Democracia presidencialista multipartidária: a difícil combinação ( ) Prof. Sérgio Braga Aula sobre o texto de Scott Mainwaring

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Democracia presidencialista multipartidária: a difícil combinação ( ) Prof. Sérgio Braga Aula sobre o texto de Scott Mainwaring"

Transcrição

1 Democracia presidencialista multipartidária: a difícil combinação ( ) Prof. Sérgio Braga Aula sobre o texto de Scott Mainwaring

2 Sumário da aula Objetivos do curso: apresentar alguns conceitos básicos para o estudo das instituições políticas brasileiras de uma perspectiva histórica. Referências básicas: Scott Mainwaring (1993); Sérgio Abranches (1988); Fabiano Santos (1997) Filme: Os anos JK (Sílvio Tendler)

3 Quatro conceitos básicos Democracia presidencialista multipartidária (Mainwaring, 1993) Presidencialismo de coalizão (Sérgio Abranches, 1988) Patronagem e poder de agenda (Fabiano Santos, 1997) Crise de paralisia decisória (Wanderley Guilherme Santos, 2003)

4 Problema central: A democracia presidencialista pluripartidária brasileira é compatível com a estabilidade democrática? Sim, não e por quê? Quais os problemas que ela gera? Várias respostas...

5 Aqui começa nossa história...

6 Objetivos do Mainwaring: Caracterizar algumas singularidades morfológicas do sistema político brasileiro (democracia presidencialista) Apreender os efeitos políticos dessa combinação em sucessivos governos, procurando demonstrar que ela causa vários problemas para a estabilidade democrática e para a governabilidade (diagnóstico pessimista)

7

8 O ex-ditador agora candidato...

9 Tópicos abordados: Presidentes em minoria ; Prerrogativas e limites Partidos frouxos, presidencialismo e instabilidade institucional Presidentes contra partidos Coalizões partidárias Passar por cima do Congresso

10 A constituinte e a redemocratização de

11 A estrutura do argumento: As características do sistema eleitoral brasileiro ( proporcional de lista aberta ) geram um sistema partidário fragmentado com partidos fracos, fadado a coexistir com um presidente da República eleito plebiscitariamente ; Isso gera vários problemas, tais como: a) presidentes em minoria; b) bases sociais distintas do Executivo e Legislativo; c) crises que podem ir do imobilismo à paralisia...

12 How tru you tru, Truman? ( )

13 Q U A D R O 1 R e s u lta d o s d a s e le iç õ e s p re s id e n c ia is v o to s % d e v o to s v á lid o s % d e c a d e ira s n a C â m a ra d a c o a liz a ç ã o e le ito ra l d o p re s id e n te % d e c a d e ira s n a C â m a ra d o p a rtid o d o p re s id e n te E u ric o G a s p a r D u tra, ,7 0 P S D = 5 2,8 ( ) P S D /P T B E d u a rd o C o m e s, U D N ,7 0 Y e d d o F iu z a, P C B , G e tú lio V a rg a s, P T B /P S P , ,7 0 P T B = 1 6,8 ( ) E d u a rd o G o m e s, U D N ,7 0 C ris tia n o M a c h a d o,p S D , J u s c e lin o K u b is ts c h e k, , ,2 0 P S D = 3 5,0 ( ) P S D /P T B J u a re z T á v o ra, P D C /U D N /P L ,3 0 A d h e m a r d e B a rro s, P S P ,8 0 P lín io S a lg a d o, , J a n io Q u a d ro s, , ,6 0 U D N = 2 1,5 *( ) U D N /P D C /P L /P T N H e n riq u e T e ix e ira L o tt, ,9 0 P T B /P S D A d h e m a r d e B a rro s, P S P , : P rim e iro T u rn o F e rn a n d o C o llo r d e M e llo, ,5 0 6,4 0 P R N = 8,0 ( ) P R N L u is In á c io L u la d a S ilv a, P T ,2 0 L e o n e l B riz o la, P D T ,5 0 M á rio C o v a s, P S D B ,5 0 P a u lo M a lu f, P D S G u ilh e rm e A fif D o m in g o s, P L ,8 0 U ly s s e s G u im a rã e s, P M D B ,7 0 R o ls e n o F re ire, P C B l,1 A u re lia n o C h a v e s P F L ,9 0 R o n a ld o C a ia d o, P S D ,8 0 A ffo n s o C a m a rg o, P T B ,6 0 O u tro s , S e g. T u rn o F e rn a n d o C o llo rd e M e llo, ,0 0 P R N = 8,0 % ( ) P R N L u is In á c io L u la d a S ilv a, P T ,0 0 *Q u a d ro s n ã o e ra m e m b ro d e n e n h u m p a rtid o F o n te : T rib u n a l S u p e rio r E le ito ra l

14 Presidentes em minoria Dutra: foi o único presidente majoritário do período; Vargas (2): seu partido era claramente minoritário e montou uma coalizão precária. Suicídio! Juscelino Kubitschek: quase não toma posse, embora lograsse montar uma coalizão Jânio Quadros: renunciou!! João Goulart: golpe de Estado!!! Collor: impeachment e renúncia!!!!

