PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM DIFERENTES DISCIPLINAS CURRICULARES: IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSO DE DOMÍNIO DA LINGUA ESCRITA
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1 PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM DIFERENTES DISCIPLINAS CURRICULARES: IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSO DE DOMÍNIO DA LINGUA ESCRITA Suzana dos Santos Gomes, FAE/UFMG suzanasg@terra.com.br Maria Lucia Castanheira, FAE/UFMG lalu@fae.ufmg.br 1. Introdução A situação de fracasso escolar vivida por alunos do ensino fundamental das escolas da rede pública brasileira é antiga e é objeto da atenção de pedagogos, lingüistas, sociólogos, dentre outros profissionais. Ferraro (2002), em seus estudos sobre as grandezas e misérias das estatísticas educacionais no Brasil, avaliou, ao longo do século XX, índices de alfabetização e analfabetismo revelados pelos censos, como também os conceitos de alfabetização, analfabetismo e letramento, subjacentes às medidas censitárias. O experimento de classificação da população em níveis de letramento revelou, com toda a crueza, a situação do país no ano 2000: Entre a população de 15 anos ou mais, apenas 1/3 havia atingido o nível 3 de letramento, que não significa nada mais que o número constitucional (8 anos ou mais de estudo concluídos ou o fundamental completo). Os outros 2/3 da população de 15 anos ou mais (cerca de 71 milhões), compreendendo desde os sem instrução e menos de 1 ano de estudo até os distribuídos em todas as categorias de 1 a 7 anos de estudos, dizem muito bem do tamanho do desafio posto à educação nos próximos anos (FERRARO, 2002, p. 44). Também à luz dos resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) (1999) e do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) (2000), observou-se que a proficiência em Língua Portuguesa não se distribuiu homogeneamente nem entre as séries, tampouco nas regiões do País. É o que mostra o trecho a seguir: Na 4ª série, por exemplo, os maiores percentuais de alunos estão concentrados abaixo do nível 1 e no nível 1 de proficiência (35,6% e 39%), o que indica que a maioria dos alunos brasileiros ou não sabe ler ou tem dificuldades básicas com a leitura de um texto. Na 8ª série, a maioria dos alunos se concentra no nível 2 de proficiência, ou seja, naquele nível em que a operação de ler não vai além da compreensão de idéias gerais que estão em grande parte explícitas no texto (BONAMINO; COSCARELLI; FRANCO, 2002, p ). No que se refere aos resultados gerais do PISA em leitura, a proficiência dos alunos brasileiros foi significativamente inferior à dos demais países participantes (INEP, 2001). O percentual de alunos abaixo do nível 1 é bastante elevado entre os alunos de 15 anos de idade que têm até sete anos de estudo (57%). Mesmo entre os alunos que têm oito séries escolares, a maioria concentra-se no nível 1 de proficiência (40%). Esses resultados mostram que alunos com 15 anos de idade cursando a 7ª ou 8ª série estão com atraso escolar.
2 2 Os resultados posteriores, tanto do PISA (2003) quanto do SAEB (2003), também mostram que os alunos, mesmo depois de freqüentarem a escola por muitos anos, apresentam domínio limitado das habilidades e estratégias de processamento de informação necessárias para enfrentar com sucesso as atividades diversas que envolvem a leitura e a escrita em seu cotidiano. Diante desse cenário complexo, acredita-se que a tentativa de desmistificar o fracasso dos alunos das camadas populares 1 seja o primeiro passo de uma prática inclusiva 2. Na escola pública, o compromisso com o sucesso dos alunos das camadas populares é um desafio. A ação do professor pode contribuir para o fracasso ou para o sucesso escolar. 