MARCELO VIEIRA DOS SANTOS

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1 MARCELO VIEIRA DOS SANTOS DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA DOS FABRICANTES DE PRANCHAS DE SURFE NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como parte dos requisitos para a conclusão do Curso de Engenharia de Produção Civil. Orientador: Artur Santa Catarina FLORIANÓPOLIS/SC 2018

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3 MARCELO VIEIRA DOS SANTOS DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA DOS FABRICANTES DE PRANCHAS DE SURFE NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção de Título de Engenheiro de Produção Civil e aprovado em sua forma final pelo Programa de Graduação. Florianópolis, 26 de Junho de 2018 Professora Marina Bouzon Coordenadora do Curso Banca Examinadora: Professor Artur Santa Catarina Orientador Professor Maurício Uriona Maldonado Professor Antônio Cezar Bornia

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5 AGRADECIMENTOS Ao meu professor orientador Artur Santa Catarina por todo auxílio, orientação, paciência, dedicação e amizade, que foram essenciais para a efetivação dessa pesquisa. Aos meus pais, Luiz Henrique e Flori que, além de me proporcionarem uma educação de qualidade, são os grandes responsáveis pela formação do meu caráter. E, a minha irmã, Mariana, pelo companheirismo, amizade e amor fraternal. A minha namorada Maria Julia, que esteve ao meu lado me incentivando e apoiando em todos os momentos. A Universidade Federal de Santa Catarina pela oportunidade de estudar numa instituição de ensino pública de qualidade. Aos meus colegas de turma, professores, familiares, amigos e a todos que contribuíram, e que de alguma forma, tornaram a realização desse trabalho possível, meu muito obrigado!

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7 RESUMO O presente estudo refere-se à realização de uma pesquisa de campo sobre o processo produtivo de fabricantes de pranchas de surf de Florianópolis com o objetivo de determinar os níveis da capacidade produtiva dos fabricantes. O trabalho busca analisar os níveis de mecanização e terceirização das etapas do processo de fabricação, a demanda por pranchas de surfe, a capacidade produtiva e estratégias utilizadas pelos fabricantes para a ocupação das mesmas com base nos dados obtidos através de entrevistas com os fabricantes e aplicação de um questionário. Notou-se um baixo nível de ocupação nas capacidades produtivas dos fabricantes de pranchas de surfe e ociosidade no sistema produtivo fazendo com que os fabricantes atuantes no mercado adotassem novas estratégias para captação de novos clientes. Os baixos níveis das capacidades produtivas dos fabricantes atuais do mercado afetam as novas empresas que queiram entrar no mercado e isso resulta em um novo comportamento dos fabricantes onde focam mais na captação de novos clientes e terceirizam seu processo produtivo. Palavras-Chave: Fabricantes de Prancha de Surf, Planejamento a Longo Prazo, Capacidade Produtiva.

8 ABSTRACT The present study refers to the realization of a field research on the productive process of surfboard manufacturers of Florianópolis in order to determine the levels of the productive capacity of the manufacturers. The work seeks to analyze the levels of mechanization and outsourcing of the stages of the manufacturing process, the demand for surfboards, the productive capacity and strategies used by the manufacturers to occupy them based on data obtained through interviews with the manufacturers and application of a questionnaire. There was a low level of occupancy in the productive capacities of the surfboard manufacturers and idleness in the production system, causing the manufacturers in the market to adopt new strategies to attract new customers. The low levels of production capacities of today's market makers affect new entrants who want to enter the market and this results in a new behavior of manufacturers where they focus more on capturing new customers and outsource their production process. Key Words: Surfboard Manufacturers, Long-Term Planning, Productive Capacity.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Princípios para implementação da escalabilidade...12 Figura 2: Custo Unitário x Capacidade Produtiva...16 Figura 3: Tipos de Pranchas de Surf...22 Figura 4: Tipos de Rabeta...24 Figura 5: Tipos de Fundo Figura 6: Tipos de Encaixe de Quilhas...25 Figura 7: Processos de confecção de uma prancha de surfe...26 Figura 8: Máquina de desbaste CNC...29

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11 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Definição de Tamanho das Fábricas Tabela 2: Número de Recursos x Tamanho do Fabricante

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13 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Medidas de capacidade de insumos para diferentes operações...7 Quadro 2: Evolução das Pranchas de Surfe...19

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15 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Demanda Média Mensal dos Fabricantes de Prancha...35 Gráfico 2: Porcentagem da Demanda na Alta Temporada...36 Gráfico 3: Distribuição dos Produtos Possíveis...37 Gráfico 4: Material Utilizado...38 Gráfico 5: Mecanização das Etapas do Sistema Produtivo...41 Gráfico 6: Mecanização nas Empresas Grandes...42 Gráfico 7: Mecanização nas Empresas Médias...44 Gráfico 8: Mecanização nas Empresas Pequenas Gráfico 9: Fabricação Própria x Terceirização...48 Gráfico 10: Aumento da Capacidade...49 Gráfico 11: Média da Ocupação da Capacidade...50

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17 LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS ISA ABRASP CBS PU EPS SUP CAD CAM CNC Internacional Surf Association Associação Brasileira de Surf Professional Confederação Brasileira de Surf Bloco de espuma poliuretano Bloco de espuma de poliestireno expandido Stand Up Paddle Desenho Assistido por Computador Manufatura Assistida por Computador Controle Numérico Computadorizado

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19 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CAPACIDADE PRODUTIVA Capacidade Produtiva no Longo Prazo ESTUDO DE TAMANHO ESCALABILIDADE Métodos para a análise de escala ANÁLISE DO PROCESSO PRODUTIVO DA PRANCHA DE SURF Histórico O mercado de pranchas de surfe Tipos e Formas O Processo Usinagem de Pranchas METODOLOGIA ETAPAS DO ESTUDO COLETA DE DADOS Aplicação ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS DEMANDA PRODUTOS... 37

20 4.3 PROCESSO PRODUTIVO Funcionários Mecanização do Sistema Fabricação Própria ou Terceirização OCUPAÇÃO DA CAPACIDADE E OCIOSIDADE AUMENTO DA CAPACIDADE Estratégias para Ocupação da Capacidade CONCLUSÃO REFÊRENCIAS APÊNCIDE A Questionário... 61

