Traumatismo Torácico Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Traumatismo Torácico Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 08.01.09"

Transcrição

1 Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: Disciplina: Cirurgia II Prof.: Dr. Jorge Cruz Tema da Aula Teórica: Traumatismo Torácico Autores: Paula Inês Martins Equipa Revisora: Mariana Cavalcanti Freire Temas da Aula 1. Traumatismo torácico (TT) Epidemiologia; Classificação; Manifestações clínicas; Exame objectivo Órgãos lesados: a. Grelha costal fractura de costelas e esterno; flail-chest b. Espaço pleural pneumotórax; hemotórax c. Parênquima pulmonar contusão d. Diafragma rotura traumática e. Estruturas vasculares rotura traumática da aorta f. Coração e pericárdio contusão e rotura cardíacas; tamponamento cardíaco g. Vias aéreas rotura traumática h. Esófago perfuração Caso clínico Bibliografia Anotada do ano anterior. Apresentação da aula. Current Surgical Diagnosis & Treatment, 12ª Ed., Lange, pps Alves Pereira, C. Cirurgia, Patologia e Clínica, Mc Graw Hill, pps Página 1 de 18

2 EPIDEMIOLOGIA 3ª causa de morte nos países industrializados (logo a seguir às doenças cardiovasculares e neoplasias); 1ª causa de morte antes dos 40 anos de idade; Responsáveis por cerca de 20% dos internamentos hospitalares; 25%-50% dos politraumatizados morrem devido a traumatismos cardiotorácicos. CLASSIFICAÇÃO Os traumatismos torácicos classificam-se em abertos ou fechados, consoante exista ou não solução de continuidade da parede torácica. Traumatismos fechados: são hoje os mais frequentes devido ao acréscimo de acidentes de viação, e podem ser causados por um de três mecanismos: Acção directa sobre a caixa torácica, provocando em regra uma lesão limitada; Aumento da pressão intratorácica, originando lesões graves intratorácicas, pulmonares e vasculares; Mecanismo reflexo. Traumatismos abertos: compreendem as feridas parietais, não penetrantes, sem características especiais em relação a feridas de outras regiões do corpo, e as feridas penetrantes, em que se estabelece uma comunicação com a cavidade pleural e que podem lesar a pleura, pulmão, coração, etc. As feridas penetrantes são na sua grande maioria causadas por armas de fogo e armas brancas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os TT interferem com as funções pulmonares e cardíacas. As manifestações destes traumatismos são assim variadas e incluem: Dispneia (sintoma frequente e importante) Dor (sintoma frequente e importante) Hemoptise (traumatismos do parênquima pulmonar e lesões nas vias aéreas) Pneumotórax e Pneumomediastino Enfisema subcutâneo (quando cervical é fortemente sugestivo de lesão traqueal) Fractura da clavicula e costelas Outras/Adicionais: Atelectasia; Contusão pulmonar; Laceração pulmonar; Hemotórax; Hemomediastino Página 2 de 18

3 EXAME OBJECTIVO 1. Inspecção o Feridas o Equimoses / hematomas o Deformações torácicas 2. Palpação o Fracturas (costelas, esterno) o Enfisema subcutâneo 3. Auscultação o Diminuição ou ausência de murmúrio vesicular MÉTODOS DIAGNÓSTICO A Radiografia do tórax é a 1ª abordagem nos TT. RxTórax - Pneumo e hemotórax, rotura do diafragma, vollet costal( = flail chest), contusão pulmonar, pneumopericárdio e pneumomediastino. TAC estruturas vasculares, vias aéreas, diafragma, pericárdio e lesões pulmonares. TRAUMATISMOS TORÁCICOS Os traumatismos torácicos podem lesar variadas estruturas intra-torácicas: 1. Grelha costal 1ª barreira de protecção dos órgãos intratorácicos 2. Espaço pleural 3. Parênquima pulmonar 4. Diafragma 5. Estruturas vasculares 6. Coração e pericárdio 7. Vias aéreas Raro 8. Esófago Raro Página 3 de 18

4 1. GRELHA COSTAL Os traumatismos da grelha costal incluem: - fracturas de costelas e esterno - flail-chest/vollet-costal As fracturas de costelas são um indicador de gravidade dos TT. As fracturas das três primeiras costelas acompanham-se frequentemente de lesões graves intratorácicas (tais como traumatismos dos grandes vasos e fracturas brônquicas) e lesão do plexo braquial. Sintomas: dor e dificuldade em tossir e em realizar grandes excursões respiratórias, (estando associadas a retenção de secreções e atelectasias). Sinais: hipomobilidade torácica. Podem condicionar pneumo ou hemotóorax com diminuição do murmúrio vesicular. Tratamento: nas fracturas simples de costelas consiste no controlo da dor com recurso a analgésicos e na manutenção das vias aéreas limpas (mucolíticos, cinesiterapia, etc.). A fractura do esterno consiste numa fractura transversal do osso. Pode associar-se a outras lesões graves (cardiacas e dos grandes vasos). Diagnóstico: exame físico; confirmação com radiografia de tórax de perfil (raramente se observa esta fractura numa incidência AP). Tratamento: semelhante ao das fracturas simples de costelas (controlo da dor e manutenção das vias aéreas limpas) mas em caso de grande descoaptação dos topos é necessário recorrer a fixação interna. O flail-chest consiste num retalho costal móvel originado por fracturas duplas múltiplas das costelas, uni ou bilaterais. Quando o retalho é posterior permanece em regra fixado devido às massas musculares do dorso e à posição em decúbito dorsal do traumatizado. O mesmo não acontece quando o retalho é anterior ou lateral, e os movimentos paradoxais dos ciclos respiratórios (para dentro na inspiração e para fora na expiração) que o retalho sofre Fig.1 RX tórax de perfil: fractura transversal do esterno. Fig.2 Flail chest no hemitórax direito conduzem à diminuição da capacidade vital e a uma ventilação inadequada. Estas, em associação com a contusão pulmonar concomitante, são responsáveis pelo aparecimento do síndrome de dificuldade respiratória aguda pós-traumática. Página 4 de 18

5 Tratamento: a estabilização pneumática interna é o tratamento de eleição, sendo raramente utilizada a fixação cirúrgica do retalho ósseo. A ventilação mecânica é dirigida ao tratamento da insuficiência respiratória existente e é instituida e mantida tendo em conta os critérios para intubação traqueal e ventilação mecânica (quadro1). O doente deve permanecer ventilado e sedado até consolidação do retalho ósseo. PO 2 < 60 mmhg (respirando ar ambiente) PCO 2 >50 mmhg ph < 7,25 Taquipneia > 30 ciclos/minuto Quadro1: critérios para ventilação mecânica 2. ESPAÇO PLEURAL Os traumatismos torácicos podem condicionar o desenvolvimento de: Pneumotórax Hemotórax Hemopneumotórax Quilotórax (raro, ocorre aquando de lesão no canal torácico) O pneumotórax ocorre devido a laceração pulmonar (fracturas de costelas, aumento da pressão intratorácica) ou fractura de um brônquio. Sintomas: dispneia. Sinais: diminuição do murmúrio vesicular e das vibrações vocais e hipersonoridade à percussão. Rx: hipertransparência com eventual colapso pulmonar (hipotransparente). Tratamento: drenagem pleural sub-aquática. Fig.3 Imagem de pneumotórax extenso à direita. Observa-se pulmão colapsado (seta) sensivelmente a meio do campo pulmonar. Colapso pulmonar: pulmão colapsado a meio do campo pulmonar é indicativo de estar a ser sustentado pelo brônquio principal e estuturas vasculares. Quando este coto de pulmão se encontra localizado não a meio do campo pulmonar mas em baixo, estamos na presença de rotura do brônqio principal sinal de droplung / pulmão caído. O tratamento desta situação envolve cirurgia imediata, com isolamento do brônquio afectado, sutura e fixação na sua posicão inicial. Página 5 de 18

