A DECLARAÄÅO ANUAL DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÇSICA EXERCÇCIO 2012/ANO CALENDÑRIO 2011
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- José Terra Carvalhal
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1 A DECLARAÄÅO ANUAL DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÇSICA EXERCÇCIO 2012/ANO CALENDÑRIO 2011 OLIVEIRA, Gisele Moreira de 1 OBERSTEINER, Maria Isabel Della Valle 2 RESUMO: O Brasil vive um momento de crescimento na demanda por mño de obra em todos os setores do mercado e consequentemente a remuneraéño dos profissionais aumenta. Com esse aumento, o governo consegue arrecadar mais tributos, sendo um deles o imposto de renda cobrado das pessoas fösicas atravâs de uma alöquota que pode variar de 7,5% atâ 27,5% sobre os rendimentos. Durante o ano de 2012, quem auferir renda mensal maior do que R$ 1.637, 11 deve ter uma retenéño que varia de 7,5% a 27,5% sobre seu rendimento, ou seja, as fontes pagadoras dos salärios cobram o imposto de renda antecipado aos cofres do governo, porâm, existe a possibilidade deste valor retornar ao contribuinte durante o ano de Para que se consiga reaver este valor, o contribuinte, em 2013, deverä elaborar a DeclaraÉÑo Anual de Imposto de Renda e apresentä-la sem erros a Receita Federal do Brasil. Este artigo tem como objetivo divulgar parte dos resultados de uma pesquisa qualitativa que culminou na elaboraéño de uma monografia. Aqui apresentaremos a revisño bibliogräfica a respeito do tema DeclaraÉÑo de Imposto de Renda. PALAVRAS-CHAVE: Imposto, Renda, Pessoa FÖsica, DeclaraÉÑo, Profissional da Contabilidade e Contribuinte. INTRODUÄÅO O interesse por este assunto â devido a vontade de entender a legislaéño e constatar como funciona a declaraéño do imposto de renda da pessoa fösica e poder atender futuros clientes que necessitem do meu serviéo. O imposto de renda pertence ã competüncia da UniÑo Federal, conforme a ConstituiÉÑo Federal em seu art. 153, inciso lll, e o Cådigo Tributärio Nacional, art. 43. Este tributo, muito embora conhecido apenas por imposto de Renda, tem a denominaéño tâcnica de Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Conforme a legislaéño vigente, tanto a pessoa fösica quanto a jurödica tem a obrigaéño de apresentar anualmente a DeclaraÉÑo do Imposto de Renda. Essa 1 Graduada em CiÜncias Contäbeis pela Faculdade de CiÜncias Sociais Aplicadas do Vale do SÑo LourenÉo EDUVALE. 2 Professora especialista do curso de CiÜncias Contäbeis da Faculdade de CiÜncias Sociais Aplicadas do Vale do SÑo LourenÉo EDUVALE. 1
2 declaraéño constitui-se em um ato complexo que exige do contribuinte atenéño redobrada para a realizaéño de uma declaraéño segura e correta. ç do conhecimento páblico que a Receita Federal disponibiliza, via internet, um programa que pode ser preenchido pelo pråprio contribuinte. Mas så isso nño â suficiente para a seguranéa da declaraéño. A DeclaraÉÑo Anual do Imposto de Renda â o resultado da ocorrüncia de inámeros eventos tributados ou nño e, portanto, a assessoria de um Contador se faz necessäria. Consta que a cada ano aumenta consideravelmente o námero de pessoas fösicas que sño obrigadas a apresentar a DeclaraÉÑo Anual do Imposto de Renda. A Receita Federal do Brasil divulgou que foram entregues no ano de 2012, mais de 25 milhées de declaraéées de Imposto de Renda da Pessoa FÖsica referente ao calendärio Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributärio (IBPT), no ano de 2011 foram arrecadados mais de 250 bilhées com imposto de renda em geral, ou seja, de pessoas fösicas e jurödicas, porâm, pode se estimar que uma grande parte deste valor â referente a pessoa fösica. Com o grande volume de declaraéées e expressivos valores arrecadados, sempre hä risco de ocorrüncia de equövocos do contribuinte na declaraéño das informaéées para a Receita Federal. Sem dávida a DeclaraÉÑo Anual relativa ao tributo em anälise, para a maioria dos contribuintes, representa uma grande preocupaéño jä que se trata de um ato complexo, que exige conhecimento e habilidade do declarante. Pretende-se apresentar uma pesquisa acerca da DeclaraÉÑo Anual do Imposto de Renda da Pessoa FÖsica, com o objetivo de demonstrar a imprescindibilidade do profissional da contabilidade no processo de consultoria de dávidas do contribuinte no decorrer do ano-calendärio, na elaboraéño, apresentaéño e monitoramento da declaraéño atâ a anälise final pela Receita Federal. 2
