Efeitos de dois procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa

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1 Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO Efeitos de dois procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa Diogo Esmeraldo Cavalcanti Belém, Pará 2012 i

2 Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO Efeitos de dois procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa Diogo Esmeraldo Cavalcanti Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento como requisito para a obtenção de título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho Belém, Pará 2012 ii

3 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Biblioteca Central da UFPA- Belém- PA Cavalcanti, Diogo Esmeraldo Efeitos de dois procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa / Diogo Esmeraldo Cavalcanti Orientador : Emmanuel Zagury Tourinho Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Pará, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Análise do comportamento.2. Cultura. I.Título. CDD 22. ed.: iii

4 A Mercedes Carvalho. iv

5 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer, em primeiro lugar, aos meus pais. O cuidado sempre doado, o afeto e investimento direcionados, possibilitaram a minha formação acadêmica e, principalmente, a formação do meu caráter. A minha irmã, Gisa, pela atenção, cuidado, carinho, força e, mais importante, sua amizade. A Aninha, pela cumplicidade, apoio, compreensão, carinho, amor e, de maneira extensa, os aprendizados. Sua ajuda neste processo foi notável e inesquecível, em muitos sentidos. A meu padrinho, Dudu, pelo importantíssimo apoio no início desta caminhada e pela força dada em diversos momentos de minha vida, tanto antes quanto durante os dois anos de mestrado. Aos familiares que, mesmo distantes, forneceram apoio e torcida nesta caminhada. A Sidnei, Gisela, Ana Cláudia, Edgard, Mychele, Paulinha, Conceição, Bruno, Verônica e todos aqueles que me apoiaram e me deram forças para começar essa caminhada, e por serem uma audiência muito reforçadora. A minha família belenense, Felipe e Lidianne. Ainda que haja agradecimentos particulares a cada um (e, em parte, já saibam), acredito que agora posso falar para os dois. Creio que dificilmente haveria melhor química entre pessoas que nunca me conheceram e, de repente, dividiram apartamento, dificuldades, segredos, problemas, dívidas, alegrias e tristezas de modo tão fluido e saudável. O acolhimento de vocês será inesquecível. v

6 A Emanuel, por ter se tornado um membro da minha família de afeto. Pela sua grande amizade, companhia e apoio em momentos difíceis e também nos bons e inusitados. Faltam-me palavras para descrever sua importância nesta caminhada. A Christian, pela excelente companhia e amizade. Além de ser inspiração em muitos aspectos. Seu maior erro foi se mudar daqui! A Natália, pela amizade, confiança, força, importantíssima ajuda em momentos de dificuldade e pela companhia em bons momentos de passeios pela cidade adotada durante dois anos. A Paulo e Gi, pelo acolhimento, amizade, risadas, apoio, companhias para caminhadas e almoços. Pela amizade que gostaria de levar para a vida. A Pedro, pela amizade, companhia, confiança, partidas emocionantes de futebol no computador, e pelo inestimável apoio e ajuda durante o mestrado e, principalmente, na reta final. A Pati, pela ajuda também inestimável neste processo. Sem ela seria muito mais difícil conseguir participantes que se dispusessem a ficar horas no laboratório. Agradeço muito a atenção e a amizade. A Segundo, grande companhia e amizade em muitos momentos durante esta caminhada. A Jackie, pela importante companhia, carinho e atenção dedicados a mim. Ao grupo de pesquisa pela ajuda nas coletas, conversas, risadas e companhia nos dias de laboratório. Aos participantes dos experimentos, pela paciência e disposição. Ao meu orientador, Emmanuel Tourinho, pela paciência e sabedoria na condução das orientações. vi

7 Aos professores que participaram ativamente nestes dois anos de formação: Carlos Barbosa, Marcus Bentes e Grauben Assis. Por fim, agradeço à banca de defesa por aceitar o convite e contribuir com o enriquecimento do trabalho: Maria Amália Andery e Marcelo Benvenuti. Há muito mais pessoas que gostaria de agradecer com recados pessoais e pequenas lembranças da importância de cada um. Lamentavelmente não parece ser adequado colocar todas aqui, mas tentarei pelo menos citá-las para que saibam que foram importantes para mim: Liane, Aécio, Delage, Aline, Tati, Inaê, Fabrício, Marília, Nilzabeth, Emmerson, Luiz Henrique, Álvaro, Kenji, Peixe, Vinícius, Tiago, Penna, Emerson e talvez mais alguns outros que minha memória não tenha contribuído para trazer. A todos que tiveram importância na minha formação acadêmica e pessoal ao longo dos anos. vii

8 Trabalho parcialmente financiado pela CAPES. viii

9 Esmeraldo, D. C. (2012). Efeitos de dois procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa. Dissertação de Mestrado. Belém: Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Resumo A Análise Comportamental da Cultura constitui um campo de estudos recente na Análise do Comportamento e teve seu início marcado pela formulação do conceito de metacontingências por S. Glenn. Estudos experimentais acerca de processos comportamentais no terceiro nível de seleção têm procurado aferir correlatos no nível cultural de processos já conhecidos relativos ao comportamento de organismos individuais. O presente trabalho constitui uma iniciativa desse tipo, tendo como foco o procedimento conhecido como aproximação sucessiva. Foram realizados dois experimentos para avaliar os efeitos de procedimentos de aproximação sucessiva sobre a seleção de práticas culturais complexas. O primeiro procedimento (Experimento 1) consistiu em aumentar gradualmente a complexidade ambiental (aumento gradual dos critérios de produção da conseqüência cultural) e o segundo (Experimento 2) consistiu no aumento simultâneo e gradual da complexidade ambiental e de componente (aumento gradual de participantes). No Experimento 1 os resultados indicaram a eficácia do procedimento de aumento gradual da complexidade ambiental para a modelagem de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) não produzidas pela exposição direta à metacontingência mais complexa. O Experimento 2 foi encerrado por tempo prolongado de exposição à tarefa sem a produção do entrelaçamento alvo. O resultado sugere que a progressão simultânea de várias dimensões da complexidade do entrelaçamento pode comprometer a eficácia do procedimento de aproximação sucessiva na produção de unidades culturais complexas. Todavia, certas características do procedimento empregado no Experimento 2 sugerem que outras variáveis (como a alternância das funções dos membros do grupo) podem ter concorrido com o procedimento de aproximação sucessiva e comprometido sua eficácia. Palavras-chave: Metacontingências, aproximação sucessiva, contingências comportamentais entrelaçadas complexas, produto agregado, conseqüência cultural. ix

10 Esmeraldo, D. C. (2012). Effects of two successive approximation procedure on the selection of a complex cultural practice. Degree Dissertation. Belém: Universidade Federal do Pará, Graduate Program in Behavior Theory and Research. Abstract The Behavioral Analysis of Culture is a recent field of study in Behavior Analysis and had its beginning marked by the formulation of the concept of metacontingencies by S. Glenn. Experimental studies on behavioral procedures on the third level of selection have been looking to evaluate at the cultural level relations to known processes concerning the behavior of individual organisms. This study represents one such initiative, focusing on the procedure known as successive approximation. There were two experiments to evaluate the effects of the successive approximation procedures on the selection of complex cultural practices. The first procedure (Experiment 1) consisted of gradually increase environmental complexity (gradual increase of the production criteria of the cultural consequence) and the second (Experiment 2) consisted of increasing simultaneously and gradually the environmental complexity and the component complexity (increase gradual participants). In Experiment 1, the results indicated the efficacy of the procedure of gradually increasing the environmental complexity for "modeling" of interlocking behavioral contingencies (IBCs) not produced by direct exposure to the more complex metacontingency. The Experiment 2 was terminated by prolonged exposure to the task without producing the targeted interlocked contingencies. The result suggests that the simultaneous increase of several dimensions of the IBCs complexity can compromise the effectiveness of the successive approximation procedure in the production of complex cultural units. However, certain features of the procedure employed in Experiment 2 suggest that two other variables (such as the switching functions of members of the group) may have competed with the successive approximation procedure and compromised its efficiency. Key-words: metacontingency, successive approximation, complex interlocked behavioral contingencies, aggregate product, cultural consequence. x

11 Sumário Resumo... ix Abstract... x Apresentação... 1 ARTIGO Introdução Método Participantes e recrutamento Ambiente experimental Matriz utilizada Os Ciclos de Tentativas Duração das sessões Contingências Operantes e Metacontingências As Instruções O delineamento experimental Condição 4 Critérios Condição Aproximação Sucessiva Condição 4 Critérios Dados coletados Resultados e Discussão Considerações finais Referências ARTIGO Introdução Método Participantes e recrutamento Ambiente experimental Matriz utilizada Os Ciclos de Tentativas Duração das sessões Contingências Operantes e Metacontingências As Instruções xi

12 O delineamento experimental Condição 4 Participantes Condição Aproximação Sucessiva Condição 4 Participantes Dados coletados Resultados e Discussão Considerações finais Referências Discussão Geral Referências ANEXOS Anexo I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Anexo II Cartela para os carimbos xii

13 Apresentação Holland (1978) analisou criticamente, entre outras questões, o comportamento dos analistas de comportamento em relação ao sistema social no qual estavam inseridos e suas concepções filosóficas e teóricas. O autor afirmava que a Análise do Comportamento era mal compreendida enquanto construção teórica capaz de apresentar uma visão da humanidade (p. 163) característica de um reformador social. Partiu, então, desta premissa para tentar demonstrar como a fonte deste problema, a má compreensão, residia, em grande parte, na interação dos analistas comportamentais com as estruturas sociais e não na teoria em si. Seu argumento era que a Ciência do Comportamento poderia ser parte da solução para os problemas humanos, mas para isso seria demandado de seus representantes o choque contra o sistema social estratificado, ou seja, contra os principais fornecedores de recursos para estes mesmos profissionais. Holland (1978) afirmava ser necessária uma extensa e vigorosa análise das condições controladoras de comportamentos e práticas na sociedade como primeiro passo para a consolidação da Análise do Comportamento como parte da solução. O autor apontou que tal iniciativa revelaria contradições profundas e problemas na ideologia individualista e de maximização de ganho pessoal. Tais análises possibilitariam conduzir a sociedade para um modo de funcionamento mais igualitário, no qual comportamentos seriam avaliados segundo o critério de utilidade para os outros (p. 173). Comportamentos destoantes seriam condenados pelo próprio grupo, de modo que este auto-gerenciaria a modelagem de comportamentos úteis e a supressão de repertórios denominados de doenças sociais (p. 173). Este tipo de otimismo presente em Holland (1978) também pode ser encontrado em textos de Skinner (1948/1975, 1953/2005, 1989/1995), como quando ele afirma, por exemplo, que avanços em ciência e tecnologia poderão resolver nossos problemas (Skinner, 1989/1995). 1

