Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

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1 LEGALE

2 Sanção Penal

3 Sanção Penal É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

4 Sanção Penal No Brasil, o atual sistema de sanções é o SISTEMA VICARIANTE Por esse sistema, ou o agente tem uma pena ou uma medida de segurança (as duas não podem ser aplicadas ao mesmo tempo)

5 Sanção Penal O sistema antigo era o SISTEMA DO DUPLO BINÁRIO em que a pena e a medida de segurança poderíam ser aplicadas ao mesmo tempo

6 Sanção Penal Pena é dada a quem é condenado e tem por característica principal ser determinada, certa. Pena é baseada na culpabilidade do agente

7 Sanção Penal Medida de segurança é aplicada na absolvição imprópria e tem por característica ser indeterminada Medida de Segurança é baseada nna periculosidade do agente

8 Medida de Segurança

9 Sanção Penal São pressupostos para a aplicação da medida de segurança:

10 Sanção Penal São pressupostos para a aplicação da medida de segurança: * Prática de fato típico punível

11 Sanção Penal São pressupostos para a aplicação da medida de segurança: * Prática de fato típico punível * Periculosidade do agente (estado duradouro de antisocialidade)

12 Sanção Penal São pressupostos para a aplicação da medida de segurança: * Prática de fato típico punível * Periculosidade do agente (estado duradouro de antisocialidade) * Ausência de imputabilidade plena

13 Sanção Penal Medida de Segurança A Medida de segurança é aplicada por um prazo mínimo (quem fixa é o Juiz) que varia de 1 a 3 anos

14 Sanção Penal Medida de Segurança Após o transcurso do prazo mínimo o agente será avaliado e se a sua periculosidade estiver cessada ele estará livre. Se continuar perigoso continuará o tratamento até que a periculosidade cesse ou

15 Sanção Penal Medida de Segurança Súmula STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado

16 Sanção Penal Medida de Segurança A periodicidade para a reavaliação da periculosidade do agente, após o período mínimo será de 1 (um) ano, ou em intervalo menor, se o Juiz da Execução assim entender

17 Sanção Penal Medida de Segurança São duas as hipóteses de medida de segurança:

18 Sanção Penal Medida de Segurança Internação (em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico) para quem cometeu crime punido com reclusão

19 Sanção Penal Medida de Segurança Internação (em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico) para quem cometeu crime punido com reclusão OBS: cabe a internação em estabelecimento adequado (característica hospitalar ou de tratamento com dependência médica)

20 Sanção Penal Medida de Segurança Tratamento ambulatorial para quem cometeu crime punido com detenção

21 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção Há casos em que o agente contrai doença mental após a prática do crime. Nesse caso, será condenado, mas cumprirá pena no estabelecimento adequado, ou seja, poderá cumprir a pena, por exemplo no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.

22 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção Entretanto, encerrado o prazo da pena e mesmo não estando curado, será colocado em liberdade (por ter esgotado o cumprimento da PENA)

23 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção A Lei das Execuções Penais permite o acompanhamento da medida por médico particular de confiança da família do agente

24 Sanção Penal Medida de Segurança O agente que for liberado do cumprimento da medida de segurança pela cessação de sua periculosidade, poderá ser reinternado caso no prazo de 1 (um) ano a periculosidade volte a aparecer

25 Sanção Penal Medida de Segurança Na medida de segurança cabe detração, mas não cabe remição fim

26 Pena

27 Penas As penas no Brasil têm uma tríplice finalidade adotando-se a teoria da defesa social (mista ou unificadora):

28 Penas Retributiva (teoria absoluta)

29 Penas Retributiva (teoria absoluta) Prevenção de novos delitos (teoria relativa)

30 Penas Retributiva (teoria absoluta) Prevenção de novos delitos (teoria relativa) Ressocialização

31 Penas O sistema utilizado para as penas no Brasil é o sistema progressivo ou Inglês (mark system)

32 Penas O sistema da filadélfia (pensilvânico, belga ou celular) traz o isolamento celular absoluto

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37 Penas As penas no Brasil são de 3 (três) categorias:

38 Penas As penas no Brasil são de 3 (três) categorias: - privativas de liberdade - restritivas de direitos - multa.

39 Penas Privativas de Liberdade As penas privativas de liberdade são aquelas que trazem segregação, sendo o agente isolado, preso.

