O método de interpretação sistemático nos possibilitará o cotejo com os diversos comandos normativos, como ensina o ilustre jurista PAULO DE BARROS

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1 A construção da definição do conceito de Imposto sobre Produto Industrializado - IPI é uma tarefa de interpretação sistemática 1, nós, hermeneutas do direito, levaremos em conta todo o ordenamento jurídico, bem como, a posição hierárquica que cada norma ocupa na construção descritiva da nossa metalinguagem. O método de interpretação sistemático nos possibilitará o cotejo com os diversos comandos normativos, como ensina o ilustre jurista PAULO DE BARROS 1 Temos visto na doutrina vários métodos de interpretação sendo aconselhado, como o teleológico, o histórico, o lógico, o literal e o sistemático.

2 82 CARVALHO 2, o método sistemático é o momento em que o intérprete se volta para o sistema jurídico para observar detidamente, a regra em cotejo com a multiplicidade dos comandos normativos que dão sentido de existência ao direito positivo. É nesse intervalo que o exegeta sopesa os grandes princípios, indaga dos postulados que orientam a produção das normas jurídicas nos seus vários escalões, pergunta das relações de subordinação e de coordenação que governam a coexist6encia das regras. O método sistemático parte desde logo de uma visão grandiosa do direito e intenta compreender a lei como algo impregnado de toda a pujança que a ordem jurídica ostenta. Para realizarmos essa interpretação sistemática percorreremos o caminho epistemológico nos utilizando, sempre, de quatro incisões, no percurso gerativo de sentido, quais sejam, a) conjunto de enunciados; b) conjunto de conteúdos de significação dos enunciados prescritivos; c) o domínio articulado de significações normativas; e d) a forma superior de sistema normativo 3, na trajetória da interpretação. O conjunto de enunciados será o nosso ponto de partida, o texto, como suporte físico, de onde iniciaremos o nosso processo de interpretação, com base na leitura desse texto, a lei, construiremos em nossa mente a significação 4, ou seja, aquilo que aquele texto representa, para nós, a partir daí, passaremos a agrupar essas significações, na tentativa de construção da norma em sentido completo, posteriormente, realizaremos a articulação das norma com as demais normas do sistema, em relação de coordenação e subordinação. São os subdomínios, representados por S1, S2, S3 e S4 como denominado pelo Professor PAULO DE BARROS CARVALHO 5, os quatro planos da linguagem. Tomaremos como ponto de partida o art. 153, IV da Constituição Federal 6, que outorga à União Federal a competência para instituir o imposto sobre produtos industrializados. Ao assim dispor, estaria ela, a Constituição Federal, também, obrigada a trazer a significação dessa competência, ou seja, a abrangência semântica do que seria esse tributo? 2 CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: 2005, p CARVALHO, Paulo de Barros, Fundamentos Jurídicos da Incidência, São Paulo, Saraiva, 9 ed. p Como estamos tratando de linguagem não podemos fugir do triângulo semiótico, que, como bem explica AURORA TOMAZINI DE CARVALHO, o signo, nessa concepção, é um suporte físico que se associa a um significado e que suscita uma significação, compondo o que se denomina de triângulo semiótico, uma relação entre esses três elementos. Curso de teoria geral do direito: o constructivismo lógico-semântico, SÃO PAULO: NOESES, p CARVALHO, Paulo de Barros, Fundamentos Jurídicos da Incidência, São Paulo, Saraiva, 9 ed. P Art. 153, IV da CF: Compete à União instituir impostos sobre:... IV produtos industrializados;...

