Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de Agosto de 2014, Natal/RN. 2

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1 Prestígio e poder no circuito break dance carioca. Tensão entre os b-boy 1 Otávio Raposo 2 (CIES/Portugal) Resumo Um grupo de jovens de diferentes favelas da Maré (Rio de Janeiro) encontrava-se regularmente para dançar break dance (uma das vertentes da chamada cultura hip hop ), participando de um circuito de lazer e sociabilidade centrado nesta prática cultural. O interesse pela dança foi responsável pela reformulação das suas redes de amizade, tornando possível que ficassem amigos. Essa questão é relevante devido aos constrangimentos na circulação dos habitantes provocados pelos confrontos armados entre diferentes facções do tráfico de drogas e agravados pela ação truculenta da polícia. Conforme passei a frequentar os locais de ensaio dos dançarinos fui-me apercebendo de algumas tensões e rivalidades. Nem todos recebiam o mesmo grau de atenção e encorajamento, tampouco as interações se davam de igual forma entre eles. Embora o break dance fosse a atividade lúdica estruturante dos b-boys da Maré, diferentes modos de apropriar a dança constituíam motivos de discórdia. Pude constatar que esses jovens estavam divididos informalmente em dois subgrupos. Essa divisão nas sociabilidades não estava vinculada a diferenças sociais ou à cor da pele. Eram relações do tipo estabelecidos e outsiders que tornavam compreensíveis tais antagonismos, resultantes da capacidade de um dos subgrupos conseguir monopolizar as oportunidades de prestígio oferecidas no circuito break dance da cidade. Palavras-chave: sociabilidade, juventude, hip hop A aprendizagem do break dance Tornar-se um b-boy ou uma b-girl (dançarino de break dance) não é para qualquer pessoa. Além de exigir força, elasticidade e destreza, o break dance requer também muita dedicação e vontade. A persistência e a disciplina são qualidades tidas como essenciais, pois o não cumprimento de uma regularidade de ensaios torna improvável o desenvolvimento das capacidades corporais indispensáveis a um bom dançarino. Quase 1 Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de Agosto de 2014, Natal/RN. 2 Doutor em Antropologia no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), é pós-doutorando em antropologia no CIES (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia) no ISCTE-IUL, em Portugal. 1

2 todos os b-boys da Maré aderiram ao breaking 3 na adolescência, período em que o corpo está mais apto a executar movimentos dificílimos tamanha a agilidade e sincronia exigidas. A maioria detinha um capital inicial esportivo (Wacquant 2002:26) antes de ingressar nesta dança tinham praticado capoeira, lamba-aeróbica, street dance ou futebol, o que se revelou extremamente útil para progredirem no estilo, diminuindo as hipóteses de abandono. O esforço em manter a assiduidade dos treinos para alguns quase diária ocasionava alguma sobreposição com o período destinado ao estudo, ao trabalho ou à família. Saber organizar muito bem o tempo era fundamental para manter ensaios regulares e, ao mesmo tempo, contar com a compreensão das famílias e namoradas. A contradição entre o estilo de vida breaking e a assunção das responsabilidades da vida adulta torna rara a existência de b-boys com mais de 30 anos de idade. Quando se tem família para cuidar e o emprego reduz significativamente o tempo livre disponível, a disposição da maioria dos dançarinos em seguir uma intensa rotina de treinos perde o antigo vigor. Simultaneamente, quanto mais velhos são os dançarinos, maiores os riscos de adquirirem contusões e problemas musculares, o que não raramente acontece tamanho o esforço físico envolvido na prática do break dance, desanimando-os e levando-os precocemente à aposentadoria. A Tecno era o local de eleição da maioria dos b-boys e b-girls do bairro, onde tinham a certeza de poder encontrar o grupo de pares para treinar, conviver e jogar conversa fora. Localizada no Parque União, uma das 16 favelas que compõem a Maré 4, reuniam-se nesta antiga fábrica abandonada 5 mais de 20 jovens três vezes por semana para dançar. Consideravam este espaço a sua segunda casa, na qual teciam fortes ligações que ultrapassavam a prática do break dance. Treinavam num horário pós-laboral, geralmente das 19h às 22h, única alternativa para reunir todos os dançarinos, pois muitos trabalhavam ou estudavam nos períodos da manhã e da tarde. Não havia professores na Tecno, a dinâmica dos ensaios era dada pelos próprios dançarinos, não existindo interferências e controle de pessoas exteriores ao grupo. Eram os próprios jovens que definiam o horário e o ritmo dos treinos, os movimentos que 3 A maior parte dos jovens da Maré utilizava as expressões break dance ou breaking para designar este estilo de dança. Por isso, optei por utilizar os dois termos ao longo deste trabalho. 4 A Maré é considerada o maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, onde vivem aproximadamente 130 mil pessoas segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) de Realizei trabalho de campo entre julho de 2009 e dezembro de 2010, período em que a Tecno atravessava um processo de institucionalização e de reformas para tornar-se uma ONG formal e abrigar múltiplas práticas esportivas. 2

