Efeitos da Suspensão da Consequência Cultural sobre Contingências. Comportamentais Entrelaçadas Selecionadas por Análogos de Esquemas de

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1 Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento Efeitos da Suspensão da Consequência Cultural sobre Contingências Comportamentais Entrelaçadas Selecionadas por Análogos de Esquemas de Reforçamento Contínuo e Intermitente Karollane Sapucaia Alves Belém/PA Dezembro/2015

2 Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento Efeitos da Suspensão da Consequência Cultural sobre Contingências Comportamentais Entrelaçadas Selecionadas por Análogos de Esquemas de Reforçamento Contínuo e Intermitente Karollane Sapucaia Alves Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Orientador: Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho. Belém/PA Dezembro/2015 ii

3 Alves, K. S. (2015). Efeitos da suspensão da consequência cultural sobre contingências comportamentais entrelaçadas selecionadas por análogos de esquemas de reforçamento contínuo e intermitente. Dissertação de Mestrado. Belém: Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. 39 páginas. RESUMO A seleção cultural tem sido apontada, na Análise do Comportamento, como um tipo de seleção em que as linhagens que evoluem não são os atos recorrentes de indivíduos, mas contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), como unidade integrada que dá origem a um produto agregado (PA). Em algumas circunstâncias o PA afeta a probabilidade de recorrência futura das CCEs. Em outras, CCEs+PAs são selecionados por uma consequência cultural (CC) liberada por uma agente (sistema receptor) externo ao entrelaçamento. O conceito de metacontingência descreve essa relação e tem sido empregado em estudos experimentais com microculturas de laboratório, nos quais têm sido reproduzidos análogos culturais de fenômenos identificados na seleção operante. Alguns desses estudos têm investigado a seleção e manutenção de CCEs por CCs intermitentes e o efeito da suspensão da CC após a seleção de CCEs+PAs. O presente estudo buscou investigar os efeitos da suspensão da apresentação da consequência cultural, após a seleção de CCEs+PAs sob esquemas análogos de VR3, FR3 e CRF. Participaram da pesquisa 66 alunos de diversos cursos de graduação. O estudo utilizou o procedimento da matriz, em que participantes de microculturas realizavam uma tarefa de escolhas de linhas em uma matriz. Consequências operantes (contingentes à escolha de linhas ímpares) e culturais (contingentes a diferentes combinações de cores de linhas, dependendo da metacontingência programada para cada condição) foram programadas e eram funcionalmente independentes. Duas microculturas foram expostas a um delineamento que incluía seis fases correspondentes a condições análogas de VR3/Extinção/FR3/Extinção/CRF/Extinção Os resultados sugerem que houve seleção cultural na condição de VR3, contudo indicaram baixa frequência de CCEs+PAs nas fases posteriores, não sendo possível identificar a seleção cultural (e, consequentemente, o efeito diferencial da suspensão da CC) nas demais condições programadas. A complexidade dos entrelaçamentos alvo nas metacontingências programadas e a sequência de alternâncias das metacontingências, intercaladas por fases de suspensão da CC, possivelmente explicam a ausência de seleção cultural, contrastando com dados encontrados em estudos anteriores. As altas taxas de produção da consequência individual indicam seleção operante em todas as fases. Palavras-chave: metacontingência, contingências comportamentais entrelaçadas, suspensão da consequência cultural. iii

4 Alves, K. S. (2015). Effects of the suspension of the cultural consequence on interlocking behavioral contingencies selected by analogs of continuous and intermittent reinforcement schedules. Master s Degree Dissertation. Belém: Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. 39 pages. ABSTRACT Cultural selection has been identified in Behavior Analysis, as a kind of selection in which the strains that evolve are not the recurrent acts of individuals, but interlocking behavioral contingencies (IBCs), as an integrated unit that generates an aggregate product (AP). In some circumstances the AP affects the probability of future recurrences of IBCs. In others, IBCs + APs are selected by a cultural consequence (CC) released by an agent (receiver system) external to the interlocking. The concept of metacontingency describes this relationship and has been used in experimental studies with laboratory microcultures, in which it has reproduced cultural analogs of phenomena identified in the operant selection. Some of these studies have investigated the selection and maintenance of IBCs by intermittent CCs and the effect of the CC suspension after selection of IBCs + APs. This study aimed to investigate the effects of the suspension of presentation of cultural consequence, after selecting IBCs + APs under analogs of VR3, FR3 and CRF schemes. The participants were 66 students from various undergraduate courses. The study used the "matrix procedure" in which the participants of the microcultures performed a task of selecting lines in a matrix. Operant consequences (contingent to the selection of odd lines) and cultural (contingent to different combinations of lines of colors, depending on the metacontingency scheduled for each condition) were scheduled and were functionally independent. Two microcultures were exposed to a design that included six phases corresponding to conditions analogs to VR3/Extinction/FR3/Extinction/CRF/Extinction. The results suggest that there was culture selection in condition VR3, however, showed low frequency of IBCs+ APs in the later stages, not being possible to identify the cultural selection (and hence the differential effect of the suspension CC) in the other preset conditions. The complexity of the target interlocking in the metacontingencies programmed and the alternating sequence of the metacontingencies, intercalated with phases of CC suspencion, possibly explain the lack of cultural selection, contrasting with the data found in previous studies. The high rates of production of IC indicate operant selection in all phases. Keywords: metacontingency, interlocking behavioral contingencies, suspension of cultural consequence. iv

5 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT iii iv INTRODUÇÃO 01 MÉTODO 13 Participantes 13 Ambiente experimental 13 A tarefa experimental 15 Condições Experimentais 18 RESULTADOS 21 DISCUSSÃO 27 REFERÊNCIAS 31 ANEXOS 35 Anexo 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 35 Anexo 2: Folha de Doação 36 v

6 Lista de Figuras Figura 1: Planta Baixo do Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural 14 Figura 2: Matriz empregada no estudo 15 Figura 3: Fluxo do Ciclo do Experimento 16 Figura 4: Frequência acumulada de produção de CI e CCEs + PAs ao longo dos ciclos para as microculturas 1 e 2 21 Figura 5: Dispersão de escolhas pares e ímpares ao longo dos ciclos para as microculturas 1 e 2 24 Figura 6: Percentual de produção de CI e ocorrência de CCEs + Pas nos 50 ciclos anteriores em cada ciclo para as microculturas 1 e 2 25 iii