21 1 1 INTRODUÇÃO Em plena ascensão nas últimas décadas, o surfe brasileiro cresceu devido à conquista do título mundial dos brasileiros Gabriel Medina e Adriano de Souza e devido às boas campanhas de outros surfistas brasileiros, denominados de Brazilian Storm na elite do surfe mundial. Essa ascensão contribuiu para o crescimento do número de surfistas e simpatizantes; segundo dados publicados em 2013 pela ISA Internacional Surf Association, o número de surfistas no mundo chegou a 35 milhões e estimam que 3 milhões somente no Brasil (Alma Surf 2011, Clima Surf 2014). Os adeptos a esse estilo de vida movimentam cerca de 9 bilhões de reais de acordo com Alma Surf e a Toledo & Associados. Levando em conta toda essa ascensão do esporte, grandes empresas multinacionais e nacionais estão atuando nesse mercado com produtos que vão desde as roupas de surfe surfwear como bermudas, camisas, óculos, tênis, entre outras, até produtos mais específicos do ramo como as pranchas de surfe, acessórios, roupas de borrachas, etc. Com a profissionalização do esporte, as pranchas de surfe passaram de uma produção artesanal e informal onde o shaper, profissional responsável pelo processo, fazia tudo a mão para uma produção mais automatizada, possuindo uma disponibilidade de máquinas em diversas escalas. Atualmente, as máquinas fazem quase todo o processo de cravar as medidas nos blocos de poliuretano ou blocos de isopor. No Brasil essas novas tecnologias ganharam mercado rapidamente fazendo com

22 que fabricantes locais pudessem fabricar em larga escala, fator determinante para o surgimento de diversas fábricas de pranchas no país. O crescimento do mercado do surfe gerou um ambiente altamente competitivo e um mercado bastante pulverizado. Diante desse cenário, as empresas apresentam diversos desafios no quesito de fabricação de pranchas, como a melhoria da qualidade, adequação às recentes tecnologias, diminuição dos custos de produção e uma demanda cada vez mais específica e exigente. Neste contexto impõe-se a busca constante por padrões de desempenho operacional que assegurem índices de rentabilidade favoráveis à consolidação do negócio (ZHANG et al,2012). Buscando reduzir seus custos operacionais e atender a sua crescente demanda muitas empresas se veem impulsionadas a transformar continuamente seus processos, melhorando a utilização de sua capacidade produtiva (BITTENCOURT, 2010, ZHANG et al, 2012). Portanto, é fundamental que o fabricante de pranchas conheça plenamente a sua capacidade e possa, a qualquer momento, determinar a viabilidade de atender a novos pedidos de clientes.

23 3 1.1 Justificativa A determinação do nível da capacidade produtiva das empresas de fabricação de pranchas de surfe é de suma importância, não só para a análise da capacidade interna, mas também para impulsionar a entrada de novas empresas no mercado. O ramo da fabricação de pranchas de surf encontra-se pulverizado atualmente, para que esse cenário torne-se mais competitivo e estável é necessário a análise de diversos fatores para implementação de novos empreendimentos, um deles é a analise do nível de utilização da capacidade produtiva das empresas já atuantes no mercado a fim de compreender se operam em níveis ociosos ou não. 1.2 Objetivos O objetivo é determinar o nível de uso da capacidade produtiva dos fabricantes de pranchas de surfe no município de Florianópolis. 1.3 Objetivos específicos Para que o objetivo principal seja alcançado, traçaram-se os seguintes objetivos específicos. Listagem dos principais fabricantes da cidade de Florianópolis; Caracterização da demanda por pranchas de surfe;

24 Caracterizar o processo produtivo dos principais fabricantes da cidade de Florianópolis; Analisar o nível de utilização da capacidade produtiva dos fabricantes; Analisar o nível de terceirização dos processos existentes na fabricação de pranchas de surfe;

25 5 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A revisão da literatura sobre o tema proposto é essencial para o entendimento embasado na retomada de conceitos e aquisição de conhecimento teórico da solução a ser proposta. No presente trabalho serão revisados os seguintes temas: Capacidade Produtiva, Estudo de Tamanho, Escalabilidade e o Processo Produtivo da Prancha de Surfe. 2.1 Capacidade Produtiva No cenário competitivo atual, muitas empresas estão mudando seus processos produtivos a fim de aumentar a eficiência. Um dos quesitos a ser analisado para garantir a eficiência no momento da tomada de decisão é o conhecimento da capacidade produtiva da empresa. Os autores Slack et al (2009), Moreira (2012) e Jacobs;Chase (2009) definem a capacidade produtiva como a quantidade máxima de bens e ou serviços que podem ser produzidos em uma operação em um determinado período de tempo, sob condições normais de operação. Quanto maior for uma capacidade produtiva, maior será seu nível de investimento e consequentemente a necessidade de capital de giro, o que impactará diretamente na viabilidade técnica, econômica e financeira do empreendimento. Para a tomada de decisão da empresa, torna-se necessário analisar os três horizontes de tempo (curto, médio e longo prazo) para que se tenha uma compreensão do tamanho da capacidade

26 produtiva. Para Jacobs e Chase (2009), esses horizontes são definidos como: Longo prazo mais de um ano. Nesse caso, os recursos produtivos (como prédios, equipamentos ou instalações) demoram muito tempo para ser adquiridos ou eliminados. Médio prazo planos mensais ou trimestrais até 18 meses. Nesse caso, a capacidade pode ser variada por alternativas, como contratações, dimensões, mudanças de layout, ferramentas novas, compras de equipamentos menores e terceirização. Curto prazo menos de um mês. E relacionado ao processo de programação diária ou semanal e requer ajustes para eliminar a variação entre o resultado planejado e o real. Isso abrange alternativas, como horas extras, remanejamentos de pessoal e roteiros alternativos de produção. Segundo Moreira (2012) há duas formas de medir a capacidade: por meio de produção e de insumos. Por meio de produção, as unidades de medida devem ser comuns ao tipo de produto produzido. É possível estabelecer que só exista um produto para facilitar a medição da capacidade da produção. A medição por meio de insumos é utilizada quando há dificuldades de se identificar o que é produzido e consequentemente medi-lo.

