O instituto da desapropriação judicial indireta (artigo 1.228, 4º e 5º do CC): Constitucionalidade ou inconstitucionalidade?
|
|
- Jonathan Barreiro Castilhos
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 O instituto da desapropriação judicial indireta (artigo 1.228, 4º e 5º do CC): Constitucionalidade ou inconstitucionalidade? Mirelle Fernandes Soares, advogada e sócia proprietária do escritório Fernandes Alves Advocacia e Consultoria. Sumário: I- Introdução; II- Previsão Legal; III- Requisitos ou Lacunas?, IV- Intenção do legislador x Aplicabilidade do instituto; V- Constitucionalidade ou Inconstitucionalidade do Instituto? ; VI- Conclusão; VII- Referências bibliográficas. Resumo: O instituto da desapropriação judicial indireta foi inserido no Código Civil de 2002 com o advento da função social da propriedade, que veio corroborado pela Constituição Cidadã de 1988, onde o direito fundamental da propriedade passou a ser relativizado. Tal instituto dá a possibilidade aos possuidores de adquirem a propriedade privada preenchendo os requisitos do diploma legal, além de pagamento de indenização ao proprietário do imóvel. Contudo, verifica-se na doutrina divergência quanto o instituto ser ou não constitucional, logo, sua aplicabilidade é conturbada. Palavras chaves: aquisição; constitucionalidade; constituição federal; desapropriação; função social; inconstitucionalidade; usucapião; perda; posse; propriedade.
2 2 I- Introdução A posse é instituto anterior ao surgimento da propriedade, inclusive do direito. A criação do instituto da propriedade trouxe aos donos dos imóveis uma garantia de riqueza e poder. Contudo, esse entendimento de que a propriedade é um direito absoluto, veio se desfacelando, e o seu exercício passou a visar sua função social, atendendo ao bem estar da coletividade. Assim, a posse exercida em uma propriedade alheia tomou força, e passou a ser forma tanto de perda, quanto de aquisição de propriedade. Conforme preceitua Rosenvald (2009, p.273) a posse é o poder de fato sobre a coisa, já a propriedade é o poder direito nela incidente. A situação de fato pode ser convertida em propriedade 1. Antes da Constituição da República de 1988, como já dito, a propriedade era vista como direito absoluto, em que o proprietário tinha o poder de usar, gozar, dispor e reivindicar do bem; sendo dono, tudo podia. Com a Constituição Federal de 1988, a propriedade sofreu uma mudança de paradigma. A propriedade continuou a ser um direito fundamental; entretanto, a propriedade deve cumprir seu papel perante a sociedade, quer dizer sua função social, conforme artigo 5º inciso XXIII da CR/88. Para Gustavo Tepedino, a propriedade tem de se submeter a um controle social de utilização positiva na promoção dos valores sociais e constitucionais 2. (TEPEDINO. P.172) No mesmo sentido, o ilustre doutrinador Nelson Rosenvald dispõe, ipsis literis: Haverá a função social da propriedade quando o Estado delimitar marcos regulatórios institucionais que tutelem a livre iniciativa, 1 FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. Rio de Janeiro: Lúmen Júris ed, p TEPEDINO, Gustavo. Temas de Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar. 2008, 4 ed, P.172.
3 3 legitimando-a ao mesmo tempo. Quando uma atividade econômica concede, simultaneamente, retorno individual em termos de rendimentos e retorno social, pelos ganhos coletivos da atividade particular, a função social será alcançada 3. (ROSENVALD, 2009, p, ). Cumpre destacar que, a função social da propriedade passou a ser vista como elemento estruturador para aquisição ou perda da propriedade. Deste modo, o proprietário de um imóvel, que não cumpre sua função social, pode ter decretada a perda do seu bem, tanto para a favor do particular como para o próprio Estado, tendo em vista que os valores sociais e constitucionais devem ser alcançados. E foi baseado nessa função social da propriedade que a posse passou a ser ainda mais protegida pela lei. No Código Civil atual, é muito presente a idéia de que a posse é meio de aquisição e também de perda da propriedade, afinal, o direito de propriedade é garantia fundamental que o artigo 5º, incisos XXII e XXIII da CR/88 assegurou. Para tanto, a cada dia a função social caminha em busca de uma repercussão para a construção e edificação da cidadania e das necessidades básicas do ser humano. II- Previsão legal O modelo de Constituição Federal criada em 1988 teve como um de seus pilares a igualdade social, e assegurar os direitos sociais e fundamentais como pressupostos à função social da propriedade; assim, nada mais justo e mais igualitário que prever as possibilidades de aquisição e perda da propriedade por meio da posse. Conseqüentemente, a publicação do Código Civil de 2002 veio frisar e resguardar tais possibilidades, em que o proprietário pode ser privado de seu imóvel. Dentre 3 FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. Rio de Janeiro: Lúmen Júris ed p,
4 4 as quais, a usucapião e suas modalidades, que estavam respaldadas na Constituição Federal e no Estatuto da Cidade, ganharam destaque com o Código Civil de Ademais, o legislador viu-se criador do instituto da desapropriação judicial indireta, inserido no artigo 1228, 4º e 5º do CC. Tal instituto ficou denominado pela doutrina majoritária de um instituto híbrido, por trazer uma miscelânea de usucapião social e desapropriação indireta ou pretoriana 4 como afirma o mestre Joel Dias Figueira Junior (JUNIOR. 2008). Vejamos o que traz o artigo º e 5º do Código Civil, in verbis: 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área na posse ininterrupta e de boa-fé por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas houverem realizado em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 5º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. 5 O artigo traz consigo o instituto mais conhecido pela doutrina de desapropriação judicial indireta. A priori, contudo, vamos à análise dos pressupostos que são indispensáveis para que haja uma aquisição de propriedade privada por meio da posse, para a posteriori uma verificação da constitucionalidade ou inconstitucionalidade do instituto. 4 JUNIOR, Joel Dias Figueira. A Extensão do Conceito de Boa-fé em Limitação ao Direito de Propriedade definida no art º, do Código Civil o Controverso Instituto da Expropriação Judicial. REVISTA AUTÔNOMA DE DIREITO PRIVADO, CURITIBA, N1, OUT/DEZ Lei , de 10 de Janeiro de Institui o novo Código Civil brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de Janeiro de 2002.