40 Penas Privativas de Liberdade O Código Penal prevê as penas privativas de liberdade como sendo

41 Penas Privativas de Liberdade O Código Penal prevê as penas privativas de liberdade como sendo - Reclusão - Detenção

42 Penas Privativas de Liberdade a Lei das Contravenções Penais menciona outra espécie de pena privativa:

43 Penas Privativas de Liberdade a Lei das Contravenções Penais menciona outra espécie de pena privativa: a prisão simples

44 Penas Privativas de Liberdade Diferença entre as prisões A diferença entre essas espécies de prisão não está na prática.

45 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial O artigo 33 do CP prevê que o Juiz, no momento de aplicação da pena deverá dizer QUAL O REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DE PENA. O regime inicial poderá ser:

46 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial Fechado Semi-aberto Aberto Semi-aberto Aberto Reclusão Detenção

47 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial Nos crimes hediondos o início se dará no regime fechado. Há quem diga que não: Súmula Vinculante do STF 26:

48 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n , de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.

49 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial O que é regime de pena?

50 Penas Privativas de Liberdade Regime inicial É o conjunto de regras que o condenado tem que se submeter

51 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Fechado: é o regime mais rigoroso, cumprido em penitenciárias de segurança máxima ou média.

52 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Fechado: é o regime mais rigoroso, cumprido em penitenciárias de segurança máxima ou média. Características: Pode trabalhar, inclusive externamente em obras públicas e tem como característica primordial o isolamento noturno

53 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Semi-aberto: é menos rigoroso que o fechado. É cumprido em colônias agrícolas, industriais ou similares.

54 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Semi-aberto: é menos rigoroso que o fechado. É cumprido em colônias agrícolas, industriais ou similares. Características: O trabalho externo é permitido na iniciativa privada. É possível a concessão de saídas temporárias

55 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Aberto: o condenado fica livre durante o dia e se recolhe à noite para dormir na prisão denominada casa de albergado

56 Penas Privativas de Liberdade Regime / Características Aberto: o condenado fica livre durante o dia e se recolhe à noite para dormir na prisão denominada casa de albergado OBS: Não tendo casa de albergado a comarca, poderá recolher-se à noite na sua própria casa (prisão albergue domiciliar)

57 Penas Privativas de Liberdade Regime Disciplinar Diferenciado - RDD não se trata de um novo regime e sim uma forma mais rigorosa de se cumprir o regime fechado

58 Penas Privativas de Liberdade Regime Disciplinar Diferenciado - RDD O isolamento no RDD é total (diurno e noturno) O banho de sol se limita a 2 horas por dia As visitas semanais são limitadas (duas pessoas por duas horas) Pode o condenado ficar em RDD por 360 dias renováveis por mais 360 dias.

59 Penas Privativas de Liberdade Regime Disciplinar Diferenciado - RDD ATENÇÃO O RDD não poderá ultrapassar 1/6 da pena É possível o RDD na prisão provisória Há entendimento que o RDD é inconstitucional por ferir o princípio da Humanidade

60 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Como se fixa o regime inicial?

61 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Fora a questão da Lei dos Crimes Hediondos, nos demais casos, a fixação do regime inicial se dá da seguinte forma:

62 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Se o réu for reincidente: Regime mais rigoroso

63 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Se o réu for primário, mas com circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) desfavoráveis: Regime mais rigoroso

64 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Se o réu for primário e com circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) favoráveis, se deve verificar a quantidade de pena

65 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação Se a pena for de até 4 anos: aberto Se a pena for maior de 4 anos e menor ou igual a 8 anos: semi-aberto Se a pena for maior de 8 anos: fechado (mas na detenção é o semi-aberto, por não ter o fechado inicialmente)

66 Penas Privativas de Liberdade Regime Inicial / Fixação ATENÇÃO - Súmula 269 do STJ Se o condenado for reincidente (a regra é o fechado), mas tem pena de até 4 anos e circunstâncias favoráveis poderá iniciar o cumprimento de pena no REGIME SEMI- ABERTO

67 Penas Privativas de Liberdade Regime / Migração O condenado inicia o cumprimento da pena em um regime, mas não significa que permanecerá nesse regime todo o cumprimento de pena (poderá migrar).

68 Penas Privativas de Liberdade Regime / Migração A migração de um regime para o outro se denomina: - REGRESSÃO ou - PROGRESSÃO.