3 Nesse sentido, [...] a ação pedagógica é um espaço de possibilidades para a superação do fracasso escolar, apesar de todas as dificuldades socialmente construídas para que essa transformação possa ocorrer (ESTEBAN, 1992, p. 86). A construção de novas relações entre professor, aluno e conhecimento no cotidiano da sala de aula pode criar bases para a superação do fracasso escolar. Por esses motivos, torna-se importante conhecer as práticas de letramento adotadas por professores para compreender como práticas de alfabetização e letramento são discursivamente construídas em sala de aula. Neste trabalho de pesquisa, objetiva-se caracterizar a interação que se estabelece entre professores e alunos no contexto da sala de aula, conhecer a abordagem metodológica de ensino explorada e identificar o uso de recursos didáticos e textuais utilizados pelos professores, tendo em vista a aquisição e o domínio da língua escrita. Com base nessas análises, é importante compreender as conseqüências desses processos interativos para o delineamento daquilo que os alunos podem conhecer e aprender sobre a escrita na escola. 2. O estudo de eventos de letramento a partir de uma perspectiva etnográfica No desenvolvimento dessa pesquisa adotou-se a abordagem etnográfica interacional (CASTANHEIRA; CRAWFORD; DIXON; GREEN, 2001) para a descrição e análise da dinâmica discursiva (HICKS, 1995; MILLS, 1997; IÑIGUEZ, 2004) e os espaços de interação (CASTANHEIRA, 2004; DIXON; GREEN, 2005) criados no cotidiano da sala de aula nos eventos de letramento. Os dados foram coletados em uma sala de aula de 3º ano do 3º Ciclo do ensino fundamental da rede pública, nas aulas de Língua Portuguesa, Inglês, História, Geografia, Ciências, 1 As crianças das camadas populares encontram enormes barreiras no cotidiano escolar [...]. O caminho traçado pela escola para a aprendizagem da leitura e da escrita é tão longo e sem sentido que muitos não conseguem percorrê-lo, e os que conseguem, freqüentemente, o fazem apesar da escola (ESTEBAN, 1992, p. 77). 2 No artigo Os excluídos do interior, Bourdieu (1999) desvenda as novas formas de desigualdades escolares, atualmente muito mais sutis e dissimuladas, uma vez que os agentes escolares encontram-se na escola; mas o sistema de ensino ainda cumpre sua função social de exclusão daqueles oriundos das classes desprivilegiadas. 3 Lahire (2004) apresenta contribuições para o entendimento do sucesso e do fracasso escolar das camadas populares. O autor realizou estudos etnográficos de casos improváveis de sucessos em meios populares para compreender as razões que fazem com que se tenha sucesso ali onde, estatisticamente, se deveria fracassar.
3 Matemática e Artes. Optou-se pelo desenvolvimento de observação participante em sala de aula (SPRADLEY, 1980). Como instrumentos para a coleta de dados foram utilizados: registros e observações de notas etnográficas na sala de aula (EMERSON; FRETZ; SHAW, 1995); gravações em vídeo e áudio (ERICKSON, 2006), entrevistas etnográficas (BRENNER, 2006), transcrições e representação da análise dos dados, bem como estudos de documentos relacionados com o tema em foco. Adotou-se, também, como referência analítica a teoria sócio-histórica de Vygotsky (1991), a teoria dos gêneros do discurso e o dialogismo de Bakhtin (1981;1997), assim como a perspectiva etnográfica como lógica de investigação em Castanheira, Crawford, Dixon e Green (2001). O processo analítico envolve a identificação de práticas discursivas, contextos e espaços de interação em sala de aula. Trabalhos guiados pela teoria sociocultural têm examinado a natureza dialógica e interacional das ações e do desenvolvimento de indivíduos no plano individual e coletivo. Exemplos disso são estudos etnográficos que analisam a natureza do cotidiano da sala de aula e consideram os processos de ensinoaprendizagem como situados e constituídos por meio de práticas sociais e culturais: Mehan, 1982; Heath (1982); Gumperz (1991; 2002); Castanheira, Crawford, Dixon e Green (2001); Castanheira (2004); Carter, Christian, Otto, Shuart-Faris e Bloome (2005); Dixon e Green (2005); Rex, Steadman e Graciano (2006). Na perspectiva sociocultural, o espaço da sala de aula é mais do que o ambiente físico. Ele envolve uma variedade de materiais educacionais disponíveis e utilizados por alunos e professores e compreende, também, a organização e a definição de limites de tempo para a realização de tarefas, bem como os espaços físicos devem ser utilizados (HEATH, 1982); a organização