27 7 Esse tipo de medição é muito utilizado em serviços. Exemplos podem ser vistos na Quadro 1 a seguir. Quadro 1: Medidas de capacidade de insumos para diferentes operações Operações Medida de Medida Fábrica Condicionado Ar Capacidade Insumos de Horas / Máquinas disponíveis Capacidade Produtos Número unidades semana Hospital Leitos disponíveis Número de Teatro Número de assentos Universidade Número de estudantes pacientes por semana de de de por tratados Número de clientes por semana Estudantes graduados por ano Loja de Venda Área de Venda Número de itens Linha Aérea Número de assentos disponíveis no setor Cervejaria Volume dos tanques vendidos por dia Número passageiros semana Fonte: Adaptado de SLACK, 2009 p321. Litros por semana de por

28 2.1.1 Capacidade Produtiva no Longo Prazo A análise de capacidade ao longo prazo fornece informações para as futuras tomadas de decisões sobre a escala ou tamanho dos sistemas de produção (SANTA CATARINA, 2017). Slack et. al (2009) diferem capacidade de longo prazo da capacidade de curto ou médio prazo, pois as últimas duas não implicam em mudanças físicas, e sim, em quesitos operacionais e de flexibilização do processo produtivo. Santa Catarina (2017) atribui as decisões sobre a definição da capacidade produtiva como: As decisões da definição da capacidade produtiva no longo prazo influenciam diretamente no capital do projeto e também nos riscos em projetar um sistema de produção desalinhado com a demanda do mercado, por isso para o desenvolvimento de novos negócios a decisão sobre a capacidade produtiva ao longo prazo se torna de suma importância. Para uma decisão sobre a capacidade ao longo prazo, Moreira (2012) considera os estudos de mercado e a previsão da demanda a maior fonte de informação, influenciando diretamente no planejamento das instalações produtivas e no planejamento das necessidades de equipamentos e mão de obra. Desta forma, o efeito das decisões tomadas no presente sobre a capacidade acaba projetando efeitos que estendem com o tempo, ou seja, no longo prazo (MOREIRA, 2012).

29 9 O planejamento ao longo prazo é sensível às circunstâncias variáveis como alterações nos padrões de preferência de consumo, estabilidade econômica, legislação, desenvolvimento tecnológico, entre outras. Portanto, as decisões da capacidade produtiva ao longo prazo assumem um papel fundamental no quesito estratégico, pois todo dimensionamento das instalações, futuras expansões ou reduções terão que ser previstas estrategicamente reduzindo futuras perdas ou capacidade ociosa. Para Breure (2013) e Corrêa; Corrêa (2012) quando uma empresa opera em um nível abaixo de sua capacidade, antecipando-se à demanda, o investimento em capital é antecipado o que representa maiores custos unitários de operação, tornando a operação ociosa. Por outro lado, quando uma empresa opera acima da sua capacidade, quando a demanda excede a capacidade, uma parcela substancial de clientes não é atendida, acarretando em pedidos recusados e consequentes perdas de receita e de clientes. Portanto uma análise da capacidade ao longo prazo torna-se imprescindível para empresas que almejam entrar no mercado, sendo uma etapa essencial onde às decisões estratégicas deverão ser tomadas para o futuro da empresa, mesmo sendo em um período prolongado e lidando com as incertezas das previsões.

30 2.2 Estudo de Tamanho Segundo Casarotto (2009) o tamanho de uma fábrica significa definir a capacidade de produção e o nível de utilização dessa capacidade. Para isso o autor definiu diversos fatores em que se deve levar em conta para a escolha do tamanho. Um desses fatores são os produtos escolhidos para produção, os segmentos de mercado (obtidos no estudo do mercado) e regiões, pois a diversificação destes indica fábricas de menor porte e o tamanho de mercado indica maiores capacidades de produção. Além dos fatores supracitados, Casarotto (2009) elencou 11 (onze) fatores essenciais para a definição do tamanho de uma fábrica, a saber: a estratégia de produção; a velocidade das mudanças ambientais; às possíveis localizações para as unidades em decorrência da disponibilidade dos fatores de produção; a sazonalidade das matérias-primas e/ou das vendas; a disponibilidade comercial de equipamentos; a curva de economia de escala dos equipamentos e investimentos fixos uma vez que o custo unitário diminui com o aumento da capacidade produtiva, salvo raras exceções; a disponibilidade e as condições de financiamento; o resultado das análises de portfólio e a disponibilidade de recursos próprios para investimento; possíveis terceirizações da produção; melhor utilização da capacidade produtiva e a taxa de retorno do acionista.

31 Escalabilidade Putnik et al.(2013) definem escalabilidade como um termo de proporção que uma empresa tem para reduzir ou expandir sua capacidade produtiva através de uma escala, capaz de se adequar de acordo com as futuras trocas demandas. Essas mudanças de escala na capacidade produtiva podem ser em um simples acréscimo de hardware, contratação de novos empregados ou até mesmo criação de novos postos de trabalho (PUTNIK et al,2013). Os mesmo autores, Putnik et al (2013) e Fricke; Shulz (2005) definem dois princípios para a modificação física do sistema de produção. O primeiro princípio demonstra que as unidades semelhantes de trabalho podem ser vinculadas para fornecer escala de performance ou funcionalidade trabalhando com mais ou menos recursos. Já o segundo princípio demonstra que um único elemento da unidade pode ser redimensionado para garantir variação da capacidade do elemento proporcionando escalabilidade das suas funcionalidades, como vemos na Figura 1. Além disso, Putnick et al (2013) argumentam que os dois princípios podem ser combinados.

32 Figura 1: Princípios para implementação da escalabilidade Fonte: PUTNIK, 2013 p 753 De acordo com os dois princípios, nota se que a forma como as unidades produtivas são organizadas influenciam na escala de produção, possibilitando a redução ou incremento de recursos. Assim como a capacidade produtiva (unidade/tempo) e quantidade de recursos definem se o sistema pode crescer ou não. Santa Catarina (2017) elenca alguns passos para a escolha do sistema de produção com diferentes tamanhos, porém com especificidades técnicas diferentes a fim de analisar as opções propostas. Os passos são os seguintes: 1- Análise da escalabilidade do processo produtivo: Etapa de reconhecimento do processo produtivo, formas de organização, capacidade produtiva e recursos.

