A ascensão política dos militares foi fundamental para a Proclamação da República, embora não fosse a única causa da queda da monarquia.
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- Ana Sofia Sintra
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1 O Papel dos Militares na Política Mesmo não formando um grupo homogêneo e alinhado, a consolidação do exército, resultado da Guerra do Paraguai, foi um dos principais fatores desestabilizantes da Monarquia. A ascensão política dos militares foi fundamental para a Proclamação da República, embora não fosse a única causa da queda da monarquia. Os militares estiveram no centro da cena política desde a República da Espada, passando pelo Tenentismo; durante a Era Vargas foram interventores nos Estados e no período fizeram diversas intervenções na vida política do país.
2 REGIME MILITAR, Um eixo central era o combate ao comunismo, visto como uma ameaça ao Brasil e à América Latina na década de 1960, auge da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética (URSS). Outros eixos eram o nacionalismo e o desenvolvimentismo.
3 PRETORIANISMO situação em que o sistema político mostra-se pouco capaz de processar as demandas e conflitos, tornando-se presa fácil de aventuras autoritárias. A ausência ou deficiência de canais institucionalizados de participação, especialmente quando o sistema partidário é instável e carece de legitimidade, e a intensa atuação política de grupos sociais como os militares acaba por levar a crise de governabilidade. HUNTINGTON é a fragilidade das instituições políticas que faz com que as instituições que não tem função política (igreja, exércitos, escolas, etc) se tornem fortemente politizadas e usem seus recursos de poder na defesa dos seus interesses. Como os militares controlam os meios de violência, eles acabam por sobrepujar os demais atores, impondo-se pela força.
4 Guillermo O Donnell: regime burocrático-autoritário (BA) pode ser entendido a partir de três dimensões: (1)a ação dos atores regimes burocrático-autoritários formaram-se pela intervenção atores que possuíam, em comum, um histórico de atuação burocrática operando, no alto comando do governo, indivíduos com sólida carreira em organizações complexas e burocratizadas, como são os casos das Forças Armadas, de grandes empresas privadas e de áreas administrativas do próprio Estado.
5 (2) a exclusão política e o processo de despolitização compõem sistemas de exclusão política, pois fecham os canais de acesso da sociedade e impõem, através da repressão, controle vertical sobre instituições representativas, principalmente sobre os sindicatos. O regime BA procura despolitizar o ambiente político, direcionando para um ambiente técnico, as questões sociais e as políticas públicas. (3)a exclusão econômica e aprofundamento do capitalismo periférico e dependente exclusão das camadas populares nas decisões sobre questões econômicas, o que aprofunda as desigualdades próprias do capitalismo
6 Transição para a democracia Transição é o intervalo entre um regime político e outro (e não apenas um governo e outro), que pode ocorrer de diversas formas, dependendo essencialmente da natureza do regime anterior e dos processos históricos de cada país. Pode assumir uma de três diferentes formas: (1) quando as elites do poder resolvem iniciar um processo de abertura; (2) quando grupos da oposição derrubam o regime ou este cai; (3) quando a democratização resulta de uma ação conjugada do regime e da oposição.
7 O Donnell duas formas clássicas de transição: Transição por colapso rápida, com forte ruptura com o autoritarismo vigente Grécia, Argentina e Bolívia Transição pactuada lenta e gradual, segura para as forças até então no poder, fruto de acordo entre os setores conservadores no poder e as forças moderadas na oposição Espanha, Chile e Brasil.
8 Características da Transição Brasileira (1)O processo de mudança, inicialmente chamado de distensão política, depois política de abertura e, por fim, transição política, foi iniciado pelos militares - mais especificamente por uma das suas correntes políticoideológicas - e não por pressão da sociedade. (2) Esse processo teve sua natureza, andamento e objetivos também determinados pelos militares, que negociaram entre si e com os políticos civis. (3) Essa mudança resultou da necessidade dos próprios militares resolverem problemas internos à corporação, e não de uma súbita conversão democrática de parte do oficialato.
9 Carlos Nelson Coutinho a redemocratização brasileira foi uma transição fraca risco contido nessa forma de transição relativamente negociada. Nela se verifica sempre (...) a combinação de processos pelo alto e de processos provenientes de baixo ; e, decerto, é o predomínio de uns ou de outros o que determina o resultado final. Como naquela transição predominaram as forças do alto, ela implicava certamente uma ruptura com a ditadura implantada em 1964, mas não com os traços autoritários e excludentes que caracterizam aquele modo tradicional de se fazer política no Brasil.
10 A consolidação democrática brasileira ocorreu em um quadro institucional peculiar conjugou o presidencialismo como forma de governo, o federalismo como fórmula de relação entre o Estado central e as unidades subnacionais (MAINWARING, 1997), a coalizão política como fórmula de governabilidade (ABRANCHES, 1988), tendo por base um sistema partidário fragmentado (NICOLAU, 1996), pouco institucionalizado e demasiadamente regionalizado (ABRUCIO, 1998). Resultado: uma democracia eleitoral, um Executivo imperial e um regime congressual que atua ora como colaborador, ora como sabotador das iniciativas do Presidente, ator central do sistema político
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