temporal de práticas discursivas (MEHAN, 1982); as experiências passadas e a origem sociocultural e os conhecimentos lingüísticos dos alunos e professores (CARTER; CHRISTIAN; OTTO; SHUART-FARIS; BLOOME, 2005); as diferentes formas de discursos e ações compartilhadas (HICKS, 1995; MILLS, 1997); os papéis, os relacionamentos, os direitos e as obrigações entre professores e alunos; os rituais e práticas culturais construídas por professores e alunos (YEAGER; FLORIANI; GREEN, 1998); o conhecimento compartilhado entre membros sobre os tipos de eventos e rotinas, bem como suas conseqüências e fins (GREEN; KANTOR; ROGERS, 1991). Nesse sentido, os espaços criados na sala de aula são constituídos por espaços interacionais específicos (HERAS, 1993; CASTANHEIRA, 2004), marcados por padrões de organização de tempo, espaço, propósitos, normas de interação, ações e práticas discursivas. A análise desses aspectos é iniciada pelo exame de questões sobre as atividades desenvolvidas por alunos e professores em sala de aula. Indaga-se, por exemplo: Quem pode fazer o quê? Com quem? Como? Quando? Onde? Sob que condições? Com que propósito e com quais conseqüências? Ao responder essas questões, traços importantes da vida do grupo observado são evidenciados. Podese caracterizar como o professor interage com seus alunos, como promove a 3
4 4 interação dos alunos entre si e com textos, como e para que os alunos escrevem e lêem em sala de aula. Apresentamos, a seguir, um exemplo da análise desenvolvida tendo em vista responder a essas perguntas e refletir sobre as oportunidades de aprendizagem construídas em sala de aula. 3. Análise exploratória: eventos de letramento e oportunidades de aprendizagem A análise dos eventos de letramento em sala de aula (HEALTH, 1982; BLOOME; BAILEY, 1992) torna visível a variedade deles com relação à estrutura de participação e as práticas sociais estabelecidas. Com base nos estudos de Soares (1998), evento de letramento pode ser entendido como contextos, situações que permitem aos sujeitos se envolverem com as práticas sociais de leitura e escrita. Dependendo da forma como são organizados os eventos de letramento, podem possibilitar ou não o desenvolvimento de uma multiplicidade de habilidades lingüísticas, comportamentos e conhecimentos. Já para Bloome e Bailey (1992, p. 185), o evento de letramento é interacionalmente construído. Na sala de aula envolve a interação face a face e é construído pelas ações e reações de professores e alunos. Para exemplificar a maneira como estão sendo interrogado os dados quanto ao referencial teórico adotado, apresenta-se, a seguir, a análise de evento de letramento ocorrido na aula de Língua Portuguesa, no dia 15/9/2006. Nesse dia, trabalhou-se a produção de texto jornalístico com base em um capítulo do livro didático sobre o tema A cor de um país plural, que traz notícias da Folha de S. Paulo. A transcrição abaixo representa o evento em que se leu a notícia O lixo do 3º mundo: mãe e filhos buscam restos de comida para saciar a fome Brasil, um retrato da miséria, apresentada no livro didático. Evento de letramento Aula de língua portuguesa, 4 escola pública, 3º ano 5 do 3º Ciclo 6 do ensino fundamental. 01. Prof.: Observem no final da página 51 os principais pontos que vocês devem identificar nesta notícia: o que (fato); quem (personagem/pessoas); quando (tempo); onde, como e por que. Marcela leia a notícia seguinte. ((Pesq.: Os alunos acompanham a indicação da professora, a notícia O lixo do 3º mundo é lido por uma aluna, e os alunos acompanham silenciosamente)). 02. Prof.: Agora virem a página e leiam esta outra notícia. 03. Pedro: Qual? 4 Para essa transcrição foram adotadas as seguintes convenções: Prof. = professor; VA= vários alunos; ((Pesq.))= informações contextuais e pistas de contextualização fornecidas pela pesquisadora; T= turma; [...] = pausa e ANI = aluno não identificado. 5 Adoção de nome fictício para os alunos. 6 Refere-se à organização escolar em Ciclos de formação. O terceiro Ciclo, período da adolescência, abrange os alunos de anos; na organização seriada equivale à 8ª série do ensino fundamental.