3 SURGIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA No mundo O Imposto de Renda nasce no sâculo XVI na Inglaterra por causa da guerra. A Inglaterra estava precisando de recursos para bancar a Guerra contra NapoleÑo Bonaparte. O nome nño era o atual, mas foi chamado de emprâstimo de lealdade. O modelo inicial arrecadava 10% sobre a renda do ano acima de 60 libras, conforme o site da Receita Federal do Brasil: [...] taxa era de 10% para renda total no ano acima de 60 libras. Podia ser paga em atâ seis quotas. Em 1802 o imposto foi suspenso e em 1803 voltou a vigorar sendo suspenso novamente em 1816 pelo final da guerra retornando somente em 1842 devido a falta de recursos da Inglaterra. Conforme citado no site da Receita Federal do Brasil: No final do sâculo XVIII, a Inglaterra estava ameaéada por NapoleÑo Bonaparte e necessitava angariar recursos para o financiamento da guerra. [...] Em 1802, o imposto sobre a renda foi suprimido, nño por causa da demissño de Pitt, que ocorrera pouco antes, mas como conseqëüncia da paz transitåria entre Inglaterra e FranÉa. Um ano apås, as hostilidades recomeéaram. Novamente, o imposto sobre a renda foi lembrado como fonte de recursos. Addington, que sucedera a Pitt, restabeleceu o imposto em 1803, com uma sârie de aperfeiéoamentos: [...] Em junho de 1815, NapoleÑo Bonaparte foi derrotado em Waterloo, Bâlgica. Terminava a guerra. Apesar do excelente resultado, o imposto sobre a renda havia sido instituödo como forma de angariar receita para financiar a guerra. NÑo havia clima polötico para mantü-lo e foi novamente suprimido em O governo inglüs foi obrigado a buscar outras fontes de renda. [...] Inglaterra passou por um peröodo de crises e dâficits oréamentärios. Em Robert Peel, que chefiava o governo nos primeiros anos da era vitoriana, restabeleceu o imposto sobre a renda, apesar de, em outras âpocas, ter sido feroz crötico e adversärio intransigente desse tributo. Estes sño os principais pontos do inöcio do Imposto de Renda no mundo. 3
4 No Brasil No ano de 1843, surgiu a primeira versño do imposto de renda com o nome de Imposto Progressivo e as mudanéas e adaptaéées foram ocorrendo durante todos estes anos. Conforme citado no site da Receita Federal, o imposto vigorou por dois anos, com a funéño de formar a receita e fixar a despesa perante os cofres páblicos: A primeira disposiéño no Brasil sobre o imposto de renda, nño especificamente com este nome, surgiu no inöcio do segundo reinado com a Lei ní 317 de 21 de outubro de 1843, que fixou a despesa e oréou a receita para os exercöcios de e O artigo 23 estabeleceu um imposto progressivo sobre os vencimentos percebidos pelos cofres páblicos e vigorou por dois anos. Assemelhava-se a uma tributaéño exclusiva na fonte. Em 1867 iniciou-se uma movimentaéño para aprovaéño do Imposto de Renda e em 1898 o projeto do Imposto de Renda foi aprovado pela ComissÑo de OrÉamento, porâm, na Assemblâia, o mesmo nño foi aprovado. Os deputados viram värios pontos, sendo um deles o de que os contribuintes nño estavam preparados para estas mudanéas. Conforme art. 31 da Lei ní de 31 de dezembro de 1922, ficou instituöda a obrigaéño do pagamento do Imposto por Pessoa FÖsica e JurÖdica dentro de territårio nacional: Art.31. Fica instituödo o imposto geral sobre a renda, que serä devido, annualmente, por toda a pessoa physica ou juridica, residente no territorio do paiz, e incidirä, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem. I. As pessoas nño residentes no paiz e as sociedades com sede no estrangeiro pagarño o imposto sobre a renda liquida, que lhes for apurada dentro do territårio nacional. II. ç isenta do imposto a renda annual inferior a 6:000$ (seis contos de reis), vigorando para a que exceder dessa quantia a tarifa que for annualmente fixada pelo Congresso Nacional. III. serä considerado liquido, para o fim do imposto, o conjunto dos rendimentos auferidos de qualquer fonte, feitas as deducéées seguintes: a. impostos e taxas; b. juros de dövidas, por que responda o contribuinte; c. perdas extraordinarias, provenientes de casos fortuitos ou foréa maior, como incündio, tempestade, naufrägio e accidentes semelhantes a 4