33 13 2- Seleção das alternativas possíveis de escala de produção: Lista as alternativas de tamanho, com mais ou menos capacidade produtiva. 3- Definir e escolher um dos métodos de análise de escala: Definição entre os métodos do Custo Unitário, da Rentabilidade e Análise de Retorno, futuramente analisados nesse trabalho. 4- Análise de dados e das alternativas: A análise e as escolhas devem levar em consideração outros aspectos além dos dados econômicos. Essas escolhas podem ser em relação à estratégia adotada pela empresa como foco no ganho de mercado, aos limites e restrições para o empreendimento como recursos financeiros, e a flexibilidade do processo. 5- Escolha do tamanho: Após a análise das alternativas apresentarem as vantagens, desvantagens e impacto estratégico de cada uma. Outro fator relacionado à definição estratégica citada por Santa Catarina (2016) no passo 4 é a estratégia para operar com o tamanho máximo com o objetivo de extrair o máximo retorno de um grande mercado, almejando-se a liderança por custos através de estratégias de penetração e ganho de mercado, assim como a busca de financiamento de terceiros. Outra estratégia é definir o tamanho possível para garantir o máximo retorno alcançado, focando na diferenciação do produto aumentando a margem de lucro. Essas duas estratégias mudariam conforme a adaptação

34 da escalabilidade, em uma liderança por custo o produto ganha pela quantidade de vendas o que necessitaria um aumento compreensível da capacidade. Já na estratégia com foco em diferenciação a empresa se adaptaria a um processo mais especificado fazendo com que a capacidade não cresça tanto e sim se especialize para entregar o produto almejado sem perder a qualidade do produto Métodos para a análise de escala Como visto anteriormente há três formas de se analisar uma escala: Método do Custo Unitário, Método da Rentabilidade e o Método da Análise de Retorno. Esses três métodos diferem entre si na escolha do quesito monetário Método do Custo Unitário Bornia (2010) define custo unitário como o custo para se fabricar uma unidade do produto, dividindo o custo total do produto pela sua produção como visto na equação 1. Bornia (2010) define, também, os custos totais como o montante despendido no período para a fabricação de todos os produtos, sendo ele (equação 2) a soma dos custos fixos - custos que não variam com alterações no volume de produção, e custos variáveis - custos relacionados com a produção e nível de atividade da empresa.

35 15 Equação 1: Definição de Custo Unitário Equação 2: Definição de Custo Total O mesmo autor, Bornia (2010) também define custo unitário como um fator relacionado com a eficiência interna da empresa, se a mesma possuir um custo unitário menor será mais eficiente e consequentemente usará menos recursos para produzir seus itens. Entrando na esfera do método do custo unitário, Casarotto (2009) cita o método como sendo o mais tradicional para a definição da escala. Slack et al (2009) demonstram alguns exemplos desta abordagem onde o custo total é dividido pela capacidade produtiva, Equação 1. Assim, após uma análise das diferentes escalas produtivas dentro de uma empresa, a decisão estratégica pelo método do custo unitário escolherá o cenário que possuir o menor custo ou a escala produtiva adequada definida pelo ponto mais abaixo do gráfico demonstrado na Figura 2.

36 Figura 2: Custo Unitário x Capacidade Produtiva Fonte: Adaptado Casarotto, Porem esse método contém algumas críticas. Casarotto (2009) cita que este método não considera os aspectos estratégicos, principalmente os de competitividade como a competição através da adoção de lideranças de custo ou diferenciação, e também desconsidera o custo de recuperação de capital Método da Rentabilidade O retorno de investimento também é utilizado para comparar as alternativas de tamanho. Segundo Casarotto (2009) o índice é calculado dividindo o saldo do acionista (Sa) pelo inve imen o do acioni a (Ia), onde e é uma e cala e e+1 uma escala superior, como visto na equação 3.

37 17 Equação 3: Equação para analise de retorno de investimento No método de rentabilidade, o índice de rentabilidade é calculado para cada capacidade produtiva estudada na tomada de decisão, optando por aquele que tiver maior índice de retorno de investimento. Santa Catarina (2017) cita duas fraquezas na utilização desse método: desconsideração do valor de tempo do dinheiro, pois compara dinheiro em tempos diferentes, o investimento no presente e o saldo ao longo dos anos e a falta de desconsideração do efeito acumulado dos saltos durante o ciclo da vida da empresa Método da Análise de Retorno O método de análise de retorno visa encontrar a capacidade produtiva e o seu respectivo retorno, para isso utiliza os princípios da engenharia econômica utilizando métodos já conhecidos como o VAUE ou VPL. Ehrlich; Moraes (2013) definem o método VPL, como um método que consiste em trazer para a data zero todos os fluxos de caixa, assim torna-se possível calcular os valores atuais equivalentes às series correspondentes a fim de decidir o melhor com uma comparação.

38 Santa Catarina (2017) analisa que ao calcular o VPL para escolha das alternativas de capacidade produtiva de uma empresa o valor mais alto adquirido do VPL torna a melhor alternativa, indicando a maior expectativa de retorno sobre um investimento. A fraqueza do método VPL é a exigência do conhecimento de diversos parâmetros, gerando incertezas nas definições de custos e demais variáveis o que torna o processo de estimativa de caixa impreciso, inviabilizando a análise. 2.4 Analise do Processo Produtivo da Prancha de Surfe Histórico A evolução das pranchas de surfe foi determinante para a evolução do esporte. Em meados de 1700, polinésios surfavam com pranchas confeccionadas em madeiras com mais de 100 quilos. O tempo foi passando e a cultura do surfe foi se propagando ao planeta, porém só em 1912 um havaiano começou a expandir o esporte para o continente americano e australiano. Na década de 40, Robert Simons introduziu a utilização da fibra de vidro e resinas poliéster que passaram a revestir as pranchas de surfe tornando-as mais leves e resistentes o que gerou a explosão do surfe nos Estados Unidos (GRIJÓ, 2004). As evoluções das quilhas também progrediram com a evolução das pranchas. Nas décadas de 30 e 40, pranchas mono-quilha possibilitavam trocas de direções mais bruscas nas ondas.

39 19 Nas décadas de 50 e 60, movidos por novos processos utilizando o petróleo, aconteceu o maior salto na evolução das pranchas. Segundo Schultz (2009) a inserção da espuma de poliuretano (PU), introduzida por Gordon Clark, como a alma da prancha revestida pela fibra de vidro e resina de poliéster, foi tratada como uma revolução. Esse sistema é adotado até hoje e possibilitou a redução incrível no peso das pranchas, aumentando consideravelmente a resistência. O Quadro 2 sintetiza bem a evolução das pranchas de surfe. Quadro 2: Evolução das Pranchas de Surfe Período Tipo de Materiais Prancha Características Início de 1920 Madeira Madeira Balsa Resistencia e Flutuabilidade Final de Madeira Madeira Balsa Resistencia, 1920 Envernizada e Verniz Flutuabilidade e Resistente à Água Madeira Oca e Quilhas Madeira Balsa, Verniz e Cola. Flutuabilidade Resistente à Água e 1946 Madeiras, Madeira Balsa, Resistencia, Resina e Resina e Fibra Flutuabilidade e Fibra de de Vidro. Resistente à Água. Vidro.

