Marlon Pimenta Fonseca. Representações dos grupos Simétrico e Alternante e Aplicações às Identidades Polinomiais
|
|
- Laís Pedroso
- 5 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA Marlon Pimenta Fonseca Representações dos grupos Simétrico e Alternante e Aplicações às Identidades Polinomiais São Carlos - SP Novembro de 2014
2
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA Representações dos grupos Simétrico e Alternante e Aplicações às Identidades Polinomiais Marlon Pimenta Fonseca Bolsista Capes Orientador: Prof. Dr. Waldeck Schützer Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática da UFSCar como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Matemática. São Carlos - SP Novembro de 2014
4 Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária da UFSCar F676rg Fonseca, Marlon Pimenta. Representações dos grupos simétrico e alternante e aplicações às identidades polinomiais / Marlon Pimenta Fonseca. -- São Carlos : UFSCar, p. Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de São Carlos, Matemática. 2. Álgebra. 3. Grassmann, Álgebra de. I. Título. CDD: 510 (20 a )
5
6
7 Agradecimentos Agradeço, primeiramente, a Deus por tudo que sou e por estar comigo quando ninguém mais podia estar. A minha esposa Ana Paula por acreditar em mim quando nem eu mesmo acreditava. Sua presença em minha vida foi fundamental para eu chegar até aqui. Aos meus pais, Luiz e Zildete, pelos valores que me ensinaram. Se hoje estou terminando mais uma importante etapa em minha vida é porque quando criança, me ensinaram que sem respeito ao próximo e dedicação ao que se faz não chegamos a lugar algum. A meu orientador, Waldeck Schützer, pela paciência e dedicação. A todos os meus amigos do DM, pela convivência dentro e fora do departamento. Aos professores do DM, pelos ensinamentos que contribuíram para minha formação. Por fim, agradeço à CAPES, pelo apoio financeiro.
8
9 Resumo Neste trabalho apresentamos uma discussão a respeito das Representações dos Grupos Simétrico S n e do Grupo Alternante A n. Estudaremos resultados básicos da Teoria de Young sobre as representações do grupo simétrico para encontrarmos a decomposição da álgebra de grupo F S n em subálgebras simples. Depois utilizaremos tal decomposição para encontrar a decomposição da álgebra de grupo F A n em subálgebras simples. Por fim empregaremos as informações a respeito das decomposições acima citadas, juntamente com a PI-Teoria, para obter a sequência de A-codimensões para a álgebra de Grassmann (álgebra exterior) infinitamente gerada. Palavras-chave: Representações. Grupo simétrico. PI-álgebras. A-codimensões. Álgebra de Grassmann.
10
11 Abstract In this dissertation we ll present a discussion about the Representations of the Symmetric Group S n and Alternating Group A n. We ll study basics results of the Young s Theory about the representations of the Symmetric Group and discover the decomposition of the algebra F S n in simple subalgebras. After, we ll utilize this decomposition to find the decomposition of the algebra F A n in simple subalgebras. Finally, we ll use this decompositions, together with the PI Theory, for get the sequence of A-codimensions for the Grassmann Algebra (Exterior Algebra) infinitely generated. Keywords: Representations. Symmetric Group. PI-algebras. A-codimensions. Grassmann Algebra.
12
13 Sumário Introdução 12 1 Definições preliminares Representações de Grupos Representações de Álgebras A álgebra FG A decomposição da álgebra de grupo F S n Partições Os semi-idempotentes e T Os módulos M T s A decomposição da álgebra de grupo F A n As funções f e η A decomposição isotípica de F A n Os idempotentes centrais de F A n A decomposição de F A n em ideais minimais à esquerda Conjectura de Henke e Regev 80 5 As A-codimensões da Álgebra de Grassmann Introdução à teoria das PI-álgebras A-identidades e A-codimensões As A-codimensões da Álgebra de Grassmann
14 Referências Bibliográficas 107
15
16 Introdução O estudo das álgebras com identidades polinomiais (ou PI-álgebras) é hoje uma importante vertente de estudos na matemática. Por mais que perguntas a respeito de PI-álgebras fossem encontradas já na década de 40, foi com o artigo Minimal identities for algebras de Amitsur e Levitzki, em 1950, que a teoria das álgebras com identidades polinomiais (PI-teoria) tornou-se de fato consolidada. Nesse trabalho foi provado, por métodos combinatórios, que o polinômio standard de grau 2n é identidade para a álgebra das matrizes quadradas M n (F ). Desde então a teoria das PI-álgebras tem se consolidado e atraído significativo esforço de investigação. Em 1972, Amitai Regev em seu artigo Existence of identities in A B, apresentou os conceitos de codimensão de uma álgebra com o intuito de aplicar a teoria das representações dos grupos simétricos à PI-teoria. Este trabalho tem como objetivo explorar as representações dos grupos simétrico e alternante bem como sua aplicação à Teoria das PI-álgebras, mais especificamente nas decomposições de tais representações em irredutíveis e sua aplicação ao cálculo das codimensões e A-codimensões. No primeiro capítulo, discutiremos as representações de um grupo finito G e de um álgebra associativa e unitária A. Introduziremos os conceitos de G-módulos e A-módulos e exploraremos suas propriedades. Definiremos a álgebra grupo F G e provaremos a equivalência entre suas representações e as representações do grupo G. Esta equivalência nos dará importantes informações a respeito da decomposição de F G e de suas representações irredutíveis. No segundo capítulo, estudaremos mais detalhadamente as representações dos grupo simétrico, seguindo de perto e complementando a exposição de Regev e Henke, 12
17 [1]. Começaremos com o conceito de partições de um número natural, seguindo-se a este os conceitos de diagrama e tableau de Young. Através dos diagramas e tableau de Young serão construídos as representações irredutíveis do grupo S n. Também serão obtidas importantes propriedades dessas representações que nos possibilitarão encontrar uma decomposição para F S n em ideais minimais à esquerda. No terceiro capítulo, ainda seguindo [1], utilizaremos a decomposição de F S n obtida no capítulo dois, juntamente com o fato de que A n S n, para encontrar uma decomposição explícita para F A n em termos de seus ideais minimais à esquerda. No quarto e último capítulo, aplicaremos a teoria desenvolvida nos capítulos precedentes ao estudo das A-identidade e A-codimensões, como em [3]. Em particular, encontraremos o valor exato das A-codimensões para Álgebra de Grassmann infinitamente gerada. 13
18 Capítulo 1 Definições preliminares 1.1 Representações de Grupos Ao longo deste trabalho, a menos que deixemos explícito o contrário, consideraremos F um corpo de característica zero. Definição Sejam G um grupo e V um F -espaço vetorial. Uma representação de G em V é uma função ϕ : G End F V que satisfaz ϕ(e) = Id V e ϕ(gh) = ϕ(g)ϕ(h), para todo g, h G. Observemos que para todo g G, Id V = ϕ(e) = ϕ(gg 1 ) = ϕ(g)ϕ(g 1 ), ou seja, ϕ(g) 1 = ϕ(g 1 ), e assim ϕ(g) GL(V ). Portanto podemos considerar ϕ como um homomorfismo de grupos, ϕ : G GL(V ). A dimensão de V é chamada grau da representação ϕ. Definição Seja G um grupo finito. Dizemos que um espaço vetorial V é um G-módulo, se existe uma aplicação : G V V (g, v) g v possuindo as seguintes propriedades: i) e v = v; ii) g (v 1 + v 2 ) = (g v 1 ) + (g v 2 ); 14
19 iii) g (λv) = λ(g v); iv) g 1 (g 2 v) = (g 1 g 2 ) v; para quaisquer g, g 1, g 2 G, v, v 1, v 2 V, λ F. Dizemos que a aplicação define uma ação de G em V e que G age sobre V. Observação Dada ϕ representação de G em V podemos definir a ação : G V V via g v := ϕ(g)v. Pode ser mostrado que V munido deste produto torna-se um G-módulo. Por outro lado, se V é um G-módulo, então definindo ϕ : G GL(V ) por ϕ(g)v = g v, temos que ϕ é uma representação de G em V. Isto estabelece uma correspondência biunívoca entre as representações de G e seus G-módulos. Por simplicidade é usual abolir o uso do para representar o produto em um módulo. Por exemplo, escrevemos simplesmente gv para g v. Exemplo Sendo G um grupo e V um F -espaço, temos que ϕ : G GL(V ) g ϕ(g) = Id V é uma representação de G em V. Esta representação é chamada representação trivial. Quando dim V = n, podemos definir a representação trivial matricial da seguinte forma ϕ : G M n (F ) g ϕ(g) = I n onde I n é a matriz identidade n n. De um modo geral, se V é um F -espaço vetorial de dimensão finita n e ϕ : G GL(V ) é uma representação, então devido ao isomorfismo existente entre GL(V ) e M n (F ), podemos considerar ϕ : G M n (F ) como uma representação matricial. Definição Seja W V um subespaço vetorial, dizemos que W é ϕ-invariante se ϕ(g)(w ) W para todo g G. Como ϕ(g) é automorfismo, então ϕ(g) W 15
