sociedade e cultura 1 Roma e suas heranças

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1 4 Arte romana: poder, sociedade e cultura A partir da expansão dos grandes impérios antigos e da circulação dos povos por toda a porção conhecida do mundo naquela época, fica difícil falar em culturas próprias ou em civilizações isoladas e autênticas. O uso das aspas pretende evidenciar que, ao estudarmos a história da arte, veremos que, daqui em diante, nenhuma experiência humana está isolada e que sua produção cultural e artística é sempre o resultado de seu confronto com outras experiências, modeladas pelas formas de contato estabelecidas entre povos e regiões. O que devemos lembrar é que uma civilização ou cultura não sucede a outra por uma simples linearidade cronológica. Quando falamos em arte e cultura, principalmente, todos esses limites são questionáveis. ali taylor/shutterstock 1 Roma e suas heranças A história da arte na Roma Antiga, termo que se refere não apenas à atual cidade de Roma, mas ao império que Roma construiu e que se expandiu por grande parte da Europa e do Oriente, é, por esse fato, o resultado desse processo de interpenetração cultural. Para compreender os significados culturais e artísticos da diversificada produção romana, dentro e fora da península Itálica, é preciso entender os dois pontos principais do contexto no qual se destacam o fortalecimento do poder dos generais e depois imperadores romanos, a complexidade social que acompanha a expansão do poder de Roma e a diversidade cultural resultante dos contatos entre os romanos e as regiões ocupadas. Durante a Antiguidade, as civilizações mais organizadas e circunstancialmente mais fortes impunham seu poder sobre regiões e povos menos fortes ou por vezes fragilizados. Foi assim com o domínio da Grécia sobre as regiões conquistadas, domínio esse que foi ameaçado pelo avanço persa e finalmente extinto sob a autoridade de Roma. Também o poder de Roma irá se extinguir, no século V d.c., com a afirmação de novas potências no mundo político da época. Figura 1 Coliseu, Roma (72-80 d.c.). A fachada externa do Coliseu, como ficou conhecido o Anfiteatro Flaviano, foi dividida em quatro andares e era decorada com semicolunas sobrepostas às paredes de cada um dos andares, nos intervalos entre os arcos, que são os principais elementos da fachada. O formato das colunas é semelhante em todos os andares, havendo apenas uma diferença nos capitéis: de baixo para cima, seguem-se capitéis em estilo toscano (uma variação romana da ordem dórica), jônico e coríntio. No quarto andar, o ático, pilastras com capitéis coríntios. 30

2 Devemos lembrar também que boa parte da porção meridional da península, bem como algumas de suas ilhas, estavam sob a influência do mundo grego desde o século VIII a.c. Diretamente dominadas ou não, muitas dessas cidades haviam sucumbido ao poder da Grécia unificada por Alexandre Magno, transformando-se, assim, em centros helenísticos por excelência. Para muitos estudiosos, a arte romana é apenas uma continuação da arte grega, praticamente uma cópia desta. No entanto, devemos reconhecer que, por maiores que sejam as semelhanças, os romanos lidavam com os padrões gregos com maior liberdade do que os próprios gregos o haviam feito. Um exemplo é o livre emprego das ordens arquitetônicas gregas no Coliseu romano. Nessa construção, as colunas deixaram de cumprir a função estrutural de sustentação do edifício e tornaram-se elementos exclusivamente decorativos, numa clara demonstração da autonomia dos construtores romanos. Da mesma forma, no que se refere à escultura e às artes pictóricas, a experiência romana foi fortemente influenciada pela arte grega. Ainda assim, a produção artística nas diversas partes do mundo romano, ao longo dos séculos II a.c. e IV d.c., não deve ser entendida como resultado de uma obediência cega aos parâmetros clássicos ou helenísticos. A apropriação ou não desses modelos, bem como a liberdade no seu emprego, estão profundamente relacionadas com o uso que se queria fazer da arte, com as motivações dos governantes ou cidadãos que encomendavam os trabalhos e com a recepção das obras pelos mais variados públicos. É importante saber, ainda, que, ao mesmo tempo que a Grécia fundava colônias na Sicília e no sul da Itália (região conhecida como Magna Grécia), os etruscos se estabeleciam na porção centro-norte da península