Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso. Autor: Michelle Batista de Santana
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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso Autor: Michelle Batista de Santana Orientador: Waldir Assad (Nome do orientador com titulação) A importância da recreação na educação infantil para as crianças Pró-Reitoria de 6 de aos Graduação 7 anos Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria de Graduação A importância da Curso recreação de Educação na educação Física infantil para as Trabalho crianças de de Conclusão 6 aos 7 anos de Curso Autor: Michelle Batista de Santana Orientador:Prof. Esp. Waldir Delgado Assad A importância da recreação na educação infantil para as Autor: crianças Michelle de 6 Batista aos 7 anos de Santana Orientador: Waldir Assad (Nome do orientador Autor: Michelle com BatistA importância da recreação titulação) na educação infantil para as A importância da recreação na educação crianças de infantil 6 aos para 7 anos as crianças de 6 aos 7 anos Pró-Reitoria de Graduação A importância da Curso recreação de Educação na educação Física infantil Brasília para - as DF Trabalho crianças de de Conclusão 6 aos 7 anos de Curso 2011 Brasília - DF Brasília - DF A importância da Pró-Reitoria recreação 2011 de na Graduação educação infantil para 2011 as
2 MICHELLE BATISTA DE SANTANA A IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 6 AOS 7 ANOS Artigo apresentado ao curso de graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Educação Física. Orientador: Prof. Esp. Waldir Delgado Assad Co- orientador: Prof. Esp. Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho Brasília 2011
3 MICHELLE BATISTA DE SANTANA A IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA AS CRIANÇAS DE 6 AOS 7 ANOS RESUMO Recreação é a expressão de sentimentos através de ações sem se preocupar com o certo ou errado. O presente estudo teve por objetivo verificar a importância da recreação na educação infantil para as crianças de 6 aos 7 anos. A pesquisa foi baseada no método qualitativo através da aplicação de questionário e observação de comportamento em turmas do 1º e 2º ano do ensino fundamental do Centro de Ensino Fundamental 102 do Recanto das Emas. No resultado verificamos que a criança gosta de brincar, mas que ainda sente falta de algumas atividades, novas brincadeiras e que seria muito importante a presença de um profissional de educação física para o espaço recreativo na escola, colaborando para seu desenvolvimento através de estímulos não só motores, mas também afetivo, social e cognitivo. Palavras- chaves: Recreação. Educação infantil. Desenvolvimento infantil. Recreation is the expression of feelings through actions without worrying about right or wrong. This study aimed to verify the importance of recreation in early childhood education for children from 6 to 7 years. The research was based on the qualitative method by applying questionnaire and observation of behavior in groups of 1 and 2 years of elementary school of the Centre's Corner Elementary School 102 Recanto das Emas. In the result we find that the child likes to play, but still misses some activities, new games would be very important and that the presence of a physical education professional to recreational space in the school, contributing to its development not only by stimulating engines, but also emotional, social and cognitive. Keywords: Recreation. Early childhood education. Child development. INTRODUÇÃO O presente artigo pretende apresentar a importância da recreação na educação infantil para as crianças de 6 a 7 anos do 1º e 2º ano do ensino fundamental, pois a recreação ainda é vista como um simples passatempo na vida da criança, sem que tenha nenhuma importância para seu desenvolvimento integral, uma vez que ajuda no desenvolvimento motor, emocional, cognitivo e social, bem como na formação de caráter, recriando situações de forma livre e espontânea, resultando em prazer e satisfação pessoal. O QUE É RECREAÇÃO? A palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente" no sentido positivo, ascendente e dinâmico. (FERREIRA, 2003)