14 As publicações analítico-comportamentais voltando-se para temáticas sociais e/ou culturais denotam um crescente interesse por geração de conceitos e tecnologias para uso social, como pode ser observado em algumas obras de Skinner (1948/1975, 1953/1970, 1957/1992, 1968/1972, 1971/2000, 1978, 1989/1995) e de outros autores (Andery & Sério, 1999; Glenn, 1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Houmanfar & Rodrigues, 2006; Mattaini, 2006; Pereira, 2008; Tadaiesky, 2010; Tourinho, 2009; Vichi, Andery, & Glenn, 2009;). A produção relacionada à temática cultural apresentou, até o ano de 2004, uma ênfase maior em um campo de pesquisa conceitual. Mattaini (2006) apontou que a ciência da análise cultural estava no ponto em que deveria ir além dos trabalhos conceituais por duas razões. A primeira é que sem testes experimentais não há fundamentação empírica para responder as questões científicas mais importantes ou para determinar quais das múltiplas formulações teóricas levarão a mais avanços na ciência. O autor ainda enfatiza o risco de que, sem fortes programas de pesquisa empírica, os analistas de comportamento interessados nos fenômenos do nível cultural vão ser marginalizados como românticos e uma verdadeira ciência de análise cultural, aplicada ou não, tardará a se desenvolver. A segunda razão refere-se às motivações dos interessados na análise de fenômenos culturais. Segundo ele, muitos destes analistas se aproximaram desta ciência porque queriam promover impactos em questões sociais importantes, mas para isso de fato ocorrer será necessária uma ciência aplicada e tal ciência requer experimentação. Mattaini (2006) aponta que a direção mais promissora para a ciência aplicada de análise cultural, em curto prazo, é a tentativa de mudar práticas culturais simples. A segunda direção enfatizada pelo autor é a ênfase nos estudos observacionais, incluindo os registros de estudiosos de outras áreas. O autor ainda aponta que é importante ter muitas frentes teóricas e investigativas nesta jovem sub-disciplina, mas as formulações 2

15 mais promissoras provavelmente serão as que se aproximarem das comumentemente tomadas pelas outras ciências naturais: estudos observacionais e experimentais para refinamento conceitual e testes de hipóteses fornecidas pelo refinamento. Os conceitos elementares empregados nos estudos de Análise Comportamental da Cultura, que serão detalhados em seguida, são: comportamento social, contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), cultura e metacontingências. O comportamento social foi definido por Skinner (1953/2005) como comportamento de duas ou mais pessoas em relação uma à outra ou em conjunto em relação ao ambiente comum (p. 297). Neste capítulo sobre o comportamento social, Skinner (1953/2005) apresenta conjecturas acerca do estudo de grupos a partir de uma ciência natural. Ele afirma que a questão é estender a análise do comportamento individual para grupos. No entanto, tal extensão não significaria generalizar as formulações ou tratar de novos processos ou princípios; a novidade neste caso, segundo Skinner (1953/2005), poderia ser o outro nível de descrição (p. 297). Este distinto nível de descrição não foi investigado empiricamente por Skinner, embora ele tenha fornecido substrato conceitual para que o mesmo pudesse ser concebido. O trabalho pioneiro de Glenn (1986) partiu em grande parte das formulações skinnerianas e contribuiu no avanço conceitual do estudo de práticas culturais. No entanto, os conceitos apresentados por esta autora ainda estão em revisão e o empenho de Glenn (1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Glenn & Mallot, 2004) e de outros analistas do comportamento (Mattaini, 2006; Houmanfar & Rodrigues, 2006) exemplifica isso. Este trabalho parte de formulações mais recentes dos conceitos para propor um problema a ser investigado experimentalmente. Glenn (2004) define o fenômeno cultura como padrões de comportamento aprendido transmitidos socialmente, assim como os produtos destes comportamentos 3

16 (objetos, tecnologias, organizações etc) (p. 139). Segundo a autora, o lócus dos fenômenos culturais é supraorganísmico, visto que envolve repetição de comportamentos interrelacionados entre dois ou mais organismos e o comportamento de um funciona sucessivamente como antecedente ou conseqüência nas contingências operantes do comportamento de outro. Estas inter-relações comportamentais foram denominadas de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs). Tal definição se aproxima da de comportamento social (Skinner, 1953/1970), mas implica a análise de CCEs como unidades funcionais, ou seja, que ocorrem em uma determinada situação e que podem produzir ou não uma conseqüência específica que altera sua probabilidade de ocorrência (ou seja, a probabilidade de ocorrência da CCE, não da resposta de um organismo em particular) em situações similares no futuro. A relação de dependência funcional entre as CCEs e suas conseqüências (denominadas de produto agregado - PA) é o que define a metacontingência (Glenn, 2004). De acordo com esta definição, o que evolui não são linhagens de comportamentos individuais recorrentes, mas sim as linhagens de CCEs e seus produtos agregados funcionando como uma unidade integrada. É importante ressaltar que a ocorrência de CCEs não implica necessariamente a ocorrência de um produto agregado. Quando tal relação funcional for observada se está diante de uma relação de metacontingência e o foco de análise se volta para a seleção de práticas culturais. Em uma complementação do conceito de metacontingências, e sua possível aplicação no contexto organizacional, Glenn e Mallot (2004) acrescentaram o sistema receptor (p. 100) e o definiram como o recipiente para o produto agregado e responsável pela liberação da consequência cultural, que então tem a função de seleção das CCEs e seu produto agregado. Esta complementação ocorreu em um contexto de análise de organizações, as quais são denominadas de entidades culturais mais complexas. Em configurações mais simples da 4

17 metacontingência o produto agregado coincide com a conseqüência cultural e não há um elemento adicional. A discussão sobre a complexidade de tais fenômenos será retomada adiante. As formulações teóricas a respeito de relações de metacontingência começaram a ser empiricamente avaliadas recentemente a partir do escopo teórico da análise do comportamento. É importante apontar que alguns pesquisadores de fora da análise do comportamento contribuíram notadamente com experimentos empíricos sobre a temática cultural, visto que já desenvolviam estudos sobre o comportamento de pessoas em grupo em microculturas em ambiente controlado (e.g., Judson & Gray, 1990; Gray, Judson, & Duran-Aydintug, 1993). Estes estudos demonstraram que manipulações em uma conseqüência contingente ao desempenho de díades, que eles chamaram de conseqüência ambiental, geravam mudanças na forma como os componentes das díades se comportavam um em relação ao outro. Ou seja, contribuíram com descrições de procedimentos que fundamentaram o primeiro estudo com o conceito de metacontingência, a ser descrito a seguir. Vichi, Andery e Glenn (2009) relatam o primeiro experimento com microculturas em laboratório sob enfoque analítico-comportamental e o conceito de metacontingências. Este experimento conseguiu demonstrar a seleção de linhagens culturais. O objetivo do estudo foi avaliar a possibilidade de modificar os padrões de alocação de recursos de um pequeno grupo (CCEs) manipulando uma conseqüência contingente a tal padrão. Havia dois grupos de quatro participantes e a tarefa à qual foram expostos era apostar fichas e escolher uma linha em uma matriz de oito linhas por oito colunas. Mais especificamente, cada participante escolhia apostar entre 3 e 10 fichas e o grupo decidia qual linha da matriz escolheria. Em seguida o experimentador escolhia uma coluna na matriz e, se na intersecção entre a linha e a coluna houvesse um 5

18 sinal positivo (+), o grupo recebia o dobro de fichas apostadas. Se na intersecção houvesse um sinal negativo (-), o experimentador devolvia apenas metade das fichas apostadas. Depois de anunciado o resultado da aposta os jogadores deveriam dividir os ganhos entre si. A instrução aos participantes era de que a escolha do experimentador dependia de um sistema complexo de regras e que o grupo deveria descobrir este sistema para conseguir ganhar. No entanto, o sistema complexo de regras era, na verdade, a escolha do experimentador sempre com base na última divisão de ganhos realizada pelo grupo. Se a condição experimental vigente fosse divisão igual (Condição A), o experimentador escolhia uma coluna que resultasse em sinal positivo sempre que o grupo tivesse dividido igualitariamente os ganhos na jogada anterior. Da mesma forma, caso a condição experimental fosse de divisão desigual (Condição B), o experimentador escolhia uma coluna que resultasse em sinal positivo somente se o grupo tivesse dividido desigualmente os ganhos na jogada anterior. O delineamento experimental foi do tipo A-B-A-B para o Grupo 1 e B-A-B para o Grupo 2. No final do experimento, os participantes recebiam um questionário sobre as contingências experimentais. O critério para a mudança de condição era o alcance de estabilidade, a qual foi definida como dez acertos (definidos como a produção de consequências culturais positivas) consecutivos. Tal seqüência de acertos indicaria que o grupo havia se adequado à condição experimental em vigor. O experimentador poderia intervir em algumas ocasiões se o grupo estivesse errando repetidamente. As intervenções tinham como objetivo forçar o grupo a dividir as fichas de acordo com a condição em vigor e, portanto, entrar em contato com a metacontingência. Isto era feito a partir da caixa dos jogadores. A cada jogada os jogadores deveriam depositar uma parte dos ganhos nesta 6

