Entrevista. com. Reitor da Universidade de Cabo Verde, António Correia e Silva

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1 Entrevista com Reitor da Universidade de Cabo Verde, António Correia e Silva A Universidade Pública de Cabo Verde vem assumindo cada vez maior importância na formação superior orientada para o conhecimento científico e a resolução das necessidades concretas do país. António Correia e Silva é o Reitor da Universidade Pública de Cabo Verde desde 2006 e tem vários desafios pela frente: dotar a Universidade de um corpo docente qualificado, iniciar projectos de investigação e dar aos alunos as melhores condições de ensino. Uma das estratégias passa pela internacionalização da Universidade. Um dos motivos que o trás a Portugal e em especial ao Instituto de Investigação Científica Tropical, com quem pretende reforçar parcerias no âmbito da investigação tropical. TV Ciência: A Universidade de Cabo Verde está a dar os primeiros passos num momento de grande competitividade no ensino e na investigação em todo Mundo. Quais as estratégias que tem para posicionar, neste contexto, a Universidade? António Correia e Silva: O sentido é criar um programa de qualificação na Universidade que passa, em primeiro lugar, a formação de docentes, temos que ter docentes qualificados. E temos um plano de capacitação que visa doutorar grande parte do pessoal docente da Universidade, que neste momento, não o é. Outro desafio é o dos recursos pedagógicos, falo em laboratórios, recursos bibliográficos, também enquanto recurso a Acção Social, isto é, criar condições que permitem aos alunos o sucesso na Universidade. Temos também o desafio das infra-estruturas. A Universidade está a crescer, as infra-estruturas que lhes são dadas são insuficientes, portanto são os grandes desafios de qualificação da Universidade de Cabo Verde. TV Ciência: E que estratégias estão a usar para atrair professores do exterior? António Correia e Silva: A nossa estratégia, nós não podemos ser muito competitivos do ponto de vista salarial, é oferecer uma oportunidade de uma vivência cientificamente interessante e humanamente gratificante. Estamos a

2 criar Centros de Investigação Aplicada, estamos a criar Publicações Periódicas, temos neste momento duas revistas científicas, temos uma editora. Estamos a candidatar-nos a diversas fontes de financiamento de pesquisa. E, portanto, há aqui um despertar que é atractivo. Porque, como sabe, os investigadores também são atraídos por experiências novas, onde podem inovar, podem criar novas condições de trabalho. E isso tem correspondido à expectativa de vários investigadores estrangeiros que têm mostrado interesse em colaborar com a Universidade de Cabo Verde. TV Ciência: Quais são as principais apostas da Universidade na investigação científica? António Correia e Silva: As TIC, as Tecnologias de Informação. Criámos um Centro de Integração Tecnológica nessa área, estamos a apostar num ensino à distância, criámos já a Academia Microsoft na Universidade, portanto, essa é uma área importante de trabalho. Mas há outras, há outras áreas que são relativamente importantes. A área de Ordenamento do Território, criámos um Centro de Ordenamento do Território que tem a ver com a relevância social dessa área. E essa área de trabalho em domínios de Geografia, também Sistemas de informação, Direito, Sociologia, Engenharia Civil, etc. Esse é outro nicho importante de investigação. Na área das Ciências Sociais temos um Centro de investigação sobre Género e Família extremamente importante. As Energias Renováveis compreende porquê. Estamos num Arquipélago, um país que não tem fontes fósseis de energia, portanto importa. Petróleo, isso tem um impacto muito grande no desenvolvimento. Portanto, há todo um Programa de Desenvolvimento de Energias Renováveis. Como compreenderá o mar, e a essência do mar são extremamente importantes e nós também estamos a trabalhar para uma futura criação de um Centro de Estudos Marinhos na Ilha de São Vicente. TV Ciência: A natureza do território, o número de ilhas dificulta a deslocação dos estudantes para frequentarem a Universidade. Quais são os mecanismos pensados para levar à Universidade estudantes que residem noutras ilhas? António Correia e Silva: Em primeiro lugar, há todo um sistema de bolsas de estudo que permite, ou que tenta minorar, as desigualdades de acesso. Como sabe, no Arquipélago a localização das pessoas muitas vezes condiciona as suas possibilidades de estudo e de outras oportunidades. Portanto, é preciso criar, em abono da equidade e da igualdade de acesso, condições, recursos compensatórios, por isso a questão da bolsa de estudos. Mas nós estamos também a apostar no ensino à distância, no e-learing como possibilidade de