5 esses, desde que taes perdas nño sejam compensadas por seguros ou indenizaéées; d. as despezas ordinärias realizadas para conseguir assegurar a renda. I. Os contribuintes de renda entre 6:000$ (seis contos de reis) e 20:000$ (vinte contos de reis) terño deducéño de 2% (dous por cento) sobre o montante do imposto devido por pessoa que tenha a seu cargo, nño podendo exceder, em caso algum, essa deducéño a 50% (cincoenta por cento) da importìncia normal do imposto. II. O imposto serä arrecadado por lanéamento, servindo de base a declaraéño do contribuinte, revista pelo agente do fisco e com recurso para autoridade administrativa superior ou para arbitramento. Na falta de declaraéño o lanéamento se farä ex-officio. A impugnaéño por parte do agente do fisco ou o lanéamento ex-officio terño de apoiar-se em elementos comprobatorios do montante de renda e da taxa devida. III. A cobranéa do imposto serä feita cada anno sobre a base do lanéamento realizado no anno immediatamente anterior. IV. O Poder Executivo providenciarä expedindo os precisos regulamentos e instrucéées, e executando as medidas necessarias, ao lanéamento, por forma que a arrecadaéño do imposto se torne effectiva em V. Em o regulamento que expedir o Poder Executivo poderä impor multas atâ o Maximo de 5:000$ (cinco contos de râis). (RECEITA FEDERAL, 2008) Em 1922, o imposto sobre a renda passou a fazer parte da sociedade brasileira, incidindo somente sobre a renda. Esse peröodo foi de grandes mudanéas e ajustes para os brasileiros e governo tambâm. No ano de 1923 foi criada uma classificaéño dos rendimentos em quatro categorias, conforme art. 3î da Lei 4783: Art. 3í: O imposto sobre a renda creado pelo art. 31 da Lei ní 4625 de 31 de dezembro de 1922, recahirä sobre os rendimentos rendimentos produzidos no paiz e derivados das origens seguintes: 1. categoria Comercio e qualquer exploraéño industrial, exclusive agröcola; 2. categoria CapitÑes e valores mobiliarios; 3. categoria Ordenados páblicos e particulares, subsödios, emolumentos, gratificaéées, bonificaéées, pensées e remuneraéées sob qualquer tötulo e forma contractual; 4. categoria ExercÖcio de profissées nño comerciaes e nño comprehendidas em categoria anterior. ï 6í As pessoas physicas e jurödicas que pagarem rendimentos produzidos no paiz serño obrigadas a prestar os esclarecimentos solicitados pelos agentes fiscaes quanto ãs pessoas que os receberem e as importancias pagas. ï 8í As taxas do imposto recahido sobre os rendimentos de cada uma das categorias referidas neste artigo, serño as constantes da seguinte tabella: Atâ 10:000$ e 20:000$, isentos; Entre 20:000$ e 30:000$, 1% (um por cento); Entre 30:000$ e 60:000$, 2% (dous por cento); Entre 60:000$ e 100:000$, 3% (tres por cento); 5
6 Entre 100:000$ e 200:000$, 4% (quatro por cento); Entre 200:000$ e 300:000$, 5% (cinco por cento); Entre 300:000$ e 400:000$, 6% (seis por cento); Entre 400:000$ e 500:000$, 7% (sete por cento); Acima de 500:000$, 8% (oito por cento). Este modelo de apuraéño â parecido com a atual e muito moderna para âpoca. Neste peröodo, os agentes fiscais nño podiam solicitar os documentos para a contabilidade, conforme a informaéño no site da Receita Federal do Brasil: Nos termos do artigo 3í parägrafo 7í da Lei ní de 31 de dezembro de as declaraéées dos contribuintes estavam sujeitas ã revisño dos agentes fiscais, que nño podiam solicitar a exibiéño de livros de contabilidade, documentos de natureza reservada ou esclarecimentos, devassando a vida privada Neste peröodo tambâm aconteceram fatos legais como a aprovaéño do primeiro regulamento do imposto de renda, a obrigaéño de apresentaéño da declaraéño de rendas, primeiros modelos de formulärios, isenéées de impostos e primeiro adiamento no prazo de entrega. Importante destacar em resumo, os principais acontecimentos sobre o Imposto de Renda na histåria a A InstituiÉÑo do Imposto de Renda no Brasil 1925 A As Primeiras Reformas 1930 A A AdaptaÉÑo do Imposto 1940 A O Imposto de Renda AlcanÉa o Primeiro Lugar em ArrecadaÉÑo 1944 A A ConsolidaÉÑo do Imposto 1964 A A Reforma Tributäria 1968 A ComeÉa a Era da Secretaria da Receita Federal 1982 a O LanÉamento por HomologaÉÑo e o Sistema de Bases Correntes 1991 a ComeÉa a InformatizaÉÑo no Preenchimento da DeclaraÉÑo 1997 a O avanéo tecnolågico: seguranéa, rapidez e facilidade no preenchimento e na entrega da declaraéño 2007 a 2009 ConsolidaÉÑo da Receita Federal do Brasil 6
