Resumo revisado pelo Coordenador da Ação de Extensão e Cultura Liga Acadêmica de Pediatria código FM-158: Professor Mestre Antônio Rubens Alvarenga.
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- João Guilherme Fialho Sintra
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1 RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE - ACADÊMICOS DA LIGA DE PEDIATRIA DA UFG EM TRABALHO VOLUNTÁRIO NA IV AÇÃO SOCIAL DO DIA MUNDIAL DE COMBATE AO DIABETES. MOREIRA, Synara Escobar¹; RABÊLO, Luana Maria²; CALDAS, Maria Gabriela Gonçalves³; SUGITA, Tatiana Haruka 4 ; ARRUDA, Isabela Bittencourt 5 ; ALVARENGA, Antônio Rubens 6. Palavras-chaves: diabetes infantil, obesidade, atenção primária. Introdução O termo Diabetes Mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crônica com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidios e proteínas, resultantes de deficiências na secreção ou ação da insulina, ou de ambas. Os efeitos da DM em longo prazo incluem danos, disfunção e falência de vários órgãos. Estudos e estatísticas mostram que nos últimos anos, a incidência do Diabetes Mellitus vem aumentando, inclusive na faixa etária pediátrica. Isso mostra a importância de se dar atenção a esse problema de saúde pública (DIRETRIZES, 2009). No Brasil e no mundo verifica-se nas últimas décadas um processo de transição nutricional, constatando-se que houve uma redução da prevalência da desnutrição infantil e um aumento na prevalência de obesidade. Esse aumento da obesidade infantil é bastante preocupante, pois juntamente com alterações metabólicas, como dislipidemia, hipertensão e intolerância à glicose são fatores de risco para o diabetes mellitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares. A gênese da obesidade se relaciona com fatores genéticos, fisiológicos e metabólicos. No entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. Isso porque houve aumento no consumo de alimentos Resumo revisado pelo Coordenador da Ação de Extensão e Cultura Liga Acadêmica de Pediatria código FM-158: Professor Mestre Antônio Rubens Alvarenga. 1 Acadêmica de medicina da FM/UFG; contato: synaraescobar@gmail.com 2 Acadêmica de medicina da FM/UFG; contato: lmr.pv@hotmail.com 3 Acadêmica de medicina da FM/UFG; contato: mariagabrielacaldas@gmail.com 4 Acadêmica de medicina da FM/UFG; contato: thsugita@gmail.com 5 Acadêmica de medicina da FM/UFG; contato: isabelabittencourtarruda@gmail.com 6 Professor Mestre da FM/UFG; contato: toninhoalva@hotmail.com
2 ricos em açúcares simples e gordura, com alta densidade energética e diminuição da prática de exercícios físicos. Diante desse cenário, há a necessidade de ações de prevenção da obesidade infantil e de suas complicações e de promoção da saúde (OLIVEIRA, CL; FISBERG, M., 2003). Diante isso, estabelecemos uma relação entre obesidade e diabetes, principalmente o tipo 2, que vem aumentando sua prevalência não só entre os adultos, mas também entre a faixa de etária pediátrica, e por isso a atenção básica e promoção de saúde é indispensável para a informação e a conscientização sobre essas doenças. Desse modo se dá a atuação da Liga Acadêmica de Pediatria (L.A.P.) da Universidade Federal de Goiás (UFG). A L.A.P. é um projeto de extensão que propicia o contato dos acadêmicos de medicina, nutrição, odontologia, fisioterapia, entre outros, com a comunidade através de medidas de atenção primária à saúde. Uma das campanhas onde houve essa atuação foi o IV Encontro do Dia Mundial do Diabetes. Nesse encontro a L.A.P. avaliou os hábitos de vida de crianças e adolescentes, tais como alimentação e prática de atividades físicas. Além dessa ação, os acadêmicos participantes foram treinados e coletaram dados antropométricos de peso e estatura para cálculo do índice de massa corporal (IMC). Um dos métodos mais confiáveis para medir obesidade em crianças é o percentil IMCxIdade, o qual foi utilizado comparando os dados obtidos na comunidade aos valores de referência da OMS. Além disso, a LAP buscou informar e esclarecer dúvidas da população em relação à obesidade infantil e ao DM, mostrar a importância de mudanças nos hábitos de vida, com incentivo à alimentação saudável e à prática de exercícios físicos. Atividades de artes, pinturas e conversa com as crianças também foram desenvolvidas, visando atingir o conceito mais amplo de saúde, que segundo a OMS a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. A ação tem como objetivos promover a Atenção Básica de Saúde durante o IV Encontro do Dia Mundial do Diabetes do ano de 2011 através da aferição de dados antropométricos; da orientação e da conscientização dos pais, adolescentes e crianças, que participaram das atividades realizadas, sobre doenças como Obesidade Infantil e Diabetes Infantil. Troca de experiência entre acadêmicos, professores e a comunidade geral. Metodologia A Liga de Pediatria da Universidade Federal de Goiás participou do IV Encontro do Dia Mundial do Diabetes, que foi realizado no Parque Areião, Goiânia-Goiás, no dia 20 de novembro de A atividade durou 6 horas, iniciando às 08 horas da manhã e
