PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO AGRAVO (REGIMENTAL/LEGAL) EM AI Nº /SP

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1 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO AGRAVO (REGIMENTAL/LEGAL) EM AI Nº /SP /SP RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO : AGRAVADO(A) ADVOGADO : ORIGEM AGRAVADA : Desembargador Federal MARCELO SARAIVA : BOMCAR AUTOMOVEIS E PECAS LTDA -ME D.E. Publicado em 11/03/2015 SP ANNA LUCIA DA MOTTA PACHECO CARDOSO DE MELLO e outro : Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL) SP MARLY MILOCA DA CAMARA GOUVEIA E AFONSO GRISI NETO : JUIZO FEDERAL DA 6 VARA DE CAMPINAS - 5ª SSJ - SP : DECISÃO DE FOLHAS PETIÇÃO : AG RECTE No. ORIG. : BOMCAR AUTOMOVEIS E PECAS LTDA : Vr CAMPINAS/SP EMENTA AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. ADESÃO AO PARCELAMENTO. ART. 558 DO CPC. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A decisão agravada foi proferida em consonância com o entendimento jurisprudencial deste Eg. Tribunal, com supedâneo no art. 557, do CPC, inexistindo qualquer ilegalidade ou abuso de poder. 2. Não se verifica a plausibilidade de direito nas alegações da parte agravante a justificar o deferimento da tutela pleiteada, porquanto não se afiguram presentes os requisitos previstos nos artigos 273 ou 558 do Código de Processo Civil. 3. A agravante deixou de comprovar que diligenciou no sentido da obtenção do certificado digital, no 1 of 8 23/01/18, 22:20

2 momento em que encontrou dificuldades, ocorrendo a perda do prazo para sua adesão ao programa. 4. Agravo improvido. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. São Paulo, 03 de março de MARCELO SARAIVA Desembargador Federal Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº /2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por: Signatário (a): MARCELO MESQUITA SARAIVA:10071 Nº de Série do Certificado: 45AC01C590943FBB Data e Hora: 05/03/ :08:18 AGRAVO (REGIMENTAL/LEGAL) EM AI Nº /SP /SP RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO : AGRAVADO(A) ADVOGADO : ORIGEM AGRAVADA : Desembargador Federal MARCELO SARAIVA : BOMCAR AUTOMOVEIS E PECAS LTDA -ME SP ANNA LUCIA DA MOTTA PACHECO CARDOSO DE MELLO e outro : Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL) SP MARLY MILOCA DA CAMARA GOUVEIA E AFONSO GRISI NETO : JUIZO FEDERAL DA 6 VARA DE CAMPINAS - 5ª SSJ - SP : DECISÃO DE FOLHAS PETIÇÃO : AG RECTE No. ORIG. : BOMCAR AUTOMOVEIS E PECAS LTDA : Vr CAMPINAS/SP 2 of 8 23/01/18, 22:20

3 RELATÓRIO Trata-se de agravo legal de fls. 158/162 interposto pela Bomcar Automóveis e Peças Ltda.-ME contra a decisão proferida por este Relator às fls. 156/156v que, nos termos do art. 557, do CPC, indeferiu o pedido de efeito suspensivo pleiteado. Em suas razões de inconformismo a agravante alega que o fato de não ter o certificado digital no prazo para adesão ao parcelamento, não pode ser indeferido o seu direito de aderir ao benefício, tendo em vista que o débito encontra-se nas hipóteses em podem ser parcelados, nos termos da Lei nº /2014. É o relatório, dispensada a revisão nos termos regimentais. VOTO O Exmo. Sr. Desembargador Federal Marcelo Saraiva. As razões expostas pela agravante em nada abalam a anterior fundamentação. Inicialmente, há de se reafirmar, no presente caso a possibilidade de aplicação do disposto no art. 557 do CPC, vez que inexiste qualquer ilegalidade ou abuso de poder. 3 of 8 23/01/18, 22:20

4 No que toca a aplicabilidade do art. 557, transcrevo a jurisprudência adotada pelo C. STJ: "PROCESSUAL CIVIL. TUTELA ANTECIPADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. ART. 557 DO CPC. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR RESPALDADA EM JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL A QUE PERTENCE. VIOLAÇÃO DO ART. 535, I e II, DO CPC. NÃO CONFIGURADA. 1. A aplicação do artigo 557, do CPC, supõe que o julgador, ao isoladamente negar seguimento ao recurso ou dar-lhe provimento, confira à parte prestação jurisdicional equivalente a que seria concedida acaso o processo fosse julgado pelo órgão colegiado. 2. A 'ratio essendi' do dispositivo, com a redação dada pelo artigo 1º, da Lei 9.756/98, visa desobstruir as pautas dos tribunais, dando preferência a julgamentos de recursos que encerrem matéria controversa. 3. Prevalência do valor celeridade à luz do princípio da efetividade (Precedentes do STJ: AgRg no REsp /DF, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, 3.ª Turma, DJ ; AgRg no REsp /SC, Rel. Min. CASTRO MEIRA, 2.ª Turma, DJ ; REsp /RS, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, 1.ª Turma, DJ e; AgRg no REsp /RS, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, 1.ª Turma, DJ ). 4. 'In casu', o acórdão hostilizado denota a perfeita aplicação do art. 557, do CPC, posto que a prolação de sentença de mérito na ação originária revela a superveniente perda de objeto do recurso utilizado contra o deferimento ou indeferimento da tutela antecipada initio litis. Precedentes: RESP /SC, DJ de ; AgRg no RESP /PR, DJ e RESP /CE, DJ Inexiste ofensa ao art. 535, I e II, CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, cujo 'decisum' revela-se devidamente fundamentado. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão. Precedente desta Corte: RESP /RS, publicado no DJ de Agravo regimental desprovido." 4 of 8 23/01/18, 22:20