Itálica. Sua presença está relacionada à fundação de Roma, em 753 a.c. Os reis etruscos dominaram a cidade até 509 a.c., quando Roma finalmente assumiu a condução de seu governo, dando início às conquistas que possibilitaram aos romanos o domínio sobre todo o território italiano, sob a forma de um governo republicano. No entanto, a arte romana deve muito aos etruscos. Com eles, os primeiros construtores e artesãos romanos aprenderam técnicas relacionadas à construção civil e à decoração de sarcófagos. Os etruscos dominavam o trabalho em cerâmica, tendo deixado vários relevos e estátuas em terracota, muitas delas influenciadas pelo estilo arcaico grego. Também foram excelentes no trabalho com ferro e bronze, com destaque para A loba do Capitólio, estátua em bronze, do século V a.c., que é uma referência à fundação mítica de Roma. Igualmente importantes para a herança que deixaram aos romanos foram os sarcófagos em terracota, cujo exemplar mais conhecido é o Sarcófago dos esposos. São típicas da arte etrusca as figuras estendidas sobre os sarcófagos, isoladas ou em pares, modeladas de modo simplificado, mas com características marcantes dessa arte. Os sarcófagos remetem às necrópoles etruscas, construídas subterraneamente e decoradas, em alguns casos, com pinturas em afrescos de cenas da vida cotidiana. O maior legado etrusco, porém, foram as técnicas de construção civil. Se os edifícios de caráter sagrado não resistiram ao tempo, pois eram construídos com madeira e terracota, ainda é possível testemunhar obras públicas etruscas, tais como muros fortificados, com portas monumentais; canais; redes de esgoto, bem como as já citadas necrópoles. Aos poucos, sobretudo depois que Roma estendeu seu domínio por toda a Itália e também para fora da península, a cultura romana absorveu completamente a cultura etrusca, não havendo mais distinção entre elas. Atenção! A civilização desenvolveu uma das estruturas mais importantes da arquitetura romana: o arco pleno. Dele surgiria outra, não menos importante e explorada por vários estilos futuros: a abóbada de berço ou cilíndrica, que nada mais é do que um arco que se estende e adquire uma forma semicilíndrica, fundamental para dar sustentação aos grandes espaços abertos propostos pela arquitetura romana. Figura 2 Sarcófago dos esposos, Cerveteri (terracota, c. 520 a.c.). Neste sarcófago, os esposos estão retratados juntos, deitados sobre o leito em que se costumava comer. Na decoração de seus túmulos, os etruscos imprimiam cenas da vida cotidiana. O casal, assim, continua desfrutando, após a morte, das mesmas práticas de sua vida. As formas denunciam a relação com a arte arcaica grega, ainda que menos rígida. Sailko/ Musée du Louvre, Paris (França) 31

3 2 Arquitetura: o grande legado da Roma Antiga Poder político e militar, crenças religiosas e práticas socioculturais tomaram forma concreta na arquitetura e na arte romanas durante o período republicano e, sobretudo, na fase imperial, a partir de 27 a.c. Em Roma e por toda a região dominada por ela, foram erguidos diversos tipos de construções, como templos e santuários, basílicas, arcos, colunas comemorativas, termas, teatros e anfiteatros, aquedutos, residências de vários tipos, entre outros. Além de sua importância e significação estética, associadas às técnicas empregadas e aos estilos decorativos desenvolvidos ao longo dos vários séculos de domínio dessa civilização, tais construções são um testemunho evidente do poder, da força e da eficiência de Roma, bem como traduzem a ideia de ostentação e riqueza de sua civilização. As cidades romanas têm um papel central no desenvolvimento dessa civilização, abrigando os edifícios que organizavam a vida econômica e administrativa do império, bem como coordenavam e orientavam a vida social. Uma das principais referências dessa organização era a construção, nas cidades romanas, de um espaço aberto nas áreas centrais, chamados foros, usados como locais para a realização do comércio e também para o exercício da política. O foro romano foi o mais antigo e importante desses complexos. Nele estavam concentrados os mais importantes edifícios públicos, incluindo templos e basílicas, além de uma decoração que contava com colunas e portais, arcos e colunatas, dos quais alguns vestígios ainda podem ser visitados. Sua construção foi contínua, durante todo o período republicano e também durante a