3 queriam aperfeiçoar e as músicas que queriam ouvir, geralmente uma variação entre o funk dos anos 1960 (James Brown e outros), o rap e o breakbeat. A limpeza do espaço também era garantida por eles, assim como o transporte do boombox (aparelho de som portátil) e do decorflex (um tapete de material sintético que favorece os movimentos do break dance). A maior parte dos dançarinos tinha ascendência negra, mas era a mistura de tons de pele que predominava. Eram muito novos, tinham entre 15 e 20 anos de idade e do sexo masculino só havia uma menina no grupo. As sociabilidades vividas no interior da Tecno configuravam uma educação não formal sobre as tradições, normas e valores associadas ao break dance (e ao hip hop), uma via essencial para aceder aos segredos e significados socialmente partilhados sobre este estilo. As interações com os membros mais experientes do grupo eram a forma de os novatos incorporarem as percepções e habilidades exigidas para ser um b-boy. Os veteranos contavam passagens da história do hip hop e descreviam míticos campeonatos, em alguns dos quais tinham participando. Associadas ao visionamento de vídeos, pesquisas na Internet e leituras, essas conversas com os mais velhos ajudavam a estruturar um sistema de reflexões e discursos que extravasavam a performance corporal. Os dançarinos da Maré faziam questão de reiterar a importância do conhecimento o chamado 5º elemento do hip hop 6, incentivador de um conjunto de normas e valores associados à ética da dança e à sabedoria que se exige de um b-boy consagrado. Como tive oportunidade de ouvir várias vezes, a pior coisa que existe é um b-boy burro, uma crítica àqueles que desconheciam a história do hip hop e eram incapazes de explicar a origem dos movimentos que praticavam. Os fundamentos, termo que utilizavam para assinalar as bases do breaking, deveriam ser respeitado pelos b-boys. Condenavam aqueles que nos encontros e campeonatos de break dance só giravam ou faziam acrobacias (os chamados power moves) desligadas do conjunto da dança, o que contrariava o modo certo de dançar por eles defendido. Valorizavam o toprock, footwork e freeze 7 fundamentos básicos do break dance, criticando o modismo dos b-boys que transformavam a dança em ginástica olímpica. Os seus discursos enalteciam a necessidade de os b-boys pesquisarem a cultura, de modo a protegerem a essência 6 O hip hop é formado pelo mc, dj, graffiti e break dance, sendo o conhecimento o 5º elemento acrescentado por Afrika Bambaataa, um dos fundadores desta cultura urbana. 7 No toprock, os passos são feitos em pé e costumam ser utilizados no início da dança, servindo para evidenciar o à vontade do dançarino nas várias temporalidades que compõem as diferentes melodias. Os passos executados no chão, cujas mãos servem de apoio, são chamados de footwork; e o freeze é quando o dançarino congela um determinado movimento numa pose difícil. 3

