UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE AÇÃO RESCISÓRIA Por: Maria Lindauria de Carvalho Lopes Orientador Prof. Jean Alves Rio de Janeiro 2009

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Ação Rescisória Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Processual Civil Por: Maria Lindauria de Carvalho Lopes

3 3 AGRADECIMENTOS A todas as pessoas que incentivaram para a produção deste trabalho, bem como aos servidores lotados no atendimento da Biblioteca do Tribunal Regional Federal, 2ª Região.

4 4 DEDICATÓRIA Aos meus pais que nunca mediram esforços financeiros para que eu desse prosseguimento aos estudos.

5 5 RESUMO A ação rescisória é uma ação de conhecimento que tem como objeto imediato é a desconstituição da coisa julgada, e como objeto mediato o rejulgamento da causa, expurgando o vício que foi fundamental para a formação daquela decisão de mérito. A ação de conhecimento é de natureza constitutiva negativa ou desconstitutiva. Os vícios que dão ensejo à ação rescisória estão elencados no rol taxativo do art. 485, do Código de Processo Civil. O prazo para o ajuizamento da ação rescisória apontando um dos vícios do artigo supramencionado é de dois anos contados a partir do trânsito em julgado da sentença rescindenda, este prazo é decadencial.

6 6 METODOLOGIA O método utilizado foi a coleta de livros após o levantamento de uma pesquisa bibliográfica, artigos e periódicos que tratavam a respeito da ação rescisória e após a leitura com marcação dos trechos mais importantes foram elaborados resumos. A internet também foi utilizada para acompanhar o enfoque jurisprudencial adotado pelos tribunais superiores, principalmente, o posicionamento no que se refere à coisa julgada.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I AÇÃO RESCISÓRIA Histórico Ação Rescisória no Direito Processual Brasileiro Conceito Natureza Jurídica 13 CAPÍTULO II COISA JULGADA Definição Coisa julgada formal Coisa Julgada material Relativização da coisa julgada 22 CAPÍTULO III PRESSUPOSTOS Legitimidade Pressupostos genéricos Pressupostos específicos Prazos 48 CONCLUSÃO 50 BIBLIOGRAFIA 51

8 8 INTRODUÇÃO Neste trabalho foi feita uma breve análise sobre os principais aspectos que norteiam a ação rescisória, principalmente por envolver uma ação que tem natureza desconstitutiva ou constitutiva negativa. A ação rescisória visa o desfazimento de uma sentença de mérito transitada em julgado e que contenha um dos vícios elencados no art. 485, do Código de Processo Civil. É a sentença de mérito que protege a relação jurídica de direito material controvertido, e neste tipo de ação esta sentença é a que causa prejuízo à parte vencida. A ação rescisória nos últimos tempos tem sido um tema objeto de muita reflexão em sede doutrinária por conta da discussão da chamada relativização da coisa julgada. Alguns posicionamentos a respeito dos vícios taxativos apontados pelo art. 485, do Código de Processo Civil, que dão ensejo à ação rescisória, principalmente os incisos V e VII, em virtude do estudo crescente da relativização da coisa julgada em vista da manutenção da segurança jurídica que este instituto deve possuir e, assegurado pela própria Constituição Federal.

9 9 CAPÍTULO I AÇÃO RESCISÓRIA Histórico O jurista Barbosa Moreira nos dá noticia de que no Direito Romano a sentença poderia ser revogada a qualquer momento, em decorrência da não observação das regras processuais ou nos casos da existência do error in iudicando, não havendo necessidade da interposição de qualquer recurso ou de ação autônoma. Enquanto que no Direito Italiano influenciado por elementos germânicos e de origem romana surgiu a querela nullitatis, na qual se denunciava os errores in procedendo, ou seja, o vício de atividade na elaboração da decisão, produzindo a inexistência do julgado. A querela nullitatis é apontada pelo jurista Coqueijo Costa, como a primeira manifestação das ações autônomas de invalidação da sentença e o antecedente mais remoto da ação rescisória (COSTA, 2002, p. 11). A querela nullitatis se dividia em duas modalidades: querela nullitatis sanabilis que enfrentava os vícios sanáveis de menor gravidade e, posteriormente fundiu-se com os recursos em vários ordenamentos europeus. Enquanto a querela nullitatis insanabilis, enfrentava os vícios de maior gravidade considerados insanáveis, permaneceu atacando os vícios das sentenças que sobreviviam ao decurso de prazo e à coisa julgada. No ordenamento jurídico europeu a querela nullitatis insanabilis desapareceu e os errores in procedendo passaram a ser atacados pelos recursos. Entretanto, no direito português base do direito brasileiro, não sofreu essa evolução. Segundo parte da doutrina, a ação rescisória também teve como antecedente a restitutio in integrum, que no Direito Romano tinha o objetivo desconstituir os contratos com vício de consentimento nos quais as pessoas

10 10 por inexperiência contratavam em condições lesivas ao seu patrimônio. Nestes casos, o contrato era anulado e a situação retornava a condição anterior à celebração do contrato. Segundo o professor Barbosa Moreira a restitutio in integrum num segundo momento passou a desconstituir sentenças que, segundo a equidade, justificasse o reexame da matéria julgada, a fim de impedir a cristalização definitiva de um resultado visto como contrário à verdade Ação Rescisória no Direito Processual Brasileiro A decretação das Ordenações Filipinas em 1603 pelo rei Filipe II, com vigência e aplicação em Portugal e nas suas colônias, foi base e fundamentação no direito brasileiro, empregando-se a expressão sentença nenhuma, vigorou até a implantação do Código Civil, em O Livro III, Título LXXV, das Ordenações Filipinas fazia referência à sentença que transitada em julgada estivesse eivada de um dos vícios previstos no Decreto. A ação rescisória surgiu no ordenamento jurídico brasileiro com a edição do Regulamento nº 737, de Os arts. 680 e 681 estabeleciam os pressupostos para que a parte pudesse interpor ação rescisória nos seguintes casos: quando a sentença fosse proferida por juiz incompetente, suspeito ou subornado ou a sentença contrariasse dispositivo legal ou depoimentos falsos tivessem servido de base para a convicção do juiz. Com a promulgação da Constituição do Império em 1891, foi atribuído aos Estados-membros competência para legislar sobre processo. Alguns Códigos fizeram menção a ação rescisória de maneira desordenada, porém de modo imperfeito e vacilante, segundo Pinto Ferreira (FERREIRA, 1988, p. 254). A Constituição de 1934 consagrou a unificação do sistema processual e a União foi atribuída competência para legislar sobre processo. Esta