20 é também automorfismo, o que nos permite definir ϕ W : G GL(W ) por ϕ W (g) = ϕ(g) W. Dizemos que ϕ W é uma subrepresentação, ou que W é G- submódulo de V. Definição Sejam ϕ : G GL(V ), ψ : G GL(W ) duas representações de G e f : V W uma transformação linear. Dizemos que f é um homomorfismo de representações (ou de G-módulos) se para todo g G vale f ϕ(g) = ψ(g) f, ou em linguagem de G-módulos, f(gv) = gf(v) para todo v V. Neste caso, também dizemos que f é G-equivariante. Quando f for bijetora, diremos que ϕ e ψ são equivalentes e escreveremos ϕ = ψ, (ou V = W como G-módulos). Agora se não existe f : V W um isomorfismo de G-módulos, então dizemos que V e W são inequivalentes entre si. O conjunto de todos estes homomorfismos será denotado por Hom G (V, W ). Exemplo Sejam ϕ : G GL(V ) e ψ : G GL(W ) duas representações de G e seja f : V W, G-equivariante. Então Ker f, Im f são submódulos de V e W, respectivamente. De fato: i) Para todo v Ker f, g G temos f(gv) = gf(v) = g0 = 0. Logo gv Ker f e portanto Ker f é submódulo de V. ii) Para todo w Im f e g G, existe v V tal que w = f(v), logo gw = gf(v) = f(gv) Im f e portanto Im f é submódulo de W. Definição Uma representação ϕ : G GL(V ), é irredutível se os únicos subespaços ϕ-invariantes de V, são {0} e V. Caso contrário, ϕ é redutível. Na linguagem de G-módulos, dizemos que um G-módulo é simples se seus únicos G-submódulos são os subespaços triviais. Por abuso de linguagem, vamos usar os dois termos (irredutível, simples) indistintamente. Exemplo A representação 16
21 ϕ : Z GL(R 2 ) n 1 n 0 1 de Z em R 2 é redutível, pois o subespaço W = {(λ, 0) λ R} satisfaz ϕ(n)(w ) W para todo n Z. Exemplo Toda representação de grau 1 é trivialmente irredutível. Se G é grupo finito (não trivial), então toda representação de grau maior que #G é redutível. De fato, suponhamos que ϕ : G GL(V ) seja uma representação de G tal que dim V > #G. Sendo v 0 V um vetor não nulo, W = ϕ(g)(v 0 ) g G é um subespaço não nulo, pois v 0 = Id V (v 0 ) = ϕ(e)(v 0 ) W. Além disso, se w W então existe h G tal que ϕ(h)v 0 = w, assim para todo g G temos ϕ(g)(w) = ϕ(g)ϕ(h)(v 0 ) = ϕ(gh)(v 0 ) W, ou seja, W é ϕ-invariante. Como dim V > #G dim W, temos que W é um subespaço próprio e ϕ-invariante. Assim V é redutível. Lema (Lema de Schur para G-módulos) Sejam ϕ : G GL(V ) e ψ : G GL(W ) duas representações irredutíveis de G e seja f : V W G-equivariante. Então: i) Ou f = 0 ou f é isomorfismo de G-módulos. Isto é, Hom G (V, W ) é álgebra com divisão. ii) Se F é algebricamente fechado e W = V então f = λid V para algum λ F. Isto é, End G (V ) = F. Demonstração: i) Como Ker f é submódulo de V e ϕ é irredutível temos Ker f = V ou Ker f = {0}. Caso Ker f = V, então f = 0. Caso Ker f = {0}, então f é injetora. Ademais, Im f {0} é submódulo de W e este é simples, assim Im f = W, e portanto f é sobrejetora. Isso mostra que f é equivalência. 17
22 ii) Sendo F algebricamente fechado, então f possui um autovalor λ F e um autovetor associado v V. Sendo g = f λid V, temos que g é operador linear G-equivariante. Além disso, g(v) = f(v) λv = λv λv = 0, ou seja, v Ker g, e assim Ker g {0}. Pelo item i, g = 0 e portanto f = λid V. O seguinte resultado é mais convenientemente expresso na linguagem de módulos. Teorema Seja V um G-módulo. São equivalentes: i) V = V i, em que {V i i I} é uma família de G-submódulos simples de V. i I ii) V = V i, em que {V i i I} é uma família de G-submódulos simples de V. i I iii) Para todo G-submódulo W 1 de V existe um G-submódulo W 2 de V tal que V = W 1 W 2 como G-módulos. Demonstração: Podemos encontrar a demonstração deste teorema em [9], capítulo IX, teorema 3.6. Definição Um G-módulo V (respectivamente uma representação ϕ : G GL(V )) é completamente redutível se possuir uma, e consequentemente todas, das propriedades do teorema acima. Exemplo Se ϕ : G GL(V ) é uma representação irredutível, então em particular, ϕ é completamente redutível. Exemplo Sejam F = Z 2, T : F 2 F 2 tal que T (x, y) = (x + y, y) e ϕ : Z 2 GL(F 2 ) definida por ϕ(0) = Id F 2, ϕ(1) = T. Notemos que T = 1 0 possui λ = 1 como único autovalor cujo autovetor associado é (1, 0). 1 1 Assim, considerando W = (1, 0), vemos que W é um subespaço T -invariante, consequentemente o único ϕ-invariante. Portanto, ϕ é redutível, porém não é completamente redutível. Teorema (Maschke) Seja G um grupo finito e F um corpo de característica zero. Se ϕ : G GL(V ) é uma representação de grau finito e W um subespaço ϕ- invariante de V, então existe W 1 subespaço ϕ-invariante de V tal que V = W W 1. Em outras palavras, ϕ é completamente redutível. 18
23 Demonstração: Definamos o operador P : V V, tal que P (u) = 0 se u U, P (w) = w se w W. Então, P é a projeção de V em W e valem P W = Id W, P 2 = P e Im P = W. Tomando S : V V v 1 #G (ϕ(g 1 )P ϕ(g))(v) g G temos S linear, pois é soma de lineares. Como para todo g G temos: ϕ(g 1 )P ϕ(g)(v ) = ϕ(g 1 )P (V ) = ϕ(g 1 )(W ) = W Então, Im S = W. Além disso, se w W então tomando para cada g G, w g = ϕ(g)w, temos w g W pois W é ϕ-invariante, logo: ϕ(g 1 )P ϕ(g)w = ϕ(g 1 )P (w g ) = ϕ(g 1 )(w g ) = w Assim S(w) = w para todo w W, ou seja, S W = Id W. Por fim, para todo v V temos S(v) W logo S 2 (v) = S(S(v)) = S(v), assim S 2 = S. Desta forma, S é também a projeção de V em W, logo vale V = Ker S ImS = Ker S W. Vamos mostrar que Ker S é ϕ-invariante. Sejam v Ker S, h G, então: ϕ(h 1 )Sϕ(h)(v) = 1 #G = 1 #G = 1 #G = S(v) = 0 (ϕ(h)ϕ(g)p ϕ(g 1 )ϕ(h 1 ))(v) g G (ϕ(hg)p ϕ(g 1 h 1 ))(v) g G (ϕ(g)p ϕ(g 1 ))(v) g G Logo ϕ(h 1 )Sϕ(h)(v) = 0 e assim S(ϕ(h)(v)) = 0, ou seja, ϕ(h)(v) Ker S. Portanto Ker S é ϕ-invariante. Definição Sejam V um G-módulo e M 1,, M n G- submódulos simples de V. Dizemos que os M i s ocorrem em V se V = M 1 M n. 19
24 Pode ser mostrado que a equivalência de módulos é uma relação de equivalência na classe das representações de G. Sendo assim, podemos particionar o conjunto {M 1,, M n } dos submódulos irredutíveis de G que ocorrem em V em classes de equivalência. Vamos indicar a classe de equivalência de M j por C j. Então C j = {M i M i = Mj }. Definição Sejam M 1,, M n G-submódulos simples que ocorrem em V. Definimos a componente isotípica de V que contém M j por I j = M i. M i C j É obvio que M i = Mj se, e somente se, I i = I j. Ademais se I i I j então I i I j = {0}. Lema Sejam V um G-módulo e N um G-submódulo próprio de V. i) Se M 1,, M n ocorrem em V, então existem j 1,, j l {1, 2,, n} tais que V = N M j1 M jl. ii) Se N 1, N 2 são submódulos de V tais que V = N N 1 N 1 = N2. = N N 2, então Demonstração: i) Como N V deve existir j 1 {1,, n} tal que M j1 N, assim M j1 N = {0}, pois M j1 é simples. Se N M j1 = V, está provado. Caso contrário deve existir j 2 {1,, n} tal que M j2 (N M j1 ) = {0}. Se V = N M j1 M j2 acabou. Se não, o processo continua. Como V = M 1 M n o processo deve parar em algum momento e assim temos o resultado. ii) Dado v N 1 V = N N 2, existem únicos u N, w N 2 tais que v = u+w. Assim podemos definir f : N 1 N 2 onde f(v) = w. Esta aplicação é claramente um homomorfismo de G-módulos e seu núcleo é exatamente N N 1 = {0}. Ademais, se w N 2, existem u N, v N 1 tais que w = u+v e assim v = ( u)+w, portanto f(v) = w. Concluímos então que f é isomorfismo de G-módulos. Proposição Sejam V e W G-módulos isomorfos. Se V = M 1 M n e W = N 1 N m, onde os M i s e N j s são submódulos simples de V e W, 20
25 respectivamente, então m = n e, para todo i = 1,, n, M i = Ni (reordenando os N j s se necessário). Demonstração: Sendo f : V W tal isomorfismo, temos que f(m i ) é um submódulo simples de W, para i = 1,, n, e que W = f(m 1 ) f(m n ). Vamos aplicar indução sobre n. Se n = 2 então W = f(m 1 ) f(m 2 ) e, pelo lema anterior, existe j {1, 2}, que sem perda de generalidade assumiremos ser j = 2, tal que W = N 1 f(m 2 ). Pelo lema anterior, N 1 = f(m1 ) = M 1 e N 2 N m = f(m2 ) = M 2. Como M 2 é simples, devemos ter m = 2 e assim, N 2 = M2. Vamos supor, por hipótese de indução, que a afirmação seja verdadeira para 2 k n 1. Pelo lema anterior, devem existir j 1,, j l {1,, n} tais que W = N 1 f(m j1 ) f(m jl ) e assim f(m j1 ) f(m jl ) = N 2 N m. Como l < n, temos por indução que l = m 1, M j1 = N2,, M jl = Nm. Sendo {j l+1,, j n } = {1, 2,, n} {j 1,, j l }, temos: W = (f(m jl+1 ) f(m jn )) (f(m j1 ) f(m jl )) Assim pelo lema anterior N 1 = f(mjl+1 ) f(m jn ). Mas como N 1 é simples, devemos ter n = l + 1 = m e N 1 = f(mjm ) = M jm. Teorema Seja V um G-módulo de dimensão finita e M um submódulo simples de V então: i) M esta contido em alguma componente isotípica I de V. ii) Se N é um submódulo simples de V tal que N = M, como G-módulos, então N I, onde I é a componente isotípica de V que contém M. Demonstração: Consideremos M = M 1. i) Pelo teorema de Maschke, V = M 1 M n, onde os M i s são submódulos simples de V. Basta então tomar a componente isotípica de V gerada por M 1 com relação a esta decomposição. 21