5 5 III- Requisitos ou lacunas? Pela simples leitura do artigo mencionado, verificam-se como elementos do instituto: posse em extensa área ininterrupta e de boa-fé por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas houverem realizado em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Bom, vamos às análises. O que o legislador quis dizer com posse em extensa área? Vejam que o termo é vago; data vênia, nos parece que o legislador foi infeliz ao utilizar um termo aberto como requisito. Desta forma, trata-se de cunho subjetivo, pois como delimitar o que seria extensa área? Assim, todo proprietário que se sentir prejudicado na perda de um imóvel, vai alegar em contestação ou em grau superior que a área ocupada não era extensa, claro, de acordo com um contexto. Vale ressaltar que o termo área extensa é subjetivo e nada impede tal alegação, já que a lei não delimitou o requisito. Percebe-se que a intenção do legislador foi baseada na usucapião coletiva, como veremos logo abaixo, já que o limite da área para tal modalidade de usucapião é de mais de 250 m². Conclui-se que, por analogia, a lei quis seguir o parâmetro estabelecido no art. 10 do Estatuto da Cidade no que tange à área extensa ser superior a 250 m², entretanto, em nada diz o legislador sobre sua utilização no instituto da desapropriação judicial indireta. Pela ordem, e como segundo requisito, vem a posse ininterrupta e de boa-fé por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas. Cabe verificar que foi utilizado como lapso temporal o requisito da usucapião coletiva que está disciplinada no Estatuto da Cidade, que determina: Art.10 As áreas urbanas com mais de 250 m², ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por mais de 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os
6 6 terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural 6. (destaquei) Como pressuposto basilar, a boa-fé é integrante. Contudo, mais uma vez um termo que gera divergência, pois, já que para preencher os requisitos da desapropriação indireta judicial, faz mister a boa-fé de considerável número de pessoas. Como o magistrado conseguirá mensurar com maestria que todos os possuidores estão de boa fé? Ora, urge discorrer que, muitos dos possuidores, para não dizer todos, estão cientes de que a propriedade pela qual exercem a posse não é deles e que pertence a terceiro. Portanto, seria infundada a alegação de que todos os possuidores teriam que estar de boa-fé para que fosse adquirida a propriedade. O que se insurge é que, na maioria das vezes, esse tipo de posse é clandestina ou até violenta, o que configura posse viciada, descaracterizando o elemento da boafé. Neste entendimento, encontra-se respaldo na doutrina de Joel Dias Figueira Junior que demonstra: Se o legislador buscou o equacionamento entre o direito de propriedade e a sua respectiva função social, isto é, de acordo com efetivo exercício do poder fático socioeconômico sobre determinado imóvel, havemos de questionar qual a interpretação a ser conferida à expressão boa-fé, inserta na redação do art º do CC/02, quando se sabe, de antemão, que os ocupantes de extensa área de terra, tem plena ciência que o bem por eles possuído não lhes pertence, mas sim a terceira pessoa. Inadequada e incompatível com o seu conceito universal e secular, ou seja, a lei disse menos e equivocadamente do que desejava o legislador, sendo manifesta a sua contradição com dispositivos do próprio Código, mais especificadamente o art. 1201, caput: É de boa fé a posse, se o possuído ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa 7. 6 Lei , de 10 de Julho de Institui e regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de Julho de JUNIOR, Joel Dias Figueira. A Extensão do Conceito de Boa- fé em Limitação ao Direito de Propriedade definida no art º, do Código Civil o Controverso Instituto da Expropriação Judicial. REVISTA AUTÔNOMA DE DIREITO PRIVADO, CURITIBA, N1, OUT/DEZ. 2006
7 7 Outro elemento subjetivo que está intrínseco no artigo é: considerável número de pessoas. O que determinaria ser ou não número considerável? Seria a extensão da terra ou do terreno? Note-se que novamente a lei foi obscura em deixar uma lacuna para o que vem a ser considerável número de pessoas, uma vez que tem cunho estritamente subjetivo, deixando ao livre convencimento do juiz determinar, in casu, se cabível o preenchimento do elemento. Salta aos olhos a discrepância de ter o legislador lançado mão de um requisito tão vago. A próxima condição da desapropriação judicial indireta exige que os possuidores tenham realizado em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Tal pressuposto é variável de acordo com o local, pois o interesse social e econômico de uma região diverge em relação a outra. Logo, novamente de cunho íntimo e um termo tão quanto amplo. Já no 5º do mesmo artigo a lei incorre o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário. Neste ponto, cabe ao proprietário, depois de julgada procedente a desapropriação judicial indireta o recebimento de uma indenização; contudo, quem pagará essa indenização? Os possuidores ou o poder público? A lei não determina, conquanto, a doutrina se torna divergente. Nos entendimentos de Cristiano Chaves de Farias e de Nelson Rosenvald, seria o poder público o legítimo a ser compelido ao pagamento da indenização, pelo fato dos possuidores não poderem arcar com tal indenização. Entretanto, caso os possuidores possam arcar com tal indenização, serão eles os compelidos a pagar. Para os ilustríssimos doutrinadores, assim sendo, se não for adimplida com a indenização ao proprietário, a demanda deverá ser julgada improcedente, pelo não preenchimento das condições da desapropriação judicial indireta.