19 caixa e dividir o resto. O experimentador, no entanto, poderia definir, em algumas jogadas, quantas fichas os jogadores deveriam colocar na caixa de modo que as fichas restantes (três para a condição desigual e quatro para a condição igual) teriam que ser divididas de acordo com a condição em vigor. Vichi e cols. (2009) encontraram que o desempenho do grupo foi sensível às condições para a produção da consequência cultural, ou seja, as práticas de divisão de ganhos se adequavam à condição experimental em vigor. Os questionários aplicados no final dos experimentos indicaram que os participantes não conseguiram descrever as contingências em vigor. Vichi e cols. (2009) mostraram, portanto, que práticas culturais simples podiam ser manipuladas em microculturas de laboratório. Desde então foram desenvolvidos diversos estudos experimentais com manipulações de variáveis que, além de replicarem parcialmente os achados de Vichi e cols. (2009) acerca da relação de metacontingência entre CCEs+PA e conseqüência cultural, produziram alguns novos dados sobre diferentes aspectos desta relação (e.g., Bullerjhan, 2009; Caldas, 2009; Leite, 2009; Pereira, 2008; Oda, 2009; Tadaiesky, 2010). Um aspecto importante no estudo de fenômenos sociais é a complexidade, a qual pode ser avaliada em termos de números de elementos envolvidos no fenômeno, como se verá a seguir. CCEs, segundo Glenn e Malott (2004), são os blocos de construção da complexidade cultural. Ao se referirem às organizações (definidas como entidades culturais) estas autoras consideram três tipos de complexidade: ambiental, de componente e hierárquica. A complexidade ambiental diz respeito à quantidade de variáveis externas ao entrelaçamento que pode afetá-lo de alguma forma. As autoras sugerem regulações governamentais, fusões de empresas, falências, guerras, mudanças na competição e modificações climáticas como alguns exemplos (Glenn & Malott, 2004). 7

20 A complexidade de componente relaciona-se à quantidade de elementos que constituem uma organização. Ou seja, quanto mais pessoas participam das contingências entrelaçadas, mais complexa é a organização (Glenn & Malott, 2004). A complexidade hierárquica nas organizações está relacionada à quantidade de níveis de administração ou relações entre as partes que constituem tais entidades culturais. Glenn e Malott (2004) afirmam que as organizações são constituídas de sistemas e subsistemas, os quais podem ter subsistemas próprios. O argumento é que quanto mais divisões desse tipo existam, mais complexa é a organização. A questão da complexidade é discutida também por Tourinho (2009). Este autor afirma que as redes extensas de interdependência nas sociedades individualizadas configuram fenômenos sociais com alto grau de complexidade. O paralelo feito entre sociedades mais complexas e outras mais simples pode ser estendido para a comparação entre fenômenos sociais mais complexos e aqueles criados em laboratórios de pesquisa. Enquanto no nível simples é possível descrever o fenômeno social com mais precisão, a mesma tarefa aplicada a níveis mais complexos é ainda pouco viável. De acordo com os três tipos de complexidade descritas por Glenn e Malott (2004) é notável que os experimentos realizados em laboratório tenham analisado análogos de práticas culturais mais simples, ou seja, com poucos componentes, poucas variáveis externas relevantes e pouca ou nenhuma divisão hierárquica entre os participantes. Tais restrições, sem dúvida, são essenciais, dado o estágio ainda inicial de desenvolvimento de pesquisas sobre fenômenos sociais na análise do comportamento, uma vez que permitem maior controle experimental e isolamento de variáveis. É interessante, entretanto, que as análises possam ser realizadas sobre fenômenos cada vez mais complexos, visto que a sociedade sobre a qual se pretende intervir, em última instância, é extremamente complexa. 8

21 Diante deste contexto, dois estudos são destacados como pontos de partida para a investigação aqui proposta: o trabalho realizado por Bullerjhan (2009) e o realizado por Tadaiesky (2010). Aproximação sucessiva a um entrelaçamento alvo foi uma característica observada em ambos os experimentos de Bullerjhan (2009) e Tadaiesky (2010) e é um aspecto similar ao observado em procedimento de modelagem de comportamento operante. A modelagem é um procedimento de aprendizagem operante, ou seja, no segundo nível de seleção, no qual comportamentos são instalados através do reforçamento diferencial de aproximações sucessivas ao comportamento alvo (Catania, 1999). Uma questão pode ser colocada diante destes argumentos: é possível aumentar a probabilidade de ocorrência de contingências comportamentais entrelaçadas mais complexas por aproximações sucessivas, aumentando gradualmente os graus de complexidade? Assim, este trabalho partiu desta questão para avaliar, baseado nas classificações de complexidade de Glenn e Mallot (2004), os efeitos de dois procedimentos que envolveram aproximações sucessivas a um entrelaçamento-alvo previamente estabelecido: um por aumento gradual dos critérios de produção da conseqüência cultural (complexidade ambiental) e outro por aumento gradual simultâneo do número de participantes (complexidade de componente) e das exigências para produção da consequência cultural (complexidade ambiental). O cumprimento deste objetivo foi dividido em dois estudos relatados em dois artigos independentes, um relativo a cada experimento. Os estudos encontram-se descritos a seguir. 9

22 ARTIGO 1 Efeitos de um procedimento de aproximação sucessiva por aumento gradual de complexidade ambiental sobre a seleção de uma prática cultural complexa Resumo A Análise Comportamental da Cultura constitui um campo de estudos recente na Análise do Comportamento e teve seu início marcado pela formulação do conceito de metacontingências por S. Glenn. Estudos experimentais acerca de processos comportamentais no terceiro nível de seleção têm procurado aferir correlatos no nível cultural de processos já conhecidos relativos ao comportamento de organismos individuais. O presente trabalho constitui uma iniciativa desse tipo, tendo como foco o procedimento conhecido como aproximação sucessiva. Realizou-se um experimento para avaliar os efeitos de um procedimento de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa. O procedimento consistiu em aumentar gradualmente a complexidade ambiental (aumento gradual dos critérios de produção da conseqüência cultural). Os resultados indicaram a eficácia do procedimento de aumento gradual da complexidade ambiental para a modelagem de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) não produzidas pela exposição direta à metacontingência mais complexa. Palavras-chave: contingências comportamentais entrelaçadas, aproximação sucessiva, complexidade, seleção cultural Introdução A quantidade de pesquisas e publicações analítico-comportamentais voltando-se para temáticas sociais e/ou culturais denota um crescente interesse por geração de conceitos e tecnologias para uso social, como pode ser observado em algumas obras de Skinner (1948/1975, 1953/1970, 1957/1992, 1968/1972, 1971/2000, 1978, 1981, 1989/1995) e de outros autores (e.g. Andery & Sério, 1999; Bullerjhann, 2009; Glenn, 1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Houmanfar & Rodrigues, 2006; Leite, 2009; Mattaini, 2006; Pereira, 2008; Tadaiesky, 2010; Tourinho, 2009; Vichi, Andery, & Glenn, 2009;). A produção em Análise do Comportamento relacionada à temática cultural apresentou, até o ano de 2004, uma ênfase maior em um campo de pesquisa conceitual. Em 2006, 10

23 Mattaini (2006) apontou que a ciência da análise cultural estava no ponto em que deveria ir além dos trabalhos conceituais, por duas razões. A primeira é que sem testes experimentais não há fundamentação empírica para responder as questões científicas mais importantes ou para determinar quais das múltiplas formulações teóricas levarão a mais avanços na ciência. A segunda razão refere-se às motivações dos interessados na análise de fenômenos culturais. Segundo ele, muitos destes analistas do comportamento se aproximaram desta ciência porque queriam promover impactos em questões sociais importantes, mas para isso de fato ocorrer seria necessário uma ciência aplicada e tal ciência requer, primeiro, experimentação. Os conceitos básicos empregados nos estudos de Análise Comportamental da Cultura, discutidos adiante, são: comportamento social, contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), cultura e metacontingências. O comportamento social foi definido por Skinner (1953/2005) como comportamento de duas ou mais pessoas em relação uma à outra ou em conjunto em relação ao ambiente comum (p. 297). O trabalho pioneiro de Glenn (1986) partiu em grande parte das formulações skinnerianas e contribuiu para o avanço conceitual do estudo de práticas culturais. Os conceitos propostos têm sido testados e discutidos por ela mesma (Glenn, 1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Glenn & Mallot, 2004) e por outros analistas do comportamento (Mattaini, 2006; Houmanfar & Rodrigues, 2006). Glenn (2004) define o fenômeno cultura como padrões de comportamento aprendido transmitidos socialmente, assim como os produtos destes comportamentos (objetos, tecnologias, organizações etc.) (p. 139). Segundo a autora, o lócus dos fenômenos culturais é supraorganísmico, visto que envolve repetição de comportamentos interrelacionados entre dois ou mais organismos e o comportamento de um funciona sucessivamente como antecedente ou conseqüência nas contingências 11

24 operantes do comportamento de outro. Estas inter-relações comportamentais foram denominadas de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs). Tal definição se aproxima da de comportamento social (Skinner, 1953/1970), mas implica a análise de CCEs como unidades funcionais. A relação de dependência funcional entre as CCEs e suas conseqüências (denominadas de produto agregado - PA) é o que define a metacontingência (Glenn, 2004). Nas metacontingências, o que evolui não são linhagens de comportamentos individuais recorrentes, mas as linhagens de CCEs e seus produtos agregados funcionando como uma unidade integrada. Em uma complementação do conceito de metacontingências, sua possível aplicação no contexto organizacional, Glenn e Mallot (2004) acrescentaram o sistema receptor (p. 100) e o definiram como o recipiente para o produto agregado e responsável pela liberação da consequência cultural, que então tem a função de seleção das CCEs e seu produto agregado. Em configurações mais simples da metacontingência o produto agregado coincide com a conseqüência cultural e não há um elemento adicional. Dentro deste contexto de análise de organizações, Glenn e Mallot (2004) ressaltaram um aspecto importante no estudo de fenômenos sociais: a complexidade. CCEs, segundo Glenn e Malott (2004), são os blocos de construção da complexidade cultural. Ao se referirem às organizações (definidas como entidades culturais) estas autoras consideram três tipos de complexidade: ambiental, de componente e hierárquica. A complexidade ambiental envolve a quantidade de variáveis externas ao entrelaçamento que podem afetá-lo de alguma forma. As autoras sugerem regulações governamentais, fusões de empresas, falências, guerras, mudanças na competição e modificações climáticas como alguns exemplos (Glenn & Malott, 2004). 12