26 ii) Suponhamos, sem perda de generalidade, que M 1,, M k são todos submódulos inequivalentes entre si tais que V = I 1 I k. Suponhamos por absurdo que N I 1, então N I 1 = {0} pois N é simples. Assim I 1 N é submódulo de V e pelo Teorema de Maschke existe U submódulo de V tal que V = I 1 N U. Pelo item ii) do lema anterior, N U = I 2 I k, e pela proposição acima deve existir um M j, com j {2,, k}, tal que N = M j, portanto M 1 = N = Mj. Absurdo! Observação Isso não significa que N seja igual a um dos submódulos simples que formam I 1. Uma consequência direta deste teorema é que, embora um G-módulo possa ter inúmeras decomposições em submódulos irredutíveis, quando considerarmos sua decomposição em componentes isotípicas, esta será única. 1.2 Representações de Álgebras Vamos recordar a definição de álgebra sobre um corpo F. Definição Seja A um espaço vetorial sobre F. Diremos que A é uma álgebra sobre F se existe uma operação binária interna : A A A bilinear, isto é: i) a (b + c) = a b + a c; ii) (b + c) a = b a + c a; iii) α(a b) = (αa) b = a (αb); para quaisquer a, b, c A e α F. Definição Uma álgebra A é: unitária se existe um elemento e A tal que e a = a e = a para todo a A. Denotaremos e = 1. associativa se a (b c) = (a b) c para quaisquer a, b, c A. comutativa se a b = b a para quaisquer a, b A. 22
27 Exemplo Seja A o espaço vetorial F n = F F F munido das seguintes operações: (a 1,, a n ) + (b 1,, b n ) = (a 1 + b 1,, a n + b n ) α(a 1,, a n ) = (αa 1,, αa n ) (a 1,, a n ) (b 1,, b n ) = (a 1 b 1,, a n b n ) Por um cálculo direto pode-se facilmente ver que A é uma álgebra associativa, comutativa e unitária sobre F. Exemplo Sendo M n (F ) o conjunto das matrizes n n com entradas em F e considerando sobre ele as operações usuais de soma, multiplicação e multiplicação por escalar de matrizes, temos que M n (F ) é uma álgebra associativa e unitária porém não comutativa. Exemplo Seja V um espaço vetorial sobre F e End F (V ) o espaço vetorial dos operadores lineares de V. Com as operações usuais de soma e multiplicação por escalar de operadores, End F (V ) é um espaço vetorial sobre F. Ademais, com a composição de operadores, End F (V ) é uma álgebra associativa unitária. De fato, podemos verificar de imediato que a composição de operadores é bilinear, associativa com unidade: i) Para todo v V e f, g, h End F (V ) temos: (f (g + h))(v) = f(g(v) + h(v)) = (f g)(v) + (f h)(v) = ((f g) + (f h))(v) logo f (g + h) = f g + f h. ii) Para todo v V e f, g, h End F (V ) temos: ((f + g) h)(v) = (f + g)(h(v)) = f h(v) + g h(v) = (f h + g h)(v) logo (f + g) h = f h + g h. 23
28 iii) Para todo v V, f, g End F (V ) e λ F temos: (λ(f g))(v) = λf(g(v)) = ((λf) g)(v) = (f (λg))(v) logo λ(f g) = (λf) g = f (λg). iv) Para todo v V e f, g, h End F (V ) temos: ((f g) h)(v) = (f g)(h(v)) = f(h(g(v))) = f (g h)(v) logo (f g) h = f (g h). v) Sendo Id V o operador identidade de V, então para todo v V e f End F (V ) temos: ((f Id V )(v) = f(id V (v) = f(v) = Id V f(v) logo Id V f = f Id V. Em geral, End F (V ) é uma álgebra não comutativa, se dim V > 1. Por exemplo, se B = {v 1, v 2 } é uma base para V, podemos considerar os operadores f, g End F (V ) definidos por f(v 1 ) = 0, f(v 2 ) = v 1 e g(v 1 ) = v 2, g(v 2 ) = 0. Temos (f g)(v 1 ) = v 1 e (g f)(v 1 ) = 0, logo g f f g. Definição Sejam A e B duas álgebras. Um homomorfismo de álgebras é uma transformação linear ϕ : A B tal que para todo a 1, a 2 A vale ϕ(a 1 a 2 ) = ϕ(a 1 )ϕ(a 2 ). Se ϕ é injetora dizemos que ϕ é monomorfismo; Se ϕ é sobrejetiva dizemos que ϕ é endomorfismo; 24
29 Se ϕ é bijetora dizemos que ϕ é isomorfismo; Definição Seja A uma álgebra e I A um subespaço vetorial. Se ab I para todo a A e b I dizemos que I é ideal à esquerda de A. Analogamente, se ba I para todo a A e b I dizemos que I é ideal à direita de A. Se I é ideal à direita e à esquerda de A então dizemos que I é ideal (bilateral) de A. Se para todo b 1, b 2 I tivermos b 1 b 2 I então dizemos que I é subálgebra de A. Exemplo Seja A uma álgebra. É fácil ver que {0} e A são ideais bilaterais de A. Agora, sendo x A e I = {ax a A}, temos: 0 = 0x I; y + z = a 1 x + a 2 x = (a 1 + a 2 )x I, y, z I; λy = λax = (λa)x I, λ F, y I; by = b(ax) = (ba)x I, b A, y I Assim, I é ideal e esquerda de A. Exemplo Sejam A uma álgebra e I um ideal à esquerda de A. Como visto no exemplo 1.2.5, End F (I) é uma álgebra associativa e unitária. Agora definamos End A (I) := {f End F (I) f(ax) = af(x), a A, x I}. i) Para todo a A e x I temos; 0(ax) = 0 = a0(x) logo 0 End A (I). ii) Para todo a A, x I, f, g End A (I) temos; (f + g)(ax) = f(ax) + g(ax) = af(x) + ag(x) = a(f + g)(x) logo f + g End A (I). 25
30 iii) Para todo λ F, f End A (I), a A e x I temos; (λf)(ax) = λf(ax) = λaf(x) = a(λf(x)) = a(λf)(x) logo λf End A (I). Assim End A (I) é subespaço de End F (I). Ademais, para todo f, g End A (I), a A, x I temos: (f g)(ax) = f(g(ax)) = f(ag(x)) = af(g(x)) = a(f g)(x). Ou seja, f g End A (I). Portanto, End A (I) é subálgebra de End F (I). Definição Sejam A uma álgebra associativa unitária e V um espaço vetorial. Uma representação de A em V é um homomorfismo de álgebras ϕ : A End F (V ), onde ϕ(1) = Id V. Definição Seja A uma álgebra associativa unitária. Um espaço vetorial V é dito um A-módulo se existe uma ação : A V V (a, v) a v com as propriedades: i) (a 1 + a 2 ) v = (a 1 v) + (a 2 v); ii) a (v 1 + v 2 ) = (a v 1 ) + (a v 2 ); iii) (λa) v = a (λv) = λ(a v); iv) a 1 (a 2 v) = (a 1 a 2 ) v; v) 1 A v = v; para quaisquer a, a 1, a 2 A, v, v 1, v 2 V, λ F. 26
31 Observemos que os ítens (i), (ii) e (iii) da definição acima significam que a ação é uma aplicação bilinear. Observação Seja ϕ : A End F (V ) uma representação de uma álgebra A. Definindo a ação : A V V (a, v) a v := ϕ(a)v pode-se verificar que V munido deste produto é um A-módulo. Por outro lado, se V é um A-módulo podemos definir ϕ : A End F (V ) a ϕ a onde ϕ a (v) = a v. Fica a cargo do leitor verificar que ϕ é um homomorfismo de álgebras, e que portanto é representação de A em V. Desta forma, existe uma correspondência biunívoca entre as representações de A e seus A-módulos. Exemplo Seja A uma álgebra, então A é naturalmente um módulo sobre si mesma, cuja ação é a multiplicação à esquerda. Vamos denotar este módulo por A A. Exemplo Sendo V um espaço vetorial sobre F e definindo a ação : End F (V ) V V (T, v) T v := T (v) temos por um cálculo direto que V é um End F (V )-módulo. Exemplo Sejam A uma álgebra e I um ideal à esquerda, assim A/I é espaço vetorial sobre F. Definamos a ação : A A/I A/I (a, b) a b := ab. Observemos que para todo b, b, a A temos: b = b = b b I = a(b b ) I = ab ab I = ab ab = 0 27
32 = ab = ab = a b = a b. Portanto está bem definida. Ademais, possui as seguintes propriedades: i) (a 1 + a 2 ) b = (a 1 + a 2 )b = a 1 b + a 2 b = a 1 b + a 2 b = a 1 b + a 2 b; ii) a (b 1 + b 2 ) = a(b 1 + b 2 ) = ab 1 + ab 2 = ab 1 + ab 2 = a b 1 + a b 2 ; iii) (λa) b = λab = a(λb) = a (λb) = a (λb) = a(λb) = λ(ab) = λab = λ(a b); iv) (a 1 a 2 ) b = a 1 a 2 b = a 1 a 2 b = a 1 (a 2 b); v) 1 A b = 1 A b = b; Para quaisquer a, a 1, a 2, b, b 1, b 2 A, λ F. Logo, com a ação acima definida, A/I é um A-módulo. Definição Seja ϕ : A End F (V ) uma representação ou equivalentemente seja V um A-módulo. i) Um subespaço W V é ϕ-invariante se ϕ(a)(w ) W, para todo a A. Equivalentemente, W V é um submódulo de V se a w W para todo a A, w W. ii) Dizemos que ϕ é irredutível se os únicos subespaços invariantes são {0} e V. Equivalentemente, V é irredutível se os únicos submódulos são {0} e V. Neste caso, também dizemos que V é um A-módulo simples. Exemplo Seja A uma álgebra, e consideremos o A-módulo A A. Se I é um ideal à esquerda de A, então para todo a A, b I temos que a b = ab I, e portanto I é um submódulo de A A, ou seja, os submódulos de A A coincidem com os ideais à esquerda de A. Ademais, se I é ideal minimal à esquerda, então para todo J ideal à esquerda de A tal que J I temos J = {0} ou J = I. Seja então H um submódulo de A A tal que H I. Como H é A-submódulo, em particular, ideal à esquerda de A, então pela minimalidade de I temos H = {0} ou H = I. Portanto, I é A A -submódulo simples. Desta forma concluímos que I é ideal minimal à esquerda de A se, e somente se, I é A A -módulo simples. 28
33 Exemplo Sejam V um A-módulo e v V. Definamos Av = {a v a A}. Um cálculo direto nos mostra que Av é um submódulo de V. Definição Sejam ϕ : A End F (V ), ψ : A End F (W ) duas representações de A. Dizemos que uma transformação linear f : V W é homomorfismo de representações (ou de A-módulos), se para todo a A e v V vale f(ϕ(a)(v)) = ψ(a)(f(v)) (em linguagem de A-módulos, f(a v) = a f(v)). Neste caso também dizemos que f é A-equivariante. Além disso, se f for bijetora então diremos que f é isomorfismo (ou equivalência) de representações ( de A-módulos), e neste caso, ϕ = ψ como representações (V e W são isomorfos, ou equivalentes, como A-módulos). Exemplo Sejam A uma álgebra e V um A-módulo. definindo Fixando v V e T : A A V a T (a) := a v temos que T é um homomorfismo de A-módulos. Exemplo Sejam A uma álgebra e I um ideal à esquerda. Consideremos π : A A/I a a a projeção canônica de A sobre A/I. Sabemos que π é transformação linear. Agora, olhando para os A-módulos A A e A/I vemos que π(a b) = a b = ab = a b = a π(b) para todo a, b A. Logo, π é homomorfismo de A-módulos. Exemplo Sejam V, W A-módulos e T : V W um homomorfismo de A-módulos. i) Ker T é submódulo de V. De fato, sabemos que Ker T é subespaço de V. Ademais, para todo a A, v Ker T temos T (a v) = a T (v) = a 0 = 0, logo a v Ker T. Assim, Ker T é submódulo de V 29