fase imperial. Mesmo assim, alguns imperadores construíram outros foros, maiores e mais imponentes, para atender às demandas do grande império. Figura 3 Arco de Constantino, Roma ( d.c.). Os arcos do triunfo seguiam dois formatos: com uma arcada única (como o arco de Tito, no foro romano) ou com três aberturas, como é o caso deste. O arco de Constantino foi erguido após a vitória de Constantino sobre Maxêncio, então imperador de Roma. Observe sua construção totalmente coberta por esculturas, algumas delas retiradas de arcos erguidos anteriormente pelos imperadores Trajano, Adriano e Marco Aurélio, considerados bons dirigentes do povo romano. Arcos triunfais e colunas Os arcos triunfais foram erguidos como marcos das vitórias dos generais romanos durante suas conquistas. Inspirados nas portas de cidades helenísticas, logo foram transformados em monumentos isolados e podiam ser encontrados na Itália, França, norte da África e Ásia. A decoração desses arcos fazia parte de sua função comemorativa, trazendo relevos que narravam fatos relacionados às conquistas, à vida dos generais ou imperadores, bem como elementos arquitetônicos (frontões, colunas, bases, capitéis etc.). Alguns deles podem ser citados, a título de exemplo: o arco de Tito e o de Sétimo Severo (no foro romano), o arco de Constantino (próximo ao Coliseu) e o de Tibério (em Orange, no sul da França). Podemos perceber, no caso desses monumentos, o significado do domínio da construção em arco, herança etrusca adaptada pelos romanos. As colunas comemorativas são outro marco nas cidades romanas. Igualmente destinadas à comemoração de eventos ou à homenagem a alguma personalidade ou feito, esses monumentos funcionavam, muitas vezes, como suportes para relevos de altíssima qualidade artística e eficiência como veículo de propaganda política, como a coluna de Trajano. silky/shutterstock 32

4 Basílicas Entre as construções públicas destinadas à organização civil e administrativa da Grécia Antiga estavam as basílicas, que tinham a função de palácios de justiça. Papel semelhante coube à sua versão romana, lugar de assembleia pública, comércio e tribunal de justiça. Tais construções possuíam uma planta retangular comprida, dividida entre uma nave central e galerias laterais. Os telhados eram construídos com vigas de madeira encobertas por placas de bronze dourado e os pisos eram de mármore e pórfiro, um tipo de rocha vulcânica. Com o tempo, o tamanho das basílicas foi aumentando e os tetos planos de madeira foram substituídos por enormes cúpulas que emergiam de grandes pilastras. Janelas dispostas sobre a nave garantiam iluminação ao recinto. Tempos depois, com o advento do cristianismo, a maioria dessas basílicas foi transformada em recinto cristão e sua planta foi adotada como modelo para novas construções religiosas. Abóbadas e cúpulas O domínio da construção do arco permitiu aos romanos desenvolver plenamente sua arquitetura. Dele resultou a capacidade de construir os imensos aquedutos que são uma marca registrada nas cidades romanas. No entanto, a principal conquista derivada do uso de arcos foi a habilidade para construir abóbadas e cúpulas. Isso solucionou o desafio que era construir edifícios com amplas áreas internas, pela incapacidade de fechá-las. A cúpula do Panteão é o melhor exemplo dessa habilidade, feita com cinco toneladas de concreto e abrindo-se sobre um diâmetro de 43 metros de base. O uso do concreto, que reduz o peso da estrutura, foi ainda mais explorado pelo formato em caixotões da cúpula, que produzem um jogo de luzes e sombras, que cria um ambiente de recolhimento e admiração ao mesmo tempo. Há, no interior do Panteão, uma concreta sensação de espacialidade, favorecida pela luz que entra no recinto pelo único local possível: um óculo (abertura circular no alto da cúpula) com cerca de nove metros de largura. O emprego de abóbadas (de berço ou de aresta, que é o cruzamento de duas abóbadas de berço) foi recorrente em construções como termas e basílicas, colaborando para dar sustentação aos cada vez maiores espaços edilícios da Roma imperial. Caixotões: formas quadradas ou retangulares encavadas numa superfície, que serviam para tornar mais leve a estrutura das cúpulas, reduzindo o peso depositado sobre os pilares de sustentação. csaba peterdi/shutterstock Figura 4 Panteão, Roma ( d.c.). Originalmente construído em 25 a.c., sob o consulado de Agripa, o Panteão (templo dedicado a todos os deuses) foi destruído por um incêndio em 80 d.c. e mandado reconstruir pelo imperador Adriano. O Panteão está entre os poucos edifícios antigos que mantiveram sua função religiosa. 33