6 Fig.4 Imagem de pneumotórax extenso à direita. Observa-se pulmão colapsado sensivelmente na porção inferior do campo pulmonar: rotura brônquica sinal de droplung. Fig.5 e 6 Fotografia de rotura do brônquio principal antes (5) e após (6) reparação cirúrgica. Quando o pneumotórax é hipertensivo provoca desvio contralateral e aumento da pressão intracardíaca, prejudicando o enchimento das cavidades na diástole. Sintomas: dispneia grave. Sinais: enfisema subcutâneo, ingurgitamento jugular, ausência completa de murmúrio vesicular no lado afectado, podendo existir também sinais de choque. Rx: sinais característicos hipertransparência com abaixamento do diafragma afastamento dos arcos costais colapso pulmonar desvio contraleteral do mediastino Tratamento: descompressão imediata com drenagem Fig.7 Pneumotórax hipertensivo grave à esquerda com desvio das estruras medistínicas para a direita. pleural (ou pelo menos punção descompressiva) sem esperar pela radiografia de tórax. Se não ocorrer re-expansão deve ser realizada broncoscopia para excluir outras lesões. Página 6 de 18

7 Outra situação a ter em conta são as grandes bolhas de enfisema pulmonar que podem simular um pneumotórax (com risco de drenagem do próprio tecido pulmonar) Fig.8 Enfisema pulmonar de grandes bolhas à direita. O hemotórax está presente em 50% dos TT. A hemorragia pode ter origem num vaso do parênquima pulmonar (pequena circulação, baixas pressões), num vaso da parede (grande circulação, altas pressões, sendo por isso uma hemorragia de maior gravidade) ou numa lesão cardíaca ou de grandes vasos. Pode confirmar-se a sua existência através de punção pleural. Sintomas: dispneia e eventuais sintomas de hipovolemia. Sinais: sinais de derrame pleural (diminuição do murmúrio vesicular e das vibrações vocais e macicez à percussão) e de hemorragia (taquicárdia, hipotensão, extremidades frias e pálidas). Rx: em decúbito dorsal a imagem radiológica aparece como um velado (hipotransparência). Em ortostatismo vê-se um nível, caso contrário não é recente. Tratamento: drenagem pleural e reposição da volémia. A lesão do coração ou de um grande vaso exige, obviamente, tratamento cirúrgico emergente. Fig.9 Hemotórax à direita em velado (decúbito dorsal). Fig.10 Hemotórax à direita com nível (ortostatismo). Página 7 de 18

8 Em algumas situaçoes está presente hemopneumotórax. Fig.11 Hemotórax na base esquerda com nível e pneumotorax direito. 3. PARÊNQUIMA PULMONAR A contusão pulmonar resulta, regra geral, de um impacto sobre o tórax, com hemorragia e edema nos espaços intra-alveolar e intersticial. Muitas vezes é acompanhada de lacerações. Conduz frequentemente a insuficiência pulmonar pós-traumática, com hipoxémia refractária e acidose respiratória irreversível. Sintomas: dispneia e expectoração hemoptóica, podendo associar-se a edema pulmonar nas formas mais graves. Sinais: cianose Rx: opacidades mal definidas ( esborratadas ) de extensão e localização variáveis, não respeitando segmentos ou lobos pulmonares. Tratamento: suturas mecânicas (uma vez que a estrutura esponjosa do parênquima pulmonar inviabiliza as suturas normais). Fig.12 Contusão pulmonar. São visíveis opacidades mal definidas que não respeitam os segmentos pulmonares. Fig.13 Contusão pulmonar. Página 8 de 18

9 4. ROTURA DO DIAFRAGMA A rotura traumática do diafragma pode ser causada por traumatismos fechados de desaceleração rápida e por traumatismos penetrantes do tórax (mais frequentes). É mais frequente à esquerda, uma vez que a hemicúpula direita está protegida pelo fígado. À direita o diagnóstico é dificil. As lesões diafragmáticas são frequentemente difíceis de identificar mas não podem deixar de ser diagnosticadas, uma vez que raramente resolvem espontaneamente e porque a herniação do conteúdo abdominal para o tórax pode acarretar graves complicações. A herniação crónica está associada a fibrose e aderências entre as vísceras abdominais herniadas e as estruturas torácicas. Sintomas: dor torácica, dispneia Sinais: cianose e rigidez abdominal. Fig.14 e 15 Rotura diafragmatica que permite visualização do fígado (14) e de ansas intestinais (15). Rx: pensar neste diagnóstico quando Elevação da hemicupula Indefinição da hemicupula Níveis hidroaéreos intratorácicos Observa-se um hemotórax ipsilateral em cerca de metade dos doentes, e o estomâgo herniado na cavidade torácica pode ser confundido com um pneumotórax. Tratamento: reparada por laparotomia por via abdominal, embora alguns casos possam ser resolvidos através de sutura laparoscópica. Fig.16 Rotura diafragmática à direita. Observa-se a hemicúpula esquerda bem delineada com a silhueta cardiaca a acentar sobre ela. À direita verifica-se uma ascensão das vísceras abdominais para a cavidade torácica devido à lesão da hemicúpula direita. Página 9 de 18

10 Faz diagnóstico diferencial com: Lacerações da base pulmonar Lesões do frénico Parésia diafragmática Eventração A visualização de sonda naso-gástrica no interior do tórax e a radiografia com papa baritada podem ajudar a identificar um estômago e ansas intestinais intratorácicos, respectivamente. A TAC aumenta a capacidade de diagnóstico de rotura diafragmática. Fig.17 Rx com papa baritada identifica ansas intestinais dentro do tórax. 5. ESTRUTURAS VASCULARES A rotura traumática da aorta ocorre frequentemente devido a traumatismos fechados com grandes alterações de pressão. A lesão ocorre geralmente no istmo aórtico, entre a emergência da artéria subclávia esquerda e o ligamento arterial. Estas lesões são gravíssimas e constituem emergências cirúrgicas. Muitos dos doentes acabam por falecer no local do acidente. Nos doentes jovens, a hemorragia é por vezes tamponada espontaneamente graças a uma boa adventícia e à formação de coágulos. As lesões vasculares devem ser ponderadas em qualquer doente politraumatizado, particularmente se estão presentes sinais de choque. Clinicamente os doentes com rotura traumática da aorta apresentam: História de traumatismo por desaceleração Fracturas múltiplas de costelas, do esterno e flail-chest Síndrome da veia cava superior Hipertensão arterial nos membros superiores e ausência de pulsos periféricos Rouquidão sem alterações laríngeas Página 10 de 18