11 11 atribuição continuou sendo mantida na Constituição de 1937 e nas Constituições posteriores. A edição do Decreto-lei nº 1608, de 18 de setembro de 1939, permitiu a rescisão de sentenças que decidissem o processo com ou sem o julgamento de mérito. O caput do art. 798 enumerava as hipóteses de cabimento da ação rescisória. Neste Código, o legislador empregou a expressão nulidade ao invés de rescindibilidade, fato muito criticado pela doutrina. Entretanto, adverte Pinto Ferreira: a sentença produz todos os efeitos antes de ser rescindida e cassada por se entendê-la como nula, pois nula seria se fosse inexistente, o que não é a hipótese, pois que transitou em julgado em processo regular (FERREIRA, 1988, p. 25). A sentença nula produz todos os efeitos de res iudicata e, enquanto não for rescindida, por ação própria, prevalece gerando todos os efeitos da sentença prolatada. O prazo para o ajuizamento da ação rescisória estava fixado no Código Civil de 1916, art. 178, 10, VIII: prescreve em cinco anos o direito de propor ação rescisória. A contagem deste prazo era a partir do trânsito em julgado da sentença. Muitos doutrinadores entenderam que o prazo deveria ser decadencial e, esta divergência perdurou por um longo tempo até que o Supremo Tribunal Federal firmasse jurisprudência no sentido do prazo ser decadencial. Considerando que a sociedade constantemente passa por modificações e o ordenamento jurídico sempre busca adequar a legislação com as transformações sociais, o legislador, amparado pela doutrina, sentiu necessidade de na reforma do Código de Processo Civil de 1973 ampliar o rol das hipóteses de rescindibilidade da sentença transitada em julgado. O Código de Processo Civil de 1973 especificou que a sentença de mérito poderia ser submetida à rescisão, desde que contivesse um dos vícios mencionados no art Nesta reforma do Código, o legislador fixou a percentagem do depósito sobre o valor da causa em 5%, bem como

12 12 estabeleceu o prazo decadencial de dois anos para o ajuizamento da ação rescisória, contados a partir do trânsito em julgado da sentença Conceito Ação rescisória é uma ação de conhecimento que tem por objetivo desconstituir a coisa julgada material transitada em julgado, formada com um dos vícios elencados no rol taxativo do art. 485, do Código de Processo Civil. O objeto imediato da ação rescisória é desconstituir a coisa julgada, enquanto o objeto mediato ou reflexo é o novo julgamento da causa, expurgando o vício que foi fundamental para a formação da decisão judicial originária que contenha um dos vícios elencados no art. 485, do Código de Processo Civil. A ação rescisória é a única ação que possui o objetivo de desconstituir a coisa julgada que é uma garantia constitucional sendo, portanto um remédio excepcional. O jurista Barbosa Moreira assim a define: chama-se rescisória à ação por meio da qual se pede a desconstituição de sentença trânsita em julgado, com eventual rejulgamento, a seguir, da matéria nela julgada (MOREIRA, 2003, p. 100). Segundo a definição do processualista Alexandre Freitas Câmara, a ação rescisória como demanda autônoma de impugnação de provimentos de mérito transitados em julgado, com eventual rejulgamento da matéria neles apreciada (CÂMARA, 2007, p. 30). Não obstante o trânsito em julgado representar a imutabilidade da sentença de mérito, a ação rescisória é a última oportunidade da parte ou do terceiro interessado desconstituir uma sentença eivada por um dos vícios elencados no rol taxativo do art. 485, do Código de Processo Civil, que autorizam sua rescisão.

13 13 É oportuno destacar que, a interposição da ação rescisória não suspende nem interrompe os efeitos da sentença a que se pretende desconstituir, pois se este fato ocorresse geraria instabilidade social já que abalaria a segurança jurídica trazida pela imutabilidade da coisa julgada, para tanto o legislador fixou as hipóteses excepcionais que autorizam a reapreciação da sentença. Segundo Pontes de Miranda: a ação rescisória, julgamento de julgamento como tal, não se passa dentro do processo em que se proferiu a decisão rescindenda. Nasce fora, em plano pré-processual, desenvolve-se em torno da decisão rescindenda, e, somente ao desconstituí-la, cortá-la, re-scindila, é que abre, no extremo da relação processual jurídica examinada (BARBOSA MOREIRA, p. 66). 1.4 Natureza Jurídica A natureza jurídica da ação rescisória é de uma ação de conhecimento de natureza constitutiva negativa ou desconstitutiva. Para Adriane Donadel a ação rescisória é uma espécie de ação autônoma de impugnação, pois é exercitável em processo distinto em relação à decisão que se busca rescindir (DONADEL, 2008, p. 32). Enquanto para Vicente Greco Filho a ação rescisória é de natureza constitutiva negativa porque modifica o mundo jurídico, desfazendo a sentença transitada em julgado, podendo conter também outra eficácia quando a parte pede novo julgamento em substituição do rescindido (GRECO FILHO, 2000, p. 403). No ordenamento jurídico brasileiro existem dois meios para se questionar uma decisão judicial desfavorável: através de recursos ou de ações autônomas de impugnação. É importante estabelecer a diferenciação entre os dois meios; os recursos são interpostos dentro de um mesmo processo, havendo continuidade

