Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

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1 LEGALE

2 Sanção Penal

3 Sanção Penal É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

4 Sanção Penal No Brasil, o atual sistema de sanções é o SISTEMA VICARIANTE Por esse sistema, ou o agente tem uma pena ou uma medida de segurança (as duas não podem ser aplicadas ao mesmo tempo)

5 Sanção Penal O sistema antigo era o SISTEMA DO DUPLO BINÁRIO em que a pena e a medida de segurança poderíam ser aplicadas ao mesmo tempo

6 Sanção Penal Pena é dada a quem é condenado e tem por característica principal ser determinada, certa. Pena é baseada na culpabilidade do agente

7 Sanção Penal Medida de segurança é aplicada na absolvição imprópria e tem por característica ser indeterminada Medida de Segurança é baseada nna periculosidade do agente

8 Sanção Penal São pressupostos para a aplicação da medida de segurança: * Prática de fato típico punível * Periculosidade do agente (estado duradouro de antisocialidade) * Ausência de imputabilidade plena

9 Sanção Penal Medida de Segurança A Medida de segurança é aplicada por um prazo mínimo (quem fixa é o Juiz) que varia de 1 a 3 anos

10 Sanção Penal Medida de Segurança Após o transcurso do prazo mínimo o agente será avaliado e se a sua periculosidade estiver cessada ele estará livre. Se continuar perigoso continuará o tratamento até que a periculosidade cesse ou

11 Sanção Penal Medida de Segurança Súmula STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado

12 Sanção Penal Medida de Segurança A periodicidade para a reavaliação da periculosidade do agente, após o período mínimo será de 1 (um) ano, ou em intervalo menor, se o Juiz da Execução assim entender

13 Sanção Penal Medida de Segurança São duas as hipóteses de medida de segurança:

14 Sanção Penal Medida de Segurança Internação (em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico) para quem cometeu crime punido com reclusão OBS: cabe a internação em estabelecimento adequado (característica hospitalar ou de tratamento com dependência médica)

15 Sanção Penal Medida de Segurança Tratamento ambulatorial para quem cometeu crime punido com detenção

16 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção Há casos em que o agente contrai doença mental após a prática do crime. Nesse caso, será condenado, mas cumprirá pena no estabelecimento adequado, ou seja, poderá cumprir a pena, por exemplo no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.

17 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção Entretanto, encerrado o prazo da pena e mesmo não estando curado, será colocado em liberdade (por ter esgotado o cumprimento da PENA)

18 Sanção Penal Medida de Segurança Atenção A Lei das Execuções Penais permite o acompanhamento da medida por médico particular de confiança da família do agente

19 Sanção Penal Medida de Segurança DESINTERNAÇÃO

20 Sanção Penal Medida de Segurança O agente que for liberado do cumprimento da medida de segurança pela cessação de sua periculosidade, poderá ser reinternado caso no prazo de 1 (um) ano a periculosidade volte a aparecer

21 Sanção Penal Medida de Segurança Na medida de segurança cabe detração, mas não cabe remição

22 Penas As penas no Brasil têm uma tríplice finalidade adotando-se a teoria da defesa social (mista ou unificadora):

23 Penas Retributiva (teoria absoluta) Prevenção de novos delitos (teoria relativa) Ressocialização

24 Penas O sistema utilizado para as penas no Brasil é o sistema progressivo ou Inglês (mark system)

25 Penas O sistema da filadélfia (pensilvânico, belga ou celular) traz o isolamento celular absoluto

26 Penas As penas no Brasil são de 3 (três) categorias: - privativas de liberdade - restritivas de direitos - multa.

27 As penas privativas de liberdade são aquelas que trazem segregação, sendo o agente isolado, preso.

28 O Código Penal prevê as penas privativas de liberdade como sendo - Reclusão - Detenção

29 a Lei das Contravenções Penais menciona outra espécie de pena privativa: a prisão simples

30 Diferença entre as prisões A diferença entre essas espécies de prisão não está na prática.

31 Diferença entre as prisões A diferença entre as prisões aparece no tratamento processual dado de forma mais rígida para a reclusão e menos rígida para as demais

