Efeito de Entalhe Carregamentos Assimétricos. Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Efeito de Entalhe Carregamentos Assimétricos. Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas"

Transcrição

1 Efeito de Entalhe Carregamentos Assimétricos Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas

2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS Descrição do Ciclo de Carregamento Tensão, max Amplitude de Tensão, a Intervalo de Tensão, Tensão média, m min a = ( max - min )/2 m = ( max + min )/2 = ( max - min ) RAZÃO DE AMPLITUDE R = min / max A = a / m

3 Efeitos de Entalhe Máquinas, componentes e membros estruturais possuem alguma forma de descontinuidades Descontinuidade atuam como concentradores de tensão que aumentam localmente a tensão.

4

5 Efeito de Entalhes Fator Concentrador de Tensão S max Tensão máxima local S S tensão nominal (baseada na área da seção ) Fator concentrador de tensão: K t é um fator teórico dependente da geometria K t depende do modo de carregamento K t S K t não depende da magnitude do carregamento K t não depende das propriedades do material max

6 Fator Concentrador de Tensão Melhor fonte para encontrar valores de K t : Stress Concentration Factors -R.E. Peterson John Wiley & Sons Publication K t para algumas formas comuns de geometrias e carregamentos Tipos de descontinuidades Geométrica Material Linha de solda P furo P P P

7

8 S a Ampl. De Tensão Nominal, MPa Fator de Entalhe em Fadiga O efeito do entalhe deveria reduzir s a correspondente a qualquer vida pelo fator de concentração de tensões elástico k t. (ρ é o raio do entalhe) 400 r 0,25 mm d k t =3,1 D Liga de Al 2024-T4 d = 7,62 mm D = 10,8 mm Entalhe Exp. S a S a /k t d Suave Experimental Suave Modificada k t N f, Núm. de ciclos para falhar

9 Fatores Modificadores Limite de Fadiga Modificado: S e = S e C tam C carga C acab.sup. S e é o limite de fadiga do CP real ou componente ou estrutura. S e - é o limite de fadiga do CP padronizado e polido sob flexão reversa. C tam Fator que leva em conta o tamanho C carga - Fator que leva em conta o carregamento diferente da flexão reversa C acab.sup. - Fator que leva em conta o acabamento diferente do polido.

10 Deve ser definido um Fator de Entalhe em fadiga K f k f S sem.. entalhe e entalhado Se ar S ar Se ρ é grande k f tende a k t Para pequenos ρ k f é bastante diferente de k t. Existe mais que uma causa física para a discrepância entre k f e k t.

11 S a Ampl. Nominal de Tensão, MPa 400 Entalhe Exp. Liga de Al 2024-T4 d = 7,62 mm D = 10,8 mm Suave Modificado k f S a Suave Exp. Suave Modificado k t S a /k t S a /k f N f, Num. de ciclos para falhar

12 Fatores que causam k f <k t k f /k t <1 está associado ao gradiente de tensão. A tensão que controla o inicio do dano não é a máxima em x=0 e sim a tensão média em uma zona de tamanho x=. Esta tensão seria a correspondente a tensão limite de fadiga se considerado CP sem o entalhe, σ fad. Um certo volume finito deve ser solicitado para que o dano por fadiga aconteça. k f S fad a Assim, a relação k f /k t <1 e a esta discrepância aumenta a medida que r diminui pois k t aumenta Um outro possível efeito de gradiente de tensão seria o argumento do elo mais fraco: a trinca nucleia em uma inclusão ou em um grão cuja orientação é desfavorável em relação à solicitação.

13

14 Efeito do crescimento de trinca: considera-se que uma trinca pode ser iniciada rapidamente a partir do entalhe (o tempo de início é desprezível, não conta para a vida em fadiga), de maneira que o comportamento em fadiga é dominado pelo crescimento de trinca. Considere um CP entalhado sob uma amplitude de tensão S (deve ser decrescido de K t.s, devido à presença do entalhe). Tome um CP não entalhado sob uma amplitude de tensão s = k t.s. Seria esperado assim que ambos tivessem a mesma vida. Entretanto, no CP entalhado a trinca inicia em um campo de alta tensão que decresce rapidamente e com isto a propagação da trinca também decresce. Como resultado a vida será maior no CP entalhado do que no componente e consequentemente k f <k t.

15 Efeito do escoamento reverso: neste caso a deformação plástica ocorre na ponta e na parte anterior do entalhe o que acarreta uma amplitude de tensão a no entalhe menor do que k t.sa. Esta situação fornece uma vida em fadiga mais longa do que a esperada para uma amplitude de tensão igual a k t.sa. Semelhante a fadiga controlada por deformação, localizada.

16 Sensibilidade ao Entalhe e Relações Empíricas de K f Um conceito útil para lidar com o efeito de entalhes é a sensibilidade ao entalhe: q k k f t 1 1 k f depende das propriedades do material em adição a geometria e modo de carregamento. k f pode ser relacionado a K t através da sensibilidade ao entalhe, q: 0q1 q = 0 Sem efeito do entalho (muito dúctil) q = 1 Efeito do entalhe significativo (muito frágil) Para um mesmo material q aumenta com o raio do entalhe, e dentro de uma mesma classe de materiais q aumenta com o aumento do limite de resistência, s u.

17 Relação Empírica (Peterson, 1974): q a 1 a 1 r S ksi u a 0,025 S u 2070 mm ( MPa) Usando a aproximação, A constante de Peterson, a, depende da resistência do material e dutilidade obtidas experimentalmente pol. S u 0.5 BHN Para ligas ferrosas Su> 550MPa ou Su>80 ksi a BHN pol

18 De maneira geral: a=0,51 mm (0,02 ) para ligas de Al a=0,25 mm (0,01 ) para aço carbono recoz. ou norm. a=0,064 mm (0,0025 ) para aços temperados e revenidos. Combinando as equações tem-se que: 7 log a 2,654 x10 1,309 x10 u 2 3 u 0, k f 1 1 k t a 1 r

19 Relação Empírica (Neuber): K f K t / r (4.9) r é o raio do entalhe é uma constante do material Relacionando à sensibilidade ao entalhe q 1 1 / r (4.10) Valores típicos de são dados na Fig. 4.4 do livro (Pg 129)

20 MPa x x x Aço u u u u ,6404 3,74 2,74 1,079 log MPa x x x Alumínio u u u u ,451 8,249 1,422 9,402 log

21 METODOLOGIA TENSÃO-VIDA, N, PARA CORPOS ENTALHADOS

22 Efeito de Entalhes em Vidas Intermediária e Curta No caso de vida intermediária ou curta de materiais dúteis, o escoamento reverso se torna importante. Uma consequência deste comportamento é que a razão da resistência à fadiga de corpos de prova sem entalhe e entalhados torna-se ainda menor do que k f. Assim, é conveniente definir um fator de entalhe em fadiga (K f ) que varia com a vida k ) ar f f ( N f ar S