8 8 Nesta esteira, a doutrina é majoritária no sentido de que, em caso de desapropriação judicial indireta, não há nenhum dispositivo expresso em lei que determine que o pagamento de indenização tenha que ser feito pelo poder público. Sugere dizer que, não trata de desapropriação proposta pelo Poder Executivo e sim pelo Poder Judiciário, e na presente situação o poder público não configuraria como litisconsórcio passivo, já que a lei não determina. Assim, seria plausível a alegação de ilegitimidade dos entes públicos, no que tange a cumprir com tal indenização que não deu causa, nem tão pouco a perda do imóvel está fundada em interesse público, utilidade ou necessidade, e sim em interesse coletivo, havendo uma lide entre particulares. Ademais, nos parece infundada, data máxima vênia, o posicionamento dos digníssimos mestres quanto ao pagamento de indenização ser promovida pelo Poder Público. Por todos os requisitos aplanados e abarcados, verifica-se que se trata de um preceito completamente aberto e subjetivo. É certo que não há delimitação de condições, deixando a cargo do livre convencimento do magistrado a possibilidade de sua aplicabilidade ao caso concreto. IV- Intenção do legislador x Aplicabilidade do instituto. Joel Dias Figueira Junior, cita Miguel Reale, quanto à exposição de motivos do Código Civil de 2002, in verbis: É o que se extrai da Exposição de Motivos do Projeto de lei do ncc, da lavra de Miguel Reale quando afirma tratar-se de... inovação do mais alto alcance, inspirada no sentido social do direito de propriedade, implicando não só novo conceito desta, mas também novo conceito de posse, que se poderia qualificar como sendo posse-trabalho (...). Na realidade, a lei deve outorgar especial proteção à posse que se traduz em trabalho criador, que este se corporifique na construção de uma residência, quer se concretize em investimentos de caráter produtivo ou cultural. Não há como situar no mesmo plano a posse, como simples
9 9 poder manifestado sobre uma coisa, como se fora atividade do proprietário, com a posse qualifica, enriquecida pelos valores do trabalho. Este conceito fundamental de posse-trabalho justifica e legitima que, ao invés de reaver a coisa, dada a relevância dos interesses sociais em jogo, o titular da propriedade reivindicada receba, em dinheiro, o seu pleno e justo valor, tal como determina a Constituição. Vale notar que, nessa hipótese, abre-se nos domínios do Direito, uma via de desapropriação, que não se deve considerar prerrogativa exclusiva dos Poderes Executivo ou Legislativo. Não há razão plausível para recusar ao Poder Judiciário o exercício do poder expropriatório em casos concretos, como o que contém na espécie analisada 8. No mesmo sentido, Maria Helena Diniz afirma: Trata-se, como nos ensina Miguel Reale, de uma inovação substancial do Código Civil, fundada na função social da propriedade, que dá proteção especial à posse-trabalho, isto é, à posse traduzida em trabalho criador, quer se concretize na construção de uma morada, quer se manifeste em investimentos de caráter produtivo ou cultural. Essa posse qualificada é enriquecida pelo valor laborativo, pela realização de obras ou serviços produtivos e pela construção de uma residência 9. (DINIZ, Maria Helena, 2008, p.216) Percebe-se, pela doutrina exposta acima, que a intenção do legislador, foi tentar proteger a posse diante de todas as possibilidades plausíveis, como forma de aquisição da propriedade, e também assegurar moradia a todos os cidadãos, visando é claro a função social da propriedade, e, conseqüentemente, uma promoção à dignidade da pessoa humana em prol de uma sociedade mais justa e fraterna. Contudo, a criação de um instituto tido como híbrido (mistura de usucapião e desapropriação), e seus requisitos legais tão abertos, geraram uma aplicação quase inexistente, para não dizer completamente inaplicável. 8 JUNIOR, Joel Dias Figueira. A Extensão do Conceito de Boa-fé em Limitação ao Direito de Propriedade definida no art º, do Código Civil o Controverso Instituto da Expropriação Judicial. REVISTA AUTÔNOMA DE DIREITO PRIVADO, CURITIBA, N1, OUT/DEZ DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 17 ed, p.216
10 10 Levando-se em consideração que a intenção do legislador foi boa, mas a redação e os pressupostos nem tanto, cinge dizer que a concretude de sua aplicabilidade no caso concreto está fadada ao desuso. Ora, como os magistrados utilizarão do instituto com maestria, sendo que sua aplicabilidade torna iminente o risco de causar uma injustiça a quaisquer dos pólos da demanda? V- Constitucionalidade ou inconstitucionalidade do instituto? Para alguns doutrinadores, tal instituto seria uma espécie social de usucapião, para outros seria uma nova forma de desapropriação. Os autores que alegam se tratar de uma forma de usucapião social, se respaldam pelos critérios de: tempo de posse (cinco anos), ininterrupção de posse, considerável número de pessoas e imóvel de área extensa (requisitos da usucapião coletiva, artigo 10 do Estatuto da Cidade). Além destes, os requisitos da boa fé e a realização de obras e serviços nesse imóvel considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. Pelos requisitos determinados no 4º do artigo 1228 do CC/02, este instituto poderia sim, ser configurado como uma espécie de usucapião. Contudo, o que corrompe o instituto da usucapião é o fato do legislador determinar que o proprietário que se ver privado do imóvel fará jus à justa indenização fixada pelo juiz. Verifica-se que os pressupostos basilares da aquisição da propriedade via usucapião são: posse ad usucapionem (posse com intenção de dono), mansa, justa e pacífica, além do lapso temporal determinado em lei, que varia de 5 a 15 anos.
11 11 Cabe ressaltar que a usucapião é forma originária de aquisição da propriedade, sendo incabível qualquer tipo de indenização ao antigo proprietário, pelo simples fato de o mesmo não ter cumprido a função social da propriedade. Portanto, resta claro que os autores que adotam essa linha, estão equivocados, data máxima vênia, para se configurar uma espécie do instituto da usucapião, pois os requisitos exigidos afrontam cabalmente o referido instituto, desvirtuandoo. Já dentre os doutrinadores que entendem ser uma modalidade de desapropriação, aponta-se o autor Silvio de Salvo Venosa. Nesse sentido, o mesmo assegura que na situação enfocada do Código Civil, a aquisição aproxima-se da desapropriação, pois de acordo com o art , 5º, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário. 10 (VENOSA. 2005, p. 234) Também, nesta premissa, Joubert Farley Eger, em seu artigo Exceções à Indenização Prévia e justa na Desapropriação afirma que considerando-se que os 4º e 5º art do CC/02 certificam espécie inédita de desapropriação pelo Poder Judiciário (...). 11 Neste entendimento, a Constituição Federal de 1988 dispõe: Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII é garantido o direito de propriedade; XXIII a propriedade atenderá a sua função social; XXIV a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante 10 VENOSA, SILVIO SALVO. Direito Civil. Vol. 5º. São Paulo: Atlas.2005, 5 ed. p EGER, Joubert Farley. Exceções à indenização prévia e justa na desapropriação. Disponível em: Acesso em: 08 dez
12 12 justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nessa Constituição 12. Do ponto de vista teórico, pode-se dizer que desapropriação é o procedimento através do qual o Poder Público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a adquire, mediante indenização, fundando em um interesse público. Trata-se, portanto, de um sacrifício de direito imposto ao desapropriado 13. (MELLO, 2005, p. 813) É preponderante abordar a Lei 4.132/62 que define os casos de desapropriação por interesse social: Art. 1º A desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social, na forma do art. 147 da Constituição Federal. Art. 2º Considera-se de interesse social: I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico; III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e trabalho agrícola: IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) famílias; V - a construção de casa populares; VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento de água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente aproveitadas; VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas florestais. 12 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de Outubro de Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06, de Outubro de MELLO, Celso Antônio de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, ed. p. 813.