3 83 Para PAULO AYRES BARRETO, sim, de acordo com o ilustre jurista, em seu artigo sobre Imposto sobre a Renda e Preços de Transferência 7, ao tratar do artigo 153, II da CF, assim determina: Considerando-se que o conteúdo dos enunciados prescritivos que fixam a competência tributária não pode ficar à mercê do legislador infraconstitucional, é imperioso construir a significação dessa competência outorgada à União, à luz do Texto Constitucional. Vale dizer, precisar a semântica da expressão renda e proventos de qualquer natureza, bem como identificar a ação que, se ocorrida, dará ensejo à incidência tributária, mediante ato de aplicação do direito (desde que, evidentemente, tenha a União exercido a competência a ela atribuída). Isso não quer dizer que a Constituição Federal tem que, necessariamente, trazer em seu bojo a descrição do evento que autoriza o nascimento do imposto, mas apenas as balizas que norteiam essa construção. Como já afirmamos linhas acima, realizaremos uma interpretação sistemática, que sempre levará em conta a relação de subordinação e coordenação entra as normas, ou seja, estaremos sempre restritos às balizas constitucionais na nossa tarefa hermenêutica, assim como o legislador infraconstitucional. Até mesmo porque, a própria Constituição Federal, em seu artigo 146 delimita, como uma das competências da lei complementar, a de definir os fatos geradores dos impostos, destacado no inciso III, a : Art Cabe à lei complementar: III estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes. Assim, se cabe à lei complementar definir o fato gerador dos impostos, o mesmo que a hipótese de incidência para GERALDO ATALIBA 8 e hipótese tributária para PAULO DE BARROS CARVALHO 9, isso significa dizer que cabe à lei complementar definir o conceito de imposto sobre produto industrializado, como sendo o evento que 7 BARRETO, Paulo Ayres, Imposto sobre a Renda e Preços de Transferência, São Paulo, 2002, Dialética, p A h.i., é primeiramente a descrição legal de um fato; é a formulação hipotética, prévia e genérica, contida na lei, de um fato. É, portanto, mero conceito, necessariamente abstrato. É formulado pelo legislador fazendo abstração absoluta de qualquer fato concreto. Por isso é mera previsão legal. ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, RT, 3o. ed. São Paulo: 1987, p Há de significar, sempre, a descrição normativa de um evento que, concretizado no nível das realidades materiais e relatado no antecedente de norma individual e concreta, fará irromper o vínculo abstrato que o legislador estipulou na consequência. CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: 2005, p. 248.

4 84 quando concretizado fará surgir a relação jurídica tributária assim que positivado por linguagem competente. Ou seja, caberá à lei complementar trazer os critérios que identificam o imposto sobre produto industrializado, ao assim classificá-lo comporá o conjunto do IPI que nos permitirá realizar a relação de pertinencialidade. De modo que, sempre que estivermos diante de elementos que se encaixem nos critérios apontados pela Lei Complementar, teremos o IPI, quando isso não ocorrer, estaremos diante de outro tributo ou de outra situação que não nos permitirá realizar a subsunção do fato à norma do IPI. Como demonstrado, o conteúdo, sentido e alcance do Art. 146 da CF, adotado neste trabalho vai de encontro com a corrente tripartite, pois, entendemos que mencionado artigo outorga à lei complementar três funções, elencadas cada uma delas nos três incisos 10. A Constituição Federal de 1988 trouxe alterações para a competência da lei complementar, sendo uma delas essa apontada no artigo 146 e a outra no artigo 59 parágrafo único. Enquanto no artigo 146 encontramos hierarquia semântica material, ou seja, dispõe sobre a competência semântica da norma subordinada, devendo à norma subordinante obediência ao núcleo do assunto que a ela cabe dispor. No artigo 59, parágrafo único, a inovação é a hierarquia semântica formal, pois outorga competência à lei complementar para dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Ou seja, temos uma abrangência na importância da lei complementar. Assim, ao encontrarmos no art. 146, III, a uma hierarquia semântica material, nos faz lembrar que o comando infraconstitucional ao regrar os assuntos a ele estabelecido deve obediência aos preceitos constitucionais. O que denominamos de balizas constitucionais, ou seja, limites que a lei complementar não pode ultrapassar. Alguns dos princípios constitucionais que norteiam a tarefa do legislador infraconstitucional e dos hermeneutas jurídicos na composição do IPI são o princípio da não-cumulatividade, da legalidade, da seletividade, da anterioridade, da 10 Para o ilustre doutrinador Paulo de Barros Carvalho esse não é o entendimento que deve prevalecer, segundo o doutrinador a competência da lei complementar é somente duas: O primeiro passo é saber que são as tão faladas normas gerais de direito tributário. E a resposta vem depressa: são aquelas que dispõem sobre conflitos de competência entre as entidades tributantes e também as que regulam as limitações constitucionais ao poder de tributar. CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: 2005, p. 214

