Penas Privativas de Liberdade
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- Henrique Chaves
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1 LEGALE
2 SURSIS
3 Sursis é a suspensão condicional da pena
4 Sursis Não se confunde com a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95)
5 Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena
6 Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena a pena ficará suspensa, por um período probatório, sob condições
7 Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena a pena ficará suspensa, por um período probatório, sob condições Cumprindo as obrigações, por todo o período, ao final, a pena é extinta.
8 Sursis Em regra o período de suspensão varia de 2 a 4 anos.
9 Sursis Em regra o período de suspensão varia de 2 a 4 anos. No sursis etário e no sursis humanitário, conforme explicaremos a seguir, o período de suspensão será de 4 a 6 anos
10 Sursis Para ter direito ao sursis o agente tem que cumprir 3 (três) requisitos:
11 Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos
12 Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos *por exceção, pena de até 4 anos dá direito ao sursis. Casos do: - sursis etário (condenado com mais de 70 anos)
13 Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos *por exceção, pena de até 4 anos dá direito ao sursis. Casos do: - sursis etário (condenado com mais de 70 anos) - sursis humanitário (condenado com doença grave)
14 Sursis 2) O condenado não pode ser reincidente em crime doloso
15 Sursis 2) O condenado não pode ser reincidente em crime doloso salvo se no crime anterior recebeu apenas uma pena de multa (Súmula 499 do STF caso em que caberá sursis)
16 Sursis 3) As circunstâncias judiciais deverão ser todas favoráveis (art. 59 do CP)
17 Sursis revogação obrigatória A revogação do sursis será obrigatória quando: - No curso da suspensão o beneficiário é condenado, sem sentença irrecorrível por crime doloso
18 Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não repara o dano (salvo sob justificativa)
19 Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado não presta serviços à comunidade ou não se limita em fins de semana no primeiro ano de cumprimento das condições do sursis
20 Sursis revogação facultativa Será facultado ao juiz revogar o sursis, se o condenado descumpre qualquer condição imposta (salvo a prestação de serviços ou limitação de fins de semana) ou seja condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos
21 Sursis Atenção: se ao mesmo tempo couber ao condenado sursis e pena restritiva de direitos, o juiz deve aplicar a pena restritiva de direitos fim
22 LIMITE DE PENA
23 Limite * A pena aplicada poderá ser superior, mas o condenado somente cumprirá 30 anos.
24 PRESÍDIOS PRIVADOS
25 Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves
26 Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país.
27 Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país. Na verdade, prisões terceirizadas já existiam (em mais de 20 localidades), mas a terceirização dessas prisões se dava em determinados setores como alimentação e saúde dos presos.
28 Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país. Na verdade, prisões terceirizadas já existiam (em mais de 20 localidades), mas a terceirização dessas prisões se dava em determinados setores como alimentação e saúde dos presos. Já Ribeirão das Neves era a primeira PPP, na prática, penitenciária privada de fato.
29 Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês.
30 Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês. O investimento inicial de R$ 280 milhões só será recuperado depois de alguns anos.
31 Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês. O investimento inicial de R$ 280 milhões só será recuperado depois de alguns anos. A concessão será de 27 anos prorrogáveis por 35 anos.
32 Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas.
33 Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado.
34 Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado. Não são aceitos presos vinculados a facções criminosas e nem presos por crimes contra a dignidade sexual.
35 Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado. Não são aceitos presos vinculados a facções criminosas e nem presos por crimes contra a dignidade sexual. Se há rebeliões, fugas ou qualquer manifestação do tipo, o consórcio é multado e perde parte do repasse de verba.