7 CONCEITO DE IMPOSTO DE RENDA O Imposto de Renda â um tributo de competüncia da UniÑo Federal, conforme art. 153, inciso lll da ConstituiÉÑo Federal (CF) e art. 43 do Cådigo Tributärio Nacional (CTN). Segundo o art. 153 do CTN, inciso III diz: Compete ä UniÑo instituir impostos sobre: III renda e proventos de qualquer natureza [...] ï 2í O imposto previsto no inciso III: I serä informado pelos critârios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. O Tributo em anälise visa servir de instrumento de redistribuiéño de renda no paös para manter em equilöbrio o desenvolvimento económico das regiées Brasileiras objetivando reduzir as desigualdades inter-regionais. O Imposto de Renda incide sobre a renda, ou seja, o produto de capital e do trabalho e de proventos de qualquer natureza, isto â, o acrâscimo patrimonial nño â compreendido no conceito de renda, pois â tratado como ganho de capital. Conforme art. 44 do CTN, A base de cälculo do imposto â o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributäveis. Por tratar-se de tributo sobre a renda, â imprescindövel conceituar a renda, assim, Baleeiro diz em seu livro (1973, p. 323): Renda â atributo quase sempre periådico da fonte permanente da qual promana, como elemento novo criado e que com ela nño se confunde. Machado (2006, p. 327) diz: [...] podemos afirmar que o ìmbito material de incidüncia do imposto de renda â a aquisiéño da disponibilidade económica ou jurödica de renda. O imposto de renda pessoa fösica â cobrado sobre os rendimentos do capital e do trabalho. SÑo os salärios, comissées, demais proventos e ganhos obtidos com aplicaéées de capital, financeira e alugueis. A base de cälculo â computada com as despesas (deduéées) e com os pagamentos e os rendimentos ocorridos durante o ano anterior ao da entrega da declaraéño. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA 7
8 O imposto de renda da pessoa fösica para ser arrecadado aos cofres páblicos deve ter um fato gerador, um sujeito passivo e tambâm uma funéño para o governo, pois ele incide sobre uma renda percebida pelo contribuinte. ç um tributo cobrado sobre os rendimentos da pessoa fösica durante o decorrer do ano calendärio e â passövel de restituiéño ao bolso do contribuinte no ano seguinte, desde que seja elaborada uma declaraéño que prove tal possibilidade. Fato gerador O fato gerador do imposto de renda â o momento quando ocorre a movimentaéño da situaéño económica que por lei â exigido o Imposto, por exemplo, no momento do recebimento de um salärio ou remuneraéño, do aumento de bens, da compra, da venda de imåveis. Veja o art. 3î do RIR/99: Art. 3º A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no PaÖs por residentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados, conforme o disposto nos arts. 22, ï 1í, e 682, estño sujeitos ao imposto de acordo com as disposiéées do Livro III (Decreto-Lei ní 5.844, de 1943, art. 97, e Lei 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 3í, ï 4í). Função e aplicação Entende-se que a funéño do Imposto de Renda â subsidiar os gastos com o funcionamento das estruturas do governo e ainda espera-se que boa parte destes recursos sejam aplicados em beneföcios da populaéño como um todo. O pagamento do imposto â um dever do cidadño. ç tambâm um dever do Estado informar para onde vño os recursos recolhidos. O dinheiro que paga-se em imposto â utilizado diretamente pelo Governo Federal. SÑo destinados ã saáde, ã educaéño, aos programas de transferüncia de renda e de estömulo ã cidadania, como o Fome Zero e o Bolsa FamÖlia. Parte dos recursos obtidos com impostos destina-se aos programas de geraéño de empregos e inclusño social, tais como: - plano de reforma agräria; 8