7 Lista de Tabelas Tabela 1: Delineamento experimental utilizado no estudo 20 iii

8 A Análise do Comportamento tem como seu objeto de estudo as interações entre organismos e o ambiente. Como ciência, aplica seus métodos e conceitos ao estudo do comportamento de variados organismos. O interesse fundamental desta ciência ainda é identificar regularidades na seleção e manutenção do comportamento de organismos individuais (Skinner, 1953). Porém, admitindo-se que grande parte do meio em que os seres humanos estão inseridos é social, torna-se impossível fazer uma análise de comportamentos individuais sem considerar as interações do indivíduo com os demais membros de seu ambiente social. Comportamento social e fenômenos culturais Skinner (1953) definiu comportamento social como o comportamento de duas ou mais pessoas em relação uma à outra, ou em conjunto, em relação a um ambiente comum (p. 325). Grande parte do comportamento humano é, desse ponto de vista, comportamento social e pode ser analisado com as ferramentas conceituais desenvolvidas para a análise do comportamento operante em geral. Das interações entre os indivíduos, porém, surgem fenômenos que transcendem o comportamento individual e requerem novas unidades de análise. Skinner (1981) classificou três níveis de seleção pelas consequências: o primeiro nível faz referência à história filogenética e remete ao processo de seleção natural, que dá origem aos organismos; o segundo corresponde à história ontogenética dos organismos, em que processos de condicionamento dão origem a repertórios comportamentais; e o terceiro nível envolve a seleção de práticas culturais. Nos três níveis são encontrados processos seletivos análogos, cada um correspondendo a um nível de variação e seleção (genético, comportamental e cultural). Há algumas décadas, alguns autores (e.g. Glenn, 1988, 2004; Glenn & Malott, 2004; Malott & Glenn, 2006) passaram a destacar a importância de se trazer para o foco 4

9 de estudo da análise do comportamento fenômenos culturais, tidos como comportamento humano inter-relacionado. Destacando a importância de fazer uma distinção entre as contingências do segundo tipo de seleção e as contingências do terceiro tipo, Glenn (1988) propôs a definição de uma unidade de análise para o estudo da seleção cultural. A autora explica que uma análise científica das culturas não pode ser reduzida ao comportamento dos indivíduos (contingências operantes) porque as práticas culturais, embora compostas do comportamento dos indivíduos, têm seus próprios resultados, que afetam a sobrevivência da cultura. Glenn (2004) define prática cultural como padrões comportamentais semelhantes no repertório de vários membros de um grupo, geralmente resultantes de semelhanças ambientais. Pode-se citar como exemplo de prática cultural o comportamento de pais vestirem seus filhos recém-nascidos com uma roupa vermelha ao completarem uma semana de nascidos. O ato de vestir a criança com uma determinada cor pode estar relacionado à crença de que esta trará saúde e prosperidade, e é uma prática passada de geração para geração, contudo não sendo possível identificar a sua origem. Esta prática, porém, não exerce um papel que seja de importância para a sobrevivência cultural. Como a replicação da prática cultural no repertório de vários indivíduos geralmente resulta de aprendizagem social, em algumas circunstâncias a autora (e.g., Glenn, 1988) refere-se à prática cultural como um conjunto de contingências de reforçamento entrelaçadas, nas quais o comportamento e/ou o produto do comportamento de um indivíduo funcionam como eventos ambientais para o comportamento de outros indivíduos. O conceito de contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), no entanto, exprime mais apropriadamente a coordenação dos 5

10 comportamentos de membros de um grupo que dá origem a um produto agregado (PA) que pode ter relevância para a cultura. Para Skinner (1981), uma cultura evolui quando novas práticas contribuem para o sucesso de um grupo praticante em solucionar os seus problemas. É o efeito sobre o grupo, e não as consequências reforçadoras para seus membros, o responsável pela evolução da cultura (p.502). Aprofundando a análise das relações entre as práticas culturais e o comportamento dos indivíduos, Glenn (2004) apresentou dois conceitos: metacontingências e macrocontingências. A autora emprega os dois conceitos como descritivos de sistemas de relações entre os comportamentos de indivíduos, os produtos adicionais desses comportamentos e, no caso das metacontingências, as consequências que selecionam os entrelaçamentos e seus produtos. Segundo Glenn (2004), o conceito de metacontingência remete a um processo de seleção em que as linhagens que evoluem são as contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs), funcionando como uma unidade integrada, resultando em um produto (PA) e sendo afetadas por uma consequência cultural (CC) que afeta a probabilidade de recorrências futuras das CCEs e seus PAs. CCEs recorrentes incluem contingências operantes em que o comportamento de um ou mais indivíduos funciona como evento ambiental para o comportamento de outros. Assim, os resultados produzidos pela recorrência das CCEs são efeitos do comportamento inter-relacionado dos indivíduos, e não do efeito cumulativo do comportamento individual dos mesmos. O PA gerado pelas CCEs não é consequência de respostas individuais e difere das consequências operantes que participam das CCEs. Como apontado antes, as CCEs+PAs, podem ser selecionadas como unidade por uma consequência cultural (CC) liberada por um agente externo ao entrelaçamento (cf. Glenn & Mallot, 2004), mas isso 6

