Governos de esquerda e movimento operário na A. Latina: uma análise das mudanças estruturais e do poder de luta dos trabalhadores

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1 Governos de esquerda e movimento operário na A. Latina: uma análise das mudanças estruturais e do poder de luta dos trabalhadores Merilyn Escobar de Oliveira (Mestranda Ciências Sociais/PUC-SP) merilynescobar@yahoo.com.br A seqüência de vitórias eleitorais de partidos políticos de esquerda ou de inspiração social-democrata em alguns dos principais países latino-americanos, aponta para desafios que recaem sobre o modelo de democracia destes países. Deste modo, como podemos analisar os movimentos operários, e como examinar o poder dos trabalhadores diante desta configuração na arena político-institucional? Isto é, que tipo de representação política emerge no que tange aos movimentos dos trabalhadores? Se houve alteração no seu projeto de mudança, e qual a relação entre as pressões sociais exercidas por estes movimentos e os compromissos assumidos pelos governos de esquerda. Este debate merece atenção no que tange a esclarecer se há ou não novidade na política desses países em relação ao projeto democrático, e se o que percebemos nesses países aponta para lutas homogêneas ou diferenciadas, e que horizonte emerge para o projeto socialista. O presente trabalho pretende identificar as mudanças que afetaram direta ou indiretamente o movimento operário desses países, relacionando-os ao resultado das vitórias eleitorais de orientação de esquerda. Tendo como foco de análise, o caso brasileiro, a contribuição desta análise, se pauta no entendimento da relação entre Estado e sociedade civil, ou, democracia e movimento operário como uma forma políticoinstitucional, e afirma a importância do estudo de trajetórias políticas, de formação destes movimentos e de partidos de esquerda e suas lideranças, e sua relação com as mudanças estruturais. Objeto: A relação entre movimento operário e governos de esquerda latino-americanos, da redemocratização até os dias atuais, e sua associação com as mudanças estruturais enfrentadas por estes países. O foco de análise fará um exame mais detalhado do caso brasileiro, do novo sindicalismo à ascensão de Lula à Presidência da República em 2002, sendo que os outros países latino-americanos, serão analisados de modo mais panorâmico. Objetivos: A partir do debate na literatura acadêmica, o presente artigo nega as teorias que insistem na noção de neopopulismo e resgata conceitos da ciência política, para analisar os governos de esquerda do ponto de vista ideológico e sua relação com o movimento operário, à luz dos projetos orientados para a mudança. Por outro lado, a contribuição desta análise tenta esclarecer a relação entre movimento operário e instituições políticas nacionais, e, entre teoria democrática e governos de esquerda. Metodologia: Pesquisa teórica derivada da Sociologia Histórica Comparada de matriz marxista, cujos principais expoentes são Charles Tilly, Beverly Silver, Sidney Tarrow entre outros. A análise entre teoria democrática e movimentos sociais, será elaborada a partir da proposta de Gerardo Munck, que foca sua análise na arena de atuação dos movimentos sociais e sua relação com a arena político-institucional. Resultados (esperados ou concluídos): Com o presente texto pretende-se elucidar questões obscuras no âmbito da sociologia política no que tange a relação entre governos de esquerda, movimento operário e lideranças populares.

2 Governos de esquerda e movimento operário na América Latina: uma análise das mudanças estruturais e do poder de luta dos trabalhadores Merilyn Escobar de Oliveira GT2: Estado, democracia e partidos políticos Resumo: O presente artigo pretende identificar as mudanças que afetaram direta ou indiretamente o movimento operário na América Latina, relacionando-os ao resultado das vitórias eleitorais que teve seu ápice no período de O foco de análise recai sobre o caso brasileiro, em particular a trajetória do Partido dos Trabalhadores. A contribuição deste artigo se pauta no entendimento da relação entre Estado e Movimentos Sociais, e a inserção das lutas sociais na arena político-institucional, reforçando a importância do estudo de trajetórias políticas, de formação destes movimentos, dos partidos de esquerda e suas lideranças, e a relação com as mudanças estruturais. Introdução A seqüência de vitórias eleitorais de partidos políticos de esquerda ou de inspiração social-democrata em alguns dos principais países latino-americanos, permitiu que manchetes dos principais jornais nacionais e internacionais anunciassem novos ventos de esquerda nos países latino-americanos, que depois de alguns meses tornou-se onda de populismo ameaça a América Latina, com forte ênfase nas imagens das lideranças que ascendiam sob apelo popular. A grande maioria destes jornais focalizava a origem sócio-política destas lideranças e o passado político associado à esquerda, tais como a militância em movimento social, sindicatos ou partidos esquerdistas, além da origem social humilde. De modo geral, a esquerda e os movimentos sociais influenciados pela mídia e por um certo otimismo e expectativas de mudanças, quando os novos ventos de esquerda pareciam soprar sobre os principais países latino-americanos (Brasil, Chile, Bolívia, Venezuela), possibilitou a leitura de que a América Latina estaria vivendo um reascenso dos movimentos de massa ou da esquerda propriamente dita. Mestranda em Ciências Sociais pela PUC/SP e pesquisadora do NEILS.

