Palavras-chave: Audiência de custódia. Prisão preventiva. Direitos Fundamentais.

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1 A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA COMO INSTRUMENTO DE CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: IMPLEMENTAÇÃO E EFETIVIDADE NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Larissa Amaral Esteves 1 RESUMO: O projeto da audiência de custódia, criado em 2015, possui alicerces no controle de convencionalidade, tendo a validade e conceito provenientes da Convenção Americana de Direitos Humanos e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e visa à garantia dos direitos fundamentais. Entretanto, esse instituto não tem se mostrado eficaz para atender o que foi incialmente proposto. Diante disso, questiona-se: o instituto da audiência de custódia contribui para a garantia de direitos fundamentais, atrelando-se às previsões jurídicoconstitucionais? Com isso, objetiva-se investigar se, com esse instituto, é possível que haja um espaço democrático para que se discuta a legalidade e a permanência, ou não, da prisão, além de sanar as possíveis práticas de tortura e maus tratos. Assim, os resultados alcançados indicam que a implementação da audiência de custódia ocorreu tardiamente, dando-se de forma diversa em cada estado em razão das peculiaridades de cada um. Desse modo, ainda são necessários ajustes para que esse instituto se concretize da forma como a legislação prevê. Ademais, deve-se atentar à legalidade e a necessidade da prisão preventiva, em sede de audiência de custódia. Assim, para que esse instituto atinja a finalidade proposta, a decisão que irá decidir sobre a prisão cautelar deve ser fundamentada. Mas, na prática, percebe-se que esta cautelar, mesmo com a realização das audiências de custódia, não é utilizada de forma excepcional e baseada em decisões com amparo legal, pois o que se percebe é o uso exorbitante, disfuncional e ilegal das prisões preventivas, contrariando a própria essência desse instituto. Palavras-chave: Audiência de custódia. Prisão preventiva. Direitos Fundamentais. GT3 POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITOS HUMANOS PROBLEMA DE PESQUISA: O projeto da audiência de custódia, criado em 2015, possui alicerces no controle de convencionalidade, tendo a validade e conceito provenientes da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH) e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e visa à garantia dos direitos fundamentais. Entretanto, esse instituto não tem se mostrado eficaz para atender o que foi incialmente proposto. Diante disso, questiona-se: o instituto da 1 Acadêmica do 10º período do curso de Direito do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA); voluntária no Grupo de Estudos e Pesquisas Direito Penal e Democracia da Universidade Federal do Pará (UFPA); Coordenadora do Projeto de extensão Preventório Santa Terezinha do Núcleo Integrado de Empreendedores Juniores (NIEJ).

2 audiência de custódia contribui para a garantia de direitos fundamentais, atrelando-se às previsões jurídico-constitucionais? OBJETIVOS: Investigar se, com o instituto da audiência de custódia, é possível que haja um espaço democrático para que se discuta a legalidade e a permanência, ou não, da prisão, além de sanar as possíveis práticas de tortura e maus tratos. REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: Em 2015 nasceu a audiência de custódia, que é um instituto de garantia de direitos, com previsão legal no ordenamento jurídico brasileiro, já que emana da CADH, de 1969, e do PIDCP, de 1966, que, em 1992, foram ratificados pelo Brasil, sem nenhuma reserva, ou seja, a implementação desse instituto tem os alicerces firmados no controle de convencionalidade, pois, mesmo que não haja menção ao termo nos tratados internacionais, foram estes que trouxeram a validade e o conceito das audiências de custódia. Este instituto garante que todo aquele que for preso em flagrante deve ser levado, sem demora, à presença de um juiz, para que tenha o caso apreciado, analisando-se a legalidade e a necessidade da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a imposição de outras medidas cautelares. Ademais, permite que o juiz analise se houve a prática de tortura, maus-tratos e outras irregularidades na prisão do acusado (PAIVA, 2015). Desse modo, verifica-se que ambos os tratados internacionais entraram no ordenamento jurídico antes da Emenda Constitucional nº 45, de Sendo assim, estes não se submeteram à aprovação, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos e, portanto, não possuem status constitucional 2. Então, adotou-se no presente trabalho o entendimento de que os tratados de direitos humanos, principalmente o PIDCP e a CADH, servem de critério para o controle de convencionalidade, ou seja, além de estarem em consonância com a Constituição Federal, de 1988, as leis infraconstitucionais devem estar de acordo com estes tratados internacionais, sendo a convencionalidade exercida de forma difusa. 2 Constituição Federal de Art. 5º (...): (...) 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

