EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS DE LIMPEZA SOBRE A RESPOSTA INFLAMATÓRIA DE VIAS AÉREAS SUPERIORES.
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- Joaquim Gesser Caldeira
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1 EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS DE LIMPEZA SOBRE A RESPOSTA INFLAMATÓRIA DE VIAS AÉREAS SUPERIORES. Aluna: Julia Caroline Cezario Orientadora:Beatriz Mangueira Saraiva Romanholo
2 Introdução Há evidências consistentes a partir de estudos epidemiológicos conduzidos em diferentes locais, e reforçados por estudos de registros de asma ocupacional e relatos de casos, de que os profissionais de limpeza têm um risco elevado de desenvolver doenças respiratórias, destacando-se a asma e rinite ocupacionais. Os determinantes deste risco não são totalmente conhecidos, pois na atmosfera em torno do trabalhador podem estar suspensos agentes de alto e baixo peso molecular, provenientes da poeira de ambientes internos e dos aerossóis e substâncias voláteis emitidos dos diversos produtos de limpeza utilizados, sendo o cloro um dos principais agentes nocivos.
3 Objetivos Objetivo Geral Avaliar a inflamação em trabalhadores de limpeza expostos em diversos ambientes. Objetivos Específicos esfregaço nasal. Avaliar o padrão citológico dos funcionários da limpeza através do
4 Metodologia Este estudo foi encaminhado à Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa do Hospital. Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (CEP-Iamspe). Foram convidados funcionários da limpeza da Faculdade e do Hospital que aceitaram participar do projeto. Foram também convidadas para participar do estudo donas de casa que habitavam nas proximidades do hospital e da Faculdade eleitos, que não trabalhavam ou que trabalhavam como faxineiras profissionais
5 Metodologia G1 Hospital (N=56) G2 Universidade (N=39) N=167 trabalhadores (4 grupos) G3 Domésticos (N=34) G4 Controle (N=38) Figura 1. Grupos experimentais.
6 Metodologia Tabela 1. Foram considerados critérios de exclusão: Indivíduos que utilizem produtos para limpeza há menos de um ano; Doenças sistêmicas Gestantes Pessoas com mais de 60 Tabagismo há menos de 5 anos
7 Metodologia Para a coleta do material nasal foi introduzido, com movimentos leves e rotatórios, nos corneto nasal esquerdo e direito, no meado médio, um cotonete fino, estéril, e previamente embebido em solução fisiológica 0,9%, ( swab nasal). A citologia nasal resultou do contato do cotonete nasal sobre a superfície da uma lâmina (esfregaço). Todas as lâminas foram coradas com Diff Quick. A contagem total e diferencial foi realizada por meio de um microscópio óptico no aumento de 1000X onde foram observadas e contadas pelo menos 100 células inflamatórias por lâmina.
8 Metodologia Os resultados foram submetidos ao teste de normalidade (Shapiro-Wilk) resultando em dados com distribuição não-gaussiana, desta forma adotou-se os valores de mediana e intervalos interquartis (25% - 75%) para representação gráfica, ambos apropriados para valores não-paramétricos Foi realizada a análise de variância (ANOVA) para dados não-paramétricos (Kruskal-Wallis), adotando o teste de Dunncomo teste complementar visando a comparação entre os grupos. Todas as análises foram realizadas utilizando os softwares estatísticos SigmaPlot 12.0 e SPSS 21.0 e o intervalo de confiança adotado foi de 95% (p<0,05).
9 Resultados Figura 3. Eosinófilos no swab nasal (%). Não houve diferença.
10 Resultados Figura 4. Linfócitos no swab nasal (%)(*p 0,005). G1, G2 e G3 apresentaram maior percentual de linfócitos em relação ao grupo controle (G4).
11 Resultados Figura 5. Macrófagos no swab nasal (%). (*p 0,005) G3 e G4 apresentaram maior percentual de macrófagos em relação a G1 e G2.
12 Resultados Figura 6. Neutrófilos no swab nasal (%). *(p 0,001). O percentual de neutrófilos foi maior em G1 e G3, em relação ao grupo controle.
13 Resultados Figura 7. Percentual de eosinótilos no swab nasal conforme o número de anos trabalhados. *p<0,05. * G3 foi estatisticamente significante quando comparado com G1.
14 Resultados Figura 8. Percentual de neutrófilos no swab nasal conforme o número de anos trabalhados. Não houve diferença.
15 Conclusão Independentemente do local de trabalho, os funcionários da limpeza apresentaram aumento de células inflamatórias em vias aéreas superiores, diferentemente de indivíduos que realizavam outras atividades em seu ambiente de trabalho.
16 Referências Bibliográficas (acesso dia 15/02/17 às 00:55 hr) Rosenman KD., et al. Cleaning products and work-related asthma. J Occup Environ Med. 2003; 45(5): PubMed; PMID: Laciak J, Sipa K. The importance of testing the olfaction of workers in some branches of the chemical industry. Med Pr.1958;9: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA. Saneantes. Disponível em: < Acesso em: 16 de Fev/ HIPOCLORITO DE SÓDIO. Igarassu: Igarassu Agro Industrial LTDA, FISPQ. Gina (REF.GINA 2005). Global Initiative for Asthma. Global strategy for asthma management and Prevention Program. National Heart, Lung, and Blood Institute/World Health Organization. Workshop Report. Washington, U.S. Department of Health, Education, and Welfare Publication No Normandin B. Intoxicação por cloro 2012 [cited /02/2017]. Available from: Di Bernardo L, Dantas ÂDB. Metodos e tecnicas de tratamento de agua. Engenharia Sanitaria e Ambiental. 2006;11(2):107-. Laciak J, Sipa K. The importance of testing the olfaction of workers in some branches of the chemical industry. Med Pr. 1958;9: Galvão CE. Asma e Rinite Ocupacionais: Visão Imuno-alérgicas. Rev Bras Alerg Imunopatol. 2010;33(1):02-7.
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