4 dos conhecimentos produzidos pelos pioneiros desta dança. Foi o que afirmou Duda, um dos b-boys que mais incentivavam uma determinada forma de praticar o break dance: ( ) essência são as coisas que eles [pioneiros do break dance] criaram e cultivaram para eles e que hoje não é respeitado, tipo lance de postura. Porque até os power moves (movimentos de giro na dança) têm uma postura para fazer, como o footwork, ou o toprock, tem todo seu jeito de fazer. E há todos os fundamentos para você saber fazer aquele toprock, ou aquele footwork, sendo que as pessoas hoje em dia não respeitam isso. Tem pessoas que olham e falam: para quê eu vou fazer isso se sei fazer loko 8? Do meu jeito está certo, isso, aquilo e tal. Beleza, a galera quer fazer desse jeito faz, mas eu acho que não custava nada começar a estudar a história do breaking e começar a ver como é dançar o break dance com os fundamentos limpos, entendeu? Com coisas que foram criadas e aperfeiçoadas na década de Fundamentos que foram criados e que hoje em dia as pessoas não dão valor. [Duda, 20 anos. Entrevista, 26 de agosto de 2010] Outro comportamento que censuravam era a cópia de movimentos inovadores concebidos por dançarinos experimentados. A originalidade era sagrada, e quando isso não ocorria havia acusações de roubos de movimentos. Os passos, quando incorporados pelo dançarino, precisam sofrer modificações de modo a serem utilizados legitimamente. Aliás, ter um estilo próprio e ser original no breaking constituem características extremamente valorizadas entre os praticantes. Essa era uma das mais-valias da Maré, diziam eles, pois nenhum b-boy do bairro dançava igual ao outro, ao contrário do que, supostamente, diziam acontecer com a maioria dos dançarinos do Rio de Janeiro. Quebrando as barreiras do tráfico Antes de aderir ao break dance 9, os jovens não circulavam por toda a Maré, tampouco mantinham amizades fora da sua vizinhança. Os constantes confrontos armados entre traficantes e a ação violenta da polícia dificultavam a livre circulação pelo bairro. Como 8 O loko é um power move de grande dificuldade que consiste em fazer uma espécie de hélice com as pernas sem tocá-las no chão, em que o corpo (de cabeça para baixo) gira sob o seu próprio eixo apoiado pelos braços. 9 A maior parte dos dançarinos da Maré utiliza as expressões break dance ou breaking para designar este estilo de dança. Por isso, optei por utilizar os dois termos no presente artigo. 4

5 a Maré estava dividida em áreas de influência de diferentes facções do tráfico de droga 10, os jovens eram pressionados a não percorrer favelas dominadas por quadrilhas rivais. O medo de serem confundidos com membros de uma facção inimiga ou com investigadores da polícia restringia os seus percursos apenas às áreas controladas pela mesma facção da sua área de residência, limitando as oportunidades de amizade. Em seus depoimentos, a ênfase dada à tensão e ao medo era generalizada: No começo, a minha área era restrita apenas à facção que na época comandava: ADA. O que acontecia? Só andava do Pinheiro para trás: Salsa e Merengue, Vila do João e Conjunto Esperança. Desde sempre vinha aquela preocupação: você não pode passar para lá por causa da facção criminal tal, porque nêgo tá implicando. Realmente tinha altura que nêgo implicava mesmo. Lembro até hoje quando eu e uma rapaziada do graffiti fomos para a Nova Holanda pela primeira vez. A gente chegou lá numa tensão total porque a gente era do Pinheiro. Fui eu, o Felipe Reis e uns alunos. O que acontece, eu moro aqui no Pinheiro (que é ADA): Tu vai sair daqui para entrar numa área do Comando Vermelho? Você é louco?. [Rômulo, 17 anos. Entrevista, 7 de outubro de 2010] A partilha de interesse pela dança e a vontade de conhecer outros dançarinos de break dance no bairro incentivou-os a superar o medo de circular em favelas rivais. Conforme faziam exibições de break dance nas ruas da Maré, ganhavam visibilidade e reconhecimento, inclusive entre os traficantes. Passaram a ser identificados como pessoal do hip hop, dispondo de legitimidade para transitar entre favelas inimigas. Até a bandidagem sabe o porquê da gente estar circulando no lado de lá. E até eles respeitam esse lance da gente estar fazendo breaking, eles sabem. Eles mesmo falam: Ah! Eles são do hip hop. Para a gente é bom, porque a gente está vendo que eles estão respeitando. E o breaking ajudou a quebrar esse tabu, essa barreira. [Rick, 19 anos. Entrevista, 5 de novembro de 2009] Durante esse processo, os dois núcleos principais de dançarinos de break dance da Maré 10 No período em que fiz trabalho de campo havia três facções do tráfico de drogas a dominar distintas localidades da Maré Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos (ADA), além da presença de uma milícia, grupo paramilitar composto por policiais, bombeiros e militares que também exerce um controle violento e territorial. Esta situação foi alterada a partir de março de 2014, quando a Maré passou a ser ocupada pela polícia militar e por tropas do exército e da marinha com vista a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Contudo, a influência das facções criminosas sobre as localidades da Maré mantém-se, apesar do tráfico de drogas e da presença de jovens armados já não ser tão visível como antigamente. 5