5 irretroatividade, da capacidade contributiva da vedação do confisco, da isonomia, da tipicidade, entre outros. Tais princípios, não nos define o conceito de produto industrializado, mas juntamente com o artigo 153, IV da CF acompanharão o exegeta nessa tarefa. Pois bem, já sabemos que a resposta para o que queremos não está expressamente disposto na CF. Antes de prosseguirmos na nossa análise da lei complementar, restanos definir o que seria produto e o que seria industrializado, para identificarmos o que seria produto industrializado, matéria que caberá ao legislador complementar traçar o fato gerador do IPI. Se partirmos da premissa que industrializado é aquilo (produto) que passou por um processo de industrialização, ou seja, é o produto, poderemos dizer que é o resultado de qualquer operação de que resulte alteração da natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo. 11 Levamos em consideração o Art. 3o. da Lei 4.502/64 porque esse era o contexto do conceito de industrialização que o legislador tinha na época da elaboração da Constituição Federal, essa era a coerência que se esperava da interpretação do significado de industrialização. E, hoje, apesar de estarmos diante de outro contexto, haja vista, passados 53 anos da lei supra referida, o conceito de industrialização não se alterou, como se pode observar da leitura do artigo 4o. do Decreto 7212/ Com esses esclarecimentos evitamos qualquer desnexo entre texto e contexto, observação de primordial importância para o fluxo do nosso raciocínio científico Art. 3º Lei 4.502/64 12 Art. 4o Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como (Lei nº 5.172, de 1966, art. 46, parágrafo único, e Lei nº 4.502, de 1964, art. 3º, parágrafo único):i - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). Parágrafo único. São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados. 13 Como ensina o ilustre jurista PAULO DE BARROS CARVALHO, Por sem dúvida que tal desnexo entre texto e contexto representa um ruído, pois dificulta ou retarda a devida recepção da mensagem. Se isso tumultua a comunicação quando se trata de linguagem natural ou ordinária, por certo que trará sérios danos à mensagem científica, que pretende comporse de tal forma que possa ostentar força suficiente para descrever seu objeto. Decididamente a não identificação do elo que prende o enunciado científico ao sistema de que faz parte aparecerá como sério transtorno ao desenvolvimento do discurso, truncando o fluxo do pensamento e retirando, com isso, a potencialidade que a linguagem há de ter para cumprir sua proposta cognoscente. CARVALHO, Paulo de Barros, Fundamentos Jurídiicos da Incidência, Saraiva, 9o. ed, 2a. tiragem, São Paulo: 2014, p. 23.

6 86 E, produto, poderíamos dizer que é uma coisa material corpórea, segundo o dicionário Aurélio 14, o que é produzido ou fabricado, ou seja, resultado de um processo de produção, poderia ser inclusive o resultado de qualquer atividade humana, no dicionário Houaiss 15, encontramos como definição, o resultado de um trabalho ou de uma atividade. Temos, portanto que o produto será sempre o resultado. Se unirmos a definição de produto e de industrializado, temos que será o resultado do processo de alteração da natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo. Pois bem, sobre o produto industrializado, acima definido, poderá a lei complementar, nos termos do artigo 146, III, a dispor sobre o fato gerador e contribuinte, além da base de cálculo. Para o ilustre jurista EDUARDO DOMINGOS BOTALLO 16, que aconselha o método teleológico de interpretação, ou seja, acentua a finalidade da norma, que teria o condão de indicar a direção finalística do comando legislado, 17 O IPI incide sobre operações jurídicas praticadas com produtos industrializados. Nos termos da Constituição, ele deve ter por hipótese de incidência o fato de alguém industrializar produto e leva-lo para além do estabelecimento produtor, por força da celebração de um negócio jurídico translativo de sua posse ou propriedade. Apesar de utilizamos outro método de interpretação, chegamos à mesma conclusão do ilustre jurista, pois, entendemos que caberá ao legislador infraconstitucional traçar o fato gerador do IPI, que deverá, necessariamente se dirigir ao resultado do processo de alteração da natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo. Ou seja, o fato gerador (evento que autoriza a incidência do imposto) do IPI, deverá, necessariamente, dispor sobre uma, algumas ou todas, espécies do gênero produto industrializado, apontadas. E, para sua incidência, não basta a sua industrialização, é necessário que ocorra o negócio jurídico, até mesmo porque em se tratando de imposto não-cumulativo, apenas quando ocorrer o negócio jurídico será possível a operação crédito/débito inerente à não-cumulatividade. No caso do IPI como lembrado por PATRÍCIA CRISTINA ORLANDO VILLALBA, Embora o nome do tributo traga implícita a ideia de incidência sobre a própria industrialização, a breve análise histórica da legislação que institui a exação 14 Mini Aurélio, 8a. ed., Positivo, Paraná: 2015, p Pequeno dicionário Houaiss da língua portuguesa, Moderna, São Paulo: BOTALLO, Eduardo Domingos, Fundamentos do IPI, RT, São Paulo: 2002, p CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: 2005, p. 99.