11 Rx: sinais muito característicos de rotura aórtica Hemotórax Hemomediastino Alargamento mediastínico Desvio do brônquio principal esquerdo Diagnóstico: feito com base na história e exame clínico. O Rx de tórax é pouco sensível e pode não existir hemotórax ou hemomediastino ou alargamento do mediastino. Em doentes seleccionados será também útil a realização de TAC torácica e arteriografia. Tratamento: é uma emergência cirúrgica - colocação de uma prótese endovascular. Fig.18 Arteriografia com Pseudoaneurisma da aorta abaixo da emergência da artéria subclávia esquerda (seta). A parede deste falso aneurisma é composta pelo tecido das estruturas adjecentes à artéria, contribuindo para tamponar a hemorragia. Fig.19 e 20 Tratamento de rotura aortica com prótese endovascular. Página 11 de 18

12 6. CORAÇÃO E PERICÁRDIO A lesão cardíaca varia entre a contusão localizada e a rotura cardíaca, e resulta geralmente de traumatismos fechados. Fig.21 Tamponamento cardíaco A contusão cardíaca é dificil de diagnosticar por métodos de imagem. A contusão localizada sintomática é tratada de forma idêntica ao enfarte agudo do miocárdio. A principal consequencia da contusao cardiaca é a rotura cardíaca. Esta pode complicar-se hemopericárdio e eventual tamponamento cardiaco. Sintomas: sensação de morte eminente, sintomas de baixo débito, dispneia. Sinais: ingurgitamento jugular (que resulta, por um lado, do baixo débito e, por outro, do eventual tamponamento cardíaco), palidez, taquicardia, taquipneia, diaforese, pulso paradoxal, hepatomegalia. Quando a instalação é lenta, as principais manifestações são a fadiga e a dispneia. Quando a instalaçao é subita manifesta-se por choque cardiogénico. Rx: silhueta cardíaca aumentada e arredondada. Diagnóstico: O ecocardiograma faz o diagnóstico de tamponamento mas na presença de sensação de morte eminente + ingurgitamento jugular + choque cardiogenico o tratamento é emergente. Tratamento: o tamponamento cardiaco é uma emergência cirúrgica: toracotomia de urgência (para drenagem cirúrgica com formação de janela pericárdica). As feridas miocárdicas devem ser suturadas e as lesões valvulares, dos músculos papilares e do septo que possam eventualmente coexistir devem ser alvo de uma abordagem individualizada. O hemopericárdio resultante pode não se acompanhar de tamponamento, e neste caso o tratamento passa pela realização de pericardiocentese. As lacerações pericárdicas provocadas por armas brancas tendem a selar espontaneamente e conduzem ao tamponamento cardíaco, ao contrário das feridas pericárdicas por arma de fogo que tendem a permanecer abertas e permitem a saída de grandes quantidades de sangue. Hemotórax, exsanguinação e shock acompanham frequentemente os traumatismos pericárdicos causados por armas de fogo. De uma forma geral, os traumatismos penetrantes do coração e pericárdio necessitam de toracotomia de urgência, descompressão pericárdica e controlo da hemorragia. Página 12 de 18

13 7. VIAS AÉREAS As lesões traqueo-brônquicas podem ocorrer em seguimento de traumatismos fechados (têm subjacentes grandes alterações de pressão) e abertos. A maioria dos doentes com roturas traumáticas das vias aéreas têm lesões associadas, nomeadamente fracturas da coluna cervical e lacerações do esófago e grandes vasos. As lesões da traqueia ocorrem em 0.35% - 1.5% dos TT. As zonas mais fixas têm maior pressão e é nelas que a rotura das vias aereas é mais frequente: Entre a cartilagem cricóide e o 1º anel da traqueia A 2.5 cm da carina Sintomas: dispneia, hemoptises. Rx: pode identificar alguns sinais característicos Enfisema subcutâneo Pneumomediastino/ enfisema do mediastino Pneumotórax persistente após drenagem bem colocada Sinal do pulmão caído/ drop lung. Tubo endotraqueal com localização ectópica ou hiperdistensão do cuff Fig.22 Enfisema do mediastino (setas) Diagnóstico: deve suspeitar-se de lesão traqueo-brônquica quando se observa uma perda maciça de ar ou quando o pulmão lesado não expande após colocação de drenagem pleural sub-aquática. O diagnóstico definitivo é obtido através de broncoscopia (uma vez que a TAC nem sempre confirma a existência destas lesões): método de eleição no diagnóstico de rotura das vias aéreas; identifica a solução de continuidade na árvore traqueo-brônquica; pode ser life-saving na ventilação de emergência. Tratamento: reparação imediata de todas as lacerações da árvore traqueo-brônquica. Página 13 de 18

14 Estenose pós-traumática: O atraso no estabelecimento do diagnóstico de lesão traqueobrônquica pode originar graves complicações como a estenose pós-traumática. Tratamento: recessão do segmento afectado e posterior anastomose topo a topo. Pode ser necessario utilizar um enxerto: Reconstrução traqueal com retalho livre cutâneo-condro-mucoso tubulado do antebraço: utilizam-se cartilagens costais moldadas num stent. Este molde é implatado na pele do antebraço para criar revestimento cutanêo-mucoso. Posteriormente é removido e anostomosado à traqueia. Substituição da traqueia por enxerto homólogo: cria-se uma bolsa subcutanêa ao lado da traqueia do doente onde se implanta o enxerto de cadáver. Após o revestimento cutaneo o enxerto é rodado para se anostomosar com a traqueia lesada. Substituição da traqueia por enxerto autólogo: utiliza-se um enxerto aórtico infrarenal suportado por stent. Fig.23 Retalho livre cutâneo-condro-mucoso tubulado do antebraço. Fig.25 Enxerto autólogo anostomosado. Fig.24 Enxerto homólogo na bolsa sub-cutânea. Estas tecnicas advêem de questões económicas: não há desenvolvimento de próteses traqueais dado o número limitado de doentes com necessidade destes procedimentos. Página 14 de 18

15 8. ESÓFAGO Anatomicamente, o esófago é um órgão que se encontra bem protegido no interior da cavidade torácica, pelo que os traumatismos esofágicos ocorrem com pouca frequência. Sintomas: dor é o sintoma principal da perfuração esofágica, podendo ser acompanhada por hematemeses, rouquidão, disfagia e dificuldade respiratória. Sinais: sinais de choque e enfisema subcutâneo cervical; febre e leucocitose são achados frequentes algumas horas após a lesão. Deve realizar-se radiografia esofágica com duplo contraste. Tratamento: sonda nasogástrica para drenagem do conteúdo gástrico. As lesões esofágicas devem ser reparadas o mais precocemente possível. CASO CLÍNICO - criança, sexo feminino, 3 anos de idade - queda de uma altura de cerca de 12m - observação no local: doente estável; ferida occipital; diminuição do murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo; Glasgow de 13 - observação no SU do HSM: doente prostrada; Glasgow de 8 - Rx tórax Hemotórax + pneumotórax hipertensivo drenados 300cc de ar e sangue Choque cardiogenico: Necessidade de ventilação mecânica e de transfusão de sangue e plasma - TAC torácica: consolidação no lobo superior direito e lobo inferior esquerdo [imagens compatíveis com hematoma (menos denso) e foco de contusão (mais denso)] Página 15 de 18