3 alguém na sua região poder fazer a vida na sua região assistindo a cursos na Universidade pela via do ensino à distância e indo à Universidade nos momentos cruciais. Isso é extremamente importante porque não esvazia as regiões dos seus elementos mais dinâmicos, que é a juventude, e permite que as pessoas se insiram nas economias locais, conciliando ao mesmo tempo a sua qualificação na Universidade. Digo isso porque, neste momento, não é exequível que a Universidade de Cabo Verde possa criar pólos em todas as Ilhas de Cabo Verde ou em todos os Concelhos, o que ainda mais difícil. Portanto, há que ter estratégias de financiar o acesso daqueles que estão mais longe e financiar a frequência deles na Universidade e potenciar com isso o sucesso, ou por vias de mecanismos do ensino à distância possibilitar o acesso à Universidade sem deslocação ou com o mínimo de deslocação. TV Ciência: Para fazermos um ponto da situação. Quantos alunos existem inscritos na Universidade e destes que percentagem recorre ao ensino à distância? António Correia e Silva: Tudo está a começar, uma vez que a Universidade tem Neste momento a estratégia da Universidade ainda não é desenvolver cursos à distância, mas introduzir componentes de ensino à distância nos cursos presenciais. Em diversos cursos, desde Enfermagem a outros, em diversos cursos da Universidade de Cabo Verde os alunos podem aceder à plataforma e parte do processo do ensino de aprendizagem se faz por mediação electrónica. Mas o caminho, o destino digamos assim, é desenvolver formações maioritariamente à distância para atingirmos exactamente esse público, que está nas diversas Ilhas ou nos diversos países, mas que têm interesse na Universidade de Cabo Verde. TV Ciência: Cabo Verde possui uma percentagem elevada de população jovem. Não seria uma opção, nesta fase, oferecer cursos de pequena duração, com vista à massificação do ensino e do conhecimento? António Correia e Silva: Sim. A nossa opção é que ao lado dos cursos que conferem grau licenciatura, mestrado e doutoramento criarmos um diploma de qualificação profissional de nível superior, que chamamos CESP (Cursos de Estudo Superiores Profissionalizantes) que tem entre 14 e 18 meses e que visa preparar a juventude para uma inserção profissional imediata. Respondendo também ao apelo das empresas mas, também, ao apelo da juventude, que precisa de uma inserção profissional para ter acesso aos rendimentos e financiar estudos mais longos, ou então, para fazer a sua carreira profissional a partir dessa for mação. Portanto, a Universidade de Cabo Verde foi muito sensível à necessidade que o país tem, pensando no seu futuro, de criar uma

