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1 Ao Dr. Sérgio Gardenghi Suiama Exmo. Sr. Procurador da República em São Paulo Ministério Público Federal R. Peixoto Gomide, nº 768, 4º andar, sala 06 São Paulo SP Prezado Dr. Sérgio Suiama, Conforme V. solicitação, segue em anexo uma análise das interferências radioelétricas ocorridas nas faixas de radionavegação e radiocomunicação aeronáuticas, a partir dos dados constantes do procedimento administrativo n.º / , instaurado no âmbito deste Ministério Público Federal. Para a realização dessa análise recorreu-se à busca de informações complementares disponíveis principalmente na Internet. Espera-se que essa análise possa contribuir para a continuidade de V. trabalho e para o esclarecimento dessa tão delicada questão das interferências, objeto de muita polêmica e pouca compreensão, mesmo por parte dos técnicos. Atenciosamente, p/ José Zunga Instituto Observatório Social de Telecomunicações IOST SCN Q6 Bloco A Sala 401 Brasília DF

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3 Prólogo 1 Na década de 70, foi desenvolvida uma nova geração de jatos de combate, conhecidos como STOL (Short Take-Off Landing) e VTOL (Vertical Take-Off Landing), desenhados para decolar/pousar em pistas muito curtas (STOL) ou mesmo na vertical (VTOL). O mais conhecido das aeronaves VTOL é o Harrier, desenvolvido pela fabricante inglesa Hawker Siddeley. 2 No início da década de 80, foi feita uma demonstração das potencialidades do Harrier para combate aero-naval. A demonstração consistiu em um pouso de uma aeronave Harrier a bordo de um porta-aviões norte-americano, com o objetivo de promover suas vendas para aquele mercado. 3 Na demonstração, tudo parecia correr bem, com o piloto iniciando uma suave descida vertical, enquanto um marinheiro lhe sinalizava do convés do porta-aviões. Subitamente, algo saiu errado. De alguma forma, a grande superfície metálica do navio começou a provocar interferências eletromagnéticas no sistema eletrônico da aeronave, ejetando o piloto e causando-lhe a morte imediata. O avião, desgovernado, caiu desajeitadamente sobre o navio. A interferência eletromagnética provocava mais uma vítima fatall Introdução 4 O tema radiointerferências nas faixas aeronáuticas tem-se mostrado altamente polêmico, seja pelos aspectos políticos e econômicos envolvidos, seja pelos riscos que impõem à delicada atividade de navegação aeronáutica. 5 Entretanto, a despeito de sua importância, são poucos os estudos existentes sobre o tema. De uma forma geral, constata-se grandes lacunas de informação. Os casos noticiados pela mídia são pontuais e, em que pese a gravidade da questão, a falta de informações completas dificulta a formação de uma avaliação serena e equilibrada. Um tratamento mais confiável deveria partir de um levantamento mais abrangente de dados, contendo séries históricas completas e, à medida do possível, uma descrição pormenorizada de cada evento, para que os mesmos possam ser analisados com a máxima isenção possível. 6 Exemplos de lacunas de informação são os registros incompletos, sem a indicação da data da ocorrência, ou localização da aeronave, ou ainda, em alguns casos extremos, a falta de indicação da freqüência interferida. 7 Em alguns dos estudos existentes observa-se também, ainda que essa possa não ter sido a intenção do autor, pequenos deslizes que, ampliados pelo calor do debate, podem levar a conclusões errôneas. 8 Exemplo ilustrativo dessa afirmação pode ser encontrada no Relatório Técnico sobre Radiointerferência Prejudicial Provocada por Emissões em Freqüência Modulada FM, emitido pela Anatel em 2003, em cuja seção , que traz exemplos de cálculos matemáticos para demonstrar como se podem formar as ondas interferentes nas faixas de rádio aeronáutico, observa-se o seguinte: 1 Este caso foi extraído do site Glenair A world of interconnect solutions. Acesso em 18/07/2007.

4 Exemplo a) Surgimento de sinal interferente na faixa de radiocomunicação aeronáutica devido ao batimento de dois sinais de rádio na faixa de FM: F1 = 107,9 MHz (portanto, uma emissora FM comercial) F2 = 87,9 MHz (uma rádio comunitária no canal 200) Sinal de interferência gerado pelo batimento desses dois sinais: 2xF1 F2 = 127,9 MHz, sendo este um sinal interferente na faixa de radiocomunicação. Nesse exemplo, a irregularidade consiste no sinal 2xF1, uma harmônica da emissora comercial, a qual não deveria existir. Entretanto, assim diz o relatório Anatel: A suposta intermodulação produzida pelas emissoras, conseqüência de irregularidade no equipamento da RADCOM, poderá provocar interferência prejudicial nas comunicações (freqüência = 127,9 MHz) entre aeronaves e Torre de Controle ou Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo CINDACTA. (grifo nosso). Ou seja, embora na equação matemática que ilustra o exemplo, a irregularidade ocorra na emissora comercial, que irradia um sinal harmônico 2xF1 indevido, no texto o problema é imputado à rádio comunitária. 9 No mesmo relatório, o exemplo seguinte refere-se à formação de um sinal de interferência na faixa de radiocomunicação aeronáutica devido ao batimento de sinais de três emissoras, assim ilustrado: Exemplo b) F1 = 107,9 MHz (emissora FM comercial) F2 = 107,3 MHz (outra emissora FM comercial) F3 = 87,9 MHz (rádio comunitária) Sinal de interferência gerado pelo batimento desses três sinais: F1 + F2 F3 = 127,3 MHz, sendo este um sinal interferente na faixa de radiocomunicação. Nesse exemplo, embora o texto do citado relatório não impute a culpa da geração do sinal interferente à rádio comunitária, a simples presença da mesma na equação acima pode induzir o leitor leigo a conclusões errôneas. Poderia o leitor crer que se a rádio comunitária não existisse, esse sinal interferente não seria formado. Entretanto, para prover o necessário reequilíbrio conceitual, o seguinte exemplo deveria ser adicionado: Exemplo b.1) F1 = 107,9 MHz (emissora FM comercial) F2 = 107,3 MHz (outra emissora FM comercial) F3 = 88,1 MHz (uma terceira emissora FM comercial) Sinal de interferência gerado pelo batimento desses três sinais: F1 + F2 F3 = 127,1 MHz, sendo este um sinal interferente na faixa de radiocomunicação. Assim, ao contrário do exemplo ilustrativo do relatório da Anatel (exemplo b ), no