15 Vargas ( ): um suicídio para a história...

16

17 Prerrogativas e limites: Constituição dos EUA Carta de 1946 Constituição de ) Veto parcial - Não - Sim (2/3 sessão conjunta para derrubada); - Sim (maioria simples para derrubada); 2) Iniciativa legislativa - Prerrogativa exclusiva do Congresso; - São prerrogativas exclusivas do presidente: - São prerrogativas exclusivas do presidente: tamanho das Forças Armadas; criação de empregos etc. 3) Poder de Decreto - Baixo - Sim; - Sim + Medida Provisória; 4) Orçamento - O Congresso e as Comissões têm alto poder propositivo; 5) Veto total - Sim; pode ser derrubado com maioria de 2/3 nas duas casas; - Parlamentares tinham prerrogativa de iniciar proposta orçamentária; - Sim; pode ser derrubado com uma maioria de 2/3 em sessão conjunta; - O presidente prepara o orçamento anual e o Congresso tem certas restrições em propor emendas; - Sim;maioria simples em sessão conjunta; 6) Nomeação do ministério - Nomeações sujeitas à aprovação do Senado; - Não depende de aprovação do Senado; - Não depende de aprovação do Senado;

18 Prerrogativas e limites (2) Conclusão: apesar dos poderes constitucionais dos presidentes brasileiros serem grandes, seus poderes partidários são pequenos Apesar dessas prerrogativas constitucionais formidáveis, os presidentes precisam de sustentação parlamentar para aprovar a legislação ordinária (p. 35)

19 Jânio Quadros (1961): Fui!

20 Presidentes contra partidos Grande número de candidatos presidenciais supra ou antipartidários (p. 43) Os presidentes são impelidos a montar coalizões fisiológicas para governar, e cooptar parlamentares que, anteriormente, eram adversários políticos; Isso contribui para enfraquecer os partidos aos olhos do eleitor e desprestigiar o órgãos legislativos

21 Passar por cima do Congresso Para contornar as dificuldades de funcionamento da base governista, os presidentes utilizam de vários recursos, conforme o estilo político de cada um: a) formar coalizões partidárias com partidos mais conservadores; b) insulamento burocrático ; c) liberação de emendas no orçamento etc.. Em suma: os presidentes contam com uma caixa de ferramentas para obter governabilidade => quando essa caixa de ferramentas falha, há as crises de governabilidade no sentido fraco e forte do termo.

22 Comício da Central do Brasil (13/03/1964)

23 Conclusões: Tendência do formato institucional brasileiro a dificultar a consolidação dos partidos; O paradoxo é que os presidentes também são fracos, especialmente quando em baixa popularidade; Quanto mais baixa a popularidade do presidente, maior os riscos de crise de imobilismo e paralisia decisória. Em suma: Os sistemas presidencialistas multipartidários predispõe à ocorrência de impasses entre Executivo/Legislativo e tornam mais prováveis os golpes de Estado

24 Esq p/dir: ministro do Exército, general Artur da Costa e Silva, ministro da Marinha, Almirante Augusto Rademaker e ministro da Aeronáutica, brigadeiro Francisco Correia e Melo, assinando o Ato Institucional nº1 (AI-1). 09 de abril de 1964.

25 Até a próxima!

26 Referências bibliográficas: ABRANCHES, S. Presidencialismo de coalizão: dilema institucional brasileiro. In: TAVARES, J. A. G. (Org.). O sistema partidário na consolidação da democracia brasileira. Brasília: Fundação Teotônio Vilela, Cap. 1. p MAINWARING, S. Democracia presidencialista multipartidária: o caso do Brasil. Lua Nova - Revista de Cultura Política, São Paulo, n. 28/29, p , mai./jun SANTOS, W. G. O cálculo do conflito. Estabilidade e crise na política brasileira. Belo Horizonte: UFMG, SANTOS, F. O poder legislativo no presidencialismo de coalizão. Belo Horizonte/Rio de Janeiro: UFMG/IUPERJ, p.

Sistema de governo no qual o presidente da República é o chefe de governo e chefe de Estado. Caracteriza pela separação de poderes (Leg/Jud/Exec);

Sistema de governo no qual o presidente da República é o chefe de governo e chefe de Estado. Caracteriza pela separação de poderes (Leg/Jud/Exec); O Poder Executivo 1 Presidencialismo Conceito Formal Sistema de governo no qual o presidente da República é o chefe de governo e chefe de Estado. Caracteriza pela separação de poderes (Leg/Jud/Exec); EUA

Leia mais

Aula de hoje: Estrutura e funcionamento das instituições políticas brasileiras (Fátima Anastasia)

Aula de hoje: Estrutura e funcionamento das instituições políticas brasileiras (Fátima Anastasia) Aula de hoje: Estrutura e funcionamento das instituições políticas brasileiras (Fátima Anastasia) Referência: ANASTASIA, F.; NUNES, F. (2006). A Reforma da Representação. In: ANASTASIA, F.; AVRITZER, L.

Leia mais

Programa Copa do Mundo 2014

Programa Copa do Mundo 2014 Programa Copa do Mundo 2014 Programa Copa do Mundo 2014 Gerente do Programa: Mario Queiroz Guimarães Neto Rede do Programa: Rede de Cidades Objetivo do Programa: Organizar com excelência os eventos FIFA

Leia mais

Relações Executivo- Legislativo

Relações Executivo- Legislativo Relações Executivo- Legislativo 1 1 Geração Presidencialismo como obstáculo para a consolidação da democracia na América Latina (Linz, 1991; Linz e Valenzuela, 1994); Geraria governos divididos, minoritários,

Leia mais

Eurico Gaspar Dutra ( ): Getúlio Vargas ( ): Jucelino Kubitschek ( ): Jânio Quadros (1961): João Goulart ( ):

Eurico Gaspar Dutra ( ): Getúlio Vargas ( ): Jucelino Kubitschek ( ): Jânio Quadros (1961): João Goulart ( ): Governos Eurico Gaspar Dutra (1946 1950): união com os EUA (Guerra Fria), Constituição de 1946 (redemocratizadora) Getúlio Vargas (1951 1954): governo nacionalista, Petrobrás, Eletrobrás, aumento de 100%

