Conferência da UA dos Ministros da Indústria - 20ª Sessão Ordinária
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- Célia Chagas Bernardes
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1 Conferência da UA dos Ministros da Indústria - 20ª Sessão Ordinária Acelerar a Industrialização em África no Âmbito da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 Reunião de Ministros Junho de 2013 Pontos: Recomendações Observações: Ponto 4: Cooperação Industrial Sul-Sul na Agenda de Desenvolvimento Pós Ponto 5: Implementação Sustentável da AIDA i. Foi solicitada à UA a criação de um mecanismo institucional para a Cooperação Sul-Sul, e as Maurícias predispuseram-se a oferecer tais serviços; ii. O sector privado necessita de ser envolvido na cooperação e de identificar áreas e projectos de intervenção, especialmente no sector de manufactura; iii. Os países Africanos devem concentrar-se em algumas áreas prioritárias (tais como a farmacêutica), em beneficiá-las e transferi-las para o agroprocessamento; iv. África deve concentrar-se na mobilização de recursos internos, tanto dentro como fora do continente, e na eliminação de barreiras criadas artificialmente pelos Estados. i. O Gabinete da CAMI-20 deve priorizar os aspectos do financiamento e da mobilização de fundos da Estratégia para a Implementação do Plano de Acção da AIDA. A este respeito, deve dar-se ênfase à identificação de mecanismos de financiamento; ii. Os países Africanos devem priorizar a implementação das suas políticas e programas 1 A UNIDO está a trabalhar na expansão da sua rede de Centros UNIDO para a Cooperação Industrial Sul-Sul (UCSSIC) em África numa abordagem orientada para a procura. A UNIDO também está a trabalhar na criação de uma base de conhecimentos sobre as melhores práticas de Cooperação Industrial Sul-Sul, políticas e experiências nos Estados Membros. A base de conhecimentos será amplamente partilhada logo que concluída. A UNIDO procura cooperar estreitamente com a CUA para levar a cabo missões de alto nível de mobilização de recursos junto de doadores e parceiros integrados nos quadros de parceria da UA. ECA Reunião de Grupo de Peritos sobre Financiamento de Indústrias de Pequena e Média
2 iii. iv. industriais nacionais e regionais. Os países e regiões que não possuam políticas industriais devem esforçar-se por elaborá-las com o apoio da UNECA e do BAD. Tais políticas devem apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor regionais; Os governos nacionais devem proporcionar um ambiente favorável à criação e operação de SME/SMI, incluindo o fornecimento de mecanismos acessíveis de financiamento; Os países Africanos devem garantir que os compromissos e acordos comerciais com terceiros não ponham em causa as aspirações continentais de industrialização e de integração regional. Escala em África / Financiamento e Investimento em África. Uma reunião de grupo de peritos foi convocada pela UNECA com vista a abordar o assunto do financiamento de SMI, e para rever um relatório encomendado pela UNECA sobre esta matéria. Os participantes abordaram diversas questões-chave relacionadas com o tema, incluindo a necessidade de os estados reconhecerem a importância e de fornecerem apoio às SMI, especialmente através do aumento de oportunidades de financiamento, com o foco nos mecanismos inovadores de financiamento; como fazer face às lacunas de informação; como facilitar a formalização; e como encorajar a transferência de tecnologia. As deliberações sobre este tópico foram revertidas para a pesquisa conduzida em apoio a um próximo relatório global sobre financiamento de SMI. As conclusões foram apresentadas num workshop da CUA em Kinshasa, RDC, em Novembro de Ponto 6: Apreciação do Relatório da Reunião de Altos Quadros A. Crescimento industrial em África no âmbito da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 i. África deve colocar a industrialização no centro do desenvolvimento, dentro da agenda de desenvolvimento pós-2015, e projectar uma resolução com ênfase no papel do valor acrescentado e da manufactura na agenda de desenvolvimento pós-2015, para ser enviada à Presidente da Libéria, Srª. Ellen Sirleaf Johnson, na sua qualidade de Presidente do Painel de Alto Nível da UA da Agenda de Desenvolvimento pós-2015; ii. A UNIDO, o BAD, a UNECA e outras agências 2 A UNIDO continua a implementar actividades de cooperação técnica visando o valor acrescentado, o desenvolvimento de políticas industriais e o desenvolvimento de capacidades em inúmeros países Africanos. Algumas actividades em curso nestas áreas incluem: Projectos de desenvolvimento de cadeia de valor em agro-negócios e agro-indústrias em vários países Africanos, incluindo, por exemplo, a Etiópia, o Lesoto, a Tanzânia, o Ruanda e o Uganda onde estão a ser implementados