23 k f =k t se for puramente elástico. k f = 0 /S a se existe escoamento localizado na frente do entalhe. k f = 1 se o escoamento for generalizado

24 Estimativa das Curvas S-N: Juvinal e Shigley m m m m m m m m m m m m m m m o s d t u o s d t er erb o s d t er e e

25 m e : fator relativo a relação er / u. m t : tipo de carga. m d : tamanho. m s : efeito do acabamento superficial. m 0 : outro possível efeito a ser considerado

26

27

28 (K f -1)/ (K f -1) para 10 3 ciclos Relação entre K f e K f como função do limite de resistência Limite de Resistência, S u (ksi) Aço Alumínio Magnésio

29 Efeitos do Entalhe Exemplo sobre a Tensão - Vida Eixo em flexão reversa devido a força radial P. Determine a vida em fadiga se P = 1000 lb Determine a carga permitida para uma vida infinita Como melhorar o desempenho em fadiga deste eixo Dado S u =100 ksi 10 3 P 4 5 d=1.525 D=3 r =0.125 r =0.125 R 1 R 2 Todas as dimensões em polegadas.

30 P d =1.525A D=3 B r =0.125 r =0.125 R 1 R 2 R 2 =(13/22) P, R 1 =(9/22) P O eixo será critico nos locais A e B. O momento de flexão: M A =(10)(9/22) P, M B =(5)(13/22) P Desde que ambos os filetes possuem geometria idêntica, O filete A seria o critico por causa das altas tensões. Tensão em A: M I y; I = d ksi

31 Tensão Efeitos do Entalhe Exemplo sobre a Tensão - Vida Efeito do Entalhe: S 1000 S 1000 /K f Sem entalhe Entalhe S e Se/Kf N

32 Tensão Comportamento Sem Entalhe: S e = 0.5 S u = 50 ksi S e =S e C tam. C carga C superf. C tam = 0.869(1.525) = 0.83 C carga = 1.0 C sup = 0.76 para S u = 100 ksi S e =31.5 ksi S 1000 = 0.9 S u = 90 ksi S 1000 =90 Sem entalhe S e =31.5 N

33 C size = 1.0 if d 0.3 in (8 mm) C size = d if 0.3 in d 10 in C size = d if 8 mm d 250 mm

34 Comportamento c/ Entalhe: K K f 1 K 1 t 1 a r f S sem entalhe e entalhe Se (4.5) K t = 1,9 TABELADO para D/d =1,97 e r/d = 0,08 Da eq.(4.6), a 300 S u ksi 1, in. = 0,072 in. K f 1, ,072 K =1.85 f 1 0,125

35 Comportamento Entalhado: Da figura, K f K f ' S S 1 sem entalhe 1000 entalhado 1000 K f 1 = 0.2 for S u = 100 ksi ' K f 1.17 entalhado sem entalhe S1000 = S1000 / Kf 90 / ksi S 1000 /K f = N=? Entalhado Tensão aplicada S e /K f =17.02 ksi

36 (K f -1)/ (K f -1) para 10 3 ciclos Relação entre K f e K f como função do limite de resistência Limite de Resistência, S u (ksi) Aço Alumínio Magnésio

37 Comport. Entalhado: (JUVINAL) 76.9 N = 10 -C/b S 1/b 23.5 b = log S S e S C = log 10 S e 10 3 N=? ksi 10 6 b = log = , C = log N = 10 -C/b S 1/b N = 2.3 x 10 5 Ciclos Para P = 1000 lb

38 P d =1.525A D=3 r =0.125 r =0.125 R 1 R 2 R 2 =(13/22) P, R 1 =(9/22) P O ponto mais crítico é o A braço maior, momento maior. O momento de flexão: M A =(10)(9/22) P, M B =(5)(13/22) P Desde que ambos os filetes possuem geometria idêntica, O filete A seria o critico por causa das altas tensões. Tensão em A: M I y; I = d ksi

39 Carga permitida para vida infinita? : S entalhe e = 17,02 ksi Correspondente Momento e Carga M permitida = I/y = 5,9263 kips-in P permitida = M permitida / [(10)(9/22)]=1,4487 kips Como melhorar o desempenho em fadiga deste eixo? - Aumentar a resistência (S e increases) - Filetes polidos (C superf increases) - Aumentar o raio do filete (K f Diminui) - Jatear o filete (S e aumenta)

40 CARREGAMENTOS ASSIMÉTRICOS

41

42 Um procedimento para representar o efeito de m é selecionar valores de m e ensaiar em diferentes amplitudes. S m, S a

43 Uma outra forma de apresentar esta mesma informação é o uso é através do diagrama de vida constante. Considere que a amplitude de tensão para um caso com m = 0 seja ar.

44 Diagrama de Ampl. De Tensão Norm. Tensão Média Este gráfico pode ser normalizado em uma forma muito útil, colocando em gráfico os valores de a / ar versus m. m = 0 quando a / ar = 1. a / ar versus m, existindo uma tendencia a obtenção de uma única curva. Quando o valor de a = 0 o valor de m = u.

45 Equações Adicionais para Tensão Média Uma variedade de equações tem sido proposta para obtenção de curvas normalizadas. Uma das primeiras foi a parábola de Geber : 2 a m ( 0) m ar u No caso de metais dúteis é possível substituir o valor de u na equação de Goodman modificada, pelo valor da tensão de fratura verdadeira ou pelo valor de f (Morrow): a ar f a 1 ~ m m, ar fb 1

46 Uma equação adicional que é frequentemente empregada é a relação de Smith-Watson-Topper (SWT): ar ar max max a...( 1 R...( 2 max max 0) 0) Note que max = m + a A expressão final que considera o efeito da tensão média é a expressão de Walker que emprega a constante do material g. ar ar 1 max max a...( 1 R 2...( max 0) max 0) Dados para mais de um valor de R são necessários para obter-se o valor de e será apresentado quanto for tratado o efeito de entatlhes. Note que a equação de SWT é um caso especial para = 0,5

47 Determinação da Vida com Tensão Média Considere que a seguinte equação possa ser reescrita como: a ar ar m f a m 1 f 1 Substituindo os valores de a e m obtem-se a amplitude de tensão ar, que seria a amplitude de tensão equivalente se considerada uma m = 0. Substituindo ar na curva tensão-vida para uma tensão média igual a zero, fornece então a vida estimada para a combinação a e m.

