DIREITOS HUMANOS. Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1
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- Martim Galindo Bentes
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1 DIREITOS HUMANOS Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Convenção Americana sobre Direitos Humanos Parte 1 Profª. Liz Rodrigues
2 - Convenção Americana sobre Direitos Humanos ou Pacto de San Jose da Costa Rica (1969). - Ratificada pelo Brasil em Maior ênfase na proteção de direitos civis e políticos os direitos sociais, econômicos e culturais apenas são mencionados no art. 26, como um compromisso dos Estados com seu desenvolvimento progressivo.
3 - Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Protocolo de San Salvador): protocolo facultativo que complementa a Convenção Americana em relação à proteção dos direitos sociais. O Brasil o ratificou em 1996 e o pacto entrou em vigor em 1999.
4 - Deveres: a CADH prevê que as pessoas tem deveres umas para com as outras e que os direitos reconhecidos não podem ser exercidos de modo abusivo. - Correlação entre deveres e direitos: toda pessoa tem deveres para com a família, a comunidade e a humanidade; os direitos de cada pessoa são limitados pelos direitos dos demais, pela segurança de todos e pelas justas exigências do bem comum, em uma sociedade democrática.
5 - Suspensão temporária de direitos: é possível, em determinadas circunstâncias. - Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado, podem ser adotadas medidas que suspendam as obrigações da Convenção, desde que não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
6 - Artigos que não podem ser suspensos: 3 (direito ao reconhecimento da personalidade jurídica), 4 (direito à vida), 5 (direito à integridade pessoal), 6 (proibição da escravidão e da servidão), 9 (princípio da legalidade e da retroatividade), 12 (liberdade de consciência e religião), 17 (proteção da família), 18 (direito ao nome), 19 (direitos da criança), 20 (direito à nacionalidade) e 23 (direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos.
7 - Direito à vida: deve ser protegida por lei e, em geral, desde o momento da concepção. - Ninguém pode ser privado de sua vida de modo arbitrário. Isso não significa que a pena de morte não possa ser aplicada, mas sim que ela não pode ser aplicada em desrespeito aos dispositivos do Pacto e em desacordo com as normas de direito interno.
8 - Se o Estado vier a abolir a pena de morte, não poderá restabelecê-la. - Requisitos para a aplicação da pena de morte: só pode ser imposta em razão dos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente, aplicada em respeito às leis do país, publicadas antes de o delito ter sido praticado.
9 - Não pode ser estendida a outros delitos que não os que já a recebiam e jamais pode ser aplicada a delitos políticos e nem a delitos comuns conexos com políticos. - Não podem ser executadas mulheres em estado de gravidez. - Não podem ser executados aqueles que, no momento da perpetração do delito, eram menores de 18 anos ou maiores de 70 anos.
10 - Toda pessoa condenada à morte tem direito de pedir anistia, indulto ou comutação de pena. - A pena não poderá ser executada enquanto os pedidos estiverem pendentes de decisão. - Caso o país deseje abolir a pena de morte, pode ratificar o Protocolo Adicional à Convenção Americana (o Brasil o ratificou em 1998).
11 - Integridade pessoal: toda pessoa tem o direito a que se respeite a sua integridade física, psíquica e moral. - A proteção contra a tortura e penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes é absoluta e não pode ser suspensa sob nenhum argumento. - Todos tem o direito a que se respeitem a sua dignidade humana.
12 - A pena não pode passar da pessoa do condenado. - Caso seja admitida a prisão antes do trânsito em julgado da condenação, o Estado deve assegurar que os processados fiquem separados dos condenados. - As pessoas presas antes do trânsito em julgado devem receber tratamento adequado à sua condição de pessoa não-condenada.
13 - Observância do princípio da presunção de inocência. - Menores de idade: quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos, conduzidos a tribunal especializado e devem ter seu caso analisado com a maior rapidez possível, e receber o devido tratamento. - Função social da pena: reforma e readaptação social dos condenados - este deve ser o principal objetivo da pena privativa de liberdade.
14 - Liberdade e segurança pessoais: ninguém pode ser privado de sua liberdade, salvo pelos motivos e condições previamente fixados nas Constituições dos Estados e nas leis por eles criadas. - Ninguém deve ser submetido a um encarceramento arbitrário. - Toda pessoa tem o direito de ser informada dos motivos de sua detenção e das acusações formuladas contra si.
15 - Toda pessoa tem o direito de ser conduzida à presença de um juiz, tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou ser posta em liberdade, podendo a sua liberdade ser condicionada a determinadas garantias. - Toda pessoa tem o direito de recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida sobre a legalidade de sua prisão e ordene a sua soltura, se a prisão for ilegal.
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