Leia mais

A Constituição de 1988 e seus entraves à Democracia A Economia e o Sistema Jurídico do Estado Prof. Dr. Manuel Enriquez Garcia

A Constituição de 1988 e seus entraves à Democracia A Economia e o Sistema Jurídico do Estado Prof. Dr. Manuel Enriquez Garcia A Constituição de 1988 e seus entraves à Democracia A Economia e o Sistema Jurídico do Estado Prof. Dr. Manuel Enriquez Garcia Erik Akio Higaki (FFLCH/USP) Maio/2017 Questões 1) Quais os objetivos de uma

Leia mais

A N E X O P L A N O M U N I C I P A L D E E D U C A Ç Ã O 2 0 1 5 2024

A N E X O P L A N O M U N I C I P A L D E E D U C A Ç Ã O 2 0 1 5 2024 E S T A D O D E S A N T A C A T A R I N A P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E M A J O R V I E I R A S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D E E D U C A Ç Ã O, C U L T U R A E D E S P O R T O C N

Leia mais

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A R A N Á L E T Í C I A M A R I A G R O B É R I O

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A R A N Á L E T Í C I A M A R I A G R O B É R I O U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A R A N Á L E T Í C I A M A R I A G R O B É R I O A B O R T O : U M A Q U E S T Ã O M O R A L, L E G A L, C U L T U R A L E E C O N Ô M I C A C U R I T I B A

Leia mais

ROUPEIRO CURVO 2 PORTA 1 GAVETA

ROUPEIRO CURVO 2 PORTA 1 GAVETA ROUPRO URVO 2 PORT 1 GVT P a ra b é n s! V o c ê a c a b a d e a d q u irir u m p ro d u to d e e x c e le n te q u a lid a d e fe ito c o m m a d e ira d e p in u s 1 0 0 % re flo re sta d a e e c o lo

Leia mais

CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO PROF. DR. FERNANDO LIMONGI (USP E CEBRAP)

CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO PROF. DR. FERNANDO LIMONGI (USP E CEBRAP) PROF. DR. FERNANDO LIMONGI (USP E CEBRAP) Motivação Com o correr desta campanha eleitoral cresceram as dúvidas sobre os rumos do sistema político brasileiro: Para alguns analistas, a competição política,

Leia mais

Formas de democracia

Formas de democracia Formas de democracia - Freios e contrapesos poderes devem se fiscalizar. Logo, há poderes sobrepostos. O executivo tem controle sobre a administração do poder; o legislativo tem o controle sobre a elaboração

Leia mais

E D I T A L D E C O N C U R S O P Ú B L I C O N / P R O C E S S O N

E D I T A L D E C O N C U R S O P Ú B L I C O N / P R O C E S S O N E D I T A L D E C O N C U R S O P Ú B L I C O N 0 0 1 / 2 0 1 2 P R O C E S S O N 0 0 7 2 0. 2 0 1 1. 0 4 0. 0 1 O P r e f e i t o d o M u n i c í p i o d e F l o r e s t a d o A r a g u a i a e o S e

Leia mais

Apresentação... Prefácio... E ANTÔN IO OCTÁVIO CINTRA. Parte 1 Fundamentos da política e da sociedade brasileiras

Apresentação... Prefácio... E ANTÔN IO OCTÁVIO CINTRA. Parte 1 Fundamentos da política e da sociedade brasileiras S um ário Apresentação... WILHELM HOFMEISTER Prefácio... LÚCIA AVELAR E ANTÔN IO OCTÁVIO CINTRA Parte 1 Fundamentos da política e da sociedade brasileiras 1 F u n d a m e n to s da p o lític a e d a s

Leia mais

FOLHAS PARA DESENHOS TÉCNICOS

FOLHAS PARA DESENHOS TÉCNICOS Normas técnicas FOLHAS PARA DESENHOS TÉCNICOS Formatos do papel Padrão série A NBR 10.068 Objetivo: padronizar as dimensões, dobragem, layout, e posição da legenda. Dimensões O formato do papel tem origem

Leia mais

IN S A In s titu t N a tio n a l

IN S A In s titu t N a tio n a l IN S A : U m a re d e d e 5 e s c o la s s u p e rio re s d e e n g e n h a ria O INS A de Rennes existe desde 1966 R ouen O INS A de Rouen existe desde 1985 O INS A de S trasbourg existe desde 2003 R

Leia mais

Departamento de Gestão Pública Marco Antônio de Carvalho Teixeira. Ambiente político e Governabiliade

Departamento de Gestão Pública Marco Antônio de Carvalho Teixeira. Ambiente político e Governabiliade Departamento de Gestão Pública Marco Antônio de Carvalho Teixeira Ambiente político e Governabiliade Governabilidade Ambiente de estabilidade que propicia ao governo plena capacidade de desempenhar suas

Leia mais

.', HGFEDCBA. M e u s c o m p a n h e iro s e m in h a s c o m p a n h e ira s. M e u s a m ig o s e m in h a s a m ig a s.

