Temas: Recomendações: Observações:
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- Fernando Leão Gusmão
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1 TI12653 CONFERÊNCIA DA UA DOS MINISTROS DA INDÚSTRIA (CAMI) Recomendações da 18 a Sessão Ordinária da Conferência dos Ministros da Indústria da UA (CAMI 18) a Nível de Altos Funcionários Durban, República da África do Sul (24 a 28 de Outubro de 2008) Temas: Recomendações: Observações: Política industrial e orientação institucional - Nota recomendações específicas não foram feitas sobre este tema, mas as questões seguintes foram levantadas e discutidas: i. A necessidade de continuar o trabalho de produção e actividades na estratégia de implementação; ii. A importância de uma abordagem da integração regional em relação ao desenvolvimento e implementação da política industrial que seja consistente com as políticas da indústria nacional considerando a política de concorrência, normas e harmonização fiscal; iii. A necessidade de políticas claras em relação à inovação e transferência de tecnologias a nível regional; iv. A necessidade do sector informal estar bem documentado na base de dados; v. Uma estratégia que abrange não só a produção mas também serviços que constituem o sector do comércio global em rápido crescimento; vi. As ligações com a ciência e a tecnologia, a infra-estruturas e a agricultura precisam ser claramente articuladas; vii. Uma política industrial como questão transversal relacionada com outros Clusters; viii. Um mecanismo que inclua representantes dos sectores públicos e privados a ser estabelecido em cada uma das regiões para o seguimento e monitorização da implementação da política industrial; ix. A necessidade de considerar o facto de que diferentes Estados-membros e regiões encontram-se em fases diferentes de desenvolvimento e implementação da política industrial; Na sequência da ênfase renovada sobre a Política Industrial mundial, a UNIDO começou a trabalhar numa nova abordagem a fim de ajudar os estadosmembros no desenvolvimento e gestão da Política Industrial. Esta nova abordagem inclui reforços de capacidade para o desenvolvimento da política, e sendo assim, inúmeros países e Comunidades Económicas Regionais receberam o apoio. 1
2 x. A importância de um quadro regional para a abordagem da cadeia de valor em prol do desenvolvimento industrial; xi. A necessidade de expandir as bases de dados para a inclusão de avaliações comparativas e do mercado; xii. A necessidade de uma política clara do comércio regional para dirigir a política industrial regional; xiii. Apoio da CUA e UNIDO a países e regiões que não têm políticas industriais; xiv. A necessidade da política industrial ser orientada para a procura, levando em consideração as condições do mercado internacional e regional, e fixada numa estratégia de exportação. Actualização da Produção e Capacidades do Comércio em África - Nota - recomendações específicas não foram feitas sobre este tema, mas as questões seguintes foram levantadas e discutidas: i. Os participantes inquiriram sobre a metodologia utilizada para identificar sectores prioritários e enfatizaram a importância de não limitarem as acções somente aos sectores identificados; ii. Foi salientado o facto da Universidade de Harvard ter publicado estudos que possam informar sobre a identificação de sectores industriais prioritários; iii. Os participantes mencionaram a necessidade de um quadro institucional para ajudar no desenvolvimento de pequenas a médias empresas e aperfeiçoar o ambiente comercial; iv. Foi sublinhada a necessidade de reconhecer as empresas que produzem produtos de alta qualidade e que competem a nível internacional. Salientou-se igualmente que a qualidade depende de vários factores, nomeadamente a eficiência, a produtividade e social; estes serão considerados aquando da Apesar da inexistência de recomendações específicas, a UNIDO ajudou vários países Africanos no desenvolvimento de Programas de Actualização e Modernização Industrial, nomeadamente o Lesoto e a Namíbia, sob implementação. A UNIDO ajudou igualmente várias Comunidades Económicas Regionais (EAC, SADC, etc.) no desenvolvimento de Programas de Actualização e Modernização Industrial. 2