11 não significa que todo entrelaçamento gera uma CC selecionadora. Por exemplo, um grupo de crianças pode manter-se participando de um jogo sob controle apenas das consequências operantes contingentes ao comportamento de cada um. Dependendo do arranjo de (meta)contingências, o PA pode coincidir com a CC (por exemplo, quando o alimento consumido por um grupo mantém o sistema de entrelaçamento responsável por sua produção), ou ser de natureza diferente (por exemplo, quando o mesmo sistema de relações é mantido pela aquisição do alimento por um mercado consumidor), variando conforme o grau de complexidade da prática cultural (cf. Glenn & Malott, 2004; Tourinho & Vichi, 2012). Na seleção cultural, as práticas que participam do sistema de relações podem sobreviver ainda que alguns membros da cultura sejam substituídos (originando uma nova geração). Para a manutenção do entrelaçamento (diante da substituição de participantes) é necessário que o sistema cultural disponha contingências especiais para modelar os repertórios comportamentais dos novos membros. Um caso de metacontingência pode ser encontrado na produção de uma peça teatral. Cada membro da equipe (diretor, roteirista, elenco, sonoplasta, etc) se comporta individualmente, sendo possível a identificação de relações operantes ao analisar o comportamento de cada um. Os atores respondem discriminativamente uns aos outros e ao diretor, reforçando suas respostas; o sonoplasta coordena o tempo da trilha sonora de acordo com o roteiro e os atores, e assim por diante. Logo, estamos diante de contingências comportamentais entrelaçadas, onde o comportamento de cada membro da equipe funciona como ambiente para o comportamento dos demais. O resultado (a peça teatral), porém, não pode ser reduzido à simples soma do comportamento individual de cada membro da equipe. A peça é um produto agregado, sendo gerada apenas a partir do comportamento entrelaçado de todos os membros. As CCEs, além de terem como produto a peça teatral, geram ainda consequências culturais: respostas do 7

12 público, teatro lotado, aplausos, atenção da mídia, renda de bilheteria etc. Essas consequências é que afetam a probabilidade de recorrência das CCEs. Além da metacontingência, Glenn (2004) fez uso do conceito de macrocontingência para analisar fenômenos culturais, neste caso sem implicar a seleção no terceiro nível. Macrocontingências descrevem a relação entre uma prática cultural e a soma cumulativa de consequências (adicionais à consequência operante) do macrocomportamento que constitui a prática. Na macrocontingência o resultado adicional para a cultura, designado efeito cumulativo (EC) não é função do entrelaçamento de contingências comportamentais, sendo o comportamento de cada indivíduo funcionalmente independente. Segundo Glenn (2004) na macrocontingência o efeito adicional dos comportamentos individuais pode ter relevância para todo o grupo. Isto é, embora na macrocontingência a seleção continue sendo apenas operante (não há seleção cultural), o efeito cumulativo (EC) pode ser de relevância para a cultura. Um exemplo de macrocontingência pode ser identificado no acúmulo de lixo nas ruas das cidades. No Brasil, é fácil notar que grande parte dos indivíduos não joga o lixo nos lugares devidos. Cada um se comporta sob controle de consequências individuais (e.g., livrar-se do lixo pessoal), mas um efeito adicional de poluição é produzido. Apesar de o indivíduo por vezes não entrar imediatamente em contato com o efeito cumulativo desse macrocomportamento, a longo prazo esse efeito afeta toda a população, que fica exposta a inúmeros transtornos (entupimento de bueiros, alagamentos, mau cheiro, contaminação, aumento de impostos destinados à manutenção das ruas etc.). Relações de metacontingência e de macrocontingência têm sido investigadas experimentalmente com microculturas de laboratório (e.g. Amorim, 2010; Borba, Silva, Cabral, Souza, Leite & Tourinho (2012); Borba, 2013; Bullerjhann, 2009; Cabral & 8

13 Tourinho, 2011; Caldas, 2009; Esmeraldo, Leite & Tourinho, 2012; Leite, 2009; Lopes, 2010; Marques, 2012; Pereira, 2008; Santana & Tourinho, 2011; Soares, Cabral, Leite & Tourinho, 2012; Vichi, Andery & Glenn, 2009; Vichi, 2012). Para o presente estudo, têm especial importância os estudos de metacontingências. Alguns Estudos Experimentais Sobre Seleção Cultural O trabalho pioneiro na investigação experimental de metacontingências foi o de Vichi et al. (2009). Nesse estudo, as CCEs alvo compreendiam a divisão de recursos obtidos em uma aposta. Se a divisão estivesse em acordo com a condição experimental programada (igualitária ou não igualitária), a consequência liberada era o dobro das fichas; se não estivesse, o valor apostado era reduzido à metade. O estudo demonstrou que as consequências programadas conseguiram controlar o padrão de divisão das fichas. Esse experimento abriu caminho para muitos trabalhos experimentais sobre seleção cultural (e.g. Amorim, 2010; Leite, 2009; Lopes, 2010; Pereira, 2008). O estudo de Pereira (2008) foi o primeiro a utilizar o preparo dos números na investigação da metacontingências. Nesse procedimento, o computador gerava um fileira com quatro números e o participante respondia adicionando um número abaixo de cada número gerado pelo computador. Caso a soma em cada coluna do número apresentado pelo computador e do número inserido pelo participante resultasse em um número ímpar, o participante recebia pontos trocáveis por dinheiro (consequência operante). Nas condições com dois participantes havia também uma metacontingência programada, em que a CC (bônus coletivos também trocáveis por dinheiro) era contingente à relação entre a soma dos números escolhidos pelo Participante 1 (esquerda) e a soma dos números escolhidos pelo Participante 2 (direita) (a primeira precisava ser menor que a segunda para que a CC fosse produzida). 9

14 Utilizando o mesmo preparo dos números, Caldas (2009) manipulou a suspensão da CC, conseguindo produzir um análogo cultural de extinção. Em seu Experimento 1 foram removidas as CCs (bônus) na fase de extinção, porém as CIs foram mantidas, assim como os demais estímulos que eram apresentados junto com as CCs (como a janela da soma que piscava). Os resultados do experimento indicam que as CCEs foram extintas, no entanto os estímulos condicionados à CC (estímulos sonoros e mudanças de cores nas janelas) poderiam estar interferindo no efeito da extinção. Em um segundo experimento, Caldas (2009) eliminou os estímulos adicionais relacionados à produção de CC. Nesse experimento, porém, os resultados foram inconclusivos, visto que não houve seleção das CCEs nas fases anteriores à fase de extinção. O autor realizou um terceiro estudo eliminando na fase de extinção qualquer consequência sobre as CCEs. Os resultados desse último experimento corroboraram os do Experimento 1, indicando a possibilidade de extinção das CCEs. Amorim (2010) usou um método similar para testar o efeito da apresentação intermitente das consequências culturais em microculturas de laboratório, e o efeito da soma e apresentação cumulativa das consequências intermitentes. Seu Experimento 1 foi composto de uma fase de seleção operante (fase 1), sendo seguida de uma fase de seleção da CCEs em CRF (fase 2), uma fase de aumento de participantes (fase 3), mudança de gerações (fase 4), intermitência da CCE em VR2 (fase 5) e intermitência da CCE em VR2 com mudança de gerações (fase 6). Na fase de intermitência da CCEs, como num esquema de reforçamento intermitente, a consequência cultural era liberada somente a cada segunda ocorrência em média das CCEs. Os resultados desse experimento confirmaram a possibilidade de manutenção de CCES por consequências culturais intermitentes. Em um segundo experimento, Amorim (2010) utilizou as mesmas fases do Experimento 1, sendo a quinta e a sexta com um esquema VR2 diferente do aplicado no 10