.', HGFEDCBA. M e u s c o m p a n h e iro s e m in h a s c o m p a n h e ira s. M e u s a m ig o s e m in h a s a m ig a s. . ---,,,",jihgfedcbazyxwvutsrqponmlkjihgfedcba ".',.;. " f.,..~~' D is c u r s o p r e f e it o M a r c e lo D é d a S O L E N I D A D E D E L A N Ç A M E N T O D A S P U B L I C A Ç Õ E S D O P L A N

Leia mais

C R IS E E C O N Ô M IC A E G A R A N T IA DE EM PR EG O

C R IS E E C O N Ô M IC A E G A R A N T IA DE EM PR EG O C R IS E E C O N Ô M IC A E G A R A N T IA DE EM PR EG O J o s é A ju r ic a b a d a C o s t a e S ilv a ( * ) I. C R I S E E C O N Ô M I C A S e g u n d o o s e c o n o m is t a s, c a ra c t e riz a

Leia mais

R E DE MA IS VIDA R e de de A te nç ã o à S a úde do Ido s o

R E DE MA IS VIDA R e de de A te nç ã o à S a úde do Ido s o R E DE MA IS VIDA R e de de A te nç ã o à S a úde do Ido s o C ic lo d e D e b a te s : "1 C liq0 u e Ap a ra n eo d ita s r do eo s tilo Ed o ssta u b tí tu lo to m e s tre d o Id o s o E lia n a M á

Leia mais

REFORMA E DOMÍNIO PARTIDÁRIO SOBRE O ORÇAMENTO NACIONAL. Curso de Relações Internacionais Faculdade de Ciências Sociais

REFORMA E DOMÍNIO PARTIDÁRIO SOBRE O ORÇAMENTO NACIONAL. Curso de Relações Internacionais Faculdade de Ciências Sociais 7.00.00.00-0 - CIÊNCIAS HUMANAS 7.09.00.00-0 - Ciência Política REFORMA E DOMÍNIO PARTIDÁRIO SOBRE O ORÇAMENTO NACIONAL NOME: RAFAEL DE PAULA SANTOS CORTEZ Departamento de Política Faculdade de Ciências

Leia mais

S is t e m a O p e r a c io n a l H a ik u

S is t e m a O p e r a c io n a l H a ik u OPERATING SYSTEM S is t e m a O p e r a c io n a l H a ik u U m s is t e m a o p e r a c io n a l v o l t a d o a o u s u á r io Bruno Albuquerque XXX Congresso da SBC - Workshop de Sistemas Operacionais

Leia mais

ESPAÇO PÚBLICO Revista do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPE

ESPAÇO PÚBLICO Revista do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPE ESPAÇO PÚBLICO Revista do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPE n. 1. v. 1. 2018 Democracia e relação entre os poderes Executivo e Legislativo: Um ensaio sobre presidencialismo de coalizão

Leia mais

Siga o líder : Interesses econômicos e liderança partidária na Câmara dos Deputados 1

Siga o líder : Interesses econômicos e liderança partidária na Câmara dos Deputados 1 www.brasil-economia-governo.org.br Siga o líder : Interesses econômicos e liderança partidária na Câmara dos Deputados 1 BRUNO CARAZZA 2 Conforme já discutido no blog Leis e Números (http://leisenumeros.com.br/),

Leia mais

P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E J A R D I M

P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E J A R D I M N Ú C L E O D E C O M P R A S E L I C I T A Ç Ã O A U T O R I Z A Ç Ã O P A R A R E A L I Z A Ç Ã O D E C E R T A M E L I C I T A T Ó R I O M O D A L I D A D E P R E G Ã O P R E S E N C I A L N 027/ 2

Leia mais

Aula 15- A Crise do Império de Novembro de 1889

Aula 15- A Crise do Império de Novembro de 1889 Aula 15- A Crise do Império 1870-1889 15 de Novembro de 1889 Silêncio! Dom Pedro está governando o Brasil. z z z Proclamação da República A Questão Militar A Questão Religiosa Questão Abolicionista A

Leia mais

Como você vê a visita e o acompanhante nos serviços de saúde? Por que redimensionar o espaço da visita e do acompanhante?

Como você vê a visita e o acompanhante nos serviços de saúde? Por que redimensionar o espaço da visita e do acompanhante? Como você vê a visita e o acompanhante nos serviços de saúde? Por que redimensionar o espaço da visita e do acompanhante? Visita aberta e acompanhante é um direito instituinte e um analisador, uma vez

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS FLP0204 Política IV Instituições Políticas Brasileiras 2º semestre de 2011. Noturno: 3as feiras Vespertino: 4as feiras

Leia mais

Política Brasileira: Uma Introdução à Análise Institucional

Política Brasileira: Uma Introdução à Análise Institucional PPG Ciência Política UFRGS 1º Semestre de 2019 Política Brasileira: Uma Introdução à Análise Institucional Prof. Responsável: Paulo Peres E-mail: peres.ps@gmail.com Programa do Curso Apresentação O curso

Leia mais

I Semana de Administração e Políticas Públicas da Escola de Governo de Minas Gerais

I Semana de Administração e Políticas Públicas da Escola de Governo de Minas Gerais I Semana de Administração e Políticas Públicas da Escola de Governo de Minas Gerais Escola de Governo de Minas Gerais Secretaria de Estado de Planejamento Coordenação Geral - SEPLAN - MG FAPEMIG Fundação

Leia mais

O fim da. Quarta República. e o golpe civil-militar

O fim da. Quarta República. e o golpe civil-militar O fim da Quarta República e o golpe civil-militar Carlos Lacerda derrubador de presidentes Participou da ANL Contra o integralismo, os latifundiários e o imperialismo Preso durante o golpe do Estado Novo,

Leia mais

soluções sustentáveis soluções sustentáveis

soluções sustentáveis soluções sustentáveis soluções sustentáveis 1 1 1 2 3 KEYAS S OCIADOS UNIDADES DE NEGÓCIO ALGUNS CLIENTES 2 2 1 2 3 KEYAS S OCIADOS UNIDADES DE NEGÓCIO ALGUNS CLIENTES 3 3 APRES ENTAÇÃO A KEYAS S OCIADOS a tu a d e s d e 1

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Do Presidente e Vice-Presidente da República (Art. 076 a 083) Professor André Vieira Direito Constitucional Aula XX FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO Autoridade Comum Responsabilidade