3 Tornou-se necessário examinar o poder dos trabalhadores diante desta configuração na arena político-institucional, isto é, questionar o que poderíamos esperar no que tange aos movimentos dos trabalhadores, se houve alteração no seu projeto de mudança, e qual a relação entre as pressões sociais exercidas por estes movimentos e os compromissos assumidos pelos governos de esquerda. A novidade na política desses países em relação ao projeto democrático está em vias de concretização ou se o que percebemos nesses países, aponta para lutas homogêneas ou diferenciadas, e que tipo de significado este fenômeno trouxe para o projeto socialista nos países latino-americanos. O presente artigo pretende identificar as mudanças que afetaram direta ou indiretamente o movimento operário e as lutas sociais desses países, relacionando-os ao resultado das vitórias eleitorais. O foco de análise recai sobre o caso brasileiro, em particular a trajetória do Partido dos Trabalhadores. A contribuição deste artigo se pauta no entendimento da relação entre Estado e Movimentos Sociais, e a inserção das lutas sociais na arena político-institucional, reforçando a importância do estudo de trajetórias políticas, de formação destes movimentos e de partidos de esquerda e suas lideranças, e sua relação com as mudanças estruturais. Os movimentos de esquerda na América Latina alcançaram sua máxima expressão no ano 2002, com a eleição de Lula à presidência da República (Brasil) seguida da turbulenta eleição de Hugo Chávez (Venezuela), Michelle Bachellet (Chile) e Evo Morales (Bolívia) e talvez mais precisamente, tenham acirrado seus problemas no presente ano (2006). Este fato tornou possível a seguinte afirmação: que os movimentos de esquerda não conseguiram transformar o poder social em poder estatal, ou seja, não conseguiram concretizar mudanças que melhorassem as condições de vida das populações latino-americanas, principalmente no que diz respeito ao desemprego e as condições de trabalho. A eleição de partidos e lideranças de orientação de esquerda (centroesquerda ou social-democrata) expressou a esperança do eleitorado que esperavam por novas soluções de uma centro-esquerda renovada, e que colocava em cheque, os tradicionais partidos e lideranças que se orientavam

4 ideologicamente mais à direita, e que, não dispunham de respostas, ou programas políticos abertos às novas demandas lançadas. O desgaste destes políticos associados a falta de confiabilidade e representatividade por parte de seu eleitorado, permitiu que uma novidade à esperança política na América Latina fosse lançada. Neste contexto, podemos afirmar que países como Brasil, Venezuela, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, e seus respectivos presidentes eleitos, expressavam esta esperança não apenas pelo fato de terem sido eleitos por suas trajetórias associadas à esquerda, mas porque colocavam o social entre suas prioridades políticas. Todavia, meses depois, o balanço das análises políticas indicava a decepção em relação aos governos eleitos por terem continuado e cumprido os acordos e políticas neoliberais, como também, falava-se na ameaça de refluxo dos movimentos sociais, uma vez que, os principais movimentos de massa destes países enfraqueceram simultaneamente ao fato de suas principais lideranças terem ascendido aos governos nos principais países do continente. O resultado deste balanço, realizado no ano de 2006, acabou por colocar nas manchetes dos principais jornais, que a América Latina estaria vivenciando uma onda de populismo que ameaçava não só a democracia, como as relações internacionais e comerciais entre vizinhos do próprio continente e os demais países do mundo. As manchetes se referiam principalmente aos governos de Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), que expressavam opiniões anti-imperialistas e nacionalistas que teve como foco a nacionalização do gás boliviano e das jazidas petrolíferas venezuelana. A má influência na América Latina, de acordo com as opiniões mais conservadoras, se originava no enfrentamento que os governos da Venezuela e Bolívia, impuseram aos dois grandes blocos econômicos: Estados Unidos e União Européia. Porém, este enfrentamento estava concentrado numa única questão: o aumento do preço do gás boliviano e do petróleo venezuelano, além de uma nova regularização nos contratos por parte das empresas produtoras.

