Importância da quantificação de incerteza em testes de. equivalência farmacêutica.

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica Importância da quantificação de incerteza em testes de equivalência farmacêutica. Ana Carolina Modelli Pontes Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia-Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Orientador(a): Prof.(a). Dr(a) Felipe Rebello Lourenço São Paulo 2018

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3 SUMÁRIO Pág. Lista de Abreviaturas... 1 RESUMO INTRODUÇÃO 4 2. OBJETIVOS 8 3. MATERIAIS E MÉTODOS 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 9 5. CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXOS 25

4 1 LISTA DE ABREVIATURAS ANVISA RDC Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução de Diretoria Colegiada

5 2 RESUMO PONTES, A.C.M. Importância da quantificação de incerteza em testes de equivalência farmacêutica, Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia- Bioquímica Faculdade de Ciências Farmacêuticas Universidade de São Paulo, São Paulo, Palavras-chave: incerteza, equivalência farmacêutica, genéricos INTRODUÇÃO: Medicamentos genéricos e similares possuem um papel muito importante no mercado de medicamentos do Brasil e no mundo, promovendo competitividade e maior acesso e possibilidade de escolha para os consumidores. Para o registro de medicamentos genéricos e similares no Brasil, a autoridade sanitária (ANVISA) exige a comprovação de equivalência farmacêutica e bioequivalência em relação ao medicamento referência registrado. A comprovação de equivalência farmacêutica é importante para comprovar a intercambialidade entre os medicamentos. Os dois serão considerados equivalentes se os valores obtidos nos resultados dos testes apresentarem uma diferença menor do que 5%. Todo valor obtido com os testes analíticos realizados está sujeito à um erro aleatório ou sistemático, e por mais que um teste possa ser muito bem executado, nunca está livre de uma incerteza. A avaliação da incerteza das medições realizadas é importante por fornecer informações reais sobre o dado obtido e para se ter uma maior confiabilidade no valor, podendo representar informações para comparar o medicamento referência e o medicamento genérico ou similar testado. A incerteza apresenta grande influência sobre a decisão final do teste, principalmente nos casos onde os resultados estão próximos dos limites de especificação. Dessa forma, esse valor é essencial na classificação dos produtos como equivalentes ou não. OBJETIVO: revisão bibliográfica relacionando a importância de quantificar a incerteza de medidas experimentais e de se obter esse valor em testes para registro de produtos genéricos. MATERIAIS E MÉTODOS: O trabalho foi realizado nos moldes de uma revisão bibliográfica. Foram pesquisados artigos pertinentes ao tema do projeto, em bases de dados relevantes, a partir das palavras chave: incerteza, equivalência terapêutica, equivalência farmacêutica, genéricos, intercambialidade e bioisenção, no idioma inglês e português. Foram pesquisadas também legislações vigentes no período do desenvolvimento do trabalho que representassem as definições e critérios necessários para estabelecimento da equivalência farmacêutica e registro de produtos no Brasil. RESULTADOS: os estudos encontrados durante a pesquisa realizada sobre o tema incerteza de medidas demonstraram que esta é uma grandeza essencial para a interpretação e para a comparação de qualquer resultado obtido em medições analíticas, e que os diferentes cálculos das incertezas podem indicar informações importantes sobre o método utilizados, como quais as principais fontes de incerteza e qual é a que exerce maior influencia sobre a incerteza total. Nos testes realizados com produtos farmacêuticos que se encontram disponíveis no mercado brasileiro, foi observado que a principal fonte de incerteza nas medidas foi com relação aos erros aleatórios, que envolvem a realização das experimentações. Dessa forma, os

6 3 resultados dos estudos no geral indicaram que a incerteza é uma medida significativa em testes analíticos, que está diretamente relacionada à tomada de decisão quanto à qualidade e aceitação do resultado. CONCLUSÃO: A incerteza associada à um resultado em testes farmacêuticos é uma essencial para se estabelecer um valor confiável e robusto. Considerando o estabelecimento da equivalência farmacêutica entre medicamentos de referência e genéricos, ela representa uma maior segurança no momento da decisão pelo registro ou não deste produto, principalmente em casos onde o resultado se encontra próximo dos limites de especificação, e dessa forma se garante uma maior segurança do paciente no uso destes produtos.