15 experimento anterior. Nesta, a cada entrelaçamento de contingências, a CC era registrada pelo programa (30 pontos), contudo os participantes só as recebiam a cada segunda ocorrência em média. Os resultados desse segundo experimento indicam que foi possível a manutenção das CCEs, apesar de uma oscilação bem maior nos valores dos números inseridos entre os participantes e dos tempos de inserção. Amorim (2010) realizou ainda um terceiro experimento, em que testou a possibilidade de seleção, e não somente a manutenção, de CCEs, com intermitência da CC em VR2. Os resultados confirmaram que a intermitência na apresentação da CC em VR2 foi capaz tanto de manter as CCEs que as produzem, como também de selecionálas. Seguindo a mesma linha de Amorim (2010), Vichi (2012) aferiu o efeito de análogos de esquemas de reforçamento intermitentes na apresentação da CC sobre a manutenção de CCEs. Para o estudo foi utilizada uma variação do método de Vichi et al. (2009), em que os participantes foram expostos a uma matriz 10x10, com linhas de cinco cores diferentes (duas linhas de cada cor, sendo uma linha par e outra ímpar). Cada participante indicava uma linha a cada jogada. No estudo, foi estabelecida uma diferenciação entre as contingências operantes e metacontingências: escolhas em linhas ímpares eram seguidas da apresentação de fichas (trocáveis por dinheiro) e escolhas em linhas pares não produziam consequências programadas. Havia ainda a produção da consequência cultural quando as cores das linhas escolhidas pelos participantes eram diferentes umas das outras. O autor observou a manutenção de CCEs por CCs liberadas em esquemas de VR2, VR3, FR2 e FR3, após a seleção por CCs contínuas. Com base nos estudos de Amorim (2010) e Vichi (2012) sobre seleção e manutenção de CCEs por CCs intermitentes, e de Caldas (2009), acerca do efeito da suspensão da CC sobre as CCEs, este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da 11

16 suspensão da apresentação da CC (extinção), após a seleção de CCEs sob esquemas de VR3, FR3 e CRF. Skinner (1998) define como extinção o procedimento de suspensão do reforçamento à uma resposta anteriormente reforçada. Em adição ao declínio na taxa de resposta, a extinção operante produz alguns efeitos comportamentais, que fazem sentido a partir de uma perspectiva evolucionária. Assim, quando uma resposta já não funciona (extinção), a seleção natural favoreceu organismos que (a) repetiram comportamentos que funcionaram no passado, (b) emitiram um maior leque de respostas na situação (variabilidade comportamental), (c) emitiram respostas mais intensas às circunstâncias, e (d) atacaram indivíduos associados a suspensão de reforçamento. A literatura operante (Skinner, 1998; Pierce & Cheney, 2004) tem demonstrado que os efeitos da suspensão de consequências operantes sobre o comportamento individual são diferentes após a aquisição da resposta por esquemas contínuos e intermitentes. Dentre os esquemas de reforçamento, o reforçamento contínuo (CRF) é o mais simples e é caracterizado por produzir pouca resistência à extinção, e gerar topografia estereotipada de resposta. Em esquemas intermitentes (esquemas de razão, esquemas de intervalo) o número de respostas para o reforçamento pode ser fixo ou variar, e tanto a resistência à extinção como a variação na forma de resposta aumentam, em relação ao CRF (Pierce & Cheney, 2004). Os estudos sobre análogos desses processos no nível cultural, porém, são ainda escassos. No dia a dia, o comportamento individual é geralmente reforçado sob esquemas intermitentes. Ao abordar o análogo desses processos no nível cultural, este estudo teve como objetivo geral aferir o efeito da suspensão da CC sobre as CCEs selecionadas por CCs contínuas e por CCs intermitentes. Os objetivos específicos foram: 12

17 (1) Aferir o efeito de CCs contínuas sobre a seleção e manutenção de CCEs. (2) Aferir o efeito de CCs intermitentes em análogos de FR3 e VR3 sobre a seleção e manutenção de CCEs. (3) Aferir o efeito da suspensão da CC sobre as CCEs selecionadas por CCs contínuas e por CCs intermitentes em análogos de VR3 e FR3. MÉTODO Participantes Participaram do estudo 66 alunos de graduação em cursos diversos de uma universidade pública, à exceção do curso de graduação em Psicologia. O recrutamento foi feito no campus da universidade, em corredores e blocos de salas de aula, abordando possíveis interessados em participar do estudo. Os participantes compuseram duas microculturas expostas às mesmas condições. A coleta de dados com cada microcultura ocorreu em dias diferentes. Todos os participantes da pesquisa leram e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1). Os participantes de cada microcultura foram dispostos em grupos de três pessoas, cada componente representando uma linhagem comportamental (Ex: Grupo: Participante 1, Linhagem 1; Participante 2, Linhagem 2; Participante 3, Linhagem 3). Cada microcultura foi composta de três linhagens culturo-comportamentais e seus membros eram substituídos a cada 20 ciclos. Assim, para a microcultura 1 (MC1) os participantes foram dispostos em: Linhagem 1 (L1): P1, P4, P7, P10, P13, P16, P19, P22, P25, P28 e P31; Linhagem 2 (L2): P2, P5, P8, P11, P14, P17, P20, P23, P26, P29, P32; Linhagem 3 (L3). P3, P6, P9, P12, P15, P18, P21, P24, P27 e P30. Para a microcultura 2 (MC2) a distribuição foi a seguinte: Linhagem 1 (L1): P1, P4, P7, P10, P13, P16, P19, P22, P25, P28, P30 e P33; Linhagem 2 (L2): P2, P5, P8, P11, P14, P17, P20, P23, P26, P27, P31 e P34; Linhagem 3 (L3). P3, P6, P9, P12, P15, P18, P21, P24, P29 e P32. 13

