Open Course: Financial Management for Nonfinancial
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- Maria da Assunção Chagas Paiva
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1 Open Course: Financial Management for Nonfinancial
2 Síntese do Programa 1. Princípios de Gestão Financeira: 2. Onde ir buscar a informação para a Análise e Gestão financeira; 3. Análise de Demonstrações Financeiras; 4. Como determinar a Rendibilidade; 5. Como determinar o Risco; 6. Equilíbrio Financeiro; 7. Análise dos fluxos de tesouraria ;
3 Objectivos a atingir Delimitar os domínios da Função Financeira, da Análise Económica e Financeira e da Gestão Financeira; Realçar ar a importância da Análise Económica e Financeira como instrumento específico da gestão; Caracterizar os documentos contabilísticos que servem de base à análise económica e financeira; Referir as limitações da análise económica e financeira tradicional e introduzir a abordagem funcional; Utilizar o método m dos rácios; r Proceder à análise da liquidez e da solvabilidade; Relacionar o risco, a rendibilidade e o crescimento com a criação de valor; Elaborar o Mapa de Origens e Aplicações de Fundos e o Mapa de Fluxos Monetários.
4 A empresa e a actividade económica A empresa desenvolve a sua actividade num quadro político, económico e social vasto, complexo e interdependente que transcende o País onde se localiza e estabelece múltiplas relações com outros agentes económicos originando fluxos reais e fluxos financeiros.
5 EMPRESA Conjunto de actividades colectivas e organizadas, regidas por um centro regulador, com a função de adaptar constantemente os meios disponíveis escassos aos objectivos pré-determinados tendo em vista a produção de bens e serviços. Sinteticamente a empresa é uma Célula económica --- Local onde se produzem bens e serviços destinados à satisfação das necessidades das populações. É um centro de riqueza. Célula social --- Conjunto de pessoas que se relacionam entre si por laços profissionais ou de amizade. É uma estrutura informal.. Conjunto de meios Conjunto dos factores de produção materiais e imateriais reunidos sob a autoridade de um indivíduo ou de um grupo para atrair, por meio da produção de bens e serviços, uma clientela e, daí, obter um rendimento monetário.
6 EMPRESA RECURSOS HUMANOS + EMPRESA = RECURSOS MATERIAIS E TECNOLÓGICOS + RECURSOS FINANCEIROS ATINGIR OBJECTIVOS
7 Os Centros de Formalidades das Empresas (CFE) são serviços de atendimento e de prestação de informações aos utentes, que têm por finalidade facilitar os processos de constituição, alteração ou extinção de empresas e actos afins. Consistem na instalação física num único local de delegações ou extensões dos Serviços ou Organismos da Administração Pública que mais directamente intervêm nos processos referidos. Estão presentes em Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal, Aveiro, Braga, Viseu, Leiria, Covilhã, Loulé e Funchal.
8 Constituição da Empresa Certificado de admissibilidade da firma e inscrição no ficheiro central do RNPC.Pedido do cartão provisório onde está inscrito o NIPC; Entrega dos Estatutos no notário para apreciação; Depósito do Capital Social; Escritura de constituição da Sociedade; Declaração de início de actividade a realizar na Repartição de Finanças da área da sede da sociedade; Número fiscal de contribuinte; Registo Comercial; Legalização dos livros comerciais (Inventário e Balanços, Diário, Razão e livro de Actas); Inscrição da empresa na Segurança Social.
9 A Empresa face ao meio envolvente A actividade da empresa actual é condicionada por uma série de factores: Macro Ambiente A cultura As tecnologias A política A economia nacional e mundial A legislação A demografia A ecologia Macro Ambiente Os fornecedores Os clientes A concorrência Públicos Os grupos seguradores As instituições sindicais Os grupos de interesse As instituições financeiras Os meios multimédia
10 No desenvolvimento da actividade económica Prestações recebidas Compra de matérias primas, máquinas, trabalho Prestações cedidas Venda de mercadorias, prestação de serviços
11 Estas relações traduzem-se por fluxos de bens e serviços, aos quais correspondem sempre fluxos monetários de sentido inverso (os recebimentos e os pagamentos) e que se podem traduzir positiva (Proveitos) ou negativamente (Custos) nos resultados. A venda de bens a pronto ou a prazo constitui um proveito e o pagamento do seguro, um custo. Pode haver proveitos sem que haja recebimentos (Venda a prazo de mercadorias) e pode haver recebimentos sem que haja proveitos (Cobrança de dívidas a clientes).
12 Financeira Está directamente relacionada com as despesas, que correspondem à remuneração dos factores produtivos e às receitas, que correspondem à remuneração das vendas efectuadas e/ou dos serviços prestados. Está relacionada com a transformação e incorporação dos diversos materiais e mão-de-obra, até se atingir o produto (bem ou serviço) final. Ópticas Económica Os valores incorporados e gastos na produção no exercício económico designam-se por custos. Por sua vez, os produtos acabados e as mercadorias vendidas e os serviços prestados no exercício económico designam-se por proveitos. Em síntese, a empresa ao consumir bens e serviços tem custos. A produzi-los, tem proveitos. Tesouraria Corresponde às entradas e saídas monetárias da empresa. Nesta óptica, podemos distinguir os recebimentos, que correspondem à entrada de valores monetários para a empresa, e os pagamentos, que dizem respeito às saídas de valores monetários.