32 Direitos do preso Não importa qual o regime de pena, o condenado não perde os direitos humanos fundamentais

33 Direitos do Preso Segundo a LEP, são direitos, assistências dadas aos presos durante a execução da pena:

34 Direitos do preso - material - à saúde - jurídica - educacional - social - religiosa.

35 Direitos do preso - material fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.

36 Direitos do preso - à saúde de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido

37 Direitos do preso - jurídica A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir advogado

38 Direitos do preso As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais.

39 Direitos do preso Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Público

40 Direitos do preso Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado

41 Direitos do preso - educacional A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado

42 Direitos do preso O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa

43 Direitos do preso O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição.

44 Direitos do preso As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados

45 Direitos do preso Em atendimento às condições locais, dotarse-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos

46 Direitos do preso - social A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade Cabe ao serviço de assistência social:

47 Direitos do preso - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;

48 Direitos do preso - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;

49 Direitos do preso - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.

50 Direitos do preso - religiosa liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa

51 Direitos do preso OBS: No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa

52 Direitos do preso Há, ainda, a assistência ao egresso

53 Direitos do preso A assistência ao egresso consiste: - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses

54 Direitos do preso Considera-se egresso: - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento - o liberado condicional, durante o período de prova

55 Direitos do preso Além das assistências mencionadas o preso terá direito a: - alimentação suficiente e vestuário - atribuição de trabalho e sua remuneração - Previdência Social - constituição de pecúlio

56 Direitos do preso - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena

57 Direitos do preso - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo - entrevista pessoal e reservada com o advogado - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;

58 Direitos do preso - chamamento nominal - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena - audiência especial com o diretor do estabelecimento - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito

59 Direitos do preso - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente

60 Direitos do preso Na verdade, o preso perde dois direitos: - o de ir e vir (ambulatório) - o de votar e ser votado (cidadania)

61 Regime inicial O artigo 33 do CP prevê que o Juiz, no momento de aplicação da pena deverá dizer QUAL O REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DE PENA. O regime inicial poderá ser:

62 Regime inicial Fechado Semi-aberto Aberto Semi-aberto Aberto Reclusão Detenção

63 Regime inicial Nos crimes hediondos o início se dará no regime fechado. Há quem diga que não: Súmula Vinculante do STF 26: Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n , de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.

64 Regime inicial O que é regime de pena?

65 Regime inicial É o conjunto de regras que o condenado tem que se submeter

66 Regime / Características Fechado: é o regime mais rigoroso, cumprido em penitenciárias de segurança máxima ou média. Características: Pode trabalhar, inclusive externamente em obras públicas e tem como característica primordial o isolamento noturno

67 Regime / Características Semi-aberto: é menos rigoroso que o fechado. É cumprido em colônias agrícolas, industriais ou similares. Características: O trabalho externo é permitido na iniciativa privada. É possível a concessão de saídas temporárias

68 Regime / Características Aberto: o condenado fica livre durante o dia e se recolhe à noite para dormir na prisão denominada casa de albergado OBS: Não tendo casa de albergado a comarca, poderá recolher-se à noite na sua própria casa (prisão albergue domiciliar)

69 Regime Disciplinar Diferenciado - RDD não se trata de um novo regime e sim uma forma mais rigorosa de se cumprir o regime fechado

70 Regime Disciplinar Diferenciado - RDD O isolamento no RDD é total (diurno e noturno) O banho de sol se limita a 2 horas por dia As visitas semanais são limitadas (duas pessoas por duas horas) Pode o condenado ficar em RDD por 360 dias renováveis por mais 360 dias.