7 revela que a origem, a qual permanece, é gravar a circulação de riquezas resultante do valor agregado ao produto que foi industrializado, evidentemente muito superior ao valor das matérias primas que o originaram. É sobre este acréscimo patrimonial, materializado na venda da mercadoria após sua industrialização, que se tem a incidência do IPI. Acrescenta ainda, uma breve, mas, didática e elucidativa distinção entre IPI e ICMS, nas palavras de Ricardo Lobo Torres, a diferença entre o IPI e o ICMS está no fato de que O ICMS incide sobre todas as etapas da circulação de mercadorias, enquanto o IPI, menos extenso, apenas incide sobre a circulação inicial do produto industrializado, ou seja, sobre a fase da produção industrial. (in Tratado de Direito Constitucional, financeiro e tributário, volume IV, RJ: Renovar, 2007, p.713) 18 E o negócio jurídico do IPI apenas ocorrerá quando o produto sair do estabelecimento produtor, contribuinte do imposto 19, ou seja, quem mantém relação direta com a respectiva materialidade, em razão de um negócio jurídico com um produto resultado do processo de industrialização. Em outras palavras, o IPI incidirá apenas quando o produto industrializado sair do estabelecimento produtor, porque, caberá, sempre, ao estabelecimento produtor, ou equiparado, como contribuinte do imposto, o seu recolhimento pelo princípio da não-cumulatividade. Assim, temos que, o IPI incidirá, sempre que resultar do processo de alteração da natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo, no momento em que sair do estabelecimento produtor ou equiparado. Como o direito serve para regular as condutas humanas 20, temos que o IPI incidirá sempre que a conduta humana for a industrialização tendo como resultado o produto industrializado. E ocorrido tal fato estará o contribuinte obrigado a recolher o imposto sobre produto industrializado, obrigação jurídica modalizada deonticamente como obrigatória, perante a conduta humana de industrialização, que autoriza o nascimento da relação jurídica, quando ocorrido o negócio jurídico. Ou seja, não é circular produto industrializado, para isso temos o ICMS, que incide sobre a mercadoria, na regra de incidência do IPI é necessário que tenha a conduta humana da industrialização TORRES, Ricardo Lobo, in Tratado de Direito Constitucional, financeiro e tributário, volume IV, RJ: Renovar, 2007, p O legislador somente pode eleger como sujeito passivo a pessoa que esteja vinculada ao cerne do IPI, ou seja, quem mantenha relação direta com a respectiva materialidade. MELO, José Eduardo Soares, IPI Teoria e Prática, Malheiros, São Paulo: P A função pragmática que convém à linguagem do direito é a prescritiva de condutas, pois seu objetivo é justamente alterar os comportamentos nas relações intersubjetivas, orientando-os em direção aos valores que a sociedade pretende implantar. CARVALHO, Paulo de Barros, Fundametos Jurídiicos da Incidência, Saraiva, 9o. ed, 2a. tiragem, São Paulo: 2014, p. 31.