3 concepção de programas específicos com o intuito de melhorar a qualidade de bens produzidos em África. - Promoção da Infraestruturas e da Energia no Desenvolvimento Industrial i. O Continente tem um alto potencial para a energia nuclear com base nos depósitos significativos de urânio em alguns países Africanos, mas este aspecto não consta da estratégia; ii. Devido à tendência actual no mercado da energia, o Continente deveria procurar urgentemente fontes alternativas de energia; iii. Os Governos nacionais devem encorajar a competição no sector da energia para um abastecimento energético eficiente e rentável. Além disso, o sector privado deve ser encorajado a mobilizar os seus recursos para investimentos dentro do sector; iv. As energias não-renováveis também desempenham um papel fundamental no desenvolvimento industrial e, portanto, devem ser reconhecidas; e v. Os programas de transporte e telecomunicações devem ser igualmente incorporados na componente infra-estruturas do Cluster; vi. Existe a necessidade de promover a interconectividade das redes eléctricas dos países Africanos, pelo menos a nível regional, com vista a dar resposta imediata a falhas de rede a nível nacional. Apesar da inexistência de recomendações específicas, a UNIDO continuou a apoiar os estados-membros nesta área, incluindo no desenvolvimento e promoção do desenvolvimento da Energia Renovável (desenvolvimento de pequenas centrais hidroeléctricas e energia solar); eficiência energética industrial, etc. 3
4 Desenvolvimento dos recursos humanos para a Indústria - Note - recomendações específicas não foram feitas sobre este tema, mas as questões seguintes foram levantadas e discutidas: i. A necessidade de colmatar o défice de competências e a inadequação das competências; ii. A participação do sector privado no desenvolvimento de programas dos recursos humanos; iii. A importância da actualização na capacidade de gestão; iv. A necessidade de reforço de capacidade para as pequenas e médias empresas através da interacção em grande escala das pequenas e médias empresas; v. A necessidade de vincular a formação às reais necessidades do país; vi. A necessidade de fazer o inventário das competências existentes a fim de atrair as intervenções nesta área; vii. Os investidores estrangeiros são atraídos pela qualidade dos recursos humanos; viii. São necessários esforços redobrados que encorajem raparigas e mulheres a inscreverem-se em disciplinas científicas; ix. A necessidade de conceber programas de formação a nível regional; x. A necessidade de estabelecer o diálogo com associações profissionais; xi. Os investidores estrangeiros são atraídos pela qualidade dos recursos humanos, pelo que há a necessidade destes investirem na formação; xii. A necessidade de múltiplas habilidades e novas ferramentas a fim de levar em consideração a rápida mudança económica, especialmente face ao VIH/SIDA que flagela o continente; xiii. Questões de certificação também merecem consideração. A UNIDO continuou a ajudar os estadosmembros no que diz respeito ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas, desenvolvimento do empreendedorismo e competências com o foco nas mulheres e na juventude. Por exemplo, a UNIDO criou oito Centrospiloto District Business Information Centres (DBICs) no Uganda, os quais foram reconhecidos com o Africa Investor Award na categoria Melhor Iniciativa no Apoio ao Desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas em
5 Sistemas de inovações industriais, pesquisa e desenvolvimento e desenvolvimento tecnológico i. Estabelecimento de parques e centros científico-tecnológicos de intercâmbio entre universidades e o sector privado, fortalecendo assim o vínculo existente entre as inovações na pesquisa industrial e a comercialização. ii. Assegurar a protecção da biodiversidade Africana e aumentar a pesquisa ecológica a fim de evitar a pilhagem dos recursos ecológicos Africanos. iii. Os países poderiam permitir que os custos de pesquisa e desenvolvimento sejam utilizados como despesas dedutíveis fiscais para que as empresas invistam na pesquisa e desenvolvimento. Os governos devem ter metas para as despesas da pesquisa e garantir que estes sejam cumpridos. iv. Os participantes salientaram que as questões sobre os direitos da propriedade intelectual precisam ser adicionados ao documento e com especial enfoque no apoio e protecção dos inventores. v. Os países também tiveram a necessidade de garantir que os patentes registados não reprimam a comercialização dos resultados das pesquisas. Os sistemas de conhecimento tradicional precisam ser desenvolvidos a fim de garantir que estes apoiem o desenvolvimento industrial em África. Recomendou-se igualmente o reforço de capacidades na negociação de contratos, especialmente de