71 Regime Disciplinar Diferenciado - RDD ATENÇÃO O RDD não poderá ultrapassar 1/6 da pena É possível o RDD na prisão provisória Há entendimento que o RDD é inconstitucional por ferir o princípio da Humanidade

72 Regime Inicial / Fixação Como se fixa o regime inicial?

73 Regime Inicial / Fixação Fora a questão da Lei dos Crimes Hediondos, nos demais casos, a fixação do regime inicial se dá da seguinte forma:

74 Regime Inicial / Fixação Se o réu for reincidente: Regime mais rigoroso

75 Regime Inicial / Fixação Se o réu for primário, mas com circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) desfavoráveis: Regime mais rigoroso

76 Regime Inicial / Fixação Se o réu for primário e com circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) favoráveis, se deve verificar a quantidade de pena

77 Regime Inicial / Fixação Se a pena for de até 4 anos: aberto Se a pena for maior de 4 anos e menor ou igual a 8 anos: semi-aberto Se a pena for maior de 8 anos: fechado (mas na detenção é o semi-aberto, por não ter o fechado inicialmente)

78 Regime Inicial / Fixação ATENÇÃO - Súmula 269 do STJ Se o condenado for reincidente (a regra é o fechado), mas tem pena de até 4 anos e circunstâncias favoráveis poderá iniciar o cumprimento de pena no REGIME SEMI- ABERTO

79 Regime / Migração O condenado inicia o cumprimento da pena em um regime, mas não significa que permanecerá nesse regime todo o cumprimento de pena (poderá migrar).

80 Regime / Migração A migração de um regime para o outro se denomina: - REGRESSÃO ou - PROGRESSÃO.

81 Regressão de regimes A regressão é a passagem do regime menos rigoroso para o mais rigoroso se o agente:

82 Regressão de regimes cometer outro crime cometer falta grave for condenado por outro crime e o total da pena torne insustentável o regime

83 Progressão de regimes A progressão é a passagem do regime mais rigoroso para o menos rigoroso, desde que o agente tenha: - Mérito Pessoal - Cumpra 1/6 da pena

84 Progressão de regimes Atenção: exceções à regra geral Crimes que prejudicam a administração (requisito a mais: reparação do dano) Crimes hediondos ou equiparados (requisitos: Mérito Pessoal e 2/5 da pena se o réu for primário ou 3/5 da pena se o réu for reincidente)

85 Remição é o benefício pelo qual a cada 3 (três) dias trabalhados ou estudados o condenado terá direito a 1 (um) dia a menos na pena (Alterado pela lei /11)

86 Remição Principais alterações: - estudo tem que ser de 12 horas espalhadas em três dias - caso o agente se forme (p. ex. no ensino médio) receberá bonus de 1/3 a mais - se o agente cometer falta grave perderá 1/3 do tempo remido

87 Detração é o desconto na sanção definitiva do tempo de prisão provisória ou internação

88 Livramento Condicional é o benefício pelo qual o condenado cumpre a última etapa da sua pena de prisão em liberdade, sob condições. Caberá livramento condicional quando o condenado:

89 Livramento Condicional / Requisitos tiver MÉRITO PESSOAL (mais abrangente que simples bom comportamento, incluindo, além desse, laborterapia, demonstração de condições de convívio societário, indenização salvo impossibilidade de fazê-lo) e

90 Livramento Condicional / Requisitos - Cumprir: mais de 1/3 da pena primário mais de 1/2 da pena reincidente mais de 2/3 da pena crimes hediondos ou equiparados.

91 Livramento Condicional / Requisitos ATENÇÃO: Somente o reincidente específico em crime hediondo não terá direito ao livramento condicional

92 Sursis é a suspensão condicional da pena

93 Sursis Não se confunde com a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95)

94 Sursis No sursis o agente foi condenado a pena de prisão, porém não cumprirá a pena a pena ficará suspensa, por um período probatório, sob condições Cumprindo as obrigações, por todo o período, ao final, a pena é extinta.