5 Nesses termos, o que se tornou evidente para a esquerda foi que, os principais pontos de enfrentamento ou conflito, não se tratava de questões antiimperialistas, ou anti-sistêmicas, como conflitos contra a exploração dos recursos minerais dos países latino-americanos, ou então, uma contestação a favor de um projeto socialista, em detrimento às práticas neoliberais. Desta forma, seria equivocado tomar as notícias de jornais que anunciavam uma ameaça de populismo ou mesmo de uma guinada à esquerda, já que, estes meios de comunicação se ativeram muito mais à origem das lideranças que ascenderam, do que a sua trajetória política e as mudanças inerentes à esta dinâmica. Grande parte das expectativas em relação ao fenômeno latinoamericano partiu deste fato, muito mais do que dos debates travados que colocavam os governos de Hugo Chávez e de Evo Morales, como opositores das políticas neoliberais. Todavia, o que mais interessa nesta nova configuração política é analisar a configuração das lutas sociais nestes países, principalmente no que tange aos trabalhadores, e, nada mais óbvio que estudar estas mudanças em relação ao Estado, visto que, esta relação funciona como uma espécie de catalisadores das mudanças sociais, e daí, decorrem as possibilidades ou limitações para as lutas sociais. A Democracia na América Latina e os desafios à esquerda: ampliação e declínio dos direitos dos trabalhadores As dificuldades de sobrepor as questões relacionadas ao declínio dos direitos dos trabalhadores e conseqüentemente do seu poder de luta, parte constitutiva do desafio enfrentado pelos países latino-americanos nas últimas décadas, recaem sobre o modelo de democracia destes países. O fim da ditadura militar na América Latina possibilitou a conquista de direitos sociais, políticos e civis, o que numa dimensão mais cotidiana significou maior liberdade de expressão, participação política, eleições democráticas, ação política e sindical, justiça e acesso aos principais serviços públicos. Todavia,

6 questões fundamentais como a desigualdade social e econômica, o desemprego, acesso aos serviços de saúde e segurança; constituem ainda, problemas que a agenda democrática não solucionou. Este paradoxo, que poderia ser descrito como nunca fomos tão democráticos, e por outro lado, tão desiguais, têm sua origem na inscrição da igualdade e liberdade que atinge a todos a partir de sua condição cívica, mas que não altera as desigualdades decorrentes da situação da apropriação do trabalho excedente dos trabalhadores. As relações de classe entre capital e trabalho podem sobreviver até mesmo à igualdade jurídica e ao sufrágio universal. Neste sentido, a igualdade política na democracia capitalista não somente coexiste com a desigualdade socioeconômica, mas a deixa fundamentalmente intacta. (Wood, 2003: 184). Na medida em que tomamos este paradoxo e contextualizamos dentro do fenômeno do Estado-nação, percebemos que a cidadania e os direitos se relacionam diretamente com as mudanças ocorridas no interior dos Estados. O cerne dos problemas parece recair sobre o Estado e as políticas que dele derivam, uma vez que o poder estatal orienta não só as mudanças, mas está impregnado de correlações de força política, como o poder de classes sociais e a relação com o mercado. O neoliberalismo que emergiu como nova modalidade política e econômica na América Latina, aprofundou a crise do Estado e trouxe às classes populares o custo negativo deste processo. Este modelo que emergiu como inevitável e necessário reformou o Estado sob a noção de governabilidade ao honrar os compromissos internacionais. O acirramento das práticas neoliberais tornou possível que o poder do associado às empresas transnacionais, constituíssem um aglomerado de blocos econômicos e políticos, que reduziu a importância do Estado, e acabou afetando os direitos políticos e sociais, em especial os direitos trabalhistas. Da mesma forma que estas políticas afetaram diretamente a dimensão do trabalho, a esfera do direito simultaneamente cedeu aos imperativos neoliberais, numa espécie de adequação ou adaptação, que transformou o trabalhador em meio-trabalhador, um desempregado ou um quase-desempregado, fazendo com