7 4 1. INTRODUÇÃO Os medicamentos genéricos têm grande importância no mercado brasileiro atualmente. Foram implementados no Brasil em 1999, a partir da publicação de Lei nº , Lei dos Genéricos, com base em normas já utilizadas em outros países. Com isso, foram estabelecidos requisitos para o registro desses produtos visando garantir sua eficácia e segurança, bem como sua intercambialidade com os medicamentos considerados de referência. Atualmente os medicamentos genéricos são utilizados por cerca de 40% da população brasileira. São importantes para estimular a competitividade do mercado farmacêutico, estimular as indústrias nacionais, além de contribuir com o acesso do paciente ao tratamento, bem como melhorar a adesão ao tratamento estabelecido, pois é exigido que seu preço seja, no mínimo, 35% menor do que o medicamento referência. É um mercado em constante crescimento no Brasil, e em janeiro de 2017 houve um crescimento de 11,4% nas suas vendas em comparação com o mesmo mês no ano de Isso representou um aumento de aproximadamente 10 milhões de unidades. (ProGenéricos, 2017) Para o registro, deve ser comprovado que os medicamentos genéricos possuem as mesmas características, mesmos padrões de qualidade e que produzem os mesmos efeitos e reações adversas do que os medicamentos referência, ou seja, devem ser testados como equivalentes farmacêuticos e equivalentes terapêuticos. Para isso, são realizados testes in vitro e in vivo que comprovem estes fatores. Dessa forma, os medicamentos genéricos podem ser considerados intercambiáveis com os medicamentos de referência, ou seja, no momento da dispensação do medicamento pode ser feita a escolha de qual deles será utilizado, quando na prescrição constar a DCB/DCI ou então o nome da marca do medicamento referência. (ANVISA) Para serem considerados equivalentes farmacêuticos, os produtos devem apresentar o mesmo fármaco, na mesma concentração, mesma forma farmacêutica e possuir a mesma via de administração, podendo ou não variar em seus excipientes, enquanto os equivalentes terapêuticos são medicamentos que

8 5 além de serem comprovados como equivalentes farmacêuticos, também são bioequivalentes. (Anvisa) Para a comprovação de equivalência farmacêutica, são realizados testes in vitro que garantem as propriedades requisitadas, como por exemplo testes para determinação de teor, quantificação de impurezas, identificação do fármaco, uniformidade de dosagem, perfil de dissolução, entre outros. Os testes de bioequivalência são testes realizados para comparar a biodisponibilidade de dois medicamentos pela mesma via de administração, e deve-se avaliar se possuem a mesma extensão e velocidade de absorção. Para isso, são realizados testes in vivo para analisar os parâmetros de área sob a curva, concentração plasmática máxima e tempo para atingir a concentração plasmática máxima. Para serem considerados bioequivalentes, os valores observados para genérico seu medicamento referência deve estar contidos no intervalo de confiança de 90% (IC90%) dentro do limite de 80% e 125%. (Anvisa) Há também casos de produtos farmacêuticos que são considerados bioisentos, ou seja, os estudos in vivo de biodisponibilidade não são requisitados para que o medicamento possa ser registrado como genérico, sendo necessário apenas a comprovação da equivalência farmacêutica. Nestes casos, os testes in vitro são os responsáveis por sustentar a intercambialidade. Alguns dos casos são os seguintes: (Anvisa, 2011) Fármacos que possuam alta solubilidade e alta permeabilidade (classificados como de classe I no sistema de Classificação Biofarmacêutica SCB); Formulações parenterais (IV, IM, SC, IT) sob forma de soluções aquosas; Soluções aquosas de administração oral; Gases; Medicamentos de aplicação tópica (quando não destinados a efeitos sistêmicos); Soluções aquosas oftálmicas; Medicamentos de administração oral que tenham ação local no trato gastrointestinal.