34 ii) Im T é submódulo de W. Já temos Im T subespaço de W. Para todo a A, w Im T existe v V tal que w = T (v) e assim a w = a T (v) = T (a v) Im T. Logo, Im T é submódulo de W. Por comodidade aboliremos a partir de agora o uso do na indicação da ação de um A-módulo. Teorema Sejam f : V W um homomorfismo de A-módulos e U um submódulo de Ker f. Então existe um único homomorfismo de A-módulos f : V/U W tal que f(v) = f(v) para todo v V ; Im f = Im f e Ker f = Ker f/u. Ademais, f é um isomorfismo de A-módulos se, e somente se, f é sobrejetora e U = Ker f. Este teorema é conhecido como Primeiro Teorema do Isomorfismo para A- módulos. Sua demonstração pode ser obtida adaptando a demonstração do teorema 1.7 do capítulo IV de [9]. Proposição Se V é um A-módulo irredutível, então existe I ideal maximal à esquerda de A tal que V = A/I como A-módulos. Demonstração: Como V é irredutível então V {0}. Seja v V não nulo, e definamos Av = {av a A}. Sabemos que Av é A-submódulo de V, além disso v = 1 A v Av logo Av {0} e portanto Av = V. Definindo ψ : A A V a av vemos que ψ é transformação linear. Como ψ(ab) = (ab)v = a(bv) = aψ(b) para todo a, b A, então ψ é homomorfismo de A-módulos. Seja I = Ker ψ, logo I é submódulo de A A, ou seja, I é ideal à esquerda de A. Ademais, se w V = Av, então existe a A tal que av = w, logo ψ(a) = w, e portanto ψ é sobrejetora. Pelo Primeiro Teorema do Isomorfismo para A-módulos, existe ψ : A/I V isomorfismo de A-módulos que satisfaz a ψ(a) = ψ(a), para todo a A. 30
35 Por fim, se J é um ideal à esquerda tal que I J então ψ(j) {0}. Seja w ψ(j), existe a J tal que w = av. Como J é ideal à esquerda, então para todo b A temos ba J e assim bw = b(av) = (ba)v = ψ(ba) ψ(j), logo ψ(j) é A-submódulo de V, que por sua vez é irredutível, logo ψ(j) = V. Portanto, ψ(j/i) = ψ(j) = V, logo J/I = A/I e assim A = J. Isso mostra que I é ideal maximal à esquerda de A. Proposição Se I é um ideal maximal à esquerda de A então A/I é um A-módulo irredutível. Demonstração: Sejam W um submódulo de A/I, π : A A/I a projeção natural de A em A/I e J = π 1 (W ). É fácil ver que J é subespaço de A. Ademais, para todo a A, b J temos ab = a b W logo ab J e assim J é ideal à esquerda de A. Mas 0 W logo I J, e pela maximalidade de I temos J = I ou J = A, e portanto W = {0} ou W = A/I. Lema (Lema de Schur para A-módulos) Seja V um A-módulo simples. Então, End A (V ) é uma álgebra com divisão, isto é, para todo a D, a 0, existe a 1 D tal que a 1 a = aa 1 = 1. Demonstração: Seja f End A (V ) \ {0}. Temos que Ker f V é submódulo de V, logo Ker f = {0} e Im f {0}. Mas Im f é submódulo de V logo Im f = V e portanto existe f 1 End F (V ). Sejam v, w V tais que f(v) = w. Se a A, então f(av) = af(v) = aw = f 1 (aw) = av = af 1 (w). Como a, v, w são arbitrários, então f 1 End A (V ). Portanto, End A (V ) é álgebra com divisão. Definição Uma álgebra A é dita simples se os únicos ideais bilaterais de A são os triviais. Exemplo Seja V um espaço vetorial de dimensão finita n sobre F, assim End F (V ) = M n (F ) como álgebras. Seja então W um ideal bilateral de M n (F ), W {0}. Consideremos a base canônica de M n (F ) dada por {E 11,, E nn }, onde E ij 31
36 M n (F ) é tal que o elemento da posição (i, j) é igual a 1 e os demais elementos são iguais a 0. Notemos que E ij E pq E rs 0 se, e somente se, p = j, q = r, e neste caso, E ij E pq E rs = E is. Seja w = n i,j=1 α ij E ij W não nulo, assim existe (k, l) tal que α kl 0. Logo, para todo r = 1,, n, s = 1,, n temos: ( n ) E rk we ls W = E rk α ij E ij E ls W = i,j=1 n α ij E rk E ij E ls W = α kl E rs W = E rs W. Logo M n (F ) W, e assim W = M n (F ). Desta forma M n (F ) é uma álgebra simples, e portanto End F (M) também é álgebra simples. Lema Sejam A uma álgebra, M um A-módulo e f End F (M) tal que f T = T f para todo T End A (M). Se f (n) : M n M n é definida por f (n) (m 1,, m n ) = (f(m 1 ),, f(m n )), então f (n) ϕ = ϕ f (n) para todo ϕ End A (M n ). Demonstração: Seja ϕ End A (M n ) e consideremos para i = 1,, n, ϕ i : M n M, onde ϕ(m) = (ϕ 1 (m),, ϕ n (m)). Notemos que: ϕ(am) = aϕ(m) = ϕ(am) = a(ϕ 1 (m),, ϕ n (m)) = (ϕ 1 (am),, ϕ n (am)) = (aϕ 1 (m),, aϕ n (m)) = ϕ i (am) = aϕ i (m), i = 1,, n. Consideremos também para j = 1,, n, ι j : M M n x (0,, 0, x, 0,, 0). Notemos ainda que ϕ i ι j : M M é endomorfismo, e para todo a A, x M temos: ϕ i ι j (ax) = ϕ i (0,, 0, ax, 0,, 0) = ϕ i (a(0,, 0, x, 0,, 0)) = aϕ i (0,, 0, x, 0,, 0) = aϕ i i j (x). 32 i,j=1
37 Logo, ϕ i i j End A (M). Desta forma, para todo i = 1,, n, f ϕ i (m) = f ϕ i (m 1,, m n ) = f ϕ i ((m 1, 0,, 0) + + (0,, 0, m n )) = f ϕ i (m 1, 0,, 0) + + f ϕ i (0,, 0, m n ) = f ϕ i ι 1 (m 1 ) + + f ϕ i ι n (m n ) = ϕ i ι 1 f(m 1 ) + + ϕ i ι n f(m n ) = ϕ i (f(m 1 ),, f(m n )) = ϕ i f (n) (m). Assim, f (n) ϕ(m) = (f ϕ 1 (m),, f ϕ n (m)) = (ϕ 1 f (n) (m),, ϕ n f (n) (m)) = ϕ f (n) (m). Logo, f (n) ϕ = ϕ f (n). Lema Sejam M um A-módulo simples de dimensão finita, e f End F (M) tal que f T = T f para todo T End A M. Se m 1,, m n M são arbitrários, então existe a A tal que f(m i ) = am i, para todo i = 1,, n. Demonstração: Se m 1 = = m n = 0 então basta tomar a = 1. Se m 1,, m n não são todos nulos então, para todo j = 1,, n, consideremos ι j a inclusão natural de M em M n, assim ι j é A-equivariante. Como M é simples, então N j = ι j (M) é submódulo simples de M n, ademais M n = n N j. Seja v = (m 1,, m n ) M n não nulo e consideremos o submódulo Av de M n. Consideremos também I 0 o submódulo de M n de maior dimensão tal que Av I 0 = {0}. Como M tem dimensão finita, então I 0 existe. Afirmamos que M n = Av I 0. De fato, suponhamos que para algum j em {1,, n} tenhamos (Av I 0 ) N j = {0}. Tomando x (I 0 + N j ) Av temos x = y + z, y I 0, z N j, assim z = x y (Av I 0 ) N j, logo z = 0. Portanto, x = y e assim x = 0, logo (I 0 + N j ) Av = {0}. Mas I 0 + N j é submódulo de M n, 33 i=1
38 I 0 I 0 + N j, o que contradiz a maximalidade de I 0. Portanto, N j (I 0 Av) {0} para todo j = 1,, n. Como N j (I 0 Av) é submódulo de N j e este é simples, temos que N j I 0 Av para todo j = 1,, n, e assim M n = Av I 0. Consideremos agora ϕ : M n M n definida por ϕ(w) = ϕ(w 1 + w 2 ) = w 1, onde w 1 Av e w 2 I 0, ou seja, ϕ é a projeção de M n sobre o submódulo Av. Assim Im ϕ = Av e ϕ é A-equivariante, portanto pertence a End A (M n ). Pelo lema anterior, ϕ f (n) = f (n) ϕ logo: (f(m 1 ),, f(m n )) = f (n) (m 1,, m n ) = f (n) (v) = f (n) ϕ(v) = ϕ f (n) (v) = ϕ(f (n) (v)) Av. Portanto, existe a A tal que (f(m 1 ),, f(m n )) = av = (am 1,, am n ). Lema Seja A uma álgebra simples de dimensão finita possuindo um ideal minimal à esquerda I tal que End A (I) = {λid I λ F }. Então A = M n (F ), onde n = dim I. Demonstração: Sabemos que End F (I) = M n (F ) como álgebras. Agora, consideremos ϕ : A End F (I), onde ϕ(a)(v) = av. Como I é ideal à esquerda, temos av I para todo a A, v I, logo ϕ está bem definida. É fácil notar que ϕ é homomorfismo de álgebras. Para todo a A, b Ker ϕ, v I temos: ϕ(ab)v = (ab)v = a(bv) = a0 = 0 = ab Ker ϕ; ϕ(ba)v = (ba)v = b(av) = 0 = ba Ker ϕ; Assim, Ker ϕ é ideal bilateral de A. Mas A é simples, logo Ker ϕ = {0} ou Ker ϕ = A. Ademais, A é unitária e ϕ(1)v = 1v = v para todo v I, ou seja, ϕ(1) = Id I 0. Desta forma, 1 Ker ϕ e portanto Ker ϕ = {0}, ou seja, ϕ é injetora. 34
39 Sejam B = {x 1,, x n } uma base de I e f End F I. Se T End A I então T = λid I para algum λ F, logo f T = T f, e pelo lema anterior existe a A tal que f(x i ) = ax i = ϕ(a)(x i ), i = 1,, n. Portanto, f = ϕ(a), e assim ϕ é sobrejetora. Desta forma, A = End F (I) = M n (F ). A condição imposta neste último resultado (A possuir um ideal minimal à esquerda I tal que End A (I) = {λid I λ F }) nem sempre é satisfeita por uma álgebra A sobre um corpo F de característica zero. Porém, se considerarmos F também algebricamente fechado, mostraremos que toda álgebra simples de dimensão finita sobre F satisfaz tal condição, e portanto é isomorfa a alguma álgebra matricial. Lema Se F é algebricamente fechado e D é uma álgebra tal que para todo a D existe f F [x], f 0, tal que f(a) = 0, unitária e com divisão sobre F, então D = F. Demonstração: Consideremos ϕ : F D onde ϕ(α) = α1 D. É fácil ver que ϕ é monomorfismo de álgebras. Ademais, sejam a D e f F [x] tal que f(a) = 0. Como F é algebricamente fechado temos: f(x) = α(x λ 1 ) (x λ n ) = 0 = f(a) = α(a λ 1 1 D ) (a λ n 1 D ). Como f é não nula temos α 0. Mas D é álgebra com divisão, logo a λ i 1 D = 0 para algum i {1,, n}. Assim a = λ i 1 D Im ϕ. Como a é arbitrário em D, então ϕ é sobrejetora. Portanto F = D. Corolário Se F é algebricamente fechado e A é uma álgebra associativa, unitária, simples e de dimensão finita sobre F, então A = M n (F ) para algum n N. Demonstração: Seja I ideal minimal à esquerda de A, assim I é também um A-módulo simples. Pelo Lema de Schur, End A (I) é álgebra com divisão. Como End A (I) tem dimensão finita, então é algébrica sobre F, assim pelo lema acima, End A (I) = {λid I λ F }. Pelo lema , A = M n (F ), onde n = dim I. 35