4 base de mão-de-obra especializada que tem um grande potencial de inserção do mercado. TV Ciência: Existe já um objectivo temporal para a percentagem de pessoas que pretendem atingir com essa formação? António Correia e Silva: Esses cursos representam, neste momento, 8% apenas da nossa oferta formativa. Mas a médio prazo, digamos assim, ao ter uma visão estratégica nós gostaríamos que, como nos países desenvolvidos no Norte da Europa ou os Estados Unidos em que esse tipo de formação corresponde nos Estados Unidos à Community College, atinge-se os 50%. Isso é uma missão, isto é, significa que a Universidade teria forte impacto na formação de mão-de-obra especializada, o que normalmente é o que faz mover os países, o que movimenta as empresas, que estimula a iniciativa empresarial, portanto, é uma dimensão não desprezível. TV Ciência: Actualmente, qual é a taxa de escolarização do ensino superior em Cabo Verde e qual o objectivo para o prazo de 10 anos? António Correia e Silva: A taxa de escolarização do Ensino Superior, conservando todo o esforço que se faça internamente e externamente, é elevada para um país do nosso perfil, chega a 12%. Portanto, há aqui um investimento que se vem fazendo há muito tempo na escolarização do Ensino Superior. Agora, é preciso mais! É preciso não só aumentar a quantidade, mas reformatar o nível das formações. O desafio é simultaneamente quantitativo quanto qualitativo. Diria mesmo que, o ensino em Cabo Verde deve atingir algum limiar crítico em termos quantitativos para ter impacto. Portanto, nos próximos anos, nos próximos 5 anos, vai-se duplicar ou mesmo ultrapassar essa fasquia. Chega-se a 20%, ou mesmo vai-se ultrapassar o número de cabo-verdianos qualificados com o Ensino Superior. TV Ciência: Uma Universidade exige em primeiro lugar capacidade em recursos humanos qualificados. Como pensa recrutar esses recursos num sistema de competição? Quais são as estratégias desenvolvidas para o recrutamento de professores? António Correia e Silva: Os professores são recrutados por concurso. Nós criámos, herdámos os Institutos existentes. Portanto há professores que vêm desses Institutos, mas o resto está a ser recrutado por concurso. Há determinados critérios e através de Concursos Públicos transparentes os professores são recrutados. Mas, o grande desafio é abrir um processo de qualificação de professores ao longo do tempo. Nós temos promovido projectos de doutoramento, temos apoiado os dos nossos professores, mas queremos

5 fazê-lo com uma lógica institucional. É certo que cada um pode procurar o seu doutoramento em função das suas escolhas subjectivas, e ser bom. Mas pode depois não ter um sentido de conjunto e enfraquecer o projecto. Então o plano de capacitação visa conciliar a escolha individual com uma orientação estratégica da instituição. TV Ciência: Há também algum objectivo em termos de taxa de doutorados que pretendem alcançar? António Correia e Silva: Neste momento estamos com uma relativamente baixa, de 5% a 6% de doutorados e temos, no espaço de três anos, de duplicar isso. TV Ciência: A investigação científica é também uma área essencial numa Universidade. Como é que pensa reforçar esta área da investigação científica? Já falou aqui na criação de alguns Departamentos, de alguns Centros de Investigação, mas quais as condições que pretende criar para atrair cientistas? António Correia e Silva: Antes de atrair, é fomentar a pesquisa na nossa instituição. Isto é, que a pesquisa seja uma dimensão de avaliação do trabalho do professor, que a pesquisa não seja algo que se possa fazer ou não fazer, algo facultativo. Que a pesquisa não seja algo que se faça apenas por uma questão de motivação ou por uma questão de gosto, mas seja algo construtivo ao trabalho dos professores. Isso já está, está consagrado em lei. Depois a questão é criar condições de pesquisa, condições para a efectivação da pesquisa, e que passa desde os laboratórios, meios de publicação, meios de comparação. A pesquisa faz-se em rede, mas também meios da possibilidade de apresentação dos resultados, que os processos da pesquisa sejam processos com começo, meio e fim. E que os resultados sejam avaliados. Hoje em dia, há redes internacionais e os pesquisadores de todas as latitudes têm interesse em conhecer colegas e desenvolver projectos conjuntos. E nós estamos a ser objecto, digamos assim, de curiosidade em primeiro lugar, mas também de parceria com colegas de outras universidades. Isso cria redes e é extremamente alavancador para uma Universidade como a nossa, que está a começar. Temos também Programas de Mobilidade com alguns países e que, ao abrigo desses programas nomeadamente com Portugal, vamos atrair investigadores seniores que possam ver na experiência cabo-verdiana um meio de enriquecimento pessoal. E, neste momento, vamos contar com um número importante de professores e investigadores portugueses, que vão reforçar o nosso staff, assim como de brasileiros.