69 Penas Privativas de Liberdade Regressão de regimes A regressão é a passagem do regime menos rigoroso para o mais rigoroso se o agente:

70 Penas Privativas de Liberdade Regressão de regimes cometer outro crime

71 Penas Privativas de Liberdade Regressão de regimes cometer outro crime cometer falta grave

72 Penas Privativas de Liberdade Regressão de regimes cometer outro crime cometer falta grave for condenado por outro crime e o total da pena torne insustentável o regime

73 Penas Privativas de Liberdade Progressão de regimes A progressão é a passagem do regime mais rigoroso para o menos rigoroso, desde que o agente tenha:

74 Penas Privativas de Liberdade Progressão de regimes A progressão é a passagem do regime mais rigoroso para o menos rigoroso, desde que o agente tenha: - Mérito Pessoal

75 Penas Privativas de Liberdade Progressão de regimes A progressão é a passagem do regime mais rigoroso para o menos rigoroso, desde que o agente tenha: - Mérito Pessoal - Cumpra 1/6 da pena

76 Penas Privativas de Liberdade Progressão de regimes Atenção: exceções à regra geral Crimes que prejudicam a administração (requisito a mais: reparação do dano)

77 Penas Privativas de Liberdade Progressão de regimes Atenção: exceções à regra geral Crimes que prejudicam a administração (requisito a mais: reparação do dano) Crimes hediondos ou equiparados (requisitos: Mérito Pessoal e 2/5 da pena se o réu for primário ou 3/5 da pena se o réu for reincidente)

78 REMIÇÃO

79 Penas Privativas de Liberdade Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei /11)

80 Penas Privativas de Liberdade Remição Principais alterações:

81 Penas Privativas de Liberdade Remição Principais alterações: - estudo tem que ser de 12 horas espalhadas em três dias

82 Penas Privativas de Liberdade Remição Principais alterações: - estudo tem que ser de 12 horas espalhadas em três dias - caso o agente se forme (p. ex. no ensino médio) receberá bonus de 1/3 a mais

83 Penas Privativas de Liberdade Remição Principais alterações: - estudo tem que ser de 12 horas espalhadas em três dias - caso o agente se forme (p. ex. no ensino médio) receberá bonus de 1/3 a mais - se o agente cometer falta grave perderá 1/3 do tempo remido fim

84 DETRAÇÃO

85 Penas Privativas de Liberdade Detração é o desconto na sanção definitiva do tempo de prisão provisória ou internação

86 LIVRAMENTO CONDICIONAL

87 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional é o benefício pelo qual o condenado cumpre a última etapa da sua pena de prisão em liberdade, sob condições.

88 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional é o benefício pelo qual o condenado cumpre a última etapa da sua pena de prisão em liberdade, sob condições. Caberá livramento condicional quando o condenado:

89 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos tiver MÉRITO PESSOAL

90 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos tiver MÉRITO PESSOAL mais abrangente que simples bom comportamento, incluindo, além desse, laborterapia, demonstração de condições de convívio societário, indenização salvo impossibilidade de fazê-lo e

91 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos - Cumprir:

92 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos - Cumprir: mais de 1/3 da pena não reincidente em crime doloso

93 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos - Cumprir: mais de 1/3 da pena não reincidente em crime doloso mais de 1/2 da pena reincidente em crime doloso

94 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos - Cumprir: mais de 1/3 da pena não reincidente em crime doloso mais de 1/2 da pena reincidente em crime doloso mais de 2/3 da pena crimes hediondos ou equiparados e tráfico de pessoas.

95 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos ATENÇÃO: Somente o reincidente específico em crime hediondo não terá direito ao livramento condicional

96 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos Revogação Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível por crime cometido durante a vigência do beneficio ou por crime anterior

97 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos Revogação A revogação será facultativa, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes dá sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade

98 Penas Privativas de Liberdade Livramento Condicional / Requisitos Revogação Se for revogado o livramento não poderá novamente ser concedido fim

99 SURSIS

100 Penas Privativas de Liberdade Sursis é a suspensão condicional da pena

101 Penas Privativas de Liberdade Sursis Não se confunde com a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95)

102 Penas Privativas de Liberdade Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena

103 Penas Privativas de Liberdade Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena a pena ficará suspensa, por um período probatório, sob condições

104 Penas Privativas de Liberdade Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena a pena ficará suspensa, por um período probatório, sob condições Cumprindo as obrigações, por todo o período, ao final, a pena é extinta.