16 - Ecografia abdominal: lâmina de líquido pleural à esquerda e pequena quantidade de líquido intraperitoneal - RNM: sem lesões vertebrais significativas. Sem alterações cardíacas - Às 48h drenagem de 920cc de ar e sangue: grande instabilidade hemodinâmica Doente permanece ventilada e com drenagem pleural - Observando novamente a TAC realizada, é agora identificada uma imagem de continuidade fortemente sugestiva de rotura brônquica - Broncoscopia: secção brônquica total no terço inferior do brônquio principal esq. Cirurgia com reconstrução completa da árvore traqueo-brônquica esquerda (em doentes adultos considerar pneumectomia); Piperacilina+tazobactam; Cinesiterapia respiratória. - Broncofibroscopia de controlo ao fim de um ano sem estenose do brônquio principal esquerdo. Árvore brônquica esquerda totalmente permeável. Página 16 de 18

17 ABORDAGEM AO DOENTE TRAUMATIZADO (NAO REFERIDO ESTE ANO) SU Politraumatizado, 30 anos, sexo masculino, vítima de acidente de viação. Está em choque, pálido, dispneico e agitado. - O que fazer? As circunstâncias em que ocorreu o acidente podem ter implicações nas lesões produzidas e o seu conhecimento ser importante na orientação diagnóstica. A observação do politraumatizado torácico deve ser feita com o doente despido e abranger também os territórios extra-torácicos, dando prioridade às causas mais importantes de desequilibrio fisiológico. Simultaneamente devem ser feitos gestos destinados à monitorização do traumatizado. AVALIAÇÃO DO DOENTE A, B, C, D A ( arway + estabilização da coluna cervical) Desobstrução e permeabilização das vias aéreas através da remoção de corpos estranhos, aspiração de sangue, vómitos e secreções; considerar traqueotomia em função da gravidade das lesões. No doente em coma deve ser realizada intubação oro ou nasotraqueal. Em caso de suspeita de lesão na coluna vertebral deve ser colocado colar cervical e barras de sustentação lateral. B ( breathing ) Manutenção da integridade da parede torácica (ocluir feridas, fixar retalhos móveis), assegurar uma boa expansibilidade pulmonar (drenar um pneumotórax ou hemotórax) e uma boa ventilação, espontânea (se possível) ou assistida (dependendo dos valores da gasimetria). C ( circulation ) Correcção da volémia (tamponamento da hemorragia e administração de líquidos, lactato de Ringer, sangue, plasma) e normalização da função cardíaca. D ( drugs ) Administração de analgésicos não depressores do centro respiratório, morfina i.v. em pequenas doses e infiltração dos nervos intercostais com anestésico local. Página 17 de 18

18 Após a primeira avaliação têm indicação para toracotomia emergente os doente que apresentam: Ferida pré-cordial sugestiva de traumatismo cardíaco Necessidade de massagem cardíaca interna Tamponamento cardíaco (após pericardiocentese) Ferida pulmonar com hemorragia grave ou embolia gasosa (clampagem do hilo!) Doente sem sinais vitais (pouco eficaz, discutível) MONITORIZAÇÃO DO DOENTE Criar acessos: catéter e.v. central e PVC Avaliação hemodinâmica: pressão arterial, frequência cardíaca, ECG Avaliação função respiratória: frequência respiratória, gasimetria arterial Avaliação do estado de consciência: escala de Glasgow Algaliação e medição do débito urinário Exames complementares de diagnóstico (2º tempo) o Determinações laboratoriais o Radiografia tórax AP e perfil o TAC torácica o Ecografia abdominal Página 18 de 18

Pós Operatório. Cirurgias Torácicas

Pós Operatório. Cirurgias Torácicas Pós Operatório Cirurgias Torácicas Tipos de Lesão Lesões Diretas fratura de costelas, coluna vertebral ou da cintura escapular, hérnia diafragmática, ruptura do esôfago, contusão ou laceração pulmonar.

Leia mais

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX

[251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX [251] 114. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RADIOGRAFIAS DO TÓRAX a. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS Exposição A aquisição adequada da radiografia de tórax é mais difícil que a de outras partes do corpo devido ao contraste

Leia mais

RAIOS-X. preto. cinza. branco. AR Gordura Osso

RAIOS-X. preto. cinza. branco. AR Gordura Osso RAIOS-X AR Gordura Osso preto cinza branco Radiotransparente Radiopaco Imagens formadas pelas diferentes DENSIDADES radiográficas GÁS GORDURA TECIDOS MOLES/ ÁGUA OSSO Radiologia torácica Primeira opção

Leia mais

TRAUMA TORÁCICO. Leonardo Oliveira Moura

TRAUMA TORÁCICO. Leonardo Oliveira Moura TRAUMA TORÁCICO Leonardo Oliveira Moura INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES O politraumatismo é atualmente a maior causa de óbitos em pacientes até a quarta década de vida. Estima-se que nos Estados Unidos 25% das

Leia mais

ANATOMIA DO TÓRAX POR IMAGEM. Prof. Dante L. Escuissato

ANATOMIA DO TÓRAX POR IMAGEM. Prof. Dante L. Escuissato ANATOMIA DO TÓRAX POR IMAGEM Prof. Dante L. Escuissato Figura 1. O tórax é composto por um conjunto de estruturas que pode ser dividido em parede torácica, espaços pleurais, pulmões, hilos pulmonares e

Leia mais

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX 1 RADIOGRAFIAS AS RADIOGRAFIAS APRESENTAM 4 DENSIDADES BÁSICAS: AR: traquéia, pulmões,

Leia mais

Métodos imagiológicos de avaliação do Tórax

Métodos imagiológicos de avaliação do Tórax FORMAÇÃO CLÍNICA COMPLEMENTAR 15.Out.2007 Imagiologia do Tórax I FORMAÇÃO DOCENTE: Dr.ª CLÍNICA Paula Campos COMPLEMENTAR DISCENTE: Carina Ruano 1 ª Aula 06.10.2006 FISCALIZADOR: Métodos imagiológicos

Leia mais

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc.. AULA 13: EAP (EDEMA AGUDO DE PULMÃO) 1- INTRODUÇÃO O edema agudo de pulmão é uma grave situação clinica, de muito sofrimento, com sensação de morte iminente e que exige atendimento médico urgente. 2- CONCEITO

Leia mais

Comprometimento esofágico (torácico) Obstrução por corpo estranho; Perfuração do esôfago por corpo estranho; Divertículo esofágico; Neoplasias;

