REESTRUTURAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO DE UMA EQUIPE DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA - NASF
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- Matheus Frade Borba
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1 Relato de Experiência REESTRUTURAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO DE UMA EQUIPE DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA - NASF O Diagnóstico Situacional e a Cogestão como ferramentas Apresentadora: Carla Soleman Coordenadora do Núcleo de Apoio à Saúde da Família SMS São Paulo -SP/ Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Porto Alegre
2 Introdução A experiência em questão se deu a partir do Plano de Trabalho iniciado pela nova Coordenação de uma equipe NASF do município de São Paulo em Abril de 2012; De antemão a equipe já sinalizou muitos problemas em diferentes aspectos como processo de trabalho, relacionamento intra-equipe, relação com as equipes de Saúde da Família, registros e organização do trabalho. Diante disto, algumas estratégias foram traçadas e as principais ferramentas utilizadas foram o Diagnóstico Situacional e a Cogestão.
3 Contextualização Modelo de Gestão no município de São Paulo Gestão público-privada Contratos de Gestão e Convênios. Organizações Sociais/Instituições gerenciamento e execução das atividades Secretaria Municipal de Saúde controle da prestação de serviços Implantação das equipes NASF no município Novembro de 2008
4 Contextualização Equipe NASF Nossa Senhora do Brasil Início no território desde a implantação dos NASF em São Paulo; Composta por assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, médico psiquiatra e psicólogo; Apoio para 10 equipes de saúde da família em 3 Unidades Básicas de Saúde; Abril de 2011 mudança brusca de instituição gestora; Abril de 2012 início da coordenação de equipe.
5 Objetivo da Intervenção Reestruturação dos processos de trabalho adequação das formas de organização do trabalho em equipe; maior aproximação com as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde; maior efetividade das ações do NASF; maior vínculo junto às equipes de Saúde da Família; melhor assistência às necessidades de saúde da população atendida.
6 O Diagnóstico Situacional e a Cogestão O Diagnóstico Situacional é um método de intervenção diagnóstica que parte da realidade vivenciada pela equipe; Possibilita que mudanças sejam planejadas para atender necessidades reais com um menor risco conhecimento da realidade; Participação direta e efetiva das pessoas envolvidas é condição essencial cogestão do processo. Werneck D. O diagnóstico organizacional como elemento decisivo para a qualidade. Hospital Administração e Saúde. 1994;18(2):71-4. Kisil M. Gestão da mudança organizacional. Série Saúde & Cidadania. 1998;4:21-6.
7 O Diagnóstico Situacional e a Cogestão A cogestão visa à reconstrução dos modos de operação dos sujeitos e instituições, induzindo a produção de liberdade e autonomia, e permitindo a construção de compromisso e capacidade reflexiva; Possibilita a construção de sentido para a ação e, portanto, a garantia das condições de sua concretização, pois a ação se torna objeto de investimento dos sujeitos. Campos, GWS. Cogestão e neoartesanato: elementos conceituais para repensar o trabalho em saúde combinando responsabilidade e autonomia. Ciênc. saúde coletiva;15(5): , ago
8 Etapas do Processo de Diagnóstico 1. Levantamento da situação intra-equipe NASF: Entrevistas individuais com os profissionais da equipe; Discussões abertas em equipe sobre os processos de trabalho e os principais nós apontados nas entrevistas. Insatisfações de ordem institucional decorrente da mudança brusca de parceiro e das formas de gestão da equipe até então; Processos de Trabalho desorganizados e distanciados das diretrizes do NASF; Dificuldades na relação com algumas equipes de Saúde da Família; Desintegração entre os profissionais da equipe agrupamento.
9 Etapas do Processo de Diagnóstico 2. Levantamento da situação entre equipe NASF e equipes de SF: Discussões entre equipe NASF e equipe de SF a partir de uma sistematização dos problemas apontados pela equipe NASF; Levantamento de informações sobre o trabalho entre as equipes; Formato que permitiu a atuação direta dos profissionais tanto do NASF quanto das equipes de SF. Inadequação dos processos de trabalho do NASF: Periodicidade das reuniões; divisão em mini-quipes; Dificuldades de compreensão acerca da proposta NASF; Dificuldades no compartilhamento das atividades; Falta de suporte da rede secundária de atenção à saúde.
10 Etapas do Processo de Diagnóstico 3. Discussão com as gerentes das UBS sobre o trabalho do NASF: Desconhecimento por parte das gerentes acerca do modo de organização do trabalho do NASF com as equipes de SF; Pouca apropriação das ações do NASF na UBS e no território.
11 Intervenção Instituição e valorização de um espaço de reunião para a equipe NASF se integrar e compartilhar seus processos de trabalho; O próprio processo de diagnóstico e em seguida o planejamento conjunto da intervenção já provocou movimentos de mudança em alguns padrões da equipe. Maior motivação da equipe para o trabalho; Maior compartilhamento do trabalho; Discussões mais construtivas e produtivas; Aproximação com as equipes de SF;
12 Intervenção Construção de novos formatos de organização do trabalho em equipe: Divisão por referências para equipes de SF e equipamentos do território; Aumento na frequência de reuniões NASF-ESF semanal; Construção de instrumentos de registro das discussões de casos e PTS; Divisão do trabalho entre profissionais da mesma categoria;
13 Intervenção Compartilhamento do diagnóstico com as equipes de SF e pactuação dos novos processos de trabalho Realizadas apresentações para cada equipes de SF nas quais foram discutidos conceitos básicos do NASF, diretrizes e ferramentas; Apresentação do diagnóstico e abertura para sugestões na proposta de mudanças nos processos de trabalho; Pactuação dos modos de organização do trabalho do NASF com cada equipe de SF; Compartilhamento dos instrumentos de registros desenvolvidos.
14 Intervenção Desenvolvimento de relatórios mensais com todas as ações desenvolvidas pela equipe NASF com dados quantitativos e qualitativos. Compartilhamento destes relatórios com as gerentes das UBS e Supervisores da ESF;
15 Resultados Após 6 meses do início deste processo, os resultados são parciais mas já se mostram bastante positivos. Do ponto de vista da coordenação: Maior acesso das equipes de SF à equipe NASF; Maior vínculo entre o NASF e as equipes; Crescimento e amadurecimento gradual dos novos processos de trabalho; Desafio: melhorar a integração da equipe NASF.
16 Resultados Do ponto de vista dos profissionais NASF: Satisfeitos com a nova forma com que a instituição os vê; Melhora na motivação para o trabalho; Maior tranquilidade na relação com as equipes de SF; Potencialidade para o planejamento de ações junto às equipes; A desejar: integração e relação da equipe NASF.
17 Em processo Levantamento dos resultados na visão das equipes de Saúde da Família e gerentes. (*) Sistematização de uma discussão acerca das ações do NASF no território e qual a contribuição desta equipe para as ações da ESF. Abertura para que os usuários também participem desta cogestão, nos espaços das ações coletivas (grupos).
18 Conclusão A importância da figura de coordenação neste contexto frente à tantas intercorrências que atravessam os processos de trabalho da equipe desestruturando o trabalho; O trabalho em equipe deve ser olhado, reavaliado e gerenciado constantemente, mas com a participação de todos os envolvidos; Para além dos processos de trabalho, há que se olhar com cuidado para as questões de integração e relacionamento da equipe.
19 Obrigada! Carla Soleman ABRASCO 2012
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