13 13 VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados ao desenvolvimento de atividades turísticas 14. Já o Decreto de nº 3.365/41 determina, ipisis literis: Art. 9 o Ao Poder Judiciário é vedado, no processo de desapropriação, decidir se verificam ou não os casos de utilidade pública 15. O que corrobora o entendimento destes autores é o fato de pagamento da indenização pela perda do imóvel. Para estes doutrinadores que se respaldam dizendo que o art e 5 do CC/02 seriam uma nova modalidade de desapropriação, seria constitucional o preceito, que resguarda no dispositivo do Código Civil mais uma forma de aquisição da propriedade privada. Por outro lado, como se extrai do trecho do Decreto de nº 3.365/41 citado acima, é de competência exclusiva do poder público o procedimento da desapropriação. Seria então incoerente e ilegal delegar ao Poder Judiciário, que prima pela imparcialidade, o papel de desapropriar imóvel particular e determinar uma justa indenização ao proprietário como forma de contraprestação pela obra ou serviço realizado no local. No mesmo sentido, cite-se o artigo 184 e seguintes da Constituição Federal que trata de desapropriação, que estabelece como competente a União para desapropriar. Portanto o 5º do artigo 1228 o CC/02 é norma infraconstitucional e que fere preceito estabelecido na Norma Maior. Neste ponto, quanto ao instituto ser equiparado a uma espécie de desapropriação, vale dizer que vai contra a natureza jurídica do instituto da desapropriação. Ademais, vamos aos dizeres do doutrinador Newman Debs de Faria que asseverou-se a respeito da natureza jurídica do artigo º e 5º: Não se configura caso de desapropriação, pois não existe uma prévia declaração de utilidade pública ou interesse social, bem como não há a 14 Lei 4.132, de 10 de Setembro de Institui os casos de desapropriação por interesse social e dispõe sobre sua aplicação. Diário oficial da União, Brasília, DF, 07 de Novembro de Decreto- Lei 3.365, de 10 de Junho de Institui sobre desapropriações por utilidade pública. Diário oficial da União, Brasília, DF, 18 de Julho de 1941.
14 14 participação do Estado no processo, o que seria indispensável nessa matéria. Desse modo não há como se confundir o papel do juiz, que atua imparcialmente na solução da lide com o da Administração Pública, que busca defender da melhor forma possível o interesse público 16. (DEBS, 2003, p24) A Constituição Federal dispõe as espécies de desapropriação, e os entes federados que possuem competência para tal ato. Não há de espécie alguma, um dispositivo na Norma Maior que dê competência exclusiva, quiçá competência residual ao Poder Judiciário para promover a desapropriação. Portanto, infundada a alegação da corrente doutrinária que traz consigo o instituto como espécie de desapropriação. Pelo todo exposto, pela análise dos 4º e 5º do artigo 1228 do Código Civil, extrai-se que estes preceitos não se respaldam em nenhum regulamento legal, pois violam requisitos imprescindíveis já explanados. Urge dizer que, o disposto do artigo º e 5ª do Código Civil nada mais é do que uma norma lançada dentro de um diploma legal, que o legislador não se atentou por se tratar de um instituto terminantemente inconstitucional, por ferir nitidamente os institutos da desapropriação e da usucapião. Esta norma acaba sendo fadada ao desuso pelos intérpretes do direito, ainda que não tenha sido declarada inconstitucional. O que dá margem ao preceito do Código Civil acaba sendo o fomento às invasões de terras rurais e urbanas, a uma inversão quanto ao verdadeiro sentido da função social da propriedade. Neste sentido, as pessoas de classes abastadas, com o fim de adquirir propriedades alheias, podem lançar mão do instituto, pagando ao antigo proprietário uma indenização pela aquisição do bem imóvel, já que o disposto legal foi lacunoso mais uma vez em não determinar como requisito o adquirente ser de baixa renda e não possuir outra moradia. 16 DEBS, Newman de Faria. Aquisição e perda da propriedade. Usucapião. Roupagem dada pelo novo Código Civil. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 92, n.811,p , maio 2003.
15 15 Neste ponto, corroboramos com o ilustríssimo Carlos Alberto Dabus Maluf que expõe: Hão de ser declaradas inconstitucionais as regras apontadas nos 4º e 5º do artigo 1228 do CC/02, pois abalam o direito de propriedade, incentivando a invasão de glebas urbanas e rurais criando uma forma nova de perda de direito de propriedade, mediante arbitramento judicial de uma indenização, nem sempre justa e resolvida a tempo, impondo dano ao proprietário que pagou os impostos que incidiam sobre a gleba 17. No mesmo entendimento Nelson Rosenvald afirma: A desapropriação do Código Civil é modelo jurídico cujo alcance não se limita a beneficiar os desfavorecidos socialmente, mas também aos demais extratos sociais e cidadãos que já titularizam outros imóveis 18. (ROSENVALD p.50) Vamos ao dizeres do digníssimo mestre Adriano Stanley, que nomeia o instituto do artigo º e 5º como Samba do Crioulo Doido : Uma construção Franksteniana, que tenta misturar o instituto da usucapião com o instituto da desapropriação e termina por gerar uma aberração jurídica estéril. Para aqueles que não concordam com a inconstitucionalidade por nós aqui defendida há de concordarem que tais normas são, ao menos, absolutamente inúteis 19. (STANLEY, 2009, p. 78). O autor demonstra que houve um desvirtuamento do princípio da função social da propriedade, data vênia, o que nos leva a interpretar que a lei utilizou-se de direito fundamental para respaldar as classes abastadas, possibilitando uma forma de aquisição de propriedade e como contra-prestação uma indenização ao antigo proprietário. 17 MONTEIRO, Washington de Barros; MALUF, Carlos Alberto Dabus. Curso de Direito Civil: Direito das Coisas. São Paulo: saraiva ed, p FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. Rio de Janeiro: Lúmen Júris ed. p STANLEY, Adriano. Direito das Coisas. Belo Horizonte: Del Rey p. 78.
16 16 Não seria sem malícia, que o legislador determinasse uma perda da propriedade mediante pagamento de indenização ao proprietário cujos possuidores sejam hipossuficientes, e que não pudessem arcar com tal ressarcimento ao dono do imóvel. VI- Conclusão: Verifica-se, pelo presente artigo, que a norma estabelecida no artigo 1228 e seus 4º e 5º do CC/02, é um instituto terminantemente inconstitucional, por afrontar normas constitucionais e infraconstitucionais, regras de desapropriação e da usucapião. Por todo o exposto, o que deixa claro é que a criação do instituto da desapropriação judicial indireta trouxe um desvirtuamento da garantia fundamental da função social da propriedade, incentivando invasões de glebas, e o favorecimento de classes sociais abastadas. Haja vista que, não se fez mister, para se configurar o instituto, não ser proprietário de outro imóvel rural ou urbano, nem tampouco ser de baixa renda. Assim, fica muito fácil aos possuidores poderem arcar com a indenização ao proprietário pela perda do imóvel, uma vez a lei não exige que os possuidores sejam hipossuficientes. Frise-se que, havendo a distorção dos institutos da desapropriação e da usucapião, acabam por abalar e corromper a segurança jurídica, gerando à população uma sensação de injustiça e de favorecimento aos que detém melhores condições financeiras, já que a criação do artigo º e 5º do CC/02 fez garantir a aquisição de propriedade imobiliária, tendo como contra prestação o pagamento de uma justa indenização. Porém, destaca-se que, quem terá condições de arcar com uma indenização devida? A população carente ou as classes favorecidas? Ora, e o poder público, que sequer é parte integrante na
17 17 lide, será que arcará com a indenização, uma vez que o disposto legal não trouxe tal previsão? Ademais, como este breve trabalho tentou demonstrar, o uso de expressões demasiadamente abertas acaba por dificultar a aplicação do instituto e por desvirtuar o papel precípuo da função social da propriedade, que é assegurar o bem estar em prol da coletividade, na tentativa de garantir a dignidade da pessoa humana. E para finalizar, urge dizer, a intenção do legislador foi boa, mas a forma expressa no texto legal nem tanto, uma vez que o preceito acaba por colocar em xeque diversas garantias constitucionais. VII- Referências Bibliográficas. AQUINO, Leonardo Gomes de. O problema existente nos 4º e 5º do art do Código Civil: Desapropriação Judicial Indireta, desapropriação especial ou usucapião especial. Universo Jurídico, São Paulo, Disponível em: >. Acesso em: 28 set BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de Outubro de Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06, de Outubro de BARBOSA, Camilo de Lelis Colani; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Compreendendo os novos limites à propriedade: uma análise do art do Código Civil brasileiro. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 679, 15 maio Disponível em: < Acesso em: 25 ago CAMPOS, Diogo Fontes dos Reis Costa Pires de. Desapropriação como instrumento de execução da política urbana. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2522, 28 maio Disponível em: < Acesso em: 26 ago DEBS, Newman de Faria. Aquisição e perda da propriedade. Usucapião. Roupagem dada pelo novo Código Civil. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 92, n.811,p , maio Decreto- Lei 3.365, de 10 de Junho de Institui sobre desapropriações por utilidade pública. Diário oficial da União, Brasília, DF, 18 de Julho de 1941.