4 De acordo com BRAGA (1977), recreação é qualquer atividade, física ou mental, da qual depende ou não diretamente a nossa subsistência, que se pratica espontaneamente, do que nos advém prazer e satisfação física e ou psíquica. Segundo GUERRA (1996), a recreação compreende todas as atividades espontâneas, prazeirosas e criadoras, que o indivíduo busca para melhor ocupar seu tempo livre. Deve principalmente atender aos diferentes interesses das diversas faixas etárias e dar liberdade de escolha das atividades, para que o prazer seja gerado. WAJSKOP (1995) diz que quando as crianças brincam, ao mesmo tempo em que desenvolvem sua imaginação, as crianças podem construir relações reais entre elas e elaborar regras de organização e convivência. Essas transferências de relações fazem com que elas expressem até mesmo sem preocupar com o receio do adulto. O DESENVOLVIMENTO INFANTIL O desenvolvimento nos acompanha durante toda vida, não só enquanto mudamos de estatura, mas também quando nos desenvolvemos no decorrer da vida. O desenvolvimento psíquico, que começa quando nascemos e termina na idade adulta, é comparável ao crescimento orgânico: como este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio. (PIAGET,1967) Segundo PIAGET (1967), o desenvolvimento possui seis estágios, entre eles, há um que diz que a criança de dois a sete anos tem uma inteligência intuitiva, sentimentos interindividuais espontâneos, ou seja, que agem pelo momento e que suas reações sociais são de submissão ao adulto. Essa fase constitui a segunda fase da primeira infância. Cada estágio possui características diferentes, já que há sempre uma necessidade de melhora para continuar organizando e se adaptando as situações vividas e futuras. PIAGET (1967) fala que as crianças de 2 a 7-8 anos, começam o pensamento com linguagem, jogo simbólico, imitação diferenciada, imagem mental e outras formas de função simbólica. Conforme MANNING (1987), a criança nesse período da infância, tem um maior desenvolvimento motor. Ela consegue aprender várias habilidades, sem esquecer as anteriores, aumentando sua memória motora. A questão do sexo influencia o aumento das habilidades a serem experimentadas e armazenadas nessa memória, onde alguns movimentos que precisam de força e outras habilidades podem ser de maior facilidade para os meninos. Pode-se dizer que o fator social influencia a questão motora a ser vivenciada pelas crianças, já que alguns movimentos e brincadeiras são dados como exclusivos para um sexo ou outro. O exemplo clássico é o futebol e o brincar de casinha, onde com essas práticas, os meninos tem vantagens por participarem de ações motoras, afetivas, cognitivas e sociais diferentes por estarem juntos, correndo e montando estratégias de jogo, enquanto as meninas dificilmente se expõem motoramente, não tendo essa oportunidade de vivência de diversos movimentos, por muitas vezes, serem alvo de preconceito, inclusive dos próprios adultos. Ainda bem que isso está mudando, através da evolução em nossa sociedade, com a aceitação de igualdade em oportunidades, gerando uma melhora na qualidade de vida da criança e na sua vivência.
5 A RECREAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL No âmbito escolar, as atividades recreativas passaram também a ter importância, uma vez que, de acordo com o Decreto n , de 1971, a Educação Física passou a ser considerada como a atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando. O foco passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, que permite a exploração do corpo a fim de oportunizar diversidade de movimentos, tirando da escola a função de promover os esportes de alto rendimento, proporcionando vivência de vários movimentos para melhorar a vida da criança, não só motora, por ser aula de educação física, mas também o convívio com os demais e suas evoluções naturais. Os jogos trazem tudo isso, pois ao interagirem com os colegas, eles devem respeitar para serem respeitados, buscando sempre a lealdade e discriminando a violência. A questão da ordem e obediência através da figura de um juiz contribui para o entendimento da justiça e até da injustiça, já que nem nos jogos mais simples, está impedida de acontecer. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física (PCN Educação Física), no primeiro ciclo, em função da transição que se processa entre as brincadeiras de caráter simbólico e individual para as brincadeiras sociais e regradas, os jogos e as brincadeiras privilegiados serão aqueles cujas regras forem mais simples. Sendo assim, jogos de rua, que eram muito comuns antigamente, como esconde-esconde, amarelinha, pique pega, bandeirinha ou pique bandeira e outros, ajudam as crianças a vivenciarem sensações e ações diversas, e entre elas o prazer, que os move sem deixar que o jogo se torne desinteressante. Ao seguir as regras combinadas, se aprende compromisso e respeito às leis, gerando um entendimento entre os participantes. É característica marcante desse ciclo a diferenciação das experiências e competências de movimento de meninos e meninas. (PCN Parâmetros Curriculares Nacionais) Conforme dito anteriormente, não devemos excluir as crianças de vivências favoráveis em conjunto, separando atividades de meninos e meninas, e sim combinar suas características e habilidades, gerando uma troca nos momentos de recreação e no dia a dia. O PCN também expressa que os jogos e atividades de ocupação de espaço estejam presentes nos planejamentos até como atividade de destaque, pois permitem o uso do próprio corpo para compreensão do ambiente e posicionamento no mesmo, colaborando para o equilíbrio interior e exterior do indivíduo. As várias ações motoras devem ser abordadas diversificadamente, como andar, correr, saltar, lançar, receber, rolar, equilibrar-se e equilibrar objetos em diversas ocasiões. Nesse estágio da infância, é importante que as crianças tenham contato com uma variedade de materiais com diferentes texturas e tamanhos como, por exemplo, bolas, colchonetes, cordas, fitas, entre outros que contribuam para o seu desenvolvimento. A combinação de habilidades com os materiais disponíveis formando um circuito colabora bastante para impulsionar um crescimento favorável. A presente pesquisa busca verificar a importância da recreação na educação infantil para as crianças de 6 aos 7 anos, como são ministradas as aulas nas escolas da rede pública e qual é a qualificação dos ministrantes. METODOLOGIA Este artigo foi baseado no método de pesquisa qualitativa conforme THOMAS E NELSON (2007, p. 297), tendo visto que é baseada na análise de dados qualitativos obtidos através de questionários. Foram avaliadas 50 crianças de ambos sexos na faixa etária entre 6
6 e 7 anos, alunos da educação infantil dos 1º e 2º anos do Centro de Ensino Fundamental 102 do Recanto das Emas. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com 6 perguntas. Foi apresentado o objetivo da visita à diretora e concedida autorização para executar a pesquisa em sala com os alunos, já que no recreio teria certa dificuldade, pois além de observá-los, teria que entrevistá-los. A avaliação foi feita através de um questionário para verificar a importância da recreação e o que as crianças fazem nos intervalos recreativos no período em que se encontram na escola, aplicado durante a aula. O tempo para o término da coleta dos dados de todos os participantes foi de uma semana. As questões eram: Você gosta de brincar? Por que? Qual a sua brincadeira favorita? Justifique. Sua professora organiza brincadeiras em sala de aula? Quais? O que você acha das brincadeiras no recreio? O recreio é importante para você? Justifique. Você gostaria de sugerir algumas brincadeiras para horário do recreio? As crianças receberam o questionário e se puseram a responder, sendo que caso surgissem dúvidas, estas seriam sanadas. Alguns alunos ainda não sabiam escrever e estes foram entrevistados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme resultado da pesquisa, pode-se verificar que as crianças acham as brincadeiras importantes, tanto em casa quanto na escola. Observando-as em seus momentos de recreio, nota- se que elas não tem uma orientação recreativa ou um recreador organizando atividades para ajudar no desenvolvimento infantil das crianças. A recreação faz parte do desenvolvimento humano e deve fazer parte da sua infância, estimulando tomadas de decisões e adaptações motoras. Durante os momentos de recreação, verificou- se que ainda há certa heterogeneidade em relação às brincadeiras, já que