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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NAS ANÁLISES DE INVESTIMENTOS Por: Bruna Carvalho Aromatis Orientadora: Prof. Ana Claudia Morrisy Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NAS ANÁLISES DE INVESTIMENTOS Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Bruna Carvalho Aromatis

3 3 AGRADECIMENTOS Antes de qualquer pessoa, meu agradecimento a Deus, sem o qual não teria sido possível nenhum passo dado até aqui. A todos os professores que contribuíram para o meu aprendizado e crescimento dentro da carreira que escolhi com tanto carinho, e em especial ao professor Luis Eduardo Maciel, que fez crescer o meu interesse e admiração por esta matéria.

4 4 DEDICATÓRIA Aos meus pais, Tonia e Aymoré, que me ensinaram os valores que me sustentam até hoje e fazem com que eu siga adiante nos meus objetivos, como este. Aos meus avós, Gilton e Sonia, que sempre foram meus maiores exemplos e a prova de que todo esforço empreendido ao que você ama vale a pena. E ao meu marido, Thiago, que me apoiou quando necessário e deu sentido a esse sonho por um futuro que não existiria se eu estivesse sozinha.

5 5 RESUMO Este estudo se propõe a descrever claramente as principais características do mercado financeiro no Brasil, abordando com atenção especial as principais ferramentas utilizadas nas análises de investimentos. Considerado um tema de grandes discussões no ambiente do mercado financeiro, os métodos de análise fundamentalista e análise técnica serão apresentados neste estudo através de uma abordagem técnica de suas aplicações, destacadas também suas principais semelhanças e diferenças. De forma a apresentar uma base para entendimento do estudo principal, serão abordadas as instituições responsáveis por cada setor, os principais papéis em negociação e todos os demais fatores relevantes à discussão do assunto. Para obtenção de tais informações foi realizada uma pesquisa descritiva detalhada, de cunho bibliográfico, a respeito de cada particularidade do assunto estudado. O presente trabalho busca oferecer uma visão ampla a respeito mercado financeiro, abordando seu funcionamento e operações financeiras e estudando os tipos de mercado para negociação de ativos e os riscos que oferecem aos seus investidores. Em essência, serão esclarecidas questões como: o funcionamento dos mercados; sua participação e importância no desenvolvimento da economia e no contexto de seus diversos agentes; como serão avaliados os instrumentos financeiros negociados em mercado; como são tomadas as decisões financeiras e quais os critérios utilizados para estabelecer as estratégias de investimentos.

6 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada se apresentará em uma monografia do tipo qualitativa, de investigação teórica, onde será feita uma pesquisa descritiva e exploratória a respeito do ambiente do mercado financeiro, e em especial, dos principais tipos de análise de investimentos, inseridos num cenário onde serão considerados os três perfis de investidor: conservador, moderado e arrojado. Para tal, serão utilizados livros específicos sobre o assunto, pesquisa de campo, incluindo coleta de dados e depoimentos de pessoas especializadas que fornecerão uma visão com mais exatidão da rotina estudada, além de vivência adquirida no decorrer do curso e de estudos particulares. A proposta deste livro é apresentar de forma clara e objetiva o tema determinado, visando tornar o assunto mais atraente e compreensível para os leitores deste trabalho. Nele, serão fornecidas informações que podem oferecer segurança e base necessárias para a tomada de uma decisão no âmbito dos investimentos.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Visão global do mercado financeiro 10 CAPÍTULO II - Análises técnica e fundamentalista 26 CAPÍTULO III Principais semelhanças e diferenças 30 CONCLUSÃO 33 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 WEBGRAFIA 36 ÍNDICE 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO 38

8 8 INTRODUÇÃO Neste estudo será tratado o mercado financeiro e suas delimitações, com atenção especial às principais formas de análise de investimentos e sua adequação a cada perfil específico de investidor. Para tanto, de início será abordado o mercado onde atuam de forma geral. Mercado financeiro é o conjunto de instituições que possibilitam a transferência de diversos recursos ofertados pelas instituições autorizadas aos tomadores interessados. No Brasil, a década de 60 foi um grande marco para o mercado financeiro, com inovações como: Lei de capitais estrangeiros; correção monetária; Banco Nacional de Habitação; criação do Banco Central; Lei de Mercado de Capitais; surgimento de auditores independentes; regulamentação de seguros e sociedade de capitalização. Na década de 70 houve novos aspectos relevantes, tais como: o boom da bolsa e a regulamentação dos consórcios em 1971; a criação da taxa SELIC; a criação da CVM e a nova Lei da Sociedade por Ações em Logo após, na década de 80, foi um período marcado por sucessivos planos econômicos onde as principais alterações foram: regulamentação do mercado futuro e de opções; difusão de empresas de factoring, sociedades anônimas e criação de clubes de investimentos. Na década de 90 tivemos a transição do governo Sarnei para o governo Collor, onde ocorreu a hiperinflação que chegou a 1700% no ano de Em março de 1990 foi divulgado o plano Collor onde a solução encontrada para diminuir a inflação foi o bloqueio de 80% dos recursos aplicados ou depositados com a finalidade de retirar 4 trilhões da economia corrente. Com o intuito de modernizar o país, Collor abriu a nossa economia e com isso muitas empresas foram à falência, causando assim um índice de desemprego altíssimo. As principais alterações no mercado financeiro foram: Programa nacional de desestatização; código de defesa do consumidor; regulamentação dos fundos de privatização; surgimento da Bolsa de Mercadorias & Futuros após nova fusão; novas formas de captação de recursos no exterior e novas regras de SWAP. O sistema financeiro é composto por um conjunto de