3 devem dar assistência aos países Africanos em políticas e capacidades de desenvolvimento e apoio técnico no sector de manufactura; iii. Os Estados Membros devem utilizar, em consulta com os parceiros, a Assistência Oficial de Desenvolvimento (ODA) para impulsionar as suas capacidades produtivas; iv. A Comissão da UA deve desenvolver um conjunto de instrumentos com apoio técnico de parceiros na negociação de contratos sobre concessões e beneficiamentos mineiros. através do quadro 3ADI. Actividades relacionadas com política industrial e desenvolvimento de estratégia, onde a UNIDO continua a garantir apoio técnico a um número de países Africanos, incluindo Cabo Verde, Gâmbia e Namíbia. A UNIDO também forneceu, por exemplo, material para o desenvolvimento da Política Industrial da SADC. Serviços de assessoria analítica e política, incluindo a compilação regular de estatísticas específicas para o desenvolvimento industrial; a publicação da maior produção de conhecimentos orientados para a acção, tais como o Relatório das Organizações pioneiras do Desenvolvimento Industrial; e a prestação de formação prática através do Instituto de Capacitação da UNIDO. O Índice de Desempenho Industrial Competitivo (CIP) estabelece critérios do desempenho industrial nacional de 118 países, usando indicadores da habilidade de uma economia para produzir e exportar competitivamente bens manufacturados. Outros projectos relacionados incluem o desenvolvimento de relatórios nacionais do desempenho industrial competitivo, por exemplo na Tanzânia. ECA - 2ª Reunião e revisão do Grupo de Peritos no quadro da bioenergia. 3 A UNECA está a apoiar a organização da Reunião de Grupo de Peritos com o objectivo de preparar um Quadro e Directrizes para a Bioenergia em
4 B. Promoção do empreendedorismo do sector privado e desenvolvimento de SMI para o emprego sustentável e capacitação económico da mulher e do jovem C. Acesso à Energia Renovável para Uso Produtivo com vista ao Desenvolvimento Rural Os governos Africanos devem: i. Colocar todas as empresas, particularmente as SME/SMI, no centro de quaisquer políticas que visem o desenvolvimento do sector privado; ii. Criar instrumentos políticos e medidas para facilitar o registo e a operação das PME, assim como o seu acesso ao financiamento e rapidez na exportação; iii. Aumentar as intervenções que visem o desenvolvimento de cadeias de valor e de centros de produção no continente; iv. Explorar medidas para apoiar as PME/SMI tanto do sector formal como do sector informal da economia; v. Desenvolver políticas que visem a capacitação da mulher e do jovem para que estes possam participar eficazmente na industrialização; vi. Promover sociedades e consórcios para exportação como forma de facilitar o desenvolvimento e a integração global das PME/SMI. i. Existe uma urgente necessidade de mobilizar recursos financeiros assim como de aumentar os investimentos no sector da energia renovável; ii. Deve ser aumentada a capacitação de recursos humanos no sector da Energia Renovável no continente através, entre outras coisas, do encorajamento da cooperação Sul-Sul; iii. Deve ser encorajada a implementação de políticas e regulamentos que favoreçam os investimentos industriais em tecnologias verdes; 4 África que apoiem e orientem o desenvolvimento responsável de bioenergia sustentável em África, através do fornecimento de um quadro continental acordado para a evolução da bioenergia em toda a África. O quadro da bioenergia foi revisto e concluído. A UNIDO continua a apoiar os Estados Membros no desenvolvimento de PME, empreendedorismo e capacitação, com foco na mulher e no jovem. Por exemplo, a UNIDO envolveu-se, com êxito, na criação de oportunidades de emprego para os jovens, através do apoio na criação e expansão de MSME em mais de 15 países, incluindo a Sierra Leone, Côte D Ivoire e a Tunísia. A UNIDO desenvolveu uma abordagem integrada, a abordagem do trabalho produtivo para os jovens, para fazer face aos problemas enfrentados pelos jovens para iniciarem e actualizarem os seus negócios. A UNIDO encontra-se em processo de criação de centros de Energia Renovável e Eficiência Energética na região da SADC e da EAC baseados no modelo do Centro da CEDEAO (ECREEE), que foi fundado com apoio da UNIDO em 2010.