48 Por exemplo, assuma que a curva S-N para um carregamento completamente reverso é conhecida e tem a forma da equação: a ar f (2 N f ) Combinando esta equação com a anterior, obtem-se uma equação mais geral para S-N que pode ser aplicada para uma m diferente de zero. Qualquer uma das equações anteriormente apresentadas podem ser similarmente empregada para obtenção da equação S-N. Como um novo exemplo tomemos a equação de SWT N max f max a ( b )(2 a f m N ) f f (2 N 1 R (2 N b )...( f f ( f ) b b...( max max max 0) 0) 0)

49 Exemplo Um aço AISI 4340 é submetido a um carregamento cíclico com tensão média de 200 MPa. a) Qual é a vida esperada se a amplitude de tensão for de 450 MPa? b) Estime também a curva S-N para esta tensão média.

50 Representação dos dados de S-N, para m =0 Constantes para a curva S-N para materiais estruturais -CPS ensaiados com tensão média igual a zero e sem entalhe e carregamento axial(ref: Dowling) Materiais S y S u Aços AISI 1015 (N) Man-Ten (HR) RQC-100 (R Q&T) AISI 4142 (Q&T, 450 HB) AISI 4340 (qualidade aeronáutica) S = ' f (2N f ) b = A(N f ) b a =C+D logn f ' f A b C D Liga de Al 2024-T Liga de Ti Ti-6Al-4V (Solubilizada e envelhecida) (N) Normalizada, (HR) laminado a quente. S y, S u, ' f, A,C e D estão em MPa. Os dados são para fadiga de alto ciclo 10 3 < N < 10 6

51 Assim, f :=1758 MPa e b=-0,0977 N N b 0,0977 (2 ) 1758(2 )... MPa ar f f f a 507, 8 ar 200 m 1 f MPa 1/ b 1 1/( 0,0977) ar 1 507,8 N ciclos f f

52 Efeito Combinado de Entalhes e Tensão Média As expressões empíricas e as curvas para k f e k f foram obtidas a partir de dados em carregamentos completamente reversos e portanto não podem ser aplicados diretamente se a tensão média estiver presente. A metodologia mais comum é o uso da equação de Goodman para a tensão nominal. No caso de materiais dúteis e de baixa dutilidade tem-se: S ar k f ar 1 S a S m u k f S a k f S u As expressões de SWT e Walker são alternativas possíveis. S ar ar 1 m S ar k ar f S max S a S max 1 R 2 k f deve ser obtido para o CP entalhado S ar ar S 1 max S a S max 1 R 2

53 FIM

PARTE 3 EFEITO DE ENTALHES

PARTE 3 EFEITO DE ENTALHES PARTE 3 EFEITO DE ENTALHES Waldek Wladimir Bose Filho, PhD NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas Efeitos de Entalhe Máquinas, componentes e membros estruturais possuem alguma forma de

Leia mais

Fadiga em Carregamentos de Amplitudes Variável. de Ensaio de de Falhas

Fadiga em Carregamentos de Amplitudes Variável. de Ensaio de de Falhas Fadiga em Carregamentos de Amplitudes Variável Waldek Wladimir ose Filho,, PhD EMAF úcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas Repetição ou Variação de Carga Carregamento em vôo Tensão Vôo médio

Leia mais

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA. de Ensaio de de Falhas

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA. de Ensaio de de Falhas FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N Waldek Wladimir Bose Filho,, PhD NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas FADIGA: DEFINIÇÃO EESC-USP Processo que causa falha prematura

Leia mais

Carregamento de Amplitude Variável. Deformação-Vida ( x N) Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas

Carregamento de Amplitude Variável. Deformação-Vida ( x N) Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas Carregamento de Amplitude Variável Deormação-Vida ( x ) Pro. Dr. José Benedito Marcomini EMAF úcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas DEFIIÇÕES E COCEITOS Descrição do Ciclo de Carregamento Tensão,

Leia mais

Fadiga Um metal rompe-se por fadiga quando submetido a tensões cíclicas.

Fadiga Um metal rompe-se por fadiga quando submetido a tensões cíclicas. Fadiga Um metal rompe-se por fadiga quando submetido a tensões cíclicas. Fratura é de aparência frágil, mesmo que em materiais dúcteis, com formação de uma série de anéis que se desenvolvem do início da

Leia mais

Propriedades dos Materiais Fadiga INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS FADIGA

Propriedades dos Materiais Fadiga INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS FADIGA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS FADIGA Propriedades dos Materiais Ten Cel Sousa Lima, D. C. SUMÁRIO Introdução Carregamento Ensaio Fratura Variáveis 2 de 18 1 de 9 INTRODUÇÃO

Leia mais

3 Metodologia. 3.1 Dados experimentais da literatura

3 Metodologia. 3.1 Dados experimentais da literatura 3 Metodologia Resultados numéricos e experimentais disponíveis na literatura [31] sobre fadiga em tubos com escala real serão usados para comparar as previsões de vida à fadiga dos métodos selecionados

Leia mais

PARTE 7: EFEITOS DE ENTALHE E DE TENSÕES RESIDUAIS. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

PARTE 7: EFEITOS DE ENTALHE E DE TENSÕES RESIDUAIS. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL PARTE 7: EFEITOS DE ENTALHE E DE TENSÕES RESIDUAIS ENTALHES Concentradores de Tensão - Entalhe é um contorno geométrico a interromper o fluxo de forças pela peça. - Furos, ranhuras, chanfros, etc, resultam

Leia mais

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N FATORES MODIFICADORES

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N FATORES MODIFICADORES FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N FATORES MODIFICADORES Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas FATORES MODIFICADORES Efeito

Leia mais

MECÂNICA DA FRATURA E FADIGA DOS MATERIAIS

MECÂNICA DA FRATURA E FADIGA DOS MATERIAIS Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais Introdução aos Ensaios Mecânicos dos Materiais MECÂNICA DA FRATURA E FADIGA DOS MATERIAIS Prof. Dr.

Leia mais

Introdução à Mecânica da Fratura Linear Elástica. Aplicações ao Projeto Mecânico.