9 9 instituições financeiras públicas e privadas, onde o órgão normativo máximo é o Conselho Monetário Nacional (CMN). Por meio deste sistema, viabiliza-se a relação entre agente carentes de recursos para investimentos e agentes capazes de gerar poupança e, consequentemente, em condições de financiar o crescimento da economia. Dentro desse mercado, as instituições financeiras podem ser classificadas em dois tipos: monetárias ou não monetárias. As primeiras são aquelas a que se permite a criação de moeda por meio do recebimento de depósitos a vista; operam basicamente com ativos financeiros monetários que representam os meios de pagamento da economia e são representadas fundamentalmente pelos bancos comerciais e múltiplos. Já as não-monetárias, ao contrário, não estão legalmente autorizadas a receber depósitos à vista, inexistindo, portanto, a criação de moeda. Essas instituições trabalham basicamente com ativos não monetários, tais como, ações, letras de câmbio, certificados de depósitos bancários, debêntures, etc, e são constituídas por praticamente todas as instituições que operam no mercado financeiro, exceto os bancos comerciais e múltiplos. Um debate muito importante no contexto do mercado financeiro se refere à utilização das duas principais ferramentas utilizadas para análise de investimentos: a análise técnica e a análise fundamentalista, que serão minuciosamente detalhadas nos capítulos a seguir.

10 10 CAPÍTULO I VISÃO GLOBAL DO MERCADO FINANCEIRO 1.1. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) O sistema financeiro é composto por um conjunto de instituições financeiras públicas e privadas, e seu órgão normativo máximo é o Conselho Monetário Nacional (CMN). Por meio deste sistema, viabiliza-se a relação entre agente carentes de recursos para investimentos e agentes capazes de gerar poupança e, consequentemente, em condições de financiar o crescimento da economia. Por agentes carentes de recursos entende-se aqueles que dispendem em consumo e investimento valores mais altos que suas rendas. Os agentes superavitários, por seu lado, são aqueles são aqueles capazes de gastar em consumo e investimento menos que sua renda auferida, criando assim, um excedente de poupança. Uma característica presente na estrutura do Sistema Financeiro Nacional são os conglomerados financeiros, criados em função da política de concentração bancária desenvolvida nas últimas décadas por intermédio principalmente de fusões e aquisições. Esses conglomerados financeiros, por meio das diversas instituições que estão sob seu controle, costumam atuar nos diversos segmentos financeiros do mercado, limitando a atuação de instituições independentes. O SFN foi estruturado e regulado pela lei de Reforma Bancária (1964), Lei do Mercado de Capitais (1965) e, mais recentemente, com a Lei de criação dos Bancos Múltiplos (1988). O Sistema Financeiro Nacional tem sua estrutura demonstrada no anexo deste documento.

11 Os principais papéis privados negociados no mercado financeiro Ações As ações constituem na menor parcela (fração) do capital social de uma sociedade anônima. São valores caracteristicamente negociáveis e distribuídos aos subscritores (acionistas) de acordo com sua participação monetária efetivada. As ações podem ser emitidas com ou sem valor nominal, de acordo com o regido no estatuto da companhia. Na hipótese de emissão com valor nominal, todas as ações terão idêntico valor, não podendo ainda serem emitidas novas ações com valor diferente. Quando não possuirem valor nominal, o preço de emissão será definido pelos sócios fundadores da companhia e, quando do aumento de capital, pela assembléia geral de acionistas (ou Conselho de Administração). Nessa alternativa de emissão, a companhia pode estabelecer qualquer valor para suas ações, não havendo obrigatoriedade de se respeitar um valor mínimo, como no caso das ações com valor nominal. As ações podem ser classificadas, de acordo com a natureza dos direitos e vantagens que conferem a seus titulares, em três espécies: ordinárias, preferenciais e de fruição ou gozo. As ações Ordinárias apresentam como principal característica o direito de voto, podendo, assim, essa espécie de acionista influir nas diversas decisões de uma empresa. Os acionistas ordinários deliberam sobre os destinos da sociedade, analisam e votam suas contas patrimoniais, decidem sobre a destinação dos resultados, elegem a diretoria da sociedade e podem promover alterações nos estatutos, além de deliberar sobre outros assuntos de interesse da companhia. Com relação aos dividendos, sua distribuição normalmente é feita em função do dividendo obrigatório previsto em lei, ou de acordo com o percentual previsto no estatuto da companhia, se maior ao mínimo legal. Já as ações preferenciais apresentam as seguintes preferências ou vantagens: Preferência no recebimento de dividendos, ficando eles na dependência de saldo; vantagem no recebimento dos dividendos, com a

12 12 fixação de um dividendo mínimo obrigatório ou fixo; preferência no reembolso de capital em caso de liquidação da sociedade; e acumulação das vantagens e preferências enumeradas. Em razão desses privilégios na distribuição de dividendos, as ações preferenciais não possuem o direito a voto, não participando, em consequência, das deliberações da empresa. No entanto, podem adquirir o direito de voto caso a empresa não distribua, pelo prazo de três anos consecutivos, os dividendos mínimos ou fixos a que os acionistas preferenciais fizerem jus, mantendo esse direito em vigor até a realização do referido pagamento. Uma empresa pode optar ainda, por distribuir a seus acionistas montantes, expressos em ações, que supostamente lhes caberiam na hipótese de dissolução da companhia; essas ações são denominadas de gozo ou fruição. Confere-se ainda, a esses valores mobiliários certa participação nos lucros produzidos pela empresa. As ações de gozo ou fruição são colocadas em negociação em bolsas de valores, revelando interesse somente aos fundadores da companhia. A legislação prevê, ainda, que o estatuto da companhia pode autorizar que suas ações sejam mantidas em contas de depósito em nome de seus titulares na instituição que designar (fiel depositário), sem emissão de certificados. Essas ações são denominadas escriturais e podem circular no mercado de capitais sem a emissão de títulos de propriedade, mediante extratos das instituições depositárias. As vantagens dos investidores na aquisição de ações podem ser definidas em quatro itens: i. Dividendos: São uma parte dos resultados da empresa, determinada em cada exercício social e distribuída aos acionistas sobre a forma de dinheiro. Todo acionista tem o direito de receber no mínimo o dividendo obrigatório fixado em lei; ii. Bonificação: É a emissão e distribuição gratuita aos acionistas, em quantidade proporcional à participação de capital, de novas ações emitidas em função do aumento de capital eftuado por meio de incorporação de reservas; iii. Valorização: Os subscritores de capital podem ainda beneficiar-se da valorização de suas ações no mercado, ganho este que dependerá do preço

