Formas de democracia

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1 Formas de democracia - Freios e contrapesos poderes devem se fiscalizar. Logo, há poderes sobrepostos. O executivo tem controle sobre a administração do poder; o legislativo tem o controle sobre a elaboração das leis

2 Como se dá o equilíbrio entre os poderes? Forma majoritária predomínio do executivo Forma consensual equilíbrio entre poderes

3 Sistemas de governo Parlamentarismo x Presidencialismo

4 Presidencialismo (Consensual) Presidente é, ao mesmo tempo, chefe de governo e chefe de Estado. Presidente escolhido por eleição popular. O mandato do presidente é independente dos parlamentares, e não pode ser deposto por eles. O Legislativo também não pode ser dissolvido pelo presidente. Tanto o legislativo quanto o executivo tem um tempo de mandato afixado por lei. A equipe de governo é indicada pelo presidente, e não pelo legislativo. O legislativo vota as leis mas não responde por sua implementação, a qual cabe ao executivo. Fontes do poder do presidente: poderes constitucionais (vetar e propor leis); força dos partidos e eleições. Presidentes podem exercer influência sobre a produção legal por meio de vetos. Mas os vetos podem ser derrubados. No Brasil, é necessário maioria absoluta do Congresso. Além disso, o presidente pode intervir na arena legislativa baixando decretos com força de lei (como as medidas provisórias). O executivo ainda em iniciativa legislativa sobre o orçamento, a criação de novos órgãos e a política militar.

5 Parlamentarismo (Majoritário) O governo é escolhido pela assembleia. Chefia de governo e chefia de Estado não se concentram na mesma pessoa. O governo sobrevive enquanto conta com a confiança da maioria da assembleia; quando esta não confia mais no governo, este cai. O executivo manda projetos e o legislativo vota. Uma vez que o gabinete nasce do legislativo, ele conta com a maioria. Nos casos de conflito no legislativo, o executivo pede um voto de confiança, que é uma forma de o executivo garantir que não vai ter polemica e que a sua "base" vai votar a seu favor. Se o legislativo dá um voto de desconfiança, serão convidadas novas eleições. A assembleia pode ser dissolvida antes do fim da legislatura. Fontes de poder do Primeiro Ministro: poderes constitucionais que determinam o processo decisório e força dos partidos. Inglaterra: são dois partidos; o que ganha no parlamento é aquele que elege o novo primeiro ministro. E este é o líder do partido. Portanto, durante as eleições já se sabe quem será o primeiro ministro caso cada partido ganhar, e os titulares das pastas ministeriais serão os parlamentares do mesmo partido que obtiverem maior votação.

6 O Executivo (gabinete), nos sistemas parlamentaristas, depende do apoio majoritário da legislatura, tanto para permanecer no cargo quanto para ter suas propostas legislativas aprovadas, enquanto o Executivo nos sistemas presidencialistas necessita apenas da maioria legislativa para as propostas legislativas do presidente. Os presidentes são eleitos por um mandato fixo e nem eles, nem os gabinetes que indicam, dependem da confiança da legislatura para sua sobrevivência no cargo. Os executivos parlamentaristas constituem gabinetes colegiados, enquanto os presidencialistas são executivos unipessoais. Nos sistemas presidencialistas, o Poder Executivo concentra-se no presidente, e o gabinete compõe-se de seus assessores, em vez de co-participantes mais ou menos equivalentes. Lijphart, Arend.

7 O caso brasileiro O Golpe Militar de 1964 no Brasil pode ser explicado de diversas maneiras. Entre elas, há as explicações institucionais Executivo fraco Conflitos entre executivo e legislativo Polarização ideológica e formação de alianças ad hoc

8 De um lado, temos a inexistência de coalizões parlamentares estáveis, seja de apoio ao governo seja de oposição, evidenciando-se um padrão de coalizões ad hoc em um congresso com uma distribuição equilibrada de cadeiras entre as diferentes correntes ideológicas. Instala-se a dinâmica que leva a queda da produção legislativa, descomprometendo os atores políticos da elaboração de políticas responsáveis e engajando-os em um processo de agitação política evidenciado no incremento das propostas de projetos. De outro lado, o chefe do executivo, promove uma constante rotatividade nos principais postos da administração utilizando-os como "moeda política" na tentativa de construir o apoio a seu programa. Cria-se um círculo vicioso onde a fragilidade do apoio político gera a vulnerabilidade do executivo a pressões, reforçando a tendência a promoção da rotatividade. Como Goulart temesse ser aprisionado pelas forças conservadoras que supunha dominar o Congresso, esta "dança nos cargos" buscava, antes de tudo, o reforço de suas bases políticas fora do Congresso. A alta taxa de rotatividade nos principais cargos atinge a própria consistência política do governo que se mostra incapaz de perseguir coerentemente seus objetivos. Ante esta situação, reforçam-se os temores da direita parlamentar quanto aos verdadeiros objetivos do presidente; o que reforça e estimula a dinâmica já descrita para o funcionamento do Congresso. Limongi, Fernando.

9 Referências Limongi, Fernando. Sessenta e quatro: anatomia da crise - de Wanderley Guilherme dos Santos. Rev. bras. Ci. Soc. v.2 n.4 São Paulo jun _resenhas.htm Lijphart, Arend. Modelos de democracia. Desempenho e padrões de governo em 36 países. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Cintra, Antônio Octávio Cintra. Presidencialismo e parlamentarismo: são importantes as instituições?. In: org. Avelar, Lúcia e Cintra, Antônio Octávio. Sistema Político Brasileiro. São Paulo: Editora Unesp, 2007.