Introdução à Mecânica da Fratura Linear Elástica. Aplicações ao Projeto Mecânico. Introdução à Mecânica da Fratura Linear Elástica. Aplicações ao Projeto Mecânico. Prof. Jorge A. R. Duran Depto. de Eng. Mecânica Universidade Federal Fluminense Volta Redonda RJ duran@vm.uff.br Objetivos

Leia mais

Cap. 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FADIGA. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

Cap. 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FADIGA. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL Cap. 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FADIGA John Braithwaite (1797-1870) OS PIONEIROS August Wöhler (1819-1914) OS PIONEIROS OS PIONEIROS James Alfred Ewing (1855-1935) O FENÔMENO DA FADIGA Ocorrência - Processo

Leia mais

Parte 3 DEFORMAÇÃO. x N) de Ensaio de de Falhas

Parte 3 DEFORMAÇÃO. x N) de Ensaio de de Falhas Parte 3 DEFORMAÇÃO ÃO-VIDA (ε( x N) Waldek Wladimir Bose Filho,, PhD NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas Deormação - Vida Vs. Tensão Vida EESC-USP Fadiga de baixo ciclo(fbc) Tensão

Leia mais

ENSAIO DE FADIGA EM-641

ENSAIO DE FADIGA EM-641 ENSAIO DE FADIGA 1 Ensaio de Fadiga DEFINIÇÃO: Aplicação de carga cíclica em um CP; Extremamente empregado na indústria automobilística e aeronáutica Mais empregado é o de flexão rotativa Fornece dados

Leia mais

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241)

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) ELEMENTO DE MÁQUINA (EM 0241) Notas de Aulas v.2018 Aula 05 Tensão admissível à fadiga Professor: Carlos Alberto Fortulan 5. 2 5- Tensão Admissível à Fadiga e k a k b k c k ou d k e k f K e=c superf C

Leia mais

Fundamentos da mecânica de fratura e suas potenciais. Falhas

Fundamentos da mecânica de fratura e suas potenciais. Falhas Fundamentos da mecânica de fratura e suas potenciais aplicações na Análise de Falhas Docente: Prof. Willy Ank de Morais Faculdade de Engenharia / Engenharia Industrial Mecânica UNISANTA Grupo de Estudos

Leia mais

O Fenômeno da Fadiga. Causa de falha mais comum (50%-90%) Normalmente falha súbita

O Fenômeno da Fadiga. Causa de falha mais comum (50%-90%) Normalmente falha súbita O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal das fissuras (deformações plásticas) formadas no interior

Leia mais

11 - FALHA OU RUPTURA NOS METAIS

11 - FALHA OU RUPTURA NOS METAIS 11 - FALHA OU RUPTURA NOS METAIS Fratura Fluência Fadiga Dureza 1 A engenharia e ciência dos materiais tem papel importante na prevenção e análise de falhas em peças ou componentes mecânicos. 2 FRATURA

Leia mais

Aula 2 MECÂNICA DA FRATURA

Aula 2 MECÂNICA DA FRATURA Aula 2 MECÂNICA DA FRATURA 1 Mecânica da Fratura: Conceitos Básicos Mecânica da Fratura: quantifica as condições sob as quais um sólido sob ação de um carregamento colapsa devido à propagação de uma trinca

Leia mais

CAPITULO 04 - CARREGAMENTO DINÂMICO - FADIGA E CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES

CAPITULO 04 - CARREGAMENTO DINÂMICO - FADIGA E CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES CAPITULO 04 - CARREGAMENTO DINÂMICO - FADIGA E CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES 4. - INTRODUÇÃO Na determinação das propriedades dos materiais através do diagrama tensãodeformação a aplicação da carga é gradual,

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Eng. Mecânica, Produção UNIME 2016.1 Lauro de Freitas, Março, 2016. 2 Tensão e deformação: Carregamento axial Conteúdo Tensão e Deformação: Carregamento Axial Deformação Normal

Leia mais

Introdução Conteúdo que vai ser abordado:

Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Introdução Conteúdo que vai ser abordado: Considerações sobre seleção de materiais; Propriedades dos materiais (metais, polímeros e cerâmicas); Seleção de materiais segundo: Resistência mecânica Resistência

Leia mais

2 Fundamentos teóricos

2 Fundamentos teóricos 2 Fundamentos teóricos A maioria de estruturas de engenharia apresenta defeitos ou imperfeições semelhantes a trincas mesmo antes de entrar em serviço, pois elas podem ser introduzidas acidentalmente no

Leia mais

6. Cálculo e Validação de Previsões de Integridade Estrutural de Placas Trincadas por Vários Métodos de FFS

6. Cálculo e Validação de Previsões de Integridade Estrutural de Placas Trincadas por Vários Métodos de FFS 150 6. Cálculo e Validação de Previsões de Integridade Estrutural de Placas Trincadas por Vários Métodos de FFS Este capítulo descreve as previsões feitas para uma estrutura tipo placa com uma trinca superficial

Leia mais

Carregamentos de Amplitudes Variável. Waldek Wladimir Bose Filho, PhD NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas

Carregamentos de Amplitudes Variável. Waldek Wladimir Bose Filho, PhD NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas Carregamento de Amplitude Variável Waldek Wladimir oe Filho, PhD EMAF úcleo de Enaio de Materiai e Análie de Falha Tenão Repetição ou Variação de Carga Carregamento em vôo Vôo médio Carga em olo Média

Leia mais

2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos

2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos 2 Fundamentos para a avaliação de integridade de dutos com perdas de espessura e reparados com materiais compósitos Este capítulo apresenta um resumo dos fundamentos básicos de avaliação de dutos com e

Leia mais

Comportamento Elastoplástico

Comportamento Elastoplástico Departamento de Engenharia Mecânica Comportamento Elastoplástico Prof. Arthur Braga Projeto Mecânico Estratégia Identificar possíveis modos de falha (escoamento, ruptura, fadiga, fratura, etc.) Definir

Leia mais

Dependendo da habilidade do material em deformar plasticamente antes da fratura, dois tipos de fratura pode ocorrer: Dúctil Frágil.

Dependendo da habilidade do material em deformar plasticamente antes da fratura, dois tipos de fratura pode ocorrer: Dúctil Frágil. Fratura Separação do material devido a tensão aplicada, numa temperatura abaixo do ponto de fusão. Passos da fratura: Formação da trinca Propagação da trinca Dependendo da habilidade do material em deformar

Leia mais

3. Materiais e Métodos

3. Materiais e Métodos 34 3. Materiais e Métodos A literatura apresenta vários trabalhos que adotam o método de elementos finitos para análise da distribuição de tensões em diversos equipamentos, elementos de máquinas, peças

Leia mais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DA METODOLOGIA DEFORMAÇÃO-VIDA EM COMPONENTES ENTALHADOS Por, Gabriel Queiroz Negrão Brasília, 08 de Dezembro de 2014 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE

Leia mais

Falhas Por Fadiga FOTOS DE FALHAS 07/04/2013 ELEMENTOS DE MÁQUINAS. Notas de Aula: Prof. Gilfran Milfont AULAS PROF.