5 qual o sinal interferente surge com a participação do sinal da emissora comunitária, é possível uma situação em que o sinal interferente surja pelo batimento de sinais de três rádios FM comerciais, como no exemplo b.1. Observa-se, portanto, que a geração de sinais interferentes nas faixas de radionavegação e radiocomunicação aeronáuticas não é prerrogativa exclusiva das rádios comunitárias. 10 Por outro lado, a ocorrência de interferências nessas faixas é uma questão assaz grave para ser tratada de forma leviana. Assim, deve-se buscar identificar as várias causas que podem levar à formação dessas interferências, de forma equilibrada e serena, para que possam ser obtidas soluções duradouras. 11 O texto a seguir busca, a partir dos dados constantes nos documentos encaminhados pelo Ministério Público Federal a esta organização, tentar identificar essas causas. Para completar a compreensão, foram buscadas informações complementares em outras fontes, especialmente as disponíveis na Internet. 12 Os diversos episódios constantes dos referidos documentos, complementadas pelas informações de outras fontes, levam à conclusão da existência de interferências nas faixas de radionavegação e radiocomunicação aeronáuticas de diversas origens, as quais poderiam ser, a grosso modo, agrupadas nas seguintes categorias: i. interferências intencionais; ii. interferências (não-intencionais) provocadas por sistemas de radiodifusão; iii. interferências (não-intencionais) provocadas por outros serviços e aparelhos de telecomunicações; iv. interferências (não-intencionais) provocadas por outras fontes. Nas seções seguintes, serão abordadas cada uma dessas categorias. Antes, porém, será feita uma breve revisão conceitual sobre a questão das radiointerferências nas faixas aeronáuticas. 2. Breve Revisão Conceitual sobre as Radiointerferências 13 As interferências eletromagnéticas são um dos capítulos mais complexos e mal compreendidos da engenharia elétrica. Elas constituem também um dos maiores desafios para os engenheiros, pois encontram-se presentes em praticamente todas as situações e, caso não sejam devidamente equacionadas, podem levar a resultados desastrosos, surpreendendo mesmo os técnicos mais experientes, como ocorreu no caso relatado no prólogo deste texto. 14 As pessoas que não são da área, e mesmo muitos dos engenheiros, desconhecem as razões pelas quais as interferências ocorrem. Em linhas gerais, as interferências eletromagnéticas que nada mais são que sinais eletromagnéticos presentes aonde eles não são desejados ocorrem por um ou pela soma dos seguintes fatores: i. formação de um sinal diferente do desejado, na origem; ii. captação de sinais diferentes dos desejados, no destino; iii. conversão não prevista de um sinal com características inicialmente desejadas em outro, com características não desejadas; e finalmente iv. os diferentes materiais oferecem um maior ou menor grau de isolamento (blindagem) contra a passagem de ondas eletromagnéticas mas, rigorosamente falando, não existe material com a característica de isolante absoluto. Essas diversas questões são geralmente tratadas, na engenharia elétrica, no capítulo

6 denominado compatibilidade eletromagnética. Para o escopo do presente estudo, os dois primeiros fatores são os que apresentam maior interesse. 15 A União Internacional de Telecomunicações UIT possui uma norma específica tratando da compatibilidade entre os sistemas de radiodifusão (FM) e as faixas aeronáuticas. Trata-se da recomendação ITU-R IS.1009 Compatibility between the Sound Broadcasting Service in the Band of about MHz and the Aeronautical Services in the Band MHz 2. Essa recomendação foi internalizada no Brasil na Norma nº 03/95, Norma de Compatibilidade entre o Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (88 a 108 MHz) e os Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 a 137 MHz). 16 A figura 1 a seguir ilustra a localização dos sinais de FM e a faixa aeronáutica no espectro. A faixa de FM, originalmente, vai de 88 a 108 MHz. Após a edição da Lei nº 9.612/98, de Radiodifusão Comunitária, a Anatel buscou ampliar essa faixa visando acomodar as novas emissoras, estendendo a parte inferior da faixa até 87,4 MHz (canal 198). Já as faixas reservadas à aviação ocupam de 108 a 118 MHz com o serviço de radionavegação ( ILS localizer ) e a porção de 118 a 137 MHz com o serviço de radiocomunicação entre a torre de controle e as aeronaves. 87, MHz FM ILS COM I II B III Figura 1. Faixas de FM, ILS e COM no espectro. 17 No mundo ideal, os sinais de rádio FM, gerados dentro da faixa de 87,4 a 108 MHz, deveriam ficar confinados a essa região do espectro, pois todos os receptores de FM estão projetados para receberem os sinais nessa faixa de freqüência (ou, pelo menos, de 88 a 108 MHz). Esse é o caso indicado como I na figura O sistema de radionavegação, na parte relativa aos sinais de auxílio ao pouso da aeronave (Instrument Landing System, ILS) é composto por dois grupos de sinais. O primeiro possibilita o alinhamento horizontal da aeronave com a pista ( localizer ), 2 Embora a UIT tenha publicado um grande volume de normas técnicas, adotadas por praticamente todos os países do mundo, por uma questão de formalidade diplomática elas não recebem o nome de normas ou padrões ( standards ) e sim de recomendações. Cada país ou fórum técnico, ao internalizar cada recomendação, converte-o em uma norma, embora o teor do texto técnico permaneça, em geral, idêntico ao da UIT.

