PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCON-FUND.PROTEÇÃO DEFESA CONSUMIDOR

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1 S P PROCURADORIA GERAL DO ESTADO ~/ Zi (e-stj Fl.997) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. fá v rct.r> u~ CW.O SOB 1\ RECURSO ESPECIAL. RENTE: FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO.-e d c RRIDO: SUCOS DEL VALLE DO BRASIL LTDA CV i» FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO - PROCON/SP, pela Prcuradra que esta subscreve, ns auts d recurs ' em epígrafe, vem, respeitsamente, interpr AGRAVO CONTRA A R. DECISÃO DENEGATÓRIA DE RECURSO ESPECIAL, prlatada pel Exm. Desembargadr Presidente da Seçã de Direit Públic desse Egrégi Tribunal de Justiça às fls., que faz de cnfrmidade cm a minuta aduzida em anex. Assim, requer recebiment e regular prcessament d presente recurs, ns terms d artig 544 e parágraf 1 9 d Códig de Prcess Civil, na redaçã dada pela Lei Federal n /10. Sã P, 04 de agst de Dcument recebid eletrnicamente da rigem ANA DE FARIA BERNARDI Prcuradra d Estad OAB/SP N Rua Barra Funda, 930, 1 andar, Sã Paul - SP -CEP , Sã Paul-SP

2 PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCON-FUND.PROTEÇAO DEFESA (e-stj Fl.998) A/ 85 ~I Agravante: Fundaçã Prcn - SP. Agravada: Sucs Dei Valle d Brasil Ltda. 6 MINUTA DE AGRAVO INTERPOSTO CONTRA A R. DECISÃO DENEGATÓRIA DO RECUSO ESPECIAL `J' COLENDO TRIBUNAL. Emérits Julgadres. O Excelentíssim Desembargadr Presidente da Seçã de Direit Públic d Egrégi Tribunal de Justiça Paulista negu seguiment a recurs especial interpst pela agravante cm lastr n artig 105, III, "a", da CF/88. A decisã recrrida entendeu que psicinament adtad pela Câmara Julgadra nã incrreu em desrespeit à legislaçã invcada n recurs. A agravante nã pde cncrdar cm tal entendiment. Dcument recebid eletrnicamente da rigem

3 S p PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCON-FUND.PROTEÇAO DEFESA ~~ ~LA ~ 0k (e-stj Fl.999) O V. Acórdã prferid em grau de apelaçã afastu multa aplicada pela prática de publicidade dirigida a públic infantil sem cumpriment ds dispsitivs legais que regem essa mdalidade. A questã psta a apreciaçã dessa Clenda Crte Superir, cm devid respeit, nada tem de fática e é bastante simples: v. Acórdã recrrid, a afastar a multa aplicada pela Fundaçã Prcn, afastu a regra d artig 37, 2 4 d CDC, cnsiderand regular publicidade que se aprveitu da deficiência de julgament d públic infantil. Para viabilizar esse exame, a Agravante satisfez requisit d prequestinament, vez que a recrrente tem se batid, desde a cntestaçã sbre a dsimetria da pena. Nessa rdem de idéias, cumprids s requisits técnics d recurs, é cert que a afrnta à nrma federal cmpete a esse Egrégi Superir Tribunal de Justiça analisar. Pr esta razã, afigura-se incrret entendiment espsad na decisã recrrida n sentid de que nenhuma das hipóteses previstas n artig 105, incis III, "a" da lei mair estaria caracterizada n presente cas. Dcument recebid eletrnicamente da rigem Trata-se, aliás, de decisã que, cm devid respeit, beira cerceament de defesa (artig 5 2, LIV e LV, CF) pr ser demasiadamente genérica e, cnseqüentemente, impede seu cmbate pntual pela agravante. Na realidade, demnstra, a tda evidência, que recurs interpst sequer fi lid, tratand-se de mera cópia de tds as utras decisões prferidas em recurss especiais interpsts perante E. Tribunal de Justiça.

4 (e-stj Fl.1000) Sp ~ ~~ PROCURADORIA GERAL D O ESTADO Tend em vista que a decisã é pr demais genérica, impssível cmbater sua fundamentaçã, já que nã huve nenhuma análise ds requisits de admissibilidade d recurs. Além d mais, nã se pde lvidar que, cnfrme jurisprudência antada pr Thetni Negrã, em sua cnhecida bra', nta 7 a artig 542: "A decisã d presidente u d vice-presidente d tribunal recrrid que denega seguiment a recurs extrardinári u especial pr cnsiderá-l prejudicad pr perda d bjet "extravasa âmbit d juíz de admissibilidade; só clegiad j u risdicina 1 mente cmpetente para decidir recurs pde manifestar-se a respeit" (STJ-3ç! Turma, AI Rj- AgRg, rei. Min. Ari Pargendier, j , negaram prviment, v.u., DJU , p. 216). É exatamente que acnteceu neste cas, já que, cnfrme vist, juíz de admissibilidade extraplu sua abrangência. N Agrav Regimental n Agrav de Instrument n , DJ , Sr. Ministr Demócrit Reinald, relatr, esclareceu: Dcument recebid eletrnicamente da rigem "Cm efeit, juíz de admissibilidade d recurs especía/ cnsiste na cmpetência para aferir atendiment ds requisits genérics e específics de recrribi/idade, exercida primeiramente pel Presidente d Tribunai a qu e, em seguida, na instância superir, sem que haja, cntud, nessa fase prcessual, qualquer julgament de mérit. N juíz de admissibilidade, prtant, nã se vai dizer que recrrente tem u nã razã, mas que recurs pde u nã ter mérit cnhecid, u seja, ser julgad pel órgã cmpetente. (..l Códig de Prcess Civil e (... ), 39. ed. atual. até 16 de janeir de 2007 Sã Paul: Saraiva 2007