14 14 da relação jurídica, ou seja, ainda está presente a litispendência e o recurso obsta o trânsito em julgado e independe da existência de vícios preestabelecidos da decisão. A este respeito assevera Nelson Nery Junior que o recurso tem a natureza jurídica de ação autônoma de impugnação de conteúdo constitutivo negativo, já que o recurso visa a desconstituição da decisão judicial (NERY JUNIOR, 2000, p. 185), e acrescenta que a decisão pode até não conter vício de nenhuma ordem, pois o seu pressuposto é a existência de uma decisão desfavorável, total ou parcialmente, a uma das partes ou que possa prejudicar terceiro. (NERY JÚNIOR, 2000, p. 192). A interposição do recurso faz retardar o trânsito em julgado e a ocorrência da coisa julgada material. Enquanto que nas ações autônomas de impugnação forma-se uma nova relação processual em relação àquela que se pretende impugnar. Dentre as ações autônomas de impugnação temos a ação rescisória, que tem por objetivo desconstituir a coisa julgada, e para seu cabimento é indispensável que o processo anterior esteja findo. Portanto, não se pode confundir ação rescisória com recurso. A respeito da distinção entre recurso e ações autônomas de impugnação, o prof. Barbosa Moreira assevera que: Através de recurso, se impugna a decisão no próprio processo em que foi proferida, ao passo que o exercício de ação autônoma de impugnação dá sempre lugar à instauração de outro processo. A ação rescisória é o exemplo clássico dessa segunda espécie (MOREIRA, 2003, p. 100). Ainda a respeito, salienta Bernardo Pimentel:

15 15 Entre as ações autônomas de impugnação, merece destaque a ação rescisória. Trata-se de ação apropriada para desconstituir julgado protegido pela res iudicata, e que permite a prolação, de regra, necessária, de novo julgamento da causa solucionada por meio do decisum impugnado na rescisória. Enquanto a desconstituição do julgado ocorre no juízo rescindendo (iudicium rescindens), o novo julgamento é realizado no juízo rescisório (iudicium rescissorium) (SOUSA, 2000, p. 367). Uma decisão que ainda não tenha transitado em julgado pode ser atacada além do recurso por uma ação autônoma de impugnação, neste sentido afirma Adriane Donadel: As ações autônomas de impugnação poderão dirigir-se a decisões transitadas em julgado, como é o caso da ação rescisória, ou a decisões não acobertadas pela coisa julgada material, situação que se verifica no mandado de segurança, no habeas corpus e nos embargos de terceiro, por exemplo. (DONADEL, 2008, p. 33). Em uma ação autônoma de impugnação não se pode separar o direito do vício que revestiu a sentença objeto da revogação. Assim preleciona Nelson Nery Júnior: Quando se pensa em ajuizar uma ação rescisória, não se pode cindir a causa pretendi dessa ação autônoma de impugnação do erro que contém a sentença, vale dizer, o direito àquela se encontra ligado umbilicalmente ao motivo da rescisória. Em outras palavras, não se pode cindir a causa de pedir do próprio mérito da ação rescisória (NERY JUNIOR, 2000, p. 193).

16 16 Assim, a ação rescisória, dentre as ações de impugnação, é uma excepcionalidade no sistema processual que é utilizada para restaurar a ordem jurídica violada por uma dos vícios taxativos do art. 485, do Código de Processo Civil.

17 17 CAPÍTULO II COISA JULGADA O processo civil tem de origem romanística, onde se forjou o conceito de coisa julgada como meta a ser atingida ao final da prestação jurisdicional, alcançando a segurança jurídica quando a composição judicial do conflito torna-se imutável e indiscutível, assumindo caráter de definitividade. No Brasil, pela relevância social do instituto da coisa julgada foi inserida entre as garantias constitucionais (art. 5º, inciso XXXVI), não obstante a definitividade da sentença passada em julgado, coube a legislação ordinária (art. 485, do Código de Processo Civil) ressalvar os casos excepcionais de rescisão, mesmo depois de esgotada a via recursal disponível. 2.1 Definição A coisa julgada, também chamada de res iudicata é um instituto que está relacionado à segurança jurídica do próprio Estado democrático de direito, trazendo garantia ao cidadão de que a decisão judicial transitada em julgado não poderá ser novamente discutida nas esferas judicial ou administrativa. A res iudicata envolve um conceito jurídico cujo conteúdo vai além do próprio termo e ultrapassa os parâmetros fixados pelo legislador. A Constituição Federal no art. 5º, inciso XXXVI, assegura ao cidadão que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, ou seja, o instituto ultrapassa os limites do próprio processo e alcança a sociedade de modo geral. Neste sentido, preleciona o professor Sérgio Gilberto Porto: O contrato existente entre o cidadão e o Estado está assim definido e, portanto, induvidosamente, há uma garantia de ordem constitucional-processual que, por opção política, determina que a partir de certo momento

18 18 não se pode mais, no Estado civilizado, prosseguir em determinado debate. Encerra-se, verdadeiramente, o conflito, declarando-se a estabilidade definitiva da relação jurídica controvertida como ato de soberania do Estado. Havendo, naquele caso, por ato legítimo de império, segurança jurídica constitucionalmente reconhecida (PORTO, 2006, p. 125). Existem diversas definições sobre a coisa julgada e a posição doutrinária brasileira mais aceita é a defendida por Liebman: coisa julgada é a imutabilidade do comando emergente de uma sentença (CÂMARA, 1999, pp ). Para o professor Sérgio Gilberto Porto o instituto da coisa julgada representa: a indiscutibilidade da nova situação jurídica declarada pela sentença e decorrente da inviabilidade recursal (PORTO, 2006, p. 53). O professor Vicente Greco Filho leciona que coisa julgada é a imutabilidade dos efeitos da sentença ou da própria sentença que decorre de estarem esgotados os recursos eventualmente cabíveis (GRECO FILHO, 2000, p. 246). A coisa julgada é a imutabilidade da decisão judicial, podendo ser de sentença ou acórdão que põe termo a um processo, tendo este apreciado ou não o mérito da causa, após esgotar os prazos recursais sem que quaisquer das partes tenham apresentado recurso, firmando o direito de um deles e tornando a sentença irretratável, finaliza-se o litígio, resolvendo e pondo fim em todas as questões que foram trazidas para discussão. Sendo a coisa julgada um instituto que proporciona segurança jurídica para o jurisdicionado e estabilidade social, Bruno Freire e Silva, assim a descreve: A coisa julgada surgiu, pois, para trazer certeza jurídica, cujo escopo é alcançado pela imutabilidade e indiscutibilidade das decisões judiciais, após serem esgotados os recursos eventualmente cabíveis (SILVA, 2009, p. 22).