13 Ciclos financeiros A empresa mantém, como se viu, relações diversas com os outros agentes económicos, quer recebendo prestações, quer cedendo prestações. Estas correspondem a: Um fluxo real ou fluxos económicos de entrada (Prestações recebidas do exterior) e a um fluxo real ou fluxos económicos de saída (Prestações cedidas ao exterior). Um Fluxo financeiro refere-se à quantidade de moeda correspondente ao fluxo real ou não, visto que nem tudo se paga ou se recebe a pronto. Ao conjunto de fluxos financeiros que asseguram as operações entre a empresa e os outros agentes económicos designa-se por ciclo financeiro.
14 Nas empresas háh que distinguir fundamentalmente três ciclos financeiros, tendo em conta a sua natureza e duração: Os ciclos da actividade da empresa Ciclo de investimento Ciclo de exploração Ciclo de operações financeiras Engloba o conjunto de actividades e decisões respeitantes à análise e selecção de investimentos ou desinvestimentos em activo fixo, assegurando desta forma a renovação e o crescimento da empresa. Repercute-se na estrutura do imobilizado, com reflexos a nível técnico, produtivo, administrativo ou comercial e, na estrutura dos activos financeiros, por opções estratégicas de domínio ou simples participação. Engloba o conjunto de actividades e decisões relacionadas com o aprovisionamento, a produção e a comercialização. Este ciclo corresponde ao consumo de matérias primas, trabalho e fornecimentos diversos, com o objectivo de assegurar a venda de bens e a prestação de serviços. Operações que vão corresponder aos custos e proveitos operacionais a figurar na demonstração dos resultados. Corresponde às actividades de obtenção de fundos adequados aos investimentos e às necessidades de financiamento do ciclo de exploração. As operações financeiras dizem respeito às operações de capital e às operações de tesouraria.
15 Demonstração dos fluxos de caixa As actividades operacionais, de investimento e de financiamento estão expressas na Demonstração de Fluxos de Caixa, onde se destaca o ciclo de Caixa. A Demonstração de Fluxos de Caixa é um documento financeiro que completa a informação apresentada no Balanço e no Mapa de Origens e Aplicações de Fundos. A análise dos ciclos financeiros da empresa constituem o princípio básico da abordagem funcional da situação financeira da empresa, contribuindo para a valorização da sua análise que assentava na abordagem tradicional. O ciclo de actividade da empresa é um dos conceitos básicos para analisar a situação financeira de uma empresa. O ciclo de actividade, o equilíbrio financeiro, a rendibilidade, a liquidez, a solvabilidade e o risco apresentam diferentes perspectivas de análise da realidade económico-financeira da empresa.
16 Década de 60 A função financeira e a necessidade de uma gestão eficaz dos problemas financeiros, nunca foram verdadeiramente sentidas, nas empresas portuguesas. Actualmente Nas décadas posteriores, o papel da função financeira aumenta de importância, em resultado da escassez de recursos financeiros, das necessidades de investimento, do dinamismo da actividade económica e do aumento da competitividade ao nível internacional. A função financeira tem um papel primordial nos dias de hoje, pelo que se justifica o seu estudo.
17 Tarefas da função financeira A inventariação das necessidades de recursos financeiros; A obtenção vantajosa de recursos financeiros; A aplicação racional dos recursos financeiros. Numa primeira fase, a função financeira tinha como principais tarefas efectuar os recebimentos e os pagamentos decorrentes da realização da sua actividade e a manutenção de um saldo de disponibilidades que permitisse o normal funcionamento da empresa. A função financeira estava relacionada com as tarefas do Tesoureiro. Com a dinamização da actividade económica e com as novas responsabilidades da empresa, surgem novas tarefas na função financeira e que se encontram relacionadas com as decisões de investimento e de financiamento.
18 Função financeira Para alcançar os seus objectivos, a função financeira reparte as suas tarefas pela Análise económica e financeira e pela Gestão financeira. Análise económica e financeira Esta disciplina compreende um conjunto de técnicas que visam o estudo da situação económica e financeira da empresa através da análise de documentos contabilísticos (o Balanço, a Demonstração dos resultados, da Demonstração dos fluxos de caixa e do Mapa de origens e aplicações de fundos) e visa dotar os responsáveis da organização e outras entidades de informação económica e financeira adequada para a tomada de decisões.
19 Análise Económica A partir da Demonstração dos resultados podemos calcular um conjunto de indicadores com grande interesse para a gestão: A margem bruta das vendas; Os resultados operacionais, antes de impostos e resultados líquidos; O excedente bruto de exploração; O VAB, a produtividade e a rendibilidade. Indicadores que permitem ao economista da empresa, ao empresário e a todos aqueles interessados pela gestão da empresa analisar a empresa sob o ponto de vista económico.