9 6 Nesse contexto, a comprovação da equivalência farmacêutica desempenha um papel importante na determinação e comprovação da intercambialidade entre os produtos de referência e seus respectivos produtos genéricos ou similares. Essa comprovação é baseada nos resultados analíticos obtidos, e, portanto é importante que a qualidade dos testes e dos resultados seja garantida e comprovada. Sabe-se que em todos os testes realizados sempre haverá alguma diferença, e que dois produtos nunca serão exatamente iguais, portanto é importante avaliar se as diferenças entre eles são estatisticamente significantes. Dessa forma, para formas farmacêuticas consideradas isentas do estudo de bioequivalência ou biodisponibilidade relativa, é estabelecido que a diferença de teor do princípio ativo do medicamento entre o teste e o referência pode ser maior do que 5%, porém deve-se garantir que o valor estará dentro das especificações estabelecidas no método analítico. Já para os produtos que são não-bioisentos, esta diferença não poderá ultrapassar a faixa de 5%. (Anvisa, 2010) Considerando a importância destes resultados para a decisão sobre o registro destes medicamentos, e que os mesmos serão disponibilizados no mercado onde os pacientes terão acesso, é importante considerar que estes valores devem ser o mais completos e robustos possível. O resultado de uma medição analítica só é completo quando associado ao valor de sua incerteza. (ISO GUM) A incerteza de uma medida reflete a falta de conhecimento exato do valor do mensurando. Segundo o vocabulário Internacional de Termos Básicos e Gerais em Metrologia, incerteza pode ser definida por: Um parâmetro associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem com razoabilidade ser atribuídos ao mensurado (INMETRO, 1995). Mesmo que uma medida seja muito bem executada, e por mais precisa que ela possa ser, nunca estará livre de incertezas, todo e qualquer resultado obtido em um método experimental está associado à uma incerteza. Suas fontes podem ser muitas, e estão relacionadas com os seguintes fatores: aparelhagem, experimentador ou com o próprio método em si. A incerteza pode ser dividida em tipo A e tipo B: (ISO, GUM)

10 7 Tipo A erros aleatórios: podem ser originários dos aparelhos utilizados ou do experimentador, e influenciam o resultado de forma aleatória. Estes erros podem ser minimizados com o aumento do número de medidas realizadas. Tipo B erros sistemáticos: são os erros associados à metodologia ou aos aparelhos utilizados, o que irá influenciar todos os valores obtidos da mesma forma. Para se quantificar uma incerteza, é necessário identificar quais são as suas fontes no método utilizado, e assim pode-se estabelecer a incerteza combinada (ou incerteza final), que representa a incerteza total do teste que foi realizado, considerando todas as fontes de incerteza e seus respectivos valores padrão, e também a incerteza expandida, que fornece um intervalo de confiança no qual há maior probabilidade de se encontrar os valores que poderão ser atribuídos à medida, e pode ser obtido a partir da multiplicação da incerteza combinada por um fator de cobertura, que varia entre 2,0 e 3,0. (ISO, GUM) Dessa forma, para se estabelecer o cálculo da incerteza é necessário que os seguintes passos sejam realizados: 1. Especificar o mensurando; 2. Identificar as fontes de incerteza; 3. Quantificar os componentes de incerteza; 4. Calcular a incerteza combinada; 5. Calcular a incerteza expandida; 6. Analisar as contribuições de incerteza. É interessante que se considere a quantificação da incerteza no momento de avaliar se o resultado obtido a partir de um método analítico se encontra realmente dentro das especificações e então, ter um maior embasamento na decisão de registrar ou não o medicamento teste como genérico/similar.

11 8 2. OBJETIVO(S) Elaborar uma revisão bibliográfica sobre a importância do cálculo da incerteza associada à medições analíticas para o registro do medicamento genérico ou similar no Brasil. Analisar e discutir, especialmente no caso dos medicamentos bioisentos, o impacto do cálculo da incerteza nas análises in vitro para a comprovação da equivalência farmacêutica e consequentemente aprovação do registro desses produtos. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Estratégias de pesquisa Este trabalho de conclusão de curso segue o modelo de uma revisão de literatura, e dessa forma foi elaborado com base em um levantamento de artigos publicados que tratassem de incerteza de medidas e equivalência farmacêutica. A partir das bases de dados PubMed, Scielo, Sci-Finder e UpToDate, foram utilizados os seguintes termos para a pesquisa: incerteza, equivalência terapêutica, equivalência farmacêutica, genéricos, intercambialidade e bioisenção, nos idiomas inglês e português. Além disso, foi consultada a legislação vigente referente à registro de produtos genéricos e similares, bioisenção, equivalência terpêutica, equivalência farmacêutica e bioequivalência Critérios de inclusão A seleção dos artigos foi feita inicialmente a partir da análise do título e do resumo (abstract) de cada estudo, de maneira a utilizar apenas aqueles que continham conteúdo relevante para o tema do trabalho. Foram selecionados artigos publicados a partir do ano de 2010, e que estivessem disponíveis na íntegra. Quanto as resoluções, foram utilizadas aquelas publicadas pela Anvisa que se encontravam vigentes no momento da busca, e foram utilizadas as versões mais atualizadas, verificando sempre se houve alguma nova publicação que alterasse alguma das RDCs selecionadas.