8 88 De forma que não será qualquer operação com produto industrializado que autorizará a incidência do IPI, mas, apenas aquela realizada pelo estabelecimento produtor ou equiparado a industrial. Para a equiparação Constituição Federal em seus artigos 149 parágrafo 3o. e 195, I e IV, traz algumas possibilidades, tendo sempre presente que equiparar é estar um situação de igualdade, ou seja, realizar a mesma atividade, serem consideradas iguais 21. Assim, por dedução lógica, o que é diferente não pode ser equiparado, a equiparação é apenas para os iguais, apenas os semelhantes podem ser equiparados. Com base nessas premissas constitucionais podemos traçar a hipótese de incidência tributária do IPI, bem como, o critério pessoal do consequente da regra matriz de incidência tributária - RMIT: Critério espacial: Todo Território Nacional. Critério material: Resultado do processo de alteração da natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo. Critério temporal: Saída do estabelecimento produtor. Sujeito ativo: aquele que tem competência tributária para instituir o imposto Sujeito passivo: aquele que mantém relação direta com a materialidade do IPI, estabelecimento industrial ou a ele equiparado por lei. Ao analisarmos a lei complementar, ou seja, o Código Tributário Nacional, na busca pelo fato gerador, e contribuinte, do IPI, logo nos deparamos com o artigo 46 e 51. Pois bem, como entendemos que caberá ao legislador infraconstitucional eleger o fato gerador, e contribuinte do IPI, e já tendo as balizas constitucionais supra indicadas, intuitivamente esperávamos encontrar: a) para o fato gerador do IPI: i) o processo de alteração da natureza, que é um tipo de industrializado, ou ii) sobre o Resultado do processo de funcionamento, ou iii) do acabamento, ou v) da apresentação ou vi) da finalidade do produto, ou do vii) aperfeiçoamento para 21 Comparar (pessoas, objetos, ideias, etc) considerando-os idênticos ou de mesmo valor ou significado; igualar-se. Pequeno dicionário Houaiss da língua portuguesa, Moderna, 2015, p. 394

9 consumo, ou sobre todos ou apenas algumas dessas espécies de industrialização, como hipótese tributária. Ou seja, dispor, dentro do gênero produto industrializado, quais seriam as espécies que comporiam o evento autorizativo da incidência do IPI. b) para o contribuinte: aquele que realizou o processo de industrialização ou a ele equiparado pela lei, por apresentar tamanha semelhança que possa ser considerado igual. De forma que o artigo 46 do CTN estaria adstrito a essas demarcações constitucionais, ou seja, como fato gerador deveria elencar as espécies do resultado de industrialização e não outras que não desta materialidade. Mas, a surpresa foi enorme, a vã esperança não foi confirmada. Pois, o inciso I e III, do mencionado artigo, não condizem com a materialidade constitucional do IPI, e, portanto, não poderiam ser elencados como fato gerador do imposto. No inciso II, também encontramos dificuldade em aceitar a sua constitucionalidade, pois, o inciso I e o inciso IV do artigo 51, não podem ser elencados como contribuintes do imposto, já que não realizam a materialidade constitucional, são pessoas estranhas à atividade pertinente à industrialização de produto, nem como equiparados seria possível, já que a equiparação é para os semelhantes. Nesses casos temos as ficções tributárias criadas pela legislação e aceitas pelos Tribunais. Pois, tanto o contribuinte quanto o equiparado apenas podem ser aqueles que realizam a industrialização. A definição de produto industrializado do parágrafo único do artigo 46 se enquadra no conceito de industrialização, utilizado pelo legislador constitucional e pode ser aproveitado, não fere a CF. Com base no CTN em cotejo com as premissas da CF, pelo material apresentado, podemos traçar a hipótese de incidência tributária e os sujeitos da relação. Critério material: incide sobre o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade ou aperfeiçoamento para o consumo. (os demais são inconstitucionais, não respeitam as balizas constitucionais) Critério temporal: saída do produto industrializado do estabelecimento do produtor. (inconstitucionais os incisos I e III do artigo 46 do CTN) Critério espacial: Território Nacional (mantendo o previsto na CF) Sujeito ativo: União Federal (mantendo aquele previsto na CF) 89