6 TV Ciência: O trabalho em rede exige uma capacidade de resposta por parte da Universidade. Quais são as estratégias? E o que pode oferecer às instituições parceiras? António Correia e Silva: Primeiro, temos que criar condições para que os nossos professores adquiram conhecimento e que tenham projectos ousados que possam representar para os seus colegas estrangeiros um ganho, um ganho de conhecimento. Porque, por mais que as instituições assinem protocolos, na verdade a cooperação será entre professores, e um professor só se interessará em cooperar se isso representar algo para o seu Currículo. Que todos os países do mundo, em todas as universidades, a internacionalização ficou hoje com uma dimensão importante no trabalho. E a própria realidade cabo-verdiana de uma instituição nascente tem provocado curiosidade e é oportunidade de desenvolver projectos novos. Repare, há professores aqui em Portugal ou nos Estados Unidos, ou França, que têm dificuldade no quadro da sua Universidade em desenvolver projectos porque têm uma grande concorrência no seu país. E pode muitas vezes de encontrar oportunidade de desenvolver um desejado projecto em Cabo Verde e não no seu país. A realidade é dinâmica. Não é por um país ser mais pobre ou uma instituição mais jovem que não possa apresentar vantagens, oportunidades vantajosas a investigadores de grandes universidades. Isso tem acontecido. Muitos professores vêem na Universidade de Cabo Verde o fascínio da construção de uma coisa nova e, portanto, onde as oportunidades podem ser maiores por causa disso. TV Ciência: Em relação aos cursos existentes na Universidade. Qual foi o critério utilizado para a sua criação? António Correia e Silva: O primeiro que tem, é a relevância. Isto é, nós perguntamos sempre: o que é que os cabo-verdianos precisam aprender, saber, para ganhar os seus desafios? Se um curso é importante, mas não traz ganhos face aos desafios que os cabo-verdianos têm, não desenvolvemos esse curso mesmo que haja procura, mesmo que haja gente capaz de pagar propinas por eles, não desenvolvemos esse curso. Se um curso é importante em termos de capacitação do país, na sua estratégia de desenvolvimento, mesmo que as pessoas não possam pagar propinas e haja pouca procura nós estimularemos esse curso. Isto é o principal critério, é da relevância, da pertinência social das formações.

7 TV Ciência: Mencionou a questão da Excelência. A Excelência no ensino. E a Excelência na investigação? António Correia e Silva: Exactamente, a excelência como uma orientação, algo que se prossegue, algo que se busca, algo que se tenta e nessa área a Excelência deve ser procurar estar na fronteira do nosso tempo. Procurar, quando optarmos, por uma área, devemos estar no topo, devemos procurar o topo. TV Ciência: De todos os cursos, quais aqueles que começaram primeiro a funcionar e quais os que apresentavam maior relevância para a região? António Correia e Silva: Também aqueles com que contávamos com mais recursos. Nós nalguns cursos já tínhamos pessoal formado, um staff que permitia começar, mas dentro do que tem relevância. Nós quando herdámos os Institutos descontinuamos cursos que achamos que foram importantes numa determinada fase de desenvolvimento, mas a sua importância já se tinha declinado. Evitar fazer cursos para dar oportunidades de emprego aos professores. A razão do curso são os alunos, é a sociedade. Esse foi o Norte. TV Ciência: Mas quais são as áreas cientificas? António Correia e Silva: As Engenharias de um modo geral, como sabe, um país que desenvolve, precisa essa força de mão-de-obra. Na área das Ciências Básicas, na área da Saúde, na área de Economia e Gestão, mas também alguns cursos de Ciências Sociais que têm a ver com a pesquisa da nossa identidade, com capacitação na área linguística. Enfim, fomos desenvolvendo os cursos em função da pertinência, da relevância que têm, e dos meios que temos para operacionalizar isso. TV Ciência: A Universidade de Cabo Verde, como Universidade Pública, vai competir com outras instituições que já existem em Cabo Verde, como o Instituto Piaget, a Universidade Lusófona e também a Universidade Lusíada, que está anunciada. No entanto, os cursos oferecidos acabam por ser semelhantes. Qual é a estratégia definida para captar alunos para a Universidade Pública? António Correia e Silva: Ter como diferença a qualidade, ter um corpo docente efectivo, o que as privadas normalmente não têm. Têm profissionais que trabalham noutra área e fazem do ensino um suplemento, um biscate. Portanto, ter professor a tempo inteiro, ter professore que além de dar aulas