40 Período Tipo de Prancha Materiais Características agora Espuma, Espuma de Leveza, Resina e Poliuretano, Flutuabilidade e Fibra de Fibra de Vidro e Resistente à Água. Vidro. Resina Poliéster. Fonte: Adaptado de Sullivan (2007) No Brasil o percursor do esporte foi o santista Osmar Gonçalves. Em 1938, segundo Grijó (2004) Osmar foi o primeiro a confeccionar uma prancha no Brasil. Em 1968 a primeira fabrica de blocos foi fundada no Brasil e, em 1978, a poderosa Clark Foam que comandava o mercado mundial começou a aparecer no litoral brasileiro aumentando a diversidade e qualidade dos produtos e ajudando no crescimento do esporte. Porem o surfe no Brasil explodiu mesmo nos anos 80 com o apoio da mídia e a profissionalização do esporte, que deixou de ser somente apenas lazer, com a criação da ABRASP Associação Brasileira de Surfe Profissional, que futuramente passaria a se chamar CBS Confederação Brasileira de Surfe, órgão que rege todas as entidades organizacionais ligadas ao esporte atualmente O mercado de pranchas de surfe Em plena ascensão o mercado de pranchas de surfe cresceu em torno de 20% nos últimos três anos

41 21 segundo o IBRASURF Instituto Brasileiro de Surf, onde estima-se que surfistas e simpatizantes movimentam cerca de 7 bilhões por ano entre gastos com acessórios de surf e surfwear e que atualmente no Brasil existem mais de três milhões de praticantes. No quesito fabricação de prancha o IBRASURF demonstra que os fabricantes nacionais possuem uma fabricação de 80 mil pranchas por ano, no que representa em 20% das pranchas fabricadas no mundo, havendo cerca de 1500 fabricas de pranchas no país e ao menos 85% delas são microempresas Tipos e Formas Após diversos avanços, atualmente, o mercado possui uma diversidade de pranchas com estilos e medidas diferentes, podendo citar 4 modalidades diferentes para a escolha, são elas: as pranchas convencionais, funboards, longboards e o SUP Stand Up Paddle, como visto da Figura 3.

42 Figura 3: Tipos de Prancha de Surfe Fonte: Totalsurfcamp As pranchas convencionais podem ser fabricadas a partir da combinação do bloco de Poliuretano (PU), resina de poliéster e fibras de vidro ou Bloco de espuma de poliestireno (isopor), resina epóxi, fibra de vidro ou carbono, e tem o seu tamanho limitado até 7 pés, com exceção das pranchas para ondas grandes (gunsboards) que podem atingir tamanhos maiores. As pranchas com bloco de Poliuretano geralmente são as mais utilizadas, pois apresentam uma ótima durabilidade e uma melhor trabalhabilidade na questão da moldagem devido à combinação com a resina poliéster. Porém, nos últimos anos vem se empregando as pranchas com o bloco de espuma Poliestireno (isopor) que garante uma maior flutuabilidade e maleabilidade nas pranchas e um custo menor.

43 23 Já os FunBoards são fabricados nos mesmos materiais das pranchas normais e tem o seu tamanho limitado entre 7 pés a 9 pés. Assim como os longboards, limitados inferiormente a 9 pés. O SUP Stand Up Paddle, modalidade crescente nos últimos, não tem limitação de tamanho e é geralmente fabricado pela combinação Bloco de espuma de poliestireno (isopor), resina epóxi, fibra de vidro ou carbono, devido à redução de peso e aumento da flutuabilidade que esses materiais proporcionam. Como cada prancha é única, confeccionada de forma específica para cada pessoa em que se consideram características como altura, peso, nível de surfe, tipos de ondas almejadas, há uma infinidade de combinações de layouts/desenhos. Esses layouts podem mudar devido ao tamanho, tipos de rabeta (botton) Figura 4, tipos de fundos Figura 5 e encaixe das quilhas Figura 6.

44 Figura 4: Tipos de Rabetas Fonte: Pranchas Snap Figura 5: Tipos de Fundo Fonte: Pranchas Snap

45 25 Figura 6: Tipos Encaixe de Quilhas Fonte: Pranchas Snap O Processo O processo de confecção de uma prancha passa por 6 macro processos, que são: (1) Corte e Moldagem do Bloco; (2) Colocação dos Copinhos; (3) Pintura; (4) Laminação; (5) Processo de Cura; e (6) Acabamento. Grijó (2004) cita os materiais utilizados dos diferentes tipos de bloco utilizados, bloco de espuma de poliuretano (PU) e o bloco de espuma de poliestileno ( isopor): Bloco de espuma de Poliuretano (PU) de alta densidade, resina de poliéster, fibra de vidro, peróxido de metil etila (catalisador), cobalto (acelerador), pastas PNE (pigmentos), monômero de estireno (torna a resina mais líquida e transparente), parafina bruta e acetona como solvente;

46 Bloco de espuma de poliestireno expandido (isopor), resina epóxi, fibra de carbono, catalisador, acelerador, pastas PNE, monômero de estireno, parafina bruta e acetona também como solvente. No primeiro macro processo o fabricante de pranchas define o desenho após uma consulta com o cliente e faz recortes do outline no bloco de isopor ou PU, essa etapa pode ser automatizada ou manual. Quando feitas manualmente as ferramentas utilizadas são o serrote, serra elétrica, lixas e plainas. Já quando são usinadas em máquinas especializadas o fabricante já sai com o formato quase finalizado, somente faltando ajustes finos como deitar as bordas, retirada de imperfeições e verificação da precisão das medidas. A etapa de colocação de copinhos é orientada por um gabarito onde se define a inclinação e as distâncias utilizadas podendo variar dependendo da preferência do cliente. Os buracos no bloco são perfurados por uma serra copo do diâmetro exato do copinho. Pintura é uma etapa que não ocorre em todas as pranchas e é definido conforme o pedido do cliente. Para a realização da pintura o pintor utiliza pistola com compressor, pincel e rolo com tintas. Na laminação é onde são adicionadas as resinas de poliéster, no caso dos blocos de PU, ou resinas epóxi, no caso das pranchas de isopor e as fibras de vidro. Esse processo

47 27 consiste em posicionar os tecidos de fibras de vidro pelo bloco encaixando-os com a virada do bloco e despejar gravitacionalmente as resinas por cima, controlando a homogeneidade da aplicação e as arestas. São feitas duas aplicaçõe de re ina, denominado primeiro e egundo banho, com um intervalo de tempo. Nesse quesito a resina de poliéster utilizadas nas pranchas de PU levam vantagens diante das resinas epóxi devido ao tempo que levam para curar entre as aplicações e a facilidade de manuseio. Apó o doi banho alguns fabricantes utilizam um sistema de estufas para acelerar o processo de cura da prancha. Por fim o acabamento é feito por lixas de grau menores retirando imperfeições do processo de laminação. Alguns clientes podem optar pelas pranchas com um polimento ao invés das foscas, assim é utilizada lixas mais finas. Mazzoco (2007) elaborou um fluxo de processos representando as entradas e saídas, como pode ser visto na Figura 7.