Comprometimento esofágico (torácico) Obstrução por corpo estranho; Perfuração do esôfago por corpo estranho; Divertículo esofágico; Neoplasias; CIRURGIA TORÁCICA Toracotomia ABERTURA E O FECHAMENTO DA CAVIDADE TORÁCICA INDICAÇÕES Comprometimento esofágico (torácico) Obstrução por corpo estranho; Perfuração do esôfago por corpo estranho; Divertículo

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

Como analisar um Rx RADIOGRAFIA. Como olhar um Rx. Técnica. Técnica. Análise TÓRAX

Como analisar um Rx RADIOGRAFIA. Como olhar um Rx. Técnica. Técnica. Análise TÓRAX Como analisar um Rx RADIOGRAFIA TÓRAX VISÃO PANORÂMICA VISÃO DETALHADA DA PERIFERIA PARA O CENTRO SEGUIR UMA SEQÜÊNCIA OBJETIVO Posicionamento Técnica Análise Como olhar um Rx Técnica Posicionamento -

Leia mais

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM. Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR TRM Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc 1 TRM Traumatismo Raqui- Medular Lesão Traumática da raqui(coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou

Leia mais

AMERICAN THORACIC SOCIETY(ATS)

AMERICAN THORACIC SOCIETY(ATS) LINFONODOS A capacidade de reconhecer linfonodos normais, assim como os anormais, na TC esta diretamente relacionada com a quantidade de tecido adiposo mediastinal presente. Os linfonodos aparecem com

Leia mais

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel

Insuficiência respiratória aguda. Prof. Claudia Witzel Insuficiência respiratória aguda O que é!!!!! IR aguda Incapacidade do sistema respiratório de desempenhar suas duas principais funções: - Captação de oxigênio para o sangue arterial - Remoção de gás carbônico

Leia mais

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Introdução. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Introdução A função do sistema respiratório é facilitar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas,

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Figura 1: Radiografia de tórax realizada em decúbito dorsal Enunciado MHS, sexo feminino, 63 anos, foi atendida no Centro de Saúde de seu novo bairro. Apresentava

Leia mais

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Programa de Educação Tutorial PET Medicina CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO Paulo Marcelo Pontes Gomes de Matos OBJETIVOS Conhecer o que é Edema Agudo

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof.: Lazaro Antonio dos Santos

SISTEMA RESPIRATÓRIO. Prof.: Lazaro Antonio dos Santos SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof.: Lazaro Antonio dos Santos SISTEMA RESPIRATÓRIO CONCEITO Conjunto de órgãos que nutrem o organismo por meio de alimentos no estado gasoso, completando a função do Sistema Digestório.

Leia mais

1 - Estrutura e Finalidades da disciplina

1 - Estrutura e Finalidades da disciplina CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE Planificação anual de SAÚDE 10º ano 014/015 Turma K Professora: Maria de Fátima Martinho. 1 - Estrutura e Finalidades da disciplina A disciplina de Saúde

Leia mais

Como funciona o coração?

Como funciona o coração? Como funciona o coração? O coração é constituído por: um músculo: miocárdio um septo duas aurículas dois ventrículos duas artérias: aorta pulmonar veias cavas: inferior superior veias pulmonares válvulas

Leia mais

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL] fundação portuguesa de cardiologia TUDO O QUE DEVE SABER SOBRE ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL Nº. 12 REVISÃO CIENTÍFICA: Dr. João Albuquerque e Castro [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Leia mais

CARDIOPATIAS CONGÉNITAS CIA

CARDIOPATIAS CONGÉNITAS CIA CARDIOPATIAS CONGÉNITAS CIA A CIA consiste num tipo de cardiopatia congénita do tipo não cianótica, em que há um defeito do septo inter-auricular originando uma comunicação anómala que proporciona a passagem

Leia mais

Planificação anual de Saúde- 10ºano

Planificação anual de Saúde- 10ºano CURSO PROFISSIONAL DE TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE Turmas: 10ºI Professora: Ana Margarida Vargues Planificação anual de Saúde- 10ºano 1 - Estrutura e Finalidades da disciplina A disciplina de Saúde do Curso

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

cateter de Swan-Ganz

cateter de Swan-Ganz cateter de Swan-Ganz Dr. William Ganz Dr. Jeremy Swan A introdução, por Swan e Ganz, de um cateter que permitia o registro de parâmetros hemodinâmicos na artéria pulmonar a partir de 1970 revolucionou

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO

SISTEMA RESPIRATÓRIO ANATOMIA HUMANA I SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof. Me. Fabio Milioni Roteiro Sistema Respiratório Conceito Função Divisão Estruturas Nariz Faringe Laringe Traquéia e Brônquios Pulmão Bronquíolos e Alvéolos 1

Leia mais

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac DENGUE Treinamento Rápido em Serviços de Saúde Médico 2015 Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac O Brasil e o estado de São Paulo têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos

Leia mais

TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM)

TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) Protocolo: Nº 63 Elaborado por: Manoel Emiliano Última revisão: 30/08/2011 Revisores: Samantha Vieira Maria Clara Mayrink TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) DEFINIÇÃO: O Trauma Raquimedular (TRM) constitui o conjunto

Leia mais

Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2)

Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2) Emergência e urgência nos atendimentos (aula 2) Emergências em cães e gatos Envenenamentos e intoxicações (inseticidas, venenos para roedores, produtos de limpeza, medicações, chocolates, etc) Escoriações

Leia mais

Componente Curricular: Enfermagem Médica Profª Mônica I. Wingert Módulo III Turma 301E Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)

Componente Curricular: Enfermagem Médica Profª Mônica I. Wingert Módulo III Turma 301E Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) Componente Curricular: Enfermagem Médica Profª Mônica I. Wingert Módulo III Turma 301E Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) É parada súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil e suficiente

Leia mais

RESPOSTAS RECEBIDAS PRIMEIRO DESAFIO TORNEIO VIRTUAL DE BIOLOGIA 2015 ORDEM EMBARALHADA. PARA SIMPLES CONFERÊNCIA.

RESPOSTAS RECEBIDAS PRIMEIRO DESAFIO TORNEIO VIRTUAL DE BIOLOGIA 2015 ORDEM EMBARALHADA. PARA SIMPLES CONFERÊNCIA. RESPOSTAS RECEBIDAS PRIMEIRO DESAFIO TORNEIO VIRTUAL DE BIOLOGIA 2015 ORDEM EMBARALHADA. PARA SIMPLES CONFERÊNCIA. Tendo em vista as características apresentadas, o motociclista pode ter sido vítima de

Leia mais

Procedimento x CBO. 02.11.08.004-7 GASOMETRIA (APOS OXIGENIO A 100 DURANTE A DIFUSAO ALVEOLO-CAPILAR) 223151 - Médico pneumologista

Procedimento x CBO. 02.11.08.004-7 GASOMETRIA (APOS OXIGENIO A 100 DURANTE A DIFUSAO ALVEOLO-CAPILAR) 223151 - Médico pneumologista Ministério da Saúde - MS Secretaria de Atenção à Saúde Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS 01.01.01.002-8 Procedimento x CBO ATIVIDADE EDUCATIVA / ORIENTACAO