20 Análise Financeira Uma vez apresentados os documentos contabilísticos e a sua preparação para a análise, podemos interpretar o equilíbrio financeiro, relacionando os recursos definidos com as aplicações de fundos. A análise e o equilíbrio financeiros podem ser tratados recorrendo às teorias tradicional e funcional. As necessidades de financiamento do ciclo de exploração, os recursos cíclicos que lhe podem fazer face, o fundo de maneio e a tesouraria líquida são alguns dos temas a abordar.
21 Gestão financeira Esta disciplina gere as tarefas que integram a função financeira. Ela abrangerá, essencialmente, um conjunto de técnicas que visam a melhoria de uma variedade de decisões financeiras a tomar, de forma a levar a cabo, eficazmente, os objectivos da função financeira. Domínios de actuação: Gestão de tesouraria; Política financeira; Estratégia Financeira; Gestão de riscos financeiros.
22 Gestão de Tesouraria Está relacionada com: A Gestão das operações financeiras a curto prazo, saldos de tesouraria aplicação das disponibilidades e financiamentos a curto prazo; As Políticas de gestão dos activos e passivos circulantes de exploração Extraexploração; As Políticas de financiamento que garantam o equilíbrio financeiro a curto prazo e o equilíbrio a médio e longo prazos (equilíbrio financeiro estrutural); O Planeamento financeiro a curto prazo : previsão das necessidades ou excedentes de tesouraria e seu financiamento ou aplicação das melhores condições.
23 Estratégia financeira Abrange as políticas de: Investimento; Financiamento; Distribuição de resultados e ou retenção de dividendos; Definição de políticas de crescimento; Estabelecimento das formas de remuneração dos capitais próprios.
24 Gestão de riscos financeiros Caracteristicas: Trata-se de uma área bastante recente com reflexos significativos no valor da empresa e que se poderá, numa perspectiva mais ampla, enquadrar no âmbito da gestão financeira; A gestão de riscos financeiros engloba a cobertura de riscos financeiros: risco de preços, riscos de taxas de juro e risco de carteiras de títulos; A Gestão de riscos financeiros recorre a instrumentos financeiros designados por activos financeiros derivados que permitem eliminar ou reduzir os riscos financeiros: forward, futuros, opções, swaps, FRA (forward Rate Agreement), cap floor e collar.
25 Instrumentos de análise financeira Rácios Informação económica e social Documentos Contabilísticos
26 Documentos contabilísticos 1 - O Balanço 2 - A Demonstração dos resultados líquidos 3 - O Mapa de origens e aplicações de fundos 4 - A Demonstração dos fluxos de caixa 5 - Mapa de fluxos monetários Sujeitos a análise que visam o estudo da situação económica e financeira da empresa e visa dotar os responsáveis da organização e outras entidades de informação económica e financeira adequada para a tomada de decisões.
27 Informações extra-contabilísticas O analista financeiro deve proceder à recolha de informações sobre: A empresa como entidade jurídica (actividade, composição do capital, a capacidade de gestão dos seus dirigentes): - As características do produto; - A competitividade do mercado; - A conjuntura económica e política.
28 Limitações dos documentos contabilísticos O Activo, e em especial o imobilizado e as existências são contabilizados ao custo histórico e esquecem as flutuações no mercado; As normas e princípios contabilísticos referidos no POC são de natureza fiscal, o que limita o carácter financeiro da informação contabilística; Actualmente, a normalização contabilística tem reduzido esta divergência entre a prática contabilística e a análise económica e financeira e facilita a interpretação dos dados contabilísticos. Cabe à Análise Financeira proceder à identificação dos fluxos financeiros, pelo que uma das preocupações iniciais do analista financeiro está relacionada com a adaptação dos documentos contabilísticos de acordo com os objectivos e metodologia a seguir.
29 Patrimonial É uma abordagem tradicional que analisa o Balanço sobretudo segundo a óptica jurídica. O Balanço é um mapa que compara o Activo (direitos de propriedade e créditos) com o Passivo (obrigações e deveres) evidenciando o Capital próprio. Funcional É uma abordagem moderna que tem como característica,a associação dos movimentos e origens de fundos aos ciclos financeiros da empresa. O Balanço da empresa exprime de uma forma clara a automatização dos ciclos financeiros.
30 Abordagem Funcional CICLOS APLICAÇÕES RECURSOS Operações de Investimento De Investimento Próprios (activo fixo) e Alheios Estáveis Operações de Exploração Necessidades Recursos Cíclicas Cíclicos Operações de Tesouraria Tesouraria Activa Tesouraria Passiva
31 Abordagem Funcional Balanço Funcional Capital Próprio 2 Capital alheio estável 3 Capitais Permanentes (1+2) 4 Activo Fixo 5 Fundo de Maneio (3-4) 6 Existências 7 Clientes 8 Adiantamento a fornecedores 9 Estado e outros ente públicos (a receber) 10 Outros devedores de exploração 11 Necessidades cíclicas ( ) 12 Fornecedores 13 Adiantamento de clientes 14 Estado e outros entes públicos (a pagar) 15 Outros credores de exploração 16 Recursos Cíclicos ( ) 17 Necessidades cíclicas do Fundo de Maneio (11-16) 18 Tesouraria Líquida (5-17)
32 Activo Fixo activos com permanência prevista na empresa superior a um ano e que pertencem juridicamente à empresa e os bens em regime Leasing. Abrange os seguintes elementos patrimoniais : Necessidades cíclicas Engloba as contas relacionadas com operações do ciclo de exploração e que necessitam de financiamento; Tesouraria activa Abrange os activos líquidos da empresa.