18 18 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 17 ed. p. 217 a 226. EGER, Joubert Farley. Exceções à indenização prévia e justa na desapropriação. Disponível em: < Acesso em: 08 dez FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. Rio de Janeiro: Lúmen Júris ed, p FIUZA, César. Direito Civil. Belo Horizonte: Del Rey. 2009,13 ed. P JUNIOR, Joel Dias Figueira. A Extensão do Conceito de Boa-fé em Limitação ao Direito de Propriedade definida no art º, do Código Civil o Controverso Instituto da Expropriação Judicial. REVISTA AUTÔNOMA DE DIREITO PRIVADO, CURITIBA, N1, OUT/DEZ Lei 4.132, de 10 de Setembro de Institui os casos de desapropriação por interesse social e dispõe sobre sua aplicação. Diário oficial da União, Brasília, DF, 07 de Novembro de Lei , de 10 de Janeiro de Institui o novo Código Civil brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de Janeiro de Lei , de 10 de Julho de Institui e regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal estabelecem diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de Julho de MELLO, Celso Antônio de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, ed. MONTEIRO, Washington de Barros; MALUF, Carlos Alberto Dabus. Curso de Direito Civil: Direito das Coisas. São Paulo: saraiva ed, p PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. 2009, 22 ed. p SILVA JUNIOR, Antonio Carlos da Rosa. Desapropriação de bens públicos. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 511, 30 nov Disponível em: < Acesso em: 28 set STANLEY, Adriano. Direito das Coisas. Belo Horizonte: Del Rey TEPEDINO, Gustavo. Temas de Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar. 2008, 4 ed. VENOSA, Silvio Salvo. Direito Civil. Vol. 5º. São Paulo: Atlas: 2005, 5 ed. p. 243
19 ZERBES, Marcelo Inda. Desapropriação e aspectos gerais da intervenção do Estado na propriedade privada. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n. 1294, 16 jan Disponível em: < Acesso em: 25 ago
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USUCAPIÃO
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE USUCAPIÃO Esp. Andrea M. L. Pasold O (ou A, como preferem muitos doutrinadores a também o novo código civil) usucapião é também chamado de prescrição aquisitiva, por ser um direito
Leia maisAula 04 Direitos Reais
Propriedade: A propriedade consiste no direito real que confere ao seu titular a maior amplitude de poderes sobre a coisa. De acordo com os termos do artigo 1.228. do Código Civil, o proprietário tem a
Leia maisA configuração da relação de consumo
BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação
Leia maisA posse-trabalho, prevista no art. 1.228, 4º e 5º, do Código Civil, como forma de aquisição da propriedade através da usucapião especial coletivo.
A posse-trabalho, prevista no art. 1.228, 4º e 5º, do Código Civil, como forma de aquisição da propriedade através da usucapião especial coletivo. JOANA TONETTI BIAZUS Mestre em Ciência Jurídica pela Fundinopi.
Leia maisO PROBLEMA EXISTENTE NOS 4º E 5º DO ART. 1.228 DO CÓDIGO CIVIL: DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL INDIRETA, DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL OU USUCAPIÃO ESPECIAL 1
O PROBLEMA EXISTENTE NOS 4º E 5º DO ART. 1.228 DO CÓDIGO CIVIL: DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL INDIRETA, DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL OU USUCAPIÃO ESPECIAL 1 Leonardo Gomes de Aquino Professor de Direito na UniEuro
Leia maisPROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba)
PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba) Altera a Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a fim de prever o registro de legitimação de posse e de ocupação urbanas no Registro de Títulos e
Leia maisA PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE
A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE Maíra Sgobbi de FARIA 1 Resumo: O respeito e a proteção que devem ser concedidos aos idosos sempre foram um dever da sociedade, uma vez que as
Leia maisASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.
ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL. Por Osvaldo Feitosa de Lima, Advogado e mail: drfeitosalima@hotmail.com Em razão do princípio da supremacia do interesse
Leia maisO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
1 - MP2220/2001 CNDU - http://www.code4557687196.bio.br MEDIDA PROVISÓRIA No 2.220, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001. CNDU Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos MEDIDA PROVISÓRIA
Leia maisTurma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça
Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (III) Propriedade
Leia maisA CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MILITAR DIREITO PENAL MILITAR PARTE ESPECIAL MARCELO VITUZZO PERCIANI A CRÍTICA AO ATO DE SUPERIOR E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO Marcelo Vituzzo Perciani
Leia maisPalavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.
99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras
Leia maisMarco legal. da política indigenista brasileira
Marco legal da política indigenista brasileira A política indigenista no país tem como base a Constituição Federal de 1988, o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) e instrumentos jurídicos internacionais,
Leia maisEstatuto da Cidade - Lei 10257/01
Estatuto da Cidade - Lei 10257/01 http://www.direitonet.com.br/artigos/x/51/44/514/ O Estatuto da Cidade visa estabelecer diretrizes gerais da Política Urbana e especialmente regulamentar o artigo 182
Leia maisConteúdo: - Propriedade Industrial; Conceito; Classificação; Indicação Geográfica; Concorrência Desleal.
Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Propriedade industrial / Aula 01 Professor: Marcelo Tavares Conteúdo: - Propriedade Industrial; Conceito; Classificação; Indicação Geográfica; Concorrência Desleal.
Leia maisDesapropriação. Não se confunde com competência para desapropriar (declarar a utilidade pública ou interesse social): U, E, DF, M e Territórios.
Desapropriação É a mais drástica forma de intervenção do Estado na propriedade privada. É sinônimo de expropriação. Competência para legislar: privativa da União (art. 22, II, da CF). Não se confunde com
Leia maisBuscaLegis.ccj.ufsc.Br
BuscaLegis.ccj.ufsc.Br A isenção da contribuição previdenciária dos servidores públicos (abono de permanência) Luís Carlos Lomba Júnior* O presente estudo tem como objetivo traçar breves considerações
Leia maisLegislação Territorial Constituição Federal de 1988. Camila Cavichiolo Helton Douglas Kravicz Luiz Guilherme do Nascimento Rodrigues Samara Pinheiro
Legislação Territorial Constituição Federal de 1988 Camila Cavichiolo Helton Douglas Kravicz Luiz Guilherme do Nascimento Rodrigues Samara Pinheiro 01. Como a propriedade é tratada pela constituição brasileira?
Leia maisNoções Gerais das Licitações
Noções Gerais das Licitações Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Administrativo I Publicação no semestre 2014.1 do curso de Direito. Autor: Albérico Santos Fonseca
Leia maisO MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO
O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente
Leia maisExcelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público:
Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público: Venho à presença de Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno deste Conselho, apresentar
Leia maisCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 3.405, DE 1997 (apensados os de nºs 2.204/1999, 3.503/2008 e 5.
Autor: Dep. Celso Russomanno Relator: Dep. Ricardo Tripoli COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO EM SEPARADO Li, com bastante atenção, o bem elaborado voto do Relator, Dep. RICARDO TRÍPOLI, que buscou dar ao tema tratado
Leia maisPEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR
PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de
Leia maisPARECER CSA/DF nº 33 de 23 de setembro de 2013.
PARECER CSA/DF nº 33 de 23 de setembro de 2013. EMENTA: IN RFB Nº 1394/2013, REGULAMENTAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO DA ISENÇÃO DO PROUNI, ARTIGO 8º DA LEI Nº 11.096/05, COM REDAÇÃO DADA PELO ARTIGO 26 DA LEI
Leia maisOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO
OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO Artigo jurídico apresentado por MARCELO THIMOTI DA SILVA, professor, especialista em Direito Administrativo, Constitucional
Leia mais1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na
1) (OAB137) José alienou a Antônio um veículo anteriormente adquirido de Francisco. Logo depois, Antônio foi citado em ação proposta por Petrônio, na qual este reivindicava a propriedade do veículo adquirido
Leia maisACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA
ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
Leia maisREGULAMENTO DE ARBITRAGEM Câmara de Arbitragem Digital CAD. CAPÍTULO I. Sujeição ao Presente Regulamento e Princípios
REGULAMENTO DE ARBITRAGEM Câmara de Arbitragem Digital CAD CAPÍTULO I. Sujeição ao Presente Regulamento e Princípios Art. 1º. As partes que avençarem, mediante convenção de arbitragem, submeter qualquer
Leia mais1. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: PREVISÃO CONSTITUCIONAL
1. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: PREVISÃO CONSTITUCIONAL 1.1. A função social da propriedade. Alessandra Fernandes Hendler 1 social. O art. 5º, inciso XXIII da CF/1988 dispõe que a propriedade atenderá
Leia maisESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA
ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO Nº 00000064-20.2012.8.18.000064 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI RÉUS: MUNICÍPIO DE PAULISTANA/PI e OUTRO
Leia mais18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas
18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos
Leia maisNovas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS
Novas formas de prestação do serviço público: Gestão Associada Convênios e Consórcios Regime de parceria- OS e OSCIPS Material de apoio para estudo: slides trabalhados em sala de aula com acréscimo de
Leia maisCOMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS
Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA ASSUNTO COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS QUESTÃO A autarquia pretende que a CCDR LVT se pronuncie relativamente à possibilidade de existência
Leia maisCOMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003 Dispõe sobre a concessão de uso especial para fins de moradia prevista pelo 1º do art. 183 da Constituição Federal e dá outras providências.
Leia maisARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de
ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.
Leia mais2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa
2.1.3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Cuida, primeiramente, destacar que não há um consenso, entre os autores, para essa classificação, entretanto, apresentaremos a seguir aquela que
Leia maisPARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO
PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 398, de 2012, do Senador Pedro Taques, que
Leia maisContratos em língua estrangeira
BuscaLegis.ccj.ufsc.br Contratos em língua estrangeira Marcelo Camargo de Brito advogado em São Paulo (SP), atuante nas áreas cível e empresarial, pós-graduando em Direito Tributário pela UNAMA/LFG/IOB/UVB
Leia maisVedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO
Vedação de transferência voluntária em ano eleitoral INTRODUÇÃO Como se sabe, a legislação vigente prevê uma série de limitações referentes à realização de despesas em ano eleitoral, as quais serão a seguir
Leia maisAtos administrativos Parte 1
Parte 1 Todos os direitos reservados. A comercialização não autorizada desta obra, por qualquer meio, eletrônico ou reprográfico, ainda que parcial, constitui ato ilícito, respondendo os infratores nos
Leia maisAPOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL
APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL José Heitor dos Santos Promotor de Justiça/SP Silvio Carlos Alves dos Santos Advogado/SP A Lei Complementar Paulista nº. 1.062/08, que disciplina a aposentadoria
Leia maisCONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF)
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF) Prof. Alberto Alves www.editoraferreira.com.br O art. 149, caput, da Lei Maior prescreve a possibilidade de a União instituir Contribuições
Leia maisAÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado Resumo: Tomamos a iniciativa de relatar este caso, dado seu interesse e relevância para o segmento segurador, além do significado para os consumidores de seguros, especialmente
Leia maisProf. Cristiano Lopes
Prof. Cristiano Lopes CONCEITO: É o procedimento de verificar se uma lei ou ato normativo (norma infraconstitucional) está formalmente e materialmente de acordo com a Constituição. Controlar significa
Leia maisBuscaLegis.ccj.ufsc.Br
BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O Princípio da Legalidade na Administração Pública Heletícia Oliveira* 1. INTRODUÇÃO O presente artigo tem como objeto elucidar, resumidamente, a relação do Princípio da Legalidade
Leia maisESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno PARECER Nº 037/07 ENTIDADE SOLICITANTE: CPD FINALIDADE: Manifestação
Leia mais2.6.2. Entidades fundacionais as fundações públicas 2.6.2.1. Conceito
Esses consórcios, a fim de poder assumir obrigações e exercer seus direitos perante terceiros, precisam de personalidade jurídica, assim, a citada lei dispôs que eles serão pessoas jurídicas de direito
Leia maisFACULDADE LA SALLE DE LUCAS DO RIO VERDE - MT DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS FACULDADE DE DIREITO
FACULDADE LA SALLE DE LUCAS DO RIO VERDE - MT DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS FACULDADE DE DIREITO A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE JOCEANE CRISTIANE OLDERS VIDAL Lucas do Rio Verde MT Setembro 2008 FACULDADE
Leia maisRecentemente a Presidente da República sancionou a Lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe:
AUTOAPLICABILIDADE DA LEI Nº 12.740/2012: DESNECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO PARA A CONCESSÃO DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE AOS VIGILANTES 1 Não há que se falar que a Lei nº 12.740/2012 necessita de regulamentação
Leia maisCONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988...
