PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

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1 (4åV20Ø1V0) APELAÇÃO CÍVEL /MG Processo na Origem: RELATOR(A) : DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA EMENTA CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. COFINS. CONCEITO AMPLO DE FATURAMENTO (ART. 3º DA LEI Nº 9.718/98): INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF. ALUGUÉIS DE BENS MÓVEIS. MÁQUINAS. VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS. INCLUSÃO DOS VALORES AUFERIDOS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS. POSSIBILIDADE, PORQUANTO INTEGRAM O FATURAMENTO (ART. 2º DA LC Nº 70/91). PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE. 1. O Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS/COFINS estabelecida pelo 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, porque incompatível com a redação primitiva do art. 195, I, b, da CF/88, vício que a EC nº 20/98 não convalida. Logo, prevalece, para fins de determinação da base de cálculo, o conceito de faturamento precedente à Lei 9.718/98: para a COFINS, o previsto no art. 2º da LC nº 70/ O fato de o STF ter reputado inconstitucional o alargamento do conceito de faturamento estabelecido pela Lei nº 9.718/98, porém, não induz à não-integração dos aluguéis de imóveis próprios na base de cálculo da contribuição em comento, consoante interpretação do STJ da legislação pretérita (LC nº 70/91), firmando o entendimento de que tais valores compõem o faturamento da empresa (art. 2º), dentro do universo das receitas provenientes da venda de mercadorias e/ou serviços. 3. As receitas (...) provenientes da locação de bens imóveis integram a base de cálculo das contribuições PIS/COFINS ; as atividades de (...) alugar (...) imóveis e intermediar negócios imobiliários estão sujeitas a COFINS, porque caracterizam compra e venda de mercadorias, em sentido amplo, como o empregou o legislador, e esse usou a palavra faturamento como vendas realizadas, importância apurada e receita obtida e não no sentido puramente comercial" (STJ (EREsp /MG c/c EREsp /PE). No mesmo sentido, vejam-se os seguintes arestos, proferidos por esta Corte: AC /BA, Rel. Desembargador Federal Luciano Tolentino Amaral, Sétima Turma,e-DJF1 p.377 de 09/05/2008; AMS /MG, Rel. Desembargador Federal Catão Alves, Sétima Turma,e-DJF1 p.393 de 03/10/2008; AMS /BA, Rel. Desembargador Federal Leomar Barros Amorim De Sousa, Oitava Turma,e-DJF1 p.663 de 06/04/ Apelação não provida. Sentença mantida. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas: Decide a Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do voto do Relator. Brasília-DF, 09 de setembro 2014 (data do julgamento). DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA Relator Criado por Diva

2 RELATÓRIO fls.2/7 O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA(RELATOR): Trata-se de apelação interposta por META LOCAÇÃO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA contra sentença que julgou improcedente o pedido objetivando o afastamento do reconhecimento do PIS e da COFINS sobre as receitas decorrentes da locação de máquinas e equipamentos, por não se enquadrarem no conceito de faturamento descrito no art. 2º da LC 70/91, bem como a declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 3º, 1º, da Lei nº 9.718/98, com a restituição dos valores recolhidos a título de PIS/COFINS. (fls. 18/19). Em suas razões de apelação, a recorrente sustenta, em síntese, que:...por ter como atividade a locação de bens móveis, não estaria sujeita ao recolhimento de PIS e COFINS, na medida em que o conceito de locação não se enquadraria dentro do de faturamento definido pela Lei Complementar nº 70/91, na medida em que este seria o decorrente da venda de bens, de bens e serviços ou serviços de qualquer natureza. fl. 69. Insiste que as receitas oriundas da locação de bens imóveis de sua propriedade não estariam sujeitas a incidência de PIS e COFINS (fl. 74). Sem contrarrazões. É o relatório. V O T O O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL REYNALDO FONSECA(RELATOR): O Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS/COFINS estabelecida pelo 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, porque incompatível com a redação primitiva do art. 195, I, b, da CF/88, vício que a EC nº 20/98 não convalida. Confira-se: CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE ART. 3º, 1º, DA LEI Nº [9.718/98] [EC Nº 20/98]. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS - SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do [CTN] ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente. Sobrepõese ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os elementos tributários. (...) - INCONSTITUCIONALIDADE DO 1º DO ART. 3º DA LEI Nº 9.718/98. A jurisprudência do [STF], ante a redação do artigo 195 da [CF/88] anterior à [EC] nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98 (...) (STF, RE nº /PR, Rel. p/ ac. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, maioria, DJ 01/09/2006, p. 19) Logo, prevalece, para fins de determinação da base de cálculo, o conceito de faturamento precedente à Lei 9.718/98: para a COFINS, o previsto no art. 2º da LC nº 70/91. Esta Corte e o STJ já assimilaram a recente orientação do STF: (...) TRIBUTÁRIO (...)....