33 Recursos próprios Inclui os recursos próprios da empresa: Capital próprio contabilístico, empréstimos de sócios ou accionistas e a empréstimos por títulos de participação, as obriga-ções conversíveis e parte das provisões. Recursos alheios estáveis Inclui as dívidas de médio e longo prazos e as de curto prazo que tenham tendência para se manterem estáveis. Recursos cíclicos Incluem as dívidas a terceiros de curto prazo relacionadas com o ciclo de exploração: Adiantamento de clientes, Fornecedores, Estado, outros credores de exploração (dívidas a sindicatos, consultores ) e alguns diferimentos tais como remunerações a liquidar, seguros e rendas de instalações. Tesouraria passiva Engloba as dívidas de curto prazo que resultem de decisões de financiamento (empréstimos bancários, etc...),os acréscimos e diferimentos passivos (excepto os de exploração), os recursos cíclicos em mora e o valor das letras descontadas e não vencidas.
34 O Balanço contabilístico é usualmente utilizado como informação suporte da situação financeira da empresa. Os constrangimentos de natureza fiscal e jurídica presentes na sua elaboração retiram qualidade à informação que é analisada. Por exemplo, para minimizar os custos fiscais, adoptam-se valores fiscais em vez de valores reais nas amortizações e reavaliações. Uma forma de aumentar a qualidade da informação base, consiste em transformar o balanço contabilístico num Balanço financeiro, através de um conjunto de correcções nas suas rubricas.
35 Métodos e técnicas t de análise Gráficos Valores absolutos Rácios Um método que permite estudar a evolução da situação económica e financeira da empresa consiste em estabelecer relações entre os dados fornecidos pelo Balanço e outros documentos contabilísticos após a sua preparação para análise. Estas relações designam-se por rácios e a sua análise permite o estudo e a evolução da situação económica e financeira da empresa e tirar conclusões sobre a sua gestão. Essa relação pode ser expressa sob a forma de quociente ou percentagem. Indicadores Balanços sucessivos
36 Existem diversas classificações que são definidas em função da natureza das grandezas que entram na composição dos rácios ou do sentido que se lhes atribui: - Rácios Financeiros; - Rácios Económicos; - Rácios económicos financeiros; - Rácios de funcionamento ou actividade; - Rácios técnicos; - Rácios de mercado.
37 Rácios financeiros Estrutura de capitais: Autonomia financeira: Solvabilidade: capitais alheios/ capitais próprios capitais/ activo capitais próprios/ passivo total Rácios económicos Rendibilidade operacional das vendas: Resultados operacionais/ Vendas Rendibilidade das vendas: Resultados líquidos / Vendas Rácios económicos - financeiros Rendibilidade dos capitais próprios : Resultados Líquidos / Capitais próprios
38 Rácios de funcionamento ou de actividade Rotação do activo: Prazo médio de recebimento: Prazo médio de armazenagem: Prazo médio de pagamento: Vendas / Activo Clientes x 365 / vendas Existências x 365 / Custo das vendas Fornecedores x 365 / Compras Rácios técnicos Produtividade: Actividades/meios ou Produção/Ordenados
39 Rácios de mercado Preço - lucro por acção (PER) = Preço de mercado Resultado p/ acção Taxa de capitalização (EPS) = Resultado p/acção % Preço de mercado Rendimento em dividendos = Dividendo p/acção % Preço do mercado Preço/valor contabilístico (PBV) = Preço de Mercado Valor contab p/ acção Rácio de Tobin (q) = Valor Mercado activo Activo custo reposição
40 Trata-se, sobretudo, de uma análise de rendibilidade e crescimento como factores de criação de valor e das medidas de eficiência de gestão que avaliam o desempenho económico da empresa. O valor da empresa está estreitamente relacionado com o VAB criado na empresa, a produtividade e a rendibilidade das vendas. As vendas e os resultados que geram reflecte-se no valor criado pela empresa, que está relacionado com as potencialidades do mercado, a competitividade da empresa e a posição estratégica da empresa.
41 Medidas de eficiência da gestão A partir da Demonstração dos resultados podemos calcular um conjunto de indicadores com grande interesse para a gestão: 1. A margem bruta das vendas; 2. Os resultados operacionais, antes de impostos e resultados líquidos; 3. O excedente bruto de exploração; 4. O VAB, a produtividade e a rendibilidade.