95 Sursis Em regra o período de suspensão varia de 2 a 4 anos. No sursis etário e no sursis humanitário, conforme explicaremos a seguir, o período de suspensão será de 4 a 6 anos

96 Sursis Para ter direito ao sursis o agente tem que cumprir 3 (três) requisitos:

97 Sursis 1) A pena em concreto tem que ser de até 2 anos *por exceção, pena de até 4 anos dá direito ao sursis. Casos do: - sursis etário (condenado com mais de 70 anos) - sursis humanitário (condenado com doença grave)

98 Sursis 2) O condenado não pode ser reincidente em crime doloso salvo se no crime anterior recebeu apenas uma pena de multa (Súmula 499 do STF caso em que caberá sursis)

99 Sursis 3) As circunstâncias judiciais deverão ser todas favoráveis (art. 59 do CP)

100 Sursis revogação obrigatória A revogação do sursis será obrigatória quando: - No curso da suspensão o beneficiário é condenado, sem sentença irrecorrível por crime doloso

101 Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não repara o dano (salvo sob justificativa)

102 Sursis revogação obrigatória - No curso da suspensão o condenado não presta serviços à comunidade ou não se limita em fins de semana no primeiro ano de cumprimento das condições do sursis

103 Sursis revogação facultativa Será facultado ao juiz revogar o sursis, se o condenado descumpre qualquer condição imposta (salvo a prestação de serviços ou limitação de fins de semana) ou seja condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos

104 Sursis Atenção: se ao mesmo tempo couber ao condenado sursis e pena restritiva de direitos, o juiz deve aplicar a pena restritiva de direitos

105 Limite * A pena aplicada poderá ser superior, mas o condenado somente cumprirá 30 anos.

106 Penas Restritivas de Direitos As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão) Têm caráter substitutivo (substituem a pena de prisão, pois o Juiz aplica a pena de prisão e substitui por alternativa)

107 Penas Restritivas de Direitos Mas no caso do crime de porte para uso de entorpecentes (art. 28 da Lei /06) a pena não será mais de prisão e sim:

108 Penas Restritivas de Direitos I advertência sobre os efeitos das drogas;

109 Penas Restritivas de Direitos II prestação de serviços à comunidade;

110 Penas Restritivas de Direitos III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo

111 Penas Restritivas de Direitos Regras de Tóquio

112 Penas Restritivas de Direitos O 8. Congresso das Nações Unidas de 14/12/1990, aprovou a resolução n. 45/110 da Assembléia Geral, denominada Regras de Tóquio

113 Penas Restritivas de Direitos As Regras de Tóquio têm como objetivo principal a redução das penas de prisão no mundo, que são custosas e não socializantes

114 Penas Restritivas de Direitos Dentre as regras, podemos destacar a orientação para a participação societária nas penas ditas alternativas

115 Penas Restritivas de Direitos Analisemos algumas recomendações:

116 Penas Restritivas de Direitos Regra 17.1 A participação da comunidade deve ser incentivada, pois constitui recurso fundamental e um dos fatores mais importantes para fortalecer os vínculos entre os delinquentes submetidos a medidas nãoprivativas de liberdade e suas famílias e a sociedade. Essa participação complementa a ação da Administração das Justiça Penal

117 Penas Restritivas de Direitos Regra 17.2 A participação da comunidade deve ser vista como uma oportunidade para que seus membros contribuam para a proteção de todos

118 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.1 Deve-se incentivar os órgãos governamentais, o setor privado e o público em geral a apoiar as organizações de voluntários que promovam a aplicação de medidas não-privativas de liberdade

119 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.2 Devem ser regularmente organizados seminários, conferências, simpósios e outras atividades para estimular a conscientização da necessidade de participação do público na aplicação de medidas não-privativas de liberdade

120 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.3 Devem ser utilizadas todas as formas de comunicação de massa para criar uma atitude construtiva da comunidade que dê lugar a atividades tendentes à aplicação mais ampla do tratamento não-privativo de liberdade e à reintegração social dos delinquentes

121 Penas Restritivas de Direitos Regra 18.4 Devem ser envidados todos os esforços para informar a sociedade sobre a importância de seu papel na execução das medidas não-privativas de liberdade

122 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.1 Os voluntários devem ser préselecionados e cuidadosamente recrutados em função de suas aptidões e interesse em relação ao trabalho a ser executado.