Falhas Por Fadiga FOTOS DE FALHAS 07/04/2013 ELEMENTOS DE MÁQUINAS. Notas de Aula: Prof. Gilfran Milfont AULAS PROF. 6 Notas de Aula: Prof. Gilfran Milfont As anotações, ábacos, tabelas, fotos e gráficos contidas neste texto, foram retiradas dos seguintes livros: -PROJETOS de MÁQUINAS-Robert L. Norton- Ed. BOOKMAN-2ª

Leia mais

UFF - EEIMVR. Disciplina: Elementos de Máquinas. Lista de Exercícios

UFF - EEIMVR. Disciplina: Elementos de Máquinas. Lista de Exercícios UFF - EEIMVR Disciplina: Elementos de Máquinas Lista de Exercícios Prof. Jorge A. R. Duran 6 de Setembro de 2018 Conteúdo 1 Problemas de Revisão 1 2 Fadiga de Estruturas e Materiais 5 3 Respostas 7 1 Problemas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 2 1. INTRODUÇÃO Algumas das

Leia mais

Propagação de trincas por fadiga:

Propagação de trincas por fadiga: O contorno de grão também pode se tornar uma importante posição para a nucleação de trincas em carregamentos de grandes amplitudes de deformação. Além disso, impurezas que induzam a fragilização localizada

Leia mais

TM229 - Introdução aos Materiais

TM229 - Introdução aos Materiais TM229 - Introdução aos Materiais Propriedades mecânicas 2009.1 Ana Sofia C. M. D Oliveira Propriedades mecânicas Resistência - Tração - Escoamento - Compressão - Flexão - Cisalhamento - Fluência - Tensão

Leia mais

Problema resolvido 4.2

Problema resolvido 4.2 Problema resolvido 4.2 A peça de máquina de ferro fundido é atendida por um momento M = 3 kn m. Sabendo-se que o módulo de elasticidade E = 165 GPa e desprezando os efeitos dos adoçamentos, determine (a)

Leia mais

PARTE 6: FADIGA POR FRETTING. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

PARTE 6: FADIGA POR FRETTING. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL PARTE 6: FADIGA POR FRETTING 0 2 2 0 1 1 0 2 2 0 1 1 V V v V V v A y y A x x A da y x q Q da y x q Q da y x p P ), ( ), ( ), ( MECÂNICA DO CONTATO Quadro de referência centrado no ponto de contato entre

Leia mais

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241)

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) ELEENTOS DE ÁQUINAS (SE 041) Notas de Aulas v.018 Lista de exercícios Aula 06 - Eixos Professor: Carlos Alberto Fortulan Ex- aula 1- Fazer o croqui de um eixo de saída de um redutor e identificar as seções

Leia mais

Fadiga dos Materiais Metálicos Prof. Carlos Baptista. Cap. 2 ABORDAGEM TENSÃO-VIDA LEITURA 2: ESTIMATIVA DA CURVA S-N

Fadiga dos Materiais Metálicos Prof. Carlos Baptista. Cap. 2 ABORDAGEM TENSÃO-VIDA LEITURA 2: ESTIMATIVA DA CURVA S-N Fadiga dos Materiais Metálicos Prof. Carlos Baptista Cap. 2 ABORDAGEM TENSÃO-VIDA LEITURA 2: ESTIMATIVA DA CURVA S-N Na ausência de dados experimentais S-N, métodos para estimar o comportamento em fadiga

Leia mais

PARTE 2: ANÁLISE DE FADIGA COM BASE NA TENSÃO. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL

PARTE 2: ANÁLISE DE FADIGA COM BASE NA TENSÃO. Fadiga dos Materiais Metálicos - Prof. Carlos Baptista EEL PARTE 2: ANÁLISE DE FADIGA COM BASE NA TENSÃO CURVA S-N ou CURVA DE WÖHLER Características - Tensões governam a falha quando a deformação plástica devida ao carregamento cíclico é pequena. - Ensaios usualmente

Leia mais

10 CRITÉRIOS DE RUPTURA 10.1 MATERIAIS FRÁGEIS 0 0,5 1 1,5 2 2,5

10 CRITÉRIOS DE RUPTURA 10.1 MATERIAIS FRÁGEIS 0 0,5 1 1,5 2 2,5 tensão (GPa) 10 CRITÉRIOS DE RUPTURA A avaliação das tensões e deformações sempre é feita em função de certas condições do material. Após o cálculo dessas variáveis existe a necessidade de confrontar os

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE. Rafael Rakauskas Gindro 1 ; Marcio Lucato 2

CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE. Rafael Rakauskas Gindro 1 ; Marcio Lucato 2 CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE Rafael Rakauskas Gindro 1 ; Marcio Lucato 2 1 Aluno de Iniciação Científica da Escola de Engenharia Mauá (EEM/CEUN-IMT);

Leia mais

Ensaios de materiais I - Ensaio de fadiga / Ensaio de impacto

Ensaios de materiais I - Ensaio de fadiga / Ensaio de impacto Página 1 de 5 MENU PRINCIPAL CONTEUDO TÉCNICO DOWNLOAD CONTATO ENTRETENIMENTO LOGIN search.... Home PAINEL Ciência dos Materiais Ensaios de materiais I - Ensaio de fadiga / Ensaio de impacto Ensaios de

Leia mais

COMPORTAMENTO DO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO DINÂMICO EM RELAÇÃO AO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO ESTÁTICO, APLICADO A EIXOS-ÁRVORES

COMPORTAMENTO DO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO DINÂMICO EM RELAÇÃO AO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO ESTÁTICO, APLICADO A EIXOS-ÁRVORES COMPORTAMENTO DO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO DINÂMICO EM RELAÇÃO AO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO ESTÁTICO, APLICADO A EIXOS-ÁRVORES LUIZ DARÉ NETO ODILSON COIMBRA FERNANDES EDUARDO CARLOS BIANCHI

Leia mais

4 Modelo analítico 84

4 Modelo analítico 84 4 Modelo analítico 84 4 Modelo analítico O objetivo desta seção é apresentar uma metodologia de cálculo que servirá de base comparativa aos resultados dos métodos de elementos finitos empregados na seção

Leia mais

Transição Dúctil-Frágil

Transição Dúctil-Frágil Transição Dúctil-Frágil O Problema : fratura dos navios da série Liberty ancorados nos portos ou navegando: De 4.694 navios > 1.289 apresentaram fratura no casco (233 perda total, 19 partiram ao meio)