19 19 Pelo princípio da congruência, o juiz deve analisar e julgar a demanda dentro do pedido formulado pelo litigante, e a sentença guardar perfeita correlação com o pedido. Esta é uma restrição da coisa julgada à parte dispositiva da sentença, adotada pelo nosso sistema processual civil, ou seja, a sentença deve manter estreita relação com o pedido. Uma das finalidades da coisa julgada é impedir que sejam proferidas decisões contraditórias que versem sobre o mesmo pedido, trazendo segurança, certeza jurídica das decisões e harmonia dos julgados. 2.2 Coisa Julgada Formal Os princípios existentes no direito visam a oferecer segurança às partes em torno da decisão prolatada. O nosso sistema recursal hodierno consagrou o princípio de que todas as decisões, exceto as de mero expediente, são recorríveis, ficando a critério da parte a sua interposição. Após uma decisão, o recurso é o meio pelo qual a parte vencida tenta reverter a decisão que não lhe foi favorável, pois o legislador fixou prazos para a sua interposição e, a não observância dos mesmos ou quando a parte vencida esgota todos os recursos disponíveis, acarreta a preclusão recursal. Neste sentido a lição de Sérgio Gilberto Porto: Assim tendo as partes se conformado com a decisão e não a tendo impugnado, ou se apenas alguma delas recorreu, exaurindo a possibilidade recursal, a decisão independentemente da análise de mérito, no processo em que foi proferida, adquire o selo da imutabilidade. A esta imodificabilidade dá-se o nome de coisa julgada formal (PORTO, 2006, p. 62). Forma-se a coisa julgada formal nos processos onde é proferida sentença terminativa, tornando imutável a sentença apenas em relação ao processo em que foi prolatada. Ou seja, o processo que chega ao final sem apreciação de mérito, a coisa julgada impossibilita novo exame dentro deste

20 20 mesmo processo, não impedindo que o objeto do julgamento volte a ser discutido em um processo futuro. Como exemplo de sentenças que fazem apenas coisa julgada formal temos o art. 267, do Código de Processo Civil, que possibilita que a matéria da demanda seja novamente discutida, se a parte assim desejar, conforme o disposto no art. 268, do referido estatuto. Ora, se o próprio ordenamento jurídico vigente permite a rediscussão da matéria é porque a repercussão daquela decisão foi somente dentro daquele processo, é o chamado efeito endoprocessual. Por não ter apreciado o mérito é possível a propositura de uma nova ação em que as partes, o pedido e a causa de pedir sejam as mesmas (art. 268, do Código de Processo Civil). É pertinente colar o entendimento de Sérgio Gilberto Porto sobre o fenômeno da coisa julgada formal: Proferida a decisão, a parte podendo recorrer, não o fez, ou apresentou alguns recursos possíveis e esgotou a via recursal em todos os seus graus, operando-se, pois, a preclusão máxima, quer tenha ou não havido análise de mérito (DONADEL, 2008, p. 93). formal. A doutrina é praticamente pacífica no que concerne a coisa julgada 2.3 Coisa Julgada Material A coisa julgada material tem como fundamento a estabilidade da decisão no processo em que foi prolatada e das relações jurídicas, sendo alcançada com o esgotamento de todos os recursos, e, o litígio chegue ao seu término, conforme preceitua Vicente Greco Filho: Não mais se poderá discutir, mesmo em outro processo, a justiça ou injustiça da decisão, porque é preferível uma decisão eventualmente injusta do que a perpetuação dos litígios (GRECO FILHO, 2000, p. 246).

21 21 Assim, a coisa julgada material está definida no art. 467, do Código de Processo Civil, conferindo à coisa julgada eficácia do conteúdo da sentença transitada em julgado. A coisa julgada material garante a imutabilidade do dispositivo da sentença e seus efeitos, em nome do princípio da segurança jurídica, fundamental em um Estado Democrático de Direito, impedindo uma nova reapreciação em processos futuros, que trate da mesma lide. Portanto, a sentença não poderá ser modificada, nem no mesmo processo nem em processo futuro. que: Ovídio Baptista da Silva ao definir a coisa julgada material esclarece se pode defini-la como a virtude própria de certas sentenças judiciais, que as faz imunes às futuras controvérsias impedindo que se modifique, ou discuta, num processo subseqüente, aquilo que o juiz tiver declarado como sendo a coisa julgada material (DONADEL, 2008, p. 94). A coisa julgada material soluciona definitivamente a situação das partes em litígio, impedindo que uma nova demanda que verse sobre o mesmo litígio seja ajuizada. A grande relevância social do instituto da coisa julgada material é o efeito que ela projeta para fora da sentença e atinge as pessoas em suas relações, ou seja, ultrapassa o confinamento do direito processual. É importante ressaltar que a coisa julgada material faz coisa julgada formal, mas o contrário não ocorre. Porque a coisa julgada formal é pressuposto da coisa julgada material, na medida em que a primeira torna imutável dentro do processo a decisão que encerra o feito, ao passo que a segunda constitui qualidade da decisão que tornam imutáveis os feitos lançados fora do processo. Nesta, persiste a imutabilidade da decisão no mesmo ou em qualquer outro processo entre as mesmas partes e com o

22 22 mesmo objeto. Somente as sentenças de mérito do art. 269 do Código de Processo Civil, produzem coisa julgada material. 2.4 Relativização da Coisa Julgada A ação rescisória é um remédio excepcional que tem por finalidade buscar o equilíbrio entre a garantia de estabilidade social, representada pela coisa julgada e a reparação de possíveis vícios (injustiças), nos casos de sentença eivada de vícios que o legislador configurou como graves. Muito se tem pensado e discutido acerca da garantia constitucional da coisa julgada, como qualidade que se agrega à decisão do Judiciário, se é legítimo que injustiças sejam eternizadas sob o argumento de que os conflitos não devem ser prolongados indefinidamente e, sobretudo, desvirtuar a garantia constitucional da coisa julgada. Não obstante a garantia constitucional da coisa julgada, a legislação definiu as hipóteses em que a sentença transitada em julgado pode ser rescindida e fixou o prazo decadencial de dois anos, decorrido este prazo a coisa julgada torna-se coisa soberanamente julgada, não sendo mais passível de discussão. A intangibilidade da coisa julgada material começou a ser questionada, quando doutrinadores e juristas se depararam com casos, segundo eles, absurdos protegidos pelo dogma da coisa soberanamente julgada, isto é, atingiu a preclusão máxima na ordem jurídica, decorrido o prazo decadencial para a propositura da ação rescisória. A ocorrência destes casos teve o condão de provocar a necessidade de se reestudar o instituto da coisa julgada e a ação rescisória. A tendência à relativização tem encontrado respaldo em doutrinadores renomados, entretanto também apresenta opositores. Uma das primeiras vozes a pedir a revisão da carga imperativa da coisa julgada foi o Ministro do Superior Tribunal de Justiça José Augusto