25 A complexidade de componente relaciona-se à quantidade de elementos que constituem uma organização. Ou seja, quanto mais pessoas participam das contingências entrelaçadas, mais complexa é a organização (Glenn & Malott, 2004). A complexidade hierárquica nas organizações está relacionada à quantidade de níveis de administração ou relações entre as partes que constituem tais entidades culturais. Glenn e Malott (2004) afirmam que as organizações são constituídas de sistemas e subsistemas, os quais podem ter subsistemas próprios. Desse modo, quanto mais divisões e sub-divisões existirem, mais complexa é a organização. Tourinho (2009) discute a questão da complexidade afirmando que as redes extensas de interdependência nas sociedades individualizadas configuram fenômenos sociais com alto grau de complexidade, dada a quantidade de membros e a especialização de suas funções nestes tipos de sociedades. O paralelo feito entre sociedades mais complexas e outras mais simples pode ser estendido para a comparação entre fenômenos sociais mais complexos e aqueles criados em laboratórios de pesquisa. Enquanto no nível simples é possível descrever o fenômeno social com mais precisão, a mesma tarefa aplicada a níveis mais complexos é ainda pouco viável. De acordo com as três categorias de complexidade descritas por Glenn e Malott (2004), é notável que os experimentos realizados em laboratório pelos analistas do comportamento interessados em fenômenos culturais tenham abordado análogos de práticas culturais mais simples, ou seja, com poucos componentes, poucas variáveis externas relevantes e pouca ou nenhuma divisão hierárquica entre os participantes. Tais restrições, sem dúvida, são essenciais, dado o estágio ainda inicial de desenvolvimento de pesquisas sobre fenômenos sociais na Análise do Comportamento, uma vez que permitem maior controle experimental e isolamento de variáveis. É interessante, entretanto, que as análises possam ser realizadas sobre fenômenos cada vez mais 13

26 complexos, visto que a sociedade sobre a qual se pretende intervir, em última instância, é extremamente complexa. Diante deste contexto, um estudo é destacado como ponto de partida para a investigação aqui proposta: o trabalho realizado por Tadaiesky (2010). A pesquisa realizada por Tadaiesky (2010) envolveu uma tentativa de tornar o entrelaçamento desejado mais complexo para avaliar o efeito da manipulação de contingências de suporte. Tal conceito foi definido por Andery, Micheletto e Sério (2005) como contingências planejadas para dar suporte a entrelaçamentos através da manutenção do comportamento de pelo menos alguns participantes envolvidos nas CCEs por meio de conseqüências individuais. Tais contingências podem envolver comportamento verbal e são, supostamente, uma forma de instalar e manter CCEs complexas (Andery et al., 2005). O objetivo de Tadaiesky (2010), portanto, era avaliar o efeito de contingências de suporte na instalação e manutenção de contingências comportamentais entrelaçadas. O experimento de Tadaiesky (2010) foi composto de duas condições experimentais: 1) Condição Contingências de Suporte, na qual os participantes produziam consequências individuais reforçadoras contingentes à escolha de cor de ficha e de linha na matriz, quando tais escolhas atendessem os critérios de reforçamento (cada participante deveria escolher fichas de cor diferente das escolhidas pelos participantes anteriores na mesma rodada; o primeiro participante deveria escolher uma ficha de cor igual à escolhida pelo último participante da rodada anterior); e 2) Condição Metacontingências, na qual havia apenas a conseqüência de maior magnitude e referente ao desempenho do grupo: caso os critérios, apresentados acima, fossem atendidos, o desempenho do grupo era consequenciado com um bônus de quatro fichas. 14

27 Os grupos foram expostos a quatro fases com variações nas condições em vigor. Na primeira fase, apenas a Condição Metacontingências estava em vigor. Na segunda apenas a Condição Contingências de Suporte. Na terceira fase, ambas as condições estavam em vigor, ou seja, havia consequências individuais e os bônus contingentes ao desempenho do grupo. Na quarta e última fase apenas a Condição Metacontingências estava em vigor novamente. Em ambos os grupos do Experimento 1 o entrelaçamento ocorreu por 24 rodadas seguindo os critérios de reforçamento tanto na condição Contingências de Suporte quanto na condição Metacontingências. Tadaiesky (2010) afirma que as contingências de suporte foram suficientes para manter um entrelaçamento. No entanto, não foi possível verificar, segundo a autora, se a exposição prévia às Contingências de Suporte favoreceu o controle do entrelaçamento por consequências culturais. A autora atribuiu esse resultado à pouca complexidade do entrelaçamento programado. No Experimento 2, as condições Contingências de Suporte e Metacontingência eram iguais às do Experimento 1, exceto que neste havia mais cores de fichas (laranja, marrom, amarelo, lilás e rosa) e os critérios de produção da conseqüência cultural (bônus de quatro fichas) foram tornados mais complexos. O Grupo 3 foi exposto inicialmente à condição Contingências de Suporte e o Grupo 4 foi exposto à condição Metacontingências. Os dois grupos não apresentaram o entrelaçamento compatível com os critérios de produção da conseqüência cultural. Tadaiesky (2010) apontou que os resultados não indicaram diferenças de desempenho dos grupos em que vigoravam condições de metacontingências e condições de contingências de suporte. A autora discutiu a possibilidade de o entrelaçamento exigido ter sido muito complexo e sugeriu novos experimentos com complexidade mediana. Para o presente trabalho, importa a contribuição metodológica do estudo de Tadaiesky 15

28 para o planejamento de experimentos que envolvam graus diferentes (e progressivos) de complexidade dos entrelaçamentos. Tomando como base a categorização de complexidade realizada por Glenn e Mallot (2004), a manipulação de critérios de entrelaçamento para produção da consequência cultural realizada por Tadaiesky (2010) parece caracterizar uma manipulação de complexidade ambiental, com diferentes níveis de complexidade, o que pode ser útil para formular-se um procedimento de aproximação sucessiva a um entrelaçamento alvo, similar ao observado em procedimento de modelagem de comportamento operante. A modelagem é um procedimento de aprendizagem operante, ou seja, no segundo nível de seleção, no qual, grosso modo, comportamentos são instalados através do reforçamento diferencial de aproximações sucessivas ao comportamento alvo (Catania, 1999). Uma questão pode ser colocada diante destes argumentos: é possível aumentar a probabilidade de ocorrência de contingências comportamentais entrelaçadas mais complexas por aproximações sucessivas, apresentando consequências culturais contingentes ao desempenho que gradualmente se aproxima de um dado grau de complexidade? Este trabalho partiu desta questão para avaliar, baseado nas classificações de complexidade de Glenn e Mallot (2004), os efeitos de um procedimento que envolve aproximações sucessivas a um entrelaçamento de complexidade ambiental crescente. A aproximação sucessiva será caracterizada por aumento gradual do número de critérios de exigência para a produção da consequência cultural (CC). Diante do exposto, o presente estudo apresenta como objetivo a avaliação dos efeitos do aumento gradual do número de critérios para a produção da CC sobre a ocorrência e manutenção de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) tidas como complexas. 16

29 Método Participantes e recrutamento Participaram do estudo alunos de graduação provenientes de cursos diversos, à exceção do curso de graduação em Psicologia. Um grupo de quatro participantes tomou parte do estudo, dois do sexo masculino e dois do sexo feminino. Os participantes foram informados sobre a pesquisa através de contato em sala de aula e abordagem direta em corredores. Os alunos que demonstraram interesse em participar foram contatados para receber informações sobre a pesquisa e para ler e assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1). Antes do recrutamento o projeto de pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Ambiente experimental O estudo foi conduzido no Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural da Universidade Federal do Pará (LACS/UFPA Figura 1) com sede no Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. O laboratório incluiu dois ambientes, uma sala de coleta de dados, com dimensões suficientes para receber grupos de até quatro participantes, além de experimentador e auxiliar de pesquisa; e uma sala de observação e controle dos equipamentos. As duas salas eram separadas por um vidro com espelho unidirecional. Ambas continham o mobiliário (mesas, cadeiras, armários) necessário para os estudos. A sala de coleta de dados continha filmadora e TV LCD. Neste estudo a TV LCD foi usada para projeção da matriz descrita adiante. 17

30 Figura 1: Planta do Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural Matriz utilizada Para este estudo foi projetada na TV LCD uma matriz de dez linhas e dez colunas. As linhas e colunas eram sinalizadas, respectivamente, com números e letras. As linhas da matriz eram de cores diferentes alternadas (cinco cores) e na interseção de cada linha com cada coluna poderia haver uma célula sem qualquer sinal ou com um círculo. Para cada cor, havia uma linha par e uma linha ímpar. A Figura 2, abaixo, ilustra a matriz empregada. 18

31 A B C D E F G H I J Figura 2: Matriz empregada nos estudos. Os Ciclos de Tentativas Cada ciclo foi constituído por uma sequência de tentativas individuais sucessivas de escolhas de linhas e liberação de consequências pelo experimentador, compreendendo as seguintes etapas: a) solicitação do experimentador para que um dos quatro membros do grupo escolhesse uma linha; b) a escolha de uma linha por um membro do grupo; c) a escolha de uma coluna pelo experimentador; d) quando na interseção da linha escolhida pelo participante com a coluna escolhida pelo experimentador havia um círculo, o participante recebia uma ficha (trocável por dinheiro ao final do experimento); quando a célula não continha o círculo, o experimentador simplesmente passava para a etapa seguinte; e) repetição das etapas A a D para cada outro participante do grupo; f) a informação do experimentador sobre o sucesso ou insucesso do grupo para ganhar um carimbo na ficha de controle dos kits escolares (Anexo II). 19