Leia mais

Materiais. Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística

Materiais. Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia de Materiais, Aeronáutica e Automobilística uo ob Ensaios dos Ensaios Mecânicos dos Materiais Flexão, Fluência e

Leia mais

01/31/2012 MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA DETERMINAÇÃO DA TENACIDADE À FRATURA. Fator de concentração de tensões INTRODUÇÃO. Tenacidade à fratura

01/31/2012 MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA DETERMINAÇÃO DA TENACIDADE À FRATURA. Fator de concentração de tensões INTRODUÇÃO. Tenacidade à fratura MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA DETERMINAÇÃO DA TENACIDADE À FRATURA Tenacidade à fratura Capacidade de um material resistir à propagação de uma trinca Claudio Antonio Guzansky Rocha Danilo Almirón Pereira Fernando

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES (BC 1105) ENSAIOS MECÂNICOS PARTE A ENSAIOS DE TRAÇÃO E FLEXÃO 2 1. INTRODUÇÃO Algumas

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2

LISTA DE EXERCÍCIOS RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 LISTA DE EXERCÍCIOS RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 I) TRANSFORMAÇÃO DE TENSÕES 1) Uma única força horizontal P de intensidade de 670N é aplicada à extremidade D da alavanca ABD. Sabendo que a parte AB da

Leia mais

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013 Resistência dos Materiais APOSTILA Versão 2013 Prof. Peterson Jaeger Conteúdo 1. Propriedades mecânicas dos materiais 2. Deformação 3. Concentração de tensões de tração 4. Torção 1 A resistência de um

Leia mais

Comportamento mecânico do material na conformação

Comportamento mecânico do material na conformação Comportamento mecânico do material na conformação Tensão efetiva (, eff ) Deformação efetiva ( eff, ) São grandezas equivalentes para o estado de tensão e deformação e que tem efeito em relação ao escoamento.

Leia mais

ANÁLISE DO EFEITO DA TENSÃO MÉDIA SOBRE A RESISTÊNCIA À FADIGA DO AÇO ASTM A743 CA6NM

ANÁLISE DO EFEITO DA TENSÃO MÉDIA SOBRE A RESISTÊNCIA À FADIGA DO AÇO ASTM A743 CA6NM PROJETO DE GRADUAÇÃO 2 ANÁLISE DO EFEITO DA TENSÃO MÉDIA SOBRE A RESISTÊNCIA À FADIGA DO AÇO ASTM A743 CA6NM Por, Erich Douglas de Souza Brasília, 29 de junho de 2011 UNIVERSIDADE DE BRASILIA FACULDADE

Leia mais

Introdução à Mecânica da Fratura. Universidade de Brasília UnB Departamento de Engenharia Mecânica ENM Mecânica dos Materiais II

Introdução à Mecânica da Fratura. Universidade de Brasília UnB Departamento de Engenharia Mecânica ENM Mecânica dos Materiais II Introdução à Mecânica da Fratura Universidade de Brasília UnB Departamento de Engenharia Mecânica ENM Mecânica dos Materiais II Tópicos da Aula Motivação Conceitos básicos Trincas como intensificadores

Leia mais

Falhas. Fraturas. Tipos de fraturas: a) Fratura Dúctil b) Fratura moderadamente dúctil c) Fratura frágil

Falhas. Fraturas. Tipos de fraturas: a) Fratura Dúctil b) Fratura moderadamente dúctil c) Fratura frágil Falhas Fraturas Tipos de fraturas: a) Fratura Dúctil b) Fratura moderadamente dúctil c) Fratura frágil Estágios da fratura dúctil, tipo taça e cone: a) Empescoçamento inicial b) Formação de cavidades c)

Leia mais

ENSAIO DE IMPACTO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE GUARATINGUETÁ DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E TECNOLOGIA

ENSAIO DE IMPACTO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE GUARATINGUETÁ DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E TECNOLOGIA ENSAIO DE IMPACTO Ana Carolina Rosifini Alves Claro carolina.rosifini@hotmail.com Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, Departamento de Materiais e Tecnologia Turma 341 Resumo: O ensaio de impacto,

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Prof. Antonio Dias Antonio Dias / Resistência dos Materiais 1 Flexão Diagramas de força cortante e momento fletor Elementos longos e retos que suportam cargas perpendiculares

Leia mais

PMR-3101 INTRODUÇÃO A MANUFATURA MECÂNICA Aula 5: Propriedades mecânicas: FRATURA E FADIGA

PMR-3101 INTRODUÇÃO A MANUFATURA MECÂNICA Aula 5: Propriedades mecânicas: FRATURA E FADIGA PMR-3101 INTRODUÇÃO A MANUFATURA MECÂNICA Aula 5: Propriedades mecânicas: FRATURA E FADIGA Prof. Delson Torikai Sala: MS-12 E. mail: delsontorikai@usp.br PROJETO DE UM PRODUTO ETAPAS DE UM PROJETO: O desenvolvimento

Leia mais

5. Resultado dos ensaios experimentais

5. Resultado dos ensaios experimentais 5. Resultado dos ensaios experimentais Os resultados serão apresentados seguindo a ordem utilizada para a descrição dos ensaios no capitulo anterior. 5.1. Resultados dos ensaios uniaxiais No total foram

Leia mais

Aula 6 Propriedades dos materiais

Aula 6 Propriedades dos materiais Aula 6 Propriedades Mecânicas dos Materiais E-mail: daniel.boari@ufabc.edu.br Universidade Federal do ABC Princípios de Reabilitação e Tecnologias Assistivas 3º Quadrimestre de 2018 Conceitos fundamentais

Leia mais

Resistência dos Materiais IV Lista de Exercícios Capítulo 3 Flexão de Peças Curvas

Resistência dos Materiais IV Lista de Exercícios Capítulo 3 Flexão de Peças Curvas Observações: 1 ft 304,8 mm 1 ksi 1000 lb/in 1 in 5,4 mm 1 ksi 1000 psi 1 ft 1 in 1 kip 1000 lb 1 psi 1 lb/in 6.131 O elemento curvo mostrado na figura é simétrico e esta sujeito ao momento fletor M600lb.ft.