licenciamentos, para que os titulares de patentes os possam comercializar. Os projectos 2 e 3 sob o programa do reforço dos sistemas da inovação industrial regional em África podem ser combinados, pois ambos podem ser operacionalizados a nível regional. vi. O desenvolvimento de uma comunidade científica é um objectivo a longo prazo que deve ser integrado no conjunto do sistema educativo, começando pelo ensino primário, e não focar apenas nas universidades e instituições de pesquisa. Com base nesta recomendação, a UNIDO tomou a iniciativa de empreender sistemas nacionais inovadores de inquérito em vários países, nomeadamente Gana, Quénia e Tanzânia. Os projectos abrangeram a identificação e a quantificação do ambiente científico, tecnológico e inovador em termos de relações e desempenho institucional nacional. 5
6 Financiamento e mobilização de recursos i. Os Estados-membros devem reforçar a sua bolsa de valores doméstico e as agências de promoção ao investimento a fim de resolver insuficiências financeiras no desenvolvimento industrial em África. ii. Um fundo de desenvolvimento industrial deve ser criado para apoiar no financiamento da industrialização Africana; iii. Bancos de desenvolvimento regional devem ser instados a ampliar os seus mandatos para a inclusão do financiamento do desenvolvimento industrial; iv. A África deve garantir uma gestão prudente das instituições financeiras sob implementação; v. Os mutuários destas instituições devem ter a capacidade de reembolsar os empréstimos contraídos para o benefício de terceiros; vi. Os processos dos concursos são agilizados a fim de garantir que os ganhadores das propostas contribuam com alguma percentagem para o financiamento; vii. Os consumidores contribuem também com alguma percentagem para o financiamento, com o combustível; viii. Os Estados-membros devem desenvolver as pequenas e medias empresas e as pequenas e médias indústrias e reforçar as estruturas das microfinanças, a fim de apoiarem as pequenas e médias empresas; ix. Os Estados-membros devem criar Instituições de microfinanças para a mobilização de recursos para a industrialização; x. Os parceiros como o PNUD devem ser encorajados a continuar o seu apoio no reforço de capacidade do governo e das instituições de microfinanças; xi. Os bancos de desenvolvimento regional devem ser capazes de financiar estas instituições. Nenhuma acção específica foi requerida à UNIDO sobre esta questão. 6
7 Desenvolvimento sustentável i. Os produtos africanos devem cumprir com as normas ambientais do ISO Contudo, ISO14000 é também utilizado como uma barreira para o comércio de produtos africanos; ii. Há uma necessidade de cumprir com as normas internacionais como prioridade e não como objectivo de longo prazo; iii. O Desenvolvimento Sustentável é essencial para todos os projectos industriais, cabe a todos a responsabilidade de garantir que haja benefícios sociais dos projectos esta responsabilidade vai além da responsabilidade corporativa social e inclui o desenvolvimento de capacidades, a promoção da indústria a jusante, a integração de valores e bem como a capacidade de investimentos para criar mecanismos de financiamento; iv. Há a necessidade de prestar atenção aos aspectos ambientais do desenvolvimento sustentável, mantendo sob controlo as emissões do gás e do dióxido do carbono; v. O desenvolvimento sustentável é uma área ainda por explorar pela maioria dos países Africanos leis foram criadas para abordar questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável, mas problemas ligados ao ambiente ainda permanecem; vi. Há a necessidade de implementar as leis os países precisam desenvolver enquanto preservam o ambiente; vii. Há a necessidade do desenvolvimento tecnológico, abarcando questões transversais; viii. É necessária a sensibilização dos vários aspectos do desenvolvimento sustentável; elaboração de planos que incluam os princípios do desenvolvimento sustentável no desenvolvimento social e industrial; ix. Os Estados-membros precisam de modalidades claras em como desenvolver potenciais tabelas de beneficência; x. Há também necessidade de criar uma comitiva para identificar potenciais beneficiação do minério e transferência da tecnologia. Através dos serviços da UNIDO na área do desenvolvimento da capacidade comercial, um número de actividades centrados no desenvolvimento de normas e infra-estruturas (metrologia, testes, acreditação, etc.), estão sob implementação. 7
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