5 D. Promoção de indústrias verdes, eficiência da energia e uma produção mais limpa e sustentável no contexto da alteração climática iv. Deve haver uma ligação deliberada entre a energia renovável e a manufactura, especialmente através do encorajamento do seu uso na manufactura e produção de pequena escala; v. Os países Africanos devem priorizar a produção local de tecnologias e equipamentos de energia renovável, incluindo em todos os compromissos, acordos e contratos sobre energia renovável. i. A Comissão da União Africana, em colaboração com a UNIDO e outros parceiros de desenvolvimento, deve desenvolver um conjunto de instrumentos orientando as economias Africanas na criação de economias de baixas emissões de carbono, através da eficiência energética e de uma produção mais limpa e sustentável. O conjunto de instrumentos deve ser usado aos níveis nacional e regional; ii. Os governos Africanos devem estar preparados para financiar alguns programas e actividades com vista a facilitar a transição das suas economias para economias de baixas emissões de carbono. A excessiva dependência de doadores afecta adversamente a sustentabilidade dos projectos verdes em muitos países Africanos; iii. Os governos devem criar um ambiente favorável para o sector privado participar eficazmente na criação de indústrias verdes. Os governos devem apoiar igualmente o desenvolvimento de soluções inovadoras das PME; iv. A Comissão da União Africana deve coordenar as acções de acompanhamento da 5 Algumas iniciativas da UNIDO em curso nesta área incluem, por exemplo: A Plataforma da Indústria Ecológica da UNIDO, que assegura que seja dado um perfil político, foco e coerência à emergente revolução da indústria ecológica. A Plataforma contribui para um desenvolvimento industrial tanto mais limpo como mais competitivo, e ajudará a reduzir a poluição e a depender de um uso sustentável dos recursos naturais. Projectos Industriais de Energia Eficiente, por exemplo na África do Sul e no Burkina Faso. O projecto no Burkina Faso visa instalar mais de 1000 fogões energeticamente eficientes, preparar os criadores de projectos-piloto na identificação e desenvolvimento de projectos dentro dos mercados de carbono, e criação de uma plataforma de interacção entre os intervenientes. Isto conduzirá a uma redução estimada de CO2 equivalente a toneladas, à redução das concentrações de fumos e de emissões de gases com efeito de estufa e baixará a pressão sobre as florestas do
6 E. Capacitação, Pesquisa, Desenvolvimento, implementação das decisões tomadas no TICAD V sobre a oferta do Governo do Japão para apoiar os países Africanos na área da indústria ecológica; v. Há necessidade de se desenvolver programas de sensibilização das comunidades e da comunidade empresarial sobre a importância e as oportunidades que existem para desenvolver empresas e indústrias ecológicas sustentáveis. Deve ser criada uma plataforma, ao nível nacional, de vários intervenientes que incluam os Ministérios Governamentais relevantes, a comunidade empresarial e outros actores relevantes. vi. Os governos e o sector privado devem colaborar no desenvolvimento de uma economia ecológica viável. Podem ser usadas as Parcerias Público- Privadas para conduzir as iniciativas de indústria ecológica; vii. Os países Africanos devem ser encorajados a criar sistemas que incluam centros de produção limpos, e a partilhar experiências como forma eficaz de promover as indústrias ecológicas; viii. O apoio para as indústrias verdes tem de ser abordado em diálogos globais sobre alterações climáticas; ix. Os países Africanos necessitam de priorizar a capacidade produtiva em todos os compromissos com os parceiros de desenvolvimento. Os Estados Membros da União Africana devem: i. Reforçar os Padrões e as organizações de avaliação da conformidade a todos os níveis, 6 Burkina Faso. Algumas actividades da UNIDO em curso nesta área incluem, por exemplo:
7 Inovação para a Industrialização uma vez que são a chave para a sua industrialização; ii. Desenvolver directrizes para as tecnologias importadas para assegurar que elas estejam em conformidade com os padrões locais e encorajar políticas que assegurem a transferência de tecnologia; iii. Promover a divulgação eficaz das novas tecnologias, processos e ideias que aumentem a inovação nas economias, particularmente das PME; iv. Promover a criação de um Sistema Nacional de Inovação, transferência de tecnologia e centros de informação que facilitem o acesso à informação em vários domínios da industrialização, tais como o reforço de capacidade, pesquisa e desenvolvimento e expedição; v. Apoiar as iniciativas regionais no embalamento para reduzir as perdas pós-colheitas, aumentar a competitividade das PME e contribuir para a protecção ambiental e facilitar o comércio regional; vi. Criar um ambiente favorável ao negócio para desenvolver a inovação, incluindo o apoio ao P&D como medida para incentivar redes e parcerias de conhecimento; vii. Criar quadros regionais e continentais que incentivem a colaboração na Pesquisa e o desenvolvimento, encorajando sinergias através da partilha de recursos e temas de pesquisa comuns. viii. Reconhecer a Qualidade da Infra-estrutura Panafricana. 7 Anuário Internacional de Estatísticas Indústriais da UNIDO, que é a única publicação que oferece aos economistas, planificadores, políticos e empresários uma visão geral das tendências globais da manufactura. Os dados contidos no Anuário podem ser usados para analisar padrões de crescimento e as respectivas tendências a longo prazo, mudanças estruturais e o desempenho industrial em indústrias particulares. Fornece dados estatísticos sobre padrões de emprego, salários, consumo e produção bruta e outros indicadores-chave. Instituto UNIDO para Capacitação Fundado em 2011, o Instituto de Capacitação UNIDO responde aos desafios do desenvolvimento industrial enfrentados pelos Estados Membros, através da formação em matérias-chave relativas ao desenvolvimento industrial sustentável. Serve de plataforma para a criação de conhecimento, de partilha de conhecimento e como catalisador para ideias e soluções inovadoras para fazer face aos desafios de políticas específicas com vista a alcançar padrões de globalização mais inclusivos e sustentáveis.
8 F. Financiamento a longo prazo para a industrialização africana G. Avaliação do Estado de Implementação das prioridades acordadas no AIDA Os Estados Membros da União Africana devem: i. Concentrar esforços na planificação e mobilização de fundos para a industrialização; ii. Desenvolver e implementar as TIC e investir em políticas amigáveis que promovam a industrialização no continente; iii. Aumentar a colaboração entre os Ministros das Finanças e da Indústria na mobilização de fundos para a industrialização; iv. Solicitar ao Banco Africano de Desenvolvimento a criação de uma janela especial dentro do Banco para apoiar o sector da Manufactura Africana; v. Encorajar as Instituições Financeiras de Desenvolvimento (DFI) a fornecer financiamento para a industrialização; vi. Reforçar o mandato e capitalizar as DFI para apoiar o desenvolvimento industrial em África; vii. Aprender com outras regiões que tiveram êxito no uso de recursos internos para financiar o desenvolvimento industrial de fontes como os serviços postais e o seu papel no financiamento. i. Os membros dos Conselhos de Direcção devem assumir responsabilidades e participar mais eficazmente nas Reuniões dos Conselhos de Direcção para assegurarem a implementação das recomendações do CAMI; ii. Deve haver estreita colaboração entre a CUA e as CER de modo a evitar a duplicação de esforços; 8
9 iii. A Unidade de Coordenação da Implementação (UCI) da AIDA deve ficar estabelecida na Sede da CUA e devem ser mobilizados recursos sustentáveis para permitir à CUA o cumprimento do seu papel de coordenação e monotorização. A UNIDO procura colaborar com a CUA na criação do UCI da AIDA e dar apoio em matéria de mobilização de recursos. 9
ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES. N Recomendação Estado de Implementação Desafios. Comissão da União Africana
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