6 (localizados na favela Nova Holanda e no morro do Timbau) fundiram-se num só como resultado do alargamento das suas redes de amizade e das transformações no modo de se apropriarem do bairro. A partir de 2009, passaram a integrar o mesmo coletivo de dança jovens que viviam em territórios dominados por diferentes quadrilhas criminosas (Nova Holanda, Parque União, Parque Rubens Vaz, morro do Timbau, Vila do Pinheiro e praia de Ramos), transformando a Tecno no mais importante local de ensaio do grupo. Tensão entre os b-boys Conforme passei a frequentar os treinos dos dançarinos fui-me apercebendo de algumas tensões e rivalidades. Nem todos recebiam o mesmo grau de atenção e encorajamento, tampouco as interações se davam de igual forma entre eles. Reparei que as sociabilidades, conversas e entreajudas eram segmentadas, tal como a apropriação dos espaços onde treinavam. Desta forma, pude constatar que os jovens da Tecno estavam divididos informalmente em dois subgrupos: Ativa Breakers: era o nome da crew 11 dos b-boys mais ativos na dança. Resultado da união de dançarinos do morro do Timbau, da Nova Holanda e do Parque União, quase todos os seus integrantes, cerca de dez jovens, iniciaram-se no breaking num momento comum das suas vidas, em Partilhavam um conjunto de estéticas, imaginários e normas sobre o break dance, defendendo um modo comum de dançar. Antigos: não formavam uma crew, mas um agregado de cinco b-boys experientes (entraram na dança antes de 2007), a que se juntaram dois principiantes. Moradores das favelas da Nova Holanda e do Parque União, a maioria já não frequentava assiduamente os treinos, em parte devido aos encargos da vida adulta. Os antigos dançarinos foram os responsáveis por passar as noções básicas da dança para muitos dos integrantes do Ativa Breakers. Não foi difícil notar a existência destes dois subgrupos, pois eles costumavam ensaiar em áreas diferentes do salão. Enquanto os jovens do Ativa Breakers ocupavam o centro da sala, geralmente junto do decorflex, os antigos optavam por treinar numa das suas laterais. Esta configuração repetia-se nas várias disposições da Tecno (que atravessou várias reformas) e noutros locais de treino. Esta divisão informal do espaço refletia a 11 As crews são grupamentos informais de jovens que se reveem em práticas comuns, neste caso o break dance. 6

7 maior ou menor amizade que mantinham entre si e reforçava as interações e entreajudas no interior de cada subgrupo. O modo como se posicionavam no salão revelava também o estatuto dos dançarinos na escala de prestígio. A habilidade no breaking e o grau de conhecimento do hip hop estabeleciam a posição de cada um dos jovens no grupo, constituindo-se nos principais recursos pelos quais o dançarino podia manter, ganhar ou perder prestígio (Whyte 2005:46). A existência de dois subgrupos não implicava que os seus integrantes não convivessem entre si, nem tampouco que não houvesse amizade e solidariedade entre eles. Esta repartição não era estanque, até porque vários b-boys da Tecno não pertenciam a nenhum dos dois subgrupos citados. No entanto, era visível a divisão nas suas sociabilidades e redes de amizade. Estas não eram vinculadas a diferenças etárias, tampouco a diferenças étnicas ou raciais, pois negros, brancos e mestiços integravam ambos os subgrupos. Aliás, quando essa última hipótese era sugerida, recebia este tipo de resposta: Era só o que faltava. Somos todos pobres e ainda vamos discriminar o outro por uma questão tão boba como a cor da pele. [Sandro, 21 anos. Diário de Campo, 22 de julho de 2009] Era a dinâmica estabelecidos e outsiders a responsável pela divisão nas sociabilidades dos jovens da Maré. No estudo empreendido por Norbert Elias e John L. Scotson (2000), sobre os habitantes de uma pequena cidade inglesa chamada Winston Parva, os habitantes mais antigos (estabelecidos) eram mais coesos que os recém-chegados (outsiders), o que lhes permitia impor mais facilmente um conjunto de normas e valores que servia para revalidar a sua superioridade moral sobre os outros. Esta desigualdade na autoimagem entretanto semelhante noutros quesitos (econômicos, raciais e étnicos) legitimava os diferenciais de poder entre essas duas populações e servia para excluir os outsiders das posições de prestígio social. Como revelaram Elias e Scotson: O grupo de antigos moradores residentes, famílias cujos membros se conheciam havia mais de uma geração, estabelecera para si um estilo de vida comum e um conjunto de normas. Eles observavam certos padrões e se orgulhavam disso. Por conseguinte, o afluxo de recém-chegados a seu bairro era sentido como uma ameaça a seu estilo de vida já estabelecido, embora os recém-chegados fossem seus compatriotas. ( ) Para preservar o que julgavam ter alto valor, eles cerravam fileiras contra os recém-chegados, com isso protegendo sua identidade grupal e 7