7 que os direitos do trabalhador se tornassem maleáveis à qualquer exigência do mercado: Mas essa adaptação não é somente o rude realismo que constata que, para que os trabalhadores tenham direitos, é preciso primeiro que trabalhem e que, para que trabalhem, é preciso que consintam em cercear os direitos que impedem as empresas de lhes dar trabalho. Ela é também a transformação do direito em idéia do direito, e das partes, beneficiárias do direito e combatentes por seus direitos, em indivíduos proprietários de um direito idêntico ao exercício de sua responsabilidade de cidadão. O direito do trabalhador torna-se assim cidadania do trabalhador... (Rancière, 1996: 113). Assim, o nexo entre a política de desmontagem dos movimentos operários no centro do sistema e a destruição das veleidades à autonomia dos Estados na periferia do capitalismo (Almeida, 2005: 52), resultaram em políticas de ajuste estrutural com vistas a inserção no mundo globalizado. De acordo com Ellen Wood (2003), a desvalorização do trabalhador e dos direitos deste, garantidos pela democracia é parte constitutiva das relações sociais capitalistas que toma o econômico, em detrimento do político: (...) o pressuposto histórico de sua cidadania foi a desvalorização da esfera política, a nova relação entre econômico e político que reduziu a importância da cidadania e transferiu alguns de seus poderes exclusivos para o domínio totalmente econômico da propriedade privada e do mercado, em que a vantagem puramente econômica toma o lugar do privilégio e do monopólio jurídico. A desvalorização da cidadania decorrente das relações sociais capitalistas é atributo essencial da democracia moderna. (WOOD, 2003: 183). De 1970 até hoje, devemos reconhecer que as conjunturas e contingências políticas indicam um novo tipo de dominação de classes que está sob a tutela de blocos econômicos regionais, e que de fato, isso não apenas enfraqueceu os contornos do Estado, como também os direitos dos trabalhadores. Deste modo, o declínio dos Estados nacionais e a onda de reformas nele inseridas, constituem o grande desafio à democracia em nosso tempo, que torna inevitável que os governos estabeleçam acordos com organismos internacionais. Entretanto, o desafio de recriar a democracia só poderia ser enfrentado pelos movimentos de massa e lutas sociais capazes de contrapor estes novos

8 atores, já que historicamente, as lutas sociais surgiram em momentos de crise imbricadas ao processo de consolidação dos Estados nacionais. As mudanças relacionadas ao Estado e a política mundial produzem uma dinâmica que obriga os movimentos de massa a se relacionar com estes atores, uma vez que, esta relação pode apontar para condições favoráveis às lutas sociais. Conforme Charles Tilly (1996), o capitalismo e as mudanças ocorridas no interior dos Estados alteram substancialmente o conteúdo e as formas das lutas sociais, restringindo ou favorecendo mobilizações. A sociologia histórica e as trajetórias de lutas sociais contra o Estado A sociologia histórica por meio de processos comparativos, associa o tempo-espaço dos acontecimentos, isto é, fenômenos locais com processos de mudança macro-estruturais. Para os estudiosos desta corrente teórica é fundamental o estudo das trajetórias, para que possamos distinguir fenômenos que são realmente novos, e para esclarecer como se dá a dinâmica destes movimentos em diversos momentos da história. Tomando como exemplo os estudos de trajetórias de longa duração de Beverly Silver em Forças do Trabalho (2005), percebemos como as agitações trabalhistas e seus retrocessos se misturam à dinâmica do capitalismo, sugerindo que esta relação segue um padrão cíclico, e que o acirramento dos efeitos impactantes da política neoliberal de nossa atualidade, nada mais é que um destes ciclos que fazem e refazem a classe trabalhadora e, renovam ou enfraquecem se poder de luta.... previsões sobre o futuro dos movimentos operários devem ser baseadas numa comparação entre a dinâmica contemporânea e períodos análogos do passado. Pois é apenas por meio de tal comparação que podemos distinguir fenômenos de recorrência histórica e fenômenos que são verdadeiramente novos e sem precedentes. (Silver, 2005: 21). Disto resulta a preocupação nas análises do desenvolvimento capitalista e as mudanças no âmbito dos Estados. Charles Tilly (1996) argumenta que este tipo

9 de análise possibilita o entendimento da dinâmica, das alterações ou inovação nos modos de ser e fazer dos movimentos de massa. Com a democratização dos Estados, as eleições e o acesso dos partidos políticos à arena político-institucional, tornou fundamental examinar como se dá a relação dos movimentos sociais quando interage no jogo político. Deste modo, a importância de se estudar a relação entre movimentos sociais e democracia num esboço político-institucional, pretende ir além dos estudos que analisam a democracia a partir das instituições políticas, para se lançar ao entendimento da relação entre Sociedade Civil e Estado, ou, Movimentos Sociais e Democracia. Esta relação ganha contornos quando analisamos a trajetória entre a formação dos Estados nacionais e lutas sociais, na medida em que a relação entre um e outro, não apenas garantiu que direitos fossem criados, da mesma forma que os mesmos fossem retirados. De acordo com Tilly (1996), a relação entre Estados e movimentos sociais sempre se deu por meio de negociação, resistência e violência: Toda essa negociação criou ou confirmou reivindicações individuais ou coletivas frente ao Estado e obrigações do Estado para com os seus cidadãos. Criou também direitos exigências reconhecidas dos Estados em relação aos seus cidadãos. O núcleo do que hoje denominamos cidadania, na verdade, consiste de múltiplas negociações elaboradas pelos governantes estabelecidas no curso de suas lutas pelos meios de ação do Estado, principalmente a guerra. (Tilly, 1996:164) Nesse sentido, a intervenção do Estado na vida cotidiana suscitava ação coletiva popular, como forma de resistência ao Estado. Tarrow (1998: 63) avalia que os Estados nacionais não eram apenas alvos das demandas, mas também permitiram a ampliação das ações políticas dos cidadãos. Tarrow (1998: 02) afirma que os movimentos sociais se formam quando há uma ampliação das estruturas de oportunidades políticas, quando as crises no ambiente político tornam favorável o engajamento das pessoas em ações coletivas por afetarem suas expectativas de sucesso ou fracasso.