18 Ambiente Experimental Todos os estudos foram conduzidos no Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural (LACS/UFPA), composto de dois ambientes: uma sala de coleta de dados, com dimensões suficientes para receber grupos de até quatro participantes, além de experimentador e auxiliar de pesquisa; e uma sala de observação e controle dos equipamentos. As duas salas são separadas por um vidro com visão unidirecional. Ambas continham o mobiliário (mesas, cadeiras, armários) necessário para o estudo. A Figura 1, a seguir, representa a sala de coleta de dados, que contém, além do mobiliário, filmadora e TV LCD, usada para a projeção da matriz descrita adiante. Figura 1: Planta baixo do Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural. Material O material incluiu mobiliário (mesas, cadeiras, armários), equipamentos eletrônicos (filmadora com tripé, computador desktop, notebooks), fichas coloridas, carimbos, uma ficha para a marcação dos carimbos, itens escolares para compor kits e alimentos diversos (para consumo dos participantes durante as sessões). A Matriz No estudo, foi projetada na TV LCD uma matriz de dez linhas e dez colunas. As linhas e colunas são sinalizadas, respectivamente, com números e letras. As linhas da 14

19 matriz são de cores diferentes alternadas (cinco cores, cada cor em uma linha par e uma linha ímpar). Na interseção de cada linha com cada coluna podia haver uma célula sem qualquer figura, ou com um círculo preenchido. A Figura 2, a seguir, ilustra a matriz que foi empregada no estudo Figura 2: Matriz empregada no estudo. A Tarefa Experimental Cada grupo era composto de três pessoas, cada uma representando uma linhagem comportamental (L1, L2 ou L3). A cada 20 ciclos um dos participantes (o mais antigo) do grupo era substituído por um novo integrante. A tarefa dos participantes consistiu de escolher linhas da matriz. O grupo visualizava a matriz na TV LCD e cada membro anunciava oralmente a linha escolhida, na sequência que o grupo definiu. Cada ciclo foi constituído por uma sequência de tentativas individuais sucessivas de escolhas de linhas e liberação de consequências pelo experimentador, compreendendo as seguintes etapas: a) Solicitação do experimentador para que um membro do grupo escolhesse uma linha. b) A escolha de uma linha por um membro do grupo. 15

20 c) A escolha de uma coluna pelo experimentador. d) Quando na interseção da linha escolhida pelo participante com a coluna escolhida pelo experimentador havia um círculo preenchido, o participante recebia uma ficha (trocável por dinheiro ao final do experimento). Este evento constituiu a consequência operante, conforme ilustrado adiante. Quando a célula não continha o sinal, o experimentador passava para a etapa seguinte. e) Repetição das etapas A à D para cada outro participante. f) A informação do experimentador sobre o sucesso do grupo em produzir um carimbo na ficha de controle dos itens para kits escolares ( o grupo produziu um item escolar ) e a colocação do carimbo na folha quando era o caso. Este evento constituiu a consequência cultural, conforme descrito adiante. O fluxo de um ciclo típico é representado na Figura 3. Observe-se que embora a figura apresente a sequência de respostas de cada membro do grupo, os antecedentes do comportamento de cada um incluíam respostas dos outros membros do grupo, configurando contingências comportamentais entrelaçadas. A) Experimentador solicita que o primeiro par@cipante selecione uma linha F) Fim do Ciclo E) Experimentador aponta quantos itens escolares foram produzidos no ciclo, se aplicável. B) Jogador seleciona uma linha na matriz D) Experimentador solicita que um novo par@cipante selecione uma coluna e recomeça- se de A a C até que todos os par@cipantes tenham jogado. C) Resultado da Jogada - Experimentador seleciona uma coluna e dispõe reforçadores individuais de acordo com a resposta do par@cipante Figura 3: Fluxo do ciclo do experimento (adaptado de Borba, 2013). Contingências Operantes e Metacontingências 16

21 No estudo houve consequências individuais reforçadoras na forma de fichas trocáveis por dinheiro ao final da sessão. Houve também consequências culturais na forma de carimbos trocáveis por itens para compor um kit escolar ao final do experimento, para doação a uma escola pública. Cada ficha atribuída como consequência individual foi trocável por R$0,10. Os itens para o kit escolar, bem como uma caixa vazia, para depósito dos itens ao final de cada sessão estavam sobre uma bancada na sala experimental, visíveis aos participantes ao longo do experimento. No estudo, a consequência individual foi contingente à escolha de uma linha ímpar. A consequência cultural foi contingente ao atendimento da metacontingência programada para cada condição. Ao longo do experimento três metacontingências estiveram em operação, em condições distintas (resumidas adiante na Tabela 1). Na metacontigência 1 (META1) a CC era contingente à escolha de três cores diferentes pelos participantes. Na metacontingência 2 (META2) a apresentação da CC ocorreria diante da escolha de três cores iguais pelos participantes, excluindo a última cor do ciclo anterior. Na metacontingência 3 (META3) a liberação da CC era contingente à escolha de três cores diferentes pelos participantes, excluindo a primeira cor escolhida no ciclo anterior. As Instruções Os três primeiros participantes receberam a seguinte instrução oral pelo experimentador: A tarefa de vocês será de escolha de números nesta matriz. Sempre que o nome de um de vocês for chamado, este deverá escolher o número de uma das linhas na matriz. Dependendo do desempenho do grupo, itens escolares poderão ser produzidos, e estes itens serão doados a uma instituição carente ao final do estudo. Vocês podem fazer anotações, se quiserem, ou conversar entre si. Sempre que um novo participante chegar ao grupo vocês devem instruí-lo sobre a tarefa. Os novos participantes foram instruídos pelos participantes que entraram na situação experimental 17

