Opening Remarks. Roadshow Portugal Global. Lisboa. Lisboa. Julho 15, Miguel Frasquilho

Transcrição

1 Roadshow Portugal Global Lisboa Opening Remarks Julho 15, 2015 Lisboa Miguel Frasquilho Presidente do Conselho de Administração, AICEP Portugal Global

2 Senhores Empresários, Distintas Entidades aqui presentes, Senhoras e Senhores, Bem-vindos à 11ª e penúltima edição do Roadshow Portugal Global, hoje em Lisboa. Até ao momento, o Roadshow Portugal Global já esteve em Leiria, Braga, Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Bragança, Faro, Évora e Ponta Delgada. Após a sessão de hoje, terminaremos esta primeira edição do programa no Porto, em Setembro de A internacionalização da economia portuguesa é a razão que a todos aqui nos traz. E o evento de hoje estará focado nas potencialidades de internacionalização em 3 mercados Reino Unido, EUA e Brasil, e no sector das TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica), sector transversal a qualquer economia que aspire a ser criativa, inovadora, competitiva e global. E é neste mesmo espírito que hoje aqui nos encontramos nas instalações da LISPOLIS Associação para o 1

3 Pólo Tecnológico de Lisboa, a quem desde já agradeço a disponibilização deste espaço. E a edição de hoje do roadshow de hoje traz-nos algumas novidades em relação a edições anteriores, nomeadamente, 2 módulos temáticos para cada um destes três mercados: Se é uma start-up tecnológica, viaje connosco até ao Reino Unido, onde iremos falar da vida de uma empresa como a sua em Londres, abordando as condições existentes para a instalação de start-ups, quais os apoios financeiros privados que pode aí encontrar, que incubadoras e aceleradoras existem, quais os apoios do Estado, tudo isto será aí tratado. Mas mais, falaremos ainda de empresas unicórnio, as start-ups com valorizações incríveis, superiores a mil milhões de euros. Quem são, onde estão, o que fazem e quem as financia? Todas estas questões e outras serão aqui abordadas bem como o caso de sucesso de uma empresa bem portuguesa que já é um enorme caso de sucesso, que já é uma empresa unicórnio, a Farfetch; 2

4 Se é empreendedor, venha connosco até ao Brasil, considerado um dos mercados mais empreendedores do mundo. Aqui apresentaremos um caso de sucesso português, hoje integrado numa multinacional que conquistou este difícil mercado através da criatividade, da inovação e do foco na criação de valor, fatores chave para o sucesso de qualquer empreendedor; E por último, se é uma empresa de qualquer setor e o mundo é o seu mercado, faça connosco uma viagem até ao Brasil ou aos Estados Unidos da América. Até ao Brasil porque é o 8º maior mercado global de e-commerce, que cresce mais de 20% ao ano (o dobro da média mundial), e é considerado pelos especialistas como o que maior potencial apresenta. Nesta viagem vamos ainda demonstrar como a sua empresa se poderá transformar num caso de sucesso, à semelhança de outras empresas. Mas queremos que venha connosco também aos EUA, onde o mercado de e-commerce ascende a mais de 400 mil milhões de USD e em que mais de 70% dos consumi- 3

5 dores fazem compras on-line. O mercado de comércio on-line, que ascendeu a mais de 1.3 triliões de dólares em 2014, representa para as empresas portuguesas um mundo de oportunidades, especialmente se levarmos em conta que as estimativas apontam para uma taxa de crescimento de 2 dígitos para os próximos anos. E aqui, quer o Brasil quer os EUA são dois destinos claramente a ter em conta pelas empresas portuguesas que atuam ao nível do comércio on-line. Senhoras e Senhores, O nosso objetivo com o foco nestes três mercados e nas temáticas apresentadas é estimular o crescente espírito empreendedor dos portugueses, apoiar as start-ups nacionais no seu caminho para a consolidação nos mercados, mostrar o potencial que o setor das TICE apresenta para as empresas portuguesas de base tecnológica e, naturalmente, como não podia deixar de ser, reforçar as exportações e os processos de internacionalização das empresas da região de Lisboa (isto é, das vossas empresas!). 4