10 90 Sujeito passivo: O contribuinte do imposto é o industrial ou quem a lei a ele equiparar (os demais são inconstitucionais, pois não realizam a materialidade do imposto direta ou indiretamente) Como a competência tributária é facultativa, ao nosso entendimento, seguindo a doutrina do professor ROQUE ANTONIO CARRAZZA 22, caberia à União Federal, por meio de lei instituir o IPI sobre uma dessas espécies de industrialização, ou algumas, ou todas, o legislador federal poderia escolher o fato gerador que lhe aprouvesse dentro dos limites constitucionais e restrições da lei complementar. Mas, dada a confusão realizada pela lei complementar, não poderíamos esperar outra coisa da Lei Federal e seu Decreto regulamentador, que, não, confusão ainda maior, pois, seguindo os ditames da lei complementar, agravou-se os ruídos da comunicação, ao se pautar em referências completamente distorcidas. Como se vê a lei 4.502/64 é anterior à Constituição Federal, e com base nas premissas constitucionais expostas muitos artigos, presentes na mencionada lei, não poderiam ter sido recepcionados pela Constituição, pois apresentam fato gerador do IPI distinto ao que a CF autoriza, facilmente observado da leitura dos artigos 2o., 4o., 5o., para citar alguns. Seguindo essa confusão sobreveio o RIPI com Decreto 7212/2010, que no artigo 9o. equipara a industrial aquilo que não pode ser equiparado, pois não são iguais, não realizam atividades que os equipare, tudo isso porque a Lei Federal 4.502/64 e a Lei Complementar 5.172/66 (CTN), levaram a tamanha confusão mental. Como ensina o ilustre jurista JOSÉ EDUARDO SOARES DE MELO 23 primorosa doutrina entende que a figura do contribuinte chamado estabelecimento equiparado a industrial, seja por expressa determinação das normas vigentes, seja por opção da empresa, trata-se de nítida ficção legal, já que os atos ou negócios jurídicos realizados por essas empresas, jamais terão como objeto a saída de um produto decorrente de uma operação (processo) de industrialização. 24 Justamente porque não pode o legislador ordinário modificar a natureza do tributo e qualificar comerciante como industrial, além disso, a competência para dispor sobre o contribuinte é da lei complementar e não da lei ordinária, nos termos do artigo 146, III da CF. 22 A competência significa superior princípio constitucional que se caracteriza pela privacidade, indelegabilidade, incaducabilidade, inalterabilidade, irrenunciabilidade e facultatividade do exercício. CARRAZZA, Roque Antônio, Curso de Direito Constitucional Tributário, 25a. ed. Revista ampliada e atualizada até a EC 57/2008. São Paulo, Malheiros, P MELO, José Eduardo Soares, IPI Teoria e Prática, Malheiros, São Paulo: p TOLEDO, José Eduardo Tellini, IPI Incidência Tributária e Princípios Constitucionais, pp. 117 e 118.

11 91 A definição do conceito de IPI é tema de elevadas discussões doutrinárias e jurisprudenciais, já tivemos, inclusive, alteração de entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema e, mais recentemente, uma posição do Ministro Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal ao tratar da incidência ou não do IPI na saída da mercadoria importada do estabelecimento do importador, como passamos a demonstrar abaixo. No Superior Tribunal de Justiça prevaleceu por muitos anos o conceito do IPI sustentado na presente tese, ou seja, tendo como fato gerador o produto que fosse submetido a qualquer operação de modificação da natureza, finalidade ou aperfeiçoamento, recaindo apenas sobre o montante resultado da industrialização, conforme EREsp /PR 25 Embargos de divergência em Recurso Especial, diz a Ementa: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. SAÍDA DO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR. A norma do parágrafo único constitui a essência do fato gerador do imposto sobre produtos industrializados. A teor dela, o tributo não incide sobre o acréscimo embutido em cada um dos estágios da circulação de produtos industrializados. Recai apenas sobre o montante que, na operação tributada, tenha resultado da industrialização, assim considerada qualquer operação que importe na alteração da natureza, funcionamento, utilização, acabamento ou apresentação do produto, ressalvadas as exceções legais. De outro modo, coincidiriam os fatos geradores do imposto sobre produtos industrializados e do imposto sobre circulação de mercadorias.consequentemente, os incisos I e II do caput são excludentes, salvo se, entre o desembaraço aduaneiro e a saída do estabelecimento do importador, o produto tiver sido objeto de uma das formas de industrialização. Embargos de divergência conhecidos e providos. Percebam que a jurisprudência do STJ estava consolidada e unificada até 2015, quando sobreveio novo entendimento nos autos do Eresp , em sede de recurso repetitivo, conforme Ementa abaixo transcrita: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. DIREITO TRIBUTÁRIO.RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. FATO GERADOR. INCIDÊNCIA SOBRE OS IMPORTADORES NA REVENDA 25 Primeira Seção, Relator Ministro Sérgio KUKINA, j , DJe Primeira Seção, Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, j , DJe