13 13 de compra, da quantidade de ações emitidas, da conjuntura em que se encontra o mercado e do desempenho econômico-financeiro da empresa; iv. Direito de subscrição: Como os atuais acionistas gozam do direito de ser previamente consultados em todo aumento de capital, esse direito pode também constituir-se em outro tipo de remuneração aos investidores. Isso ocorre quando o preço fixado pelo mercado de determinada ação se apresenta valorizado em relação do preço de seu lançamento. Opções sobre ações As opções sobre ações representam um direito de compra ou venda de ações a um preço previamente fixado e válido por um determinado período. As opções são negociadas em bolsas de valores por meio do pagamento de um prêmio, e o resultado da operação é calculado pela diferença entre o preço de mercado na data da realização da opção (compra ou venda) e o valor pago pelo prêmio. Uma opção de compra garante ao titular o direito de adquirir no futuro um lote de ações a um determinado preço, denominado preço de exercício, durante certo tempo. Se não for exercido esse direito no prazo estipulado na opção, o contrato caduca e o comprador (titular) perde o direito ao prêmio. Já a opção de venda, ao contrário, garante a seu titular o direito de vender um lote de ações a um preço fixado durante certo intervalo de tempo. Caso os investidores (titulares das opções de compra e venda) reavaliem suas expectativas de valorização das ações e mudem de opinião, ele podem a qualquer momento cancelar o negócio recebido, mediante a compra de uma opção de natureza inversa. Depositary Receipts As empresas brasileiras podem captar recursos no mercado internacional mediante o lançamento de recibos de depósitos lastreados em ações. São denominados de DRs Depositary Receipts, conhecidos também por ADR, quando lançados no mercao dos Estados Unidos, e por IDR ou GDR, quando negociados em outro países. As ações que lastreiam essas operações são custodiadas em uma instituição financeira responsável por manter a guarda dos títulos e DR emitidos com base nesse lastro de ações por um

14 14 banco depositário no exterior. Em essência, os DRs são títulos negociáveis no mercado e lastreados na existência de ações de uma sociedade instalada em outro país. O recibo pode ser trocado a qualquer momento pelas ações custodiadas no banco depositário. A emissão de DR traz diversos benefícios às empresas, citando-se principalmente a possibilidade da sociedade em ter suas ações negociadas em outro país. Este recibo proporciona, ainda, uma maior facilidade para os investidores em ações e maior liquidez aos seus papéis. Os ADRs apresentam três categorias, definidas pela forma como o recibo é negociado: i. Nível I Mercado de Balcão: são ADRs emitidos com base em ações existentes e negociadas no mercado doméstico, as quais encontram-se depositadas no banco custodiante. Estes recibos são negociados no mercado de balcão. Não há captação efetiva de novos recursos pela sociedade, não determinando qualquer alteração em sua posição patrimonial.. ii. Nível II Registro em Bolsas: não há, também, captação de novos recursos pelas companhia, somente pelo banco depositário. Os ADRs do nível II são negociados em bolsas de valores de âmbito nacional ou por meio de um sistema informatizado de cotações de preços para títulos negociados (Nasdaq); iii. Nível III Oferta pública: neste nível os ADRs são negociados em bolsas de valores ou no Nasdaq como consequência de uma efetiva subscrição pública, no mercado dos EUA, de novas ações. No nível III há a oferta pública de ações pela empresa emitente, existindo, portanto, a captação de novos recursos. Commercial Papers e Export Notes O Commercial Paper constitui-se, na prática, numa nota promissória de curto prazo emitida por uma sociedade tomadora de recursos para financiar seu capital de giro. A garantia do título é o próprio desempenho da empresa, e os títulos podem ser adquiridos pelas instituições financeiras para sua carteira própria ou repasse a seus clientes investidores. A principal vantagem do emitente do título é a possibilidade de tomar recursos a um custo muitas vezes