a maioria das coisas feitas nesse horário está dividida em brincadeiras ditas de meninos e meninas, onde raramente brincam juntos. Alguns jogos, como pique e pega, ainda tem uma mistura de crianças, mas a maioria das vezes, as meninas brincam de bonecas ou de salão de beleza, enquanto meninos chutam garrafas ou bolas de papel. Segundo Piaget, as crianças dessa idade têm uma característica de imitar os exemplos adultos, por isso suas ações são reflexos das vivências cotidianas. No recreio, as crianças ficam livres para suas atividades, apenas com supervisão dos adultos para caso aconteça algo grave. Algumas brincadeiras tornam a convivência com os colegas instável, pois eles sempre brigam e usam ações que podem machucar ou ofender os outros, tornando casos de bullying. As brincadeiras propostas em sala de aula têm um caráter social, afetivo e psicológico, esquecendo um pouco do fator motor, fazendo com que o seu desenvolvimento seja individual, usando mais o raciocínio para executar tais atividades, esquecendo um pouco de movimentos básicos e importantes também para o crescimento da criança. Outro fator importante, é que as vivências motoras contribuem para localização e posicionamento do corpo no espaço, ajudando no conhecimento do mesmo e como ele pode se comportar. Jogos de rua estão sendo pouco difundidos, já que as crianças raramente podem brincar na rua por questões de segurança nos dias de hoje, deveriam ser implantados na rotina escolar, colaborando para o desenvolvimento de uma forma simples e lúdica, proporcionando prazer e experiências diversas. Foi observado ainda, que por essa falta de estímulos, algumas crianças possuem dificuldades em relação há alguns movimentos ou respostas motoras, tendo dificuldade em correr, saltar entre outras habilidades, por não receber um incentivo para isso.
7 Através do questionário, foi possível perceber que, como toda criança, elas gostam de brincar, desde que não machuquem os outros, os tornando inibidos e que algumas brincadeiras executadas em sala de aula caíram no gosto dos alunos, como continhas, desenhos, vivo ou morto, estátua, dança da cadeira, carrinho de mão, cantigas de roda, corre cotia, bingo, cobra, quem falar primeiro, animal, montar pecinhas, batata quente e qual é o bicho. Apesar de terem 6 e 7 anos, há algumas respostas que diferem do resto do grupo, vendo simples brincadeiras com um olhar mais sério, mais adulto. Sabemos que são influenciados pelos adultos, várias expressões acabam fazendo parte de seu vocabulário. Quadro com as respostas das crianças: 1- Você gosta de brincar? Por quê? Nº de Respostas respostas 33 Sim. Porque acho legal. 04 Sim. Porque encontramos nossos amigos e podemos conversar. 05 Sim. Porque podemos brincar. 06 Sim. Porque podemos brincar com brinquedos. 02 Sim. Porque brincar é bom para o nosso corpo. A partir das respostas acima, podemos verificar que elas gostam de brincar, todas já vivenciaram momentos recreativos e gostam de participar das brincadeiras, pois lhes proporcionam prazer e colabora para sua integração no meio. A criança busca por meio da criação de uma situação imaginária, atingir, de pronto, aquilo que, na sua realidade concreta, não está conseguindo. (TUNES, 2001) 2- Qual a sua brincadeira favorita? Justifique. Nº de Respostas respostas 17 Pique- pega. Porque gosta de correr. 10 Boneca. Porque brincamos de casinha. 08 Futebol. Porque vamos para a quadra 08 Pique- esconde. Porque temos que nos esconder, mas gosto de procurar. 07 Totó. Porque competimos. Observamos que as brincadeiras citadas são simples e que ainda prezam pelos jogos simples, apesar de alguns terem preferência por jogos eletrônicos, o que ainda pode ser modificado, não proibindo essa atividade, mas mostrando outras formas de se divertir ajudando no seu desenvolvimento. Conforme TUNES (2001), a criança brinca não porque isso lhe traga prazer, mas muito mais como iniciativa de procurar resolver, imediatamente, necessidades suas, o que nem sempre acontece, dado o modo como se estrutura a própria atividade. 3- Sua professora organiza brincadeiras em sala de aula? Quais? Nº de Respostas respostas 11 Sim. Continha. 09 Sim. Quebra cabeça. 05 Sim. Adivinhar. 04 Não. 21 Outras brincadeiras.