7 compreendendo um par de sinais que operam em uma dada freqüência na faixa de 108 a 118 MHz; e o segundo possibilita o alinhamento vertical da aeronave com a linha virtual de descida ( glide path ), sendo composto por um par de sinais na faixa de 328 a 335 MHz. Cada aeroporto possui equipamentos que transmitem um par de freqüências características de localizer e glide path. O receptor ILS das aeronaves, por sua vez, está teoricamente programado para interpretar somente esses sinais. Essa situação está indicada como II na figura Já os rádios de comunicação aeronáutica ( COM ), por sua vez, estão projetados para transmitirem e receberem sinais na faixa de 118 a 137 MHz, indicado como III na figura As radiointerferências, seja na faixa de ILS, seja na COM, podem ocorrer por sinais gerados dentro dessas freqüências e, nesse caso, são classificadas pela recomendação ITU-R IS.1009 como interferência de tipo A. Ou podem ocorrer por sinais gerados em outras freqüências, sendo nesse caso classificadas como interferências de tipo B. 21 As questões que se apresentam aqui, são: (1) como e porquê ocorrem interferências de tipo A; e (2) como e porquê, no caso da interferência de tipo B, um sinal gerado em outro ponto do espectro acaba atingindo as faixas aeronáuticas. 3. Interferências Intencionais 22 Denomina-se aqui de interferência intencional aquele sinal que é gerado intencionalmente na faixa de radionavegação ou radiocomunicação aeronáutica, qualquer que seja a sua motivação. São as interferências classificadas pela recomendação ITU-R IS como sendo de tipo A. Embora a ocorrência desse tipo de interferência seja rara, sua gravidade advém da intencionalidade de sua geração. 23 Dos registros do PA / , os seguintes episódios foram extraídos. Caso 1. Data: 15/01/1997. Horário: 19:34. Informado pela aeronave PTWGU à torre de Cumbica (GRU), azimute 140º, distância 24 km do aeroporto, altitude FL090 (2.700m), freqüência interferida: 119,8 MHz (fl 104 do PA / ). Descrição: Aeronave procedente de Caxias (RS) para pouso em Guarulhos (SP), a m de altitude, mantinha o rumo do auxílio à navegação por instrumentos, a 24 km setor sudeste do aeroporto de Congonhas (SP) no azimute 140, cotejou a seguinte mensagem em 119,8 MHz: descer para pés, bloqueio Bomsucesso, iniciar aproximação, (sendo que) essa instrução não foi fornecida pela APP-SP. (Grifo nosso). 24 Caso 2. Data: 22/02/1997. Período: 20:00-20:15. Informado por diversas aeronaves: VRG201, VSP958, FAB2280, TBA176 e TBA460. Setor noroeste, cerca de 48 km do aeroporto. Altitude não informada. Freqüência interferida 129,75 MHz (fl 105 do PA / ). Descrição: Entre 20:00 e 20:15 houve interferência com transmissão clandestinas (sic), na freqüência MHz, repetindo as autorizações do APP-SP, as aeronaves em vôo da VRG201, VSP958, FAB2280 e TBA176, dizendo-lhes que as aeronaves não conseguiriam pousar. Segundo os pilotos, a voz era de (criança/feminina), e somente ocorriam as proximidades da cidade de Santana do Parnaíba, que fica no setor noroeste, em torno de 48 km do aeroporto de Guarulhos (SP). A aeronave da TBA460,

8 que se aproximava pelo setor sul do aeroporto de Guarulhos não recebeu interferências. (Grifo nosso). 25 Caso 3. Data: 19/06/1997. Reportado pelas aeronaves VRG687 (às 21:59) e TAM440 (às 22:14) à torre de Congonhas. Freqüência interferida: 119,8 MHz (fl 106 do PA / ). Descrição: Após a decolagem do aeroporto de Congonhas (SP), o comandante da referida aeronave reportou ter recebido instruções clandestinas. (Grifo nosso). 26 Nos três casos, os pilotos receberam instruções falsas e erradas para os procedimentos de vôo. Entretanto, como é fácil de se observar, não são transmissões oriundas de rádios comunitárias. Estas, mesmo quando não estão regularizadas, têm o objetivo de transmitirem músicas e mensagens para seus ouvintes, e a irradiação de instruções aeronáuticas, corretas ou incorretas, certamente não faz parte do rol dessa programação radialística. 27 A provável explicação é que essas instruções tenham sido geradas com emprego de aparelhos de radiocomunicação, que são capazes de operar na faixa aeronáutica. Exemplos de aparelhos são os da marca ICOM, modelos IC-A110, A4, A5 e A6. Esses aparelhos podem ser comprados por qualquer pessoa via Internet, por exemplo no endereço a preços bastante accessíveis. No anexo I deste relatório é apresentado um data-sheet de um desses aparelhos. 4. Interferências Provocadas por Sistemas de Radiodifusão 28 Grande parte das queixas dos pilotos acerca de interferências sofridas nos sistemas de radionavegação e radiocomunicação, segundo os dados constantes no PA / e supondo que não tenha ocorrido uma pré-filtragem das amostras, refere-se a interferências provocadas por emissoras de radiodifusão. 29 As emissoras de radiodifusão na faixa de FM, sejam elas comerciais, comunitárias ou outras, estejam legalizadas ou não, transmitem na faixa de 88 (ou 87,4) a 108 MHz. Não é intuito delas irradiarem sinais nas faixas de radionavegação e radiocomunicação aeronáuticas, pois não é ali que residem seus ouvintes. Portanto, o sinal dessas rádios somente vai desaguar nas faixas aeronáuticas por obra do acaso, por uma das seguintes razões: i. problemas no sistema de transmissão (equipamento, instalações) da emissora, de modo a gerar sinais espúrios nas faixas aeronáuticas; e/ou ii. formação de produtos de intermodulação no receptor, devido à presença de dois ou mais sinais cujo resultado esteja dentro da faixa de operação do receptor; ou iii. interferência decorrente da incapacidade do estágio de entrada do receptor em rejeitar sinais de intensidade elevada de freqüências próximas porém fora de sua faixa de operação. 30 Analisando-se os dados constantes no PA / , parece ser oportuno promover uma taxonomia das emissoras que transmitem na faixa de 88 a 108 MHz (FM). A simples divisão em emissoras legais e ilegais (ou piratas ) não é suficiente, pois o problema de interferências eletromagnéticas é um problema técnico, que não toma conhecimento do lado jurídico da questão. Além disso, segundo o site da Anatel, Sistema Interativo SRD, muitas daquelas que operam em caráter comercial, com potências elevadas, são emissoras não autorizadas.