12 Critérios de exclusão Foram excluídos artigos publicados em outro idioma, além de português e inglês, que não estavam disponíveis na íntegra ou que não foram fundamentados em fontes confiáveis e apresentavam informações ambíguas, incompletas ou inconclusivas Coleta e análise dos dados Todos os artigos selecionados foram lidos na integra, e então foi avaliado se os dados observados no estudo eram de interesse para este trabalho, e se no estudo havia relação entre a medição de incerteza e testes farmacêuticos. Os melhores artigos e que mais relacionavam os dois temas foram selecionados e utilizados para concluir este trabalho Análise estatística Como os estudos analisados diferem em seu desenho, estrutura e parâmetros estabelecidos, realizou-se uma avaliação com caráter qualitativo e não estatístico, visto que muitas vezes os dados não eram comparáveis. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O mercado de medicamentos genéricos vem crescendo cada vez mais no Brasil e no mundo atualmente. Segundo a Anvisa, desde o ano 2000 até junho de 2017, foram registrados no Brasil medicamentos genéricos no total, como pode ser observado na figura 1, que mostra quantos produtos genéricos foram registrados por ano. Estes produtos têm grande importância para a população brasileira, aumentando o acesso da população ao tratamento e deixando o mercado de medicamentos mais competitivo.

13 10 Figura 1 Número de medicamentos genéricos registrados por ano entre os anos de 2000 e 2017 no Brasil. (fonte: Anvisa, 2017) Desde a criação da lei dos genéricos em 1999, o registro destes produtos se baseia na comprovação de sua equivalência terapêutica para comprovar sua intercambialidade com o produto referência. Para alguns medicamentos genéricos e similares, conforme descrito na RDC 31/2010, a intercambialidade com seu respectivo medicamento de referência é baseada apenas na comprovação de equivalência farmacêutica, sendo dispensados então dos testes in vivo para a comprovação da bioequivalência. Este é um conceito importante, que além de dispensar os testes em humanos, acelera o processo de registro e diminui os gastos para a empresa. Portanto, os testes in vitro realizados devem comprovar padrões de qualidade e especificações comparáveis entre o medicamento teste e o comparador. Como esses serão os únicos dados que irão suportar o registro, eles devem ser o mais precisos e robustos possível, garantindo que a população irá consumir produtos de qualidade e que o tratamento será sempre equivalente. Porém, mesmo que os testes sejam bem executados, para comprovar e assegurar a qualidade dos resultados obtidos em testes analíticos é necessário estabelecer a incerteza associada à medida obtida. Dessa forma, pode-se avaliar com maior

14 11 segurança e maior precisão os parâmetros e definir se os resultados se encontram ou não dentro das especificações. Devido à sua importância e impacto, a representação da incerteza é considerada obrigatória para que se haja comparação quantitativa entre resultados do teste e do comparador, ou até mesmo com um padrão. Nesse sentido, há diversos guias publicados, como o ISO Guide to the Expression of Uncertainty in Measure-ment (GUM) e Eurachem/CITAC, que são ferramentas importantes para direcionar a identificação das fontes de incerteza em testes laboratoriais, sua quantificação e interpretação. Com o objetivo de avaliar diferentes métodos de cálculo da incerteza e as diferenças entre eles, um estudo de caso publicado em 2016 por Francisco e colaboradores, observou, a partir da quantificação de acetaminofeno, quatro diferentes métodos de cálculo de incerteza. O teste foi feito a partir de uma amostra do medicamento referência (A) e quatro amostras de medicamentos genéricos (B, C, D e E) de solução oral de acetaminofeno 200 mg/ml, disponível no comércio brasileiro, todas dentro do prazo de validade. A quantificação de acetaminofeno nos medicamentos foi feita por espectofotometria UV, e para as quantificações da incerteza foram utilizados os seguintes métodos: RR study, Eurachem guideline, Simulação de monte Carlo e método Spreadsheet. Para o método RR (reapeatability and reproducibility) foram feitas duas análises para cada amostra e foram estimadas as variabilidades dos valores obtidos (variabilidade total, e as variabilidades associadas ao processo e à medição). Os resultados e as equações utilizadas estão apresentados na tabela 4. A variabilidade associada ao processo representou uma maior porcentagem na variabilidade total. A partir disso, a incerteza foi obtida com a utilização de um fator de cobertura apropriado, multiplicado pela variabilidade padrão associada à medição.