8 afirmando sua superioridade. (2000:25) Esta teoria não pode ser aplicada aos b-boys da Maré sem os devidos reparos, a começar pelos aspectos da coesão. Eram os novos dançarinos que afirmavam a sua superioridade e identidade grupal através do sentimento de pertença ao Ativa Breakers, excluindo os antigos dançarinos da crew. Estes, por sua vez, eram menos coesos, agrupando-se de modo improvisado com o intuito de reivindicar um estatuto no panorama do break dance. No entanto, é possível fazer algumas analogias com a teoria original, principalmente se enquadrarmos os desacordos normativos e as disputas de poder nas múltiplas formas de apropriar a dança e controlar as posições de prestígio associadas ao estilo de vida b-boy. O break dance era a alma do grupo. Assente no princípio da amizade e na interpretação que faziam sobre o hip hop, esta prática quotidiana estava imbuída de um sistema de obrigações mútuas que implicava o incentivo à dança, a difusão da informação e a solidariedade entre os dançarinos 12. Os antigos reclamavam justamente do rompimento da reciprocidade que deveria caracterizar os laços entre os b-boys. No momento em que a nova geração deveria retribuir os ensinamentos fornecidos pelos antigos, era o contrário que diziam estar a suceder. O maior fechamento do Ativa Breakers em relação aos restantes frequentadores da Tecno era evidente. As palavras de encorajamento e as orientações na dança circulavam mais entre eles, e o estímulo à participação dos antigos em eventos e campeonatos não era tão generalizado. O modo particular como alguns dos antigos dançavam não provocava admiração e apreço na geração mais nova de dançarinos, ao considerar que eles não respeitavam os fundamentos corretos do breaking. Certos comentários e gestos de desdém eram feitos pelos jovens do Ativa Breakers com o intuito de desaprovar os seus movimentos, vistos como uma distorção daquilo que consideravam ser o break dance original. Para eles, existia um limite para a imaginação e individualização do b-boy, cujo estilo próprio não poderia fugir a certos parâmetros deste universo cultural. Como sublinhou Gilberto Velho sobre os dilemas da unidade e descontinuidade dos sistemas sociais: ( ) o processo de individualização não se dá fora de normas e padrões por mais que a liberdade individual possa ser valorizada. Quando vai de encontro às fronteiras de determinado 12 O conjunto de princípios filosóficos associados ao hip hop incentivava não apenas a sabedoria, assente no chamado 5º elemento, mas os valores da união, fraternidade e diversão, uma ideia lançada por Afrika Bambaataa nos primórdios da fundação desse movimento. 8

9 universo cultural ou as ultrapassa, ter-se-á então, provavelmente, uma situação de desvio com acusações e, em certos casos, estigmatização (Velho 2004:25). Rotulados como desviantes, os antigos eram estigmatizados por, supostamente, desrespeitarem as regras do break dance. Esta era uma forma de os afastar das fontes de poder e status associadas ao estilo como eventos e campeonatos e legitimar a supremacia do Ativa Breakers. A maior coesão dos Ativa Breakers, conjugada à sua força de vontade em evoluir na dança, frequentando os treinos com regularidade, conferia eficácia à legitimação de um conjunto de regras e tradições sobre o break dance, além de lhes facultar um carisma grupal (Elias e Scotson 2000:26). Bibliografia ELIAS, Norbert e John L. Scotson. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, RAPOSO, Otávio Ribeiro. Coreografias da Amizade: estilos de vida e segregação entre os jovens do break dance da Maré (Rio de Janeiro). Lisboa, Tese (Doutorado em Antropologia) Instituto Universitário de Lisboa. VELHO, Gilberto. Individualismo e Cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, WACQUANT, Loic. Corpo e Alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro: Relume Dumará Editora, WHYTE, William Foote. Sociedade de esquina: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,

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