22 antes. Cada vez que um novo participante foi apresentado ao grupo, o experimentador informou que cabia ao grupo instruí-lo sobre a tarefa a ser realizada. O recrutamento Os participantes foram recrutados nos corredores e salas de aula de seus cursos, com um convite para participar de um estudo sobre o comportamento de grupos. Os interessados foram direcionados para o LACS, onde leram e assinaram um termo de consentimento, e onde foi realizado o estudo. Condições Experimentais Fase 1 O grupo poderia produzir CCs, iniciando a etapa de seleção das CCEs+PAs em esquema de razão variável (VR3). Assim, uma CC (carimbo) somente foi produzida a cada terceira ocorrência em média das CCEs+PA. A cada 20 ciclos foi realizada a substituição de um participante, começando pelo participante designado como P1, posteriormente P2, e assim por diante, até que todos os integrantes do grupo que iniciaram essa fase foram substituídos por novos integrantes. A metacontingência em vigor foi a META1 (CC contingente à escolha de três cores diferentes). O critério de encerramento foi a produção da CC em 80% dos últimos 60 ciclos, ou a conclusão de 120 ciclos. Fase 2 Suspensão da possibilidade de produção da consequência cultural. O critério para encerramento desta fase foi a conclusão de 100 ciclos (cinco gerações). Fase 3 Início das CCs intermitentes em FR3. Nessa condição, a consequência cultural somente foi produzida a cada terceira ocorrência das CCEs+PAs. A metacontingência em vigor foi a META2 (escolha de três cores iguais, excluindo a última cor do ciclo anterior). A cada 20 ciclos houve a substituição de um participante. O critério de 18

23 encerramento foi a produção da CC em 80% dos últimos 60 ciclos, ou a conclusão de 120 ciclos. Fase 4 Suspensão da possibilidade de produção da consequência cultural. Esta fase foi encerrada mediante a conclusão de 100 ciclos (cinco gerações). Fase 5 As consequências culturais foram produzidas em esquema de CRF. A metacontingência META3 esteve em vigor (escolha de linhas de três cores diferentes, excluindo a primeira cor escolhida no ciclo anterior). O grupo produziu uma consequência cultural a cada ocorrência das CCEs+PA. A cada vinte ciclos houve substituição de um participante. O critério de encerramento foi a produção da CC em 80% dos últimos 20 ciclos, ou a conclusão de 50 ciclos. Fase 6 Suspensão da possibilidade de produção da consequência cultural. O critério para encerramento desta fase foi a conclusão de 100 ciclos (cinco gerações). O estudo, portanto, iniciou com uma fase de apresentação intermitente da consequência cultural em esquema de razão variável (VR3), seguida de razão fixa (FR3) e reforçamento contínuo (CRF), intercaladas por fases de suspensão da consequência cultural. Os pontos acumulados pelos participantes (consequências individuais) foram trocados por dinheiro após o encerramento da participação de cada membro. Os participantes visualizavam a matriz na TV LCD. Sempre que uma consequência cultural foi produzida, o experimentador informou oralmente acerca da produção do item escolar pelo grupo, e carimbou uma imagem correspondente em uma cartela sobre a mesa com o título Contribuições para o Kit Escolar (Anexo 2). O Delineamento Experimental 19

24 A tabela abaixo resume o delineamento experimental que foi utilizado no estudo. Tabela 1. Delineamento experimental empregado no experimento. FASE CONTINGÊNCIA DE REFORÇO METACONTINGÊNCIA CRITÉRIO DE ENCERRAMENTO R S R CCE + PA CC R Linhas Fichas Cores das linhas escolhidas pelos participantes Itens escolares FASE 1 Metacotingência 1 CC intermitente em VR3 Ímpar Par 1 0 Três linhas com cores diferentes 1 a cada terceira ocorrência em média 80% da CC nos últimos 60 ciclos, ou a conclusão de 120 ciclos FASE 2 Suspensão da CC Ímpar Par ciclos FASE 3 Metacotingência 2 CC intermitente em FR3 Ímpar Par 1 0 Três linhas com cores iguais, excluindo a última cor do ciclo anterior 1 a cada terceira ocorrência 80% da CC nos últimos 60 ciclos, ou a conclusão de 120 ciclos FASE 4 Ímpar 1 Suspensão das CC Par ciclos FASE 5 Metacotingência 3 CC em CRF Ímpar Par 1 0 Três linhas com cores diferentes, excluindo a primeira cor do ciclo anterior 1 a cada ocorrência 80% dos últimos 20 ciclos ou 50 ciclos FASE 6 Suspensão da CC Ímpar Par ciclos 20

25 Análise dos dados Foram analisados os tipos e freqüência das escolhas (linhas escolhidas), as CIs acumuladas, e as consequências culturais produzidas. Foi realizada uma análise dos registros audiovisuais de interações verbais entre os participantes para identificação das instruções dadas aos novos participantes, ou descrição das metacontingências em vigor. RESULTADOS Cada microcultura foi exposta a um total de 590 ciclos. Ao longo do experimento todas as seis fases foram finalizadas por limite de ciclos, em ambas microculturas. Os dados obtidos estão apresentados nas Figuras 4 a 6, a seguir. 21

26 Figura 4: A figura apresenta o registro cumulativo de produção de Consequências Individuais (CIs) pelas linhagens e de emissões de CCEs+PAs para as microculturas 1 (superior) e 2 (inferior). As curvas referentes às linhagens zeram quando há mudança de participantes. O experimento iniciou com a fase VR3, em que a CC era produzida a cada três ocorrências, em média, das CCEs+PAs. O entrelaçamento alvo nesta fase foi a escolha de três linhas de cores diferentes (META1) pelos participantes. Esta fase obteve os maiores registros acumulados de ocorrências de CCE+PAs, tanto para a MC1 (75, ciclo 120, equivalente a 62%) quanto para a MC 2 (64, ciclo 120, equivalente a 53%). A probabilidade de ocorrência de escolhas em linhas de cores diferentes ao acaso, em META1, foi de 48%. Assim, na fase de VR3, as escolhas da MC1 e MC2 ficaram acima da linha do acaso. A maioria das escolhas individuais dos participantes foi em linhas ímpares, indicando a ocorrência de seleção operante. Apesar dos altos números de entrelaçamentos, os participantes não chegaram a descrever as contingências culturais na instrução a novos participantes, indicando apenas as contingências individuais. Também não houve qualquer tipo de articulação verbal dos grupos em busca de combinações que pudessem produzir a CC. A fase foi concluída tendo atingido o limite de ciclos predefinido, ao final do ciclo 120, para as duas microculturas. Na fase de suspensão da consequência cultural (SCC1), que teve início no ciclo 121, o registro de entrelaçamentos (referentes a metacontingência programada para a fase imediatamente anterior - META 1) apresentou um declínio, mas registrou um total de 54% de entrelaçamentos para a MC1, e 59% para a MC2, no ciclo 220. Nesta fase, as ocorrências de CCEs+PAs ao acaso foi de 48%, tendo MC1 e MC2 registrado um total acumulado de ocorrências acima deste percentual. Na condição de FR3 a metacontingência programada seria a escolha de três cores iguais, excluindo a última cor do ciclo anterior. Esta fase teve início no ciclo

