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1 Daniel Filipe Soares Souza Graduando no curso de Licenciatura História/Universidade Federal do Pampa DOS BASTIDORES AO PALCO: Relações de Poder entre o pardo Silverio e o fazendeiro Zeferino Moura no Processo Crime de 1898 O século XIX é conhecido como um dos séculos mais longos na perspectiva de mudanças na sociedade, tendo como marco inicial a Revolução Francesa, em 1789, e marco final a Primeira Guerra Mundial em Durante esse período diversas colonias se tornaram independentes e grandes impérios entraram em colapso. No Brasil também aconteceram diversas mudanças, entre elas mudanças de sistemas de governo, como a Independência, o fim da chamada América Portuguesa (ou Brasil Colônia) e início do Brasil Império em 1822, e a República em Também houve mudanças no sistema de produção e trabalho, e a mudança mais sensível (embora tardia) foi a Abolição em 1888, mas o interessante é que o fim da escravidão no Brasil foi gradual e protelado ao máximo, tendo antes da Lei Áurea, em 1888, diversas leis que aos poucos caminhavam para a abolição (processo esse que já havia acontecido na maior parte do mundo, como nos EUA (1863), Reino Unido (1833), Império Russo (1861) entre outros). José Murilo de Carvalho fala sobre essas leis no livro Teatro de sombras: a política imperial, e afirma que em 1826 a Inglaterra exigia, para o reconhecimento da independência, que o Brasil assinasse um tratado em que o tráfico de escravizados se tornaria crime, considerado pirataria. Esse tratado foi cumprido burocraticamente com a Lei de 7 de novembro de 1831, que colocava em prática o que havia sido convencionado no tratado de 1826, mas essa lei não surtiu o efeito esperado e o tráfico não parou, pelo contrário, só aumentou entre os anos de 1840 e 1848, como mostra o gráfico a seguir: QUADRO 1: IMPORTAÇÃO DE ESCRAVOS PARA A AMÉRICA PORTUGUESA, Ano Número Ano Número Ano Número

2 Fonte: baseado no gráfico reproduzido por CARVALHO, retirado de Foreign Office, memorando de 4 de agosto de 1864, citado por Leslie Bethell, The Abolition of the Brazilian Slave Trade, p A Lei n 581 de 1850, ou Lei Eusébio de Queiroz, vem para extinguir o tráfico e tem um efeito mais profundo que a Lei de 1831, por conta de uma maior fiscalização. A Lei do Ventre Livre, de 1871, em seu Art. 1 diz que Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei, serão considerados de condição livre, mas ainda assim, os senhores encontravam meios de manter esses nascidos após a lei atrelados a condições escravizadoras; no ano de 1885 a Lei dos Sexagenários vinha como mais uma lei que aproximava a abolição, desta vez os que teriam a liberdade garantida eram os trabalhadores escravizados acima de 60 anos, entretanto, como na lei de 1871, os senhores tinham formas de manter esses trabalhadores escravizados ainda atrelados a eles, justamente por esses trabalhadores não terem aporte do governo para uma inclusão social e em 1889, com a Lei Áurea acontece a abolição total (ou pelo menos legal) da escravidão no Brasil (CARVALHO, 2011). Com as contribuições de Carvalho, conseguimos enxergar o caminho percorrido até a abolição, porém, as reflexões sobre a escravidão não terminam com a abolição, a partir deste momento começamos a percorrer uma nova estrada da história, com um conceito auto explicativo, o pósabolição, onde encontramos novas reflexões sobre uma sociedade com negros e negras livres que podem e devem ser concebidos como atores históricos (RIOS E MATTOS, 2004). No ano de 1898, na cidade de Herval no extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, um processo crime é aberto, tendo como autor da ação Zeferino Lopes Moura, charqueador, integrante do Partido Republicano Riograndense e membro da elite local. Na situação de réu está Eugenio Teixeira Sampaio, o processo não cita se exerce trabalho ou ofício. A acusação diz que no dia nove de março de 1898 [ ] aproveitando-se da ausência de Silverio Pinto, que é um dos empregados de Zeferino, Eugenio Sampaio teria roubado as portas da casa de residencia de Silverio, casa que pertence e está na propriedade de Zeferino. Além disso Eugenio ainda respondeu com insultos as pessoas lhe observarão (em) tão incorreto procedimento. Afinal, o que este processo crime tem que podemos utilizar para pensar o pós-abolição? A análise deste processo não tem como foco central a figura de Eugenio, nem tampouco a de Zeferino,