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO VIII DOS ÍNDIOS Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,
Leia maisA Usucapião Especial Urbana por Abandono do Lar Conjugal
Assunto Especial - Doutrina Usucapião no Direito de Família A Usucapião Especial Urbana por Abandono do Lar Conjugal FLÁVIO TARTUCE Doutor em Direito Civil pela USP, Mestre em Direito Civil Comparado pela
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS
PARECER Nº 001/2012 DLN. INTERESSADO: Reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). ASSUNTO: PLÁGIO. Vem a este Departamento Ofício de nº 066/2011 PRODERE/FES, encaminhado pela Reitoria desta UFAM,
Leia maisTrabalho suplementar e Banco de horas
Trabalho suplementar e Banco de horas INTRODUÇÃO Sem grandes considerações jurídicas acerca do Direito do Trabalho, é consabido que esta é uma área que se encontra muito próxima do indivíduo, desenvolvendo-se,
Leia maisConteúdo: Direito das Coisas: Posse: Conceito de Possuidor; Teorias da Posse; Natureza Jurídica; Composse; Detenção. - DIREITO DAS COISAS
Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Reais) / Aula 16 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Direito das Coisas: Posse: Conceito de Possuidor; Teorias da Posse; Natureza Jurídica; Composse;
Leia maisA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E SUAS IMPLICAÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO.
A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE E SUAS IMPLICAÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO. 1 AS SANÇÕES APLICÁVEIS NO CASO DE SOLO NÃO EDIFICADO, SUBUTILIZADO, OU NÃO UTILIZADO. Gina Copola (outubro de 2.012) I Tema atual
Leia maisCONDICIONAR A EXPEDIÇÃO DO CRLV AO PAGAMENTO DE MULTAS É LEGAL?
CONDICIONAR A EXPEDIÇÃO DO CRLV AO PAGAMENTO DE MULTAS É LEGAL? A matéria que pretendemos colocar em discussão neste breve estudo concerne na legalidade do condicionamento da expedição do CRLV Certificado
Leia maisUSUCAPIÃO FAMILIAR E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Amanda Nunes Stefaniak amanda-stefaniak@bol.com.br; Orientadora: Doutora Jeaneth Nunes Stefaniak
USUCAPIÃO FAMILIAR E A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Amanda Nunes Stefaniak amanda-stefaniak@bol.com.br; Orientadora: Doutora Jeaneth Nunes Stefaniak Universidade Estadual de Ponta Grossa Resumo: O objetivo
Leia maisPROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros) Altera o artigo 93, o artigo 129 e o artigo 144, da Constituição Federal, para exigir do bacharel em Direito, cumulativamente,
Leia maisAULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC).
01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8ºDIN-1 e 8º DIN-2 Data: 21/08/12 AULA 07 II - SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 11. Herança Jacente e Vacante (arts. 1.819 a 1.823,
Leia mais"Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã."
MANIFESTO DO SINDICATO DOS MÉDICOS E DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE PERNAMBUCO SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E SOBRE AS INTERVENÇÕES JUDICIAIS(JUDICIALIZAÇÃO) COMO INSTRUMENTO
Leia maisA partir desta posição compromissória da Constituição de 1988, a efetividade dos direitos sociais fica submetida a uma miríade de obstáculos, a saber:
Posição Compromissória da CRFB e a Doutrina da Efetividade A partir desta posição compromissória da Constituição de 1988, a efetividade dos direitos sociais fica submetida a uma miríade de obstáculos,
Leia maisCONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS: O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR Luciana Santos Trindade Capelari Advogada trabalhista e empresarial, Especialista em Direito Processual, e em Direito
Leia maisITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada*
ITBI - recepção parcial dos dispositivos do CTN Kiyoshi Harada* Como se sabe, em decorrência das disputas entre Estados e Municípios na partilha de impostos, o legislador constituinte de 1988 cindiu o
Leia maisESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DO RIO DE JANEIRO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS S E N T E N Ç A
ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO COMARCA DO RIO DE JANEIRO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS Proc. 0131032-43.2011.8.19.0001 Consulente: REGISTRADOR DO RCPJ DA CAPITAL Vistos, etc.
Leia maisFérias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual
Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem
Leia maisPARECER A UTILIZAÇÃO DE CÂMERAS DE VÍDEO DE VIGILÂNCIA DENTRO DA SALA DE AULA
PARECER A UTILIZAÇÃO DE CÂMERAS DE VÍDEO DE VIGILÂNCIA DENTRO DA SALA DE AULA A Instituição de ensino que procede à instalação de câmeras de vídeo de vigilância dentro da sala de aula, infringe direitos
Leia maisDO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total
DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. FINALIDADE. DOS TÍTULOS REGISTRÁVEIS: ESCRITURA
Leia maisSEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO 1 2 Conceituação: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
Leia maisGabarito 1 Gabarito 2 Gabarito 3 Gabarito 4 11 1 51 21 E E E E PARECER
11 1 51 21 E E E E Houve interposição de recursos em que os recorrentes, resumidamente, aduziram que a questão deveria ser anulada ou ter o gabarito modificado em virtude de que haveria duas opções com
Leia maisBuscaLegis.ccj.ufsc.br
BuscaLegis.ccj.ufsc.br Breves considerações tributárias quanto a atividade de empresário (antiga firma individual) na atividade de representação comercial Juliano César Borges de Vito* Um dos fatores preponderantes
Leia maisFelipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br
O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código
Leia maisASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)
ASSESSORIA JURÍDICA PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. PARA: DA: REFERÊNCIA: Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) Assessoria Jurídica Expedientes Jurídicos
Leia maisDefinição pela ONU da água e saneamento como Direitos Humanos Fundamentais
Definição pela ONU da água e saneamento como Direitos Humanos Fundamentais Luiz Otávio Rodrigues Coelho, advogado coelho@capadvocacia.com.br (27) 3314-3585 Duas informações prévias: O que é a ONU? A importância
Leia maisESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 12672
PARECER Nº 12672 Faixas de domínio marginais às estradas de rodagem cuja exploração é objeto de contrato de concessão. Uso por particulares, sem exclusividade. Autorização. Competência. Licitação. Expondo
Leia maisCompetência dos Entes Federativos na Legislação Ambiental
Competência dos Entes Federativos na Legislação Ambiental Abril 2009 Prof. Dr. Roger Stiefelmann Leal nas Constituições Anteriores Constituição de 1946 Art 5º - Compete à União: XV - legislar sobre: l)
Leia maisPRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco
Leia maisRegularização Fundiária. Rosane Tierno 02 julho -2011
Regularização Fundiária Rosane Tierno 02 julho -2011 Parte I - Informalidade fundiária Imagem interna de um cortiço Regularização Fundiária Por que?? INFORMALIDADE FUNDIÁRIA URBANA MUNICÍPIOS POR FAIXA
Leia maisO que são Direitos Humanos?