8 É perceptível que as crianças participam e se empolgam com as brincadeiras pelo jeito que relatam, com certa euforia, explicam como o jogo acontece, quem ganhou, se foi legal ou não. Segundo SEARS E FELDMAN (1981), Através da atividade lúdica, a criança aprende a ensaiar vários aspectos do seu eu em diferentes papéis, a expressar construtivamente a agressão, a aceitar a derrota com elegância, a descobrir aliados para fortalecer a sua posição, a compartilhar o êxito e a responsabilidade da autoridade. 4- O que você acha das brincadeiras no recreio? Criança Respostas 40 Eu acho legal. 04 Gosto porque saímos da sala. 04 Bom, porque brincamos do que queremos. 02 Bom, mas às vezes tem colega que empurra os outros. Raramente uma criança respondia que não gostava do recreio, que preferia ficar em sala fazendo atividade. Ao ser questionada, relata que os colegas correm demais e machucam os outros, até mesmo de propósito. Mas a maioria gosta de sair, brincar com os amigos. Impossível deixar de observar grupos formados, quase sempre às mesmas brincadeiras para as mesmas crianças. Não importa o tempo que dure, mas o que é vivido e sentido durante a brincadeira. O significado da brincadeira está no quanto ela pode ser divertida. (WÜRDIG, 2010) 5- O recreio é importante para você? Por quê? Criança Respostas 16 Sim. Porque é divertido. 09 Sim. Porque encontramos os amigos. 09 Sim. Porque gosto de brincar. 16 Não acha importante ou não gosta. A primeira resposta em questão me impressionou, pois foi a única a responder nesse sentido, na questão da estética. Tendo em vista que a criança estava em outro padrão corporal, percebe-se o porquê da preocupação com o corpo e a visão da importância do correr em relação a isso. Como é imposto um padrão, as crianças são afetadas desde pequenas, sendo incentivadas a praticarem exercícios visando um corpo esteticamente aceitável e não a qualidade de vida e seu desenvolvimento. Mas a maioria das crianças brincam por sentirem prazer e encararem isso como uma das únicas coisas que se tem pra fazer. Para a criança, escreveu Claparède, o jogo é o trabalho, o bem, o dever, o ideal da vida. (CHATEAU, 1954) 6- Você gostaria de sugerir algumas brincadeiras para o horário do recreio? Criança Respostas 06 Pique-pega. 05 Pula pula. 04 Pular corda. 02 Ler historinha. Nas sugestões de brincadeiras a serem realizadas na hora do recreio, percebemos que coisas simples, brincadeiras de rua são apontadas como opções. Às vezes, pelo fato de momentos no recreio serem tão heterogêneos, algumas crianças preferem ficar quietas no canto ou brincando sozinha. Após a análise das respostas acima e das observações na hora do recreio, verificamos que é importante ter um orientador recreativo para trabalhar com essas crianças, nesse período de maior vivência motora para ajudar em seu desenvolvimento.