105 Penas Privativas de Liberdade Sursis Em regra o período de suspensão varia de 2 a 4 anos.

106 Penas Privativas de Liberdade Sursis Em regra o período de suspensão varia de 2 a 4 anos. No sursis etário e no sursis humanitário, conforme explicaremos a seguir, o período de suspensão será de 4 a 6 anos

107 Penas Privativas de Liberdade Sursis Para ter direito ao sursis o agente tem que cumprir 3 (três) requisitos:

108 Penas Privativas de Liberdade Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos

109 Penas Privativas de Liberdade Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos *por exceção, pena de até 4 anos dá direito ao sursis. Casos do: - sursis etário (condenado com mais de 70 anos)

110 Penas Privativas de Liberdade Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos *por exceção, pena de até 4 anos dá direito ao sursis. Casos do: - sursis etário (condenado com mais de 70 anos) - sursis humanitário (condenado com doença grave)

111 Penas Privativas de Liberdade Sursis 2) O condenado não pode ser reincidente em crime doloso

112 Penas Privativas de Liberdade Sursis 2) O condenado não pode ser reincidente em crime doloso salvo se no crime anterior recebeu apenas uma pena de multa (Súmula 499 do STF caso em que caberá sursis)

113 Penas Privativas de Liberdade Sursis 3) As circunstâncias judiciais deverão ser todas favoráveis (art. 59 do CP)

114 Penas Privativas de Liberdade Sursis revogação obrigatória A revogação do sursis será obrigatória quando: - No curso da suspensão o beneficiário é condenado, sem sentença irrecorrível por crime doloso

115 Penas Privativas de Liberdade Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não repara o dano (salvo sob justificativa)

116 Penas Privativas de Liberdade Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado não presta serviços à comunidade ou não se limita em fins de semana no primeiro ano de cumprimento das condições do sursis

117 Penas Privativas de Liberdade Sursis revogação facultativa Será facultado ao juiz revogar o sursis, se o condenado descumpre qualquer condição imposta (salvo a prestação de serviços ou limitação de fins de semana) ou seja condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos

118 Penas Privativas de Liberdade Sursis Atenção: se ao mesmo tempo couber ao condenado sursis e pena restritiva de direitos, o juiz deve aplicar a pena restritiva de direitos fim

119 LIMITE DE PENA

120 Penas Privativas de Liberdade Limite * A pena aplicada poderá ser superior, mas o condenado somente cumprirá 30 anos.

121 PRESÍDIOS PRIVADOS

122 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves

123 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país.

124 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país. Na verdade, prisões terceirizadas já existiam (em mais de 20 localidades), mas a terceirização dessas prisões se dava em determinados setores como alimentação e saúde dos presos.

125 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Em 2013, foi inaugurado em Ribeirão das Neves MG o que se denominou primeira penitenciária privada do país. Na verdade, prisões terceirizadas já existiam (em mais de 20 localidades), mas a terceirização dessas prisões se dava em determinados setores como alimentação e saúde dos presos. Já Ribeirão das Neves era a primeira PPP, na prática, penitenciária privada de fato.

126 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês.

127 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês. O investimento inicial de R$ 280 milhões só será recuperado depois de alguns anos.

128 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados O consórcio que ganhou a licitação para a construção do Presídio Privado (GPA Gestores Prisionais Associados) recebeu no início da gestão a quantia de R$ 2.700,00 por preso/mês. O investimento inicial de R$ 280 milhões só será recuperado depois de alguns anos. A concessão será de 27 anos prorrogáveis por 35 anos.

129 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas.

130 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado.

131 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado. Não são aceitos presos vinculados a facções criminosas e nem presos por crimes contra a dignidade sexual.

132 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Há cláusula contratual que traz uma obrigação do Poder Público de garantir demanda mínima de ocupação de 90% das vagas. São aceitos presos em regime fechado. Não são aceitos presos vinculados a facções criminosas e nem presos por crimes contra a dignidade sexual. Se há rebeliões, fugas ou qualquer manifestação do tipo, o consórcio é multado e perde parte do repasse de verba.