27 Ao longo de toda esta condição houve duas ocorrências de CCEs+PAs para a MC1, e uma ocorrência para a MC2. As escolhas individuais mantiveram os níveis das condições anteriores, com maioria de escolhas em linhas ímpares. A fase foi encerrada no ciclo 340. Na SCC2, que seguiu a condição FR3, o número de entrelaçamentos (referentes a condição anterior - META 2) para a MC1 chegou a um total de 7, registrando até 14% (ciclo 410 a 419) enquanto para a MC2 não foi observada nenhuma ocorrência. Portanto, não houve seleção das CCEs+PAs alvo nesta condição, para as duas microculturas. A fase foi encerrada no ciclo 440. Em CRF as CCs eram apresentadas a cada escolha de linhas de três cores diferentes, excluindo a primeira cor de linha escolhida do ciclo anterior (META3). A condição durou 50 ciclos, tendo 15 ocorrências de CCEs+PA para a MC1 (equivalente a 30%), e 7 ocorrências para a MC2 (total de 14%). O percentual de escolhas ao acaso, em META3, era de 19%, inferior aos registros de escolhas da microculturas 1, e superior as escolhas da microcultura 2. A condição SCC3 teve início no ciclo 490 e teve a duração de 100 ciclos. Nesta fase a MC1 obteve um total de 29 entrelaçamentos (atingindo 36%, ciclo 581 ao 584) correspondentes à META 3; para a MC2, o total de ocorrências do entrelaçamento chegou a 25 (registrando 32% no ciclo 541, e encerrando a fase com 20%). As duas microculturas apresentaram registros de ocorrência de CCEs+PAs acima da probabilidade ao acaso (equivalente nesta fase a 19%). 23

28 Figura 5: Dispersão de escolhas pares e ímpares ao longo dos ciclos para as microculturas 1 (superior) e microcultura 2 (inferior). A Figura 5 aponta uma baixa concentração de escolhas em combinações envolvendo linhas pares, em ambas as microculturas. A MC1 apresentou poucas escolhas de linhas pares pelos participantes ao longo de quase todas as fases, enquanto a 24

29 MC2 só realizou escolhas pares a partir da segunda condição de SCC. A concentração de escolhas em combinações de linhas ímpares atesta a seleção operante nas diversas condições para as duas microculturas. Figura 6: Porcentagem de CIs e de ocorrência de CCEs+PAs, em relação aos últimos cinquenta ciclos, para todas as fases do experimento, para MC1 (parte superior) e MC2 (parte inferior). Como pode ser observado na Figura 6, em VR3 houve alta frequência das CCEs+PAs alvo para as duas microculturas. A porcentagem de ocorrência de entrelaçamentos programados (META1) em cinquenta ciclos sucessivos alcançou os 25

30 maiores índices registrados no estudo, chegando a 70% (MC1, ciclo 55) e 68% (MC 2, ciclo 75). Os índices de CI foram elevados para as duas microculturas. A porcentagem de consequências individuais chegou a ser de 100% para L2 (microcultura 1, ciclo 96 ao 102) e L3 (microcultura 2, ciclo 55 ao 62). Na SCC1 o registro de CCEs+PA para a MC 1 iniciou em 64%, no ciclo 121, e encerrou em 42%, no ciclo 220. Para a MC 2, os entrelaçamentos registrados foram de 46% a 60% no mesmo intervalo de ciclos. Houve uma queda na produção de CIs para as linhagens L1 (74%) e L2 (26%) e aumento na produção de CIs em L3 (74%) da MC1. Em MC2 a L1 chegou a 94% (ciclo 198), e L2 apresentou um aumento percentual, partindo do registro de 42% (ciclo 121) para 56% (ciclo 220), e L3 caiu de 80% (ciclo 121) para 52% (ciclo 220). Em FR3 entrou em vigor a META2, e os CCEs+PAs chegaram ao menor índice registrado no estudo, para as duas microculturas. MC1 registrou 0% de entrelaçamentos alvo entre o ciclo 314 e 335. A MC2 chegou a apresentar 0% de CCEs+PA programados entre os ciclos 311 e 340. Houve um aumento na produção de CIs nas duas microculturas. MC1 chegou a registrar 98% (L2, ciclo 340), e MC2, 98% (L1, ciclo 262 e 265). Em SCC2, os entrelaçamentos (META 2) chegaram a 14%, entre o ciclo 412 e 420 na MC1, mas permaneceram em 0% para a MC2 ao longo da condição. MC1 chegou a atingir 96% (L1, ciclo 440) e 96% (L3, ciclo 366) de produção de CIs, mas posteriormente apresentou queda acentuada (L2 62% e L3 52%). MC2 também registrou diminuição significativa na frequência de CIs para as 3 linhagens (L1 50%, L2 44%, L3 48% - ciclo 440). A condição de CRF registrou um aumento na frequência de entrelaçamentos alvos (META3) para as duas microculturas. A MC1 alcançou 30% de CCEs+PAs entre os ciclos 484 e 490, e a MC2 chegou a 14%, no intervalo entre o ciclo 484 e 490. Na 26