123 Penas Restritivas de Direitos Eles deverão ser adequadamente treinados para assumir as responsabilidades das funções específicas que terão de desempenhar e deverão ter à sua disposição apoio e orientação da autoridade competente e oportunidade de consultá-la

124 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.2 Os voluntários devem encorajar os delinquentes e suas famílias a estabelecer vínculos significativos com a comunidade e ampliar seu universo de contatos, dando-lhes assessoramento e outras formas adequadas de assistência, de acordo com sua capacidade e necessidade

125 Penas Restritivas de Direitos Regra 19.3 Os voluntários devem ter seguro contra acidentes, lesões e dano a terceiros no exercício de suas funções. Devem ser reembolsados das despesas autorizadas em que incorrerem no exercício de suas funções. Deve ser-lhes dado reconhecimento público pelos serviços que prestam em prol do bemestar da comunidade

126 Penas Restritivas de Direitos Inspirada nas regras de Tóquio, entrou em vigor a Lei 9.714/98, que alterou o rol das penas alternativas no Brasil, e ampliou a sua abrangência

127 Penas Restritivas de Direitos Para a substituição (de prisão por alternativa) são necessários 3 (três) requisitos:

128 Penas Restritivas de Direitos A pena em concreto tem que ser de até 4 anos; O condenado não pode ser reincidente específico; As circunstâncias judiciais tem que ser favoráveis (art. 59 do CP).

129 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime tiver violência ou grave ameaça a pessoa (p. ex. estupro, roubo) não cabe pena alternativa.

130 Penas Restritivas de Direitos ATENÇÃO se o crime for culposo, não interessa a pena, sempre caberá alternativa.

131 Penas Restritivas de Direitos Espécies O Código Penal traz cinco espécies de penas alternativa:

132 Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, consistente em tarefas gratuitas em hospitais, escolas, creches, etc, a razão de 1 hora para cada dia de pena.

133 Penas Restritivas de Direitos Espécies Prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro à vítima, seus herdeiros ou entidades públicas ou privadas de caráter assistencial, do montante compreendido entre 1 (um) e 360 (trezentos e sessenta) salários-mínimos.

134 Penas Restritivas de Direitos Espécies a lei Maria da Penha (violência doméstica lei /06) veda a concessão a penalização com cestas básicas ou outra prestação pecuniária

135 Penas Restritivas de Direitos Espécies Limitação de fins de semana, consistente em permanecer 5 (cinco) horas aos sábados e 5 (cinco) horas aos domingos, em casa de albergado, com o intuito de ouvir palestras.

136 Penas Restritivas de Direitos Espécies Perda de bens e valores, consistente na perda em favor do fundo penitenciário nacional dos bens do condenado, no montante maior entre o proveito do crime e o prejuízo causado. Não há regulamentação, salvo na Lei de Drogas (11.343/06, artigos 62 e seguintes)

137 Pena Restritivas de Direitos Espécies Interdição temporária de direitos, consistente na perda temporária da possibilidade do exercício de um direito (cargo público, mandato eletivo, profissão, freqüência a determinados lugares, etc.)

138 Pena de Multa A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar: Quanto vale cada dia-multa variação de 1/30 até 5 vezes o salário-mínimo Quantos dias-multa serão aplicados no mínimo 10 e no máximo 360 dias-multa.

139 Pena de Multa Atenção: A lei de drogas traz penas de multa mais altas (p. ex. art. 36 da Lei /06 de a dias-multa)

140 Pena de Multa Atenção: critério suplementar para aplicar a pena de multa - capacidade econômica do condenado Dependendo da capacidade econômica pode o Juiz aumentar a pena de multa em até o triplo

141 Pena de Multa Atenção: Se o condenado não pagar a multa não irá preso devendo ser executado (cobrado)

142 Pena de Multa Atenção: Se o condenado for primário, tiver circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 do CP) e pena de até 6 (seis) meses de prisão, essa prisão pode ser substituída por multa É a chamada Multa vicariante

143 Cumulação de penas As penas expostas poderão ser cumuladas (até em obediência ao princípio da suficiência). Admite-se a aplicação: - de prisão + multa; - de alternativa + multa; - de duas alternativas;

144 Cumulação de penas Mas, atenção: não poderão ser cumuladas a pena de prisão e a pena alternativa (pois uma substitui a outra).

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