3 fls.3/7 2 - A nova jurisprudência do STF aponta que, para fins de determinação da base de cálculo do PIS e da COFINS, prevalece, em detrimento do (...) conceito de faturamento constante no 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98, aquele (já antes) previsto no art. 2º da LC nº 70/91: "A contribuição (...) incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza".... (TRF1, T7, AGTAG nº /DF, Rel. Des. Fed. LUCIANO TOLENTINO AMARAL, T7, ac. un., DJ 19/12/2005, p. 152) (...). AMPLIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS (...) Com relação à Lei nº 9.718/98, o Pretório Excelso, ao julgar os RREE nºs /PR, /RS, /RS e /MG, assentou que a noção de faturamento inscrita no art. 195, I, da CF/1988 (na redação anterior à EC nº 20/98) não autoriza a incidência tributária sobre a totalidade das receitas auferidas pelos contribuintes, não sendo possível a convalidação posterior de tal imposição, ainda que por força da promulgação da EC nº 20/98. Decidiu-se, naquela ocasião: a) declarar a inconstitucionalidade do 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 (base de cálculo do PIS e da COFINS), para impedir a incidência do tributo sobre as receitas até então não compreendidas no conceito de faturamento da LC nº 70/91; b) ser desnecessária, no caso específico, lei complementar para a majoração da alíquota da COFINS, cuja instituição se dera com base no art. 195, I, da Carta Magna.... (STJ, T1, AgRg no Ag nº /SP, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ 12/06/2006, p. 446) O fato de o STF ter reputado inconstitucional o alargamento do conceito de faturamento estabelecido pela Lei nº 9.718/98, porém, não induz a não-integração dos aluguéis de móveis e imóveis próprios na base de cálculo da contribuição em comento, consoante interpretação do STJ da legislação pretérita (LC nº 70/91), firmando o entendimento de que tais valores compõem o faturamento da empresa (art. 2º), dentro do universo das receitas provenientes da venda de mercadorias e/ou serviços: (...). COFINS. LC 70/91. RECEITAS (...) DE LOCAÇÃO DE LOJAS (...). 1. É pacífico na 1ª Seção o entendimento segundo o qual as receitas das pessoas jurídicas provenientes da locação de bens imóveis integram a base de cálculo das contribuições PIS/COFINS (LC 70/91, art. 2º) (STJ, EREsp nº /PE, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, S1, DJ , p. 452) TRIBUTÁRIO COFINS IMÓVEIS INCIDÊNCIA. As atividades de construir, alienar, comprar, alugar, vender imóveis e intermediar negócios imobiliários estão sujeitas a COFINS, porque caracterizam compra e venda de mercadorias, em sentido amplo, como o empregou o legislador, e este usou a palavra faturamento