9 31 Assim, do ponto de vista técnico, parece ser mais adequado classificar as emissoras em quatro grupos, com critério misto de potência e natureza da emissora, embora tal classificação também tenha suas limitações. Os grupos seriam: a) as emissoras comerciais e educativas, que operam geralmente com potência superior a 1 kw (classes Especial, A, B e eventualmente C); b) emissoras de média potência, tipicamente de 100 a 1 kw (em torno da classe C) 3 ; c) emissoras de baixa potência, comunitárias, com 25 W; d) outros serviços de radiodifusão, que não as da faixa de FM. A seguir serão abordados os casos de interferência de cada um desses grupos Emissoras comerciais e educativas na faixa FM 32 O PA / relata vários casos envolvendo emissoras comerciais, os quais podem ser divididos em dois grupos. O primeiro grupo envolve os casos em que a emissora comercial (ou educativa) estava, por alguma razão, gerando sinais espúrios ou harmônicos, provocando interferências no serviços aeronáutico ou em outros serviços de telecomunicações. O segundo grupo é composto por ocorrências em que, ao se aferir o sistema de transmissão, nada foi constatado Exemplos de interferências provocadas por emissoras comerciais 33 Alguns exemplos do primeiro grupo são relatados a seguir. 34 Caso 4 (PA / fl 466). Conforme informações do Ministério das Comunicações, Delegacia no Estado de Minas Gerais, a Rota de Fiscalização levada a cabo em maio de 1997 identificou um problema de emissão de espúrios na Rádio Três Marias (MG). Instada a solucionar o problema, assim relata a referida rádio, no dia 22/05/1997: De: Rádio Três Marias FM (etc.) Para: Dentel Departamento Nacional de Telecomunicações (etc.) A Rádio Três Marias FM, permissionária do serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada nesta cidade, vem apresentar a V.Sa. as providências que foram tomadas com relação às interferências detectadas desta emissora nos sistemas de comunicação de aeronaves. O Transmissor Plante 1 kw, (...) 104,7 MHz, teve sua válvula de saída substituída pelo Eng. Jorge Luiz Xavier, que ao tentar sintonizar o mesmo com válvula antiga, estava gerando espúrios em todo o espectro de FM e adjacências. Foi verificado por meio de um Scanner Receiver Kenwood RZ1 e não se detectou mais nenhum sinal espúrio (...). (Grifo nosso). 35 Caso 5 (PA / fl. 467). Conforme informações do Ministério das Comunicações, Delegacia no Estado de Minas Gerais, a Rota de Fiscalização levada a cabo em maio de 1997 identificou um problema de intermodulação de serviço de radiodifusão FM (99,7 MHz) com um serviço de retransmissão de televisão. Instada a resolver o problema, assim relata a referida rádio, no dia 28/05/1997: Prezado Senhor, 3 Rigorosamente falando, a classe C compreende apenas as emissoras com potencia até 600 watts.

10 Em virtude de recentes medidas de campo feitas em nossa cidade nas proximidades de nossos transmissores pelo Sr. José Eduardo, foi detectado um batimento em 127 MHz. (...) nosso equipamento está de volta à normalidade, após substituirmos o Gerador de Stereo, identificado como o causador do batimento de freqüência. 36 Caso 6 (PA / fl 372; Anatel, 2003). A Anatel relata a ocorrência, em 02/04/2003, de intermodulação devido aos sinais da Rádio Cidade de Itu (SP) operando na freqüência de 104,7 MHz e o Sistema Regional de Radiodifusão, de Votorantin (SP) operando em 91,1 MHz. A conjunção de ambos estava provocando um sinal interferente em 118,25 MHz. Após análise, foi constatado como origem um problema de filtragem da primeira emissora. 37 Caso 7 (PA / fls ). Em 05/04/2005 o DECEA de São José dos Campos relata queixa de interferência provocada pela Rádio Difusora de Taubaté. Notificada pela Anatel, a emissora alegou que seus equipamentos encontravam-se em ordem, mas poderia estar havendo intermodulação com sinais de outra emissora cuja antena encontrava-se co-localizada no mesmo prédio. 38 Caso 8 (PA / fls ). O GEIV (Grupo Especial de Inspeção de Vôo) relata vários casos de interferências na faixa de radionavegação (ILS), devido a emissoras comerciais, como a Rádio Gazeta (dia 17/10/2005, 19:00), Rádio Transamérica (dia 18/10/2005, 9:45) e Rádio Band FM (18/10/ :45). 39 Notificada pela Anatel, alega a Rádio Transamérica (PA / , fls ) que seus equipamentos encontram-se em ordem, mas aventa a hipótese de estar havendo batimento com a rádio (não autorizada) 89,1 MHz, conforme os cálculos: F1 = 100,1 MHz (Rádio Transamérica) F2 = 89,1 MHz (rádio 89) batimento 2xF1 F2 = 111,1 MHz freqüência do ILS interferido. Entretanto, ainda que a hipótese aventada pela Rádio Transamérica pareça fazer sentido, resta indagar porquê o sinal 2xF1 (segunda harmônica dessa emissora) estaria presente no ar com uma potência significativa. Nos termos do Regulamento Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada (1998) da Anatel, esse sinal deveria ter uma potência máxima de -31,2 db, ou 76 miliwatts, para a referida emissora portanto, em um nível que seria insignificante para provocar o batimento com o sinal da 89 FM. 40 Caso 9 (PA / fls ). Por instância da INFRAERO de Ribeirão Preto, a Anatel notificou a Rádio USP FM de Ribeirão Preto por supostas interferências na freqüência de 118 MHz, em 26/03/2007. A referida emissora, após checagem em conjunto com o fabricante do equipamento, constatou não haver emissão de espúrios, porém uma sobremodulação de 130%. Aparentemente, após a correção do mesmo, não foram mais verificadas as referidas interferências. 41 Os exemplos citados ilustram casos de interferência provocados por emissoras comerciais. Como pode ser observado pelos exemplos, elas podem ocorrer tanto por emissão de espúrio diretamente na freqüência afetada (casos 4 e 9), quanto por batimento com sinais de outras emissoras (casos 5 a 8). Nos casos citados, as interferências surgiram devido a problemas técnicos nos equipamentos transmissores dessas emissoras.