23 23 Delgado que teve o posicionamento de não reconhecer o caráter absoluto na coisa julgada. Filiando-se a corrente cujo entendimento era de que sob o fundamento da segurança jurídica, a coisa julgada não pode se sobrepor aos princípios da moralidade pública, da legalidade, da razoabilidade, de proporcionalidade e do justo. A preocupação de Luiz Guilherme Marinoni é de que se não houver critérios seguros e racionais para a relativização da coisa julgada material seríamos conduzidos à sua desconsideração, fato que acarretaria um estado de grande incerteza e injustiça (MARINONI, 2004, p. 15). Para o professor José Carlos Barbosa Moreira a terminologia empregada não é apropriada, pois não se pode relativizar o que é relativo; em vista da existência no ordenamento jurídico da ação rescisória (civil) e da revisão criminal (penal) que desconstituem a coisa julgada. O consagrado professor Sérgio Gilberto Porto assevera que já existe um movimento de mitigação das garantias constitucionais sob o argumento da inexistência de garantia constitucional absoluta, e como exemplos cita as liminares inaudita altera pars, em face da garantia do contraditório; os prazos processuais da Fazenda Pública, frente à garantia de isonomia; o depósito prévio da ação rescisória, frente à garantia do acesso à justiça, entre outros. Nessa linha de pensamento, o professor Cândido Rangel Dinamarco assevera que os princípios e garantias constitucionais não são absolutos e defende uma posição de equilíbrio entre a exigência de certeza ou segurança, que a autoridade da coisa julgada prestigia, e a de justiça e legitimidade das decisões, que aconselha não radicalizar essa autoridade, partindo desta conclusão propõe: A linha proposta não ao ponto insensato de minar imprudentemente a autoritas rei judicatae ou transgredir sistematicamente o que a seu respeito assegura a Constituição Federal e dispõe a lei. Propõe-se apenas um trato extraordinário destinado a situações extraordinárias

24 24 com o objetivo de afastar absurdos, injustiças flagrantes, fraudes e infrações à Constituição com a consciência de que providências destinadas a esse objetivo devem ser tão excepcionais quanto é a ocorrência desses graves inconvenientes. Não me move o intuito de propor uma insensata inversão, para que a garantia da coisa julgada passasse a operar em casos raros e a sua infringência se tornasse regra geral (DINAMARCO, 2001, p. 43). Sobre a relativização da coisa julgada assim preleciona Márcia Conceição Dinamarco: O que temos é que em casos excepcionais, tal qual para a propositura da ação rescisória, se já não mais dispomos de prazo para a propositura da ação rescisória ou já foram esgotados os meios processuais possíveis e imagináveis para a sua discussão, ainda assim é possível que a coisa julgada seja relativizada, desde que estejamos diante de uma situação em que os valores da sociedade estejam em conflito e com isso faça prevalecer o mal sobre o bem (DINAMARCO, 2004, pp ). Nosso ordenamento jurídico não prevê nenhum meio processual com a finalidade de suprimir a suposta coisa julgada inconstitucional. Existem duas correntes majoritárias na doutrina que aceitam a relativização do dogma da coisa julgada. A primeira corrente sustenta que as decisões marcadas pelo vício de inconstitucionalidade devam ser rescindidas, aplicando-se de forma abrangente a ação rescisória. Argumentam que se na lei ordinária há previsão de que um vício de ilegalidade, considerado um vício menor, pode ser desconstituído através da ação rescisória (art. 485, inciso V, do Código de Processo Civil), então um vício de maior gravidade inconstitucionalidade também poderia.

25 25 Assim, a interpretação do art. 485, inciso V, do Código de Processo Civil, deveria ser ampliada para abranger as situações nas quais o dispositivo infringido seja constitucional. Já o entendimento da segunda corrente é de que, embora não haja no ordenamento jurídico previsão, além da ação rescisória para desconstituir a coisa julgada, haveria a possibilidade de considerar a querela nullitatis como instrumento de relativização da coisa julgada inconstitucional. A querela nullitatis é uma criação do direito canônico que sobrevive no direito hodierno, sendo um remédio que serve para impugnar erros judiciais graves, insanáveis com a preclusão e que impede a formação da res iudicata. A ação é proposta no juízo que proferiu a decisão. O objetivo dessa ação declaratória não é a desconstituição da decisão que produziu a coisa julgada, mas a sua desconsideração. Ultrapassando a possibilidade do ajuizamento da ação rescisória no caso de decisões judiciais que posteriormente são declaradas inconstitucionais, surge a questão da referida ação possuir o prazo decadencial de dois para a sua propositura. O professor Alexandre Freitas Câmara reconhece que a ação rescisória é um remédio processual limitado no tempo. O professor e Desembargador Araken de Assis sobre a eficácia da coisa julgada e a tendência de relativização, assim preleciona: No entanto, a segurança jurídica é valor constitucional que entrou em flagrante declínio e retrocesso. Não interessam aqui, as complexas razões desse fenômeno perturbador, e, sim, o fato de que ele atingiu diretamente a coisa julgada. Tornou-se corriqueiro afirmar que a eficácia de coisa julgada cederá passo, independentemente do emprego da ação rescisória ou da