4 fls.4/7 como vendas realizadas, importância apurada e receita obtida e não no sentido puramente comercial". (STJ, EREsp nº /MG, Rel. Min. Garcia Vieira, S1, DJ 25/10/2000). TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PIS/COFINS. INCLUSÃO DAS RECEITAS OBTIDAS COM A LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS EM SUAS BASES DE CÁLCULO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO /SP E SÚMULA 423/STJ. 1. A Primeira Seção, em sede de recurso especial repetitivo (art. 543-C do CPC), estabeleceu que as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis caracterizam-se como faturamento, razão pela qual integram a base de cálculo do PIS e da COFINS. Precedente: Recurso representativo da controvérsia: 1ª. Seção, EDcl no REsp /SP, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe Quanto à COFINS foi editada, por esta Corte, a Súmula 423, que assim dispõe: "a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS incide sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis". 3. "[S]e no agravo regimental a parte insiste apenas na tese de mérito já consolidada no julgamento submetido à sistemática do art. 543-C do CPC, é certo que o recurso não lhe trará nenhum proveito do ponto de vista prático, pois, em tal hipótese, já se sabe previamente a solução que será dada ao caso pelo colegiado" (Questão de Ordem no AgRg no REsp /RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Primeira Seção, julgada em 25/3/2009). 4. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa no percentual de 1% (um por cento) do valor da causa, com espeque no artigo 557, 2º, do CPC. (AGRESP , BENEDITO GONÇALVES - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:17/12/2012..DTPB:.) PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. LEI INTERPRETATIVA. PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO, NOS TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. LC 118/2005. TEMA JÁ JULGADO PELO REGIME CRIADO PELO ART. 543-C, CPC, E DA RESOLUÇÃO STJ 08/2008 QUE INSTITUÍRAM OS RECURSOS REPRESENTATIVOS DA CONTROVÉRSIA. PIS E COFINS. RECEITAS FINANCEIRAS (JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA) PROVENIENTES DE CONTRATOS DE VENDA DE IMÓVEIS. RECEITAS ORIUNDAS DO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS PORQUE INERENTES AOS CONTRATOS. CONCEITO DE FATURAMENTO. INCIDÊNCIA. 1. Tanto o STF quanto o STJ entendem que para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quiquenal previsto no art. 3º, da Lei Complementar n. 118/2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento. Tema já julgado pelo recurso representativo da controvérsia REsp. n MG, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em e em repercussão geral pelo STF no RE n /RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em A 1ª Seção do STJ firmou entendimento no sentido de que as receitas provenientes das atividades de construir, alienar, comprar, alugar, vender imóveis e intermediar negócios imobiliários integram o conceito de faturamento, para os fins de tributação a título de PIS e

5 fls.5/7 COFINS, incluindo-se aí as receitas provenientes da locação de imóveis próprios e integrantes do ativo imobilizado, ainda que este não seja o objeto social da empresa, pois o sentido de faturamento acolhido pela lei e pelo Supremo Tribunal Federal não foi o estritamente comercial. Precedentes: AgRg no Ag n / MG, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em ; REsp. n / SC, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Rel. p/acórdão Min. Teori Albino Zavascki, julgado em ; AgRg no REsp. n / PR, Primeira Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em ; AgRg no REsp. n / PR, Segunda Turma, Rel. Min. Castro Meira, julgado em ; ERESP /MG, 1ª S., Min. Garcia Vieira, DJ de ; EREsp /AL, 1ª Seção, Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de ; AGA /SP, 1ª T., Min. José Delgado, DJ de ; RESP /PE, 2ª T., Min. Castro Meira, DJ de ; AGRESP. n /PB, 1ª T., Min. Luiz Fux, DJ de ; RESP. n / PE, 2ª T., Min. João Otávio de Noronha, DJ de No julgamento do RE /MG, o Supremo Tribunal Federal apreciou o recurso extraordinário submetido a repercussão geral e definiu que a noção de faturamento deve ser compreendida no sentido estrito de receita bruta das vendas de mercadorias e da prestação de serviços de qualquer natureza, ou seja, a soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais, consoante interpretação dada pelo RE n AgR (Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, julgado em ), pelo RE n /RJ (Segunda Turma, Rel. Min. Cezar Peluso, julgado em ) e pelo RE n /SP (Tribunal Pleno, Rel. Min. Eros Grau, Rel. p/acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em ), sendo que nesse último ficou estabelecido que somente são excluídos do conceito de faturamento "os aportes financeiros estranhos à atividade desenvolvida pela empresa". 4. Sendo assim, se a correção monetária e os juros (receitas financeiras) decorrem diretamente das operações de venda de imóveis realizadas pelas empresas - operações essas que constituem os seus objetos sociais - tais rendimentos devem ser considerados como um produto da venda de bens e/ou serviços, ou seja, constituem faturamento, base de cálculo das contribuições PIS e COFINS, pois são receitas inerentes e acessórias aos referidos contratos e devem seguir a sorte do principal. 5. Recurso especial não provido. (RESP , MAURO CAMPBELL MARQUES - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:11/03/2014..DTPB:.) Nesse sentido, confiram-se os seguintes arestos desta Corte: TRIBUTÁRIO - PROCESSUAL CIVIL - MS - PIS/COFINS - LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS INTEGRA O FATURAMENTO (BASE DE CÁLCULO) - INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL ESTABILIZADA PELO STJ (SÚMULA E PRECEDENTE SOB O RITO DO ART. 543-C/CPC). 1- O STJ, por Súmula e sob o rito do art. 543-C/CPC, o que agrega aos precedentes especial eficácia, a mais do que muito aconselhar sua adoção aos casos análogos, pacificou que o ingresso contábil adveniente de locação de bens móveis (equipamentos de informática, no caso) integra a base de cálculo do PIS e da COFINS (faturamento: venda de mercadorias e/ou serviços), consoante o AgRg-REsp nº /RS, e a SÚMULA nº Apelação não provida.