42 Resultados Resultados operacionais que resulta da diferença entre as contas 71 a 77 e 61 a 67. Este resultado mede o desempenho industrial e comercial sem considerar os encargos com o endividamento e o nível de impostos pagos. O resultado de exploração deve ser positivo, pelo menos após a fase de lançamento da empresa, o que está de acordo com a objectivo da sua criação. A utilização do resultado de exploração permite a comparação entre empresas com diferentes níveis de endividamento, de modo a isolar o desempenho económico; Resultados financeiros é igual à diferença entre os montantes das contas 78 e 68; Resultados correntes ou de exploração é igual à soma algébrica dos resultados anteriores. O seu valor permite comparar a rendibilidade das empresas considerando os efeitos na actividade da política financeira adoptada. Deste modo, os responsáveis da empresa podem medir o impacto das decisões financeiras na formação dos resultados; Resultados extraordinários é igual à diferença entre os montantes das contas 79 e 69 e mede a importância das operações não ligadas à actividade normal e habitual da empresa; Resultados antes de impostos é igual à soma algébrica dos resultados correntes e resultados extraordinários; Resultado líquido do exercício é igual à diferença entre os resultados antes de impostos e o IRC e que permite a distribuição pelos sócios, a formação de reservas e dos resultados transitados.
43 VAB O valor acrescentado mede o excedente de riqueza criada pela empresa. O valor acrescentado bruto (VAB) é apurado, contabilisticamente, segundo duas ópticas: Óptica da produção O VAB é o resultado da diferença entre o volume de negócios (proveitos operacionais Outros proveitos operacionais) e os consumos intermédios (custos de matérias, fornecimentos e serviços de terceiros, impostos indirectos). Óptica da repartição O VAB resulta da soma dos rendimentos gerados pela empresa
44 Excedente Bruto de Exploração O EBE mede a rendibilidade económica da empresa; É um indicador de crescimento e exprime a relação entre a exploração e o financiamento; Determina-se a partir do VAB, subtraindo o custo com o pessoal e os impostos directos ou recorrendo à expressão; EBE = Proveitos operacionais CMV O.C.variáveis veis Custos fixos desembolsáveis. O EBE é a remuneração do capital. O EBE é utilizado no pagamento de dívidas, de juros suportados, de dividendos e para efectuar investimentos de manutenção e de expansão.
45 EBE = RO + Amortizações, ajustamentos e provisões Cash flow operacional ou Meios libertos de exploração = EBE Variação das NFM Auto - financiamento bruto = RL + Amortizações, ajustamentos e provisões Auto - financiamento líquido = RL + Amortizações e provisões Dividendos
46 A produtividade põe em causa dois elementos: as actividades e os meios. Este rácio exprime-se geralmente a partir de unidades físicas, que se podem traduzir em unidades monetárias. Produtividade = Actividades Meios A produtividade traduz a eficiência dos meios e a eficácia das actividades e que aumenta: Quando se consegue uma maior produção /venda com os mesmos ou menores recursos (trabalho, capital, matérias primas, energia, etc...); Quando se consegue um mesmo output com a reprodução dos meios utilizados.
47 As actividades e os meios podem ser expressos em: Produção V. Negócios Amortizações Cust. Intermédios Valor Acrescentado Bruto Custos c/ pessoal VAB W Valor Acrescentado Bruto VAB Nº de trabalhadores N Produção Q Nº de trabalhadores N Valor Acrescentado Bruto VAB Produção P
48 Produtividade económica /Produtividade salarial VAB = VAB x VN x C x W N VN C W N ou A produtividade económica relaciona o valor criado com o nº de trabalhadores: VAB = VAB x C N C N Valor Acrescentado Bruto ou VAB Nº de trabalhadores N Com: VAB/ C -> Produtividade do capital = (VAB/ VN) x (VN/ C) C/ N -> Coeficiente de capital emprego = (C/ W) x (W/M)
49 Ao falarmos em rendibilidade estamos a referir-nos a uma relação onde intervêm três elementos: - As actividades; - Os resultados; - Os meios. A rendibilidade relaciona um resultado ou output gerado e um recurso ou investimento que o gerou: Rendibilidade = Resultados Meios e Resultados Actividades
50 Rentabilidade = Resultados x 100 do Capital Capital Rentabilidade = Resultados x 100 das Vendas V. Negócios Rendibilidade dos Capitais próprios (RCP) = Resultados líquidos Capitais próprios
51 Assim, a rendibilidade dos capitais próprios resulta, fundamentalmente: Rendibilidade do Activo Económico (RAE) Da capacidade do negócio em gerar valor; Alavanca financeira - Da situação financeira e do custo do dinheiro; Efeito do resultado eventual - Do impacto de operações eventuais ou excepcionais; Efeito fiscal - Do impacto da tributação sobre os rendimentos.
52 Deste modo temos: RCP = RL = ( RO x VN ) x ( AE x RE) x RAI x RL CP VN AE CP RO RE RAI Efeito da Efeito da ERE Efeito fiscal política de política de investimento financiamento Esta decomposição permite analisar o efeito da política de investimento, da política de financiamento, dos resultados eventuais e da taxa de IRC na Rendibilidade do capital próprio.