32 O fluxo deste ciclo é representado na Figura 3, adiante. Observa-se que, embora a figura apresente a sequência de respostas de cada membro do grupo, os antecedentes do comportamento de cada um incluem respostas de outros membros do grupo, configurando contingências comportamentais entrelaçadas. Figura 3: Fluxo de um ciclo. Duração das sessões Foram realizadas três sessões. Elas duraram, respectivamente, 104 minutos, 68 minutos e 40 minutos. O número de ciclos em cada sessão variou de acordo com o tempo que o grupo passou discutindo suas escolhas. Contingências Operantes e Metacontingências Havia consequências individuais, fichas trocáveis por dinheiro, contingentes à escolha individual de linhas ímpares. Cada ficha atribuída como consequência individual foi trocada por R$0,05. É importante observar, portanto, que havia contingências operantes em vigor independentes das contingências culturais. 20

33 As consequências individuais (fichas) eram entregues ao longo das sessões e trocadas por dinheiro no final do experimento. Além de consequências individuais, foram programadas consequências culturais na forma de figuras carimbadas em uma cartela e que eram trocáveis por itens para compor um kit escolar, o qual seria posteriormente doado a uma escola da rede pública. Cada item (caneta, borracha, tesoura, lápis, entre outros) para o kit escolar teve valor aproximado de R$1,00 (os itens variavam de valor, sendo este um valor médio). Cada vez que uma consequência cultural foi produzida o experimentador carimbou uma figura de smile (desenho de um rosto sorrindo) em uma cartela sobre a mesa com o título Contribuições para o Kit Escolar (Anexo 2). Os itens para o kit escolar, bem como uma caixa vazia para depósito dos itens ao final do experimento, estavam sobre uma bancada na sala experimental, visíveis aos participantes ao longo do experimento. Ao final do experimento, os membros do grupo trocaram as cartelas com carimbos por itens escolares de livre escolha e colocaram os itens selecionados na caixa. O grupo foi informado da data, após o encerramento do experimento, em que a caixa seria embrulhada e levada à escola pública para doação, e poderia participar dessas atividades se assim desejasse. Os critérios para a produção da conseqüência cultural neste experimento consistiram em: (1) o primeiro participante escolher uma linha de cor amarela, vermelha ou verde; (2) o segundo participante escolher uma linha de cor roxa ou azul; (3) o terceiro participante escolher uma linha de cor roxa ou azul e diferente da escolhida pelo segundo no mesmo ciclo; e (4) o quarto participante escolher uma linha amarela, vermelha ou verde e diferente da escolhida pelo primeiro no mesmo ciclo. A ordem de escolhas variava. O participante que escolhia primeiro (P1) a linha na matriz no ciclo passava a ser o último no ciclo seguinte. O segundo participante (P2) 21

34 a escolher linha no ciclo passava a ser o primeiro no ciclo seguinte. O terceiro (P3) passava a ser o segundo e o quarto (P4) passava a ser o terceiro e assim sucessivamente de acordo com o exemplo na Tabela 1 abaixo. O revezamento foi feito de modo que todos os participantes ocuparam todas as posições na ordem de escolha ao longo dos ciclos em uma sessão. Tabela 1: Exemplo da ordem de escolha das linhas pelos participantes ao longo de cinco ciclos. Participantes/Ciclos 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo 4º Ciclo 5º Ciclo P1 Escolhe 1º Escolhe 4º Escolhe 3º Escolhe 2º Escolhe 1º P2 Escolhe 2º Escolhe 1º Escolhe 4º Escolhe 3º Escolhe 2º P3 Escolhe 3º Escolhe 2º Escolhe 1º Escolhe 4º Escolhe 3º P4 Escolhe 4º Escolhe 3º Escolhe 2º Escolhe 1º Escolhe 4º As Instruções As instruções sobre a tarefa foram lidas pelo experimentador na primeira sessão. A instrução especificava apenas que os jogadores deveriam escolher linhas, um de cada vez, de acordo com a ordem pré-estabelecida e descrita acima, e aguardar a escolha da coluna pelo experimentador. Os participantes foram informados sobre a possibilidade de ganhar fichas e itens escolares para doação a uma escola da rede pública. O seguinte texto era lido pelo experimentador: Vocês participarão de um estudo no qual cada um deverá escolher uma linha na matriz que se encontra exposta no monitor. Cada um deverá informar em voz alta a linha escolhida. A ordem de escolha irá variar. Depois de realizada a escolha por cada um, o pesquisador apontará uma coluna para aquela jogada. Se a célula de intersecção entre a linha escolhida e a coluna apontada pelo pesquisador for preenchida por um círculo, o participante receberá uma ficha. Ao final de cada 22

35 sessão, as fichas que cada um acumulou serão trocadas por um valor em dinheiro, sendo que cada ficha equivale a 5 centavos (R$ 0,05). Vocês poderão manter um registro de suas escolhas nas folhas disponíveis na mesa. Vocês poderão conversar o quanto quiserem para tomar as decisões durante o estudo. Neste jogo é possível também o grupo ganhar figuras carimbadas equivalentes a um item escolar cada. Ao final de cada sessão a cartela com os carimbos será guardada pelo pesquisador. No final do estudo, o pesquisador disponibilizará ao grupo as cartelas com carimbos. Os carimbos serão contados para troca por itens escolares. Cada carimbo equivale a um item escolar. Os itens escolares acumulados serão doados a uma escola pública. Vocês poderão participar da visita à escola pública para a entrega dos itens acumulados pelo grupo ao longo do estudo. Durante a sessão o pesquisador não poderá mais responder a quaisquer questões que vocês tiverem. O pesquisador explicará o estudo ao fim da pesquisa para aqueles que tiverem interesse. O estudo pode ser composto de mais de duas sessões, as quais podem ou não ser realizadas no mesmo dia, a depender da disponibilidade de vocês. O delineamento experimental O delineamento do Experimento era constituído das fases apresentadas na Tabela 2, a seguir: Tabela 2: Delineamento do Experimento. Legenda: R: Respostas; S R : Estímulo Reforçador; CCE: Contingências Comportamentais Entrelaçadas; PA: Produto Agregado; CC R : Consequência Cultural Reforçadora. FASE NÚMERO DE PARTICIPANTES CONTINGÊNCIA DE REFORÇO METACONTINGÊNCIA R S R CCE + PA CC R 4 CRITÉRIOS 4 Linha de número ímpar Linha de número par 1 ficha Ø Critérios (1), (2), (3) e (4) em vigor Outros entrelaçamentos 1 item escolar Ø CONDIÇÃO APROXIMA 1 Critério 4 Linha de número ímpar 1 ficha Critério (1) em vigor 1 item escolar 23

36 ÇÃO SUCESSIVA Linha de número par Ø Outros entrelaçamentos Ø 2 Critérios 4 Linha de número ímpar Linha de número par 1 ficha Ø Critérios (1) e (2) em vigor Outros entrelaçamentos 1 item escolar Ø 3 Critérios 4 Linha de número ímpar Linha de número par 1 ficha Ø Critérios (1), (2) e (3) em vigor Outros entrelaçamentos 1 item escolar Ø 4 CRITÉRIOS 4 Linha de número ímpar Linha de número par 1 ficha Ø Critérios (1), (2), (3) e (4) em vigor Outros entrelaçamentos 1 item escolar Ø Condição 4 Critérios Nesta fase os grupos eram expostos a no máximo 150 ciclos em uma única sessão. Quatro critérios para a produção da conseqüência cultural estavam em vigor. A conseqüência individual também era apresentada caso os participantes atendessem ao critério de produção desta (escolha de linha ímpar). Para que a Condição 4 Critérios fosse encerrada, era necessário que fosse atendido pelo menos um dos critérios a seguir: (a) o alcance do critério de estabilidade (80% de produção da CC nos últimos 20 ciclos critério este que encerrava também o experimento), (b) 150 ciclos sem o alcance do critério de estabilidade ou (c) nenhuma produção da conseqüência cultural nos últimos 20 ciclos. Destaca-se que o número mínimo de ciclos para esta condição era 30. O limite mínimo foi posto para aumentar a exposição do grupo à condição mais complexa antes das fases de aproximação sucessiva. Condição Aproximação Sucessiva Esta condição foi composta de três etapas: 24

37 a) Etapa 1 Critério Na primeira etapa apenas o critério (1) de exigência para a produção da CC estava em vigor. Quando o grupo atingisse o critério de estabilidade de produção da CC, o experimento passaria para a Etapa 2 Critérios. Em todas as condições, a partir desta, o experimento seria encerrado se não houvesse o alcance do critério de estabilidade após a exposição a 100 ciclos. b) Etapa 2 Critérios Na segunda etapa o critério (2) de exigência para a produção da CC foi acrescentado. Quando o grupo atingisse o critério de estabilidade de produção da CC, o experimento passaria para a Etapa 3 Critérios. c) Etapa 3 Critérios Na terceira etapa o critério (3) de exigência para a produção da CC foi acrescentado. Quando o grupo atingisse o critério de estabilidade de produção da CC, o experimento passaria para a segunda Condição 4 Critérios. Condição 4 Critérios Nesta fase o último critério de exigência (4) era acrescentado e todos os critérios, portanto, estavam em vigor. Esta condição, portanto, era igual à primeira Condição 4 Critérios, na qual todos os critérios estavam em vigor. O experimento se encerraria se o grupo alcançasse o critério de estabilidade (como nas três etapas da Condição Aproximação Sucessiva) ou se não alcançasse o critério de estabilidade após 100 ciclos de exposição. 25

38 Dados coletados Todas as sessões foram registradas em uma planilha de Microsoft Excel funcionando em um notebook. As sessões também foram gravadas em áudio e vídeo para solucionar eventuais problemas no registro das escolhas dos participantes e para possibilitar a análise das interações verbais. Os dados registrados e analisados foram: a) Número e cor das linhas escolhidas; b) Jogadas nas quais foram produzidas consequências individuais (registro cumulativo); c) Jogadas nas quais foram produzidas consequências culturais (registro cumulativo); Resultados e Discussão A figura 4 apresenta o registro cumulativo de produção das consequências culturais (itens escolares) e individuais (fichas) ao longo do estudo. As condições estão divididas por linhas verticais e as curvas são reiniciadas a cada mudança de condição. 26