Leia mais

9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ]

9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ] 9º ano Fênix Caderno 3 Continuação História RAFA NORONHA = ] 2 Período Democrático (1945-1964) De 1945 à 1964 Brasil Liberal Apenas dois presidentes conseguiram terminar o seu mandato (Dutra e JK); um

Leia mais

Aula nº. 26 EXERCÍCIOS PARTE II

Aula nº. 26 EXERCÍCIOS PARTE II Curso/Disciplina: Teoria Geral do Estado Aula: Exercícios Parte II - 26 Professor(a): Marcelo Leonardo Tavares Monitor(a): Bruna Paixão Aula nº. 26 EXERCÍCIOS PARTE II SUIÇA QUESTÕES 1. COMO FOI A FORMAÇÃO

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministros de Profª. Fabiana Coutinho - Poder Executivo Presidente da República, auxiliado por Ministros de

Leia mais

Relatório de verificações factuais

Relatório de verificações factuais Relatório de verificações factuais RELATORIO UNIÃO EUROPEIA PROJETO TERRA DO MEIO Contrato DCI-ALA/2011/279-797 Período 01/07/2012 a 07/11/2014 Relatório Financeiro Final Orçamento segundo o

Leia mais

Administração Pública

Administração Pública Administração Pública Sistema Político Brasileiro Professor Cássio Albernaz www.acasadoconcurseiro.com.br Administração Pública SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO O Brasil é uma república federal presidencialista,

Leia mais

O que é Estado Moderno?

O que é Estado Moderno? O que é Estado Moderno? A primeira vez que a palavra foi utilizada, com o seu sentido contemporâneo, foi no livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo,

Leia mais

Sistema Político Brasil e Portugal: Em algum lugar entre Washington e Westminster

Sistema Político Brasil e Portugal: Em algum lugar entre Washington e Westminster COLÓQUIO INTERNACIONAL Mídia, Corrupção e Novas Tecnologias: Brasil e Portugal em Perspectiva Comparada Sistema Político Brasil e Portugal: Em algum lugar entre Washington e Westminster Manoel Leonardo,

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Ciência Política

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Ciência Política Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Ciência Política Seminário Temático: Legislativo Brasileiro Professor: Gustavo Grohmann

Leia mais

A ascensão política dos militares foi fundamental para a Proclamação da República, embora não fosse a única causa da queda da monarquia.

A ascensão política dos militares foi fundamental para a Proclamação da República, embora não fosse a única causa da queda da monarquia. O Papel dos Militares na Política Mesmo não formando um grupo homogêneo e alinhado, a consolidação do exército, resultado da Guerra do Paraguai, foi um dos principais fatores desestabilizantes da Monarquia.

Leia mais

Revisão IV Brasil República

Revisão IV Brasil República Revisão IV Brasil República Prof. Fernando I- Era Vargas 1930-45; República Nova 1930-64 II- República Populista 1946-64 Democratização. Nacionalismo ou Liberalismo? II- República Populista 1946-64 1º

Leia mais

INSTITUIÇÕES NO BRASIL

INSTITUIÇÕES NO BRASIL Carlos Melo Fev., 2017 INSTITUIÇÕES NO BRASIL COMO CHEGAMOS AO PONTO EM QUE CHEGAMOS? Instituições - Esclarecimentos Nota 1 Quando chegamos ao ponto de saber de cor os nomes dos 11 ministros do Supremo

Leia mais

Sumário APRESENTAÇÃO RAIO-X DAS QUESTÕES... 13

Sumário APRESENTAÇÃO RAIO-X DAS QUESTÕES... 13 Sumário APRESENTAÇÃO... 11 RAIO-X DAS QUESTÕES... 13 Análise dos dados... 17 Assuntos que tiveram maior número de questões com base na doutrina... 19 Assuntos que tiveram maior número de questões com base

Leia mais

Projeto Memória do Parlamento Brasileiro

Projeto Memória do Parlamento Brasileiro I II Projeto Memória do Parlamento Brasileiro Professor(a), seja bem-vindo(a)! Aqui encontrará algumas sugestões de conteúdos e de atividades para contribuir com o trabalho pedagógico. I II Visite a Exposição!

Leia mais

PROVA 2 DISCURSIVA 1. a PARTE TEXTO 1

PROVA 2 DISCURSIVA 1. a PARTE TEXTO 1 PROVA 2 DISCURSIVA 1. a PARTE TEXTO 1 Para produzir a dissertação relativa ao Texto 1, que vale trinta pontos, faça o que se pede, usando as páginas correspondentes do presente caderno para rascunho. Em

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Processo Legislativo Espécies Normativas: Medida Provisória, Lei Delegada, Decreto Legislativo e Resolução Parte 2. Profª. Liz Rodrigues - Lei Delegada: ato normativo primário elaborado

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes. Módulo I História da Formação Política Brasileira. Aula 3 O Pensamento Político Brasileiro

Escola de Formação Política Miguel Arraes. Módulo I História da Formação Política Brasileira. Aula 3 O Pensamento Político Brasileiro LINHA DO TEMPO Módulo I História da Formação Política Brasileira Aula 3 O Pensamento Político Brasileiro SEC XV SEC XVIII 1492 A chegada dos espanhóis na América Brasil Colônia (1500-1822) 1500 - A chegada

Leia mais

Palavras-chave: democracia; sistema político; presidencialismo; constitucional.