53 Os titulares do capital social podem ainda estar interessados nos seguintes indicadores: 1. Valor contabilístico = C.Próprio/Nº de acções emitidas 2. Lucro por acção (EPS-Earnings per share) = Lucro Líquido/Nº de acções 3. PER / Price Earning Ratio = Cotação da acção/lucro por acção 4. Payout Ratio = Dividendo por acção/lucro por acção 5. Dividend Yield = Dividendo por acção/valor da cotação
54 Na análise do Ponto Crítico pretende-se determinar o montante das vendas que gera uma margem igual ao total dos encargos de estrutura, originando uma situação em que a empresa não tem lucro, nem prejuízo. O ponto crítico permite: -Analisar o comportamento e influência de alguns parâmetros; económicos relevantes (preço, cv, E) sobre a rendibilidade da empresa; -Determinar um espaço de variação do nível de actividade; -Apreciar a viabilidade económica de novos investimentos em capital fixo, em resultado da alteração das estruturas.
55 E Cv C V Ponto crítico Qua nt i da de s ( Ton) Qual o ponto crítico desta empresa? Q = ,00 /( 800,00 400,00) = 125 toneladas PC = 125 x 800 = ,00 euros
56 1000 euros E C V Quantidades (Ton) Ms
57 A análise e o equilíbrio financeiros podem ser tratados recorrendo às teorias tradicional e funcional. A Análise patrimonial ou tradicional Esta análise tem por objecto detectar a capacidade que a empresa tem em satisfazer as suas obrigações de pagamento nas datas exigíveis e que se encontram registadas no Balanço. A Análise funcional Esta análise baseia-se no Balanço funcional e no ciclo financeiro da actividade da empresa. As necessidades de financiamento do ciclo de exploração, os recursos cíclicos que lhe podem fazer face, o fundo de maneio e a tesouraria líquida são alguns dos temas a abordar.
58 A análise tradicional considera que o equilíbrio financeiro é alcançado sempre que o Activo circulante é superior ao Passivo de curto prazo. Activo circulante > Passivo Circulante Activo circulante - Passivo Circulante > 0
59 A regra do equilíbrio financeiro representa-se graficamente da seguinte forma: Activo fixo Capitais permanentes Activo circulante Fundo de maneio Passivo circulante
60 Porque é que se considera a situação de equilíbrio: Activo circulante Passivo circulante>0 e não Activo circulante Passivo circulante=0 Para muitas empresas verifica-se que não basta a igualdade entre o Activo circulante e o Passivo circulante. É necessário que o Activo circulante exceda o Exigível a curto prazo, pois, é possível existirem naqueles, valores cuja rotação é lenta e aleatória e em que o seu baixo grau de liquidez não permite fazer face às dívidas de curto prazo. Por sua vez os valores do Passivo circulante têm um prazo certo que deve ser cumprido e os valores a cobrar dos clientes podem não ser realizadas nos prazos previstos.
61 Óptica da liquidez Pela diferença entre o activo circulante e o passivo de funcionamento. FMP = Activo circulante Passivo de funcionamento Óptica estrutural Pela diferença entre os valores dos capitais permanentes e do imobilizado. FMP = Capitais permanentes Activo fixo
62 O Fundo de maneio, como medida absoluta apresenta alguns defeitos, pelo que podemos tirar conclusões complementares através dos rácios de liquidez. Rácio de liquidez geral = Activo circulante Débitos a c/p Rácio de liquidez reduzida = Activo circulante-existências Débitos a c/p Rácio de liquidez imediata = Disponibilidades Débitos a c/p
63 Margem de segurança de tesouraria É uma alternativa aos rácios apresentados consiste em estabelecer uma relação entre o activo circulante e a média dos pagamentos diários da empresa. O resultado do rácio indica o número de dias em que a empresa tem activos disponíveis suficientes para financiar a actividade operacional, mesmo não recebendo disponibilidades adicionais.
64 Esta abordagem pretende superar as limitações apontadas ao Fundo de Maneio, com indicador do equilíbrio financeiro da empresa. A avaliação da situação financeira da empresa é feita com 3 novos instrumentos: Fundo de Maneio Líquido (FML) ou Fundo de Maneio Funcional (FMF); Necessidades em Fundo de Maneio (ou Fundo de Maneio Necessário) (NFM); Tesouraria Líquida (TRL). Nesta análise funcional, o equilíbrio financeiro resulta da comparação entre duas grandezas: O FMF e as NFM
65 FMF = Recursos estáveis - Activos Fixos Quando o FMF>0, existe uma parte de fundos estáveis que financia o ciclo de exploração; Quando o FMF<0, os recursos estáveis são insuficientes face às de financiamento do activo fixo. Torna-se um factor de risco.
66 NFM = Necessidades Cíclicas - Recursos Cíclicos A noção de NFM está relacionada com a necessidade de financiar o ciclo de exploração que se desenrola para uma empresa industrial desde a compra de matérias primas até à sua transformação, venda e cobrança de clientes.
67 Consideremos dois níveis de grandeza para as NFM: NFM > 0 indica que a empresa tem de conseguir recursos cíclicos para fazer face às necessidades cíclicas; NFM < 0 há excedentes financeiros do ciclo de exploração. Este tem capacidade para libertar fundos.