39 Consequências acumuladas 70 P1 (Sr) P2 (Sr) P3 (Sr) 60 P4 (Sr) 50 Cond. 4 Critérios Etapa 1 Critério Etapa 2 Critérios Etapa 3 Critérios CC Cond. 4 Critérios Figura 4 Produção de consequências operantes e culturais acumuladas Observa-se que na primeira Condição 4 Critérios houve seleção operante pela consequência individual programada. Porém, não houve seleção cultural da relação entre o entrelaçamento alvo e seu produto agregado (sequência de cores) pela consequência cultural (CC) programada. Isto pode ser observado a partir da estabilização da curva de produção acumulada da CC durante o restante da condição. O critério de mudança de fase (20 ciclos sem produção da CC) foi alcançado e o experimento passou para a etapa seguinte, a Etapa 1 Critério. A Etapa 1 Critério durou apenas 21 ciclos, dado que houve seleção cultural, ou seja, recorrência de uma linhagem de entrelaçamento como função da produção da CC. Esta seleção foi demonstrada pelo alcance do critério de estabilidade de produção da CC (80% de produção nos últimos 20 ciclos). O experimento passou, então, para a Etapa 2 Critérios, na qual foi adicionada uma segunda exigência para a produção da CC. A Etapa 2 Critérios foi a mais extensa nesse estudo, durando 71 ciclos até que houvesse seleção cultural da relação entre CCEs e seus produtos agregados. Importante destacar que os ciclos indicados na análise correspondem à numeração contínua de Ciclos 27

40 ciclos ao longo das fases de aproximação sucessiva. Esta condição, por exemplo, ocorreu entre os ciclos 22 e 92. Observou-se que do ciclo 39 até o 54 não houve produção de CC. Após observação do registro em vídeo da sessão, percebeu-se que o responder de escolhas de linhas dos membros do grupo estava sob controle de uma regra que descrevia que a escolha da linha seguinte na sequência deveria ser baseada na coluna escolhida pelo experimentador para a linha escolhida anteriormente. Destaca-se que o experimentador sempre escolhia uma das seguintes colunas: A, C, E, G ou I. Isto porque eram nessas colunas que ocorriam os círculos pretos (sinalizadores de acerto) nas interseções com linhas de números ímpares e, portanto, os círculos nunca ocorriam nas interseções com linhas de números pares. Considerando que a escolha entre estas colunas era aleatória, ou seja, que o experimentador escolhia as colunas de forma variada e assistemática, em alguns momentos o seguimento desta regra contribuiu para produção da CC. No entanto, durante todo este intervalo de ciclos, seguir esta regra não foi uma forma eficaz de produzir CC. O grupo variou os produtos agregados ao longo deste período e eles também não foram eficazes na produção da CC. No final do ciclo 54, último antes de voltarem a produzir a CC, eles relataram que iriam jogar apenas para ganhar as fichas, o que indicou a desistência na criação de estratégias para produção da CC. Isto pode ser resultado de um procedimento de extinção por suspensão da CC, como descrito por Caldas (2009), no qual primeiro há aumento na variação de respostas e depois diminuição abrupta na frequência. Esta diminuição não pode ser observada nas curvas acumuladas de produção das consequências nesse procedimento, dado que se constitui de tentativas. A observação pôde ocorrer a partir do relato de um participante anunciando a desistência do grupo em desenvolver estratégias para a produção da CC. Supõe-se que tal relato indicou a diminuição abrupta do entrelaçamento, visto que o relato seguinte descreveu uma preocupação apenas com a produção das consequências 28

41 individuais. Os dados mostram que, nos ciclos seguintes, houve aumento de frequência de escolhas de linhas ímpares e, concomitantemente, seleção de um padrão de CCEs pela produção das CCs. Isto indica que, provavelmente, outros entrelaçamentos (diferentes do entrelaçamento alvo) tiveram suas frequências reduzidas durante o período de extinção supracitado. Nos ciclos 55 e 56 houve produção da CC, coincidentemente logo após o relato de que não tentariam mais produzir a CC. O grupo, após mais dois erros consecutivos (ciclos 57 e 58), voltou a tentar criar estratégias, a despeito do relato emitido no ciclo 54. Ocorreram mais duas produções da CC e novamente mais três ciclos sem produção. Após estes três ciclos, no ciclo 65, observou-se que P3 começou a fazer registros sistemáticos das escolhas de linhas do grupo. No ciclo 72, P3 expôs um primeiro levantamento das comparações entre os produtos agregados que produziram CC e os que não produziram nos últimos ciclos: todas as vezes que a gente ganhou, a gente botou 3 e 9. Em seguida P1 perguntou se a linha 3 estava no início, no meio ou no fim das sequências e P3, após consultar os registros, afirmou que estava, na maioria das vezes, no início e no fim. Estas descrições são compatíveis com o critério de produção da CC formulado pelo experimentador, dado que a linha 3 é de cor vermelha e o critério exigia que fosse escolhido vermelho, verde ou amarelo na primeira e na última posição da sequência (diferentes entre si no mesmo ciclo). No ciclo 74 o grupo gerou um produto agregado (3, vermelho 5, roxo 9, azul 7, verde) que atendia aos quatro critérios exigidos no procedimento total, ainda que nesta condição fossem exigidos apenas dois critérios. Após o anúncio da produção da CC, P3 afirmou: descobrimos a sequência. A partir daí o grupo passou a produzir a CC consistentemente nos ciclos seguintes, mas não com o mesmo produto agregado. 29

42 Pequenas variações no produto agregado do ciclo 74 ocorriam e os participantes registravam diferentes produtos agregados eficazes na produção da CC. No ciclo 76, P4 falou: a gente devia ter anotado antes. Os ciclos em que não houve produção, segundo observações do registro em vídeo da sessão, foram ciclos em que o grupo decidiu testar outros produtos agregados, a despeito de terem registrado mais de um que sempre gerava CC. No ciclo 92 o critério de estabilidade de produção da CC foi atingido. Importante destacar que os membros do grupo pararam de fazer escolhas em linhas pares a partir do ciclo 61. Estes comportamentos provavelmente estavam sob controle do relato enunciado no ciclo 54 sobre jogar apenas para ganhar fichas. Os repetidos insucessos na produção da CC com as variações de pares e ímpares provavelmente diminuíram a probabilidade de ocorrência de escolhas de linhas pares, a qual já era baixa devido ao arranjo experimental de contingências individuais. Posteriormente, as respostas de escolhas de linhas ficaram sob controle dos produtos agregados descritos após P3 iniciar os registros. Produtos agregados estes que cumpriam o critério de produção da CC e ainda produziam a consequência individual de ganho de fichas, visto que todas os produtos agregados eram de números ímpares. Os produtos agregados, posteriormente, foram nomeados pelos participantes. Havia os produtos agregados Ouro no Pan, Prata no Pan, Engolir barriga e Ah negão, por exemplo. Estas práticas verbais provavelmente foram selecionadas pelas CCs juntamente às práticas de escolha de linhas. Andery (2010), em uma análise sobre comportamento verbal, afirma que práticas verbais são selecionadas por seus efeitos sobre o grupo. O que ocorreu neste experimento pode ser um exemplo desta formulação teórica. Nota-se, portanto, que a prática de registrar as escolhas de todos os membros e de discutir os resultados com outros membros foi relevante para o estabelecimento do entrelaçamento de respostas de escolhas de linhas que produzissem sistematicamente a 30

43 CC. Isto indica, portanto, que houve seleção da prática de seguir os registros de produtos agregados pela produção da CC. Na Etapa 3 Critérios adicionou-se o terceiro critério de exigência para a produção da CC. Esta condição durou 49 ciclos. O grupo produziu a CC na maioria dos ciclos. Os erros ocorreram, provavelmente, dado o objetivo relatado pelo grupo de encontrar a lógica de como funcionava a exigência para a produção da CC. Isto fazia com que eles variassem os produtos agregados, de modo que não cumpriram o critério algumas vezes. No entanto, sempre que um produto agregado não produzia a CC, o produto agregado do ciclo seguinte era algum que já estava registrado como eficiente na produção da CC. A segunda Condição 4 Critérios durou apenas 20 ciclos. Isto significa que o padrão de escolhas de linhas apresentado pelo grupo produziu CCs em pelo menos 80% das primeiras 20 jogadas e o experimento foi encerrado (o critério de estabilidade era o critério de encerramento do experimento na segunda Condição 4 Critérios). Isto indica que houve seleção de um padrão de escolhas efetivo na produção da CC ao longo das aproximações sucessivas. Destaca-se que na primeira Condição 4 Critérios, na qual havia quatro exigências para produção da CC em vigor, o grupo foi exposto a 42 ciclos e produziu apenas duas CCs, de modo que o critério de mudança de fase foi atingido. Na segunda Condição 4 Critérios o grupo foi exposto às mesmas condições e houve recorrência de uma linhagem cultural eficaz na produção da CC. O critério de estabilidade foi atingido, portanto, com produção consistente da CC no mínimo de tentativas possível. Uma característica observada neste experimento foi que o arranjo experimental programado em relação à ordem de escolhas de linhas pelos participantes gerou uma multi-especialização de função individual. Ou seja, como cada participante iniciava um 31

44 ciclo, todos os participantes exerciam alternadamente todas as funções requeridas para produção de CC. Na medida em que a seleção incidiu sobre a linhagem cultural, o controle social sobre as respostas individuais se tornou mais crítico. Isto porque o antecedente social da resposta de escolha de linhas era sempre diferente dos ciclos imediatamente anteriores. Um exemplo deste tipo situação poderia ser observado se em um restaurante o funcionário servisse as mesas na segunda-feira, cozinhasse na terça, fosse caixa na quarta, realizasse serviços gerais na quinta e fosse gerente na sexta. Concomitantemente, os outros funcionários exerceriam as outras funções alternadamente. Desse modo todos fariam de tudo ao longo da semana. Em um entrelaçamento específico, diz-se que cada função constitui uma linhagem operante e que a transmissão cultural consiste de instruir cada participante novo para desempenhar a função antes exercida pelo participante que está sendo substituído (ver, por exemplo, o procedimento empregado nos estudos de Pereira, 2008; Bullerjhan, 2009; Caldas, 2009; Oda, 2009). No presente estudo, o procedimento empregado implicou a mudança da função de cada participante a cada ciclo; portanto, sua movimentação entre diferentes linhagens operantes que constituíam a CCE. Este arranjo experimental gerou, assim, uma multi-especialização de funções para os participantes, a qual implicou, provavelmente, em um aumento de complexidade da tarefa. Considerações finais As respostas de escolha de linhas ímpares por todos os quatro participantes ocorreram em alta frequência em todas as condições, portanto, houve seleção operante. Destaca-se, mais uma vez, que a partir do ciclo 61, na Etapa 2 Critérios, os participantes 32