6 fls.6/7 3- Peças liberadas pelo Relator, em Brasília, 7 de abril de 2014., para publicação do acórdão. (Processo Numeração Única: AMS / MG; APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA Relator DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL Órgão SÉTIMA TURMA Publicação 25/04/2014 e-djf1 P. 721) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. COFINS. LOCAÇÃO DE MÓVEIS. BASE DE CÁLCULO. ART. 4º DA LC 118/2005. APLICAÇÃO AOS PROCESSOS AJUIZADOS APÓS SUA VIGÊNCIA. JULGADO DO STF. VÍCIOS SANADOS. 1. Os embargos de declaração afiguram-se instrumento processual adequado para sanar as contradições, obscuridades ou omissões, bem como corrigir eventuais erros materiais. 2. Sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis incide a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, nos termos do enunciado 423 da Súmula do STJ, e do REsp /SP, 1ª Seção do STJ, julgado na sistemática dos recursos repetitivos. 3. O STF julgou inconstitucional a segunda parte do art. 4º da LC 118/2005, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005 (STF, RE /RS, rel. ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJe de 11/10/2011). 4. Embargos de declaração parcialmente acolhidos (Numeração Única: ; EDAMS / MG; EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO MANDADO SEGURANÇA Relator DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA DO CARMO CARDOSO Órgão OITAVA TURMA Publicação 19/04/2013 e-djf1 P. 665) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS). BASE DE CÁLCULO. LC 70/91. VENDA DE IMÓVEIS. INCIDÊNCIA. 1. A base de cálculo para a incidência do PIS, em conformidade com o disposto na LC n. 70/91, é o "faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza". 2. Em que pese a declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal do parágrafo 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, que indevidamente ampliou a base de cálculo da exação em discussão, o Superior Tribunal de Justiça, interpretando a legislação pretérita (LC n. 70/91), concluiu que "as receitas decorrentes de atividade de comercialização de bens imóveis sujeitam-se à incidência do PIS e da COFINS, por integrarem esses valores o faturamento da empresa, compreendido como o resultado econômico da atividade empresarial exercida." (REsp /PR, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 20/09/2005, DJ 10/10/2005, p. 330). 3. Apelação da impetrante improvida. (AMS /BA, Rel. Desembargador Federal Leomar Barros Amorim De Sousa, Oitava Turma,e-DJF1 p.663 de 06/04/2010).

7 recorrida. fls.7/7 Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO à apelação. Fica mantida a sentença É como voto.