31 MC1 foi registrada uma queda de produção de CIs em L1, chegando a 60% (ciclo 490), tendo aumento na produção para L2 (70%) e L3 (64%) ao final da fase. Para MC2 o percentual oscilou para as três linhagens, finalizando em 52% para L1, chegando a 62% para L2, e 48% para L3 ao final da fase. Em SCC3 a porcentagem de CCEs+PA para a MC1 chegou a 32% no final do ciclo 590, enquanto os entrelaçamentos para a MC2 atingiram 30% no ciclo 540, e encerraram a condição em 18%. A MC1 apresentou um aumento na produção de CIs para L1 (68%) e L2 (92%), e moderada queda para L3 (56%). Para a MC2 houve um aumento nas CIs em L2 (78%) e L3 (96%), e diminuição em L1 (44%). DISCUSSÃO Este estudo teve como objetivo aferir o efeito da apresentação de CCs em esquemas análogos de VR3, FR3 e CRF, na seleção e manutenção de contingências comportamentais entrelaçadas, bem como o efeito da suspensão da CC sobre entrelaçamentos previamente selecionados sob aqueles esquemas. Os resultados indicam que o critério de encerramento das condições (ocorrência de CCEs em 80% dos últimos 50 ou 60 ciclos) não foi alcançado em nenhuma das condições. Todavia, na condição VR3 (a primeira à qual as microculturas foram expostas), observou-se uma taxa elevada de recorrência dos entrelaçamentos alvo (70%), o que permite falar em seleção das CCEs+PAs pela CC. Nas demais condições, as variações na taxa de recorrência das CCEs+PAs foram muito inferiores e não permitem falar em seleção cultural. Como não houve seleção cultural em FR3 e CRF, os dados são pouco informativos sobre o eventual efeito diferencial da suspensão da CC após essas condições. Considerando a seleção cultural identificada em VR3, a fase que a seguiu (SCC1) identificou um aumento no registro de entrelaçamentos para as duas microculturas (MC1 70%, ciclo 133; MC2 64%, ciclo 202). Após o aumento da taxa de CCEs+PA, a MC1 encerrou a fase (ciclo 220) registrando uma queda nos 27

32 entrelaçamentos (44%), e a MC2 finalizou a condição mantendo a taxa de CCEs+PA (62%). A partir destes dados, é possível relacionar o aumento nas taxas de entrelaçamentos, diante da suspensão da consequência cultural, como um dos efeitos identificados na suspenção do reforçamento operante. Como a condição foi finalizada por ter sido atingido o limite de ciclos, não foi possível identificar demais fatores que poderiam ser comparados aos efeitos da extinção operante. Em todas as condições houve altas taxas de recorrência da escolha de linhas ímpares e consequente produção da CI, indicando seleção operante, como em investigações anteriores em que foram programadas contingências operantes e metacontingências independentes (e.g., Amorim, 2010; Bullerjhann, 2009; Caldas, 2009; Esmeraldo et al., 2012; Marques, 2012; Ortu, Becker, Woelz & Glenn, 2012, Pereira, 2008). Por outro lado, em todas as condições, os registros referentes à taxa de recorrência dos entrelaçamentos alvo foram inferiores aos relatados em outras pesquisas que atestaram a seleção cultural com diferentes preparos experimentais e CCs intermitentes (e.g. Amorim, 2010; Vichi, 2012). Neste estudo, apenas em VR3 a taxa alcançada atesta a sensibilidade do padrão de entrelaçamento às CCs. Os dados de seleção cultural encontrados neste estudo e sua diferença em relação aos relatados em estudos que aferiram o efeito de CCs intermitentes (e.g., Amorim, 2010; Vichi; 2012) podem ser explicados por duas variáveis. A primeira delas, que marcadamente diferenciou este estudo, diz respeito ao fato de que, em cada condição, o entrelaçamento alvo mudava, tornando-se mais complexo. Isto é, na condição VR3, a primeira a que cada microcultura foi exposta, o requisito para a produção da CC era mais simples, apenas a escolha de três linhas de cores diferentes. Nas condições FR3 e CRF, o entrelaçamento alvo era mais complexo, pois não poderia ser repetida uma das cores escolhidas no ciclo anterior (a última, em FR3; a primeira, em CRF). Isso exigia colocar o entrelaçamento alvo de um ciclo sob controle também do que havia ocorrido no ciclo anterior. A escolha de mudança das metacontingências em cada fase do estudo buscou garantir que a seleção dos entrelaçamentos ocorresse 28

33 sem a possibilidade de interferência do histórico de reforçamento dos participantes, garantindo assim que as respostas do grupo estivessem sensíveis ao esquema de reforçamento em vigor. Este estudo não teve como objetivo inicial aferir os efeitos do aumento da complexidade dos entrelaçamentos para a produção da consequência cultural; no entanto, a mudança nos entrelaçamentos alvo acabou introduzindo esta variável adicional não programada. À mudança do entrelaçamento alvo, e à maior complexidade dos requisitos para a produção da CC, pode ter-se somado um efeito de história de exposição das microculturas às condições alternadas de menor probabilidade das CCEs+PAs devido ao controle parcial por escolhas no ciclo anterior (FR3 e CRF) e suspensão da CC após cada uma das condições em que houve liberação de CCs. Esse conjunto de variáveis pode ter sido importante para que as microculturas não apresentassem altas taxas de recorrência das CCEs+PAs nas condições FR3 e CRF. Como as condições FR3 e CRF foram precedidas de uma fase de suspensão da CC, quando nenhuma metacontingência estava em vigor, é possível que o processo de seleção requeresse uma quantidade maior de exposição às metacontingências programadas, especialmente considerando-se também as exigências maiores para a produção da CC. Note-se que na última condição SCC, após a condição CRF, para as duas microculturas, observou-se uma elevação na taxa de recorrência das CCEs+PAs, um efeito ainda da introdução da metacontingência 3 na condição CRF. O aumento na taxa de recorrência de CCEs+PAs após a retirada da possibilidade de produção da CC pode ser analisado como um efeito análogo as consequências da extinção operante. De acordo com Skinner (1998), no processo de extinção, diante da suspensão do reforçamento, inicialmente é possível observar um aumento na taxa de respostas (previamente reforçadas) do indivíduo, sendo seguido de demais efeitos (variabilidade comportamental, responder de acordo com padrões antigos de reforçamento, respostas emocionais). Uma vez que o efeito de seleção cultural foi observado na condição VR3, os 29

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