11 Exemplos de falsas inferências 42 O PA / relata também alguns casos em que, inicialmente,.acreditou-se que a interferência pudesse ser oriunda de emissora comercial mas que, após verificação, tal suposição não foi comprovada. 43 Antes de se concluir, açodadamente, que de fato não houve nesses casos interferência gerada pela parte notificada (emissora comercial), cabe atentar para alguns pormenores, conforme ilustrados pelos exemplos a seguir. 44 Caso 10 (PA / fls ) Rádio Transcontinental. Segundo da equipe do GEIV (Grupo Especial de Inspeção de Vôo), no dia 19/10/2005, a freqüência de ILS 111,1 MHz foi interferida pelas rádios Transcontinental (104,7 MHz) e Gazeta FM (88,1 MHz). Notificada pela Anatel, a rádio Transcontinental alega ter efetuado medições na coordenada indicada 23º25'24 S e 46º29'18,9 W não encontrando o referido sinal interferente decorrente do batimento das citadas emissoras. Reporta, entretanto, a identificação de dois sinais espúrios em 104,5 e 104,9, adjcacentes ao sinal original da Rádio Transcontinental. O laudo da medição é acompanhado de gráficos e fotos tiradas no local da medição. Entretanto, sem prejuízo da identificação desses dois últimos sinais, e a despeito da pronta da emissora, resta um detalhe significativo: As radiointerferências que ocorrem no ar, a uma determinada altitude, podem ser significativamente diferentes daquelas que se observam no nível de solo, onde foram realizadas as medidas pela equipe da Rádio Transcontinental. A figura 2 a seguir ilustra essa situação.? Figura 2. Diferença entre os sinais captados ao nível do solo e em grandes altitudes. No nível de solo, ou seja, nas dezenas de metros a partir do chão, onde prevalecem as construções humanas de todas as espécies e também os obstáculos naturais tais como morros e lagos, a propagação das ondas eletromagnéticas sofre, no mais das vezes, uma rápida degradação, devido a esses obstáculos. Por outro lado, em altitudes empregadas pelas aeronaves, a propagação dos sinais obedece, em linhas gerais, às regras de propagação do espaço livre. Portanto, um sinal interferente pode ser detectado em determinada coordenada, a uma dada altitude, e no mesmo ponto, no nível do solo, esse sinal pode não existir. Ou, em outras palavras, a inexistência

12 de um sinal interferente no nível de solo não garante a inexistência, naquela mesma coordenada, de sinal interferente a grandes altitudes. Assim, é falho o laudo de defesa da referida emissora. 45 Caso 11 (PA / fls 2395 a 2423). Interferências em torno do aeroporto de Viracopos (Campinas, SP). As folhas 2395 a 2402 registram diversas ocorrências de interferências na faixa de radiocomunicação, por aeronaves localizadas entre os setores norte, sudeste (Jundiaí), sul (Indaiatuba) e oeste de Campinas, em distâncias de até 30 km (15 NM) dessa cidade. As freqüências interferidas foram de 118,25 e 121,4 MHz, entre os dias 16 e 20/09/ Face a isso, a Anatel notificou duas emissoras, a Antena1, 107,5 MHz (fl 2403) e a Nova Brasil FM, 103,7 MHz (fl 2419), ambas com sede na cidade de São Paulo mas com estações nas referidas freqüências na cidade de Campinas. 47 Ambas emissoras efetuaram verificação de seus equipamentos, bem como uma varredura do espectro em busca de eventuais espúrios que pudessem estar eventualmente gerando, sem nada terem encontrado. 48 O relatório enviado pela Anatel ao MPF não esclarece os seguintes pontos: a) os relatos dos pilotos dizem que não conseguiram identificar a rádio ; b) nada há, nas freqüências interferidas, que indique ser as rádios Antena1 (107,5 MHz) ou a Nova Brasil FM (103,7 MHz) as originadoras do sinal interferente; c) não parece ter havido levantamento radiogoniométrico pois, se assim tivesse ocorrido, seria possível à Anatel determinar univocamente a fonte das interferências. Assim, caberia indagar qual foi a base técnica para a Anatel estabelecer notificação contra essas duas emissoras. Na falta de informações, resta a desagradável sensação dessas emissoras terem sido escolhidas ao acaso. 49 Por outro lado, dado que não foi constatada irregularidade em nenhuma das duas notificadas, fica a dúvida sobre qual foi o encaminhamento posterior dado pela Anatel ao caso. 50 Caso 12 (PA / fls 2424 a 2431). Rádio Regional de Ribeirão Preto. As fls 2424 a 2427 do PA / relatam diversas interferências sofridas por aeronaves, no entorno do aeroporto de Ribeirão Preto, afetando a freqüência de 118,0 MHz no dia 23/03/2007, sendo a causa uma rádio comercial com música sertaneja (fl 2425). 51 Face ao ocorrido, a Anatel notificou a rádio Regional FM 90,5 MHz (fl 2428). A citada emissora efetuou checagem de seu transmissor, não tendo encontrado irregularidade. 52 Acrescenta a emissora notificada, em sua defesa, que: (No registro de ocorrência da INFRAERO,) Não houve identificação da emissora que ocasionou a interferência, (e) relata que no momento da interferência era veiculada música de estilo sertanejo; verificamos em nosso arquivo de gravação de censura, que às 09:42 era irradiado informações sobre horóscopo. (PA / , fl 2430). Ora, o horário registrado na queixa da INFRAERO é 09:42 UTC (Universal Time Coordinated, ex-horário de Greenwich). Por outro lado, o horário alegado pela emissora, à falta de identificador, deve ser subentendido como sendo horário de Brasília. A despeito dessa discrepância, o caso parece ter sido dado por encerrado.