5 lutz langer CURIOSIDADE Os romanos descobriram uma maneira de substituir a pedra nas construções, desenvolvendo um tipo de concreto bastante resistente, que consistia em uma mistura de argamassa com cascalho e seixos. Para recobrirem a superfície construída com o novo material, os romanos usavam revestimentos de mármore, pedra ou reboco. O emprego do concreto facilitava a construção e permitia outras inovações, como a cúpula de concreto que cobria amplos espaços, o que seria impossível com o uso da pedra. Figura 5 Estátua de Trajano (mármore, II d.c.). Este retrato de Trajano, com trajes militares, proveniente da sede dos construtores navais no porto romano de Ostia, traduz a imagem que se tinha do imperador nas municipalidades do império: para seus habitantes, o imperador era o benfeitor e, ao mesmo tempo, o comandante supremo do Exército. Residências Para a história da arte, as residências romanas são importantes fontes de referência para o estudo das artes pictóricas na Roma Antiga, sobretudo no período imperial. Nas paredes de muitas delas, havia painéis pintados ou mosaicos que exemplificam a produção pictórica dessa civilização. Entre as residências dos antigos romanos encontravam-se três categorias de construção: a casa senhorial (ou domus), a residência de campo (as villas, termo empregado até hoje) e os edifícios em andares, subdivididos em modestas habitações. As casas senhoriais eram mais elaboradas e ricas, construídas em um piso e com uma série de divisões internas. Podia-se ver, em algumas dessas construções, logo na entrada, uma cisterna encravada no chão para recolher água da chuva, além de um peristilo, espaço aberto com flores e fonte, na parte posterior da casa, área de caráter mais privado. Em Pompeia, uma das cidades soterradas pela erupção do Vesúvio, em 79 d.c., foram escavados vários exemplares desse tipo de moradia. A descoberta de Pompeia e de algumas cidades vizinhas, igualmente escondidas sob as lavas do vulcão, aconteceu apenas no século XVIII, quando começaram a ser escavados e recuperados importantes tesouros da arte e da cultura romanas. 3 Escultura: cultura e história na Roma Antiga A escultura foi um dos principais meios de expressão da arte romana. Combinada ou não à arquitetura, estátuas e relevos se destacam na cultura visual romana. É necessário mencionar novamente o estreito vínculo entre a produção escultórica nos domínios romanos e a escultura grega. É indiscutível a semelhança entre as figuras, os temas e a forma de representá-los nas duas culturas. Os diferentes períodos da escultura grega arcaico (séculos VII-VI a.c.), clássico (séculos V-IV a.c.) e helenístico (séculos III-II a.c.) foram fontes de inspiração aos romanos. O que se poderá perceber, no entanto, é que essa herança será trabalhada pelos romanos de forma livre, ou seja, os artistas vão misturar elementos dos vários estilos gregos, buscando adaptá-los às novas sensibilidades e condições típicas do mundo romano. Desde o início das conquistas romanas, o impacto da estatuária grega atraiu a atenção dos conquistadores, que promoveram uma verdadeira indústria de cópias dos originais gregos, para atender às novas demandas. É por esse motivo que muito da escultura grega atualmente só é conhecido por meio dessas cópias, sem que tenha restado indício dos originais. Influenciada por essas referências, a produção escultural em grande escala começou em Roma durante o período final da república (séculos II-I a.c.). Nessa época, os romanos já haviam conquistado o mundo mediterrânico e o oriente grego, o que acarretou mudanças culturais determinantes: Roma concentrava poder e riqueza, levando a um clima de sofisticação cultural responsável pela disparatada procura por esculturas de mármore e bronze. Tal demanda originou um imenso patrimônio de esculturas e relevos que, do ponto de vista de sua função, pode ser assim dividido: retrato imperial, retrato privado, escultura mitológica, relevo histórico e escultura funerária. Os trabalhos escultóricos então realizados para atender a qualquer uma das destinações anteriormente nomeadas refletem traços da cultura e da história romanas. 34