5 (e-stj Fl.1001) S P PROCURADORIA GERAL DO ESTADO " sr ~4A tue Na esteira desse entendiment, é de bservar que recrrente se /imitu a repisar s arguments relacinads cm mérit da demanda, sem Indicar quais s dispsitivs de lei federal teriam sid vulnerads, e as circunstâncias em que teria crrid a vilaçã (..). Daí prque fi cnsiderad inviável trânsit d seu recurs especial. " Cm cnstu d vt d Ministr Cels de Mell, relatr da Reclamaçã n d STF, julgada prcedente pr mairia de vts, DJ de : 'Tend em vista que juíz de admissibilidade exercid em instância inferir resume-se à verificaçã ds pressupsts genérics e específics de recrríbilídade d apel extrem, nã parece haver dúvida de que a cncessã de efeit suspensiv a recurs extrardinári nã se insere ns /imites dessa atuaçã jurísdícinal da Presidência d Tribunal a qu. Cumpre registrar, ainda, que, pr ser eminentemente bjetiv, juíz de admissibilidade nã dá lugar a cnsiderações sbre mérit da impugnaçã recursal, e muit mens autriza a invcaçã de decisões desta Suprema Crte que pssam respaldar a pretensã d recrrente, para assim justificar a cncessã de efeit suspensiv. " Assim, a prferir a r. decisã recrrida, ilustre Desembargadr avançu n mérit das razões recursais, sustentand acert d acórdã impugnad. Dcument recebid eletrnicamente da rigem

6 eleliiiiiiiiiiiiii. I_ LI i I I f ~ i i f ~ ii i rj t r ~_ (e-stj Fl.1002) 1 50 S P PROCURADORIA GERAL DO ESTADO J' ~ $~ ` 4 A dutrina também é pacífica n sentid de que requisit de admissibilidade d recurs especial é a mera crrência de uma das hipóteses previstas na Cnstituiçã da República, já que nã se pde exigir que a recrrente prve desde lg, para admissã de seu recurs, a cntrariedade u negaçã dê vigência à lei federal na hipótese de fundamentaçã na letra "a" d permissiv cnstitucinal, bastand que ele a sustente. Nã fsse assim, estaria se exigind que smente recurss prcedentes pudessem ser admitids, que técnica e lgicamente é um absurd. Vale cnferir, a respeit, ensinament de Nelsn Nery Júnir a respeit d cabiment de recurss especial u extrardinári (Códig de Prcess Civil Cmentad, 9@ ediçã, p. 795): li Nã é precis discutir mérit d recurs, bastand recrrente sustentar a existência ds requisits cnstitucinais para cabiment d RE u d REsp. A efetiva vilaçã da CF u da lei federal é mérit d recurs, que deverá ser analisad em utr tópic das razões recursais (CPC 541, 111). Dcument recebid eletrnicamente da rigem Em idêntic sentid é ensinament nvamente invcad de Barbsa Mreira, que destaca a impssibilidade de Tribunal rigem analisar mérit ds recurss extrems (D Nv Prcess Civil Brasileir, 22@ ediçã, 2002, p. 164):

7 S P PROCURADORIA GERAL DO ESTADO (e-stj Fl.1003) Nã cmpete a presidente (u a vicepresidente) examinar mérit d recurs extrardinári, nem lhe é lícit indeferi-l pr entender que cncrrente nã tem razã: estaria, a fazêl, usurpand a cmpetência d Suprem Tribunal Federal, a praxe cntrária, muit difundida, nã encntra api em lei, a despeit de pssíveis vantagens de rdem prática. Prtant, se existe invcaçã de vilaçã de dispsitiv de lei federal, u invcaçã de dissídi jurisprudencial, cabe unicamente a Superir Tribunal de justiça decidir mérit d recurs. A decisã d Desembargadr d Tribunal lcal, pr casiã d exame da admissibilidade d recurs especial deve, repita-se, restringir-se à verificaçã ds requisits intrínsecs e extrínsecs d cabiment d recurs, e nã d própri mérit. n U Cm se nã bastasse, a decisã recrrida infringiu, ainda, a Súmula n d Superir Tribunal de justiça: A decisã que admite, u nã, recurs especial deve ser fundamentada, cm exame de seus pressupsts gerais e cnstitucinais. Ora, n cas, facilmente se percebe que a decisã que nã admitiu recurs especial é genérica, utilizada indistintamente pel Tribunal de rigem, sem a devida análise da causa e ds arguments utilizads pela agravante, de md a nã haver fundamentaçã acerca d preenchiment ds pressupsts cnstitucinais e legais para interpsiçã de recurs especial. Dcument recebid eletrnicamente da rigem

8 (e-stj Fl.1004) S P PROCURADORIA GERAL DO ESTADÓ~ PROCON-FUND.PROTEÇAO DEFESA w11a \~ Cnstata-se, prtant, desacert da r. decisã impugnada, que merece refrma para fim de ser cnhecid e prvid recurs especial interpst pela ra agravante, uma vez cnfigurad preenchiment ds requisits intrínsecs e extrínsecs de admissibilidade exigids pela lei, cnfrme demnstrad acima. Pr td expst, restand indubitável a presença ds pressupsts de admissibilidade d recurs especial, requer a Fundaçã Prcn prviment deste recurs de Agrav, a fim de que seja refrmada a r. decisã agravada e, após, cnhecid e prvid Recurs Especial fazendári pr frça da alínea "a" d incis III d artig 105 da Cnstituiçã Federal. Sãal, 04 de agst de ati a de Faria Bernardi Prcuradra d Estad OAB/SP Dcument recebid eletrnicamente da rigem