12 92 DE PRODUTOS DE PROCEDÊNCIA ESTRANGEIRA. FATO GERADOR AUTORIZADO PELO ART. 46, II, C/C 51, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN. SUJEIÇÃO PASSIVA AUTORIZADA PELO ART. 51, II, DO CTN, C/C ART. 4º, I, DA LEI Nº 4.502/64. PREVISÃO NOS ARTS. 9, I E 35, II, DO RIPI/2010 (DECRETO Nº 7.212/2010). 1. Seja pela combinação dos artigos 46, II e 51, parágrafo único do CTN - que compõem o fato gerador, seja pela combinação do art. 51, II, do CTN, art. 4º, I, da Lei nº 4.502/64, art. 79, da Medida Provisória nº /2001 e art. 13, da Lei nº /2006 que definem a sujeição passiva, nenhum deles até então afastados por inconstitucionalidade, os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil. 2. Não há qualquer ilegalidade na incidência do IPI na saída dos produtos de procedência estrangeira do estabelecimento do importador, já que equiparado a industrial pelo art. 4º, I, da Lei nº 4.502/64, com a permissão dada pelo art. 51, II, do CTN. 3. Interpretação que não ocasiona a ocorrência de bis in idem, dupla tributação ou bitributação, porque a lei elenca dois fatos geradores distintos, o desembaraço aduaneiro proveniente da operação de compra de produto industrializado do exterior e a saída do produto industrializado do estabelecimento importador equiparado a estabelecimento produtor, isto é, a primeira tributação recai sobre o preço de compra onde embutida a margem de lucro da empresa estrangeira e a segunda tributação recai sobre o preço da venda, onde já embutida a margem de lucro da empresa brasileira importadora. Além disso, não onera a cadeia além do razoável, pois o importador na primeira operação apenas acumula a condição de contribuinte de fato e de direito em razão da territorialidade, já que o estabelecimento industrial produtor estrangeiro não pode ser eleito pela lei nacional brasileira como contribuinte de direito do IPI (os limites da soberania tributária o impedem), sendo que a empresa importadora nacional brasileira acumula o crédito do imposto pago no desembaraço aduaneiro para ser utilizado como abatimento do imposto a ser pago na saída do produto como contribuinte de direito (não-cumulatividade), mantendose a tributação apenas sobre o valor agregado. 4. Precedentes: REsp. nº SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em ; e REsp. nº SC, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em Superado o entendimento contrário veiculado nos EREsp. nº PR, Primeira Seção, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. p/acórdão Min. Ari Pargendler, julgado em ; e no REsp. nº BA, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em Tese julgada para efeito do art. 543-C, do CPC: os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil. 6. Embargos de divergência em Recurso

13 93 especial não providos. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. (grifos nosso) Esse novo entendimento vai na contra-mão do que havia sido o entendimento consolidado pela mesma Primeira Seção, com mesma base legal de fundamentação, ou seja, sem nenhuma alteração legal que autorizasse novo entendimento da Colenda Corte. Como ficou o entendimento: os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil. Como era o entendimento anterior: o tributo não incide sobre o acréscimo embutido em cada um dos estágios da circulação de produtos industrializados. Recai apenas sobre o montante que, na operação tributada, tenha resultado da industrialização, assim considerada qualquer operação que importe na alteração da natureza, funcionamento, utilização, acabamento ou apresentação do produto, ressalvadas as exceções legais. De outro modo, coincidiriam os fatos geradores do imposto sobre produtos industrializados e do imposto sobre circulação de mercadorias. O assunto, recentemente, chegou ao Supremo Tribunal Federal e será analisado em sede de Repercussão Geral. No Supremo Tribunal Federal o RE foi admitido em sede de repercussão geral, em 01 de julho de 2016, pela relatoria do Ministro Marco Aurélio e por maioria da Corte, para apreciar a matéria relativa à violação do princípio da isonomia ante a incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados no momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria, assim como na respectiva saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno. Vale destacar que não há questionamento acercar do dever de recolher o IPI no momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria importada pelo comerciante, prescrito como fato gerador do IPI no artigo 46, I do CTN, mas, apenas a respeito da exigência do imposto em decorrência da sua comercialização na revenda aos consumidores do mercado interno, como se fosse possível a equiparação a industrial. Ainda não há decisão do pleno do STF, mas o Ministro Marco Aurélio, já demonstrou o seu posicionamento sobre o assunto, ao deferir liminar na Ação Cautelar 4129, 28 pôde verificar que os artigos 46 e 51 do CTN criam situação de oneração excessiva do importador em relação ao industrial. 27 Ministro Marco Aurélio, Plenário, Repercussão Geral no Recurso Extraordinário /SC. J DJe Ministro Marco Aurélio, Decisão Monocrática, J , DJe