68 A Tesouraria líquida pode ser calculada pela diferença entre: A Tesouraria Activa e a Tesouraria Passiva TRL = Tesouraria Activa - Tesouraria Passiva O Fundo de Maneio Funcional e as Necessidades de Fundo de Maneio TRL = Fundo de Maneio Necessidades em Fundo de Maneio O equilíbrio financeiro corresponde a uma tesouraria líquida positiva.
69 Se o seu saldo se aproxima do zero significa que o fundo de maneio está adequado às Necessidades em Fundo de Maneio. TRL = FMF - NFM = 0 Se o saldo é positivo, pode significar a existência de excedentes ociosos de tesouraria com impacto negativo sobre a rendibilidade. TRL = FMF - NFM > 0 Se for negativo, défice de tesouraria, poderá representar dificuldades ou impossibilidade em cumprir os compromissos financeiros a curto prazo. A empresa pode recorrer a frequentes expedientes financeiros para manter o normal funcionamento da empresa (negociação de descobertos, de apoios à caixa, de créditos sobre facturas, etc.). TRL = FMF - NFM < 0
70 Fornecedores Clientes Prazo médio de recebimentos (PMR) PMR =. x 365. Volume de negócios com IVA Prazo médio de pagamentos (PMP) PMP =. x 365 Compras com IVA Prazos de rotação de existências Prazo médio de existências = Existências médias x 365 CMVMC
71 Prazo rotação das existências + Prazo médio de recebimento dos clientes Prazo médio de pagamento a fornecedores = Período médio de existências + PMR PMP = = 82 dias Entre a compra da mercadoria e o recebimento do cliente decorrem m 160 dias.o fornecedor concede crédito por 78 dias, mas no final deste prazo a empresa tem de lhe pagar sem ter ainda recebido os valores de clientes. Há necessidade de obter financiamento para os 82 dias. O ideal seria que o PMP fosse maior do que os 160 dias, originando excedentes de tesouraria ria provenientes da exploração e a um ciclo de caixa negativo (Ex: Supermercados).
72 A Análise do risco é um dos assuntos importantes a tratar na análise financeira da empresa e uma componente importante do processo de criação de valor; Inicialmente a Análise do risco baseava-se no estudo da liquidez e do equilíbrio financeiro do balanço o patrimonial. Análise do risco é muito mais que o estudo da liquidez e do equilíbrio financeiro; Recentemente tem-se dado importância à Análise do risco,, quando se relaciona o risco com a rendibilidade no processo de criação de valor; As técnicas utilizadas recorrem ao Balanço o e à Demonstração funcionais, com o cálculo c do GAO, do GAF, do Ponto crítico e da margem de segurança; a; A Análise do risco torna-se mais produtiva e vai melhorar muito a Análise financeira.
73 Este tipo de risco pode ser reduzido ou eliminado através s de medidas adoptadas no âmbito da política financeira, nomeadamente através s da diversificação dos activos financeiros- a carteira (Portefólio). O risco específico descerá até se tornar tão próximo quanto possível do risco sistemático tico e exclusivo do mercado. Risco específico ou diversificável vel Representa as variações futuras da taxa de juro e de valor das cotações por arrastamento das flutuações do mercado e que não podem ser eliminados com o recurso à política financeira da empresa. O risco sistemático tico aceite pelo investidor é remunerado pelo mercado. Risco sistemático tico ou de mercado
74 Neste momento existem no mercado instrumentos financeiros que visam a cobertura de riscos. Destacamos os seguintes: Cobertura dos riscos através de contratos entre o banco e a empresa ( Ex: swaps, contratos de futuro Forward, collars, caps e floors). Cobertura dos riscos através de operações de bolsa ( Ex: opções da taxa de juro e futuros). O próprio mercado financeiro, principalmente nas décadas 70 e 80, criou instrumentos adequados à gestão da taxa de juro (Ex: futuros, swaps e FRA).
75 A Análise do risco realiza-se com base: Nos documentos contabilísticos: Balanço e Demonstração dos resultados, com recurso a indicadores como o GAO, o GAF, o Ponto crítico, a liquidez, a solvabilidade e a margem de segurança. No mercado bolsista, em que são criados modelos de forma a medir com maior precisão o risco e a determinar o preço que o accionista está disposto a suportar pelo risco. Modelos utilizados: CAPM (Capital Asset Pricing Model) e o MAA (Modelo de avaliação por arbitragem). Dados estatísticos recolhidos e tratados por organismos oficiais e privados e relacionados com os indicadores bolsistas, cotação das acções,
76 Instrumentos de medida: Grau de Alavanca operacional (GAO) GAO = MB RO Grau de Alavanca Financeiro (GAF) GAF = Ro Re Grau de Alavanca Combinado (GAC) GAC = GAO x GAF
77 A Análise do risco pode fazer-se com base nos documentos contabilísticos, em amostras de empresas ou com base no mercado. Este possibilita-nos informações quantitativas e qualitativas, de modo a poder efectuar aquisições e alienações de títulos. O accionista, o investidor ou o gestor deve recorrer a indicadores de risco com base no mercado, de modo a completar a análise com base nos dados contabilísticos da empresa e procurar compreender o seu comportamento face ao risco. Os modelos CAPM e o MAA, procuram, sobretudo., medir o risco e calcular a remuneração adicional que o accionista exige - o prémio de risco.