36 Presídios Privados Principais críticas Encarceramento em massa Inconstitucional (o Poder Punitivo do Estado é indelegável)
37 Presídios Privados Veja o vídeo do Youtube: Fw 5mi06s
38 Presídios Privados Veja o vídeo de crítica ao sistema por Marcelo Freixo do Youtube: 2VQ&t=133s 7min20s
39 Presídios Privados Veja a reportagem da Folha de São Paulo sobre o tema: 01/ matanca-em-manaus-poegestao-privada-de-presidios-em-xeque.shtml
40 Presídios Privados Veja a reportagem da Folha de São Paulo sobre o tema: 01/ matanca-em-manaus-poegestao-privada-de-presidios-em-xeque.shtml Vale destacar, que determinados setores do Presídio são terceirizados
41 LEGALE
42 PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos)
43 Penas Restritivas de Direitos As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão)
44 Penas Restritivas de Direitos As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão) Têm caráter substitutivo (substituem a pena de prisão, pois o Juiz aplica a pena de prisão e substitui por alternativa)
45 Penas Restritivas de Direitos Mas no caso do crime de porte para uso de entorpecentes (art. 28 da Lei /06) a pena não será mais de prisão e sim:
46 Penas Restritivas de Direitos I advertência sobre os efeitos das drogas;
47 Penas Restritivas de Direitos II prestação de serviços à comunidade;
48 Penas Restritivas de Direitos III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo
49 Penas Restritivas de Direitos Regras de Tóquio
50 Penas Restritivas de Direitos O 8. Congresso das Nações Unidas de 14/12/1990, aprovou a resolução n. 45/110 da Assembléia Geral, denominada Regras de Tóquio
51 Penas Restritivas de Direitos As Regras de Tóquio têm como objetivo principal a redução das penas de prisão no mundo, que são custosas e não socializantes
52 Penas Restritivas de Direitos Dentre as regras, podemos destacar a orientação para a participação societária nas penas ditas alternativas
53 Penas Restritivas de Direitos Analisemos algumas recomendações:
54 Penas Restritivas de Direitos Regra 17.1 A participação da comunidade deve ser incentivada, pois constitui recurso fundamental e um dos fatores mais importantes para fortalecer os vínculos entre os delinquentes submetidos a medidas nãoprivativas de liberdade e suas famílias e a sociedade. Essa participação complementa a ação da Administração das Justiça Penal
55 Penas Restritivas de Direitos Regra 17.2 A participação da comunidade deve ser vista como uma oportunidade para que seus membros contribuam para a proteção de todos
56 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.1 Deve-se incentivar os órgãos governamentais, o setor privado e o público em geral a apoiar as organizações de voluntários que promovam a aplicação de medidas não-privativas de liberdade
57 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.2 Devem ser regularmente organizados seminários, conferências, simpósios e outras atividades para estimular a conscientização da necessidade de participação do público na aplicação de medidas não-privativas de liberdade
58 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.3 Devem ser utilizadas todas as formas de comunicação de massa para criar uma atitude construtiva da comunidade que dê lugar a atividades tendentes à aplicação mais ampla do tratamento não-privativo de liberdade e à reintegração social dos delinquentes
59 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.4 Devem ser envidados todos os esforços para informar a sociedade sobre a importância de seu papel na execução das medidas não-privativas de liberdade
60 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.1 Os voluntários devem ser préselecionados e cuidadosamente recrutados em função de suas aptidões e interesse em relação ao trabalho a ser executado.
61 Penas Restritivas de Direitos Eles deverão ser adequadamente treinados para assumir as responsabilidades das funções específicas que terão de desempenhar e deverão ter à sua disposição apoio e orientação da autoridade competente e oportunidade de consultá-la
62 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.2 Os voluntários devem encorajar os delinquentes e suas famílias a estabelecer vínculos significativos com a comunidade e ampliar seu universo de contatos, dando-lhes assessoramento e outras formas adequadas de assistência, de acordo com sua capacidade e necessidade
63 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.3 Os voluntários devem ter seguro contra acidentes, lesões e dano a terceiros no exercício de suas funções. Devem ser reembolsados das despesas autorizadas em que incorrerem no exercício de suas funções. Deve ser-lhes dado reconhecimento público pelos serviços que prestam em prol do bemestar da comunidade
64 Penas Restritivas de Direitos Inspirada nas regras de Tóquio, entrou em vigor a Lei 9.714/98, que alterou o rol das penas alternativas no Brasil, e ampliou a sua abrangência
65 Penas Restritivas de Direitos Para a substituição (de prisão por alternativa) são necessários 3 (três) requisitos:
66 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos;
67 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos; O condenado não pode ser reincidente específico;
68 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos; O condenado não pode ser reincidente específico; As circunstâncias judiciais tem que ser favoráveis (art. 59 do CP).
69 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime tiver violência ou grave ameaça a pessoa (p. ex. estupro, roubo) não cabe pena alternativa.
70 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime for culposo, não interessa a pena, sempre caberá alternativa.
Penas Privativas de Liberdade
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