15 15 inferior às taxas de juros praticadas nos empréstimos bancários. O barateamento das taxas pagas ao commercial paper ocorre, em grande parte, pela eliminação da intermediação bancária no processo de captação e aplicação de recursos. Os principais investidores de commercial papers são as carteiras de bancos, fundos de pensão e empresas seguradoras. São atraídos pela diversificação que o título pode proporcionar em suas carteiras de investimento e a curta maturidade. O export note, por outro lado, representa uma cessão de créditos provenientes de contratos de exportação de bens e serviços firmados por empresas brasileiras. Em verdade, o exportador brasileiro transfere a um investidor, por este título, seus direitos provenientes da exportação realizada, recebendo em troca o correspondente em moeda nacional. O título é negociável no mercado financeiro, e diante de sua colocação, os exportadore obtêm recursos para financiar suas vendas externas, permitindo também a realização de hedge (proteção) cambial. Debêntures As debêntures são títulos de crédito emitidos por sociedades anõnimas, tendo por garantia seus ativos. Os recursos provenientes de sua emissão são destinados ao financiamento de capital de giro e capital fixo das empresas. Assim como as ações, as operações com debêntures são normatizadas pela Comissão de Valores Mobiliários CVM. Os direitos e as remunerações oferecidas pelas debêntures são juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso. As debêntures, conforme deve constar da escritura da emissão, podem ser emitidas com cláusula de conversibilidade, criando-se a debênture conversível em ações. Nesse caso, a debênture, por opção do debenturista, é resgatada quando de seu vencimento em dinheiro ou em seu equivalente em ações preferenciais da sociedade. Os acionistas da companhia têm prioridade de compra no lançamento das debêntures com cláusula de conversibilidade em ações. Outras características referentes a prazo, vencimento, remuneração, amortização, resgate, etc de debêntures são estabelecidas pela assembléia de acionistas da companhia. Letras de câmbio

16 16 As letras de câmbio são emitidas pelos financiados dos contratos de crédito, sendo aceitas pelas instituções financeiras participantes da operação. Posteriormente ao aceite, a letra de câmbio é vendida a investidores por meio dos mecanismos de intermediação do mercado financeiro. Constituem-se, dessa forma, no principal funding das operações de financiamento de bens duráveis (crédito direto ao consumidor) realizadas pelas Sociedades Financeiras. São títulos nominativos, com renda fixa e prazo determinado de vencimento. Certificados/Recibos de depósitos bancários O certificado de depósito bancário (CDB) é uma obrigação de pagamento futura de um capital aplicado em depósito a prazo fixo em instituições financeiras (bancos comerciais e bancos de investimento e desenvolvimento). Esses recursos destinam-se, basicamente, ao financiamento de capital de giro das empresas e as emissões desses títulos são feitas em função do volume de crédito demandado pelas empresas. A diferença básica entre o certificado e o recibo de depósito (RDB) é que o primeiro pode ser transferido por meio de endosso, sendo, portanto, negociável no mercado. Os RDB são obrigatoriamente nominativos e intrasferíveis, determinando variações nas taxas de juros pagas aos aplicadores. Certificados de Depósitos Interfinanceiros As instituições financeiras compõem um mercado interfinanceiro onde atuam como compradores e vendedores de dinheiro. Essas operações são lastreadas pelos Certificados de Depósito Interfinanceiros (CDI), títulos emitidos pelas instituições que atuam neste segmento de mercado. As taxas negociadas no mercado interfinanceiro não sofrem normalmente intervenções oficiais diretas, refletindo, de forma mais isenta, as expectativas do mercado com relação às das taxas de juros da economia. Essas taxas são definidas diariamente em função dos negócios realizados pelas instituições financeiras e apresentam ampla divulgação pela imprensa. A taxa CDI pode ser entendida como uma taxa básica do mercado financeiro, que influencia a formação das

17 17 demais taxas de juros. São formadas, essencialmente, com base nas taxas de juros reais do mercado de títulos públicos e nas taxas de inflação da economia. Letras hipotecárias As letras hipotecárias são títulos emitidos por instituições financeiras que atuam como crédito imobiliário e podem ser entendidas como captação complementar à caderneta de poupança. Somente quando o volume captado por este instrumento financeiro for inferior ao total do financiamento concedido, é que se permite a emissão de letras hipotecárias. Os recursos obtidos pela colocação de letras hipotecárias devem lastrear os financiamentos já concedidos, não se permitindo que sejam direcionados a novos investimentos. As letras hipotecárias costumam pagar uma remuneração superior à da caderneta de poupança, estando atualmente atreladas à variação da TR mais uma taxa de juros. É uma captação mais onerosa para a instituição financeira; entretanto, para o investidor, além da maior remuneração obtida, as letras hipotecárias oferecem ainda a vantagem de serem isentas de imposto de renda Os principais papéis públicos negociados no mercado financeiro Títulos Públicos de Política Monetária: i. Bônus do Banco Central - BBC: São títulos de curto prazo (28 a 49 dias) com rendimentos pré-fixados, definidos na negociação efetuada com desconto. ii. Letras do Banco Central - LBC: São emitidas pelo prazo de 30 meses e têm sua remuneração definida pela taxa média diária do SELIC, sendo o resgate estabelecido pelo valor nominal acrescido dos juros. Tem grande negociação no mercado aberto. iii. Nota do Banco Central - NBC: São emitidas pelo prazo mínimo de três e máximo de doze meses, tendo sua rentabilidade pós-fixada e possuindo diversas séries de emissão, cada uma com índice de atualização específico (TR, SELIC, dólar, etc.).

18 18 Títulos Públicos de Política Fiscal - Tesouro Nacional i. Letra do Tesouro Nacional - LTN: Títulos com rentabilidade pré-fixada, emitidos por um prazo mínimo de 28 dias, sendo remunerados pela diferença entre o valor nominal de resgate e o valor da emissão com deságio. ii. Letra Financeira do Tesouro - LFT: Títulos de rentabilidade pós-fixada, definida pela taxa SELIC, emitida com prazos fixados pela STN de acordo com a finalidade de aplicação dos recursos. iii. Nota do Tesouro Nacional - NTN: Títulos da dívida pública federal emitidos para a cobertura de déficit orçamentário, com perfil de vencimento mais alongado e rentabilidade pós-fixada (exceto a NTN-F), possuindo diversas séries com prazos de vencimento e índices de atualização próprios (IGP-M, dólar, TR, etc.) Mercado de capitais O Mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que proporciona liquidez aos títulos de emissão negociados e viabiliza o processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. Os principais títulos negociados (título mobiliário) representam o capital social das empresas tangibilizado em suas ações ou, ainda, empréstimos tomados pelas empresas no mercado, representados por debêntures que são conversíveis em ações, bônus de subscrição e outros papéis comerciais. Esta constituição permite a circulação de capital e custeia o desenvolvimento econômico do país. No mercado de capitais ainda podem ser negociados os direitos e recibos de subscrição, certificados de depósitos de ações e outros derivativos autorizados à negociação. Seu objetivo é canalizar as poupanças (recursos financeiros) da sociedade para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas.