78 Cc = Ce x C/V + Cd x D/V C Valor de mercado dos Capitais próprios prios = Cotação x Nº N de acções V Valor de mercado da empresa Cd- Custo dos capitais alheios D Valor da dívida V = D + C
79 O accionista, nas suas operações de capital exige uma determinada rendibilidade esperada (Re) que inclui a rendibilidade dos produtos financeiros sem risco. Ex: Aplicações em certificados de aforro) (Rs) e a remuneração do capital ou prémio de risco (Pr): Re = Rs + Pr Os produtos financeiros disponíveis no mercado podem ser: Sem risco - Certificados de aforro; Praticamente sem risco Certificados de depósito e Papel comercial.
80 O accionista, o investidor ou o gestor deve recorrer a indicadores de risco com base no mercado, de modo a completar a análise com base nos dados contabilísticos da empresa e procurar compreender o seu comportamento face ao risco. Os modelos CAPM Capital Asset Pricing Model e o MAA Modelo de Avaliação por Arbitragem, procuram, sobretudo., medir o risco e calcular a remuneração adicional que o accionista exige - o prémio de risco. O diferencial entre a taxa de rendibilidade sem risco e a taxa de rendibilidade esperada para o produto financeiro em causa é o prémio de risco (Pr): Pr = Re Rs
81 Ao contrário do risco não sistemático ou específico que pode ser reduzido através de estratégias de diversificação, o risco sistemático ou de mercado que deriva das condições de funcionamento e do livre jogo da oferta e da procura, não é possível ser eliminado. O accionista e o gestor efectuam operações de risco de cobertura no mercado, na tentativa de reduzir os efeitos das alterações da política económica-financeira, alterações da taxa de inflação, taxa de juro e do peso da dívida pública.
82 Rendibilidade e Risco R en d ib ilid ad e esp erad a Linha do mercado de títulos Acções Obrigações da empresa Obrigações do Estado Bilhetes do tesouro Rendibilidade sem risco Risco Global
83 O Prémio de risco é igual a β vezes o diferencial entre a rendibilidade do mercado e a rendibilidade sem risco: Re Rs = β x (Rm Rs) e Re = Rs + β x (Rm Rs) O CAPM diz que num mercado normalmente organizado e competitivo, o prémio esperado de risco de cada investimento é directamente proporcional ao seu BETA (β). A expressão correspondente ao modelo CAPM descreve a rendibilidade esperada para todos os activos ou carteiras de activos na economia e permite determinar o comportamento de qualquer activo, conhecendo o respectivo risco e a rendibilidade produzida.
84 Decomposição do indicador de risco Qualquer empresa enfrenta o prémio de risco do negócio ou económico (Pe) e o prémio de risco financeiro (Pf) pelo que: Re = Rs + Pr Re = Rs + PE + Pf O Pr utilizado refere-se a uma empresa endividada. Se a empresa for financiada exclusivamente por capitais próprios, o accionista deve ser compensado pelo prémio de risco económico; Se a empresa recorrer aos capitais alheios, o investidor deve ser compensado pelo prémio de risco financeiro.
85 A Análise financeira moderna tende a analisar os fluxos financeiros da empresa que não são mais do que uma consequência das decisões de gestão. Neste estudo é frequente recorrer ao Mapa de origens e aplicações de fundos e à Demonstração dos fluxos de caixa, de modo a interpretar a variação do Fundo de maneio e a calcular o cash flow.
86 É elaborada com base na teoria dos ciclos financeiros da empresa e nos tipos de decisão a tomar a nível operacional, de financiamento e de investimento. Esta demonstração dá-nos informações sobre a formação e evolução das disponibilidades e sobre os efeitos das decisões de gestão e qual o valor dos fluxos financeiros por ciclo operacional, de financiamento e de investimento.
87 Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos (DOAF) Esta demonstração é elaborada com base na análise comparativa de balanços sucessivos, e é um instrumento tradicional da análise financeira e constitui um elemento de apoio ao estudo da liquidez. Numa perspectiva financeira, o Balanço traduz um conjunto de aplicações e de origens de fundos: Aplicações de capital em: imobilizações, existências, dívidas de terceiros, investimentos financeiros; Fontes de financiamento: Capital social, dívidas a terceiros e os resultados gerados pela empresa.
88 Actividades operacionais Recebimentos 300 Pagamentos 3000 (1)Fluxo das actividades operacionais Actividades de investimento Pagamentos 350 (2)Fluxo das actividades de investimento -350 Actividades de financiamento Recebimentos 750 Pagamentos 300 (3)Fluxo das actividades de financiamento 450 Variação de caixa (4) = Caixa no início de Caixa no final de
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