10 Deste modo, o autor associa as mudanças estruturais no âmbito do Estado, com as oportunidades que um movimento tem de se mobilizar ou aumentar seu poder de luta, ou em outros casos, de recuar ou declinar. Nesse sentido, como entender o fenômeno latino-americano que envolve governos de esquerda, lideranças populares e movimentos sociais, ou mais precisamente, como entender o fenômeno brasileiro tendo como elemento chave as relações estabelecidas pela entrada do movimento operário na arena políticoinstitucional, sob a forma de um partido de orientação social-democrata. De modo geral, a expectativa da esquerda era de que houvesse um reascenso dos movimentos de massa por parte dos trabalhadores, que seu poder de luta aumentasse e houvesse melhorias quanto as condições de vida e de trabalho, e mais, que um novo projeto de política, mais igualitário fosse colocado em prática. Todavia, a entrada na arena-político institucional de um partido que teve sua origem nas bases populares, como é o caso do Partido dos Trabalhadores não concretizou as expectativas da esquerda. Em grande parte porque ao entrar no jogo político e se envolver com as instituições nacionais - as mudanças na trajetória ideológica, de formação, e na identidade constituída a partir de suas redes de relações com o movimento operário e sindical - foram alteradas em favor da estratégia voltada para disputa eleitoral via partido político. Tornou-se quase senso comum falar em cooptação de classe ou movimento, ou até, no pior dos casos, de traição ideológica. Contudo, o Partido dos Trabalhadores ao entrar na institucionalidade, perdeu o principal de um movimento de massas, que é a sua orientação para a mudança. De acordo com Munck (1997), este objetivo só é alcançado quando se mantêm em equilíbrio, a estratégia e a identidade com a qual nasceu o movimento:... um movimento social somente pode induzir à mudança se afirma a natureza inegociável de sua identidade e se se recusa a agir meramente como um ator estratégico. Em razão desse duplo imperativo, a orientação para a mudança deve ser considerada pela ótica da influência recíproca entre a capacidade do movimento para empreender uma ação estratégica e a identidade com a qual

11 nasceu, e não por uma dessas dimensões tomada isoladamente. (Munck, 1997: 115). O êxito desta balança se deve ao cálculo racional com vistas à orientação para a mudança, sem romper com o vínculo da identidade (tratada como inegociável) e a estratégia (associada ao poder de negociação). Neste sentido, qualquer luta social perde sua razão de ser e existir ao ser incorporado no sistema político-institucional. As lutas praticamente deixam de tratar de questões fundamentais, visto que sua identidade se define pela relação com o Estado ou um partido político, (Munck, 1997:118), e talvez esta seja a chave do entendimento da política atual. A contribuição de Munck está em tratar de três problemas centrais dos movimentos sociais quando estes interagem com a arena político-institucional. A metodologia proposta pelo autor procura esclarecer como se dá a formação do movimento e de suas lideranças a partir dos estudos de trajetória políticas, e da constituição da identidade coletiva; e como se dá as escolhas das estratégias políticas em relação às mudanças estruturais. Assim, diante deste arcabouço teórico torna-se necessário traçar a trajetória política do movimento operário brasileiro a partir de seu ápice na década de 1970, com o movimento intitulado novo sindicalismo, a trajetória das lideranças operárias emergentes naquele momento (nos quais Lula e outros membros do atual governo se destacaram), e as estratégias utilizadas pelo movimento operário ao longo de todo o percurso. Do movimento ao partido: breve trajetória do Partido dos Trabalhadores O movimento operário brasileiro sob o signo do novo sindicalismo retomou a força das lutas dos trabalhadores, se contrapondo a repressão do regime militar em nome de questões trabalhistas e autonomia aos sindicatos. O novo sindicalismo foi a base constitutiva para a criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Seguiu adiante numa espécie de contra ofensiva às novas políticas econômicas, este processo