6 bip Figura 6 Cena da Batalha do Grande Friso de Trajano (mármore, 112 d.c.). Ao contrário das cenas esculpidas nos relevos da coluna de Trajano, que queriam contar uma história real das Guerras Dácias, esse relevo tem uma função simbólica muito mais evidente: o imperador é retratado a cavalo, participando diretamente da batalha (o que jamais deve ter acontecido), a fim de associar sua imagem às práticas de guerra, tão exaltadas naquele momento. O estilo de representação e a iconografia escolhida pelos artistas constroem visualmente momentos específicos da história da expansão do poder de Roma, assim como permitem acompanhar a sensibilidade da época. Os retratos imperiais nos possibilitam acompanhar a mudança na imagem do imperador, que variava de acordo com a classe social e com o local onde residiam os comitentes da imagem. Nos retratos privados é evidente uma característica fundamental do estilo romano: a individualização e o extremo realismo das imagens. À idealização dos retratos gregos clássicos, os artistas romanos impuseram a preocupação com o aspecto real dos representados, bem como com os elementos que poderiam particularizar o retratado. É comum, então, que esses retratos apresentem fortes traços fisionômicos (rugas, marcas de expressão, características faciais individuais etc.), que dão vida e sentimento à imagem. As esculturas mitológicas são uma evidência da herança temática e estilística grega. O que as particulariza no universo romano é a sua destinação: poderiam ser objetos de culto (quando colocadas em templos), ter uma função política (quando depositadas em lugares públicos) ou estar associadas ao prazer e relaxamento (quando decoravam espaços de entretenimento, como teatros, fontes públicas e as famosas termas romanas). Os relevos históricos possuem papel destacado na escultura romana. São empregados desde os primeiros tempos da expansão de Roma e geralmente estão associados à arquitetura. Os relevos faziam referência aos grandes feitos dos governantes e dos exércitos romanos, sempre com o objetivo de que essas ações fossem lidas pelo público como exemplares. Também são importantes pela variação estilística empregada, na qual, por vezes, se misturavam elementos mais rígidos e clássicos com dinamismo e plasticidade que imprimiam maior movimentação à cena representada. As esculturas em monumentos funerários foram um importante meio para a autorrepresentação de muitos romanos. Colocados em edifícios públicos, visavam resguardar a memória de membros da elite. Para as classes sociais menos nobres, os túmulos eram o lugar em que poderiam homenagear a si mesmos e garantir a vida após a morte. Nesses relevos são vistas cenas da vida do morto, cenas alusivas à sua riqueza e ocupação em vida, bem como o emprego alegórico da mitologia grega. jastrow/museo nazionale romano, roma (itália) Figura 7 Sarcófago que representa a história de Medeia e Creusa (mármore, II d.c.). Os temas da mitologia grega serviam como alegorias da morte entre os romanos, como neste relevo: nele, vê-se a história de Medeia, que presenteia sua rival Creusa com um manto envenenado, provocando sua morte antes de se casar com Jasão; motivo escolhido para a decoração do sarcófago de uma jovem solteira. 35

7 4 Pintura e mosaicos: luxo e erudição na Roma Antiga museo nazionale, roma (itália) bip Figura 8 Pintura de um jardim, vila de Livia, Primaporta (afresco, c. 20 a.c.). Muitos exemplos de pintura mural encontrados nas províncias atestam a criatividade dos artistas romanos, diante de intensiva influência grega. Os murais da vila de Livia, nos quais o artista inventa um grande jardim cheio de pássaros, frutos e flores, são um claro exemplo dessa fértil criação dos romanos. A introdução mais sistemática da paisagem como tema nas pinturas foi uma iniciativa dos romanos. Figura 9 Sala Ixion, casa dos Vétios, Pompeia (afresco, c d.c.). Cenas mitológicas eram um dos temas privilegiados na decoração da residência dos Vétios, rica família de Pompeia. Mesmo que não seja possível saber ao certo o motivo das escolhas dos temas dos afrescos por seus comitentes, não há dúvida de que eram executados com precisão e qualidade. Notem-se as paredes preenchidas por imagens até o teto, algumas delas permitindo identificar o domínio da representação em profundidade. Destaque para os fortes tons empregados. O estudo das artes pictóricas na Roma Antiga está irreversivelmente