5 5 04. Ana: A do menino. 05. Júlia: Na frente, seu tonto. ((Pesq.: Júlia se levanta e mostra a página para o colega. A professora chama atenção para a foto e solicita leitura silenciosa da notícia)). Prof.: Luíza, leia a legenda da foto. Leia, Luíza. 07. Luíza: Menino de 9 anos que trabalha 10 horas por dia numa carvoaria. ((Pesq.: A professora escreve no quadro: Fazer a proposta de redação da página 52.)) 08. Prof.: Vocês vão observar a foto e escrever um texto sobre a imagem. Vou recolher; é avaliativo. ((Pesq.: Alunos começam a escrever, e a professora passa pelas carteiras orientando o trabalho.)) 09. Pedro: Inventar o quê? 10. Luiza: Uma história sobre esse menino. 11. Vitor: Meu título vai ser: Menino trabalhador. 12. Carla: Isso acontece na minha casa. Minha mãe manda eu trabalhar 10 horas por dia. 13. V.A: Risos [...] 14. ANI: É verdade. 15. Vitor: Professora, o que é pra fazer? 16. Prof.: Quando líamos o texto, o que você estava fazendo? 17. Vitor: Desenhando. ((Pesq.: A professora se aproxima de Vitor e conversa com ele. Os alunos começam a escrever o texto proposto.)) 18.Vitor: O nome do menino da carvoeira é Ramon. Ramon, você é muito doidão. 19. Prof.: Trabalhem no texto, gente! ((Pesq.: Os alunos tiveram o tempo de 35 minutos para a produção do texto)). 20.Vitor: Professora, vê se tá bom? Quem vai lê este texto? 21. ANI.: Nós. 22. Vitor: Vou mandar o meu para o jornal. ((Pesq.: Toca o sinal do recreio.)) 23. Vitor: Graças a Deus! Até que enfim, livre. Fui!!! ((Pesq.: Os alunos recolhem o material e, com agilidade e empolgação, saem para o recreio)). Fonte: Notas de Campo Etnográficas, p e Gravação, Fita 9 e 10, 15/9/2006. Nesse evento de letramento, pode-se ver que o livro didático foi utilizado como recurso para a leitura e a produção de texto. Resta examinar em que condições tal leitura e escrita foram realizadas e as possíveis implicações desse uso para o que os alunos possam aprender na escola. O evento representado acima pode ser dividido em cinco seqüências interacionais, estabelecidas com base na identificação do que estava sendo realizado pelos participantes à medida que a interação se estabelecia, para quem se orientavam e sobre o que falavam. Na primeira seqüência interacional (linhas 01 a 08), inicia-se o estabelecimento das condições de produção da leitura. Antes de iniciar a leitura do texto, a professora relembra aos alunos os principais pontos que deverão identificar na notícia que vão ler: o que (fato); quem (personagem/pessoas); quando (tempo); onde, como e por quê (01). Após fornecer essa orientação aos alunos, a professora solicita-lhes que leiam, silenciosamente, a notícia da página seguinte (02). Depois dos 07 minutos utilizados para a realização da leitura silenciosa, a professora pede à aluna Luíza que leia, em voz alta, a legenda de uma foto que acompanha a matéria (06). Enquanto a aluna lê, a professora anota no quadro: Fazer a proposta de redação da página 52. Ao terminar a anotação no quadro, a professora se volta para a turma e
6 diz: Vocês vão observar a foto e escrever um texto sobre a imagem. Vou recolher. É avaliativo (08). Essa seqüência interacional constitui o enquadre (TANNEN e WALLAT, 2002) para a realização da tarefa proposta. Esse enquadre privilegia a localização de informações no texto sobre quem lê a notícia, qual fato é relatado, quando, onde e por que ocorreu. Estabelecem-se, ainda, outras condições para a sua realização: a leitura silenciosa de uma notícia e a observação de uma foto feita individualmente pelos alunos. É, então, com base em uma atividade de leitura realizada nessas condições que a proposta da escrita de um texto é apresentada. O texto a ser escrito deve tratar sobre a imagem observada e será avaliado posteriormente. Deve-se observar que a preparação para a produção escrita por meio da leitura da notícia ou da observação da foto não possibilitou, em momento algum, a troca de idéias sobre a polêmica temática apresentada pelo texto. Essa troca de idéias foi feita por um grupo de alunos na segunda seqüência interacional (linhas 09 a 14). Diferentes aspectos podem ser observados da análise da conversa entre os alunos nessa seqüência interacional. Pedro, que anteriormente (03) já havia demonstrado dúvidas ao acompanhar as orientações da professora, fez a seguinte pergunta (09): Inventar o quê? A pergunta proposta por Victor é indicativa de que esse aluno ainda não tinha