133 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Principais críticas Encarceramento em massa Inconstitucional (o Poder Punitivo do Estado é indelegável)

134 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Veja o vídeo do Youtube: AbqAGU&t=5s 5mi09s

135 Penas Privativas de Liberdade Presídios Privados Veja o vídeo de crítica ao sistema por Marcelo Freixo do Youtube: 2VQ&t=133s 7min20s

136 PENAS ALTERNATIVAS (restritivas de direitos)

137 Penas Restritivas de Direitos As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão)

138 Penas Restritivas de Direitos As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão) Têm caráter substitutivo (substituem a pena de prisão, pois o Juiz aplica a pena de prisão e substitui por alternativa)

139 Penas Restritivas de Direitos Exceções: - Lei de Drogas - Lei de Crimes Ambientais

140 Penas Restritivas de Direitos Inspirada nas regras de Tóquio, entrou em vigor a Lei 9.714/98, que alterou o rol das penas alternativas no Brasil, e ampliou a sua abrangência

141 Penas Restritivas de Direitos Para a substituição (de prisão por alternativa) são necessários 3 (três) requisitos:

142 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos;

143 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos; O condenado não pode ser reincidente específico;

144 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos; O condenado não pode ser reincidente específico; As circunstâncias judiciais tem que ser favoráveis (art. 59 do CP).

145 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime tiver violência ou grave ameaça a pessoa (p. ex. estupro, roubo) não cabe pena alternativa.

146 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime for culposo, não interessa a pena, sempre caberá alternativa.

147 Penas Restritivas de Direitos Espécies O Código Penal traz cinco espécies de penas alternativa:

148 Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, consistente em tarefas gratuitas em hospitais, escolas, creches, etc, a razão de 1 hora para cada dia de pena.

149 Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro à vítima, seus herdeiros ou entidades públicas ou privadas de caráter assistencial, do montante compreendido entre 1 (um) e 360 (trezentos e sessenta) salários-mínimos.

150 Penas Restritivas de Direitos Espécies a lei Maria da Penha (violência doméstica lei /06) veda a concessão a penalização com cestas básicas ou outra prestação pecuniária

151 Penas Restritivas de Direitos Espécies Limitação de fins de semana, consistente em permanecer 5 (cinco) horas aos sábados e 5 (cinco) horas aos domingos, em casa de albergado, com o intuito de ouvir palestras.

152 Penas Restritivas de Direitos Espécies Perda de bens e valores, consistente na perda em favor do fundo penitenciário nacional dos bens do condenado, no montante maior entre o proveito do crime e o prejuízo causado. Não há regulamentação, salvo na Lei de Drogas (11.343/06, artigos 62 e seguintes)

153 Pena Restritivas de Direitos Espécies Interdição temporária de direitos, consistente na perda temporária da possibilidade do exercício de um direito (cargo público, mandato eletivo, profissão, freqüência a determinados lugares, etc.)

154 Pena de Multa

155 Pena de Multa A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário... Nacional ou Estadual?

156 Pena de Multa Segundo a Jurisprudência do STJ: Se o crime for Estadual Fundo Penitenciário Estadual Se o crime for Federal Fundo Penitenciário Federal

157 Pena de Multa A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar:

158 Pena de Multa A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar: Quanto vale cada dia-multa variação de 1/30 até 5 vezes o salário-mínimo

159 Pena de Multa A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar: Quanto vale cada dia-multa variação de 1/30 até 5 vezes o salário-mínimo Quantos dias-multa serão aplicados no mínimo 10 e no máximo 360 dias-multa.

160 Pena de Multa Atenção: A lei de drogas traz penas de multa mais altas (p. ex. art. 36 da Lei /06 de a dias-multa)

161 Pena de Multa Atenção: critério suplementar para aplicar a pena de multa - capacidade econômica do condenado

162 Pena de Multa Atenção: critério suplementar para aplicar a pena de multa - capacidade econômica do condenado Dependendo da capacidade econômica pode o Juiz aumentar a pena de multa em até o triplo

163 Pena de Multa Atenção: Se o condenado não pagar a multa não irá preso devendo ser executado (cobrado)

164 Pena de Multa Atenção: Se o condenado for primário, tiver circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 do CP) e pena de até 6 (seis) meses de prisão, essa prisão pode ser substituída por multa

165 Pena de Multa Atenção: Se o condenado for primário, tiver circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 do CP) e pena de até 6 (seis) meses de prisão, essa prisão pode ser substituída por multa É a chamada Multa vicariante

166 Cumulação de penas As penas expostas poderão ser cumuladas (até em obediência ao princípio da suficiência). Admite-se a aplicação: - de prisão + multa; - de alternativa + multa; - de duas alternativas;

167 Cumulação de penas Mas, atenção: não poderão ser cumuladas a pena de prisão e a pena alternativa (pois uma substitui a outra).