40 1.3 A álgebra FG Seja G = {g 1,, g n } um grupo finito. Denotemos por F G o espaço vetorial com base G. Os elementos de F G tem a forma α 1 g α n g n, onde α i F, para todo i = 1,, n. Definindo o produto entre os elementos de G por g i g j = g i g j e estendendo por linearidade a F G, ( n ) ( n ) n n α i g i β j g j = α i β j (g i g j ) i=1 j=1 i=1 j=1 temos: i) Para todo a, b, c F G temos: ( n n ) n a (b + c) = α i g i β j g j + γ k g k = = = = i=1 j=1 k=1 ( n n ) α i g i (β j + γ j )g j i=1 n i=1 n i=1 j=1 n α i (β j + γ j )g i g j j=1 n α i β j g i g j + j=1 n n α i γ k g i g k i=1 k=1 ( n ) ( n ) ( n ) ( n ) α i g i β j g j + α i g i γ k g k i=1 j=1 i=1 k=1 = a b + a c Analogamente, (b + c) a = b a + c a. ii) Para todo a, b F G e ρ F temos: (( n ) ( n )) ρ(a b) = ρ α i g i β j g j n = = = i=1 i=1 n ρα i β j g i g j j=1 j=1 ( n ) ( n ) ρα i g i β j g j i=1 j=1 ( ( n )) ( n ) ρ α i g i β j g j = (ρa) b 36 i=1 j=1
41 Analogamente, ρ(a b) = a (ρb). iii) Como para quaisquer g i, g j, g k G vale (g i g j )g k = g i (g j g k ), então para quaisquer a, b, c F G temos: ( n ) n n (a b) c = α i g i β j g j γ k g k = = = i=1 n i=1 n i=1 n j=1 k=1 n j=1 k=1 j=1 k=1 n (α i β j )γ k (g i g j )g k n α i (β j γ k )g i (g j g k ) ( n n α i g i β j g j i=1 j=1 k=1 = a (b c) ) n γ k g j g k iv) Seja e G o elemento neutro de G, podemos considerar e = 1 F e F G. Para todo a F G temos: Analogamente, e a = a. a e = = = = a n α i g i e i=1 n α i g i e i=1 n α i g i i=1 Portanto, F G é uma álgebra associativa unitária sobre F. Agora, se G é um grupo comutativo, então para quaisquer g i, g j G temos 37
42 g i g j = g j g i. Assim, para todo a, b F G temos: ( n ) ( n ) a b = α i g i β j g j = = = i=1 n i=1 n j=1 j=1 n α i β j (g i g j ) j=1 n β j α i (g j g i ) i=1 ( n ) ( n ) β j g j α i g i j=1 i=1 = b a Logo F G é comutativa. Mas se G não é comutativo, então existem g i, g j G tal que g i g j g j g i. Mas g i = 1 F g i F G, g j = 1 F g j F G e g i g j = g i g j g j g i = g j g i, ou seja, F G não é comutativa. Portanto, F G é comutativa se, e somente se, G for comutativo. A álgebra F G é chamada Álgebra de Grupo gerada por G. Como visto na seção anterior, a álgebra F G é naturalmente um F G-módulo. Porém é fácil ver que a ação : G F G F G dada por g a = ga define uma estrutura de G-módulo em F G. Ademais, os resultados que provaremos a seguir nos mostrarão que tais estruturas são compatíveis, isto é, olhar para F G como G-módulo é o mesmo que olhar para F G como F G-módulo. Teorema Se ϕ : G GL(V ) é representação de G, então ϕ se estende de modo único a uma representação ϕ : F G End F (V ) da álgebra F G. Reciprocamente, se ϕ : F G End F (V ) é uma representação da álgebra F G então ϕ = ϕ G : G GL(V ) é uma representação de G. Demonstração: Seja ϕ : G GL(V ) uma representação de G. Pelo Teorema Fundamental das Transformações Lineares, existe uma única transformação linear ϕ : F G End F (V ), onde para todo g G temos ϕ(g) = ϕ(g). É trivial que ϕ(e) = Id V. Vamos então mostrar que ϕ é um homomorfismo de álgebras. De fato, 38
43 se a = α g g, b = β h h F G então: g G h G ϕ(ab) = ϕ ( β h h ) α g g g G h G = α g β h ϕ(gh) g G h G = α g β h ϕ(gh) g G h G = α g β h ϕ(g)ϕ(h) g G h G = α g β h ϕ(g)ϕ(h) g G h G ( ) ( ) = α g ϕ(g) β h ϕ(h) g G h G = ϕ(a)ϕ(b) Logo ϕ é homomorfismo de álgebras, e portanto representação de F G. Agora, se ϕ : F G End F (V ) é uma representação de F G, então considerando ϕ = ϕ G temos : ϕ(e) = ϕ(1 F e) = ϕ(1) = Id V ; ϕ(gh) = ϕ(gh) = ϕ(g)ϕ(h) = ϕ(g)ϕ(h); ϕ(g)ϕ(g 1 ) = ϕ(1) = Id V = ϕ(g) 1 = ϕ(g 1 ) = ϕ(g) GL(V ); para todo g, h G. Logo, ϕ é representação de G em V. Teorema Sejam ϕ : G GL(V ) representação de G e ϕ : F G End F (V ) sua extensão. Um subespaço W V é ϕ- invariante se, e somente se, é ϕ-invariante. Em particular, ϕ é irredutível se, e somente se, ϕ é irredutível. Demonstração: Se W é ϕ-invariante então para todo g G, w W vale ϕ(g)w W. Logo, para todo u = α g g F G temos, ϕ(u)w = α g ϕ(g)w W. g G g G Portanto, W é ϕ-invariante. 39
44 Agora, se W é ϕ-invariante, então para todo u F G, w W vale ϕ(u)w W, em particular ϕ(g)w = ϕ(g)w W para todo g G, logo W é ϕ-invariante. Teorema Sejam ϕ : G GL(V ), ψ : G GL(W ) representações de G, e ϕ : F G End F (V ), ψ : F G End F (W ) as respectivas extensões. Então, ϕ = ψ se, e somente se, ϕ = ψ. Demonstração: Suponhamos que ϕ e ψ são equivalentes via f : V W, então f é transformação linear bijetora e f(ϕ(g)(v)) = ψ(g)(f(v)) para todo g G, v V. Para u = α g g F G temos: g G f(ϕ(u)(v)) = f( α g ϕ(g)(v)) g G = g G α g f(ϕ(g)(v)) = α g ψ(g)(f(v)) g G = ψ(u)(f(v)) Agora, se ϕ = ψ via f então f(ϕ(u)(v)) = ψ(u)(f(v)) para todo u F G, v V. Em particular, para todo g G temos: f(ϕ(g)(v)) = f(ϕ(g)(v)) = ψ(g)(f(v)) = ψ(g)(f(v)) portanto, ϕ = ψ via f. Sendo G um grupo finito, então F G é um G-módulo de dimensão finita. Pelo Teorema de Maschke F G é completamente redutível, ou seja, existem J 1,, J n G-submódulos simples de F G tais que F G = J 1 J n. Mas pelo teorema cada J k é também um F G-submódulo simples de F G, logo são ideais minimais à esquerda de F G. Isso demonstra o seguinte resultado. Teorema Sejam G um grupo finito. Então F G = J 1 J n, onde J 1,, J n são ideais minimais à esquerda de F G. Nosso próximo passo caracterizar a decomposição isotípica de F G. Além disso, mostraremos que as componentes isotípicas de F G são subálgebras associativas unitárias, e que são isomorfas a álgebras matriciais. 40
45 Definição Seja J ideal minimal à esquerda de F G, definamos U := J F G. Vemos que U é ideal bilateral de F G. Em particular, U é ideal à esquerda de F G. Sendo assim se J é ideal minimal à esquerda de F G então J U = {0} ou J U = J. Lema Seja J ideal minimal à esquerda de F G. Se J U, então J = J como F G-módulos. Reciprocamente, se J = J então J U. Demonstração: Seja x J U não nulo, temos x = y 0 a, onde y 0 J, a F G, são não nulos. Desta forma Ja {0} é ideal minimal à esquerda e x Ja J, logo Ja = J. Considerando f : J Ja onde f(y) = ya, temos f(uy) = uya = u(ya) para todo u F G, y J, logo f é homomorfismo de F G- módulos. Ademais, ϕ(y 0 ) = y 0 a = x 0, logo f 0 e, pelo Lema de Schur, f é isomorfismo de F G-módulos. Agora, se J = J, então seja f : J J tal isomorfismo. Pelo Teorema de Maschke, existe W ideal à esquerda de F G tal que F G = J W. Logo existem x 0 J, w 0 W tais que 1 = x 0 + w 0. Desta forma, para todo x J temos: x = xx 0 + xw 0 = xw 0 = x xx 0 J = xw 0 J W = {0} = xw 0 = 0. Assim, para todo x J temos f(x) = f(xx 0 ) = xf(x 0 ), pois f é F G- equivariante. Sendo a = f(x 0 ) temos f(x) = xa, portanto J = Im f = {xa x J} U. Corolário Se J é ideal minimal à esquerda de F G então I = U, onde I é a componente isotípica de F G que contém J. Demonstração: Considerando J = J 1 temos, pelo Teorema de Maschke, F G = J 1 J n, onde os J i s são ideais minimais a esquerda de F G. Assumindo sem perda de generalidade que J 1,, J k são todos os J i s isomorfos a J 1, temos que I := k i=1 J i. Para i = 1,, k, temos J i = J1, e pelo lema anterior, J i U, assim I U. Seja x U, então x = ya, y J 1, a F G. Como J 1 a é ideal minimal à esquerda de F G e pela demonstração do lema acima, J 1 a = J 1, temos pelo teorema , que J 1 a I, e portanto x I. Logo U I. 41
46 Observação Pelo corolário acima as componentes isotípicas de F G são ideais bilaterais. Ademais se I 1, I 2 são componentes isotípicas distintas de F G então I 1 I 2 = {0}. Assim I 1 I 2 = I 2 I 1 = {0}. Proposição Se J 1,, J m são todos os ideais minimais à esquerda dois a dois inequivalentes de F G então F G = I 1 I m, onde I i = J i F G. Demonstração: Como J 1,, J m são todos os ideais minimais à esquerda dois a dois inequivalentes, J 1 J m é ideal à esquerda de de F G. Se F G = J 1 J m então I i = J i para todo i = 1,, m e portanto segue o resultado. Se J 1 J m F G então, pelo Teorema de Maschke, existe W ideal à esquerda de F G tal que F G = J 1 J m W. Mas W é completamente redutível, logo existem J m+1,, J n ideais minimais à esquerda de F G tais que W = J m+1 J n, assim F G = J 1 J m J m+1 J n. Como J 1,, J m são todos os ideais minimais à esquerda dois a dois inequivalentes de F G, então para todo j = m + 1,, n temos J j = Ji, onde i {1,, m} e, portanto, J j I i. Desta forma F G I 1 I m. Proposição Seja I i uma componente isotípica de F G. Então I i é álgebra associativa unitária simples. Demonstração: Um cálculo direto nos mostra que as I i s são subálgebras associativas de F G. Ademais, F G é unitária, então pela proposição anterior existem e 1 I 1,, e m I m tais que 1 = e e m. Assim, para todo x i I i vale: x i = x i 1 = x i (e e m ) = x i e x i e m = x i e i. Analogamente, x i = e i x i. Ou seja, e i é unidade em I i para todo i = 1,, m. Por fim, seja P {0} ideal bilateral de I i. Como I i I j = I j I i = {0}, então P é ideal bilateral de F G. Se J é ideal minimal à esquerda de F G contido em P, então J = J i e assim, pela demonstração do lema 1.3.6, existe a F G tal que J i = Ja P, logo I i P e desta forma I i = P. Portanto, I i é álgebra associativa unitária simples. Proposição Se I i é uma componente isotípica de F G e e i é sua respectiva unidade, então e i Z(F G) := {a F G ax = xa, x F G}. 42