elementos suficientes para a realização da tarefa proposta pela professora. Faltava-lhe saber sobre o que deveria escrever. Pode-se argumentar que a escolha do verbo inventar por esse aluno talvez seja decorrente da sua vivência escolar em que muitas vezes a escrita surge como uma invenção, uma criação a ser feita com imprecisões, sem função e usos claros. Nesse dia, o objeto da escrita foi esclarecido pela colega Luíza (10) Uma história sobre esse menino, que entendeu que o texto seria uma história. Pedro ouviu de seu colega Victor a escolha do título que trouxe elementos caracterizadores do personagem: (11): Meu título vai ser: Menino trabalhador. Ao participar dessa conversa, Carla (12) estabeleceu relações entre as condições de vida do menino que virou notícia e sua própria vida: Isso acontece na minha casa. Minha mãe manda eu trabalhar 10 horas por dia. Duas de suas colegas reagiram a esse comentário: uma ri (13) e a outra, ANI, confirmou a experiência vivida por Carla (14): É verdade. Carla é também trabalhadora, a exemplo do menino da notícia ou do texto de Victor. Note-se que, em momento algum, antes de a produção textual ser proposta ou após o início da escrita do texto, a professora procurou elicitar ou discutir, no espaço coletivo da sala de aula, tais relações ou problematizar, questionar a realidade denunciada pela notícia apresentada no livro didático. Essas relações foram estabelecidas no espaço interacional constituído pela participação de um grupo restrito de alunos. Na terceira seqüência interacional (15 a 18), é possível ver que Victor não mais se orientou pelos seus colegas, mas voltou-se para a professora, interessado em receber esclarecimentos sobre o que é pra fazer (15). Victor já tinha o título do seu texto (11), entretanto, isso não foi suficiente para que ele iniciasse sua produção. Estaria ele querendo saber sobre as características desse texto? Afinal, como deveria ser o texto? Seria uma notícia ou uma história, como sugeriu Luíza? Não temos como recuperar as orientações dadas pela professora a Victor em razão das limitações da gravação. Certamente, elas seriam esclarecedoras das expectativas da professora que, posteriormente, avaliaria o texto. Entretanto, o comentário feito por Victor, após a conversa com a professora, indica que a conversa entre a professora e Victor é que definiu o nome do menino trabalhador (Ramon) e uma característica pessoal: é doidão. A quarta seqüência interacional refere-se ao comentário feito pela professora para a turma, após terminar sua conversa com Victor: Trabalhem no texto, gente! O tom de voz da 6
7 7 professora e a ênfase no verbo trabalhem é resposta a certa inquietude dos alunos, que continuaram a conversar e pareciam pouco concentrados na tarefa. Conforme foi sugerido pela professora em outros momentos, escrita é sinônimo de trabalho, algo que exige esforço. Possivelmente, os alunos estariam se lembrando de que esse esforço seria avaliado. Ao chamar atenção dos alunos para que trabalhassem no texto, a professora relembrou que a atividade valia ponto e teria que ser concluída durante a aula. Em resposta ao comentário da professora, os alunos concentraram-se na realização da tarefa e as conversas diminuíram. Passados 35 minutos nos quais os alunos se ocuparam com a escrita do texto, Victor indagou sobre os seus possíveis leitores (quarta seqüência interacional, linhas 20-22). Sua colega ANI respondeu a Victor: Nós. O silêncio da professora é também uma resposta a Victor. Talvez, para ela, essa questão já tivesse sido abordada antes: sendo avaliativo, ela seria a destinatária do texto. É Victor, então, que propôs outra possibilidade: desejava enviar seu texto a um jornal. O seu comentário se alinha àqueles feitos pelos alunos na segunda seqüência interacional, quando estabeleceram correspondência entre suas experiências de vida fora da escola e o texto lido. Nesse caso, Victor sugeriu que o texto escrito na escola encontrasse interlocutores fora dela. A quinta seqüência interacional inicia-se pelo sinal que toca, avisando o término da aula (observação da pesquisadora entre parênteses). Em resposta, Victor celebrou (23): Graças a Deus! Até que enfim, livre. Fui!!!. A liberdade, enfim. Sentimento que parece ter sido partilhado por seus colegas que pararam de escrever e recolheram seus materiais sobre a carteira. 