15 12 Tabela 4 Fontes de variabilidade e resultados do estudo RR para o cálculo da incerteza. O método de Eurachem considera as diferentes fontes de incerteza no cálculo, e então todas são combinadas para se obter uma incerteza final. Para isso, o método considera os seguintes passos: Definição do mensurando; Identificação das fontes de incerteza; Quantificação dos componentes de incerteza; Cálculo da incerteza combinada e expandida. Para se definir o mensurado, foi considerada a equação para o cálculo de quantidade de acetaminofeno na solução oral, e a partir dela, foram identificadas as principais fontes de incerteza, que foram com relação à medição da absorbância e utensílios para medição de volume das soluções (pipetas e frascos volumétricos). A quantificação foi baseada nos certificados de calibração (incerteza tipo B), no caso dos equipamentos de medida, e em repetidas quantificações de absorbância (incerteza tipo A), e após obtenção dos valores dos resultados dos testes e das incertezas foi calculada a incerteza combinada, e a partir dela a incerteza expandida, multiplicando-a por um fator de cobertura (k=2). Observou-se que a principal contribuição para a incerteza total é a medição das absorbâncias, que representou 56%, enquanto a relacionada aos equipamentos volumétricos representou 44%.

16 13 O método de Monte Carlo é um método interessante de ser utilizado quando há interação entre duas ou mais fontes de incerteza na quantificação do mensurando. Ele foi baseado na simulação de 50,000 resultados analíticos, que foram utilizados para a obtenção de histogramas (figura 2) e a partir deles foi estimado o intervalo de confiança de 95%. Figura 2 Histogramas da simulação de Monte Carlo relativos ao teste de conteúdo de acetaminofeno nas amostras de medicamento referência (A) e genéricos (B, C, D e E). Os histogramas obtidos estavam simétricos, e mostraram semelhança com uma distribuição normal. Utilizando o método de Spreadsheet, cada fonte de incerteza é calculada independentemente, e depois é calculada a incerteza total com base nestes resultados.

17 14 Dessa forma, a contribuição de cada fonte de incerteza foi calculada com base nos resultados obtidos nos ensaios, nas incertezas individuais e nas incertezas obtidas na quantificação experimental. A partir disso foi calculada a incerteza total. Este método tem resultados bem próximos dos obtidos pelo método Eurachem, e a principal fonte de incerteza identificada foi com relação aos testes espectofotométricos, que representou 56% do total. A figura 3 mostra uma comparação de todos os métodos utilizados neste estudo para calcular a incerteza. Figura 3 Conteúdo de acetaminofeno nas amostras do medicamento referência (A) e genéricos (B, C, D e E) e suas respectivas incertezas calculadas por diferentes métodos. Todos os métodos utilizados no estudo obtiveram resultados próximos das incertezas. O método mais simples utilizado foi o RR, porém este não fornece informações sobre cada fonte de incerteza individualmente, apenas sobre a incerteza total, e, portanto, caso haja interesse em uma análise mais profunda sobre cada uma das fontes, o método que mais se demonstrou adequado foi o Eurachem e o Spreadsheet. Estes são mais interessantes para casos onde se objetive avaliar a contribuição de cada uma das fontes em relaçãoao total. Porém, apesar de os métodos Eurachen e Spreadsheet fornecerem resultados bons quanto à participação das fontes de incerteza no processo, eles exigem um