Palavras-chave: democracia; sistema político; presidencialismo; constitucional. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO: Entre o consenso e o conflito Mariana de Padua Tomasi Keppen Orientador: Francis Augusto Góes Ricken RESUMO Diante da atual conjuntura política do Brasil, torna-se propício

Leia mais

CIÊNCIA POLÍTICA O Presidencialismo e a dinâmica das relações entre o Executivo e o Legislativo no Brasil. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

CIÊNCIA POLÍTICA O Presidencialismo e a dinâmica das relações entre o Executivo e o Legislativo no Brasil. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua CIÊNCIA POLÍTICA O Presidencialismo e a dinâmica das relações entre o Executivo e o Legislativo no Brasil Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua 1ª corrente Dispersão do poder e Ingovernabilidade: Abranches,

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Coleção Jacoby Fernandes de Direito Público CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL VOLUME 5 Área específica Direito Constitucional Áreas afins Atualizada até a EC nº 99/2017 Direito Constitucional

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015. (Do Sr. e outros) Institui o Sistema Semi-Presidencialista de Governo e dá outras providências. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos

Leia mais

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FESPSP PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA Política VIII: Seminários CARGA HORÁRIA 72 Avançados de Política CURSO Sociologia e Política SEMESTRE

Leia mais

Democracia e Sistema Eleitoral Brasileiro

Democracia e Sistema Eleitoral Brasileiro Democracia e Sistema Eleitoral Brasileiro A democracia que conhecemos atualmente é um sistema político e governamental em que os cargos políticos são definidos através do voto. O seu oposto é a ditadura,

Leia mais

No trilho das competências das famílias

No trilho das competências das famílias No trilho das competências das famílias Um olhar sobre a intervenção com famílias em contextos de Multi-Assistência. Joana Sequeira (joanasequeira@ismt.pt; joanasequeira@esdrm.pt) XIV Jornadas do GAF (Re)Inventar

Leia mais

1. Ementa. 2. Objetivos da disciplina

1. Ementa. 2. Objetivos da disciplina Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (CPDOC/FGV) Mestrado e doutorado Acadêmico Disciplina: Instituições Políticas Brasileiras Professor: Márcio Grijó Vilarouca Horário: 14h

Leia mais

Seminário GVcev Tendências e Expectativas para o Varejo de 2008

Seminário GVcev Tendências e Expectativas para o Varejo de 2008 Seminário GVcev Tendências e Expectativas para o Varejo de 2008 PERSPECTIVAS PARA O SEGUNDO GOVERNO LULA E A CONJUNTURA DE 2008 FERNANDO LUIZ ABRUCIO I) CARACTERÍSTICAS DO SEGUNDO GOVERNO LULA 1 - LEGITIMIDADE

Leia mais

A COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO MOTIVACIONAL DOS ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE DA FAZU

A COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO MOTIVACIONAL DOS ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE DA FAZU Secretariado Executivo Bilíngüe/Office Administration 127 A COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO MOTIVACIONAL DOS ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE DA FAZU INTRODUÇÃO O p re s e n te

Leia mais

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E DEMOCRACIA CARGA HORÁRIA: 60h/a PROFESSOR: Eduardo Martins de Lima

INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E DEMOCRACIA CARGA HORÁRIA: 60h/a PROFESSOR: Eduardo Martins de Lima INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E DEMOCRACIA CARGA HORÁRIA: 60h/a PROFESSOR: Eduardo Martins de Lima EMENTA Parte-se da proposição de que as instituições são obras dos homens e que algumas, em particular, constituem-se

Leia mais

AULA 3 Métodos de interpretação constitucional 2; Questão de concurso

AULA 3 Métodos de interpretação constitucional 2; Questão de concurso SUMÁRIO CAPÍTULO 1 DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 1 Constitucionalismo; Origem, conceito e objeto; Fontes do Direito Constitucional; Neoconstitucionalismo; Transconstitucionalismo; Questão de concurso CAPÍTULO

Leia mais

Projeto Descrição de Cargos 2016

Projeto Descrição de Cargos 2016 Projeto Descrição de Cargos 2016 Sumário 1. Objetivos do Projeto; 2. Etapas do Projeto; 3. Conceitos para Descrição de Cargos; 4. Acesso ao Sistema; 5. O Formulário. OBJETIVOS DO PROJETO Principais objetivos

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Processo Legislativo Fase Introdutória Iniciativa de Lei por e Extra-. Profª. Liz Rodrigues Fase Introdutória Iniciativa de Lei por e Extra- - Iniciativa legislativa: é a faculdade

Leia mais

A REFORMA DO SISTEMA PARTIDÁRIO ELEITORAL: DIAGNÓSTICO, POSSIBILIDADES E LIMITES FERNANDO LUIZ ABRUCIO

A REFORMA DO SISTEMA PARTIDÁRIO ELEITORAL: DIAGNÓSTICO, POSSIBILIDADES E LIMITES FERNANDO LUIZ ABRUCIO A REFORMA DO SISTEMA PARTIDÁRIO ELEITORAL: DIAGNÓSTICO, POSSIBILIDADES E LIMITES FERNANDO LUIZ ABRUCIO CONTEXTO O MODELO POLÍTICO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 CARACTERÍSTICAS 1) SISTEMA PROPORCIONAL E MULTIPARTIDARISMO

Leia mais

19/08/17. Atualidades. Projeto de Reforma Política. Prof. Grega

19/08/17. Atualidades. Projeto de Reforma Política. Prof. Grega Atualidades Projeto de Reforma Política A Comissão Especial da Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (15/08/2017) a votação das emendas da parte da reforma política que necessita de alterações

Leia mais

Tendências e perspectivas do

Tendências e perspectivas do Aspectos Institucionais do SUS Tendências e perspectivas do financiamento da saúde no Brasil Fábio Gomes Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados Docente do mestrado em poder legislativo (CEFOR-Câmara)

Leia mais

Palavras chave: Presidencialismo de coalizão, governo, presidente.