9 - crâdito rural para a expansño da agricultura familiar; - plano de construéño de habitaéño popular; - saneamento e reurbanizaéño de äreas degradadas nas cidades. - construéño e recuperaéño de estradas; - investimentos em infraestrutura; - construéño de portos, aeroportos; - incentivos para a produéño agröcola e industrial; - seguranéa páblica; - estömulo ã pesquisa cientöfica, ao desenvolvimento de ciüncia e tecnologia; - cultura e esporte, e - defesa do meio ambiente. Contribuinte O contribuinte â a pessoa fösica ou jurödica que realiza movimentaéées que por Lei sño exigidos Tributos e ContribuiÉées sobre as mesmas, â o sujeito passivo. A pessoa fösica recebe, paga, compra, vende, ou seja, realiza diversas operaéées que sño ou nño tributadas conforme a lei, tributos e contribuiéées que a pessoa fösica contribui conforme exigido. O RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) fala sobre quem â o contribuinte em seu art. 2î: Art. 2º As pessoas fösicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade económica ou jurödica de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, sño contribuintes do imposto de renda, sem distinéño da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissño (Lei ní 4.506, de 30 de novembro de 1964, art. 1í, Lei ní 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 43, e Lei ní 8.383, de 30 de dezembro de 1991 art. 4í). Sabe-se que todas as pessoas fösicas sño contribuintes, queira ou nño, por que toda a tributaéño recolhidas para se produzir, vender e revender värios produtos e serviéos â sempre o consumidor final que paga. 9
10 OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAR A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA EstÑo obrigados a elaborar e a apresentar a declaraéño de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa FÖsica do ano base 2011, os contribuintes que se enquadram nas seguintes situaéées: - Rendimentos tributäveis superiores a R$ ,15 (vinte e trüs mil, quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos). - Rendimentos isentos, nño tributäveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ ,00 (quarenta mil reais); - Obteve, em qualquer müs, ganho de capital na alienaéño de bens ou direitos, sujeito ã incidüncia do imposto, ou realizou operaéées em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; Relativamente ã atividade rural: a. obteve receita bruta em valor superior a R$ ,75 (cento e dezessete mil, quatrocentos e noventa e cinco reais e setenta e cinco centavos); b. pretenda compensar, no ano-calendärio de 2011 ou posteriores, prejuözos de anos-calendärio anteriores ou do pråprio anocalendärio de 2011; Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ ,00 (trezentos mil reais); Passou ã condiéño de residente no Brasil em qualquer müs e nesta condiéño se encontrava em 31 de dezembro; Optou pela isenéño do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imåveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado ã aplicaéño na aquisiéño de imåveis residenciais localizados no PaÖs, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebraéño do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei ní , de 21 de novembro de O RIR/99 cita em seu Livro lv, capötulo l e art. 787 sobre a obrigatoriedade de 10
11 apresentaéño: Art As pessoas fösicas deverño apresentar anualmente declaraéño de rendimentos, na qual se determinarä o saldo do imposto a pagar ou o valor a ser restituödo, relativamente aos rendimentos percebidos no anocalendärio (Lei ní 9.250, de 1995, art. 7í). A seguir vamos esclarecer o objetivo de se apresentar a declaraéño do Imposto de Renda. O OBJETIVO DE APRESENTAR A DECLARAÇÃO A DeclaraÉÑo de Ajuste Anual â uma das obrigaéées que o brasileiro Pessoa FÖsica tem em relaéño ã Receita Federal, em que se verifica o imposto declarado pelo contribuinte com o realmente devido. Caso o contribuinte tenha imposto a pagar pode ser parcelado em atâ oito vezes mensais (atâ o ano de 2005, eram seis), desde que o valor de cada parcela nño seja inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais). Ao dividir os valores a pagar ou a restituir, cobra-se acrâscimos de 1% em cada parcela e o pagamento tambâm