18 15 maior investimento financeiro, o que pode prejudicar sua utilização. Considerando essa questão, o método Monte Carlo pode ser levado em conta, pois ele fornece um alto número de valores simulados para o teste em questão. Outro ponto importante observado foi quanto ao número de repetições do teste necessárias para se obter um valor confiável. Foi calculada a razão entre a incerteza total e a variabilidade relacionada ao processo e aos limites de especificação, e observou-se que apenas uma análise não é suficiente, e então são necessárias no mínimo duas amostragens para que se obtenha uma razão menor do que 10%. Em outro estudo, realizado em 2014, por Francisco e colaboradores, para quantificar a incerteza em uma análise de equivalência terapêutica, com testes in vitro, para soluções oftálmicas de ciprofloxacino, foram comparadas amostras comercializadas por diferentes laboratórios farmacêuticos, sendo testados o produto referência e seu respectivo genérico. Para a verificação da equivalência farmacêutica, as amostras foram testadas segundo a Farmacopéia Americana e Brasileira, para os seguintes fatores: descrição do produto, conteúdo (volume), ph, densidade, viscosidade, esterilidade, identificação e teor de ciprofloxacino e teste de queda/gotejamento. Os resultados obtidos para todos os testes realizados estão descritos na tabela 1. Tabela 1 Resultados obtidos nos diferentes testes realizados com a solução oftálmica de ciprofloxacino do produto referência e genérico para estabelecer a equivalência farmacêutica.

19 16 Dentre os resultados, se destaca o teste de gotejamento, onde os valores de gotas por mililitro (ml) se mostraram significativamente diferentes, o que leva à se considerar que o conteúdo de princípio ativo por dose também não pode ser considerado como equivalente, apesar de o teste de concentração do fármaco (mg/ml) ter mostrado um valor equivalente para o medicamento referência e seu genérico. As principais fontes de incerteza consideradas foram em relação às medições do conteúdo do princípio ativo, da densidade e do volume das gotas, e, portanto, foram identificadas as fontes e calculadas as incertezas para cada um dos casos, utilizando-se fórmulas estabelecidas para os cálculos das incertezas associadas às fontes consideradas. Com estes resultados, foi obtida a tabela 2, que apresenta a média das medidas quantificadas (para conteúdo, densidade e volume de gotas), a incerteza padrão e a incerteza relativa. A partir disso, foi possível calcular a incerteza combinada para o teste de gotejamento de ciprofloxacino, que foi feita com base na equação 1, e a incerteza expandida foi obtida pelo cálculo da

20 17 incerteza combinada multiplicada pelo fator k=2,26, fornecendo um intervalo de confiança de 95%. Tabela 2 valores obtidos como resultados dos testes realizados, com suas respectivas incertezas padrão e relativa. Equação 1 Onde: υd Incerteza total do teste de gotejamento C% Conteúdo de ciprofloxacino nas amostras md Dd Peso médio de uma gota da amostra Quantidade de gotas por dose (estipulada em bula) ρ Densidade υ C% Incerteza de conteúdo de ciprofloxacino υ ρ Incerteza da densidade da amostra υ md Desvio padrão do peso de uma gota A fonte considerada como de maior importância foi a variabilidade do peso das gotas, o que representou 81,7% da incerteza total, enquanto a densidade não foi considerada como um fator que exerce influência na incerteza.

21 18 Os valores obtidos indicaram que o medicamento teste e o referência estão de acordo com as especificações, porém foi verificada uma diferença significativa na quantidade de princípio ativo por dose entre os dois medicamentos. As quantidades de fármaco em miligramas presentes em duas gotas (dose padrão declarada na bula do medicamento referência) dos colírios não foi considerada como equivalente. Então, foi elaborado um teste de equivalência para comparar os resultados de conteúdo de ciprofloxacino por dose, utilizando o critério de aceitação estabelecido para a razão relativa aos resultados obtidos entre os produtos genéricos e referência de 0,8 a 1,2. Os resultados estão demonstrados na tabela 3. Dessa forma, observa-se que os produtos não são equivalentes quando se compara o conteúdo de princípio ativo por dose (duas gotas). Porém, ao assumir que a dose para o produto genérico seja de três gotas, estes produtos podem ser considerados como equivalentes, ou seja, duas gotas do produto referência equivalem a três gotas do produto teste com relação à quantidade de princípio ativo presente. Tabela 3 Teste de equivalência comparando a quantidade de princípio ativo por dose. Considerando que as agências regulatórias estabelecem que, com uma diferença máxima de 10% nos valores relativos ao volume das gotas para os medicamentos teste e referência, eles podem ser considerados como equivalentes, foi realizada uma simulação de Monte Carlo, para avaliar se este critério é suficiente para