12 culminou na Constituição de 1988, e na candidatura de Lula (Luís Inácio da Silva), à presidência da República. Foi exatamente neste período, que corresponde ao final da década de 1980 que se deu a sistemática desregulamentação e destituição dos direitos trabalhistas. A posse de Fernando Collor de Mello em 1990 à Presidência da República, constituiu o marco da adoção da política neoliberal. A consolidação do neoliberalismo acarretou transformações no movimento sindical e operário, a proposta de um sindicalismo propositivo, em ruptura ao sindicalismo defensivo presente durante a década de 1980, ganhou forças dentro da CUT. O sindicalismo propositivo tentava conciliar por meio da negociação, propostas entre trabalhadores representados pelas centrais sindicais, empresários e governo, em outras palavras, era uma tentativa de conciliar a burguesia com os trabalhadores e os trabalhadores com o neoliberalismo. (Boito, 1999: 144) O desmanche da legislação trabalhista associado à desregulamentação do mercado de trabalho, desorganizou os trabalhadores perante as políticas neoliberais. As reformas impulsionadas pelos governos na década de 1990 (governos Collor e FHC) flexibilizaram as leis trabalhista e sindical, se concretizando mais recentemente no governo Lula, já em seu primeiro ano de mandato. Estas reformas atingiram diretamente o universo privado das classes trabalhadoras, afetando os direitos cotidianos como férias, descanso semanal, jornada de trabalho, o direito de greve entre outros. Por outro lado, as centrais sindicais apoiaram o governo Lula dando as condições para que as reformas se realizassem, o projeto cupulista - nas palavras de Ricardo Antunes (2005) priorizou apenas as esferas superiores como as confederações e outras centrais sindicais; fortalecendo o poder destas organizações em negociar os direitos dos trabalhadores, enquanto a participação de outros sindicatos ficava à margem das negociações. Nesse sentido, torna-se fundamental ressaltar que as reformas estatais associadas às transformações na trajetória ideológica do Partido dos

13 Trabalhadores possibilitou que a esquerda e os mais conservadores, criticassem a liderança de Lula e as políticas adotadas pelo Partido dos Trabalhadores. As imagens fragmentadas reproduzidas pela imprensa enfatizavam a trajetória política da figura de Lula, como o metalúrgico que ascendeu ao governo, mas que traiu sua origem de classe e não soube governar para os trabalhadores e desfavorecidos. Entretanto, este tipo de análise não toma como perspectiva as mudanças ocorridas no interior do Partido dos Trabalhadores que davam um novo formato ao partido como o abandono das ideologias de esquerda em detrimento ao discurso a favor da cidadania e de uma democracia de conteúdo popular. Como parte desta nova configuração interna, as lutas anti-sistêmicas e críticas ao neoliberalismo perderam espaço para a defesa de uma política de distribuição de renda com desenvolvimento econômico sustentado. Da mesma forma que o abandono das concepções socialistas e a adoção da idéia de um pacto social na sociedade brasileira, traçava como objetivo o desenvolvimento social do país com prioridade no setor produtivo. As mudanças que atingiram o movimento operário brasileiro e o desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores marcaram profundamente a esquerda e a classe trabalhadora. Todavia, mesmo com o suporte dos movimentos sociais e de outras organizações de esquerda nas campanhas eleitorais, o Partido dos Trabalhadores distanciou-se gradualmente em relação aos movimentos sociais que estavam em sua origem. É preciso recordar que o PT nasceu em um cenário de crítica generalizada aos modelos soviéticos de socialismo, de Estado e de partido. O partido se afirmava como socialista, mas sempre acrescentava a palavra democrático para expressar essa diferença. Se fundava um partido depois de não poucas resistências dos seus principais líderes, inclusive Lula, mas se afirmava que era uma agremiação ligada aos movimentos sociais. (Sader, 2005: 04). A distância entre o partido e os movimentos sociais, e principalmente a despolitização da militância dos membros do Partido dos Trabalhadores alterou a formação de quadros partidários que privilegiou políticos profissionais às