45 não fizeram mais nenhuma escolha de linhas pares até o fim do experimento, no ciclo 161. Esse dado confirma a seleção operante de escolhas de linhas ímpares. Ainda em relação ao comportamento individual, destaca-se que o arranjo experimental programado em relação à mudança de ordem de escolha entre os participantes gerou uma multi-especialização de funções e um provável aumento na complexidade da tarefa. Observou-se que não houve estabelecimento de CCEs mais complexas após 42 ciclos de exposição à metacontingência na primeira condição. Após a redução da complexidade das CCEs exigidas pela metacontingência, o entrelaçamento foi rapidamente estabelecido pela produção da CC. O aumento progressivo da exigência da metacontingência resultou no estabelecimento de CCEs cada vez mais complexas e aproximadas às exigidas na primeira condição. Finalmente, quando a exigência voltou a ser a mesma da primeira condição, as CCEs foram prontamente selecionadas. O fluxo de recorrências das CCEs alvo, representado pela curva de registro acumulado (Figura 4), indica que as contingências programadas foram eficazes no estabelecimento de CCEs complexas por aumento gradual de complexidade ambiental em laboratório. Este estudo requer replicações para que um corpo de dados mais consistente seja disponibilizado. Além disso, outros estudos com procedimentos de aproximação sucessiva aplicados a entrelaçamentos de contingências individuais podem contribuir com a complementação de informações a respeito deste procedimento em grupos. Este tipo de procedimento pode ser útil, em princípio, como método para estabelecer práticas culturais de laboratório em outros estudos experimentais que tenham o objetivo de estudar fenômenos culturais e, além disso, como uma possível forma de estabelecer entrelaçamentos de contingências em grupos maiores fora do laboratório. Uma manipulação que pode ser interessante no estudo de aproximações sucessivas com 33

46 CCEs é aplicar o procedimento de troca de gerações, o qual não foi empregado no presente estudo e é uma característica importante de práticas culturais fora do laboratório e que é representada em outros estudos da área (e.g. Pereira, 2008; Bullerjhan, 2009; Caldas, 2009; Leite, 2009). Referências Andery, M. A. P. A., & Sério, T. M. A. P. (1999). O conceito de metacontingências: afinal, a velha contingência de reforçamento é suficiente? Em: R. A. Banaco. Sobre comportamento e cognição: Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. Santo André: Arbytes. Andery, M. A. P. A., Micheletto, N. & Sério, T. M. A. P. (2005). A análise de fenômenos sociais: Esboçando uma proposta para a identificação de contingências entrelaçadas e metacontingências. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 1(2), Andery, M. A. P. A. (2010). Especificidades e Implicações da Interpretação da Linguagem como Comportamento Verbal. Em Tourinho, E. Z. & Luna, S. V. (Orgs.), Análise do comportamento investigações históricas, conceituais e aplicadas (pp ). São Paulo: Roca, Bullerjhann, P. B. (2009) Análogos experimentais de fenômenos sociais: os efeitos das conseqüências culturais. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição. [D. das G. de Souza, Trad.] Porto Alegre: Artmed. (Publicado originalmente em 1998). 34

47 Caldas, R. A. (2009) Análogos experimentais de seleção e extinção de metacontingências. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Glenn, S. S. (1986). Metacontingencies in Walden Two. Behavior Analysis and Social Action, 5, 2-8. Glenn, S. S. (1988). Contingencies and metacontingencies: Toward a synthesis of behavior analysis and cultural materialism. The Behavior Analyst, 11, Glenn, S. S. (1991). Contingencies and metacontingencies: Relations among behavioral, cultural, and biological evolution. Em P. A. Lamal (Ed.), Behavioral analysis of societies and cultural practices (pp ). New York: Hemisphere. Glenn, S. S. (2003). Operant contingencies and the origin of cultures. Em K. A. Lattal & P. N. Chase (Eds.), Behavior theory and philosophy (pp ). New York: Kluver/Plenum. Glenn, S. S. (2004). Individual behavior, culture, and social change. The Behavior Analyst, 27, Glenn, S. S. & Mallot, M. E. (2004). Complexity and Selection: Implications for Organizational Change. Behavior and Social Issues, 13, Houmanfar, R. & Rodrigues, N. J. (2006). The metacontingency and the behavioral contingency: Points of contact and departure. Behavior and Social Issues, 15, Leite, F. L. (2009). Efeitos de instruções e história experimental sobre a transmissão de práticas de escolha em microculturas de laboratório. Dissertação de 35

48 Mestrado. Belém: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará. Mattaini, M. A. (2006). Will Cultural Analysis Become a Science? Behavior and Social Issues, 15, Oda, L. V. (2009). Investigação das interações verbais em um análago experimental de metacontingência. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pereira, J. M. C. (2008). Investigação experimental de metacontingências: separação do produto agregado e da conseqüência individual. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Skinner, B. F. (1972). Tecnologia do Ensino. [R. Azzi, Trad.]. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. (Publicado originalmente em 1968). Skinner, B. F. (1975). Walden II: uma sociedade do futuro. [R. Moreno & N. R. Saraiva, Trad.] São Paulo: E.P.U editora pedagógica e universitária. (Publicado originalmente em 1948). Skinner, B. F. (1978). Reflections upon Behaviorism and Society. Eaglewood Cliffs: Prentice-Hall. Skinner, B. F. (1981). Selection by consequences. Science, 213, Skinner, B. F. (1992). Verbal Behavior. Acton, Massachusetts: Copley Publishing Group. (Publicado originalmente em 1957). Skinner, B. F. (1995). Questões Recentes na Análise Comportamental. [A. L. Neri, Trad.]. Campinas, SP: Papirus. (Publicado originalmente em 1989). 36

49 Skinner, B. F. (2000). Para Além da Liberdade e da Dignidade. [J. L. D. Peixoto, Trad.]. Lisboa: edições 70. (Publicado originalmente em 1971). Skinner, B. F. (2005). Science and human behavior. New York: The B. F. Skinner Foundation. (Publicado originalmente em 1953). Tadaiesky, L. (2010). Efeitos de contingências de suporte e de metacontingências sobre a seleção de contingências comportamentais entrelaçadas. Dissertação de Mestrado. Belém: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará. Tourinho, E. Z. (2009). A análise comportamental da cultura: Introdução a uma agenda de pesquisa. Em: M. R. de Souza & F. C. S. Lemos (org.). Psicologia e compromisso social: Unidade na diversidade (pp ). São Paulo: Editora Escuta. Vichi, C., Andery, M. A. P. A. & Glenn, S. S. (2009). A metacontingency experiment: The effects of contingent consequences on patterns of interlocking contingencies of reinforcement. Behavior and Social Issues, 18,

50 ARTIGO 2 Efeitos de um procedimento de aproximação sucessiva por aumento simultâneo e gradual das complexidades de componente e ambiental sobre a seleção de uma prática cultural complexa Resumo A formulação do conceito de metacontingências por S. Glenn marcou o início de um campo de estudos na Análise do Comportamento denominado de Análise Comportamental da Cultura. Tem-se buscado avaliar correlatos de processos comportamentais conhecidos no nível cultural através de estudos empíricos. O presente estudo constitui um empreendimento desse tipo, tendo como foco o procedimento conhecido como aproximação sucessiva. Realizou-se um experimento para avaliar os efeitos de um procedimento de aproximação sucessiva sobre a seleção de uma prática cultural complexa. O procedimento consistiu no aumento simultâneo e gradual da complexidade ambiental (aumento gradual dos critérios de produção da consequência cultural) e de componente (aumento gradual de participantes). O experimento foi encerrado por tempo prolongado de exposição à tarefa sem a produção do entrelaçamento alvo. O resultado sugere que a progressão simultânea de várias dimensões da complexidade do entrelaçamento pode comprometer a eficácia do procedimento de aproximação sucessiva na produção de unidades culturais complexas. Todavia, certas características do procedimento empregado neste experimento sugerem que outras variáveis (como a alternância das funções dos membros do grupo) podem ter concorrido com o procedimento de aproximação sucessiva e comprometido sua eficácia. Palavras-chave: contingências comportamentais entrelaçadas, aproximações sucessivas, complexidade, seleção cultural Introdução Temáticas sociais e culturais tem sido foco de estudos da Análise do Comportamento há anos, como pode ser observado em algumas obras de Skinner (1948/1975, 1953/1970, 1957/1992, 1968/1972, 1971/2000, 1978, 1981, 1989/1995) e de outros autores (e.g. Andery & Sério, 1999; Bullerjhann, 2009; Glenn, 1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Houmanfar & Rodrigues, 2006; Leite, 2009; Mattaini, 2006; Pereira, 2008; Tadaiesky, 2010; Tourinho, 2009; Vichi, Andery, & Glenn, 2009). Em relação a 38

