dos estudantes usuários dos programas de assistência estudantil da UAG/UFRPE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR: um estudo sobre o perfil dos estudantes usuários dos programas de assistência estudantil da UAG/UFRPE José Albuquerque Constantino 1 Joselya Claudino de Araújo

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UMA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ENTORNO DO LIXÃO DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL.

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UMA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ENTORNO DO LIXÃO DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UMA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ENTORNO DO LIXÃO DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL. Fabiola Silva dos Santos INTRODUÇÃO: A ocupação da periferia das cidades,

Leia mais

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E INCLUSÃO

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E INCLUSÃO A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E INCLUSÃO Schirley de Fátima Rietow Artur Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná. Atual aluna de especialização em Gestão

Leia mais

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Por Maria Teresa Somma Com o intuito de entender os motivos que levam franqueados a transferir o seu negócio, foi realizada uma pesquisa exploratória

Leia mais

Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B

Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B Estrutura para a avaliação de estratégias fiscais para Certificação Empresas B Este documento fornece a estrutura que B Lab utiliza para avaliar as estratégias fiscais que atendam aos requisitos da Certificação

Leia mais

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO. RESUMO QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO. Francinilda Raquel Cardoso Silva (1); José Jorge Casimiro dos Santos (2) Faculdade São Francisco da Paraíba raquelmk06@gmail.com ¹

Leia mais