Leia mais

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241)

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (SEM 0241) ão Carlos ELEMENTO DE MÁQUINA (EM 024) Notas de Aulas v.208 Aula 04 Fadiga Professores: Ernesto Massaroppi Junior Jonas de Carvalho Carlos Alberto Fortulan Elementos de Máquina (EM 024) MAAROPPI E, LIRANI

Leia mais

Elementos de Máquinas

Elementos de Máquinas Elementos de Máquinas 2018 Jorge A R Duran jorge.a.r.duran@gmail.com Fadiga de Materiais e Estruturas Descrição dos ciclos de carga e tensão uniaxiais mediante dois parâmetros. Curvas de Resistência

Leia mais

Projeto de Máquina para Ensaios de Fadiga

Projeto de Máquina para Ensaios de Fadiga Universidade Santa Cecília Faculdade de Engenharia Engenharia Industrial Mecânica Objetivo Executar o projeto de uma máquina para ensaios de fadiga. Projeto de Máquina para Ensaios de Fadiga Allan Carlo

Leia mais

Análise experimental de ensaios de iniciação de trinca por flexão alternada com detecção pela perda de estanqueidade

Análise experimental de ensaios de iniciação de trinca por flexão alternada com detecção pela perda de estanqueidade Análise experimental de ensaios de iniciação de trinca por flexão alternada com detecção pela perda de estanqueidade Tomás Pessoa Londe Camargos 1 Saulo de Paiva Cabral 2 Ewerton Augusto de Sousa Nogueira

Leia mais

2. Revisão Bibliográfica

2. Revisão Bibliográfica 16 2. Revisão Bibliográfica 2.1. Fadiga A definição literal de fadiga é a degradação das propriedades mecânicas de um material, quando sujeito a carregamentos cíclicos, levando-o à falha mecânica. A grande

Leia mais

Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas. Aula 9. Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores

Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas. Aula 9. Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores Eixos e árvores Projeto para eixos: restrições geométricas Aula 9 Elementos de máquinas 2 Eixos e árvores 1 Acoplamentos: tipos de ligações o Ligações por atrito: o Ajuste prensado o Elementos intermediários

Leia mais

5. Critérios de falha

5. Critérios de falha 5. Critérios de falha Determinam a segurança do componente. Coeficientes de segurança arbitrários não garantem projeto seguro. Compreensão clara do(s) mecanismo(s) de falha (modos de falha). Aspectos de

Leia mais

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N

FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N EESC-USP FADIGA DOS MATERIAIS: INTRODUÇÃO E METODOLOGIA S-N Prof. Dr. José Benedito Marcomini NEMAF Núcleo de Ensaio de Materiais e Análise de Falhas EESC-USP August Wöhler desenvolveu estudos em fadiga

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE. Carolina Afonso Pereira ¹ ; Márcio Lucato ²

CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE. Carolina Afonso Pereira ¹ ; Márcio Lucato ² CORRELAÇÃO ENTRE TENSÕES DE FADIGA DE CORPOS COM SUPERFÍCIES POLIDAS E CORPOS COM RUGOSIDADE Carolina Afonso Pereira ¹ ; Márcio Lucato ² ¹Aluno de Iniciação Científica da Escola de Engenharia Mauá (EEM/CEUN-IMT);

Leia mais

Conhecendo como as cargas atuam e prevenindo-se contra falhas

Conhecendo como as cargas atuam e prevenindo-se contra falhas Nos projetos de engenharia, e em especial da área mecânica, é imprescindível considerar como atuam os carregamentos sobre as peças e conjuntos, pois, eles podem se apresentar de formas diferentes e causarem

Leia mais

3- Materiais e Métodos

3- Materiais e Métodos 3- Materiais e Métodos 3.1. Caracterização do Material 3.1.1. Material Os materiais utilizados neste trabalho foram retirados de dois tubos de aço produzido pela Confab que atende a especificação API 5L

Leia mais

Q RT. Lista de Exercícios 9. Comportamento Mecânico dos Materiais - Parte II

Q RT. Lista de Exercícios 9. Comportamento Mecânico dos Materiais - Parte II 1 Lista de Exercícios 9 Comportamento Mecânico dos Materiais - Parte II 2014 1. Suponha que você é o responsável pelo projeto de uma turbina a gás funcionando a 800 o C. As palhetas do rotor serão construídas

Leia mais

No license: PDF produced by PStill (c) F. Siegert -

No license: PDF produced by PStill (c) F. Siegert - A maioria das falhas em máquinas são devido a cargas que variam com o tempo do que com cargas estáticas. Estas falhas ocorrem tipicamente a níveis de tensões significantemente menores do que as resistências

Leia mais

UNIDADE 9 Propriedades Mecânicas I

UNIDADE 9 Propriedades Mecânicas I UNIDADE 9 Propriedades Mecânicas I 1. Fios de aço carbono com área de seção transversal nominal de 62,9 mm 2 são utilizados para a fabricação de peças pré-moldadas de concreto protendido. Nessas peças,

Leia mais

PROJETO DE GRADUAÇÃO ANÁLISE DE FADIGA PELO MÉTODO DA INTENSIDADE DO CAMPO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO MODIFICADO

PROJETO DE GRADUAÇÃO ANÁLISE DE FADIGA PELO MÉTODO DA INTENSIDADE DO CAMPO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO MODIFICADO PROJETO DE GRADUAÇÃO ANÁLISE DE FADIGA PELO MÉTODO DA INTENSIDADE DO CAMPO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO MODIFICADO Por, Ian de Medeiros Matos Brasília, 21 de junho de 2017 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE

Leia mais

4 Mecanismos de Fratura

4 Mecanismos de Fratura 4 Mecanismos de Fratura 4.1. Critério de Energia Este critério foi proposto por Griffith, o qual estabelece que a propagação de uma trinca ocorre quando a energia disponível para o aumento de uma trinca

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO EXPERIMENTAL DE CONCENTRADORES DE TENSÕES CLÁSSICOS EM ESTRUTURAS COM VALIDAÇÃO NUMÉRICA POR ELEMENTOS FINITOS

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO EXPERIMENTAL DE CONCENTRADORES DE TENSÕES CLÁSSICOS EM ESTRUTURAS COM VALIDAÇÃO NUMÉRICA POR ELEMENTOS FINITOS CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO EXPERIMENTAL DE CONCENTRADORES DE TENSÕES CLÁSSICOS EM ESTRUTURAS COM VALIDAÇÃO NUMÉRICA POR ELEMENTOS FINITOS Leonardo Wissenbach Bustamante ¹, Marcelo Otavio dos Santos ² ¹Aluno

Leia mais

CAPÍTULO II TEORIAS DE FALHA ESTÁTICA E DINÂMICA 2.1. TEORIA DE FALHA ESTÁTICA

CAPÍTULO II TEORIAS DE FALHA ESTÁTICA E DINÂMICA 2.1. TEORIA DE FALHA ESTÁTICA TEORIAS DE FALHA ESTÁTICA E DINÂMICA.. TEORIA DE FALHA ESTÁTICA.. Introdução O motivo pelo qual elementos ou unidades mecânicas falham é uma questão na qual cientistas e engenheiros têm se ocupado constantemente.