26 26 observância do prazo previsto no art. 485, em algumas hipóteses. À guisa de exemplo, citam-se as sentenças de mérito, cujo comando seja de cumprimento materialmente impossível, e as sentenças proferidas em hipotético descordo com valores humanos, éticos e políticos da Constituição, postos ao lado da coisa julgado do rol dos direitos fundamentais (ASSIS, 2002, pp.11-12). Dentre as hipóteses que tiveram a prerrogativa de provocar a rediscussão da coisa julgada e que vem se firmando na jurisprudência, vemos os casos de investigação de paternidade, tendo uma decisão judicial transitada em julgado, prolatada quando não existia o exame de DNA ou quando seu uso era bastante restrito, que declarou ou negou a paternidade e, posteriormente, descobriu-se, com a realização do referido exame, que no primeiro caso a paternidade inexistia e no segundo, ela existia. Os aspectos relacionados com os direitos da personalidade têm importância social e jurídica, pois é um direito de toda pessoa conhecer a sua verdadeira filiação. O Superior Tribunal de Justiça vem adotando o entendimento da possibilidade da interposição de uma nova ação, nos casos de investigação de paternidade. Porém, ainda, não há uma jurisprudência consolidada. Senão vejamos: CIVIL. NOVA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. COISA JULGADA. DNA. CONFRONTO. PREVALÊNCIA. I. Refoge a esta Corte a reforma de acórdão fundamentado exclusivamente no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. II. Consolidada a coisa julgada definitiva, incabível o ajuizamento de nova ação investigatória de paternidade

27 27 sob a justificativa do advento de nova técnica de apuração, caso do exame DNA. III. Jurisprudência pacificada no âmbito do STJ (REsp n SP, Rel. para acórdão Min. Ari Pargendler, 2ª Seção, DJe de ). IV. Recurso especial não conhecido. (REsp RS, 4ª Turma Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 17/02/2009). Em sentido contrário: PROCESSO CIVIL. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. REPETIÇÃO DE AÇÃO ANTERIORMENTE AJUIZADA, QUE TEVE SEU PEDIDO JULGADO IMPROCEDENTE POR FALTA DE PROVAS. COISA JULGADA. MITIGAÇÃO. DOUTRINA. PRECEDENTES. DIREITO DE FAMÍLIA. EVOLUÇÃO. RECURSO ACOLHIDO. I Não excluída expressamente a paternidade do investigado na primitiva ação de investigação de paternidade, diante da precariedade da prova e da ausência de indícios suficientes a caracterizar tanto a paternidade como a sua negativa, e considerando que, quando do ajuizamento da primeira ação, o exame pelo DNA ainda não era disponível e nem havia notoriedade a seu respeito, admite-se o ajuizamento de ação investigatória, ainda que tenha sido aforada uma anterior com sentença julgando improcedente o pedido. II Nos termos da orientação da Turma, "sempre recomendável a realização de perícia para investigação genética (HLA e DNA), porque permite ao julgador um juízo de fortíssima probabilidade, senão de certeza" na composição do conflito. Ademais, o progresso da ciência

28 28 jurídica, em matéria de prova, está na substituição da verdade ficta pela verdade real. III A coisa julgada, em se tratando de ações de estado, como no caso de investigação de paternidade, deve ser interpretada modus in rebus. Nas palavras de respeitável e avançada doutrina, quando estudiosos hoje se aprofundam no reestudo do instituto, na busca sobretudo da realização do processo justo, "a coisa julgada existe como criação necessária à segurança prática das relações jurídicas e as dificuldades que se opõem à sua ruptura se explicam pela mesmíssima razão. Não se pode olvidar, todavia, que numa sociedade de homens livres, a Justiça tem de estar acima da segurança, porque sem Justiça não há liberdade". IV Este Tribunal tem buscado, em sua jurisprudência, firmar posições que atendam aos fins sociais do processo e às exigências do bem comum. (REsp /PR 4ª Turma Relator Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ 04/02/2002, p. 370). Em sede doutrinária existe a discussão se o exame de DNA poderia ser equiparado a documento novo, com previsão no art. 485, inciso VII, do Código de Processo Civil e qual o momento marcaria o início da contagem do prazo para a ação rescisória. Discorrendo a respeito, o professor Luiz Guilherme Marinoni entende que é imperativo haver uma alteração no art. 485 do Código de Processo Civil para que o laudo de DNA, tenha um conceito equiparado a documento novo, ensejando a utilização da ação rescisória, bem como o seu prazo deva decorrer a partir da ciência da parte a respeito da existência desta técnica. Os entendimentos sobre a matéria têm sido diversos, de acordo com a convicção de cada juiz. Há divergência quanto à possibilidade ou não da desconstituição da coisa julgada pela ação rescisória após o prazo

29 29 decadencial. Também há divergência quanto ao meio processual adequado e quanto ao fundamento desta mitigação. Em sede doutrinária e mesmo jurisprudencial o enfrentamento destas questões referentes à relativização deve ser cuidadosa para que não se desvirtue um instituto preponderante para a segurança jurídica e mascare a ideia de desconsideração da coisa julgada. Neste sentido, preleciona o prestigiado professor Sérgio Gilberto Porto: Assim, em época de reformas processuais, parece oportuno a revisão das hipóteses de cabimento da ação rescisória e, quiçá, até mesmo, o exame da vigência do prazo decadencial existente, observando, por derradeiro, que no plano criminal a revisão irmã siamesa da rescisória não goza desta limitação, em face da natureza relevante do direito posto em causa e, ao que consta, tal circunstância não gera uma crise social incontrolável. Desta forma, a ampliação das hipóteses de cabimento, a dilação do prazo decadencial e a supressão deste para hipóteses excepcionalíssimas, (...) Portanto, maxima venia, o desafio não é simplesmente relativizar de qualquer modo, a qualquer tempo e por qualquer juiz a coisa julgada, em verdadeiro desprestígio aos óbvios motivos que ensejaram a sua criação, mas sim prestigiála, com um sistema, dentro da ordem jurídica, compatível com a realidade deste início de século, pena de, na verdade, estar-se incidindo em hipótese de desconsideração, própria do arbítrio e não em relativização (PORTO, 2006, p.137).