4. Considerações finais Com base na análise apresentada, podemos afirmar que a produção de texto observada na sala de aula caracteriza-se como uma produção tipicamente escolar a ser lida e avaliada pelo professor, não havendo indicações de que tenha sido (como de fato não foi) lida por outros participantes da sala de aula. Nessa perspectiva, compartilhamos a visão de Leal, que questiona práticas que transformam o texto escrito em um objeto fechado em si mesmo (LEAL, 2005, p. 54). A análise inicial dos dados levou à identificação de diferentes espaços interacionais constitutivos das relações e oportunidades de aprendizagem estabelecidas diariamente por professores e alunos na turma observada. Essas oportunidades estão vinculadas aos diferentes propósitos das várias atividades realizadas em sala de aula, a saber: atividades planejadas pelos professores envolvendo o uso do livro didático para o ensino de Língua Portuguesa, Inglês, Geografia, História, Ciências, Matemática e Artes; práticas sociais, como a distribuição de tarefas individuais para serem feitas em casa; práticas sociais organizadas informalmente pelos alunos na chegada, recreio ou intervalo de uma aula para outra; atividades de leitura e produção de textos. O processo analítico tem evidenciado que a organização de espaços interacionais em cada disciplina segue normas, direitos e deveres, papéis e relações, demandas e expectativas estabelecidas pelos participantes ao longo do tempo. O professor, por exemplo, inicia a aula, coordena a ação dos demais participantes, levanta determinadas questões, posiciona-se diante das respostas dos
8 8 alunos; essas atividades realizam-se em espaços físicos e horários determinados pelo tipo de disciplina e suas especificidades, estilo do professor e suas demandas, tipos de textos utilizados; esses processos envolvem materiais (quadro-negro, fotos, atividades xerocadas, livro didático); e, ainda, propósitos e ações diferenciadas (orientações sobre a atividade proposta, escrita do texto, leitura do texto produzido). A análise evidencia, também, que a construção interacional dos eventos de letramento é dinâmica e reflete a natureza complexa e multifacetada das decisões e processos articulados pelos professores e alunos situados no contexto social, cultural e histórico em que vivem. Professores e alunos participam de um processo de interação em diferentes dimensões contextuais que informam e possibilitam a construção do conhecimento na sala de aula. Trata-se de um processo dialógico e interacional de construção de normas de convivência que vão influenciando e determinando a natureza das oportunidades de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita. Existem diferenças contextuais que indicam a necessidade de examinar o que os alunos podem aprender sobre a leitura e a escrita nas diferentes disciplinas escolares e de que maneira tais experiências limitam ou expandem o seu repertório de capacidades lingüísticas (BATISTA et al, 2006) envolvidas na leitura e na produção de textos, bem como seus conhecimentos sobre os usos e funções sociais da escrita. Nesse sentido, muitos fatores determinam e moldam os resultados dos processos de aprendizagem da língua. É o que lembra Cook-Gumperz (1991, p. 19) ao afirmar que a aprendizagem da leitura e da escrita ocorre em um ambiente social através de intercâmbios interacionais nos quais o que deve ser aprendido é, até certo ponto, uma construção conjunta de professor e aluno. O estudo da interação em sala de aula por meio da linguagem busca a compreensão desses processos para que se possa intervir e transformar as práticas escolares de letramento escolar de forma a favorecer a superação do atual quadro de fracasso escolar por parte dos alunos das camadas populares. Referências Bibliográficas BAKHTIN, M. Estética da Criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, BATISTA, A. A. (org.) Planejamento da alfabetização: capacidades e atividades. Coleção Instrumentos da Alfabetização, volume 6. Belo Horizonte: Ceale, BLOOME, D e BAILEY, F.M. Studing language and literacy through events, particularity, and intertextuality. In: BEACH, R. (et.al). Multidisciplinary Perspectives on literacy research. NCRE Publications Committee, 1992, p BONAMINO, A; COSCARELLI, C. e FRANCO, C. Avaliação e Letramento: concepções de aluno letrado subjacentes ao SAEB e ao PISA. In: Educação e Sociedade. Campinas, vol. 23, n.81, pg , dez
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