19 Mercado a termo No mercado a termo, o investidor compromete-se a comprar ou vender uma certa quantidade de uma ação (chamada ação-objeto), por um preço fixado e dentro de um prazo determinado. A maior parte das operações é realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, ser realizada em prazos diferentes deste. As operações contratadas podem ser liquidadas na data de seu vencimento ou em data antecipada solicitada pelo comprador, pelo vendedor, ou por acordo mútuo das partes, sendo que o tipo de antecipação do prazo de liquidação deve ser indicado no momento de realização da operação; caso contrário, prevalecerá o tipo por acordo mútuo entre as partes. Os contratos poderão ser realizados com modalidadede de liquidação integral ou pro rata. Na liquidação integral, será sempre efetuada pelo total do valor contratado. Na liquidação pro rata, será efetuada no vencimento, pelo total do valor do contrato, ou quando da liquidação antecipada pelo valor obtido na aplicação de uma fórmula pré-definida. Para garantir o cumprimento do compromisso assumido, o investidor deposita na bolsa uma margem de garantia em ações ou dinheiro, composta de dois elementos: a garantia inicial e a garantia adicional. A garantia inicial corresponde, no mínimo, a 20% do valor do contrato e no máximo, 100% e depende da ação objeto, em função da volatilidade observada no comportamento de seu preço e de sua liquidez nos últimos 6 meses. Já a garantia adicional está relacionada à diferença entre o valor contratado no mercado a termo e o preço da ação no mercado à vista, bem como com a modalidade de liquidação (integral ou pro rata) e a situação do investidor (comprador ou vendedor a descoberto). As operações a termo são formalizadas em contratos específicos, emitidos e registrados na bolsa em nome das corretoras participantes Mercado de derivativos Devido à reorganização do meio ambiente internacional que teve início na década de 70 e dura até os dias de hoje, os clientes dos bancos, principalmente as indústrias multinacionais começaram a demandar formas mais eficientes de financiamento e, principalmente, proteção para seu

20 20 investimento contra alterações nas paridades das moedas. Demandam, enfim, maior expertise financeira de seus bancos. Dentro desse contexto conturbado, houve o surgimento de petrodólares, eurodólares, euronotes, samurai-bond, sindicalização de empréstimos, project finance e engenharia financeira. O mundo financeiro tornou-se um campo propício para novos produtos e soluções e o capital passou a fluir de forma rápida e eficiente, procurando o melhor retorno e o menor risco. Nesse cenário e atendendo à necessidade das empresas, surgiram os primeiros instrumentos derivativos, ou swaps, como se tornaram famosos. O swap é uma troca do resultado da aplicação de um índice, ou variação de preços, sobre um valor principal. O uso de derivativos no mercado financeiro oferece, entre outras vantagens, maior atração ao capital de risco, permitindo uma garantia de preços futuros para os ativos; a criação de defesas contra variações adversas nos preços; estímulo à liquidez do mercado físico; melhor gerenciamento do risco e, por conseguinte, redução dos preços dos bens; e realização de negócios de maior porte com volume relativamente pequeno de capital e nível conhecido de risco. A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) é o mercado formalmente estabelecido para negociar os diversos instrumentos futuros. Como as demais bolsas de valores, a BM&F cumpre suas funções básicas de oferecer facilidades para a realização dos negócios e controle das operações, permitir a livre formação dos preços, das garantias às operações realizadas e oferecer mecanismos de custódia e liquidação dos negócios. São negociadas no BM&F commodities, taxas de juros, taxas de câmbio, ações, metais, etc, e suas principais operações realizam-se por meio de contratos futuros, opções, termos, e swaps Mercado de Câmbio O mercado de Câmbio é o segmento financeiro onde ocorrem operações de compra e venda de moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e viceversa. Esse mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, como operadores de comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos centrais. No grupo

21 21 de vendedores de moedas estrangeiras incluem-se os exportadores, tomadores de empréstimo, turistas que deixam o país, entre outros. As operações cambiais processam-se basicamente por meio de operadores (corretores) de câmbio, que são especialistas vinculados às instituições financeiras na função de transacionar divisas e as corretoras de câmbio, que atuam como intermediários entre os operadores e os agentes econômicos interessados em comprar ou vender moedas. O corretor de câmbio intervém nas operações cambiais aproximando as partes interessadas em negociar divisas e municiando os participantes com importantes informações relacionadas às negociações e taxas de mercado Fundos de investimento Um fundo de investimento é uma forma de aplicação financeira formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, visando um determinado objetivo ou retorno esperado e dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento. A administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo e os gestores da estratégia de montagem da carteira de ativos, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco. Dependendo do tipo de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou menos diversificadas, podendo conter ativos de diversos tipos tais como ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos, commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros, títulos públicos, entre outros. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionalmente ao capital investido. O valor da cota é atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia. Uma das principais vantagens de se investir em fundos é a comodidade para o investidor, que prefere deixar sob os cuidados de especialistas a gestão de seus recursos. As equipes de gestores acompanham e analisam