6 E, nos últimos anos, muitas são as empresas que escolheram seguir o caminho da internacionalização. E bem. Hoje, são já mais de 40 mil as empresas portuguesas que exportam os seus produtos e serviços e para um número crescente de mercados. No caso das exportações de bens, o número de empresas exportadoras para os EUA, Brasil e Reino Unido, ascende a mais de 7 700, devendo aproximar-se de 14 mil se juntarmos as exportações de serviços. E, em 2014, estas empresas portuguesas foram responsáveis por vendas de bens e serviços nestes três mercados no valor de 11 mil milhões de euros ou, por outras palavras, 16% do total das exportações portuguesas. Senhoras e Senhores, Esta abertura crescente da economia portuguesa aos mercados internacionais deveu-se, sobretudo, à mudança de mentalidade por parte das empresas portuguesas que, em face da crise e do ajustamento que vivemos a partir de , rapidamente interiorizaram um novo conceito de mercado 5

7 local, arregaçaram as mangas e perceberam que os seus produtos e serviços podem concorrer em todas as partes do mundo. Passaram a focar-se no estabelecimento de uma estratégia de internacionalização das suas atividades, vendendo os seus produtos e serviços num crescente número de mercados. E os resultados estão à vista de todos: o crónico défice externo passou a excedente desde 2012 (isto, claro, também devido à quebra das importações, por via do ajustamento da procura interna) e, em 2014, as exportações portuguesas de bens e serviços representaram já cerca de 40% do PIB, uma subida de mais de 10 pontos percentuais face aos tradicionais 28% a 30% que se verificaram até Ao mesmo tempo, verificou-se uma maior diversificação dos mercados: a Europa recebe atualmente cerca de 70% das nossas vendas ao exterior, o que significa que 30% das nossas exportações se destinam aos mercados extra-comunitários. E, quando comparamos esta realidade com o registado em 2008, verificamos que o peso das exportações portuguesas 6

8 para mercados fora da comunidade europeia aumentou cerca de 10 pontos percentuais. Temos, portanto, mais empresas portuguesas a vender os seus produtos e serviços e em mais mercados, provando que o made in Portugal é hoje um ativo reconhecido internacionalmente e, muito importante, que acrescenta valor, uma situação que, há alguns anos, não se verificava. Fomos capazes assim de encarar a crise que vivemos como um oportunidade, apostando na qualidade e inovação dos nossos produtos, aumentando a nossa presença nos nossos mercados tradicionais e desbravando terreno em novas geografias. Mostrámos ao mundo a capacidade inegável das nossas empresas e dos nossos empresários em competir com os melhores. E hoje, com esta sessão do Roadshow Portugal Global aqui em Lisboa, o nosso objetivo é impulsionar ainda mais o atual ímpeto de internacionalização das nossas empresas. Fazemos isso partilhando com todos a experiência dos que vivem dia- 7

9 riamente as dificuldades de entrada nestes mercados, que sabem como as ultrapassar e a melhor forma de as abordar. Mas também ao partilhar os casos de sucesso de empresas portuguesas que no início não eram mais do que uma ideia, uma vontade, e que hoje são verdadeiras estrelas mundiais. Queremos, com isto, estimular os empreendedores portugueses a avançar com as suas ideias, a desenvolverem novos produtos e de serviços, de correrem riscos e de aspirar a vencer neste mundo global e altamente competitivo. Até porque, para haver internacionalização precisamos de empresas. E as empresas, sem empreendedores, sem empresários, não nascem. E que não haja dúvidas: empreendedores mais bem preparados, têm uma maior probabilidade de sucesso neste mercado global, altamente competitivo e em que apenas os melhores conseguem manter-se ativos. Mas deixem-me partilhar com todos o que tem sido a minha experiência relativamente ao empreendedorismo em Portugal e ao nosso mundo de start-ups que a todos entusiasma. 8