Palavras chave: Presidencialismo de coalizão, governo, presidente. Presidencialismo de Coalizão Isabela Ritter Pereira e Renata Raquel Joukoski Com orientação do Professor Dr. Paulo Ricardo Schier Resumo Com a promulgação da Constituição da República de 1988 inovou-se

Leia mais

AGÊNCIA AMBIENTAL FEDERAL AMERICANA - USEPA

AGÊNCIA AMBIENTAL FEDERAL AMERICANA - USEPA AGÊNCIA AMBIENTAL FEDERAL AMERICANA - USEPA Emenda ao 40 CFR Parts 261, 266, 268 e 271 Documento: FERTILIZANTES À BASE DE ZINCO PRODUZIDOS A PARTIR DE MATERIAL SECUNDÁRIO PERIGOSO Julho/2002 S U M Á R

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministros de Estado Parte 3. Profª. Liz Rodrigues - Atribuições do Presidente da República: previstas no art.

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE

A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE AUDITORIA IA CLÍNICA A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE Auditoria é em um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é averiguar

Leia mais

PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO. Estado e Relações de Poder UFABC

PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO. Estado e Relações de Poder UFABC PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO Estado e Relações de Poder UFABC 1 OS SISTEMAS DE GOVERNO As democracias contemporâneas organizam seus governos em sistemas diversos Dois modelos mais conhecidos são

Leia mais

Breno D. Rocha¹; Cintia G. Lages¹

Breno D. Rocha¹; Cintia G. Lages¹ 213 A análise do parlamentarismo ante a crise política de 2015 sob a égide da constituição da república federativa de 1988 Analysis of parliamentarianism before the political crisis of 2015 under the aegis

Leia mais

STJ KILDARE GONÇALVES CARVALHO

STJ KILDARE GONÇALVES CARVALHO KILDARE GONÇALVES CARVALHO Professor de Direito Constitucional na Faculdade de Direito Milton Campos. Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ex-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.

Leia mais

PLANO DE ENSINO. 2º / 2018 Período de Realização: Julho a Dezembro de 2018 Carga Horária: 40 h/a

PLANO DE ENSINO. 2º / 2018 Período de Realização: Julho a Dezembro de 2018 Carga Horária: 40 h/a Campus: Brasília Curso: Semestre / Ano do plano apresentado: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA - IFB DIRETORIA DE ENSINO - DREN COORDENAÇÃO GERAL DE ENSINO - CGEN COORDENAÇÃO

Leia mais

ARGUMENTO º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES

ARGUMENTO º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES ARGUMENTO 2017 1º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES República Federativa do Brasil ASPECTOS DA ESTRUTURA POLÍTICO- CONSTITUCIONAL DO ESTADO BRASILEIRO. REPÚBLICA - forma de governo em que o Chefe de Estado

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o, DE 2017

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o, DE 2017 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o, DE 2017 (Do Sr. JOÃO DERLY e outros) Altera os art. 14 e 77, e cria o art. 17-A, todos da Constituição Federal, para permitir a apresentação de candidaturas a cargo

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Câmara dos Deputados CEFOR/DRH Eleições de Deputados Federais e Senadores Pressupostos de Elegibilidade Requisitos para a candidatura dos Deputados Federais: Brasileiro nato ou naturalizado

Leia mais

ORÇAMENTO LEGISLATIVO I: UMA VISÃO SOBRE O CONTROLE DO

ORÇAMENTO LEGISLATIVO I: UMA VISÃO SOBRE O CONTROLE DO 04 de Dezembro de 2012 ORÇAMENTO LEGISLATIVO I: UMA VISÃO SOBRE O CONTROLE DO ORÇAMENTO PELO PODER LEGISLATIVO NO MUNDO Carlos Alexandre Nascimento Agenda Pano de fundo Fatores que afetam o envolvimento

Leia mais

Comissão da reforma política aprova distritão e fundo de R$ 3,6 bilhões para campanhas

Comissão da reforma política aprova distritão e fundo de R$ 3,6 bilhões para campanhas Comissão da reforma política aprova distritão e fundo de R$ 3,6 bilhões para campanhas Modelo foi aprovado após votação do texto-base da reforma. Distritão divide estados e municípios em distritos e põe

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Legislativo Comissões Parlamentares e Comissões Parlamentares de Inquérito Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Deliberações (art. 47, CF/88): Salvo disposição constitucional em

Leia mais

ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NOTAS DOUTRINÁRIAS DA ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO... 08 DOS ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO... 09 PREÂMBULO CONSTITUCIONAL PREÂMBULO... 10 TÍTULO

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Legislativo Congresso Nacional Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Congresso Nacional: composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, desenvolve suas atividades ao longo

Leia mais

P r o g r a m a d e T r e in a m e n to e P a le s tr a s

P r o g r a m a d e T r e in a m e n to e P a le s tr a s P r o g r a m a d e T r e in a m e n to e P a le s tr a s D ia b e te s M e llitu s e H ip e r te n s ã o A r te r ia l Dra Fernanda Pavarini Diabetes M ellitus P o r q u e g e r e n c ia r D ia b e te

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Poder Executivo Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministros de Estado Parte 1. Profª. Liz Rodrigues - Poder Executivo: responsável por administrar e implementar

Leia mais

PLANO DE CURSO 2010/1

PLANO DE CURSO 2010/1 PLANO DE CURSO 20/1 Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e / ou da Coordenação. DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL I PROFESSOR: DAURY CESAR FABRIZ TURMA: 2º ANO INTEGRAL