22 22 o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de investimento, o que muitas vezes o investidor não tem tempo nem condições de fazer. Em virtude do volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxas mais vantajosas em várias operações do que um pequeno e médio investidor individualmente conseguiria. Em geral, os fundos são investimentos com alta liquidez, o que permite, na grande maioria dos casos, saques a qualquer momento sem qualquer tipo de carência (a maioria dos fundos se reserva 3 dias úteis para liberar o dinheiro do investidor). A exceção mais importante é no caso dos fundos fechados, os quais não admitem resgate de cotas, apenas a venda das cotas no mercado secundário. O risco total da carteira do fundo é repassado ao aplicador do fundo e não deve ser tido em conta apenas no tempo presente, mas também em função do tempo crescente Bolsa de Valores A Bolsa de Valores é o mercado organizado onde se negociam ações de capital aberto (públicas ou privadas) e outros títulos e valores mobiliários. Pode ser criada na forma de uma associação civil sem fins lucrativos, que mantém o local ou o sistema de negociação eletrônico adequado à realização de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, mas, o mais usual é que as Bolsas de Valores atuem como S/A`s, visando lucro através de seus serviços. A Bolsa deve preservar elevados padrões éticos de negociação, divulgando com rapidez, amplitude e detalhamento todas as operações executadas. Embora existam entidades que só operam com pregão eletrônico (como a norte-americana Nasdaq), em sua maioria, as bolsas de valores dispõem de um pregão físico, onde são realizadas as negociações. Todos os participantes do pregão devem ter amplo acesso às informações e fatos relevantes que possam influir sobre os preços de negociação das ações. As bolsas têm o dever de repassar aos investidores informações sobre seus negócios diários, comunicados relevantes de empresas abertas, dados de mercado e tudo o mais que contribua para a transparência das operações. Os movimentos dos preços no mercado ou em uma seção do mercado são capturados através de índices chamados Índice de Bolsa de Valores. A

23 23 principal função da bolsa de valores é manter transparente e adequado o local para as negociações de compras e vendas de ações, havendo ainda outros objetivos como: promover uma segura e eficiente liquidação das várias negociações realizadas em seu ambiente; desenvolver um sistema de registro e liquidação das operações realizadas; e fiscalizar o cumprimento, entre seus membros e as sociedades emissoras dos títulos, das diversas normas e disposições legais que disciplinam as operações em bolsa. As Bolsas de Valores são supervisionadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atuando como uma entidade auxiliar na fiscalização do mercado de ações. A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA S.A.) é a bolsa oficial do Brasil. Sediada em São Paulo, é a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado. Em 8 de maio de 2008, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fundiram-se, dando origem a uma nova instituição batizada de BM&FBOVESPA, que está ligada a todas as bolsas de valores brasileiras, incluindo a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), onde são negociados apenas títulos. O indicador de referência da BM&FBOVESPA é o Ibovespa e em 2008 havia 450 empresas negociadas na BM&FBOVESPA, quando atingiu seu décimo recorde consecutivo. Dentro da negociação de ações há diferentes tipos distintos de submercados onde são negociadas, segundo suas características originais: Mercado primário: As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente de investidores. Mercado secundário: é composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos. Distribuição primária: corresponde à distribuição de novas ações, sendo os recursos captados destinados a aumento de capital da companhia emissora.

24 24 Distribuição secundária: corresponde à distribuição de ações já emitidas e os recursos captados se destinam aos acionistas vendedores, que podem ser investidores estratégicos tais como os Fundos de "Private Equity" (Fundo de Investimento em Participações) Sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobliários são instituições típicas do mercado acionário, operando com a compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. Elas são responsáveis pela intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituição depende de autorização do Banco Central e o exercício de sua atividade depende de autorização da CVM e, como tal, operam nos recintos das bolsas de valores e mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; administram carteiras e custodiam valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e investimentos; operam no mercado aberto e intermediam operações de câmbio. Por outro lado, as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobliários têm sua faixa operacional mais restrita que a das corretoras, uma vez que elas não tem acesso às bolsas de valores e mercadorias. Suas atividades básicas são: subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários para revenda; intermediação da colocação de emissões de de capital de mercado e operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo Banco Central Mercado de Balcão Organizado O mercado de balcão é dito organizado no Brasil quando as instituições que o administram criam um ambiente informatizado e transparente de registro ou de negociação e têm mecanismos de autorregulamentação. A principal diferença entre mercado de bolsa e de balcão organizado está nas regras de

25 25 negociação estabelecidas para os ativos registrados em cada um deles. Nesse mercado, onde também as instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por ela são supervisionadas, cria-se um ambiente de menor risco e transparência para os investidores se comparado ao mercado de balcão não organizado, em que as instituições financeiras negociam títulos e valores mobiliários sem um local físico ou sistema eletrônico definidos e organizados. Atuam como intermediários no mercado de balcão organizado não somente as corretoras de valores, mas também outras instituições financeiras, como bancos de investimento e distribuidoras de valores. Além das ações, outros valores mobiliários são negociados em mercados de balcão organizado, tais como debêntures, cotas de fundos de investimento imobiliário, fundos fechados, fundos de investimento em direitos creditórios - FIDCs, certificados de recebíveis imobiliários - CRIs, entre outros. O primeiro mercado de balcão organizado destinado à negociação de ações criado no Brasil foi a Sociedade Operadora de Mercado de Ativos - SOMA, adquirida pela BOVESPA em Em seu lugar, foi implantado o SOMA FIX, atual mercado de balcão organizado de títulos de renda fixa da bolsa paulista.