8 segue os alunos, faz tutoria, faz investigação, participa na vida da Universidade. Ser professor a tempo inteiro, com a sua completa adesão à instituição. Isso é um referencial. Apostar nos recursos, ter uma grande motivação da Acção Social apoiando a aprendizagem dos alunos. Esses serão os nossos diferenciais. E estamos convictos que é um desafio para ganhar. TV Ciência: Também a Universidade em Cabo Verde, como outras em todo o mundo, competem para captar alunos do exterior. Neste sentido, qual é a estratégia que estão a adoptar? E quais são os países em que mais apostam para captar esses alunos do exterior? António Correia e Silva: A médio prazo isso é um problema importante para nós, somos um país pequeno. Mas, neste momento, de forma imediata temos que consolidar a nossa marca. Credibilizar os nossos cursos e devemos fazê-lo internamente. Devemos mostrar aos cabo-verdianos que saem, que têm uma alternativa interna tão boa quanto aquela que vão encontrar viajando para o Brasil, para Portugal, para Estados Unidos, ou algures. Essa é a nossa fasquia subjectiva, ter Universidade de Cabo Verde, se fazer da Universidade de Cabo Verde uma opção. Uma opção daqueles que têm opção. TV Ciência: Mas, a captar alunos do exterior, quais eram os países mais estratégicos, para a Universidade? António Correia e Silva: Hoje em dia todos. Neste momento temos Programas de Mobilidade com vários países Estados Unidos. Todos os Semestres recebemos alunos dos Estados Unidos e enviamos e recebemos alunos dos Brasil hoje em dia todos. De países africanos, da Guiné-Bissau, de São Tomé, portanto, todos. A questão é, quando se tem um nível de credibilidade os alunos virão por razões que têm a ver com a procura na nossa Universidade aquilo que ela tem de melhor. Concerteza que alunos que queiram estudar uma área que a Universidade de Cabo Verde tem excelência, tem nome, irão a Cabo Verde. TV Ciência: No seu entender, com a Universidade Pública, o que é que poderá mudar em Cabo verde? António Correia e Silva: Muita coisa. Isto é, uma boa Universidade em Cabo Verde significa um abrir de oportunidades, porque como eu disse na minha conferência, Cabo Verde não é um país dotado de recursos materiais, não tem matérias-primas estratégicas, exportáveis, não tem um mercado de grandes dimensões, não tem factores clássicos de desenvolvimento. Portanto, o que