51 esta temática, a produção em análise do comportamento teve um caráter conceitual até o ano de Desde então, pesquisadores, como Mattaini (2006), enfatizaram a importância da realização de pesquisas empíricas com o tema. Outros pesquisadores, como Vichi, Andery e Glenn (2009), realizaram estudos experimentais de fato. Os estudos experimentais da Análise Comportamental da Cultura são muito recentes. Estes estudos foram fundamentados nos seguintes conceitos, discutidos também neste artigo: comportamento social, contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), cultura e metacontingências. Skinner (1953/2005) definiu o comportamento social como comportamento de duas ou mais pessoas em relação uma à outra ou em conjunto em relação ao ambiente comum (p. 297). As elaborações skinnerianas foram utilizadas por Glenn (1986), em seu trabalho pioneiro, e geraram avanço conceitual no estudo de práticas culturais. As proposições conceituais são recorrentemente avaliadas e debatidas pela própria autora (Glenn, 1986, 1988, 1991, 2003, 2004; Glenn & Mallot, 2004) e por diferentes pesquisadores da área (Mattaini, 2006; Houmanfar & Rodrigues, 2006). Cultura é um fenômeno definido por Glenn (2004) como padrões de comportamento aprendido transmitidos socialmente, assim como os produtos destes comportamentos (objetos, tecnologias, organizações etc.) (p. 139). O lócus dos fenômenos culturais é, de acordo com a autora, supraorganísmico, pois abrange recorrência de comportamentos interrelacionados entre dois ou mais organismos e o comportamento de um funciona como elemento antecedente ou conseqüência nas contingências operantes do comportamento de outro. Destas inter-relações comportamentais surge o conceito de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs). Conceito este que implica a análise de CCEs como unidades funcionais. O que define a metacontingência (Glenn, 2004) é a relação de dependência funcional entre as 39

52 CCEs e suas consequências, nomeadas como produto agregado (PA). Nas metacontingências são as linhagens de CCEs, as quais funcionam como uma unidade integrada, que evoluem. Em uma discussão sobre a aplicação do conceito de metacontingências ao contexto organizacional, Glenn e Mallot (2004) incluíram o sistema receptor (p. 100), o qual seria responsável pela disponibilização da consequência cultural selecionadora da relação entre CCEs e seu produto agregado. Neste contexto de análise de organizações, que são definidas como entidades culturais mais complexas, Glenn e Mallot (2004) abordam a complexidade como um aspecto relevante para o estudo de fenômenos sociais. Considera-se que as CCEs são os blocos de construção da complexidade cultural (Glenn & Malott, 2004). Neste contexto, as autoras definiram três tipos de complexidade: ambiental, de componente e hierárquica. Em relação à primeira categoria mencionada, Glenn e Mallot (2004) sugerem exemplos de variáveis externas ao entrelaçamento como: fusões de empresas, falências, mudanças na competição, regulamentações governamentais, modificações climáticas e guerras. Tais variáveis, quando afetam o entrelaçamento, provocam mudanças em termos de complexidade ambiental. As autoras afirmam, no que diz respeito à segunda categoria, que quanto maior o número de pessoas que participam de um determinado entrelaçamento de contingências, maior é a complexidade de componente deste entrelaçamento (Glenn & Malott, 2004). A terceira categoria de complexidade descrita pelas autoras, denominada complexidade hierárquica, indica que uma organização é mais complexa na medida em que possui maior quantidade de divisões e sub-divisões nos níveis de administração ou de relações entre as partes que a constituem (Glenn & Mallot, 2004). 40

53 A respeito da complexidade, Tourinho (2009) afirma que sociedades individualizadas caracterizadas por redes extensas de interdependência representam fenômenos sociais muito complexos, visto que nelas existe grande quantidade de pessoas com funções muito especializadas. A comparação apontada entre sociedades com maior grau de complexidade e outras menos complexas pode ser estendida para os fenômenos sociais menos complexos criados em laboratórios de pesquisa. Os fenômenos sociais mais simples são passíveis de descrições mais precisas, por outro lado, aqueles em níveis mais complexos tornam esta tarefa ainda pouco viável. Os analistas do comportamento interessados em fenômenos da cultura têm realizado experimentos com poucos componentes, poucas variáveis externas relevantes e pouca ou nenhuma divisão hierárquica entre os participantes, de modo que são experimentos análogos a práticas culturais mais simples, de acordo com as três categorias de complexidade descritas por Glenn e Malott (2004). Essa limitação de variáveis é necessária, considerando o estágio inicial de realização de pesquisas sobre fenômenos sociais na Análise do Comportamento, uma vez que permitem maior controle experimental e isolamento de variáveis. É interessante, entretanto, efetuar experimentos sobre fenômenos mais complexos, análogos à sociedade sobre a qual se pretende intervir. Neste sentido é possível destacar o trabalho realizado por Bullerjhan (2009) como base para a investigação aqui proposta. O objetivo de Bullerjhann (2009) foi avaliar se uma conseqüência cultural teria função selecionadora em relação às CCEs e o seu produto. Além disso, a autora se propôs a avaliar o efeito do aumento no número de participantes de um grupo cuja consequência para os entrelaçamentos já estava em vigor e o efeito da mudança 41

54 sucessiva de participantes que compunham o entrelaçamento. A conseqüência cultural, neste experimento, era um bônus de pontos para os participantes. No Experimento 1, um grupo de quatro pessoas (depois das fases de inserção gradual de participantes) interagia para produzir a consequência cultural. Bullerjahn (2009) também utilizou o procedimento de troca de gerações e ampliou o número de gerações para 10. No primeiro experimento todas as gerações produziram a conseqüência cultural sistematicamente, ou seja, coordenaram seus comportamentos de modo a atingir o critério exigido para a conseqüência cultural ser liberada. As mudanças de gerações não interferiram na produção do bônus. Tal fato indicou, segundo Bullerjhann (2009), que havia uma linhagem cultural, visto que os padrões de comportamento selecionados foram replicados. O Experimento 2 foi realizado com o objetivo de aferir se a coordenação dos comportamentos dos participantes que sistematicamente produzia o produto agregado seria selecionada pelo bônus (consequência cultural) contingente. Neste experimento cada geração tinha apenas dois participantes e ocorreram 11 gerações. Segundo Bullerjhann (2009), os resultados do Experimento 2 indicaram que padrões de respostas individuais foram replicados através das gerações, o que caracterizou uma linhagem culturo-comportamental. Por outro lado, não houve seleção cultural visto que não houve recorrência de um padrão de CCEs cujo produto agregado resultasse em consequências culturais sistematicamente, ou seja, poucos bônus (CC) foram produzidos. A despeito disso, os participantes transmitiram, às gerações seguintes, padrões de comportamento individual que consistentemente produziam consequências individuais. Observou-se que Bullerjhan (2009) aumentou gradualmente o número de participantes no Experimento 1 de apenas um, inicialmente, até o máximo de quatro 42

55 participantes. Neste experimento houve seleção cultural, segundo a autora, e a conseqüência cultural (bônus) foi sistematicamente produzida através das gerações. No experimento 2, por outro lado, embora o número máximo de participantes tenha sido apenas dois, presentes desde o início, a autora afirma que não houve produção sistemática de bônus e, portanto, não houve seleção da relação entre CCEs e produção agregada com a conseqüência cultural (metacontingência). O aumento gradual de participantes, ou seja, aumento de complexidade de componente, segundo Glenn e Mallot (2004), foi analisado por Bullerjhan (2009) apenas como uma mudança no procedimento que pode ter contribuído para aumentar o controle experimental e tornar a seleção cultural mais clara. No entanto, é possível analisar este procedimento como uma forma de aproximação sucessiva da exigência de CCEs a uma forma mais complexa. Este aumento gradual de complexidade é um método utilizado no procedimento de modelagem de comportamento operante. A modelagem é um procedimento de instalação de comportamento operante através de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas ao comportamento alvo (Catania, 1999). Coloca-se a seguinte questão diante dos argumentos apresentados: é possível aumentar a probabilidade de ocorrência de contingências comportamentais entrelaçadas mais complexas por aproximações sucessivas, apresentando consequências culturais contingentes ao desempenho que gradualmente se aproxima de um dado grau de complexidade? No estudo de Esmeraldo e Tourinho (2012), os resultados indicaram que o procedimento de aproximação sucessiva de complexidade ambiental foi eficaz no estabelecimento de CCEs complexas. O presente estudo parte dos resultados do estudo apresentado no capítulo anterior (Esmeraldo & Tourinho, 2012) para avaliar, baseado nas classificações de complexidade de Glenn e Mallot (2004), os efeitos de um procedimento que envolve aproximações sucessivas a um entrelaçamento de 43

56 complexidade de componente e ambiental crescentes. A aproximação sucessiva foi caracterizada por aumento simultâneo do número de participantes e das exigências para produção da CC. O presente estudo, portanto, apresenta como objetivo a avaliação dos efeitos do aumento gradual do número de participantes e da complexidade ambiental sobre a ocorrência e manutenção de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) tidas como complexas. Método Participantes e recrutamento Participaram do estudo alunos de graduação provenientes de cursos diversos, à exceção do curso de graduação em Psicologia. Um grupo de quatro participantes tomou parte do estudo, dois do sexo masculino e dois do sexo feminino. Os participantes foram informados sobre a pesquisa através de contato em sala de aula e abordagem direta em corredores. Os alunos que demonstraram interesse em participar foram contatados para receber informações sobre a pesquisa e para ler e assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1). Antes do recrutamento o projeto de pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Ambiente experimental O estudo foi conduzido no Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural da Universidade Federal do Pará (LACS/UFPA Figura 1) com sede no Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. O laboratório incluiu dois ambientes, uma sala de coleta de dados, com dimensões suficientes para receber grupos de até quatro participantes, além de experimentador e auxiliar de 44

57 pesquisa; e uma sala de observação e controle dos equipamentos. As duas salas eram separadas por um vidro com espelho unidirecional. Ambas continham o mobiliário (mesas, cadeiras, armários) necessário para os estudos. A sala de coleta de dados continha filmadora e TV LCD. Neste estudo a TV LCD foi usada para projeção da matriz descrita adiante. Figura 1: Planta do Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural Matriz utilizada Para este estudo foi projetada na TV LCD uma matriz de dez linhas e dez colunas. As linhas e colunas eram sinalizadas, respectivamente, com números e letras. As linhas da matriz eram de cores diferentes alternadas (cinco cores) e na interseção de cada linha com cada coluna poderia haver uma célula sem qualquer sinal ou com um círculo. Para cada cor, havia uma linha par e uma linha ímpar. A Figura 2, abaixo, ilustra a matriz empregada. 45

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