26 26 CAPÍTULO II ANÁLISES TÉCNICA E FUNDAMENTALISTA Dentre os tipos de investimento anteriormente apresentados, um dos mais explorados e preferidos pelos investidores no mercado são as ações. Por este motivo, iremos explorar este tema mais a fundo, e apresentar os dois principais métodos de análise na escolha da ferramenta mais adequada a cada tipo de investidor. Antes de se definir o método de avaliação mais indicado para um investimento é necessário definir questões primordiais, que servirão como base para todo o resto das decisões a serem tomadas, decisões estas como: qual o tipo de investidor apresentado, qual o volume financeiro disposto a ser dispendido nesse investimento, qual o período esperado de retorno desse capital, entre outros. Podem-se classificar os investidores em três tipos: O conservador, que privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, para isso aceitando até uma rentabilidade menor; o Moderado, que procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr um certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras; e o arrojado, que privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível. Tendo seu perfil definido, daí então você pode com base nessa classificação, identificar mais facilmente qual a melhor ferramenta a ser adotada na análise dos seus investimentos. Os dois tipos principais de análise são: análise técnica (por vezes também chamada de análise gráfica) e a análise fundamentalista. A análise técnica, também conhecida como gráfica, estuda o comportamento histórico do mercado para determinar o desempenho atual ou as condições futuras do mesmo. O analista técnico observa as características deste comportamento para avaliar como o mercado reagirá a estas. Em sua essência, a análise técnica defende a idéia de que os mercados exibirão os comportamentos futuros correspondentes com o passado, ou seja, o analista técnico se direcionará pela repetição de padrões do desenvolvimento do

27 27 mercado. Esta análise objetiva identificar quando os preços irão se mover e qual a hora certa para ingressar ou se retirar do mercado, tentando então representar através de gráficos todas as informações abstratas obtidas na análise do mercado. Segundo Murphy (1986), há três premissas básicas que sustentam a prática da análise técnica. A primeira premissa defende a existência de tendências, uma vez que o objetivo da análise gráfica consiste na identificação desta tendência, com o propósito de operar na direção da mesma (comprar ativos em tendência de alta e vendê-los em tendência de baixa). A segunda premissa estabelece que os preços descontam fatores econômicos, políticos, psicológicos, entre outros, sendo refletidos no preço de mercado, sendo um reflexo de todas as expectativas, esperanças, medos conhecimento e ambição do investimento do público. O resultado de todos esses sentimentos é expresso no nível dos preços, assim como definiu Garfield Drew, quando disse: o preço não é o que as ações valem, mas sim o que as pessoas pensam que ele vale. Por fim, a terceira premissa da análise técnica afirma que a história tende a se repetir. O estudo dos padrões gerados por esta análise está relacionado à visão da psicologia humana, que tende a apresentar o mesmo comportamento através do passar do tempo. Logo, se tais padrões deram certo no passado, continuarão a funcionar bem no futuro. Essa premissa demonstra também que os padrões de mercado não são somente manifestações de dados econômicos ou técnicos do meio financeiro, mas representam também a emoção e a lógica dos analistas que atuam no mercado. Este tipo de análise acredita que há muitos fatores afetam, direta ou indiretamente, o mercado, como informações fundamentalistas, comportamentos emocionais, ou leis naturais, e acabam sendo refletidos nas duas principais fontes utilizadas como meio para a análise: o preço e o volume praticados pelo mercado. Existem diversos tipos de gráficos utilizados na análise técnica. O mais utilizado, devido à sua praticidade e facilidade de elaboração é o gráfico de barras, que é construído por barras que ligam o preço máximo ao preço mínimo em que o papel foi negociado durante o pregão, apresentando normalmente um pequeno traço horizontal à direita que assinala o preço de fechamento. Pode ser apresentado também um traço

28 28 horizontal à esquerda para assinalar o prelo de abertura. Existem também além deste, gráfico de barras que possuem prazo mais longo, semanais ou mensais. Nos semanais a barra horizontal representa o preço de fechamento da sexta feira; enquanto nos mensais, é o fechamento do último dia útil de cada mês. Dependendo da estratégia e do tipo de operação desejadas, pode haver também gráficos de barra de prazo mais curto, de hora, ou até mesmo quarto de hora. Além desses, existem também gráficos de médias móveis, de pontofigura, gráficos contínuos nos quais se ligam apenas os preços de fechamento, entre outros. A análise fundamentalista estuda a situação financeira, econômica e mercadológica de uma organização, suas expectativas e projeções para o futuro, baseada na existência de uma relação lógica entre o valor intrínseco de uma ação e o seu preço de mercado. No contexto da escola fundamentalista, o valor intrínseco de uma ação é representado pela avaliação do patrimônio da empresa, do seu desempenho e de sua posição no respectivo setor de atuação; pela atuação da concorrência; pelo nível de atualização tecnológica do empreendimento; pelo nível de intervenção estatal no na área (controle de preços, proteção tributária, subsídios,...); seu programa de investimentos; por sua política de distribuição nos lucros e ainda pelo cálculo do valor presente dos lucros futuros estimados através nos métodos de avaliação. Através desses fatores combinados para a realização da análise, o analista está apto a comparar o preço encontrado com o preço de mercado e classificá-lo então, como sobre-avaliado indicando sinalização de venda, sub-avaliado com sinalização de compra ou indicando que seu preço é condizente com aquele praticado pelo mercado. A análise fundamentalista pode ser conceituada como o estudo de toda informação disponível no mercado a respeito de determinada empresa, visando obter o preço justo da ação da companhia. Esse tipo de ferramenta interpreta os dados fundamentais de uma empresa obtidos através dos principais demonstrativos financeiros como: balanço patrimonial, demonstrativos de resultado de exercício, fluxos de caixa líquidos, demonstração de origens e aplicações de recursos, etc. A justificativa para a utilização desse tipo de análise é antecipar o comportamento futuro de uma