13 53 No caso 12, além da Rádio Regional de Ribeirão Preto foram também notificadas as emissoras O Diário Rádio e Televisão de Ribeirão Preto (PA / fl 2450) e a Rádio Pontal FM, de Sertãozinho (PA / fl 2436). Assim como no caso 11, causa estranheza a notificação das referidas emissoras por parte da Anatel, sem uma base técnica que indicasse a culpabilidade das mesmas Exemplos de má compreensão do problema por parte das emissoras comerciais 54 O exemplo a seguir ilustra o quão incompreendido é a questão das radiointerferências, mesmo por parte dos radiodifusores comerciais. 55 Caso 13 (PA / fls 2379 a 2384). Fundação Brasil Neste exemplo, o DECEA protocolou queixa, junto à Anatel, de interferências nas freqüências de radiocomunicação 118,7 e 121,6 MHz empregadas pela Torre de Controle do Campo de Marte (São Paulo, SP), em 27/09 e 03/10/2006. Ato contínuo, a Anatel notificou a Fundação Brasil 2000, que opera em 107,3 MHz, que assim apresenta a sua defesa (PA / fl ): I Apresenta-se relevante sublinhar que esta permissionária (Fundação Brasil 2000) basta uma simples consulta ao espectro de radiofreqüência (grifo da notificada) opera na freqüência de 107,3 MHz, enquanto a interferência ocorre nas freqüências de 118,70 e 121,60 MHz, segundo relata o Chefe da Divisão Técnica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo. II Pelo que se deflui, inexiste possibilidade de que os sinais emitidos por esta estação radiodifusora interfiram nas freqüências da aeronáutica, até mesmo porque os segundo e terceiro harmônicos da referida freqüência (ou seja, da permissionária) são, respectivamente, 214,60 MHz e 321,90 MHz. III Por conseguinte, os indícios de radiointerferência, apontados no r. Ofício Notificatório, não passam de heresia técnica. (Grifo nosso). A missiva em epígrafe, a par de seu aspecto anedotário, demonstra um total desconhecimento de causa sobre como se formam as interferências radioelétricas, agravadas pelo fato da emitente ser uma empresa de radiodifusão comercial e portanto supostamente ciente de todos os aspectos técnicos da operação. O relatório enviado pela Anatel ao Ministério Público não esclarece qual foi o prosseguimento dado ao caso, se é que houve algum Interferências provocadas por emissoras de média potência 56 Conforme descrito no parágrafo 31, denominamos, para o propósito exclusivo deste documento, emissoras de média potência como aquelas que atuam com potências superiores a 25 watts, tipicamente na faixa de 100 a watts, e atuam de forma irregular perante a Anatel. 57 A maior parte das ocorrências de interferência parece recair neste caso. Entretanto, uma análise das séries históricas indica alguns outros denominadores comuns, que merecem atenção: a) umas poucas emissoras são responsáveis por um grande número de incidentes; b) essas emissoras transmitem, em ocasiões diversas, empregando diferentes nomes fantasia. Por exemplo, as rádios MP Gospel, FM 101.5, Rádio

14 Station, Rádio Trans São Paulo e Virtual FM, com episódios registrados de março a junho de 2007, parecem referir-se, pelos telefones divulgados e pela alternância de datas de ocorrência, à mesma emissora; c) volta e meia são fornecidos números de telefone. Entretanto, ao discar-se para esses números, por vezes o número é dado pela operadora como inexistente, ou a ligação é atendida por pessoa aparentemente em domicílio (vozes e sons de ambiente domiciliar), sem qualquer vínculo com a emissora. 58 Os dados levantados indicam, no mais das vezes, a geração de sinais espúrios por parte dessas emissoras, interferindo diretamente nas faixas aeronáuticas. Existem dois possíveis fatores que contribuem para a formação desses sinais espúrios: a) emprego de equipamentos com características técnicas inadequadas; e/ou b) instalação mal feita, com problemas como o de descasamento de impedâncias. A tese mais difundida pela agência reguladora e emissoras comerciais é a da necessidade do emprego de equipamentos homologados, para se evitar o problema a. Apesar dessa frase ser correta no mais das vezes, sua validade não é absoluta. Aqueles diversos incidentes relatados na seção 4.1 ocorreram, todos, com equipamentos homologados. Os problemas, naqueles casos cuja causa foi identificada, foram devidos a um mal funcionamento ou regulagem do equipamento (homologado). Assim, no caso das emissoras de potência média, os equipamentos, ainda que homologados, poderiam também causar problemas se incorrerem no caso b, de instalações mal feitas. 59 Cabe reparar também que, ao contrário do observado nas emissoras comerciais, é rara a ocorrência de interferências por intermodulação, sendo o mais freqüente a incidência direta de sinais espúrios. Uma possível explicação para esse fenômeno é que os produtos de intermodulação ocorrem no receptor da aeronave e, além da freqüência, importa o elevado nível da potência incidente. Assim, quanto maior a potência irradiada pela emissora, maior é o risco de geração de produtos de intermodulação no receptor aviônico. Ou, simetricamente, quanto menor um, menor o outro Interferências provocadas por emissoras comunitárias 60 A despeito da existência de uma miríade de emissoras comunitárias, operando com potências de até 25 watts, o PA / não registra um único caso de incidente envolvendo tais emissoras. Ocorrências existem nas quais é citada uma rádio comunitária tal, mas sem a indicação de sua potência. 61 Das centenas de incidentes de radiointerferência registrados, e da dezena e pouca de emissoras identificadas e autuadas pela Anatel e Polícia Federal, em todos os casos a potência operada era superior ao empregado pelas rádios comunitárias, de 25 watts. A menor potência observada, nas rádios autuadas, foi de 41 watts, da Rádio Peniel FM, localizada no município de Guarujá, SP. Todas as demais operavam acima de 100 watts Interferências provocadas por outros serviços de radiodifusão 62 Um problema que ocorre com certa incidência é a interferência provocada por emissoras (geradoras ou retransmissoras) do serviço de televisão. E, em menor grau, por emissoras de radiodifusão comerciais operando na faixa de AM, conforme