3 estes serão utilizados para pensar as relações sociais de diversas classes para com os negros. Mas onde está o sujeito negro? Lá adiante, já no relatória, o trabalhador de Zeferino é destacado como pardo Silverio Pinto. Durante o período da escravidão o termo pardo era utilizado para denominar os escravizados que obtinham a liberdade, gerando assim um imaginário sobre o ser negro, pois ser negro naquele momento era estar mais próximo da escravidão e ser pardo era estar mais distante, dentro dos processos ou documentos era sempre destacado se o sujeito era negro, pardo, mas com o passar do tempo e o fim da escravidão foi se acabando essa denominação racial, que por acaso surgiu neste processo em uma passagem bem específica, o que nos permite ter uma reflexão sobre liberdade e os resquícios da escravidão. Com essa fonte podemos rever as clássicas relações entre escravidão, racialização e cidadania (RIOS E MATTOS, 2004, P. 191), quando o sujeito negro é lesado diretamente e quem responde por ele juridicamente é o patrão, contendo também uma relação paternalista quando Zeferino está no papel de tutor de Silverio. Ainda que o documento não traga este termo, percebe-se esta relação. Para E. P. Thompson, o conceito de paternalismo exige relações próximas que subentendem noções de valor. Confunde o real e o ideal, entretanto, diz que o termo não deve ser deixado de lado por poder ser utilizado de maneira generalista, mas que pode, sim, ser utilizado para entender relações sociais em sociedades escravocratas não só da ideologia, mas da real mediação institucional das relações sociais (THOMPSON, 1991, p 32). Remontar a escravidão não é tão difícil, negros e negras sentem a herança deste passado da nossa sociedade diariamente ao longo destes 130 anos de abolição, mas em 1898 fazia apenas 10 que a escravidão havia sido abolida e mesmo não sendo concreto, existe a possibilidade de Silverio ter sido um trabalhador escravizado de Zeferino. Por que não foi o próprio Silverio que recorreu aos meios judiciais? Talvez Silverio não tivesse a concepção do exercício prático de sua cidadania, mas se apoiou em um coronel (Zeferino) para se defender e utilizar direitos garantidos pela recém instaurada República. Isso ocorreu de modo semelhante no exemplo dado por Hebe Mattos em Trabalho, voto e Guerra Civil, no qual o delegado de polícia, coronel Maneco Castro, quer prender uma liberta, a Preta Matilde, acusando-a de roubo, mas o também fazendeiro e coronel Araújo Silva, dono da fazenda em que a Preta Matilde estava, impede a entrada do dito coronel Maneco Castro. O processo de racialização e a decorrente negação prática da cidadania da Preta Matilde ficam evidentes, sem retirarem dela, entretanto, o poder de utilizar politicamente a rivalidade entre os dois coronéis,

4 escolhendo entregar suas lealdades privadas àquele que falava em nome dos seus direitos de cidadã (MATTOS, 2011, P. 5 e 6) Assim como no caso citado, Silverio utiliza Zeferino para garantir sua cidadania. Outro fato interessante é Eugenio ter cometido abertamente um crime contra Silverio, inclusive insultando as pessoas que o viram no ato, demonstrando despreocupação para com a gravidade de seu ato e para com as penas que poderiam recair sobre ele, revelando o pouco valor dado a Silverio. Será que Eugenio teria roubado as potas da casa do próprio Zeferino ou de algum outro grande estancieiro? Muito provavelmente não e o descredito dado a Silverio por Eugenio possivelmente tinha bases raciais. Segundo Mácia Motta, as relações entre as diferentes classes sociais para com a terra eram relações de poder, e diz que a disputa pela terra era uma disputa por gente, pela dominação das pessoas (MOTTA, 1998, p. 66). Trazendo essas reflexões feitas por Motta para as relações entre Silverio e Zeferino, conseguimos estruturar uma relação para além das questões raciais, chegando a uma relação socioeconômica ligada à terra. Ainda que estruturalmente o sujeito negro seja jogado para uma situação socioeconômica baixa, pensar essa relação de poder a partir da terra é importantíssimo para trazer as especificidades da realidade agrária. Os estudos sobre pós-abolição são necessários para desmistificar as teorias sobre democracia racial no Brasil, colocadas principalmente por Gilberto Freyre, que pensava a harmonia entre as raças, e a miscigenação como exemplo da pluralidade e consonância destes grupos. A partir dos estudos sobre pós-abolição percebemos que a comunidade negra continuou sofrendo com as desigualdades e a maior questão desde 1888 é: até que ponto a abolição libertou estes grupos? REFERÊNCIAS CARVALHO, José Murilo de. A política da abolição: o rei contra os barões. In: Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, MATTOS, Hebe Maria. Trabalho, voto e Guerra Civil. In: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História ANPUH São Paulo, julho MOTTA, Márcia Maria Menendes. Capitulo II: O Jogo das Forças em Conflito In: Nas fronteiras do poder. Conflito e direito à terra no Brasil do século XIX.Niterói: EDUFF, 2008.

5 RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanço e perspectivas. In: Topoi, v. 5, n. 8, jan-jun. 2004, pp THOMPSON, E. P. Patrício e Plebeus In: Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 [1991] FONTE Processo n 561 do acervo do APERS (Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul) Endereço: R. Riachuelo, Centro Histórico, Porto Alegre - RS,

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