22 19 comprovação de equivalência entre os produtos, e os resultados estão demonstrados na figura 4. Figura 4 Simulação de monte Carlo para conteúdo de princípio ativo por dose. A - mesmo conteúdo e mesmo volume por gota entre produto genérico e referência, B mesmo volume por gota para produto genérico e referência, porém 10% a menos de conteúdo de princípio ativo para o produto genérico, C- mesmo conteúdo de princípio ativo para produto genérico e referência, porém 10% a menos com relação ao volume por gota para o produto genérico, D 10% a menos nos dois testes, de conteúdo de princípio ativo e volume por gota, para o produto genérico. Observa-se que uma diferença de 10% apenas no resultado relativo ao conteúdo de princípio ativo ou relativo ao volume das gotas, não irá gerar uma diferença significativa na quantidade de princípio ativo por dose. Porém, se houver 10% de diferença nos dois resultados, os produtos não poderão mais ser considerados como equivalentes, por gerar uma diferença maior do que o permitido pela legislação. Considerando o observado, é importante que para produtos de uso oftálmico sejam considerados os testes de quantidade de princípio ativo e volume da gota em conjunto para se confirmar a equivalência farmacêutica entre dois medicamentos.

23 20 Além de ser avaliada em relação aos testes de equivalência farmacêutica, também é importante que a incerteza das medidas seja considerada nos testes de controle de qualidade dos medicamentos, que são realizados para verificar se os produtos se encontram dentro das especificações estabelecidas antes da liberação do lote para o mercado. Uma revisão bibliográfica sobre a quantificação de incertezas, publicada em 2013 por Traple e colaboradores, avaliou a importância da medição da incerteza em análises farmacêuticas, principalmente em testes realizados por controle de qualidade de produtos farmacêuticos. O estudo procurou avaliar a importância da incerteza em análises farmacêuticas de forma geral e verificar quais seriam as principais fontes de incerteza em cada teste. Para isso, foram avaliados os métodos analíticos cromatográficos, espectrométricos, microbiológicos e físicoquímicos. Considerando testes espectofotométricos e cromatográficos, observou-se que as principais fontes de incerteza eram principalmente de natureza química, e as de natureza física apresentavam menor contribuição. Em uma análise de linezolida por espectofotometria UV, a maior contribuição para a incerteza foi relacionada aos resultados obtidos nos testes de precisão, linearidade e peso, o que representou cerca de 77% da incerteza total. Comparando os métodos de Simulação de Monte Carlo e Eurachem, o segundo teve um resultado de 93,92 ± 2,12 %, e o primeiro, em um intervalo de confiança de 95% foi obtido 93,92 ± 2,06%, levando-se a considerar que o método de Eurachem é válido de se utilizar em casos de avaliação de incertezas por espectfototeria UV para linezolida. Em um estudo utilizando o HPLC, as principais fontes encontradas foram amostragem, calibração e repetibilidade. Considerando as análises microbiológicas, a incerteza foi estimada a partir de dados da validação de metodologia. Dentre os testes observados no estudo, o que apresentou maior contribuição como uma fonte de incerteza foi a variabilidade no diâmetro das zonas de inibição.

24 21 Quanto às análises de rotina realizadas com medicamentos, a análise do ph representa uma contribuição maior para a incerteza quando os valores são próximos de 2 ou de 11, ou seja, nos valores extremos, do que quando o valor é próximo de 7. As principais fontes identificadas com relação ao teste de dissolução foram: erro de amostragem, erro analítico total e erro relativo à amostras heterogêneas. Observando a figura 5, identificam-se quatro casos possíveis após a obtenção dos resultados dos testes: (A) Resultado e incerteza se encontram dentro do intervalo das especificações; (B) O resultado se encontra dentro dos limites de especificação, porém sua incerteza está foram deste intervalo; (C) Resultado obtido está fora do intervalo estabelecido nas especificações, porém a incerteza está contida neste intervalo; (D) Resultado e incerteza se encontram fora do intervalo das especificações. Dessa forma, os casos B e C são considerados os mais críticos, que podem levar à uma aprovação ou rejeição errônea. Figura 5 representação gráfica dos resultados analíticos e suas incertezas (limites de especificação de 95% a 105%)