47 Demonstração: Sejam I 1,, I m as componentes isotípicas de F G, então F G = I 1 I m. Pela proposição anterior elas são subálgebras associativas e unitárias de F G. Como para todo a F G existem a 1 I 1,, a m I m tais que a = a a m então: ae i = (a a m )e i = a i e i = a i = e i a i = e i (a a m ) = e i a. Logo e i Z(F G). Como a soma dos I i s é direta então {e 1,, e m } é linearmente independente. Mas {e 1,, e m } Z(F G), logo dim Z(F G) m, ou seja, o número de ideais minimais à esquerda dois a dois inequivalentes de F G é menor ou igual a dim Z(F G). Lema Sejam G um grupo finito, Cl 1,, Cl k as classes de conjugação de G e v i = g, para i = 1,, k. Então {v 1,, v k } é base de Z(F G). Desta g Cl i forma, dim Z(F G) é igual ao número de classes de conjugação de G. Demonstração: Sejam h G e i {1,, k}. Por definição de classe de conjugação, se g Cl i então h 1 gh Cl i. Ademais, se g 1, g 2 G são tais que h 1 g 1 h = h 1 g 2 h então g 1 = g 2. Logo {h 1 gh g Cl i } = Cl i. Assim: h 1 v i h = h 1 gh = g = v i = v i h = hv i. g Cl i g Cl i Desta forma, para todo a = α g g F G temos: g G av i = g G α g gv i = g G α g v i g = v i a. Portanto, v i Z(F G). Suponhamos u = λ g g Z(F G). Se g 1, g 2 Cl i então existe h G tal que g G g 1 = hg 2 h 1. Assim: λ g g = u = huh 1 = λ g hgh 1 = λ g1 λ g2 = 0 = λ g1 = λ g2. g G g G Ou seja, u = λ 1 v λ k v k. Portanto, {v 1,, v k } gera Z(F G). Mas, G = k i=1 Cl i, e esta união é disjunta. Assim, pelo fato de G ser linearmente independente, temos {v 1,, v k } também linearmente independente. 43
48 Observação Devido a este lema, o número de ideais minimais à esquerda dois a dois disjuntos de F G é menor ou igual ao número de classes de conjugação de G. Proposição Um F -espaço vetorial V é um F G-módulo irredutível se, e somente se, V = J para algum J ideal minimal à esquerda de F G. Demonstração: Sabemos que olhando para F G como F G-módulo, seus submódulos irredutíveis são justamente os ideais minimais à esquerda de F G, logo a recíproca já está provada. V = F G K Agora, se V é um F G-módulo irredutível então, pela proposição , para algum K ideal maximal à esquerda de F G. Notemos que se J é ideal minimal à esquerda de F G então J K J é ideal à esquerda de F G, assim J K = {0} ou J K = J. Como K é maximal, então K F G, ademais F G é igual a soma de seus ideais minimais à esquerda, logo existe J ideal minimal à esquerda de F G tal que J K = {0}. Sendo K J ideal à esquerda de F G tal que K K J, temos pela maximalidade de K que K J = F G. Deste modo V = F G K = K J K = J. Concluímos então que o número de representações irredutíveis e inequivalentes de F G é igual ao número de ideais minimais à esquerda dois a dois inequivalentes de F G, que por sua vez é menor ou igual ao número de classes de conjugação de G. Provamos assim o seguinte resultado: Teorema O número de representações irredutíveis e inequivalentes de F G, onde F é um corpo de característica zero e G é um grupo finito, é menor ou igual ao número de classes de conjugação de G. 44
49 Capítulo 2 A decomposição da álgebra de grupo F S n Neste capítulo vamos expor alguns resultados da teoria de representações de grupo, no qual restringiremos ao grupo simétrico S n. Como vimos no capítulo anterior F S n é uma álgebra associativa unitária, pode naturalmente ser vista como S n -módulo e por isso possui uma decomposição em ideais minimais à esquerda. Nossa intenção é compreender melhor como se dá esta decomposição e explicitar os ideais de F S n que formam esta decomposição. Encontraremos também uma decomposição de F S n em subálgebras simples. Esta decomposição é muito importante no estudo das PI-álgebras e terá um papel central em nossa discussão sobre as A-identidades da Álgebra de Grassmann, no capítulo Partições Definição Seja n N. Uma partição (não ordenada) λ de n é uma sequência λ = (λ 1, λ 2, ) tal que λ i N {0}, λ 1 λ 2 e λ = λ 1 + λ 2 + = n. O comprimento de λ é o número l(λ) = #{i N; λ i 0}. Se λ é partição de n, então denotaremos por λ n. Definição Se λ = (n 1, n 2,, n r ) n, definiremos o diagrama de Young D λ 45
1 Noções preliminares
Álgebras, subálgebras e endomorfirsmos Ana Cristina - MAT/UFMG Durante este texto, vamos considerar F um corpo de característica zero. Iniciaremos com algumas definições da teoria de anéis que serão importantes
Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG
1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos
OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO)
! #" $ %$!&'%($$ OS TEOREMAS DE JORDAN-HÖLDER E KRULL-SCHMIDT (SEGUNDA VERSÃO) Neste texto apresentaremos dois teoremas de estrutura para módulos que são artinianos e noetherianos simultaneamente. Seja
A forma canônica de Jordan
A forma canônica de Jordan 1 Matrizes e espaços vetoriais Definição: Sejam A e B matrizes quadradas de orden n sobre um corpo arbitrário X. Dizemos que A é semelhante a B em X (A B) se existe uma matriz
Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função
UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,
uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial
V Bienal da SBM Sociedade Brasileira de Matemática UFPB - Universidade Federal da Paraíba 18 a 22 de outubro de 2010 uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando
Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras. Silvia Gonçalves Santos
Generalizações do Teorema de Wedderburn-Malcev e PI-álgebras Silvia Gonçalves Santos Definição 1 Seja R um anel com unidade. O radical de Jacobson de R, denotado por J(R), é o ideal (à esquerda) dado pela
Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A.
1. Ideais, quocientes, teorema de isomorfismo Seja A um anel comutativo unitário. Em particular A é um grupo abeliano com +; seja I um subgrupo aditivo de A. Como visto no primeiro modulo, sabemos fazer
1. Não temos um espaço vetorial, pois a seguinte propriedade (a + b) v = a v + b v não vale. De fato:
Sumário No que se segue, C, R, Q, Z, N denotam respectivamente, o conjunto dos números complexos, reais, racionais, inteiros e naturais. Denotaremos por I (ou id) End(V ) a função identidade do espaço
Apostila Minicurso SEMAT XXVII
Apostila Minicurso SEMAT XXVII Título do Minicurso: Estrutura algébrica dos germes de funções Autores: Amanda Monteiro, Daniel Silva costa Ferreira e Plínio Gabriel Sicuti Orientadora: Prof a. Dr a. Michelle
Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO
Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia. Curso de Mestrado em Matemática. O Teorema do Gancho. por
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Matemática Curso de Mestrado em Matemática O Teorema do Gancho e Aplicações por Josefa Itailma da Rocha
Definição 2.1 Seja X um espaço linear complexo. Uma aplicação
2 Preliminares 2.1 Álgebra Definição 2.1 Seja X um espaço linear complexo. Uma aplicação ϕ: X X C x, y ϕ(x, y) com as propriedades i) ϕ(x 1 + x 2, y) = ϕ(x 1, y) + ϕ(x 2, y) ii) ϕ(αx 1, y) = αϕ(x 1, y)
4 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 2008
4 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 8 Solução de alguns exercícios Devido ao fato de A ser simétrica, existe uma base ortonormal {u,, u n } formada por autovetores de A,
i : V W V W é o produto tensorial de V e W se, ao considerarmos um outro espaço vetorial U sobre o mesmo corpo K e B também uma aplicação bilinear:
3 Produto Tensorial Sistemas quânticos individuais podem interagir para formarem sistemas quânticos compostos. Existe um postulado em Mecânica Quântica que descreve como o espaço de estados do sistema
Um Curso de Nivelamento. Instituto de Matemática UFF
Introdução à Álgebra Linear Um Curso de Nivelamento Jorge Delgado Depto. de Matemática Aplicada Katia Frensel Depto. de Geometria Instituto de Matemática UFF Março de 2005 J. Delgado - K. Frensel ii Instituto
Álgebra Linear II - Poli - Gabarito Prova SUB-tipo 00
Álgebra Linear II - Poli - Gabarito Prova SUB-tipo 00 [ ] 4 2 Questão 1. Seja T : R 2 R 2 o operador linear cuja matriz, com respeito à base canônica de R 2, é. 1 3 [ ] 2 0 Seja B uma base de R 2 tal que
5 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 2009
5 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 29 Soluções dos exercícios Devido ao fato de A ser simétrica, existe uma base ortonormal {u,, u n } formada por autovetores de A, então
Um Estudo Sobre Espaços Vetoriais Simpléticos
Um Estudo Sobre Espaços Vetoriais Simpléticos Fabiano Borges da Silva Lívia T. Minami Borges 28 de novembro de 2015 Resumo O presente artigo estuda de maneira detalhada espaços vetoriais que possuem uma
obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.
Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos
Elisângela Valéria de Jesus. Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados
Elisângela Valéria de Jesus Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados Itabaiana Maio de 2017 Elisângela Valéria de Jesus Módulos e Grupos Abelianos Finitamente Gerados Dissertação submetida ao Corpo
Notas de Aula. Gustavo Henrique Silva Sarturi. i Z (1 i m) a j1 a j2
Notas de Aula Gustavo Henrique Silva Sarturi Matemática B - Em Ação gustavo.sarturi@ufpr.br 1 Matrizes Definição 1.1. Uma matriz A m n é um arranjo retangular de m n números reais (ou complexos) organizados
Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:
Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números
Anéis quocientes k[x]/i
META: Determinar as possíveis estruturas definidas sobre o conjunto das classes residuais do quociente entre o anel de polinômios e seus ideais. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:
= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )
6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos
Capítulo 8. Formas Bilineares. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo
Capítulo 8 Formas Bilineares Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula 8: Formas Bilineares Meta
MAT2458 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA II 2 a Prova - 2 o semestre de T ( p(x) ) = p(x + 1) p(x), (a) 8, (b) 5, (c) 0, (d) 3, (e) 4.
MAT2458 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA II 2 a Prova - 2 o semestre de 218 Q1. Considere a transformação linear T : P 3 (R) P 2 (R), dada por T ( p(x) ) = p(x + 1) p(x), para todo p(x) P 3 (R), e seja A
Algebra Linear S ergio Lu ıs Zani
Álgebra Linear Sérgio Luís Zani 2 Sumário 1 Espaços Vetoriais 7 1.1 Introdução e Exemplos.......................... 7 1.2 Propriedades............................... 12 1.3 Exercícios.................................
ÁLGEBRA LINEAR. NOTAS DE AULAS (ICMC-USP SÃO CARLOS) 2 o semestre de 2015
ÁLGEBRA LINEAR. NOTAS DE AULAS (ICMC-USP SÃO CARLOS) 2 o semestre de 2015 1. Notação de aplicações e conjuntos Sejam A e B dois conjuntos de natureza qualquer. Uma aplicação f : A B de A para B é uma lei
Capítulo 1 Conceitos e Resultados Básicos
Introdução à Teoria dos Grafos (MAC-5770) IME-USP Depto CC Profa. Yoshiko Capítulo 1 Conceitos e Resultados Básicos Um grafo é um par ordenado (V, A), onde V e A são conjuntos disjuntos, e cada elemento
3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão e B =
3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear IMPA - Verão 2008. (a) Ache os auto-valores e auto-vetores de A = 3 4 2 0 2 0 0 0 e B = 0 0 2 0 2 0 2 0 0 (b) Mostre que λ + λ 2 + λ 3 é igual ao
Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita;
META Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. OBJETIVOS Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita; determinar
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico p.1/32
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico Waldeck Schützer www.dm.ufscar.br/ waldeck/ V Semana da Matemática da UFU FAMAT, 25 a 28 de Outubro de 2005 Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico p.1/32 Resumo 1. Conhecendo
Álgebra Linear Exercícios Resolvidos
Álgebra Linear Exercícios Resolvidos Agosto de 001 Sumário 1 Exercícios Resolvidos Uma Revisão 5 Mais Exercícios Resolvidos Sobre Transformações Lineares 13 3 4 SUMA RIO Capítulo 1 Exercícios Resolvidos
Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx.
4 Álgebras de Lie Álgebras de Lie são espaços vetoriais munidos de uma nova operaçao que em geral não é comutativa nem associativa: [x, y] = xy yx. 4.1 Álgebras de Lie Simples Definição 4.1 Uma álgebra
1 Grupos (23/04) Sim(R 2 ) T T
1 Grupos (23/04) Definição 1.1. Um grupo é um conjunto G não-vazio com uma operação binária : G G G que satisfaz as seguintes condições: 1. (associatividade) g (h k) = (g h) k para todos g, h, k G; 2.
Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula. Petronio Pulino = Q
Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino 1 3 4 3 1 0 4 0 1 = Q 4 1 6 Qt Q t Q = 1 1 1 PULINUS Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino Departamento de Matemática
Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α).
Teoria de Galois Vamos nos restringir a car. zero. Seja K/F uma extensão finita de corpos. O grupo de Galois G(K/F ) é formado pelos isomorfismos ϕ : K K tais que x F, ϕ(x) = x. Lema. G(K/F ) [K : F ].
2 Espaços Vetoriais. 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos
2 Espaços Vetoriais 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos Definição: Dado n N, considere-se o conjunto de todos os n-uplos ordenados de elementos reais, isto é o conjunto de elementos da forma x = (x 1,, x
Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática
Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Disciplina : Geometria Analítica e Álgebra Linear - GCI004 Assunto: Espaços vetoriais
Teorema da Triangularização de Schur e Diagonalização de Matrizes Normais
Teorema da Triangularização de Schur e Diagonalização de Matrizes Normais Reginaldo J Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais http://wwwmatufmgbr/~regi 16 de novembro
Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica. Espaços Vetoriais Reais
universidade de aveiro departamento de matemática Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica Agrupamento IV (ECT, EET, EI) Capítulo 4 Espaços Vetoriais Reais Definição de espaço vetorial real [4 01] O conjunto
1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016
1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica o semestre de 16 1 Para que valores de t R a função definida por (x 1, x ), (y 1, y ) = x 1 y 1 + tx y é um produto interno em R? Para cada par de
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru CAPÍTULO 7 ISOMORFISMO
INRODUÇÃO AO ESUDO DA ÁLGEBRA LINERAR CAPÍULO 7 ISOMORFISMO A pergunta inicial que se faz neste capítulo e que o motiva é: dada uma transformação linear : V W é possível definir uma transformação linear
Lema. G(K/F ) [K : F ]. Vamos demonstrar usando o Teorema do Elemento Primitivo, a ser provado mais adiante. Assim, K = F (α).
Teoria de Galois Vamos nos restringir a car. zero. Seja K/F uma extensão finita de corpos. O grupo de Galois G(K/F ) é formado pelos isomorfismos ϕ : K K tais que x F, ϕ(x) = x. Lema. G(K/F ) [K : F ].
Uma Introdução às Identidades Polinomiais
Seminário de Pesquisa DCET UESB 27 de julho de 2012 Objetivo principal: preencher as tabelas s das identidades polinomiais graduadas de M 2 (K) com char(k) 2 Graduações ( de M 2 ) (K) K Infinito K Finito
MAT ÁLGEBRAS DE OPERADORES 2 SEMESTRE DE 2017 LISTA DE PROBLEMAS
MAT 5818 - ÁLGEBRAS DE OPERADORES 2 SEMESTRE DE 2017 LISTA DE PROBLEMAS 1) Mostre que M n (C) munida da norma ((a jk )) 1 j,k n = k=1 2) Defina na álgebra C[X] dos polinômios complexos na variável X a
Grupos livres e apresentações, grupos hopfianos e grupos residualmente finitos
Grupos livres e apresentações, grupos hopfianos e grupos residualmente finitos Bárbara Lopes Amaral Professora Ana Cristina Vieira Tópicos Especiais em Teoria de Grupos Belo orizonte Dezembro de 2010 Grupos
INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
EXERCÍCIOS INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO MAT-2458 Álgebra Linear para Engenharia II Primeira Lista de Exercícios - Professor: Equipe da Disciplina 1. Em R 3, sejam S 1
(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação
Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};
Álgebra Linear. Sérgio L. Zani
Álgebra Linear Sérgio L Zani Segundo Semestre de 2001 2 Sumário 1 Espaços Vetoriais 5 11 Introdução e Exemplos 5 12 Propriedades 8 2 Subespaços Vetoriais 9 21 Introdução e Exemplos 9 22 Propriedades 10
Capítulo 5. Operadores Auto-adjuntos. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo
Capítulo 5 Operadores Auto-adjuntos Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula 5: Operadores Auto-adjuntos
Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013
MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 5 - Subespaços vetoriais A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 10 de agosto de 2013 Às vezes, é necessário detectar, dentro
Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula. Petronio Pulino = Q
Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino 1 3 4 3 1 0 4 0 1 = Q 4 1 6 Qt Q t Q = 1 1 1 PULINUS Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino Departamento de Matemática
Álgebra Linear. André Arbex Hallack
Álgebra Linear André Arbex Hallack 2017 Índice 1 Sistemas Lineares 1 1.1 Corpos............................................. 1 1.2 Sistemas de Equações Lineares............................... 3 1.3 Sistemas
1 Álgebra linear matricial
MTM510019 Métodos Computacionais de Otimização 2018.2 1 Álgebra linear matricial Revisão Um vetor x R n será representado por um vetor coluna x 1 x 2 x =., x n enquanto o transposto de x corresponde a
MAT Resumo Teórico e Lista de
MAT 0132 - Resumo Teórico e Lista de Exercícios April 10, 2005 1 Vetores Geométricos Livres 1.1 Construção dos Vetores 1.2 Adição de Vetores 1.3 Multiplicação de um Vetor por um Número Real 2 Espaços Vetoriais
No próximo exemplo, veremos um tipo de funcional linear bastante importante.
UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM053 - Álgebra Linear II - Notas de aula Prof. José Carlos Eidam Funcionais lineares Nestas notas, estudaremos funcionais lineares sobre
ALGA I. Representação matricial das aplicações lineares
Módulo 6 ALGA I Representação matricial das aplicações lineares Contents 61 Matriz de uma aplicação linear 76 62 Cálculo do núcleo e imagem 77 63 Matriz da composta 78 64 GL(n Pontos de vista passivo e
1.1 Conjuntos parcialmente ordenados (c.p.o. s)
Capítulo 1 PRELIMINARES Neste primeiro capítulo podemos encontrar algumas definições e proposições que para além de nos familiarizar com a notação que iremos utilizar também têm como finalidade a referência
ALGEBRA I Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revis ao em Fevereiro de 2008
ÁLGEBRA I Maria Lúcia Torres Villela Instituto de Matemática Universidade Federal Fluminense Junho de 2007 Revisão em Fevereiro de 2008 Sumário Introdução... 3 Parte 1 - Preliminares... 5 Seção 1 - Noções
Reticulados e Álgebras de Boole
Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente
Identidades Graduadas e o Produto Tensorial de Álgebras
Universidade de Brasília Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Identidades Graduadas e o Produto Tensorial de Álgebras por Gabriel Silva Carvalho Orientador: José Antônio Oliveira de
Álgebra Linear. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 20 de março de 2019
Álgebra Linear ECT2202 Prof. Ronaldo Carlotto Batista 20 de março de 2019 AVISO O propósito fundamental destes slides é servir como um guia para as aulas. Portanto eles não devem ser entendidos como referência
Lista de exercícios 1 Grupos e Topológia
Universidade Federal do Paraná 1 semestre 2017. Programa de Pós-Graduação em Matemática Grupos de Lie Prof. Olivier Brahic Lista de exercícios 1 Grupos e Topológia Exercício 1. (Propriedades topológicas
Universidade Federal da Paraíba - UFPB Centro de Ciências Exatas e da Natureza - CCEN Departamento de Matemática - DM
Universidade Federal da Paraíba - UFPB Centro de Ciências Exatas e da Natureza - CCEN Departamento de Matemática - DM 3 a Lista de Exercícios de Introdução à Álgebra Linear Professor: Fágner Dias Araruna
Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática
1 Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática Lista 4 - MAT 137 -Introdução à Álgebra Linear 2017/II 1. Entre as funções dadas abaixo, verifique quais
Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2)
Espaço Dual, Transposta e Adjunta nota da álgebra linear 2) Sadao Massago Outubro de 2009 1 Espaço Dual Dado um espaço vetorial V sobre o corpo F, o espaço dual V é o espaço de todas transformações lineares
INTRODUÇÃO À TEORIA DA REPRESENTAÇÃO.
INTRODUÇÃO À TEORIA DA REPRESENTAÇÃO. 1. Palestra 1. Fatos básicos e álgebras e suas representações. 1.1. Qual é a teoria das representações? Teoria das representações estuda estruturas abstratas algébricas
Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico
Apontamentos III Espaços euclidianos Álgebra Linear aulas teóricas 1 o semestre 2017/18 Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Índice Índice i 1 Espaços euclidianos 1 1.1
Esp. Vet. I. Espaços Vetoriais. Espaço Vetorial. Combinações Lineares. Espaços Vetoriais. Espaço Vetorial Combinações Lineares. Esp. Vet.
Definição (R n 1 a Parte R n é o conjunto das n-uplas ordenadas de números reais. (1,, R Paulo Goldfeld Marco Cabral (1, (, 1 R Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal do Rio de Janeiro
UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE CORPOS FINITAS E ALGÉBRICAS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS VI - POETA PINTO DO MONTEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JÚLIO FERNANDES DA SILVA UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE
Equação Geral do Segundo Grau em R 2
8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................
Álgebra linear A Primeira lista de exercícios
Álgebra linear A Primeira lista de exercícios Prof. Edivaldo L. dos Santos (1) Verifique, em cada um dos itens abaixo, se o conjunto V com as operações indicadas é um espaço vetorial sobre R. {[ ] a b
ÁLGEBRA I. 1 o período de 2005 (Noturno)
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Brasília, março de 2005 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA -IE ÁLGEBRA I 1 o período de 2005 Noturno Exercícios de treinamento Observação : Os problemas que se seguem, marcados por *,
Contando o Infinito: os Números Cardinais
Contando o Infinito: os Números Cardinais Sérgio Tadao Martins 4 de junho de 2005 No one will expel us from the paradise that Cantor has created for us David Hilbert 1 Introdução Quantos elementos há no
Universidade de Brasília. Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática. Polinômios Centrais. por. Claud Wagner Gonçalves Dias Júnior
Universidade de Brasília Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Polinômios Centrais por Claud Wagner Gonçalves Dias Júnior Dissertação de Mestrado em Matemática Orientador: Prof. Dr. Dimas
Fabio Augusto Camargo
Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Matemática Introdução à Topologia Autor: Fabio Augusto Camargo Orientador: Prof. Dr. Márcio de Jesus Soares
Aula 25 - Espaços Vetoriais
Espaço Vetorial: Aula 25 - Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não vazio de objetos com duas operações definidas: 1. Uma adição que associa a cada par de objetos u, v em V um único objeto u + v, denominado
Álgebra Linear Contra-Ataca
Contra-Ataca Prof Afonso Paiva Departamento de Matemática Aplicada e Estatística Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação USP São Carlos Cálculo Numérico SME0104 Operações elementares Operações
6. Verifique detalhadamente que os seguintes conjuntos são espaços vetoriais(com a soma e produto por escalar usuais):
a Lista. Sejam u = ( 4 ) v = ( 5) e w = (a b). Encontre a e b tais que (a)w = u + v (b)w = 5v (c)u + w = u v. Represente os vetores acima no plano cartesiano.. Sejam u = (4 ) v = ( 4) e w = (a b c). Encontre
ÁLGEBRA LINEAR. Base e Dimensão de um Espaço Vetorial. Prof. Susie C. Keller
ÁLGEBRA LINEAR Base e Dimensão de um Espaço Vetorial Prof. Susie C. Keller Base de um Espaço Vetorial Um conjunto B = {v 1,..., v n } V é uma base do espaço vetorial V se: I) B é LI II) B gera V Base de
(x 1 + iy 1 ) + (x 2 + iy 2 ) = x 1 + x 2 + i(y 1 + y 2 ) a(x + iy) = ax + i(ay)
Espaços Vetoriais Definição. Um espaço vetorial sobre R é um conjunto V no qual se tem definida uma adição e uma multiplicação de seus elementos por escalares (isto é, por números reais), ou seja, dados
1 Subespaços Associados a uma Matriz
1 Subespaços Associados a uma Matriz Seja V = R n e para quaisquer u, v, e w em V e quaisquer escalares r,s em R 1, 1. u + v é um elemento de V sempre que u e v são elementos de V a adição é fechada, 2.
A forma canônica de Jordan e aplicações. 2 Resultados. 2.1 Triangularização. Marcos Alves dos Santos e José Carlos Corrêa Eidam(Orientador)
A forma canônica de Jordan e aplicações Marcos Alves dos Santos e José Carlos Corrêa Eidam(Orientador) Universidade de São Paulo (USP), Brasil marcos.santos@usp.br Universidade de São Paulo (USP), Brasil
Uma Introdução à A-Identidade Polinomial
Universidade de Brasília Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Uma Introdução à A-Identidade Polinomial por Edimilson dos Santos da Silva * Mestrado em Matemática - Brasília - DF Orientador:
MCTB Álgebra Linear Avançada I Claudia Correa Exercícios sobre transformações lineares. Os Exercícios 3 e 4 são os exercícios bônus dessa lista.
MCTB002-13 Álgebra Linear Avançada I Claudia Correa Exercícios sobre transformações lineares Os Exercícios 3 e 4 são os exercícios bônus dessa lista. Definição 1. Dados conjuntos X e Y, uma função ϕ :
Ideais em anéis de grupo
Ideais em anéis de grupo Allysson Gomes Dutra 19 de julho de 2014 Resumo: A proposta deste trabalho é apresentar algumas construções de ideais em um anel de grupos RG se utilizando de subgrupos normais
Parte 2 - Espaços Vetoriais
Espaço Vetorial: Parte 2 - Espaços Vetoriais Seja V um conjunto não vazio de objetos com duas operações definidas: 1. Uma adição que associa a cada par de objetos u, v em V um único objeto u + v, denominado
7. Sejam U, W subespaços vetoriais de um espaço vetorial V sobre um corpo K. Prove que U W é um subespaço vetorial de V se e somente se U W ou W U.
Lista de Álgebra Linear - Prof. Edson Iwaki 1. Quais dos subconjuntos são R subespaços vetoriais? Ache uma base para os que forem. (a) S = {(x, y, z) R 3 x 0} R 3 (b) S = {(x, y, z) R 3 x = 0} R 3 (c)
Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l
Turma: Nota: MA 327 Álgebra Linear Primeiro Semestre de 2006 Segunda Prova Nome: RA: Questões Pontos Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 T o t a l Questão 1. A matriz de mudança da base ordenada
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS. Semissimplicidade de anéis de grupos e o teorema de Perlis-Walker
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Monografia de Especialização Semissimplicidade de anéis de grupos e o teorema de Perlis-Walker Reyssila Franciane
e tutor do Programa de Educação Tutorial/SESU Matemática UFMS Campus de Três Lagoas. E MAIL:
Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 56 SOBRE A AÇÃO DE AUTOMORFISMOS DE GRUPOS Natália Caroline Lopes da Silva 1 ; Marco Antonio Travassos 2 ; Antonio
MAT Álgebra Linear para Engenharia II
MAT2458 - Álgebra Linear para Engenharia II Prova Substitutiva - 04/12/2013 Nome: Professor: NUSP: Turma: INSTRUÇÕES (1) A prova tem início às 7:30 e duração de 2 horas. (2) Não é permitido deixar a sala
O espaço das Ordens de um Corpo
O espaço das Ordens de um Corpo Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é exibir corpos com infinitas ordens e exibir uma estrutura topológica ao conjunto das ordens de um corpo.
Um algoritmo para estimar o segundo grupo de homologia de algum grupo finitamente apresentado
Um algoritmo para estimar o segundo grupo de homologia de algum grupo finitamente apresentado VIEIRA, Flávio Pinto; BUENO, Ticianne Proença Adorno, SERCONECK, Shirlei Instituto de Matemática e Estatística,
23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário
23 e 24 Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3 Sumário 23.1 Introdução....................... 2 23.2 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 3.. 2 23.3 Mudança de Coordenadas no Espaço........
(Mini) Apostila de Teoria de Grupos. Dimiter Hadjimichef
(Mini) Apostila de Teoria de Grupos Dimiter Hadjimichef Porto Alegre 2012 1. Teoria de Grupos 1.1 Muitas definições... Definição 1: Grupo Um conjunto G = {a,b,c,...} é dito formar um grupo se existir uma
Capítulo 6. Operadores Ortogonais. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo
Capítulo 6 Operadores Ortogonais Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula 6: Operadores Ortogonais
ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral
Módulo 9 ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral Contents 9.1 Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos) 136 9. Teorema espectral para operadores auto-adjuntos...........