15 ilustrados pelos seguintes casos. 63 Caso 14 (PA / fl. 457, Anatel, 2003). Em 06/02/2002, o Controle de Tráfego Aéreo (ACC) do Cindacta-I comunica à Anatel a ocorrência de interferência na freqüência de 127,0 MHz, na posição 19º33'53 S 45º17'07 W. O conteúdo do sinal interferente foi identificado como programação da Rede Globo. 64 Caso 15 (PA / fl 464). Em maio de 1997, a Delegacia no Estado de Minas Gerais do Ministério das Comunicações efetuou Rota de Fiscalização, tendo notificado três estações retransmissoras de televisão na cidade de Morada Nova de Minas, por estarem irradiando sinais espúrios fora de faixa. 65 Caso 16 (PA / fl 456). Em 07/01/2003, o CINDACTA-I de Brasília comunicou a ocorrência de interferências em todas as freqüências da estação VHF de Jataí-GO. Segundo o CINDACTA, a fonte interferente foi identificada como sendo a Rádio Difusora AM 680 khz de Jataí. O caso não pode ser resolvido administrativamente pelo CINDACTA, que então solicitou apoio à Anatel. 5. Interferências provocadas por outros serviços e aparelhos de telecomunicações e assemelhados 66 Outros serviços e, principalmente aparelhos, de telecomunicações e assemelhados também são passíveis de provocarem interferências nas faixas aeronáuticas, conforme ilustrados pelos casos a seguir. 67 Caso 17 (PA / fl ). Telefone sem fio de longo alcance. Em 23/04/2007, o CINDACTA-I de Brasília reportou a ocorrência de interferências no sistema de controle de tráfego aéreo, na freqüência de 135,15 MHz. Tais interferências estariam ocorrendo no entorno das coordenadas 19º41' S 47º02' W, proximidades de Tanabi, SP. O próprio CINDACTA identificou a fonte interferente como sendo um aparelho de telefone sem fio de longo alcance. 68 Um problema similar fora reportado pelo CINDACTA II no dia 06/10/2006, pelo Centro de Controle Aéreo de Curitiba, na freqüência de 134,15 MHz. Na ocasião, a Anatel realizara um levantamento radiogoniométrico, não conseguindo identificar a causa dos distúrbios, concluindo por atribuir tais interferências a um aparelho de telefone sem fio de longo alcance. 69 Caso 18 (PA / fl ). Sistema de TV em circuito fechado (CFTV). Em 28/08/2006 o DECEA do Rio de Janeiro solicitou à Anatel investigação sobre interferências que estavam ocorrendo na freqüência de MHz, utilizada pelo radar secundário da Estrada de Sapopemba, SP. Feito o levantamento radiogoniométrico, a Anatel concluiu ser a interferência originada por um equipamento de TV em circuito fechado (CFTV) para vigilância de uma residência. O equipamento foi lacrado, tendo as interferências desaparecido após tal ato. 70 Caso 19 (PA / fl 2469). Radioamador. Em 20 de março de 2007, a INFRAERO de Ribeirão Preto reportou a ocorrência de interferência na freqüência de 118,0 MHz. O conteúdo da transmissão foi identificada como sendo a de um radioamador. 6. Interferências provocadas por outras fontes 71 Além das causas anteriormente descritas, existem outras fontes, menos conhecidas, ou menos estudadas, de interferências. Uma delas, mais conhecidas dos pilotos e do