10 Posso dizer-vos que relativamente a este tema tenho um crescente optimismo que me dá confiança que daqui a poucos anos, o nosso mundo empresarial vai ser mais forte, ainda mais inovador e que vai dar muito que falar no mundo dos negócios. O número de empresas, ainda pequenas, com produtos altamente inovadores e que vão mudar e em muito a maneira como se olha, quer para processos produtivos, quer para a forma como fazemos determinadas tarefas do nosso dia-a-dia estão aí, e estão a gerar uma onda grande de interesse por parte de muitas empresas e muitos investidores. Falo-vos, por exemplo, de jovens empreendedores do Fundão que já estão em testes com a gigante Volkswagen; falo-vos por exemplo da NMUSIC que é a maior empresa do mundo de B2B de streaming de música; da Body Interact e do seu produto na área da formação médica; da Aptoide, com mais de 50 milhões de clientes e que concorre diretamente com a Google; da Vision-Box, que revolucionou a nossa experiência nos aeroportos; da Tekever e dos seus fantásticos produtos 9

11 de criação e distribuição de aplicações para qualquer plataforma (entre outros); da Feedzai e das suas inovadoras soluções anti-fraude; da Talkdesk, da Science4You, da Codacy, da Psiengine e das suas soluções de software para o mercado segurador. E podia continuar... Comum a todos está uma ideia, produto ou serviço único, inovador e de qualidade, e uma grande força de vontade e motivação. E comum a todos está também a consciência que podem falhar, que podem errar. Mas isso não os demove. Aliás, isso motiva-os ainda mais. E essa, acho que é uma característica nossa, portuguesa, de querer ir mais longe, de sonhar. Os nossos Descobrimentos são disso mesmo uma prova inegável. Senhoras e Senhores, Eu estou optimista para o futuro das nossas empresas, para o futuro do nosso país, para o futuro de todos nós. No entanto, e apesar dos resultados muito positivos já alcançados, não podemos baixar os braços. Temos de continuar a 10

12 trabalhar para consolidarmos a nossa atuação nos países onde já estamos presentes e para encontrar oportunidades de negócio em novos mercados. Para tornar sustentável o nosso desenvolvimento é preciso continuar a ampliar a internacionalização e muito, apesar do sucesso dos últimos anos. Esta é uma missão da AICEP e é para isso que aqui estamos convosco. Tal como é para isso que estamos a ampliar a nossa presença em mais mercados, com o objectivo de cobrirmos 65 mercados até ao final de 2016, o que compara com os 53 do início deste ano. Eu diria que, depois da trajectória que já cumprimos, estamos mais ou menos a meio da ponte. Falta-nos, pelo menos, outro tanto. Não podemos, nem queremos, voltar para trás, ou ficar onde estamos. Isso é o que não pode acontecer, e estou certo que não irá acontecer. Se me permitem, gostaria de terminar agradecendo a todos os que nos apoiaram na realização do Roadshow Portugal Global de Lisboa, nomeadamente, a Câmara Municipal de Lisboa, a LISPOLIS, o Banco Montepio, a Doca Pesca, a Portu- 11

13 gal Fresh, a APTECE (Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia), a ACEPI (Associação da Economia Digital), a Start-Up Lisboa, a Portugal Ventures, a Faber Ventures e às nossas empresas testemunho Tekever, Vision-Box e Psiengine. Também, claro, ao nosso parceiro de media, ao longo destas iniciativas, o Jornal de Negócios. E à fantástica equipa da AICEP, que tem montado, ao longo de quase um ano, estas edições do Roadshow. Sem todos Vós, nada disto teria sido possível!... E, naturalmente, e como não podia deixar de ser, um especial agradecimento e uma mensagem a todos os empresários que estão aqui hoje presentes: a AICEP está muito empenhada em Vos apoiar e ajudar na internacionalização das Vossas empresas. O Vosso sucesso é o sucesso do País, é o nosso sucesso. Em tudo o que pudermos ajudar, contem connosco. Espero que este dia seja muito proveitoso para todos!... Muito obrigado pela vossa atenção. 12