limitado pela reduzida quantidade de vestígios de pintura nos diferentes espaços romanos. Sabemos, por relatos literários e reduzidas fontes visuais, que os edifícios romanos, públicos e privados, eram extremamente coloridos. Nos prédios públicos, havia maior quantidade de mármore empregado do que nas residências privadas; assim, o colorido nos edifícios públicos vinha do emprego de mármore branco na parte externa e colorido na interna, e nas casas havia uma tendência à imitação do mármore, empregando-se tintas e moldes de gesso. A esse colorido estrutural agregavam-se, muitas vezes, pinturas e mosaicos que recobriam paredes, chãos e tetos. Fontes escritas mencionam a existência de painéis de pinturas encomendados pelos vencedores de batalhas durante os séculos III e II a.c., que desejavam registrar suas vitórias em lugares públicos. Os vestígios mais antigos da pintura romana foram encontrados em túmulos no monte Esquilino e datam desses mesmos séculos. A principal temática eram as cenas militares, dando-nos a certeza de que essa primeira produção iconográfica foi dedicada à documentação histórica da consolidação do poder da Roma republicana. A pintura mural romana, que parece se concentrar nos espaços privados, não demonstra preocupação com a temática histórica. Era notável a influência da tradição helenística e das escolas gregas do Oriente, mas os artistas romanos demonstraram uma grande capacidade de reformular essa herança e elaborar novos temas. Desde o fim do século III a.c, quando começam as conquistas e pilhagens das cidades gregas, conta-se que os romanos vitoriosos tinham o costume de organizar desfiles triunfais em Roma, com esculturas e pinturas trazidas das colônias gregas conquistadas, as quais, em seguida, permaneciam expostas em locais públicos ou eram mantidas em coleções privadas. Desde o fim do período republicano, artistas romanos receberam encomendas públicas e privadas, formando um mecenato e também um público de arte nos domínios romanos. Para executá-los, porém, foi comum que os artistas de Roma trabalhassem com artistas gregos ou que esses mesmos executassem as encomendas dos romanos. É fato reconhecido que a cópia ou adaptação da arte grega pelos romanos foi uma prática comum entre os artistas e desejada pelos comitentes. Sabe-se que a sociedade romana mais abastada via nas referências à cultura grega clássica e mesmo à refinada herança helenística, um sinal de distinção. A decoração das casas senhoriais e das vilas reflete os gostos de seus proprietários e, em alguns casos, é possível identificar uma relação entre o nível intelectual e social dos moradores com determinados temas, o que poderia ser um índice do luxo e da erudição dessa sociedade. 36

8 Museu Nacional De Arqueologia Figura 10 Mosaico das musas, Torre da Palma (IV d.c.). O domínio de Roma alcançou a península Ibérica, onde também encontramos exemplares dos mosaicos, muito comuns nos primeiros séculos da era cristã. Havia, nas províncias romanas, um interesse pelas cenas de caça ou mitológicas, o que fica evidente nesse enorme mosaico, dedicado às musas, que revestia o piso de uma grandiosa vila em Torre da Palma. Cenas mitológicas ou de inspiração literária, bem como a representação de atores e músicos nas imagens, poderiam indicar o apreço que a família possuía pela literatura e pelas artes. Fosse para construir uma imagem falsa de si ou realmente para celebrar seus próprios gostos, o fato é que a maioria dessas residências está adornada por belos exemplares de pintura ou mosaicos, técnica que já era encontrada nas regiões helenizadas. Para adquirir essas obras, porém, era preciso ter recursos financeiros. Sabemos que, no fim do período republicano, registrou-se uma grande prosperidade em razão das conquistas e do comércio no Mediterrâneo oriental. Os proprietários das casas na cidade de Pompeia, que ousaram financiar os projetos decorativos em suas residências, certamente se beneficiaram ATIVIDADES dessa prosperidade. A arte aproximava-se, assim, de um mercado consumidor em condições de sustentá-la. Vemos estreitaremse as relações entre arte, patronato e mercado e, de certa forma, podemos dizer que a experiência artística do fim do período republicano confunde-se com a cultura helenística tardia, sendo difícil, em alguns casos, isolar suas produções. Depois das decorações de Pompeia, que datam do século I