14 94 Atentos e acompanhano os passos do STF no julgamento da repercussão geral, que tem como objeto a declaração de inconstitucionalidade do IPI na revenda da mercadoria importada, quando da saída do estabelecimento importador sem qualquer espécie de industrialização, esperamos, que dessa análise seja definido o conceito de produto industrializado bem como o fato gerador do IPI, para, só depois, entrarem na questão do princípio da isonomia. Toda interpretação pede a investigação dos três planos da linguagem, quais sejam, a sintaxe, semântica e pragmática. 29 Durante a nossa interpretação sistemática, fizemos a análise sintática das normas ao classificarmos o IPI, a análise semântica das normas ao conceituarmos o IPI e a análise pragmática das normas ao realizarmos a inclusão de classes do IPI, em relação de pertinencialidade. Entendemos que o tema é um campo rico em assunto constitucional, que as premissas devem ser estabelecidas e seguidas fielmente durante todo o trajeto científico, como referenciais adotados. A Constituição Federal traz as balizas de interpretação, que não podem ser ultrapassadas, como último fundamento de validade das normas. Nos pautamos na CF para a definição do conceito do imposto contextualizando o texto à sua época e atualmente. Firmamos o entendimento pelo qual compete à lei complementar dispor sobre o fato gerador, contribuinte e base de cálculo do IPI, mas isso não lhe autoriza violar a Constituição, a liberdade do legislador infraconstitucional está limitada à CF. O Recurso extraordinário no STF, RE , que será julgado em repercussão geral é muito importante e, com certeza, trará esclarecimentos riquíssimos, mas, vale lembrar, que o mérito da questão está pautado no princípio da isonomia e não no conceito de produto industrializado previsto na CF, o que nos possibilita novos questionamentos caso essa matéria não seja objeto de apreciação pelo Pleno do STF. ATALIBA, Geraldo, Hipótese de Incidência Tributária, RT, 3o. ed. São Paulo: E o conhecimento de toda e qualquer manifestação de linguagem pede a investigação de seus três planos fundamentais: a sintaxe, a sem6antica e a pragmática. CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: 2005, p. 99.

15 BARRETO, Paulo Ayres, Imposto sobre a Renda e Preços de Transferência, São Paulo, 2002, Dialética. CARRAZZA, Roque Antônio, Curso de Direito Constitucional Tributário, 25a. ed. Revista ampliada e atualizada até a EC 57/2008. São Paulo, Malheiros, CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 17a. ed. Saraiva, São Paulo: CARVALHO, Paulo de Barros, Fundamentos Jurídicos da Incidência, São Paulo, Saraiva, 9 ed. CARVALHO, Aurora Tomazini de, Curso de teoria geral do direito: o constructivismo lógico-semântico, SÃO PAULO: NOESES, p. 152 MELO, José Eduardo Soares, IPI Teoria e Prática, Malheiros, São Paulo: TOLEDO, José Eduardo Tellini, IPI Incidência Tributária e Princípios Constitucionais. DICIONÁRIOS Mini Aurélio, 8a. ed., Positivo, Paraná: 2015, p Pequeno dicionário Houaiss da língua portuguesa, Moderna, São Paulo:

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