168 Aplicação da Pena

169 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

170 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 1ª Fase É aplicada a pena base, observando-se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP

171 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 2ª Fase São aplicadas as agravantes e atenuantes genéricas (art. 61 e ss do CP)

172 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 3ª Fase São aplicadas as causas de aumento e diminuição de pena.

173 Critério Trifásico de Aplicação da Pena ATENÇÃO A reincidência poderá figurar tanto na primeira quanto na segunda fase, mas nunca nas duas ao mesmo tempo

174 Critério Trifásico de Aplicação da Pena ATENÇÃO A primeira e a segunda fase estão limitadas pela pena em abstrato, não podendo ficar abaixo do mínimo e nem acima do máximo. A terceira fase poderá ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo

175 Circunstâncias judiciais São circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal:

176 Circunstâncias judiciais Culpabilidade

177 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes

178 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social

179 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente

180 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente Motivos, circunstâncias e consequências do crime

181 Circunstâncias judiciais Culpabilidade Antecedentes Conduta Social Personalidade do agente Motivos, circunstâncias e consequências do crime Comportamento da vítima

182 Circunstâncias agravantes I - a reincidência;

183 Circunstâncias agravantes I - a reincidência; II - ter o agente cometido o crime: - a) por motivo fútil ou torpe;

184 Circunstâncias agravantes I - a reincidência; II - ter o agente cometido o crime: - a) por motivo fútil ou torpe; - b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;

185 Circunstâncias agravantes - c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

186 Circunstâncias agravantes - d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;

187 Circunstâncias agravantes - e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

188 Circunstâncias agravantes - e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; - f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;

189 Circunstâncias agravantes - g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;

190 Circunstâncias agravantes - g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; - h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;

191 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;

192 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; - j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;

193 Circunstâncias agravantes - i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; - j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; - l) em estado de embriaguez preordenada.

194 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente:

195 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente: - I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;

196 Circunstâncias agravantes A pena ainda será agravada no caso de concurso de pessoas se o agente: - I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; - II - coage ou induz outrem à execução material do crime;

197 Circunstâncias agravantes III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou nãopunível em virtude de condição ou qualidade pessoal;

198 Circunstâncias agravantes III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou nãopunível em virtude de condição ou qualidade pessoal; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. fim

199 Circunstâncias atenuantes São circunstâncias que sempre atenuam a pena:

200 Circunstâncias atenuantes I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;

201 Circunstâncias atenuantes I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; II - o desconhecimento da lei;

202 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente:

203 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente: - a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

204 Circunstâncias atenuantes III - ter o agente: - a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; - b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;

205 Circunstâncias atenuantes - c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;

206 Circunstâncias atenuantes - c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; - d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

207 Circunstâncias atenuantes - e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.

208 Circunstâncias atenuantes OBS: A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei (atenuante inominada) fim

209 Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência

210 Concurso: Circunstâncias agravantes x atenuantes Exemplo de aplicação de pena: Condenação por roubo majorado: art. 157, 2º, inc. I do CP

211 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 1ª Fase É aplicada a pena base, observando-se as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP A pena é de 4 a 10 anos Exemplo 1 4 anos Exemplo 2 6 anos

212 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 2ª Fase São aplicadas as agravantes e atenuantes genéricas (art. 61 e ss do CP) Exemplo 1 4 anos para 4 anos (vítima idosa (h) e embriaguez preordenada (l) ) (menoridade (I) e confissão (III-d)) Exemplo 2 6 anos para 7 anos (vítima idosa (h) e embriaguez preordenada (l) ) (confissão (III-d))

213 Critério Trifásico de Aplicação da Pena 3ª Fase São aplicadas as causas de aumento e diminuição de pena. Exemplo 1 4 anos para 5 anos e 4 meses + 1/3 (emprego de arma) Exemplo 2 6 anos para 9 anos e 4 meses + 1/3 (emprego de arma)

214 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmulas sobre aplicação da pena:

215 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 444 É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a penabase.