a.c., começam a surgir os mosaicos. Neles, os temas são as cenas de caça, animais ou vasos de flores (naturezas-mortas) ou cenas mitológicas. O mosaico está entre as práticas artísticas desenvolvidas no universo romano e que terão uma longa tradição na história da arte. 1 (U. E. Maringá-PR) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) em relação à arte da Roma Antiga: a) Os escultores romanos representavam não só as características físicas das pessoas, mas também um ideal de beleza. b) Os artistas romanos não realizavam nenhum tipo de pintura. c) Nas construções romanas, os arcos tinham uma função meramente ornamental, não possuindo, então, função estrutural. d) Os romanos foram grandes apreciadores da arte do mosaico. e) Existem apenas duas cidades do Império Romano nas quais a arte, e mais especificamente, a arquitetura e o urbano podem ser apreciados, a saber, Herculano e Pompeia. 2 Relacione as duas colunas, associando as obras com suas características históricas ou formais: a) Panteão b) Grande Friso de Trajano c) Casa dos Vétios d) Coliseu e) Arco de Tito f) A loba do Capitólio ( ) Mistura de elementos arquitetônicos. ( ) Possui apenas uma abertura. ( ) Narra, em mármore, episódios históricos. ( ) Referência à fundação mítica de Roma. ( ) Abriga importantes referências da pintura romana. ( ) Modelo de construção de cúpula. 37

9 Exercícios complementares Philip Lange/Shutterstock 3 A imagem abaixo reproduz um monumento romano erguido em Nîmes, na França. Com relação a ele, responda: a) Que tipo de monumento é esse? b) Cite duas características do monumento: uma que traduza a influência da arquitetura anterior e outra que mostre alguma inovação trazida pelos romanos. 4 (U. E. Maringá-PR) Em Roma, a civilização, a cultura, a literatura, a arte e a própria religião provieram quase inteiramente dos gregos ao longo de quase meio milênio de aculturação. Paul Veyne. In: História da vida privada. Com relação à cultura greco-romana, assinale a alternativa incorreta: a) Pode-se afirmar que de Gibraltar ao Indo, região dominada pelo Império Romano, reinava a civilização helenística. b) O aparelho de estado romano não se espelhou na política grega em razão das diferentes perspectivas que tinham os romanos sobre duas questões: a riqueza e o poder. c) Apesar de copiarem a arte grega, os romanos foram originais no que diz respeito ao ato de retratar, tanto através de pintura quanto da escultura. d) Assim como em Atenas, a posição da mulher romana era de grande poder político e prestígio social. e) No início do período republicano, a vida familiar entrou em crise: adultério e divórcio, cultos orientais e gregos tomaram o lugar da religião formalista, patriótica e do culto aos antepassados. 5 A respeito das artes pictóricas no mundo romano, é incorreto afirmar que: a) suas principais manifestações foram: pinturas murais e mosaicos. b) os artistas romanos adotaram os temas herdados da tradição grega, mas desenvolveram outros novos temas para a pintura. c) a paisagem foi um dos gêneros da pintura romana durante a Antiguidade. d) os mosaicos eram unicamente usados como painéis para colocar nas paredes das casas. e) acontecimentos históricos não foram temas recorrentes na pintura romana. Vá em frente Leia FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, O autor faz uma introdução às civilizações grega e romana, procurando indicar permanências antigas nas sociedades atuais. Aborda todos os aspectos daquelas civilizações: política, administração, cultura e arte. MACAULAY, David. Construção de uma cidade romana. São Paulo: Martins Fontes, Curiosa simulação da construção de uma cidade romana, com ênfase nas técnicas arquitetônicas empregadas pelos construtores e arquitetos romanos, ao longo do período de expansão da Roma Antiga. Acesse (acesso em 10 mar. 2011) Site de consulta para dados históricos e cronológicos a respeito da história da Roma Antiga. Contém verbetes temáticos que podem informar o leitor a respeito das personagens e acontecimentos relacionados à história da expansão de Roma. (acesso em 10 mar. 2011) Site oficial do Museu Arqueológico de Nápoles, Itália. Em meio às coleções de arte antiga no acervo deste museu, destacam-se os mosaicos oriundos de Pompeia e Herculano, disponíveis para consulta no site (consulta em vários idiomas, inclusive português). 38

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