16 público, refere-se às interferências provocadas por aparelhos eletrônicos utilizados pelos próprios passageiros a bordo das aeronaves. Um exemplo desse caso será narrado no caso 20 a seguir. Outros casos menos conhecidos serão vistos na seqüência. 72 Caso 20. Interferências provocadas por aparelhos eletrônicos a bordo. Existem, na Internet, diversos relatos de interferências provocadas por aparelhos eletrônicos utilizados pelos passageiros. Um exemplo é dado a seguir. Em março de 1993, uma aeronave de grande porte estava em altitude de cruzeiro próximo ao aeroporto internacional de Dallas/Forth Worth quando a bússola nº 1 subitamente desviou-se 10 graus à direita. Foi pedido à comissária de bordo que verificasse se algum dos passageiros estava utilizando algum aparelho eletrônico. Ela reportou que o passageiro no assento X tinha acabado de ligar o seu laptop. Prossegue o relato: Eu solicitei ao passageiro que desligasse o seu laptop por em período de dez minutos, o que foi atendido. Então eu acoplei a bússola nº 1 como escravo e ele voltou à posição normal pelo período de dez minutos. Então, eu solicitei ao passageiro que religasse o seu computador. A bússola nº 1 imediatamente desviou-se 8 graus à direita. O computador foi então desligado por um período de 30 minutos, durante o qual verificou-se que a operação da bússola nº 1 esteve normal. (Perry e Geppert, 1998). 73 É pouco provável que tais incidentes ocorram no Brasil atual, devido à restrição de emprego de tais aparelhos no interior das aeronaves em procedimento de cruzeiro, decolagem ou aterrisagem. Entretanto, essas interferências ainda parecem não estar claramente conhecidas. Segundo relato do pesquisador Al Helfrick, o interior do avião comporta-se como uma cavidade ressonante e as janelas, dispostas a intervalos regulares, como um conjunto de antenas em fase. Isso significa que um passageiro sentado em um assento X, utilizando-se de um laptop, poderá não provocar dano algum, enquanto que outro passageiro, no banco imediatamente à frente ou atrás poderá gerar um sinal interferente com amplitude considerável (Perry e Geppert, 1998). Até o momento, essas considerações encontram-se no domínio das especulações, não tendo sido realizado nenhum estudo sistemático sobre os níveis de sinais gerados e propagados. 74 Caso 21 (PA / , fl ). Ruído generalizado. Face a queixas do DECEA, em 27/09 e 03/10/2006, de interferências sofridas nas freqüências 118,70 e 121,60 MHz pelas aeronaves em procedimento de pouso no Campo de Marte, em São Paulo, SP, a Anatel notificou a Rádio Musical de São Paulo, operando na freqüência de 105,7 MHz. As interferências foram sentidas pelas aeronaves ao longo da Marginal do Rio Tietê, desde Osasco, Pirituba, Lapa, passando pelo prédio do Jornal O Estado de São Paulo, Playcenter, até as proximidades do Shopping D. 75 A notificada, ao efetuar um levantamento de seus sinais na região indicada, constatou não haver espúrios de sua emissão nessas localidades. Entretanto, diz a notificada que: 5º Durante estes monitoramentos, encontramos sim, muitos ruídos de interferências não identificadas, ruídos de alta intensidade que podem até abrir o silenciador (squelch) dos transceptores aeronáuticos que funcionam em amplitude modulada e, portanto, ainda mais sensíveis a estes ruídos. (PA / , fl 2390). Embora a notificada não tenha conseguido identificar a origem de tais ruídos, sua

17 natureza, qual seja, a de um ruído de fundo constante, leva a crer na possibilidade de ruídos de origem industrial ou mesmo automotiva. Existe a necessidade de que tal hipótese seja melhor averiguada, por meio de um levantamento dos níveis de ruído ambiente nessa região. 76 Caso 22. Interferência por reflexão passiva. A interferência por reflexão passiva ocorre quando um sinal eletromagnético incide sobre uma superfície metálica e é refletida, tal qual um raio de luz sobre uma superfície polida. Nesses casos, pode ocorrer ou não a translação de freqüência (ou seja, a mudança de freqüência do sinal), em função da composição físico-química da superfície refletora. 77 Como esse é um terreno complexo e pouco estudado, limitar-nos-emos a um estudo específico de reflexão passiva, sem mudança de freqüência do sinal. No caso, o estudo foi realizado pelo órgão de controle aéreo francês, DGAC, face ao lançamento comercial do avião Airbus A380, que possui dimensões relativamente maiores do que as aeronaves até então em operação comercial. 78 O estudo em questão, ILS Study at Paris Charles-De-Gaule International Airport (CDG) A380 effect on localizer beam and potential consequences on the size of the associated sensitive area visou analisar se, e em que condições, uma aeronave do porte do Airbus A380 poderia interferir no sistema de radionavegação, especialmente no localizer horizontal, caso seus sinais fossem refletidos acidentalmente pela aeronave em solo. 79 O estudo concluiu, após levantamentos dos espectrogramas, que o fator crítico é a cauda traseira da aeronave (painel metálico vertical), dependendo de sua posição na pista (e mesmo nas áreas de taxiamento). O estudo concluiu que, estando a aeronave distante pelo menos 150 metros da pista de pouso/decolagem, não representava perigo de interferência por reflexão passiva dos sinais do ILS horizontal. 80 Estima-se que a aeronáutica brasileira, atenta aos estudos em nível mundial, esteja a par dessas informações. Entretanto, esse exemplo ilustra a questão das reflexões passivas, que é um campo totalmente carente de estudos em nosso país. 7. Conclusão 81 Do conjunto de informações levantadas e analisadas, depreende-se que são muitas as possíveis causas de interferências que incidem sobre as faixas de radionavegação e radiocomunicação aeronáuticas. 82 No caso das interferências provocadas por entidades de radiodifusão, os problemas independem do caráter legal ou não dessas entidades, até porque são muitas as emissoras comerciais que não possuem a devida outorga dos poderes competentes. Antes, o problema de radiointerferência, que possui um caráter eminentemente técnico, advém de origens técnicas: equipamentos mal ajustados e instalações mal feitas. A homologação do equipamento, por parte da Anatel, fornece uma certa retaguarda, porém não é uma garantia absoluta contra a geração dessas interferências. Outro aspecto impactante é a potência dos sinais irradiados: quanto maior, maior é a probabilidade de ocorrência de produtos de intermodulação. 83 À guisa de sugestão, seria oportuno as autoridades aeronáuticas e a Anatel manterem um banco de dados com uma série completa de ocorrências, e que esses dados possam ser disponibilizados ao público, de modo a fomentar os estudos nessa área.

18 8. Referências ANATEL. Relatório Técnico sobre Radiointerferência Prejudicial Provocada por Emissões em Freqüência Modulada FM. Brasília. Anatel, 13/06/2003. PERRY, Tekla e GEPPERT, Linda. Do Portable Electronics Endanger Flight?. 28/04/1998. Disponível em Acesso em 18/07/2007.

19 Anexo Características técnicas de um transmissor portátil para a faixa de radiocomunicação aeronáutica

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