Leia mais

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso). 1 a Questão: (20 pontos) Um paciente de 35 anos, com história de sarampo na infância, complicada por pneumonia, informa que há mais de cinco anos apresenta tosse com expectoração matinal abundante e que

Leia mais

TRATO RESPIRATÓRIO. Prof a Dr a Naida Cristina Borges

TRATO RESPIRATÓRIO. Prof a Dr a Naida Cristina Borges TRATO RESPIRATÓRIO Prof a Dr a Naida Cristina Borges Trato respiratório Trato respiratório ANTERIOR TÓRAX Sinais clínicos!!! Diagnóstico Trato Respiratório Anterior Trato Respiratório Anterior Caracterização

Leia mais

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Intestino Delgado Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Irrigação do Intestino Delgado Duodeno Artérias duodenais Origem Irrigação Duodeno proximal Duodeno distal Anastomose Jejuno e íleo

Leia mais

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta

Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing (avaliação manutenção resp e mecânica resp) C circulation D disability (avaliação esta Trauma torácico Dr. Salomón Soriano Ordinola Rojas Hospital Beneficência Portuguesa São Paulo Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Trauma torácico ATLS A airway (vias aéreas pérvias) B breathing

Leia mais

VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I. Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP

VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I. Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA I Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP INTERFACES * Máscaras Nasais * Plugs Nasais * Máscaras Faciais * Capacete * Peça Bucal VENTILADORES E MODOS USADOS NA

Leia mais

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br

21/6/2011. eduardoluizaph@yahoo.com.br A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer

Leia mais

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações

Actualizado em 28-09-2009* Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações Definição de caso, de contacto próximo e de grupos de risco para complicações 1. Introdução A evolução da epidemia causada pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009 implica que as medidas sejam adaptadas

Leia mais

PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA. Primeiros Socorros ABORDAGEM PRIMÁRIA RÁPIDA. Policial BM Espínola

PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA. Primeiros Socorros ABORDAGEM PRIMÁRIA RÁPIDA. Policial BM Espínola PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA Primeiros Socorros ABORDAGEM PRIMÁRIA RÁPIDA Policial BM Espínola LEMBRE-SE Antes de administrar cuidados de emergência, é preciso garantir condições de SEGURANÇA primeiramente

Leia mais

CAPÍTULO 15 TRAUMA DE TÓRAX

CAPÍTULO 15 TRAUMA DE TÓRAX Trauma de Tórax CAPÍTULO 15 TRAUMA DE TÓRAX 1. Introdução O traumatismo torácico nos dias atuais assume grande importância devido, em parte, à sua incidência e, por outro lado, pelo aumento da gravidade

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O (A) paciente, ou seu responsável, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização

Leia mais

Sessão Cardiovascular

Sessão Cardiovascular Sessão Cardiovascular Dr Carlos Jader Feldman Priscila Schenkel R3 26/10/2012 Sexo feminino, 46 anos Hemiplegia à esquerda Dissecção arterial 3 camadas: -intima, média, adventícia Dissecção = ruptura na

Leia mais

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Complicações Cirúrgicas CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 1. Complicações Circulatórias Hemorragias: é a perda de sangue

Leia mais

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante

Semiologia Cardiovascular. B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico. Por Gustavo Amarante Semiologia Cardiovascular B3, B4, Cliques, Estalidos e Atrito Pericárdico Por Gustavo Amarante 1 Bulhas Acessórias (B3 e B4) A) Revisão do Ciclo Cardíaco e Posição das Bulhas Para entender as bulhas acessórias,

Leia mais

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4 Avaliação por Imagem do Pâncreas Aula Prá8ca Abdome 4 Obje8vos 1. Entender papel dos métodos de imagem (RX, US, TC e RM) na avaliação de lesões focais e difusas do pâncreas. 2. Revisar principais aspectos

Leia mais

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão DRENOS CONCEITO É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou podem estar ali presentes. OBJETIVOS DOS DRENOS Permitem

Leia mais

FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS

FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS ENADE-2007- PADRÃO DE RESPOSTA FISIOTERAPIA QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO 37 a) O início da resposta inflamatória é determinado por uma vasoconstrição originada de um reflexo nervoso que lentamente vai

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

Anatomia e Fisiologia Humana

Anatomia e Fisiologia Humana Componentes Vias Respiratórias A) Cavidades ou Fossas Nasais; B) Boca; C) Faringe; D) Laringe; E) Traqueia; F) Brônquios; G) Bronquíolos; H) Pulmões Cavidades ou Fossas Nasais; São duas cavidades paralelas

Leia mais

TC de alta resolução. É o principal exame na avaliação das doenças pulmonares difusas, doenças das pequenas vias aéreas e bronquiectasias.

TC de alta resolução. É o principal exame na avaliação das doenças pulmonares difusas, doenças das pequenas vias aéreas e bronquiectasias. 19 de Outubro de 2007. Professor Ewerton. TC: aspectos técnicos Espessura dos cortes (cortes com menos de 1mm de alta resolução para estudo do parênquima pulmonar, principalmente para doenças do interstício

Leia mais

GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA. Indicações 11/09/2015. Gasometria Arterial

GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA. Indicações 11/09/2015. Gasometria Arterial GASOMETRIA ARTERIAL Processo pelo qual é feita a medição das pressões parciais dos gases sangüíneos, a partir do qual é possível o cálculo do PH sangüíneo, o que reflete o equilíbrio Ácido-Básico 2 GASOMETRIA

Leia mais

Pós operatório em Transplantes

Pós operatório em Transplantes Pós operatório em Transplantes Resumo Histórico Inicio dos programas de transplante Dec. 60 Retorno dos programas Déc 80 Receptor: Rapaz de 18 anos Doador: criança de 9 meses * Não se tem informações

Leia mais

FISIOLOGIA DO SANGUE HEMATÓCRITO 08/10/2008 ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS HEMATÓCRITO PLASMA: CELULAR:

FISIOLOGIA DO SANGUE HEMATÓCRITO 08/10/2008 ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS HEMATÓCRITO PLASMA: CELULAR: FISIOLOGIA DO SANGUE Sistema Circulatório PLASMA: semelhante ao líquido intersticial PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Albumina pressão coloidosmótica Globulinas transporte e substrato imunidade, anticorpos Fibrinogênio

Leia mais

Avaliação Semanal Correcção

Avaliação Semanal Correcção Avaliação Semanal Correcção 1. Mulher de 32 anos, caucasiana. Antecedentes pessoais e familiares irrelevante. 11 Gesta, 11 Para, usa DIU. Recorreu ao S.U. por dor abdominal de início súbito, localizada

Leia mais

03/08/2014. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO - DPOC

03/08/2014. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO - DPOC ALGUNS TERMOS TÉCNICOS UNESC FACULDADES - ENFERMAGEM PROFª.: FLÁVIA NUNES Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica Ortopneia: É a dificuldade

Leia mais

GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014

GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014 GESTOS QUE SALVAM Departamento de Formação em Emergência Médica janeiro de 2014 Gestos que Salvam O que fazer? EM CASO DE EMERGÊNCIA O QUE FAZER Número Europeu de Emergência LIGAR PARA O NÚMERO EUROPEU

Leia mais

SISTEMA CIRCULATÓRIO II

SISTEMA CIRCULATÓRIO II SISTEMA CIRCULATÓRIO II Conceito: Edema pulmonar é o acúmulo anormal de líquidos nos pulmões. Observação: se a cada batimento, o VD bombear apenas 1 gota a mais de sangue que o VE, dentro de 2 horas o

Leia mais

Gestos que Salvam Vidas..