9 pode constituir vantagem competitiva para Cabo Verde é uma mão-de-obra bem formada, sobretudo, quando eu digo bem formada, é com grande capacidade de aprender. Porque o que a Universidade dá é uma flexibilidade mental para se aprender, quer dizer, ensina a aprender. Uma mão-de-obra motivada. Porque a questão não é só de conhecimentos, mas também da atitude. Uma mão-de-obra que tenha as atitudes certas. É isso que vai atrair riqueza para Cabo Verde, vai atrair investimentos, que vai gerar no país uma dinâmica de desenvolvimento. Mas também vai qualificar a democracia Cabo- Verdiana. Nós iniciámos em 1991 a experiência democrática, depois de uma transição de um partido único para o pluri-partidarismo. Mas a democracia é um processo, a democracia, hoje em dia, a questão não é ter ou não ter democracia, mas a questão é na qualidade da democracia. Portanto, a Universidade, se boa, permite a qualificação da democracia. Passamos de uma democracia minimalista, que é da realização das eleições e Cabo verde tem tido uma experiência boa, as eleições até agora foram bem sucedidas, tem uma experiência de paz, social, civil mas tem como desafio o aprofundamento da democracia. Um cidadão consciente, um cidadão informado, um cidadão conhecedor tem condições de contribuir para a sua comunidade de forma muito mais efectiva do que um cidadão que despotenciaram desses recursos. Portanto, outro aspecto importante é o reforço da nossa identidade cultural. Amílcar Cabral dizia com orgulho, que os cabo-verdianos, mesmo numa condição de escravos, na condição de colonizados, puderam ainda assim contribuir para a riqueza cultural mundial. Dizia isso com orgulho, que essa participação, mesmo nas condições não ideais, tinha sido efectiva e, portanto, a nossa identidade cultural é algo que valorizamos. A Universidade permite o seu reforço e a sua afirmação no contexto das nações e no contexto dos homens e a Universidade visa também potenciar a sociedade cabo-verdiana para que ela possa desenvolver a sua música, desenvolver as suas artes, desenvolver a sua especificidade cultural, como uma parte importante dos nossos desafios, que é a afirmação da nossa condição no mundo. E, portanto, eu acho que com uma boa Universidade, muita coisa se transforma. Uma Universidade é um elemento da transformação do país. TV Ciência: Em relação à Universidade, qual é o estatuto e a autonomia e como está a ser o financiamento? António Correia e Silva: A Universidade é pública e está em autonomia financeira, está em autonomia pedagógica, cientifica e é financiada com base em três componentes: a componente da dotação orçamental do Estado, a componente da participação dos alunos (é pública mas não é gratuita) e a componente de projectos captados através da cooperação internacional ou na prestação de serviços à comunidade.

10 TV Ciência: O financiamento do Estado é que suporta praticamente a Universidade, mas não é suficiente!? António Correia e Silva: Sim, neste momento. Como sabe o Estado Cabo- Verdiano faz um grande esforço para financiar a Universidade Pública, mas a Universidade é cara. Portanto, esse esforço apesar de notável, obriga a Universidade a ir ao encontro de outras fontes de financiamento para poder prover-se dos meios necessários ao seu desenvolvimento. TV Ciência: Com as limitações financeiras actuais, o Estado não deveria aumentar a participação? António Correia e Silva: É provável que mude, nós temos esperanças de que mude, porque representa um desafio enorme o financiamento da Universidade nessas circunstâncias. Portanto, esperemos que mude. Mas nós compreendemos as limitações que o país tem. E agradecemos o esforço que o país faz, para ainda assim conseguir financiar a Universidade. TV Ciência: Existe a intenção de estabelecer uma possível cooperação com o Instituto de Investigação Cientifica Tropical. Que tipo de cooperação ou de colaboração é pretendido? E em que modelo poderá ser feito esta cooperação com o IICT? António Correia e Silva: Sim. O que nós estamos a propor é que potenciemos as nossas afinidades. Este é um instituto de investigação sobre os trópicos, portanto, Cabo Verde é um país tropical. Esse Instituto desenvolveu, e desenvolve, vários projectos que tem Cabo Verde como objecto e, portanto, a Universidade também. Vamos aproveitar afinidades de missão e criar uma dinâmica colaborativa. Nisso, estamos a pensar muito no próximo ano, Cabo Verde comemora 550 anos da sua descoberta e gostaríamos de ter a parceria do Instituto para realizar Exposições, Colóquios, Ciclos de Conferências, capitalizando toda a produção científica que essa instituição, o Instituto de Investigação Cientifica Tropical, tem feito ao longo do tempo sobre Cabo Verde. Mas também queremos que os investigadores do Instituto sejam parceiros de Cabo Verde, sendo apoiados pela Universidade de Cabo Verde quando estão nas suas pesquisas de terreno. Queremos trocar publicações, somos uma instituição nova mas temos uma editora e duas revistas científicas e o Instituto tem um espólio importante em termos de edição que queremos beneficiar. Há vários colegas do Instituto que já colaboram com a Universidade de Cabo Verde de forma dispersa, individual mas, ainda assim, importante.

11 Queremos potenciar que isso se faça no quadro da colaboração entre as duas instituições. Entrevista conduzida pela Jornalista Lúcia Vinheiras Alves

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