O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não
Leia maisEFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE
EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI FISCAL Trabalho realizado: -Patrícia Alves; -Joaquim Mira; -Maria Antónia; -Ana Maltêz; 22 de Maio de 2014
Leia maisValidade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor
Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela
Leia maisTRABALHO ACADÊMICO EXTRAORDINÁRIO (TAE) 5º SEMESTRE
TRABALHO ACADÊMICO EXTRAORDINÁRIO (TAE) 5º SEMESTRE DISCIPLINA: Direito do Trabalho II CH: 40 SEMESTRE: 5º Semestre TURNO: Matutino/Noturno PROFESSOR: Mestre Gabriel Caldas TAE 1 DATA: Prova Bimestral
Leia maisProva Objetiva Disciplina: Direito Civil
ALT. C GAB. 1 GAB. 2 GAB. 3 GAB. 4 QUESTÃO 68 81 16 8 Alegam os recorrentes que a questão comporta várias alternativas erradas, pois contraria dispositivo constitucional (art. 5 o., inciso XXXI) e infraconstitucional,
Leia maisA NOVA SISTEMÁTICA DO SEGURADO ESPECIAL, APÓS O ADVENTO DA LEI N. 11.718/2008
A NOVA SISTEMÁTICA DO SEGURADO ESPECIAL, APÓS O ADVENTO DA LEI N. 11.718/2008 O presente artigo tem o desiderato de analisar as alterações trazidas com o advento da Lei n. 11.718/08, dentre as quais destacam-se
Leia maisMódulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia
Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas
Leia maisA Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta
238 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 11 Curso de Constitucional - Normatividade Jurídica A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção
Leia maisPARECER Nº 003/AJ/SEF Brasília, 10 de janeiro de 2006.
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS (Comissão Superior de Economia e Finanças - 1955) PARECER Nº 003/AJ/SEF Brasília, 10 de janeiro de 2006. 1. EMENTA férias; efetivo
Leia maisBreves Considerações sobre o Superendividamento
116 Breves Considerações sobre o Superendividamento Luiz Eduardo de Castro Neves 1 O empréstimo de valores é realizado com a cobrança de juros, de forma a permitir uma remuneração pelo valor emprestado.
Leia maisORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA ÁREA DA SAÚDE: REFLEXÕES
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA ÁREA DA SAÚDE: REFLEXÕES Lenir Santos Passados 15 anos, algumas reflexões sobre a Organização Social (OS) na área da saúde se impõem. Introduzida pela Lei Federal 9.637, de 1998,
Leia maisDISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO
DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO GUSTAVO FAVINI MARIZ MAIA DR. ILTON GARCIA DA COSTA 1. INTRODUÇÃO As relações de trabalho configuram um aspecto de grande relevância na vida em sociedade.
Leia maisPosse e Usucapião Extraordinária
Posse e Usucapião Extraordinária 11 Maria Daniella Binato de Castro 1 INTRODUÇÃO Este trabalho objetiva um breve estudo sobre o instituto da posse e sua relação com a figura da prescrição aquisitiva em
Leia maisRESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto.
RESUMO I - Obrigações Alternativas São aquelas que têm objeto múltiplo, de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Nasce com objeto múltiplo. Ex.: A se obriga a pagar a B objeto X
Leia maisAssim, devem ser informados ao COAF qualquer transação pelas pessoas jurídicas já mencionadas e outros, nas seguintes condições:
PARECER JURÍDICO DIMOB/COAF A Receita Federal através da Instrução Normativa SRF nº 576, de 1º de setembro de 2005, instituiu a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) de obrigação
Leia maisPROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro)
PROJETO DE LEI Nº, DE 2011 (Do Sr. Aguinaldo Ribeiro) Obriga as pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda - CNPJ/M.F à contratação de seguro de vida
Leia maisO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA
O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE TAQUARITINGA 1. INTRODUÇÃO A previdência social no Brasil pode ser divida em dois grandes segmentos, a saber: Regime Geral de Previdência Social (RGPS):
Leia maisDefendendo uma sociedade justa e igualitária LANA IARA GOIS DE SOUZA RAMOS PARECER JURÍDICO
CEZAR BRITTO PARECER JURÍDICO APLICABILIDADE DO PISO SALARIAL NACIONAL DO MAGISTÉRIO PÚBLICO. INCONSTITUCIONALIDADE DO PROJETO DE LEI QUE PREVÊ PAGAMENTO PARCELADO DO VALOR DA SUA ATUALIZAÇÃO E RETROATIVO.
Leia maisProjeto de Lei nº 7.093, de 2014
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO Projeto de Lei nº 7.093, de 2014 Acresce dispositivo à Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Autor: Deputado Irajá Abreu Relator: Deputado Paulo Foletto I - Relatório
Leia maisPROJETO DE LEI Nº, DE 2014
PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador
Leia maisNº 4139/2014 PGR - RJMB
Nº 4139/2014 PGR - RJMB Físico Relator: Ministro Celso de Mello Recorrente: Ministério Público do Trabalho Recorrida: S. A. O Estado de São Paulo RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DA JUS- TIÇA DO TRABALHO.
Leia maisQuestões Dissertativas (máximo 15 linhas)
Questões Dissertativas (máximo 15 linhas) 1) O que é tributo? Considerando a classificação doutrinária que, ao seguir estritamente as disposições do Código Tributário Nacional, divide os tributos em "impostos",
Leia mais- Jornada de trabalho máxima de trinta horas semanais, seis horas diárias, em turno de revezamento, atendendo à comunidade às 24 horas do dia...
Parecer Coletivo Lei 14.691/15. Agentes Municipais de Fiscalização de Trânsito. Servidores Locais. Competência Constitucional do Município. Cláusula Pétrea da CF/88. Lei Estadual Inconstitucional. Interposição
Leia mais