Gestos que Salvam Vidas.. Gestos que Salvam Vidas.. O que é o SBV (suporte básico de vida)? Conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vitima em paragem cardio-respiratória. Com o objectivo de recuperar a vitima

Leia mais

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR)

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR) LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL E LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR) Prof. Dr. Gabriel Paulo Skroch SUMÁRIO I Avaliação inicial e tratamento de emergência 1- Incidência, Etiologia e Demografia 2- Anatomia

Leia mais

AFECÇÕES TORÁCICAS CIRÚRGICAS EM PEDIATRIA

AFECÇÕES TORÁCICAS CIRÚRGICAS EM PEDIATRIA AFECÇÕES TORÁCICAS CIRÚRGICAS EM PEDIATRIA Diafragma Hérnia diafragmática o Hérnia de Bochdalek o Hérnia de Morgagni o Hérnia do hiato esofágico o Hérnia traumática Eventração ou elevação Ausência congênita

Leia mais

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA PROVA TEÓRICO-PRÁTICA 1. Na atresia de esôfago pode ocorrer fistula traqueoesofágica. No esquema abaixo estão várias opções possíveis. A alternativa indica a forma mais freqüente é: Resposta B 2. Criança

Leia mais

Via aérea definiva no trauma

Via aérea definiva no trauma Via aérea definiva no trauma Mauricio Vidal de Carvalho Israel Figueiredo júnior A sistematização do atendimento inicial a vítimas de traumas trouxe importantes avanços na condução destes pacientes. Diante

Leia mais

Bibliografia: Capítulo 2 e 3 - Nowak Capítulo 12, 13 e 14 Fisiopatologia Fundamentos e Aplicações A. Mota Pinto Capítulo 4 S.J.

Bibliografia: Capítulo 2 e 3 - Nowak Capítulo 12, 13 e 14 Fisiopatologia Fundamentos e Aplicações A. Mota Pinto Capítulo 4 S.J. 1 3 Março INFLAMAÇÃO Conhecer os diferentes mecanismos fisiopatológicos que intervêm na resposta inflamatória Identificar os principais mediadores celulares e moleculares da inflamação Identificar os efeitos

Leia mais

Tamponamento Cardíacodefinição. Pericárdio. Pericárdio. Pericárdio. Pericárdio 6/1/2014 TAMPONAMENTO CARDÍACO- COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR

Tamponamento Cardíacodefinição. Pericárdio. Pericárdio. Pericárdio. Pericárdio 6/1/2014 TAMPONAMENTO CARDÍACO- COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR TAMPONAMENTO CARDÍACO- COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR Lilian Caram Petrus, MV, Msc Equipe Pet Cor de Cardiologia Doutoranda FMVZ-USP Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária Tamponamento

Leia mais

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar:

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar: A cirurgia endovascular agrupa uma variedade de técnicas minimamente invasivas mediante as quais CIRURGIA ENDOVASCULAR = CIRURGIA SEM CORTES! Técnicas Minimamente Invasivas As técnicas de cirurgia endovascular

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2015. Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente 2015. Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2015 Ensino Técnico Etec Etec: Paulino Botelho Código: 091 Município: São Carlos Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde Habilitação Profissional: Especialização Profissional Técnica

Leia mais

Corpo Humano. A Menor Unidade Viva do Corpo Humano: Célula

Corpo Humano. A Menor Unidade Viva do Corpo Humano: Célula : Estuda a Estrutura Estática do Corpo Humano É Utilizada para Classificar e Descrever as Lesões de acordo com Sua Localização Prever Lesões de Órgãos Internos, baseando-se na Localização Externa da Lesão

Leia mais

Aparelho Cardiovascular

Aparelho Cardiovascular Aparelho Cardiovascular DOR TORÁCICA Angina IAM Dissecção Hidrotórax Pneumotórax TEP Pericardite Perfuração do esôfago ECG. Raio X Enzimas Cardíacas. Gasometria arterial se FR alta ou cianose Estável Instituir

Leia mais

LABORATÓRIO RIO DE HABILIDADES CLÍNICAS. Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro Curso de Medicina

LABORATÓRIO RIO DE HABILIDADES CLÍNICAS. Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro Curso de Medicina Universidade Estácio de Sá Rio de Janeiro Curso de Medicina HISTÓRICO 1975 Universidade de Limburg MAASTRICHT Holanda Cria o Instituto Educacional para Treinamento de Habilidades Médicas M SKILLSLAB HISTÓRICO

Leia mais

[213] 96. LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS

[213] 96. LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS Parte IV P R O T O C O L O S D E T R A U M A [213] rotina consiste em infundir 20 ml/kg em bolus de solução de Ringer e reavaliar o paciente em seguida. Manter a pressão sistólica entre 90 e 100 mmhg.

Leia mais

Lesões múltiplas cavitárias (?): metástases, granulomatose de Wegener, embolia séptica.

Lesões múltiplas cavitárias (?): metástases, granulomatose de Wegener, embolia séptica. 26 de Outubro de 2007. Professor Ewerton. Cavidade Espaço contendo ar dentro do pulmão, circundado por uma parede com mais de 1 milímetro de espessura. Na maioria das vezes, é formada por necrose na porção

Leia mais

FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS (FTE)

FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS (FTE) XXXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA V CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA FÍSTULAS TRAQUEOESOFÁGICAS E BRONCOPLEURAIS - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO - JORGE ROLDÃO VIEIRA BRASILIA NOVEMBRO

Leia mais

Necessidades humanas básicas: oxigenação. Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo

Necessidades humanas básicas: oxigenação. Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo Necessidades humanas básicas: oxigenação Profª Ms. Ana Carolina L. Ottoni Gothardo Revisão Revisão O Fatores que afetam a oxigenação Fisiológicos; Desenvolvimento; Estilo de vida; Ambiental. Fisiológicos

Leia mais

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE

CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE CARDIOLOGIA ORIENTAÇÃO P/ ENCAMINHAMENTO À ESPECIALIDADE DOR TORÁCICA CARDÍACA LOCAL: Precordio c/ ou s/ irradiação Pescoço (face anterior) MSE (interno) FORMA: Opressão Queimação Mal Estar FATORES DESENCADEANTES:

Leia mais

GABARITO DE CIRURGIA GERAL

GABARITO DE CIRURGIA GERAL GABARITO DE CIRURGIA GERAL QUESTÃO 1 Paciente com febre, tosse e escarro purulento bastante fétido, apresenta os exames abaixo. Qual é a conduta mais adequada? A. Antibioticoterapia e fisioterapia. B.