5 (AGRESP ª TURMA - Rel. Min. LUIZ FUX - DJE 03/04/2008) E, ainda: "PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR. ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. FUNDAMENTO NÃO ATACADO. I - A reforma introduzida pela Lei nº 9.756/98, que deu nova redação ao artigo 557 da Lei Processual Civil, teve o intuito de desobstruir as pautas dos tribunais, dando preferência a julgamento pelas turmas apenas dos recursos que realmente reclamam apreciação pelo órgão colegiado. No caso presente, em que se decidiu pela ausência de omissão no acórdão recorrido, não havia a necessidade de a matéria ser apresentada diretamente à Turma, mormente por se tratar de hipótese em que o seguimento do especial foi obstado já no juízo de admissibilidade realizado na corte estadual, e a orientação esposada encontra-se respaldada em jurisprudência pacificada deste Superior Tribunal de Justiça. II - Em casos que tais, a possibilidade de o relator decidir monocraticamente decorre do princípio da celeridade processual, sem que tal fato importe violação aos princípios da ampla defesa e do devido processo legal, haja vista que a defesa das partes, se indevida a aplicação do julgamento simplificado, faz-se via agravo regimental. III - Inviável o especial que deixa de atacar fundamento suficiente, por si só, para manter a conclusão assentada no aresto hostilizado (Súmula 283/STF). Agravo improvido." (AGA AgRg AI ª TURMA - Rel. Min. CASTRO FILHO - DJ 10/09/ p ). Quanto à questão principal, reitere-se que não verifico plausibilidade de direito nas alegações da parte agravante a justificar o deferimento da tutela pleiteada, porquanto não se afiguram presentes os requisitos previstos nos artigos 273 ou 558 do Código de Processo Civil. 5 of 8 23/01/18, 22:20

6 O MM. Juízo a quo proferiu decisão nos seguintes termos: "Não verifico presentes os requisitos necessários à concessão da liminar, porque a documentação apresentada pela impetrante e as informações prestadas pelas autoridades impetradas não evidenciam, ao menos na análise perfunctória que ora cabe, a prática de nenhum ato abusivo ou ilegalidade por parte da Administração. Observo que a impossibilidade da adesão da impetrante ao parcelamento parece ter sido ocasionada por falta do certificado digital, documento indispensável para o procedimento. Não trouxe aos autos, no entanto, nenhum documento que demonstre ter buscado, a tempo e modo, regularizar a sua situação, ou ao menos que teria provocado as autoridades impetradas nesse sentido. Nem há que se falar em mandado de segurança preventivo, eis que o presente writ foi impetrado apenas em , ou seja, após o final prazo para a adesão ao parcelamento (que se encerrou em ". Alega a agravante que no que concerne à adesão eletrônica à reabertura do Refis da Crise, e que trata o artigo 7º, encontra-se impedida de formular sua adesão por meio do e-cac com a utilização de certificado digital. Além do que, a Agravante deixou de comprovar que diligenciou no sentido da obtenção do certificado digital, no momento em que encontrou dificuldades, ocorrendo a perda do prazo para sua adesão ao programa. A propósito do tema transcrevo entendimento que ora adoto como razões de decidir: "TRIBUTÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - REFIS - CONSOLIDAÇÃO - PERDA DE PRAZO - REABERTURA - IMPOSSIBILIDADE - APELAÇÃO PROVIDA. 6 of 8 23/01/18, 22:20

7 1. A adesão ao parcelamento é faculdade do contribuinte e, portanto, a ele compete aderir às normas que regulamentam o seu procedimento. 2. As normas regulamentadoras do parcelamento trouxeram claramente as condições para o gozo do benefício fiscal, bem como os prazos para preenchimento dos devidos requisitos. Além disso, a autora deixou de cumprir os requisitos previstos na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 02/2011, não procedendo à prestação das informações necessárias à consolidação, de forma que, deixando de cumprir os requisitos necessários, ensejou o cancelamento de sua opção. 3. Logo, é vedado ao Judiciário afastar exigências legalmente impostas para conceder o benefício fiscal nas condições e prazos individualmente pretendidos pela impetrante, sob pena de ofensa ao princípio da legalidade e ao postulado da separação dos Poderes. 4. Ademais, sustenta a impetrante, ora apelada, que deixou de cumprir o prazo para a consolidação na medida em que o sistema eletrônico apresentou inconsistências. Contudo, não há qualquer prova nos autos de tal ocorrido. 5. Sentença reformada. 6. Apelação e remessa oficial providas." (destaques nossos) (TRF 3ª Região, APELAÇÃO CÍVEL Nº /SP, Rel. Juiz Federal Convocado CIRO BRANDANI, 3ª Turma, D.J , D.E ). Assim, a r. decisão ora agravada foi proferida em consonância com o entendimento jurisprudencial deste Eg. Tribunal, com supedâneo no art. 557, do CPC, inexistindo qualquer ilegalidade ou abuso de poder. Por tais razões, nego provimento ao presente agravo. 7 of 8 23/01/18, 22:20

8 É o voto. MARCELO SARAIVA Desembargador Federal Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº /2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por: Signatário (a): MARCELO MESQUITA SARAIVA:10071 Nº de Série do Certificado: 45AC01C590943FBB Data e Hora: 05/03/ :08:22 8 of 8 23/01/18, 22:20