30 30 CAPÍTULO III PRESSUPOSTOS 3.1 Legitimidade Dispõe o art. 487, do Código de Processo Civil, que: tem legitimidade para propor a ação: I quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; II o terceiro juridicamente interessado; III o Ministério Público: a) se não foi ouvido no processo, em que era obrigatória a intervenção; b) quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei. Pelo inciso um do artigo em comento se depreende que figuram na ação rescisória as mesmas partes que estavam no processo original e tiveram influência no seu resultado todos os sujeitos do contraditório a lei não exige que a parte tenha permanecido até o pronunciamento da sentença. Porém, o entendimento do professor José Carlos Barbosa Moreira é no sentido de no momento em que é proferida a sentença a parte (autor ou réu) esteja figurando na relação processual. O assistente litisconsorcial é titular da mesma relação jurídica das partes, sendo também legitimado à propositura da ação rescisória. Convém ressaltar que, se o Ministério Público foi parte do processo cuja sentença é objeto da rescisória, tem legitimidade para a propositura da ação, aqui não importa se a legitimidade naquele processo era extraordinária. A segunda parte do inciso I preceitua a legitimidade dos sucessores, a título singular ou universal, porque é estendida a eles a imutabilidade da coisa julgada, pois os sucessores são equiparados às partes que iniciaram a demanda, objeto da sentença rescindenda, desde que comprovem tal condição, também são legitimados a propor a ação rescisória.

31 31 O inciso dois trata do terceiro interessado, legitimado a propor a rescisória, bem como a recorrer. O terceiro juridicamente interessado é aquele que não participou do processo originário, mas é atingido por efeitos reflexos da sentença, pois é titular de relação jurídica conexa ou acessória à relação jurídica da demanda principal. O terceiro interessado embora não seja alcançado pelos limites subjetivos da coisa julgada, podem ser afetados pelos efeitos da sentença de mérito. O Superior Tribunal de Justiça no julgamento do recurso especial nº /SP, da relatoria do Ministro Sálvio de Figueiredo, assim se pronunciou: Por terceiro juridicamente interessado só se pode entender aquele que não sendo parte no feito, tem com uma delas um vínculo jurídico dependente do direito debatido e submetido à coisa julgada. O interesse do terceiro, para autorizar a propositura da ação rescisória, tem de ser o de restaurar o direito subjetivo negado à parte vencida, porquanto sem essa restauração não terá condições de exercer o seu direito (não envolvido no processo) contra a parte sucumbente. Se o direito do terceiro pode ser discutido, contra a parte vencedora ou contra o vencido, sem embargo da coisa julgada, por inexistir dependência jurídica entre as duas relações, caso não será de ação rescisória. O terceiro discutirá sua pretensão pelas vias ordinárias. Para admitir a rescisória promovida por terceiro exige-se um inter-relacionamento entre a situação jurídica decidida pela sentença e a invocada por este, de tal modo que não tenha perante o direito material, fundamento para recompor a situação anterior por meio de ação própria.

32 32 Quanto a primeira parte do inciso III sobre a legitimidade do Ministério Público, trata-se da hipótese de incidência do art. 485, inciso V, do Código de Processo Civil, em que o Ministério Público deixa de atuar como custos legis, tendo em vista que o provimento de mérito sem a intervenção do parquet quando a lei estabelece como obrigatória viola norma processual, gerando nulidade absoluta. A segunda parte do inciso III, é a de colusão processual e tendo o Ministério Público a função de fiscalizar o fiel cumprimento da lei, verificando que as partes agiram em conluio, o Ministério Público tem o dever de denunciar, em nome da preservação da ordem jurídica. 3.2 Pressupostos Genéricos Além dos pressupostos comuns a qualquer ação, somente é rescindível sentença de mérito, transitada em julgado e que contenha um dos vícios previstos no rol taxativo do art. 485, do Código de Processo Civil. A sentença a que se refere o caput do referido artigo deve ser interpretada em sentido amplo, pois abrange os acórdãos e as decisões interlocutórias, desde que o provimento verse sobre o mérito da causa. É importante ressaltar que certos procedimentos regulados por leis especiais são expressamente vedada a propositura de ação rescisória, como ocorre no âmbito dos Juizados Especiais. 3.3 Pressupostos Específicos Os pressupostos específicos de admissibilidade da ação rescisória encontram-se elencados no art. 485, incisos I ao IX, do Código de Processo Civil. Dentre as hipóteses umas combatem defeitos processuais enquanto outras corrigem injustiças em sentença válida. Os fundamentos da ação rescisória são taxativos, incabível interpretação extensiva, limitando-se aos incisos previstos no art. 485, do Código de Processo Civil, a saber:

33 33 I se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; Neste inciso, temos três delitos que fundamentam o cabimento da ação rescisória ligados a figura do juiz, sendo este o agente que dá causa à rescisão da sentença. No Código Penal estes tipos penais estão ligados a figura do funcionário público e o juiz em sentido lato é considerado como tal (DINAMARCO, 2004, p. 140). Como já mencionado, o Código de 1939 utilizava a expressão juiz peitado e na época a doutrina atribuía ao vocábulo um sentido amplo de interpretação (corrompido, subornado). No atual diploma processual, o legislador optou por especificar tecnicamente as infrações, trazendo para o Processo Civil as condutas tipificadas no Código Penal, dos crimes cometidos por funcionário público. A previsão legal da prevaricação está contida no art. 319 do Código Penal que consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. A prevaricação configura-se pela infidelidade ao dever funcional e ao desempenho da atividade judicante com imparcialidade. O art. 316, do Código Penal preceitua que concussão é exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Aqui o juiz pratica atos para beneficiar uma das partes, é um crime formal, que se configura com a exigência. Para Márcia Candido Dinamarco a concussão é configurada quando: Somente poderá ser proposta a ação rescisória se o juiz que exigiu este proveito venha a participar de modo determinante no julgamento. Se não teve o magistrado como influenciar a decisão, inexiste elementos que