pode ser feito por meio de dâbito automätico na conta bancaria do contribuinte. Se o contribuinte tiver imposto a restituir, a Receita Federal farä a devoluéño do dinheiro a partir de quinze de junho de cada ano, em lotes definidos e tambâm corrigidos pela taxa SELIC do peröodo. EntÑo o objetivo principal da declaraéño do imposto de renda pessoa fösica â o controle do património e movimentaéño de cada brasileiro em cada ano para que a Receita saiba e tenha o controle dos valores a entrar e sair dos cofres páblicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se com este trabalho que, tanto o profissional contäbil quanto o contribuinte, tem sua parcela de responsabilidade com relaéño ã declaraéño do imposto de renda da pessoa fösica, pois, sem um acompanhamento pelo profissional e sem informaéées nño consegue-se realizar uma declaraéño segura para ser entregue ã Receita Federal do Brasil. 11
12 Faz-se necessärio o contribuinte consultar um profissional da contabilidade durante o ano-calendärio com finalidade de acompanhar suas movimentaéées financeiras e patrimoniais para evitar problemas com a prestaéño de contas com a Receita Federal. O profissional contäbil deve saber que cada contribuinte tem uma situaéño especöfica. ç necessäria uma anälise dos documentos e uma entrevista com o contribuinte para identificar cada situaéño e declarä-la de maneira segura ã Receita Federal, pois, nño basta baixar o programa da declaraéño do imposto de renda e preencher os campos. A cada dia, novas pessoas que antes nño eram contribuintes passam a ser e isto se deve ao aumento da remuneraéño das pessoas fösicas, remuneraéño esta que acaba ultrapassando o teto da tabela progressiva do imposto de renda do anocalendärio. Observou-se que o årgño governamental que cuida da anälise das declaraéées â a Receita Federal e a legislaéño que rege o imposto de renda â o Decreto de 26 de maréo de Ainda entende-se onde surgiram os primeiros sinais do imposto de renda no mundo, pois, que foram na Inglaterra no sâculo XVl para financiar guerras. Identificou-se um grande volume de entrega anual de declaraéées de imposto de renda de pessoa fösica que neste ano foram mais de 25 milhées de declaraéées entregues, e alguâm precisa orientar e fazer a declaraéño destes contribuintes. Conclui-se que o profissional contäbil â especial neste processo de declaraéño de imposto de renda de pessoa fösica, pois, â capacitado para assessorar o contribuinte a prestar contas com o governo de uma maneira correta e com a finalidade de conseguir uma restituiéño corretamente e ainda minimizar os riscos fiscais, como, entrega de declaraéño em atraso, sofrer multas, pagar imposto a mais e ainda ser cobrado pela Receita Federal a prestar informaéées sobre suas movimentaéées. 12
13 REFERÖNCIAS BALEEIRO, Aliomar. Uma IntroduÜáo à Ciância das FinanÜas. 9 ediéño Rio de Janeiro: editora Firenze, BRASIL. ConstituiÜáo da Repäblica Federativa do Brasil. EdiÉÑo administrativa do texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alteraéées adotas pelas Emendas Constitucionais nî 1/1992 a 68/2011, pelo Decreto Legislativo 186/2008 e pelas Emendas Constitucionais de RevisÑo nî 1 a 6/1194. BrasÖlia, DF, BRASIL. Decreto n , de 26 de marüo de 1999 (Regulamento do imposto de Renda RIR 99), Regulamenta a tributaéño, fiscalizaéño, arrecadaéño e administraéño do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. PresidÜncia da Repáblica, Casa Civil, Subchefia para Assuntos JurÖdicos, 26 de maréo de 1999.DisponÖvel em:< BRASIL. Lei n , de 25 de outubro de 1966 (Cãdigo Tributårio Nacional CTN). Dispée sobre o Sistema Tributärio Nacional e institui normas gerais de direito tributärio aplicäveis ã UniÑo, Estados e MunicÖpios. PresidÜncia da Repáblica, Casa Civil, Subchefia para Assuntos JurÖdicos, 25 de outubro de DisponÖvel em: < CASSONE,Vittorio. Direito Tributårio : Fundamentos constitucionais da tributaéño. 21.ed. SÑo Paulo:Atlas, LATORRACA, Nilton. Direito Tributårio Imposto de Renda das Empresas.15.ed. SÑo Paulo: editora Atlas, MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributårio. 31.ed.SÑo Paulo: Malheiros Editores,
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