29 29 determinada empresa no mercado e geralmente está relacionada a grandes movimentos a longo prazo e não prediz o tempo certo para entrar ou sair do mercado. Uma particularidade deste método é que demanda tempo e estudo do investidor. É necessário que ele aprenda a decifrar muitos indicadores e conceitos (P/L, P/VPA. EBITIDA, lucro, ativo, endividamento de uma empresa, sazonalidade, entre outros), acompanhar diariamente notícias a respeito da empresa e do contexto no qual ela está inserida, saber se o setor onde ela se encontra é promissor ou não, identificar sua saúde financeira, a administração de seus líderes, etc. Este processo de determinação do valor da empresa é chamado Valuation e ao fazer a análise de todos esses indicadores é possível obter informações suficientes para decidir se é uma boa hora para comprar determinada ação. O fundamentalista busca principalmente obter o dueto: causa e efeito de uma variável e seus impactos sobre o mercado, ou seja, procuram definir o motivo pelo qual os preços se direcionarão no futuro. Além de fornecer uma base fundamentada para a análise dos ativos, esta análise possibilita também antecipar-se a possíveis movimentos da economia do país antes que essa informação se torne um consenso para o mercado, ou seja, ela fornece ao analista a vantagem de se antecipar ao restante do mercado na realização de operações e decisões de investimento.

30 30 CAPÍTULO III PRINCIPAIS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS DUAS ANÁLISES As ferramentas de análise fundamentalista e técnica se diferenciam por vários fatores, entre eles, quanto ao horizonte de tempo dos investimentos, à abordagem com que vêem a aplicação de recursos em ações e quanto aos instrumentos utilizados como meios de aplicar ou resgatar os valores aplicados. No que diz respeito ao horizonte de tempo, a análise fundamentalista privilegia o longo prazo, ou seja, um investidor que utiliza este tipo de análise investe na empresa com o objetivo de tornar-se seu sócio e usufruir dos seus lucros futuramente. Por conta disso, ao analisar uma empresa ele busca encontrar elementos passados da empresa que indiquem uma probabilidade maior de sucesso no futuro. Neste caso, a observação dos lucros em um único ano não faz muito sentido; é preciso verificar o histórico da administração da companhia ao longo dos anos, como foi o controle de suas dívidas, se suas margens de lucro e receitas são crescentes (e se isso não é um mero reflexo da atividade econômica, mas fruto da competência da sua administração), se sua eficiência se alterou ao longo do tempo, se os preços da empresa são adequados ao investimento no longo prazo, entre outros indicadores utilizados. A análise técnica, por sua vez, utiliza na maioria das vezes indicadores gráficos de curto prazo. Embora possa traçar também perspectivas de longo prazo, demonstrando tendências de 20 anos ou mais, normalmente as negociações (trades) são traçadas com base nas condições mostradas pelos gráficos de curtíssimo prazo. Os dois tipos de abordagem se diferenciam ainda quanto ao objetivo da aplicação. O investidor fundamentalista visa investir na empresa de modo a participar de seus retornos, auferindo os lucros advindos dos resultados de suas ações. Ele se dispõe a aceitar balanços ruins, por exemplo, se tiver boas razões para acreditar na recuperação desta empresa num longo prazo, ou então, se acreditar que os balanços apresentaram resultados ruins devido a

31 31 condições externas da empresa, como, por exemplo, uma crise na economia como um todo. Investindo, ele ganha com o crescimento da empresa no longo prazo, ou, no mínimo, com a definição de preço adequada de uma empresa que estava muito subvalorizada no passado. Por exemplo, se um investidor que utiliza a ferramenta de análise fundamentalista julga que as ações de uma determinada empresa valem R$ 50 e hoje elas estão cotadas a R$ 10, então ele enxerga neste caso uma grande oportunidade de investimento, pois há incompatibilidade entre o valor da companhia e seu preço atual de mercado. Já o analista técnico não leva em consideração os balanços da empresa. Para ele, essa informação é irrelevante, pois ele julga que a empresa vale exatamente o preço que o mercado atribui e ponto hipótese conhecida entre os economistas como hipótese do mercado eficiente. Uma vez que o mercado é eficiente ao estabelecer os preços de cada companhia pois tem todas as informações importantes a seu respeito, não haveria como obter lucro postulando uma diferença imotivada entre o valor intrínseco da empresa e o seu preço de mercado. Por conta disso, o investidor da análise técnica prefere fazer especulações tomando como base a informação obtida através dos gráficos de negociação, estabelecendo assim, padrões indicadores de tendência de alta ou baixa e negociando as ações de acordo com o que foi indicado nestes padrões. Quanto ao instrumento de avaliação utilizado pelas análises, conforme já foi dito, tem-se o balanço das empresas na análise fundamentalista, e os diversos tipos de gráficos para a análise técnica. É importante ressaltar que na análise gráfica não é estudado apenas um gráfico isolado, mas vários, em conjunto e de ativos correlacionados de modo a obter uma avaliação mais precisa de uma determinada companhia. A partir dessas diferenças de abordagem obtém-se uma importante conclusão: o analista técnico normalmente incorrerá em maiores custos com negociação do que um analista fundamentalista. Por ter que negociar várias vezes, seus custos com impostos e corretagem acabarão se tornando muitos superiores aos incorridos numa análise fundamentalista, que prioriza investimentos de longo prazo e que, em alguns casos, podem até mesmo nem

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