3 encerrando às 14 horas da tarde. Foram realizadas 03 escalas com os integrantes da Liga, com duração de 02 horas cada escala e participação de 06 alunos em média, por escala. Durante o evento, os acadêmicos da Liga aplicaram questionários nos pais das crianças que se encontravam no local, com o objetivo de coletar dados como sexo, idade, peso, altura, peso ao nascer, tempo gestacional para poder realizar com isso, o traçado no gráfico peso/idade do cartão da criança e desse modo, relatar em que percentil do desenvolvimento as crianças se encontravam. Além disso, era possível com os dados orientar os pais sobre alimentação e hábitos de vida saudáveis. Havia pôsteres expostos com informações sobre hábitos saudáveis e também panfletos foram distribuídos sobre o mesmo tema. A Liga buscou abordar assuntos relacionados à Diabetes Infantil, além do próprio tema. Para todos os interessados, eram realizadas orientações sobre Diabetes Infantil e Hábitos de vida saudáveis, assim como era possível esclarecer duvidas sobre os assuntos. Para entretenimento das crianças, a LAP distribuiu balões moldados pelos próprios estudantes e fazia pinturas faciais no local, além de oficina para desenho e pintura. Resultados e discussão Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o DM é uma doença com epidemia em curso, dados mostram que em 1985 cerca de 300 milhões de adultos tinham DM, atingiu 135 milhões em 1995, 173 milhões em 2002, e espera-se que atinja 300 milhões em Mas a doença não tem aumentado a prevalência apenas em adultos, mas também na faixa etária pediátrica (DIRETRIZES, 2009). Estudos mostram o aumento de incidência da DM tipo 1 em crianças abaixo de 5 anos, o que antes era raro (CALLIARI e MONTE, 2008). Outro fato é que há algum tempo se pensava que a DM tipo 2 era uma doença de adultos, porém o aumento da incidência desta em crianças tem sido observado. Antes se sugeria uma prevalência de 1 a 2% de DM 2 em crianças, mas estudos recentes mostram que em algumas etnias esses índices variam de 8 a 45% do total de novos casos diagnosticados nessa faixa etária (DIAS, MACIEL e SABLICH, 2007). O desafio da DM em crianças é que geralmente o diagnóstico pode ser mais demorado, e por isso o envolvimento e o acompanhamento familiar são essenciais, tanto para o diagnóstico precoce, quanto para o tratamento adequado e devidos cuidados. A etiologia do DM é multifatorial, mas o aumento de seus índices está ligado a mudanças do hábito de vida da população, além da maior longevidade. O DM 1 tem uma grande influencia genética. O DM 2 está ainda mais relacionada com o sedentarismo, a
4 obesidade e a urbanização. Por ser uma doença crônica e devido às várias complicações com que pode estar associada, o DM acarreta grande custo econômico (DIRETRIZES, 2009). Por tudo isso, observamos a importância da prevenção da doença através de promoção de saúde e atenção básica, aspecto que a LAP trabalhou nessa ação comunitária, buscando participar de forma positiva e eficiente nas demandas sociais do setor saúde, e participando de maneira construtiva, consequente e solidária na implementação do Sistema Único de Saúde. E dessa forma estabelecendo a troca entre universidade e comunidade, tão importante para a formação profissional. Nessas 6 horas a Liga chegou a atender de forma direta e indireta cerca de 150 indivíduos, o que inclui crianças, adolescente e pais ou responsáveis, buscando informar a população, sanar dúvidas e propor importantes mudanças de estilos de vida que estabeleçam uma melhor qualidade de vida e saúde. Conclusões Um projeto de extensão visa, na Universidade Federal de Goiás, a integração entre ensino, serviço e comunidade, aprimorando a construção do conhecimento de modo voltado às necessidades do Sistema Único de Saúde e da sociedade. Acreditamos que a LAP, conseguiu atingir estes objetivos na campanha de saúde Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A promoção em saúde abordando os temas obesidade infantil e diabetes na infância atua como método de prevenção primária ao orientar e conscientizar pais e crianças sobre os riscos destas doenças e sobre os benefícios das mudanças nos hábitos de vida. Além disso, a campanha funciona como meio de prevenção secundária, ao permitir rastreamento de crianças com sobrepeso e obesidade, para que os pais sejam orientados a procurar profissional de saúde a fim de tratar a condição mórbida. Pelo fato de nosso público alvo ser infantil a LAP desenvolve em todas as campanhas de saúde oficinas de entretenimento, com balões moldáveis, pintura facial, pintura em papel e desenho, através do uso de material próprio. Este é um instrumento que atrai as crianças e, consequentemente, traz os pais ao nosso espaço para lerem os banners informativos expostos e recebem informações e orientações dos acadêmicos, além de permitir que façamos avaliação antropométrica das crianças. Concluímos que a ação em saúde descrita foi importante para executar as atividades de extensão da LAP, com resultados positivos quanto ao acesso da comunidade à informação e à promoção de saúde, interação dos acadêmicos com a comunidade e prevenção da obesidade infantil e diabetes na infância, através da conscientização da população.
5 Referências bibliográficas CALLIARI, LEP; MONTE, O. Abordagem do Diabetes Melito na Primeira Infância. Arq Bras Endrocrinol Metab 2008; 52/2. Disponível em : DIAS, S.L; MACIEL, TRC; SABLICH, GM. Diabetes Tipo 2 na infância: Revisão de Literatura. ConScientiae Saúde, São Paulo, v.6, n.1, p.71-80, DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2009 / Sociedade Brasileira de Diabetes 3 ed. Itapevi, São Paulo : A. Araújo Silva Farmacêutica, OLIVEIRA, CL; FISBERG, M. Obesidade na Infância e Adolescência Uma Verdadeira Epidemia. Arq Bras Endocrinol Metab vol 47 nº 2, Abril, 2003.
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