14 lideranças oriundas dos movimentos de massa, isto é, acarretou o aumento de políticos sem trajetória de esquerda ou sem compromisso com as lutas sociais e populares. A transformação gradual do Partido dos Trabalhadores num partido de massas passou a priorizar as condições institucionais (sistema partidário, distorções profundas na forma da representação, sistema eleitoral e forma das campanhas eleitorais), fazendo com que a vida partidária e as vitórias eleitorais tivessem maior importância que as lutas sociais e as críticas ao capitalismo. Todavia, a questão fundamental na mudança ideológica do PT não se concentra na entrada da arena político-institucional, mas está no abandono de suas bandeiras ideológicas de origem, e principalmente na distância dos movimentos sociais. Criou-se uma certa dicotomia nos partidos de esquerda: ou se participa nas campanhas eleitorais ou se faz luta no seu sindicato, como se houvesse essa dicotomia...não. Uma complementa a outra. Talvez esse seja o pior erro dos partidos que priorizavam a via institucional; ela faz parte da vida das pessoas, nós vamos debater sempre, vamos participar sempre. O problema é ter abandonado o outro lado, a luta de massas. Porque são as lutas de massa que a acumulam força, que educam as massas; os militantes e os quadros são educados na formação política, mas as massas são educadas na luta. E, quando não se prioriza as lutas de massa, abandona-se também a concepção de que o povo é e deve ser o principal ator político para as mudanças. (Guimarães, 2006: 159). A distância do Partido dos Trabalhadores em relação aos movimentos sociais, em prol de uma certa governabilidade, se dá de uma forma ambígua, porque, da mesma forma que se afastou dos movimentos mais à esquerda, o partido se aliou àquelas organizações de trabalhadores que pautavam suas ações na negociação e pactos com o empresariado. Ao analisarmos entrevistas de militantes ou dirigentes da CUT, há uma ênfase no fato de que o governo Lula favoreceu as ações de movimentos sociais. Em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo, o atual dirigente da CUT, Artur Henrique Silva Santos, afirma que o governo Lula ampliou o espaço para o diálogo e negociação com os movimentos sociais: O ponto positivo deste governo foi abrir espaço de diálogo e negociação com os movimentos sociais. Durante o governo FHC, e mesmo em São Paulo, não se

15 conseguia nem sequer conversar e negociar. (...) Agora, é obrigada a apresentar alternativas, tem de ser propositiva. Em várias áreas, como na reforma agrária, na questão da Previdência, da saúde, é preciso haver mudanças claras de rumos quando se fala no papel do Estado. (Folha de São Paulo, 09/07/2006). Quanto ao apoio a Lula na próxima eleição, o dirigente da CUT garante que a pressão por parte dos movimentos sociais deve continuar em demandas por mudanças. Todavia notamos que é uma posição ambígua, visto que, o projeto cupulista direcionado pela CUT aos demais sindicatos, apoiavam as reformas propostas na área trabalhista, e que estas reduziam direitos dos trabalhadores. Dessa forma, a relação que se estabelece entre os sindicatos e o governo, apontam para uma conciliação de interesses, ou pacto harmônico, que reduz o debate sobre a luta de classes, relação capital-trabalho, para propostas que são acomodadas ao sistema capitalista. Considerações Finais As reformas no interior dos Estados e as mudanças no âmbito das lutas sociais emergem como eventos inter-relacionados a processos mais globais. A nova ordem da dominação centralizada em organismos internacionais, empresas e blocos econômicos regionais impõem aos Estados interesses que são deletérios aos processos de democratização. No bojo deste processo, os partidos de esquerda, suas lideranças assim como o programa político de outras organizações de esquerda, encontram como desafio a ideologia dominante que, quando não restringe, acomoda institucionalmente elementos importantes destas organizações. A ascensão de governos de orientação de esquerda ao cenário político não consegue sobrepor as limitações impostas por esta nova configuração de ordem política e econômica. Todavia, a diminuição das lutas sociais constitui o problema mais emergencial para a esquerda, visto que, nestes movimentos encontra-se a orientação para a mudança, e a ampliação dos espaços de democracia.

16 Deste modo, este artigo se posiciona contra as análises mais apressadas sobre a ameaça de populismo na América Latina. As dimensões estruturais que já vinham ocorrendo nos países latino-americanos, no que tange as reformas estatais e a falta de confiabilidade do eleitorado perante os políticos tradicionais, tornaram possível a vitória eleitoral de figuras com trajetória política de orientação de esquerda. Estes elementos são mais significativos na orientação das análises políticas do que dotes pessoais, carisma e popularidade associada ao apelo popular destes políticos eleitos. Neste sentido, o caráter personalista não explica fenômenos como a eleição de Lula, Hugo Chávez, Evo Morales, Michelle Bachellet, entre outros; e os compromissos destes governos com as instituições internacionais e com os trabalhadores dos respectivos países. As manifestações nos países da América Latina não entraram em refluxo, o desafio enfrentado pelos movimentos de massa está na ampliação do poder de luta destes movimentos, que assim como o as transformações no Estado deslocaram seu poder de demanda. Com as mudanças no interior dos Estados, tornou-se provável que as manifestações de trabalhadores partissem de funcionários públicos, e até mesmo de movimentos campesinos, visto que, o operariado em menor número, e em desvantagens sindicais encontram-se atrelados a um problema de ordem estrutural. O grande problema da esquerda hoje é explicar o declínio do movimento revolucionário mundial depois de 1975, desde esta data, instaurou-se um processo de reversão e reação que foi muito além do desaparecimento dos regimes comunistas. Em todos os continentes, as forças revolucionárias bateram em retirada, derrotadas ou convertidas à política capitalista. Nunca, nos últimos dois séculos, um processo contra-revolucionário tão abrupto e profundo teve tanto sucesso na alteração do mapa político global. (Petras, 1995: 17). Como destacou o autor, outro grande desafio está nas ideologias de esquerda, que longe da ameaça de desaparecimento, precisa lidar com situações bem diferentes daquelas vivenciadas por seus principais ideólogos. Contra as afirmações de refluxo dos movimentos sociais nestes países, podemos enumerar alguns casos, como o da Bolívia onde sindicatos e outros