34 34 possibilitem a rescindibilidade da sentença. No caso de ter o julgador exigido proveito e mesmo assim ter julgado a demanda nos estritos limites legais, não se justificará a rescisória, pois não haverá o que rescindir, ficando a atitude do juiz para ser analisada e julgada estritamente na esfera penal (DINAMARCO, 2004, fls. 141). O art. 317, do Código Penal diz que corrupção é solicitar ou receber para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Aqui está se tratando de corrupção passiva. Trazendo para o Processo Civil as tipificações do Código Penal que caracterizam a conduta do magistrado no exercício de suas funções, vemos que estes tipos penais atingem um dos princípios elementares do processo que é a imparcialidade do juiz. Para que a sentença seja rescindível não há necessidade de existir na esfera penal processo contra o magistrado prolator da sentença, nem mesmo que ele tenha sido condenado, bastando verificar a existência da ocorrência do fato delituoso que poderá ser provado no transcurso da fase probatória da ação rescisória. Se o juiz for condenado na esfera penal ao ser julgada a rescisória, o tribunal não poderá negar a ocorrência de vício. Em caso de absolvição, o tribunal verifica se na fundamentação a existência material do fato foi negada, o que enseja o não acolhimento da rescisória. Assim, também preleciona Berenice Nogueira Magri: Entretanto, se houver condenação no juízo criminal, essa decisão se projetará no juízo cível. A absolvição no processo criminal influirá na rescisória somente se foi negada a autoria ou reconhecida inequivocadamente a inexistência material do fato (MAGRI, 1999, p. 154).

35 35 Segundo o processualista Alexandre Freitas Câmara, quando o juiz de primeiro grau profere sentença que contenha um dos vícios apontados neste dispositivo, em comento, e em grau de recurso a sentença é mantida, não é cabível ação rescisória, pois a primeira decisão foi substituída pela segunda mesmo com conteúdo idêntico. Quando for decisão colegiada, também não é cabível rescisória se o voto do juiz que cometeu o crime não for o vencedor ou não tenha acompanhado o voto vencedor. II proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; A fundamentação desta hipótese incide diretamente na pessoa do agente (o juiz), de modo a caracterizar o impedimento; e ao juízo, por incompetência absoluta pressuposto processual de validade. As hipóteses de rescindibilidade nos casos de decisão de mérito transitada em julgado proferida por juiz impedido estão elencadas nos arts. 134, 136 e 137, do Código de Processo Civil. É importante destacar que, embora o caput do artigo 134 mencione o impedimento em jurisdição voluntária a ação rescisória somente é cabível nos processos de jurisdição contenciosa. A sentença de mérito proferida por juiz suspeito (art. 135, do Código de Processo Civil) ou relativamente incompetente, não torna rescindível a sentença, porque nem o processo, nem a própria sentença padecem de vício. Neste sentido, a lição de Vicente Greco Filho: O juiz impedido está proibido de exercer a jurisdição, daí a razão da rescindibilidade, ao passo que os casos de suspeição geram apenas uma dúvida quanto à parcialidade, o que deve ser resolvido no processo anterior por meio dos recursos próprios. (GRECO FILHO, 2000, p. 407). O artigo 134, do Código de Processo Civil preceitua que há impedimento quando o juiz profere decisão judicial em processo que ele é

36 36 parte; interveio como mandatário de alguma das partes, atuou como perito, órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; que seja cônjuge ou parente de alguma das partes; ou exerça função de direção ou de administração em pessoa jurídica que seja parte da causa. Quando há o impedimento do juiz e o mesmo profere decisão ou sentença, há nulidade de todos os atos por ele praticados. Englobam razões de ordem pública, pois ao Estado interessa que o Juiz, seu agente, haja com imparcialidade própria da impessoalidade no exercício da jurisdição, para que a prestação da tutela jurisdicional seja a mais justa possível. Não haverá rescindibilidade se a sentença proferida por juiz impedido for substituída por acórdão sem ocorrência de vício. Do mesmo modo se no órgão colegiado, o julgamento for por maioria e o juiz impedido foi voto vencido, não haverá caso de rescindibilidade. A Súmula 252, do Supremo Tribunal Federal preceitua que para julgar a rescisória não estão impedidos juízes que participaram do julgamento rescindendo. O juiz que em primeiro grau de jurisdição proferiu decisão ou sentenciou não pode participar do julgamento deste processo quando o mesmo estiver no tribunal para exame de recurso. Em se tratando da ação rescisória o magistrado que proferiu a sentença rescindenda pode participar do julgamento, por ser a rescisória uma ação autônoma e não um recurso. A segunda parte do inciso se refere à incompetência do juízo que enseja a rescisória, cabe ressaltar que somente a incompetência absoluta dá causa ao ajuizamento de ação rescisória. Entretanto, se a ação rescisória não ajuizada no tempo legal (dois anos), os atos inválidos serão convalidados. Por tratar de matéria de ordem pública, a incompetência absoluta do juízo deve ser declarada de ofício e alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição (art. 113, caput, do Código de Processo Civil).

37 37 III resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; das partes. O inciso III, do art. 485 versa sobre duas hipóteses: o dolo e a colusão Inicialmente cabe registrar que o inciso quando menciona parte temos que fazer uma interpretação em sentido amplo do termo, que abrange também o seu representante legal, nos casos de pessoa jurídica, e o seu procurador. A ocorrência de dolo da parte vencedora fere o dever das partes de na relação processual agir com lealdade e boa-fé (art. 14, inciso II, do Código de Processo Civil), e com este comportamento influenciar de modo decisivo para o resultado favorável no litígio. Para o professor José Carlos Barbosa Moreira, o dolo processual é caracterizado pela conduta da parte vencedora que tenha impedido ou dificultado a atuação processual do adversário, ou influenciado o juízo do magistrado, em ordem a afastá-lo da verdade (MOREIRA, 2003, p.124). Para caracterizar o dolo que enseja a ação rescisória, a parte vencida tem que provar a relação de causa e efeito entre a conduta dolosa e a sentença, isto é, sem o dolo o resultado do litígio seria diverso. É oportuno ressaltar que o dolo do inciso em referência é o dolo processual, caracterizado pelo ato unilateral da parte vencedora ou de seu representante, e deve ter sido praticado em prejuízo da parte vencida, com a finalidade de induzir a erro o magistrado, através de maquinações e ardis, afastando-o do caminho correto para julgar a demanda. Os atos de má-fé anteriores à propositura ao processo não são autorizadores da rescisória, mas apenas o dolo processual, que é aquele praticado por meio de ato de litigância de maliciosa durante a tramitação da causa em juízo, conforme nos ensina Humberto Theodoro Júnior. (THEODORO JÚNIOR, 2005, p. 727).

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