Leia mais

Universidade Técnica de Lisboa

Universidade Técnica de Lisboa Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 1º Teste (15.Novembro.2012) RESOLUÇÃO Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 2. (a) 0,50 2. (b) 0,50 2. (c)

Leia mais

DEFORMAÇÃO DE MONOCRISTAIS 1. ESCORREGAMENTO

DEFORMAÇÃO DE MONOCRISTAIS 1. ESCORREGAMENTO DEFORMAÇÃO DE MONOCRISTAIS 1. ESCORREGAMENTO Monocristal Zn Degraus na superfície Bandas de escorregamento Planos de escorregamento PM2.1 1. ESCORREGAMENTO Linhas de escorregamento: 50-500 átomos de intervalo

Leia mais

Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor

Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor Elementos longos e retos que suportam cargas perpendiculares a seu eixo longitudinal são denominados vigas. Vigas são classificadas

Leia mais

São as vigas que são fabricadas com mais de um material.

São as vigas que são fabricadas com mais de um material. - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA PROFESSORA: SALETE SOUZA DE OLIVEIRA BUFFONI DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Tensões em Vigas Tópicos

Leia mais

Critérios de Escoamento

Critérios de Escoamento Departamento de Engenharia Mecânica Mecânica dos Sólidos I Critérios de Escoamento Prof. Arthur Braga Projeto Mecânico Estratégia Identificar possíveis modos de falha (escoamento, ruptura, fadiga, fratura,

Leia mais

GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução. Módulo II Ensaios Mecânicos

GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução. Módulo II Ensaios Mecânicos GMEC7301-Materiais de Construção Mecânica Introdução Módulo II Ensaios Mecânicos OBJETIVOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS Os ensaios são realizados com o objetivo de se obter informações específicas em relação

Leia mais

3 Material e Procedimento Experimental

3 Material e Procedimento Experimental 44 3 Material e Procedimento Experimental 3.1 Material O material adotado neste trabalho foi um aço estrutural de alta resistência mecânica e baixa liga, classificado pela IACS (International Association

Leia mais

ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços

ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços ENSAIOS MECÂNICOS Permitem perceber como os materiais se comportam quando lhes são aplicados esforços Tipos Ensaios Destrutivos provocam a inutilização do material ensaiado Ensaios Não Destrutivos Ensaio

Leia mais

Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Curso de Engenharia Automotiva

Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Curso de Engenharia Automotiva 1 Universidade de Brasília - UnB Faculdade UnB Gama - FGA Curso de Engenharia Automotiva PROJETO DE UMA MÁQUINA DE ENSAIO DE FADIGA POR FLEXÃO ROTATIVA DE MATERIAIS USADOS EM COMPONENTES AUTOMOTIVOS Autor:

Leia mais

Figura 1 - Dureza mínima bruta de têmpera necessária para obter dureza após revenido (1).

Figura 1 - Dureza mínima bruta de têmpera necessária para obter dureza após revenido (1). SELEÇÃO DE AÇOS PELA TEMPERABILIDADE Na especificação de materiais para construção mecânica, freqüentemente o projetista deparase com o problema de selecionar um aço que deve ser tratado termicamente.

Leia mais

Propriedades Mecânicas e Geométricas dos Perfis Estruturais. Curso de Projeto e Cálculo de Estruturas metálicas

Propriedades Mecânicas e Geométricas dos Perfis Estruturais. Curso de Projeto e Cálculo de Estruturas metálicas Propriedades Mecânicas e Geométricas dos Perfis Estruturais DEFINIÇÃO DE AÇO: AÇO = LIGA METÁLICA COMPOSTA POR Fe + C (Ferro + Carbono) ENSAIO DE TRAÇÃO: σ = F A Tensão σ (F/A) DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO:

Leia mais

Ensaios mecânicos com foco na tenacidade da fratura de um aço avançado de alta resistência mecânica conhecido como Complex Phase da família AHSS

Ensaios mecânicos com foco na tenacidade da fratura de um aço avançado de alta resistência mecânica conhecido como Complex Phase da família AHSS Ensaios mecânicos com foco na tenacidade da fratura de um aço avançado de alta resistência mecânica conhecido como Complex Phase da família AHSS Da Silva, D. Q. 1 ; Silva, F. S. 1 ; Diniz, P. P.. 1 ; Santos,

Leia mais

Universidade de São Paulo Escola Politécnica Depto. Eng. Metalúrgica e de Materiais. Curso de análise de falhas 1 Cesar R. F.

Universidade de São Paulo Escola Politécnica Depto. Eng. Metalúrgica e de Materiais. Curso de análise de falhas 1 Cesar R. F. aula 4 curso de análise de falhas: fratura ductil x frágil e fratura por fadiga Curso de análise de falhas 1 Cesar R. F. Azevedo aula 04 Pontos principais das aulas passadas: fraturas dúctil e frágil;

Leia mais

Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid

Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid Deformação e Mecanismos de Endurecimento Metais DEMEC TM242-B Prof Adriano Scheid Tensão Propriedades Mecânicas: Tensão e Deformação Deformação Elástica Comportamento tensão-deformação O grau com o qual

Leia mais

Universidade de Lisboa

Universidade de Lisboa Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico Ciência de Materiais 1º Teste (14. Abril.2014) Cotações Pergunta Cotação 1. (a) 0,50 1. (b) 0,50 1. (c) 0,50 1. (d) 0,50 2. (a) 0,50 2. (b) 0,50 2. (c)

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Aula 03 TENSÃO

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Aula 03 TENSÃO CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Tensão Tensão é ao resultado da ação de cargas externas sobre uma unidade de área da seção analisada na peça, componente mecânico ou estrutural submetido à solicitações

Leia mais

Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO EM REGIME TRANSIENTE

Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO EM REGIME TRANSIENTE Os exercícios e figuras deste texto foram retirados de diversas referências bibliográficas listadas no programa da disciplina 1 FENÔMENOS DE TRANSPORTE Capítulo 08 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

Leia mais

Durante a segunda guerra, verificou-se que navios apresentavam fraturas catastróficas, tanto em alto mar quanto no cais. E isto ocorria com maior

Durante a segunda guerra, verificou-se que navios apresentavam fraturas catastróficas, tanto em alto mar quanto no cais. E isto ocorria com maior Durante a segunda guerra, verificou-se que navios apresentavam fraturas catastróficas, tanto em alto mar quanto no cais. E isto ocorria com maior frequência no inverno. As hipóteses levantadas na época

Leia mais