48 Figura 7: Processos de confecção de uma prancha de surfe Fonte: Adaptado de Mazzoco (2007)

49 Usinagem de Pranchas Com o avanço tecnológico foram desenvolvidas máquinas de corte de pranchas, aparecendo empresas especializadas em fazer somente partes do processo de fabricação de uma prancha, como acontece com o corte do bloco (usinagem), laminação e fabricação de quilhas. Para o corte dos blocos, PU ou EPS, é comumente utilizado a junção de softwares específicos para desenho de pranchas como o shape3d ou outros com a mesma finalidade, que utilizam arquivos em formato CAD/CAM junto com máquinas de usinagem com tecnologia CNC- Controle Numérico Computadorizado para o desbaste, Figura 8. Essa junção melhorou a precisão dos cortes e qualidade do processo, diminuiu o desperdício e ocasionou um grande aumento de produtividade. Figura 8: Máquina de Desbaste CNC Fonte: Autor

50 As máquinas com tecnologia CNC Controle Numérico Computadorizado utilizam a linguagem G (G Code) para definição dos processos de usinagem. Geralmente, as máquinas destinadas à fabricação de pranchas de surf apresentam configuração do tipo rolante Gantry, ou seja, o bloco permanece estático enquanto a ferramenta fresadora executa o desbaste nos eixos X, Y e Z (GUESSER et al, 2007). De acordo com fabricantes a usinagem de um bloco leva em torno de 15 a 20 minutos, dependendo do tamanho e forma da prancha. A usinagem gera cristas no bloco cabendo ao shaper fazer o acabamento manual final. Isso gera um aumento no tempo de usinagem, assim como, um aumento no consumo de energia cabendo ao produtor escolher entre produtividade e serviço. Apesar do alto custo de aquisição (em torno de 140mil reais) e manutenção dessas máquinas, a adesão das máquinas é notável no atual mercado, principalmente pelos grandes produtores e empresas especializadas.

51 31 3 METODOLOGIA A metodologia adotada para a realização da pesquisa foi classificada de acordo com Gerhardt e; Silveira(2009) que separou os tipos de pesquisa quanto abordagem, natureza, objetivos e procedimentos adotados. Quanto à abordagem da coleta de dados a pesquisa se demonstrou quantitativa pois utilizou instrumentos formais para coleta de dados e também uma posterior análise de dados (GERHARDT E; SILVEIRA,2009). A natureza é uma pesquisa aplicada, pois objetiva gerar soluções para problemas concretos (GERHARDT E; SILVEIRA, 2009) e (VERGARA 1997). Sobre o objetivo caracterizou uma pesquisa exploratória descritiva Exploratória, pois se tem pouco conhecimento sobre o assunto Vergara(1997). Então o objetivo é proporcionar com a pesquisa uma maior familiaridade sobre o assunto. Descritiva porque expõe características de uma determinada população (VERGARA,1997). Os procedimentos adotados foram típicos de uma pesquisa de campo por ser uma investigação empírica que dispõe elementos para explica-lo, utilizando uma entrevista com aplicação de um questionário participante (VERGARA,1997). 3.1 Etapas do estudo As etapas presentes no estudo foram: listagem dos fabricantes de pranchas, aplicação de um questionário para a obtenção de dados e uma analise de dados.

52 Na listagem dos fabricantes foram encontrados 77 fabricantes de pranchas no munícipio de Florianópolis, sendo que 3 desses são fábricas que somente fazem a usinagem. Os fabricantes foram encontrados através das redes sociais e sites de buscas, porém acredita-se que tenham mais de 100 fabricantes atuantes no mercado. Ressalta-se a dificuldade na obtenção do endereço das fábricas devido às informações desatualizadas das páginas dos fabricantes de pranchas de surfe o que resultou na entrevista de apenas 23 dos 77 fabricantes listados. 3.2 Coleta de dados A coleta de dados foi feita através de visitas presenciais aos fabricantes onde os endereços foram obtidos na parte da listagem, tendo como delimitação geográfica a cidade de Florianópolis. Aos fabricantes sem endereço foi enviado uma tentativa de contato virtualmente através das redes sociais, assim como os fabricantes que não possuíam nenhum tipo de marcação visual no terreno dos endereços indicados. Percebeuse também que algumas páginas das redes sociais das empresas apresentavam-se desatualizadas indicando endereços e telefones antigos. O período de coleta de dados foi em meados de Outubro de 2017 a Fevereiro de 2018.

53 Aplicação O questionário utilizado para as entrevistas foi composto por perguntas que possam ter uma compreensão do processo produtivo das empresas como quantas pranchas são produzidas por mês na alta e na baixa temporada, tipos de pranchas que são produzidas, material predominante utilizado, quantas pessoas trabalham na empresa, quais etapas do processo produtivo são automatizadas, capacidade máxima de produção e como aumentaria a capacidade. O questionário pode ser visto por completo no Apêndice A. 3.3 Análise de dados A análise dos dados foi feita seguindo a premissa que existem diferentes tamanhos de empresas no ramo. Classificouse os fabricantes em três escalas produtivas diferentes: Grande, Média e Pequena, no qual foram definidas de acordo com a quantidade de pranchas produzidas por mês na alta temporada, como vemos na Tabela 1. De acordo com conversas informais com os fabricantes, antes ou depois da aplicação do questionário, chegou-se a conclusão que a alta temporada para os fabricantes de pranchas de surfe são os meses de outubro até março e a baixa temporada são os meses de inverno. O período da alta temporada pode ser explicado pela época de praia no pré-verão e a período da baixa temporada pode ser explicado em decorrência da época da tainha, período em que se fica proibido a prática no surfe em algumas praias de Florianópolis.