3 Nesse cenário, o processo penal, que envolve a privação do direito à liberdade, necessita de uma atenção maior para as garantias de direitos fundamentais, por isso a extrema relevância da compatibilização vertical interna dos tratados internacionais com o texto constitucional, visto que a convencionalidade é uma construção da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), visando ampliar a proteção dos direitos humanos, pois a Carta Magna não é mais o único parâmetro de validação de uma lei, uma vez que toda e qualquer legislação necessita de um controle constitucional e de um internacional. Dessa forma, segundo Lopes Jr e Paiva (2014, p. 14), incumbe aos juízes e tribunais hoje, ao aplicar o Código de Processo Penal, mais do que buscar a conformidade constitucional, observar também a convencionalidade da lei aplicada. E, tratando-se da audiência de custódia, que adentrou no ordenamento jurídico por meio dos tratados de direitos humanos, é imprescindível haver a compatibilização desses tratados com as normas do Código de Processo Penal brasileiro. Assim, por mais que os tratados internacionais não utilizem o termo audiência de custodia, estas normas internacionais referem-se a este instrumento democrático e de garantias fundamentais, que garante a rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisões em flagrante 3e4. Este instituto, que é um direito fundamental do flagranteado, já deveria ter se concretizado no Brasil há 25 (vinte e cinco) anos, já que desde 1992 esses tratados foram ratificados pelo Brasil, passando a fazer parte do ordenamento jurídico interno. No entanto, foi somente em fevereiro de 2015 que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Ministério da Justiça (MJ) e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), lançou o projeto da audiência de custódia, tendo, o Supremo Tribunal Federal (STF), julgado a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº que declarou a constitucionalidade deste projeto. 3 PIDCP. Art. 9.3 Todo o indivíduo preso ou detido sob acusação de uma infracção penal será prontamente conduzido perante um juiz ou uma outra autoridade habilitada pela lei a exercer funções judiciárias e deverá ser julgado num prazo razoável ou libertado. A detenção prisional de pessoas aguardando julgamento não deve ser regra geral, mas a sua libertação pode ser subordinada a garantir que assegurem a presença do interessado no julgamento em qualquer outra fase do processo e, se for caso disso, para execução da sentença. 4 CADH. Art. 7.5 Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, á presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condiciona a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.

4 Como preleciona Lopes Jr e Paiva (2014, p. 15) a denominada audiência de custódia consiste, basicamente, no direito de (todo) cidadão preso ser conduzido, sem demora, à presença de um juiz. Para os autores, essa ocasião se torna importante e imprescindível, vez que nela é possível sanar as possíveis práticas de tortura e maus tratos e, além disso, verificase a existência de um espaço democrático para que se discuta a legalidade e a permanência, ou não, da prisão. Nesse sentido, para que a prisão seja decretada em sede de audiência de custódia, é necessário analisar a legalidade e a necessidade desta, pois é imprescindível a garantia dos direitos fundamentais constitucionalmente previstos. Por isso, a decretação da prisão deve obedecer aos requisitos e fundamentos dispostos em lei. Nesta senda, a audiência de custódia pressupõe os limites de decretação da prisão preventiva, garantindo a eficácia dos direitos fundamentais, da presunção de inocência e do direito à tutela jurisdicional ou proteção judiciária contra encarceramentos arbitrários. Dessa forma, para Sanguiné (2014, p. 28): O Direito à tutela jurisdicional pode definir-se como o direito de todas as pessoas a ter acesso ao sistema judicial e a exercer, no seio do processo, todas suas faculdades para que os órgãos jurisdicionais estudem sua pretensão e emitam uma resolução motivada e conforme o ordenamento jurídico vigente em um determinado Estado Social e Democrático de Direito. Sendo assim, a decisão que irá decretar a prisão preventiva precisa ser fundamentada, pois ela irá restringir direitos e liberdades e, sem uma idônea fundamentação, esta decisão pode ser caracterizada como arbitrária. Por isso, o CADH determina que os Estados que ratificaram esta convenção, devem se comprometer a respeitar os direitos e as liberdades de todos, sem qualquer discriminação 5. Dessa forma, se a decisão que decretou a prisão preventiva verificar a legalidade, a necessidade e a adequação da prisão ou liberdade provisória, com ou sem a aplicação de outras medidas cautelares, estará plenamente capaz de apresentar os instrumentos necessários 5 CADH. Art. 1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.

5 à devida fundamentação, já que há a oportunidade de garantia dos direitos de acesso à justiça, ao devido processo legal e à ampla defesa, desde o início da persecução penal. RESULTADOS ALCANÇADOS: Obteve-se como resultado, na presente pesquisa, que a implementação da audiência de custódia no ordenamento jurídico brasileiro ocorreu tardiamente, dando-se de forma diversa em cada estado, em razão das peculiaridades próprias de cada um. Desse modo, ainda são necessários muitos ajustes para que esse instituto se concretize da forma como está previsto na legislação. Além disso, é necessário analisar a legalidade e a necessidade da prisão preventiva, que se dará em sede de audiência de custódia, por meio da qual busca dar eficácia aos direitos fundamentais e ao direito á tutela jurisdicional ou proteção judiciária contra encarceramentos arbitrários. Assim, para que a audiência de custódia atinja esta finalidade precípua, a decisão que irá decretar a prisão preventiva deve ser devidamente fundamentada, não podendo ocorrer de forma automática e sem justificativa. No entanto, na prática, percebese que as medidas cautelares, mesmo com a realização das audiências de custódia, não são utilizadas de forma excepcional e baseadas em decisões, devidamente, fundamentadas, pois o que se percebe é o uso exorbitante, disfuncional e ilegal das prisões preventivas, contrariando a própria essência desse instituto. BIBLIOGRAFIA: BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 de outubro de Disponível em: < Acessado em: 26 de abril de LOPES JR, Aury; PAIVA, Caio. Audiência de Custódia e a imediata apresentação do preso ao juiz: rumo à evolução civilizatória do processo penal. Revista Liberdades, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, nº 17, p , set./dez PAIVA, Caio. Audiência de custódia e o processo penal brasileiro. Florianópolis: Empório do Direito, SANGUINÉ, Odone. Prisão Cautelar: medidas alternativas e direitos fundamentais. Rio de Janeiro: Forense, 2014.

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