9 Segundo Gesell (1998), a função da escola é a de oferecer experiências pessoais e culturais às crianças para que organizem simultaneamente as emoções em desenvolvimento e as imagens intelectuais a elas associadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho podemos perceber que a recreação ainda é vista como simples passatempo na vida da criança, não sendo encarada como parte importante de seu desenvolvimento, a não ser pela própria criança. Esse aspecto tem que passar a ser visto como um pedaço do crescimento, pois é através das brincadeiras que as crianças começam a entender o papel do seu corpo no espaço. O Parâmetro Curricular Nacional de Educação Física diz que as atividades lúdicas e competitivas, nas quais os meninos têm mais desenvoltura, como, por exemplo, os jogos com bola, de corrida, força e agilidade, devem ser mescladas de forma equilibrada com atividades lúdicas e expressivas nas quais as meninas, genericamente, têm uma experiência maior; por exemplo,lengalengas, pequenas coreografias, jogos e brincadeiras que envolvam equilíbrio, ritmo e coordenação. Essa idade traz muitas novidades e aprendizagens diversas, onde experimentar várias sensações e movimentos ajuda no desenvolvimento, inclusive se integrando em todas as modalidades esportivas, podendo assim descobrir suas afinidades. Todas as atividades são necessárias a todas as crianças. (SEARS E FELDMAN,1981) A recreação é importante e tem que estar mais presente na vida da criança, principalmente envolvendo ambos os sexos em movimentos comuns e atividades diferentes. A formação de grupos no momento da brincadeira me faz entender que o social é espontâneo, é simples se reunir com colegas e brincar de acordo com suas afinidades e vontades. No momento de recreação das crianças percebe-se que elas ficam soltas e às vezes nem brincam, não se envolvem em nenhuma atividade com os colegas, não são incentivas e precisam de mais atenção. Há algumas brincadeiras que estimulam o bulling, sendo que com uma orientação seria possível reduzir esse tipo de violência. Não basta desenvolver brincadeiras cognitivas, pois os outros aspectos que ajudam no crescimento e desenvolvimento da criança são importantes e devem ser trabalhados em conjunto. A escola deve está atenta ao seu papel, e considerar os alunos como o que for mais importante para a educação, pois o futuro depende de nós, que conduzimos eles para o caminho certo. As crianças são sinceras e falam realmente se gostaram da brincadeira feita na escola. Ela se entrega a fantasia na hora da brincadeira e tem o poder de realizar o que quiser, encenar o sonho adulto. Cabe a nós aproveitar o lúdico para ajudar a formar cidadãos mais ativos, responsáveis e criativos. O papel do educador físico nessa fase é muito importante, pois proporcionaria uma diversidade de vivências motoras, sociais, cognitivas e afetivas, colaborando assim para o progresso da criança, através de brincadeiras que estimulam as habilidades básicas. A aprendizagem fica mais fácil através de atividades recreativas, onde podemos explorar a imaginação das crianças e as capacidades ao mesmo tempo, uma colaborando para a outra. Basta uma conscientização do nosso valor e de que tudo tem objetivo, não se trata de rolar a bola, é preciso ter responsabilidade pelo futuro dos nossos alunos.
10 BIBLIOGRAFIA BRAGA, Carlos Florence. Informações técnico-pedagógicas recreação e jogos CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo. Editora Summus Editorial ª edição. FERREIRA, Vanja. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro. Sprint FREITAS, Rosângela Maria Oliveira de. Brincadeiras e jogos no espaço do recreio. Belém Pará. Universidade da Amazônia GESELL, Arnold; REIS, Cardigos dos. A criança dos 5 aos 10 anos. São Paulo, SP. Editora Martins Fontes GUERRA,Marlene. Recreação e lazer. Porto alegre ª edição. MANNING, Sidney A..O desenvolvimento da criança e do adolescente. São Paulo. Editora Cultrix ª edição. MEC. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacional PCN portal do MEC PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro. Companhia Editora Forense SEARS, Robert R., FELDMAN, S. Shirley. As 7 idades do homem. Rio de Janeiro. Editora Zahar editores. Segunda edição THOMAS, Jerry R., NELSON, Jack K. Et. Al. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre. Editora Artmed ª edição. TUNES, Elizabeth. TUNES, Gabriela. O adulto, a criança e a brincadeira WAJSKOP, Gisela. O brincar na educação infantil. Cad. Pesq., São Paulo, nº 92, p , fev WÜRDIG, Rogério Costa. Recreio: os sentidos do brincar do ponto de vista das crianças. Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.16, n.32, p , jul./dez. 2010
11 ANEXOS Pergunta nº 01: Você gosta de brincar? Por quê? Série/turma: Pergunta nº 02: Qual é a sua brincadeira favorita? Por quê? Pergunta nº 03: Sua professora organiza brincadeiras em sala de aula? Quais? Pergunta nº 04: O que você acha das brincadeiras no recreio? Pergunta nº 05: O recreio é importante para você? Por quê? Pergunta nº 06: Você gostaria de sugerir algumas brincadeiras para o horário do recreio?
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