54 Tabela 1: Definição de Tamanho das Fábricas Tamanho Produção na Alta Temporada Pequena menor ou igual 10 pranchas Média entre 10 a 50 pranchas Grande maior ou igual 50 pranchas Fonte: Autor Foi elaborada uma escala própria de acordo com a produção, diferentemente de Barcelos (2015) que classificou os diferentes tipos de tamanhos de empresas de acordo com o número de funcionários, sendo classificada como empresa grande aquela com mais de dez colaboradores, média entre três a cinco e pequenas com menos de três colaboradores. Notou-se que ao usar a divisão de Barcelos (2015) não foi possível identificar as empresas nos três tipos de porte, uma das causas seria a crise atual do mercado ocasionando uma diminuição do quadro de funcionários. A separação feita foi de acordo com o tamanho dos fabricantes e obteve-se a seguinte separação de entrevistados: 7 fabricantes grandes, 11 médios e 5 pequenos.

55 35 4 RESULTADOS Nesse capitulo é feito uma analise de acordo com os dados obtido referente à aplicação do questionário sobre os assuntos de caracterização do processo produtivo dos fabricantes de pranchas de surf de Florianópolis. O capitulo conta com informações sobre a demanda por pranchas de surfe, produtos possíveis fabricados, material predominante, processo produtivo, numero de funcionários nas empresas e terceirizados e as etapas do sistema produtivo que são mecanizadas. 4.1 Demanda Após a separação por tamanho, obteve-se uma estimativa da demanda média dos três diferentes tamanhos de empresas, (grande, média e pequena), como visto na Gráfico 1. Gráfico 1: Demanda Média Mensal dos Fabricantes de Prancha Demanda Média Mensal Grandes Médias Pequenas Alta Baixa Fonte: Autor

56 Gráfico 2: Porcentagem da Demanda na Alta Temporada Demanda dos Fabricantes na alta temporada 14% 2% Grandes Médias 84% Pequena s Fonte: Autor De acordo com a Gráfico 2 conclui-se que as grandes empresas possuem maior parcela do mercado tanto na baixa como na alta temporada representando cerca de 85% em média de todo o mercado como visto no Gráfico 1. Essa parcela do mercado dominada pelos fabricantes de grande porte pode se dar pela presença das grandes marcas de fabricantes internacionais que utilizam um sistema de franquia, aumentando o número de vendas devido as suas tradições no mercado assim como ações de marketing, assim como uma maior automatização do processo produtivo.

57 Produtos Sobre a diversidade de produtos ofertados, dentre pranchas convencionais, longboards e stand up paddle - SUP, os dados obtidos demonstraram que a maioria dos fabricantes tem competência para produzir todos os formatos, como visto no Gráfico 3 Gráfico 3: Distribuição dos Produtos Possíveis Produtos 100% 90% 100% 80% 70% 83% 78% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Pranchas Convencionais Longboard SUP Fonte: Autor Percebeu-se que 78% dos fabricantes produzem os três tipos de produtos. Todos os fabricantes produzem as pranchas convencionais que é o produto padrão. Outros fabricantes, cerca de 17% preferem fabricar somente as pranchas convencionais,

58 geralmente essa opção é escolhida pelos fabricantes que querem se diferenciar pelo alto desempenho de seu produto. Mesmo não contabilizando nenhum dado de fabricantes que produzem somente SUP ou Longboard, tem-se o conhecimento que existam fabricantes que agem somente nesse ramo do mercado. Percebeu-se que o material predominante, Gráfico 4, mesmo com uma diferença mínima, é o EPS, comumente chamado de Epóxi ou isopor, diferentemente dos últimos estudos realizados sobre o tema feitos por Grijó(2004), Mazzoco(2007) e Zambom(2016) onde apontavam um predomínio do uso do PU nas pranchas. Gráfico 4: Materiais Utilizados Material Predominante PU EPS 52% 48% Fonte: Autor

59 39 O uso do EPS, como material predominante pode ser dado ao fato da evolução do material, assim como o custo mais barato. Outro fator preponderante para a escolha do EPS é a poluição que os blocos de PU-poliuretano ocasionam ao meio ambiente. Grijó (2004) demonstra em seu estudo que cerca de 50% a 70% do material utilizado para a fabricação de uma prancha é descartado gerando problema na questão ambiental por conter tolueno diisocianato em sua composição, substância tóxica ao ser humano e ao meio ambiente proibido em diversos países. Portanto, mostra-se uma futura tendência de uma predominância do uso do EPS como material padrão utilizado nas pranchas de surfe, mesmo as pranchas fabricadas com o PU terem demonstrado um maior desempenho na questão de performance. 4.3 Processo Produtivo No âmbito do processo produtivo, as informações obtidas foram sobre a quantidade média de funcionários presentes nas empresas, o nível de mecanização nas etapas do processo produtivo, nível de terceirização ou fabricação própria, a ocupação da capacidade dos fabricantes e estratégias utilizadas pelos fabricantes para um aumento de capacidade.

60 4.3.1 Funcionários Conhecer o número de funcionários das empresas é muito importante principalmente quando está entrando em um novo cenário das empresas utilizando um processo produtivo mais mecanizado no que necessita uma mão de obra especializada cabendo a empresa decidir entre contratar funcionário sem vinculo empregatício especializado ou treinar seu próprio funcionário para que se adeque aos novos sistemas. De acordo com os dados obtidos observou-se o seguinte cenário com as médias de funcionário por empresas de diferentes tamanhos: Tabela 2: Número de Recursos x Tamanho do Fabricante Recursos / Tamanho Grande Média Pequena Funcionários Fonte: Autor Nota-se que os grandes fabricantes preferem contratar e treinar seus funcionários a vide Tabela 2, pois isso pode comprometer no cumprimento dos prazos e na qualidade do serviço. Já nos fabricantes pequenos, o shaper participa de todas as etapas do processo produtivo da prancha de surfe e os fabricantes médios possuem em média um funcionário, geralmente laminador ou um funcionário responsável por serviços gerais e reparo de pranchas quebradas, que é uma o outra forma de obtenção de retorno pelos fabricantes de pranchas.

61 Mecanização do Sistema Na questão da mecanização do processo produtivo somente duas etapas são comumente mecanizadas: a etapa de definição das medidas do modelo a ser adotado, utilizando softwares como o shape3d ou outros com a mesma finalidade que utilizam arquivos em formato CAD/CAM, e a etapa do corte dos blocos de PU ou EPS, onde é utilizado máquinas CNC que desbastam todo o bloco deixando apenas algumas imperfeições para um ajuste fino feita pelo shaper, como podem ser observados na Gráfico 5. Já as outras etapas do processo produtivo apresentaram um modo de fabricação manual, algumas dessas etapas já possuem tecnologia para uma automação, porém os investimentos para a compra ainda são muito elevados, como ocorre na etapa de laminação onde o retorno de capital de uma automação desse processo é longo, sendo mais viável fazê-lo manualmente.