17 movimentos de massa, pressionam o governo de Evo Morales para o cumprimento de suas promessas presidenciais, e aumento de salários dos trabalhadores e funcionários públicos. Na Venezuela as manifestações se dão entre os trabalhadores e as classes burguesas locais, e a massa de trabalhadores que apóiam Chávez. No Chile, meses após a vitória de Michelle Bachellet, emergiu a maior mobilização social desde a década de 1990, a ameaça de greve geral proposta por estudantes secundaristas por transporte gratuito e outras demandas, resultou em apoio de Bachellet na criação de um conselho de discussão e participação para reformas educacionais e outras questões proposta pelos estudantes. No Brasil, durante todo o governo Lula, manifestações e movimentos ocorreram, principalmente do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), dos trabalhadores do funcionalismo público, e mesmo dos trabalhadores e sindicatos ligados à CUT. Embora realmente tenha havido uma redução das mobilizações visto que, grande parte dos sindicatos ficaram atrelados às decisões cupulistas no que se refere às reformas, outras manifestações ocorreram como oposição ao cupulismo, como a criação de uma nova confederação dos trabalhadores chamada CONLUTA (Coordenação Nacional de Lutas), para fazer oposição às alianças adotadas pelo governo Lula e às políticas neoliberais. Apesar das manifestações não terem cessado, e a dimensão seja pequena em virtude dos problemas relacionados ao declínio do poder dos trabalhadores e das ideologias de esquerda, como tínhamos experimentado em tempos passados, é importante ressaltar que a resistência continua a se fazer presente a tantos desafios. Bibliografia ALMEIDA, Lúcio Flávio R. (2005). Exorcismo ideológico e abuso das noções de globalização e governabilidade. Lutas Sociais 13/14. São Paulo. p

18 ANTUNES, Ricardo (2005). O estancieiro, o príncipe e o artífice: construção e desconstrução da legislação social no Brasil. Margem Esquerda n.º 05. São Paulo: Boitempo. pp BOITO JR., Armando (1999). Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. São Paulo: Xamã. FOLHA DE SÃO PAULO. CUT promete dar apoio crítico a Lula. 09/07/2006. Caderno Dinheiro, pág. B10. GUIMARÃES, Juarez (2006). Entrevista com João Pedro Stédile. Sair da crise com a energia do povo. In: GUIMARÃES, J (org). Leituras da crise: diálogos sobre o PT, a democracia brasileira e o socialismo. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. pp MUNCK, Gerardo Luis (1997). Formação de Atores, coordenação social e estratégia política: problemas conceituais do estudo dos movimentos sociais. In: DADOS - Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol.40, n.º 01. pp PETRAS, James (1995). Ensaios contra a ordem. Trad. Dinah de Abreu Azevedo e Cláudia Schilling. São Paulo: Scritta. RANCIÈRE, Jacques (1996). O desentendimento: política e filosofia. Trad. Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed. 34. SADER, Emir (2005). A crise do PT, a direita e a esquerda. Disponível em: Acesso em: 27/06/2006. SILVER, Beverly J. (2005). Forças do Trabalho: movimentos de trabalhadores e globalização desde Trad. Fabrizio Rigout. São Paulo: Boitempo. WOOD, Ellen (2003). O demos versus nós, o povo : das antigas às modernas concepções de cidadania. In: WOOD, E. Democracia contra capitalismo. São Paulo: Boitempo. pp TARROW, Sidney (1998). Power in movement: social movements and contentious politics. 2.º ed. New York: Cambridge University Press. TILLY, Charles (1996). Coerção, capital e estados europeus. Trad. Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: EDUSP.

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