CENTRO DISTRITAL DE ESTÁGIO DE FARO. PROCESSO CIVIL- 09/03/2006 HIPÓTESE I A D. Lígia, em face da petição inicial anexa, relatou os seguintes factos:

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1 CENTRO DISTRITAL DE ESTÁGIO DE FARO PROCESSO CIVIL- 09/03/2006 HIPÓTESE I A D. Lígia, em face da petição inicial anexa, relatou os seguintes factos: A acção é uma mentira pegada. A renda deixou de ser paga no Banco, porque a casa da autora fica mais perto do local de trabalho da D. Lígia. Os AA nunca deram um recibo dos pagamentos efectuados. No Verão de 1994 existiam infiltrações nos tectos, nas paredes, no chão, em toda a casa, motivada por deficiências nas canalizações. As infiltrações e a humidade estragaram o chão da casa, os móveis da cozinha e casa de banho. O esgoto do lava louça da cozinha entupiu e todos os dias a D. Lígia apanhava água da pia e despejava na sanita. As paredes pingavam água. A parede entre a cozinha e a varanda tinha infiltrações. A D. Lígia contratou canalizadores, que lhe disseram que, se quisesse resolver o problema, tinha que substituir toda a canalização. Assim, em Fevereiro de 1995, a D. Lígia foi obrigada a efectuar as reparações na casa. Ora, para substituir toda a canalização foi necessário partir o chão e a parede que fazia a divisão entre a cozinha e a varanda. A D. Lígia partiu a parede e construiu uma marquise, duplicando a área da cozinha. Se os senhorios quiserem repor a situação a D. Lígia constrói uma parede. As obras realizadas aumentaram o valor do imóvel. Os autores sabem que o prédio ficou a valer mais, porque, no verão de 1996, foram ao locado mostrar o apartamento a uns primos que o pretendiam

2 adquirir e disseram, à vista da D. Lígia, que a casa tinha sido valorizada com as obras e que a D. lígia era muito boa inquilina. E, a verdade, é que a D. Lígia substituiu toda a casa de banho e cozinha, levantou e substituiu todo o chão da casa, destruiu a parede da cozinha e pintou a casa toda. Na marquise de alumínio equipada com vidros e montagem, nos termos da factura nº 227, gastou o montante de 947, 76 ; Bens de cozinha, de acordo com a factura nº , gastou a importância de 1 319, 62 ; Nos materiais e equipamentos de casa de banho, de acordo com as facturas nº e nº 43366, adquiridos a Joco, S.A. gastou 646, 11. II 1) Efectue a peça processual adequada aos interesses da ré. 2) A D. Lígia foi citada pessoalmente, no âmbito da mencionada acção que corre os seus termos no 2º juízo Cível do tribunal da Comarca de Olhão, sob o nº 127/06, no dia 9 de Março de Indique qual o termo do prazo legalmente admissível para a ré apresentar a contestação. 3- Qual o valor da taxa de justiça inicial a pagar pela ré?

3 EXMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUNAL CÍVEL DA COMARCA DE OLHÃO BERNARDO EDUARDO VASCONCELOS e sua mulher CAROLINA VASCONCELOS, contribuintes nº e nº , residentes na Av. da Culatra, nº41-1ºesq., em Olhão, vêm interpor, ACÇÃO COMUM DE DESPEJO SOB A FORMA SUMÁRIA, contra LÍGIA EDUARDA ARISTIDES, casada, residente na Avenida da Culatra, nº4, em Faro, nos termos e com os fundamentos seguintes: 1-Os autores são donos e legítimos possuidores da fracção autónoma designada pela letra A, correspondente ao R/C esquerdo do prédio urbano constituído em regime de propriedade horizontal, sito na Avenida da Culatra, nº4, em Faro, inscrito sob o n.º 6394-A na matriz predial urbana da freguesia da Sé (Vide documento nº1). 2-Por contrato com início em 1 de Junho de 1995, a autora mulher, deu de arrendamento à ré, a fracção autónoma identificada no artigo anterior, com destino à habitação permanente da ré. (Vide documento nº2) 3-Nos termos do artigo 2º do contrato de arrendamento celebrado, a renda mensal era de Esc $00, a qual foi actualizada, sendo no ano de 2006 de Embora no contrato de arrendamento constasse que as rendas seriam pagas no domicílio da Senhoria, os autores e a ré acordaram, a partir de 3 de Março de 1997, que as rendas seriam pagas através de depósito numa conta da autora. 5-Até Novembro de 1997, a ré pagou as rendas, mediante depósito na conta dos autores. 6-Porém, a partir de Novembro de 1997, inclusive, a ré começou a pagar as rendas na casa da autora. 7-Os autores efectuaram várias diligências no sentido da ré proceder ao pagamento das rendas em atraso através de depósito bancário, às quais a ré respondeu verbalmente e por carta datada de 12 de Janeiro de 1998, alegando que iria efectuar o pagamento à casa da autora.(vide documento nº3)

4 8- A A. soube agora que a R. realizou obras no locado, sem a sua autorização. 9- A R. procedeu, sem autorização dos autores, à destruição de uma parede interior que delimitava a cozinha do terraço, expandido a área da cozinha em prejuízo do terraço. 10- A R. actuou voluntária e ilicitamente, bem sabendo que não podia destruir uma parede interna do apartamento locado, sem o consentimento do A. 11- Com a destruição total da parede interior, o R. alterou substancialmente a disposição interna do locado, conduzindo à modificação da figuração e áreas da cozinha e terraço existentes à data da outorga do contrato de arrendamento e anteriormente. 12- A parede interior do locado que o R. destruiu sem a autorização do A. corresponde a uma parede mestra do edifício. 13- Com a alteração da disposição interna do locado sem o consentimento do A., o R. procura retirar um benefício ilegítimo que se consubstancia no aumento, a título definitivo, da área que a cozinha possuía anteriormente à data da outorga do contrato de arrendamento. DO DIREITO: 14- A realização de obras no locado, sem o consentimento escrito do Senhorio, que alterem substancialmente a sua estrutura externa ou a disposição interna das suas divisões, dão ao Senhorio, ora AA., o direito de resolver o contrato de arrendamento Nestes termos, nos melhores de direito e sempre com o mui douto suprimento de V.Ex.a, deve a presente acção ser julgada procedente por provada e, em consequência decretar-se a resolução do contrato de arrendamento, condenando-se a ré a entregar imediatamente o locado, deixando-o devoluto de pessoas e bens. Valor: (Sete mil e duzentos euros) Junta: 3 documentos, procuração, comprovativo do envio por correio electrónico, comprovativo do pagamento da taxa de justiça, duplicados e cópia. O Advogado

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