216 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 443 O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

217 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 442 É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.

218 Critério Trifásico de Aplicação da Pena Súmula 440 Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. fim

219 Reincidência

220 Reincidência Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior

221 Reincidência EXEMPLO:

222 Reincidência Fatos: 1990 Condenação: 1995 Trânsito: 1998 Início da pena: 2000 Fim da pena: 2005 Fatos: 1992 Fatos: 1996 Fatos: 1999 Fatos: 2001 Fatos: 2006 Fatos: 2011 Furto Outros crimes

223 Reincidência Atenção: Se no momento da sentença do segundo crime, o réu já tiver sido condenado com trânsito em julgado por crime anterior, terá maus antecedentes Exemplo:

224 Reincidência Fatos: 1990 Condenação: 1995 Trânsito: 1998 Início da pena: 2000 Fim da pena: 2005 Fatos: 1994 (primário) Condenação: 1999 (maus antecedentes) Furto Outro crime

225 Reincidência Para efeito de reincidência:

226 Reincidência Para efeito de reincidência: I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;

227 Reincidência II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos fim

228 Concurso de Crimes

229 Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime

230 Concurso de Crimes Quando se fala em concurso de crimes há de se entender que o agente cometeu mais de um crime ou seja, concurso de crimes é a soma de 2 ou mais crimes

231 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser:

232 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser: Cúmulo Material

233 Concurso de Crimes A importância de se definir o concurso de crimes está no critério de aplicação da pena, que poderá ser: Cúmulo Material Exasperação

234 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes:

235 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material

236 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material - concurso formal

237 Concurso de Crimes São espécies de concurso de crimes: - concurso material - concurso formal - crime continuado

238 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP

239 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP Se dá quando o agente através de duas ou mais ações ou omissões der causa a dois ou mais resultados dentro de um único contexto.

240 Concurso de Crimes Material Concurso Material (real) art. 69 do CP Se dá quando o agente através de duas ou mais ações ou omissões der causa a dois ou mais resultados dentro de um único contexto. As penas deverão ser somadas.

241 Concurso de Crimes Formal Concurso Formal (ideal) art. 70 do CP

242 Concurso de Crimes Formal Concurso Formal (ideal) art. 70 do CP Se dá quando o agente através de uma única ação ou omissão der causa a mais de um resultado

243 Concurso de Crimes Formal O concurso formal poderá ser:

244 Concurso de Crimes Formal Perfeito: Quando o agente não quiser mais de um resultado (quer 1 ou nenhum)

245 Concurso de Crimes Formal Perfeito: Quando o agente não quiser mais de um resultado (quer 1 ou nenhum) Nesse caso, a pena será aplicada da seguinte maneira: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até a metade.

246 Concurso de Crimes Formal Imperfeito: Quando o agente quiser mais de um resultado ou assumir o risco de produzir mais de um resultado

247 Concurso de Crimes Formal Imperfeito: Quando o agente quiser mais de um resultado ou assumir o risco de produzir mais de um resultado Nesse caso, as penas serão somadas

248 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP

249 Concurso de Crimes Crime Continuado Crime continuado (concurso específico) art. 71 do CP São crimes autônomos, praticados em contextos diferentes, mas que se ligam por serem muito semelhantes (um crime é continuação do outro)

250 Concurso de Crimes Crime Continuado Para caracterizar o crime continuado são necessários 4 requisitos (cumulativos):

251 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie

252 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária)

253 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e

254 Concurso de Crimes Crime Continuado Crimes da mesma espécie tempo de uma atitude e outra não superior a um mês (para a jurisprudência majoritária) que os crimes sejam praticados na mesma região geográfica e que os crimes sejam praticados sempre da mesma forma (mesmo modus operandi)

255 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma:

256 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3.

257 Concurso de Crimes Crime Continuado A pena pelo crime continuado, em regra, é aplicada da seguinte forma: pega-se a pena do crime mais grave e aumenta-se de 1/6 até 2/3. se o crime tiver violência ou grave ameaça deverá ser aplicada a pena do crime mais grave aumentada o triplo.

258 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas.

259 Concurso de Crimes ATENÇÃO As penas de multa (não interessa o concurso) deverão ser sempre somadas. Se a soma das penas for melhor do que a utilização das regras do concurso formal perfeito e do crime continuado as penas deverão ser somadas (concurso material benéfico)

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