Leia mais

lh e c o n fe re o in c is o II d o a rt. 4 º d o Re g u la m e n to d o D e p a rta m e n to -G e ra l d o Pe s s o a l (R-1 56 ), a p ro v a d o

lh e c o n fe re o in c is o II d o a rt. 4 º d o Re g u la m e n to d o D e p a rta m e n to -G e ra l d o Pe s s o a l (R-1 56 ), a p ro v a d o PORTARIA Nº 1 6 4 -D G P, D E 4 D E NOV E M B RO D E 2 0 1 1. Alte ra a d is trib u iç ã o d e e fe tiv o d e m ilita re s te m p o rá rio s, p a ra o a n o d e 2 0 1 1. O CHEFE DO DEPARTAMENTO-GERAL DO

Leia mais

O PARLAMENTARISMO E A CONFIANÇA DO ELEITOR (Revista Conselhos Abril/Maio 2016 págs. 60 e 61)

O PARLAMENTARISMO E A CONFIANÇA DO ELEITOR (Revista Conselhos Abril/Maio 2016 págs. 60 e 61) O PARLAMENTARISMO E A CONFIANÇA DO ELEITOR (Revista Conselhos Abril/Maio 2016 págs. 60 e 61) O período político mais estável que o Brasil conheceu foi à época do 2º império, em que o País possuía o sistema

Leia mais

Populismo no Brasil ( )

Populismo no Brasil ( ) Populismo no Brasil (1945-1964) O Populismo foi um fenômeno da América Latina, característico de um mundo pós Segunda Guerra Mundial, momento que exigiase democratização. Fortalecimento das relações entre

Leia mais

XIX. A República Populista

XIX. A República Populista XIX. A República Populista Constituinte de 1946 Polêmica do desenvolvimento; Partido Trabalhista Brasileiro PTB (nacionalismo radical); Partido Social Democrático PSD (desenvolvimentismo); União Democrática

Leia mais

PROVA DISCURSIVA P 4

PROVA DISCURSIVA P 4 PROVA DISCURSIVA P 4 Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso queira, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS

Leia mais

CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA

CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA AULA DEMONSTRATIVA - PRESIDENCIALISMO CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU) Cargo de ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE (AFC) Área: Prevenção da Corrupção e Auditoria

Leia mais

UNIDADE: DATA: 30 / 11 / 2016 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 9.º ANO/EF

UNIDADE: DATA: 30 / 11 / 2016 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 9.º ANO/EF SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: 30 / / 206 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE HISTÓRIA 9.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A): VALOR: 0,0

Leia mais

FLP0204 Política IV Instituições Políticas Brasileiras 2º semestre de Vespertino: 5as feiras Noturno: 6as feiras

FLP0204 Política IV Instituições Políticas Brasileiras 2º semestre de Vespertino: 5as feiras Noturno: 6as feiras 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS FLP0204 Política IV Instituições Políticas Brasileiras 2º semestre de 2017. Vespertino: 5as feiras Noturno: 6as feiras

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição História Constitucional Brasileira Profª. Liz Rodrigues - Até o momento, a República Federativa do Brasil já teve oito Constituições. Porém, como diz Sarmento,

Leia mais

O DEBATE EM TORNO DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO: ANÁLISES, POLÊMICAS E DESAFIOS

O DEBATE EM TORNO DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO: ANÁLISES, POLÊMICAS E DESAFIOS O DEBATE EM TORNO DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO: ANÁLISES, POLÊMICAS E DESAFIOS The Discussion About Brazilian Political System: analysis, controversy and challenges Thais de Freitas Morais (UFRN) RESUMO

Leia mais

se move O presidencialismo _Ciência política O poder de legislar do Executivo tende a amenizar a imagem do governo como clientelista e corrupto

se move O presidencialismo _Ciência política O poder de legislar do Executivo tende a amenizar a imagem do governo como clientelista e corrupto _Ciência política O presidencialismo se move O poder de legislar do Executivo tende a amenizar a imagem do governo como clientelista e corrupto Claudia Izique O regime presidencialista, num sistema federalista,

Leia mais

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 77-A, DE 2003

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 77-A, DE 2003 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 77-A, DE 2003 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N o 77, DE 2014 Suprime o 5º do art. 14 e dá nova redação ao 1º do

Leia mais

DIREITO 4º PERÍODO BIBLIOGRAFIA BÁSICA

DIREITO 4º PERÍODO BIBLIOGRAFIA BÁSICA DIREITO 4º PERÍODO Disciplina: Direito Constitucional II Professor: Dr. ALEXANDRE GUSTAVO MELO FRANCO DE MORAES BAHIA Objetivo da Disciplina: Conhecer e BIBLIOGRAFIA BÁSICA discutir as funções dos 3 Poderes,

Leia mais

ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas

ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas ola eu sou o Everton e vou falar do poder de vargas introdução vargas como era : o seu poder, como ele tomou posse e as tres fases politicas O PODER DE VARGAS ERA : PROVISÓRIO, CONSTITUCIONAL e ESTADO

Leia mais

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no Brasil

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no Brasil O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no Brasil Workshop: Geointeligência em Agricultura e Meio Ambiente Embrapa Monitoramento por Satélite - 25 anos São Paulo, 08 de maio de 2014 Sumário 1. Introdução

Leia mais

CIÊNCIA POLÍTICA. Mecanismos de Intermediação de interesses e articulação entre Estado e Sociedade. Relações Executivo- Legislativo no Brasil

CIÊNCIA POLÍTICA. Mecanismos de Intermediação de interesses e articulação entre Estado e Sociedade. Relações Executivo- Legislativo no Brasil CIÊNCIA POLÍTICA Mecanismos de Intermediação de interesses e articulação entre Estado e Sociedade. Relações Executivo- Legislativo no Brasil Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua Intermediação de Interesses:

Leia mais