62 Gráfico 5: Mecanização das Etapas do Sistema Produtivo Fonte: Autor Mecanização nas Empresas Grandes. Nos dados obtidos somente das empresas grandes notase que todos os fabricantes já utilizam as máquinas de desbaste CNC para a confecção das pranchas, assim como a definição de medidas utilizando softwares especializados. As etapas de acabamento, pintura, laminação, secagem e acabamento final ainda são feitas manualmente pelos grandes fabricantes, Gráfico 6. A etapa de embalagem não é muito utilizada no mercado, levando em conta que a entrega de prancha é feita diretamente ao cliente, somente a metade dos fabricantes optam por realizar essa etapa.

63 43 Gráfico 6: Mecanização nas Empresas Grandes Fonte: Autor Mecanização nas Empresas Médias Nas empresas médias as etapas que são mecanizadas seguem quase nas mesmas proporções que nas empresas grandes para as etapas de definição de medidas e corte das pranchas. Na etapa de definição de medidas todas utilizam meio automatizados e na etapa do corte apenas 9% utiliza meios manuais, demonstrando uma adequação aos meios automatizados. Alguns fabricantes mais antigos ainda possuem uma resistência às maquinas, motivados pela tradição e o know how dos princípios do esporte.

64 As demais etapas do processo produtivo seguem as mesmas tendências que as empresas grandes onde fazem manualmente. Alguns fabricantes médios preferem terceirizar as etapas de corte, laminação e pintura do seu processo para empresas especializadas por diversos motivos como capital para comprar uma máquina, limitação de espaço físico, falta de competência pra tal atividade e dificuldade de contração de mão de obra especializada, sendo assim assunto que será debatido nos próximos tópicos. Gráfico 7: Mecanização nas Empresas Médias Fonte: Autor

65 Mecanização nas Empresas Pequenas Os fabricantes pequenos demonstraram uma maior resistência à mecanização do sistema, fabricando pranchas de surf de uma maneira mais artesanal. Essa motivação pela forma manual de fabricar as pranchas pode se levar a tradições do esporte e principalmente a baixa demanda por pranchas. Fazendo tudo manual o fabricante consegue diminuir custos de terceirização da etapa do corte. Gráfico 8: Mecanização nas Empresas Pequenas Fonte: Autor Geralmente o fabricante de pequeno porte não possui a máquina para desbaste assim a etapa de corte que aparece na

66 Gráfico 8 como mecanizada significa que o fabricante opta por terceirizar essa etapa, como visto no próximo tópico Fabricação Própria ou Terceirização Algumas empresas apresentam dificuldades de compra de uma máquina CNC por falta de capital inicial para investimentos, assim como limitações de espaço físico de suas fábricas, dificuldade de contração de mão de obra especializada e até mesmo por falta de conhecimento sobre a confecção de algumas etapas do sistema produtivo. Assim preferem terceirizar sua produção ou parte dela para empresas especializadas. Geralmente a terceirização ocorre nas etapas de corte do bloco, laminação e pintura ocasionando uma abertura de novos ramos no mercado como a criação de empresas especializadas ou funcionários que fazem somente algumas etapas da fabricação de uma prancha. Essas empresas ou funcionários sem vinculo empregatício podem trabalhar de diversas maneiras, indo diretamente na fábrica do fabricante de pranchas ou atuando no seu próprio local de trabalho recebendo as encomendas para os clientes. Na etapa de laminação, essas empresas terceirizadas/funcionários sem vinculo empregatício, trabalham geralmente para os pequenos e médios fabricantes podendo atuar das duas maneiras. Já na etapa na pintura as empresas terceirizadas/funcionários sem vinculo empregatício comumente vão diretamente à fábrica do fabricante contratante. De acordo com os dados obtidos notou-se que as empresas de médio porte são as que geralmente utilizam a

67 47 contração de funcionários terceirizados, com média de 1 funcionário terceirizado por empresa, e esse funcionário terceirizado geralmente atua nas etapas de laminação, pintura, serviços gerais ou conserto de pranchas. Já as empresas grandes não utilizam essa modalidade e preferem ter funcionários próprios a terceirizar não ficando refém de outras empresas/funcionários especializadas, diminuindo a qualidade de seu produto e correndo o risco de perda de prazo de entrega. Nas empresas pequenas notou-se que o dono/shaper atua em todo processo produtivo. Em relação às etapas em que geralmente acontece terceirização (corte, laminação e pintura) notou-se que as empresas de médio porte estão mais inclinadas a terceirizar etapas do seu processo produtivo, Gráfico 9. Algumas das empresas médias não possuem máquinas de desbaste CNC, optando por terceirizar essa etapa de corte dos blocos. Assim ocorre também nas etapas de pintura e laminação onde alguns fabricantes médios optam por terceirizar essas etapas por motivos já citados, porém não são a maioria. As empresas de grande porte por possuírem as máquinas de desbaste CNC e geralmente ter espaços físicos adequados para fazerem todo o processo produtivo optam por não terceirizar nenhuma etapa do processo produtivo. As empresas de pequeno porte também não possuem as máquinas de desbaste CNC para o corte dos blocos tendo como essa etapa a única em que os fabricantes desse porte optam por terceirizar.

68 Gráfico 9: Fabricação Própria x Terceirização Fonte: Autor 4.4 Ocupação da Capacidade e Ociosidade A ocupação da capacidade é relativamente pequena em todos os níveis de fabricantes, sendo mais sentida pelos fabricantes pequenos. Essa ocupação da capacidade pequena é ocasionada certamente pelo mercado pulverizado, contribuindo

69 49 para a ociosidade do sistema produtivo onde a oferta de fábricas de pranchas é maior que a demanda atual do mercado como demonstra a Gráfico 10. Gráfico 10: Média da Ocupação da Capacidade Fonte: Autor 4.5 Aumento da capacidade A última questão levada em conta no questionário era o que um fabricante faria para um aumento da capacidade produtiva num possível cenário de aumento da demanda, podendo escolher múltiplas escolhas entre contratar novos funcionários, horas extras, terceirizar e comprar novas máquinas.

70 Gráfico 11: Aumento da Capacidade Fonte: Autor De acordo com os dados obtidos os fabricantes optariam por fazer horas extras e terceirizar algumas etapas do processo produtivo para um aumento de capacidade, a contratar novos funcionários. A opção de compra de uma máquina foi a menos escolhida, como visto do Gráfico 11. Na questão da contratação de funcionários, os fabricantes relataram uma falta de qualidade nos recursos humanos e em relação à compra o custo elevado da máquina.

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