25 22 Estas considerações são importantes na indústria farmacêutica no setor de controle de qualidade, para se assegurar que o produto que será liberado atende a todas as especificações estabelecidas, e que, dessa forma, este é seguro e eficaz para ser distribuído no mercado à pacientes, e é de suma importância em casos onde o resultado da análise está muito próximo do limite das especificações, o que é considerada uma situação crítica e a incerteza têm influência direta na decisão de liberação de um lote, por exemplo. De modo geral, os estudos realizados com o objetivo de quantificar e de avaliar a incerteza associada aos resultados em testes analíticos relacionados à indústria farmacêutica, demonstraram que a principal fonte de incerteza está relacionada com erros aleatórios, que não seguem uma tendência, e que podem ser minimizados com o aumento de repetições dos testes. Eles estão associados aos experimentadores, aos aparelhos, e por isso observa-se que é de grande importância que seja verificada a incerteza associada, que irá indicar qual a influência de cada fonte no resultado e o quanto ele está sendo afetado por ela. 5. CONCLUSÃO(ÕES) A incerteza é uma medida essencial para todo e qualquer resultado de uma medida quantitativa, muito utilizada principalmente em métodos analíticos, onde as fontes de incerteza podem ser muitas, e tem o poder de conferir ao resultado uma maior segurança e maior visibilidade do valor obtido. Por representar o intervalo em que os valores do mensurando podem estar contidos, ela está relacionada e têm influência direta no julgamento final deste produto que foi testado e comparado. Considerando testes analíticos realizados com produtos farmacêuticos, mais especificamente medicamentos genéricos que são testados contra medicamentos referência para seu registro junto às autoridades sanitárias, esta informação resulta na decisão sobre autorizar ou não esse registro. Dessa forma, se torna ainda mais fundamental no processo decisório quando o valor do mensurando se encontra muito próximo dos limites de especificação, onde há um risco de que o valor pareça atender ao critério, mas na verdade esteja sujeito a um erro que leve

26 23 ao não cumprimento de algum dos requisitos, ou seja, um risco de que na verdade esse produto não atenda à especificação necessária, levando à uma análise mais robusta deste produto e avaliação de sua qualidade, antes de se decidir pela aprovação deste registro. Porém, além disso, a incerteza também é de grande importância em outros casos dentro da indústria farmacêutica, como nos resultados dos testes de controle de qualidade realizados para liberação do produto, para testes de estabilidade do produto e estabelecimento do seu prazo de validade, e até mesmo medidas de parâmetros de testes in vivo. Portanto, a determinação da incerteza representa uma maior confiança nas decisões sobre o que será liberado no mercado de medicamentos para a população, contribuindo então para garantir que os produtos são seguros e eficazes, e que o tratamento ao qual o paciente tem acesso é de qualidade. 6. BIBLIOGRAFIA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2010) Resolução nº 31, de 11 de agosto de Dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2011) Resolução nº 37, de 03 de agosto de Dispõe sobre o Guia para isenção e substituição de estudos de biodisponibilidade relativa/bioequivalência e dá outras providências. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2017) Resolução nº 200, de 26 de dezembro de Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências.

27 24 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2017) Medicamentos genéricos: estatísticas e listas. Disponível em: < Acesso em: abril/2018. Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos no Brasil. Disponível em: < Acesso em: abril/2018. Araujo, L.U.; et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Rev Panam Salud Publica, 2010, 28(6) ISO GUM, Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement,Joint Committee for Guides in Metrology (Working Group 1), France,2008. Eurachem/Citac Guide, Quantifying Uncertainty in Analytical Measurement,3rd ed., Eurachem/CITAC Working Group, UK, Francisco, F.L.; Saviano, A.M.; Lourenço, F.R. In Vitro Therapeutic Equivalence of Ciprofloxacin Ophthalmic Drugs Based on Measurement Uncertainty and Monte Carlo Simulations. Lat. Am. J. Pharm. 2014; 33 (2): Lourenço, F.R.; Kaneko, T.M.; Pinto, T.J.A. Evaluating measurement uncertainty in microbiological assay of vancomycin from methodology validation data. J. AOAC Int. 90 (2007) Moreira, C.S.; Lourenço, F.R. In Vitro Therapeutic Equivalence of Acetaminophen Oral Solution in Dripper Bottles, Lat. Am. J. Pharm. 2015; 34 (1): Storpirtis, S.; et al. A equivalência farmacêutica no contexto da intercambialidade entre medicamentos genéricos e de referência: bases técnicas e científicas. Infarma, 2004, v.16, nº 9-10,

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