Leia mais

SISTEMA CARDIOVASCULAR

SISTEMA CARDIOVASCULAR SISTEMA CARDIOVASCULAR Professora: Edilene biologolena@yahoo.com.br Sistema Cardiovascular Sistema Cardiovascular Composto pelo coração, pelos vasos sanguíneos e pelo sangue; Tem por função fazer o sangue

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS BENIGNOS Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS

Leia mais

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186 Câncer de Pulmão Todos os tipos de câncer podem se desenvolver em nossas células, as unidades básicas da vida. E para entender o câncer, precisamos saber como as células normais tornam-se cancerosas. O

Leia mais

Gradação Histológica de tumores

Gradação Histológica de tumores Gradação Histológica de tumores A gradação histológica é uma avaliação morfológica da diferenciação celular de cada tumor. Baseada geralmente em 03-04 níveis de acordo com o tecido específico do tumor.

Leia mais

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO UNESC ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO PROFª: : FLÁVIA NUNES DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO ENDOCARDITE REUMÁTICA O desenvolvimento da endocardite reumática é atribuído diretamente à febre reumática, uma doença

Leia mais

TRAUMA RAQUIMEDULAR. Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m. Sexo : preferencialmente masculino. Faixa etária : entre 15 e 40 anos

TRAUMA RAQUIMEDULAR. Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m. Sexo : preferencialmente masculino. Faixa etária : entre 15 e 40 anos TRAUMA RAQUIMEDULAR Dr Antonio Eulalio TRAUMA RAQUIMEDULAR Epidemiologia: Incidência : de 32 a 52 casos/m Nº casos/ano : 8.000 Sexo : preferencialmente masculino Faixa etária : entre 15 e 40 anos Custo

Leia mais

Sistema Circulatório. Prof. Dr.Thiago Cabral

Sistema Circulatório. Prof. Dr.Thiago Cabral Funções: Transportar Nutrientes e oxigênio as células; Retirar resíduos do metabolismo; Defender o organismo contra substâncias estranhas e microorganismos. Características Sistema fechado; Constituído

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Julgue os itens a seguir, relativos ao risco cirúrgico. Julgue os itens subsequentes, acerca do quilotórax. UnB/CESPE INCA 41 Os elementos para avaliação do risco cirúrgico são

Leia mais

CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO

CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO Page 1 of 6 CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO A cirurgia torácica em pequenos animais não tem sido realizada com rotina na prática

Leia mais

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. http://www.paulocoutinhopediatra.pt Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho. Pág. 01 A bronquiolite é uma infeção respiratória causada por vírus, ocorrendo em crianças com menos de 2 anos.

Leia mais

Causas de morte 2013

Causas de morte 2013 Causas de morte 2013 26 de maio de 2015 Causas de morte 2013 Os tumores malignos e as doenças do aparelho circulatório estiveram na origem de mais de metade dos óbitos ocorridos no país em 2013, representando

Leia mais

Punção Venosa Periférica CONCEITO

Punção Venosa Periférica CONCEITO Punção Venosa Periférica CONCEITO É a criação de um acesso venoso periférico a fim de administrar soluções ou drogas diretamente na corrente sanguínea, para se obter uma ação imediata do medicamento. Preparar

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC)

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC) Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC) Figura 1: Radiografia de abdome em incidência anteroposterior, em ortostatismo (à esquerda) e decúbito dorsal (à direita) Figura 2: Tomografia

Leia mais

Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1

Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1 Capítulo 8 (Ex-CAPÍTULO 9) DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO 9.1. CAPÍTULO 8 DA LISTA TABULAR DO VOLUME 1 No Índice da Lista Tabular da CID-9-MC, as Doenças do Aparelho Respiratório encontram-se referenciadas

Leia mais

É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia. Clavícula

É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia. Clavícula Fratura da Clavícula Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo É uma fratura comum que ocorre em pessoas de todas as idades. Anatomia O osso da clavícula é localizado entre o

Leia mais

PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA EM RECÉM-NASCIDO

PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA EM RECÉM-NASCIDO Protocolo: Nº 46 Elaborado por: Wilhma Castro Ubiratam Lopes Manoel Emiliano Última revisão: 03//2011 Revisores: Manoel Emiliano Ubiratam Lopes Wilhma Alves Samantha Vieira Eduardo Gonçalves PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA

Leia mais

Risco de Morrer em 2012

Risco de Morrer em 2012 Risco de morrer 2012 23 de maio de 2014 Risco de Morrer em 2012 As duas principais causas de morte em 2012 foram as doenças do aparelho circulatório, com 30,4% dos óbitos registados no país, e os tumores

Leia mais

5ª Reunião de Casos. www.digimaxdiagnostico.com.br/

5ª Reunião de Casos. www.digimaxdiagnostico.com.br/ 5ª Reunião de Casos www.digimaxdiagnostico.com.br/ Caso 1 Paciente J.M., 81 anos, sexo masculino. TC sem contraste TC com contraste Diagnóstico Aneurisma roto da aorta abdominal, parcialmente trombosado,

Leia mais

Recebimento de pacientes na SRPA

Recebimento de pacientes na SRPA CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E Recebimento de pacientes na SRPA O circulante do CC conduz o paciente para a SRPA; 1.Após a chegada do paciente

Leia mais

30/04/2014. Disfagia. Broncoaspiração X PNM (Pikus, Levine, Yang, 2003)

30/04/2014. Disfagia. Broncoaspiração X PNM (Pikus, Levine, Yang, 2003) MESA REDONDA IV Cuidados da fonoaudiologia: Diagnóstico e tratamento do paciente disfágico pós-estubação ou traqueostomizado Fga Luciana Passuello do Vale Prodomo Disfagia Qualquer problema no processo

Leia mais

TÓRAX Diagnóstico por Imagem nas Urgências. Leonardo Oliveira Moura

TÓRAX Diagnóstico por Imagem nas Urgências. Leonardo Oliveira Moura TÓRAX Diagnóstico por Imagem nas Urgências Leonardo Oliveira Moura Infecções pulmonares A radiografia simples é habitualmente o exame de imagem mais empregado, pelo seu menor custo e alta disponibilidade,

Leia mais

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIATORÁCICA PROCEDIMENTOS E HONORÁRIOS

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIATORÁCICA PROCEDIMENTOS E HONORÁRIOS SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIATORÁCICA PROCEDIMENTOS E HONORÁRIOS ATIVIDADES CLÍNICAS Consulta em consultório 178,48 Acompanhamento enfermaria - diária 178,48 Acompanhamento UTI - diária 178,48 Consulta

Leia mais

Fraturas Proximal do Fêmur: Fraturas do Colo do Fêmur Fraturas Transtrocanterianas do Fêmur

Fraturas Proximal do Fêmur: Fraturas do Colo do Fêmur Fraturas Transtrocanterianas do Fêmur Prof André Montillo Fraturas Proximal do Fêmur: Fraturas do Colo do Fêmur Fraturas Transtrocanterianas do Fêmur Fraturas Proximal do Fêmur: Anatomia: Elementos Ósseos Cabeça do Fêmur Trocanter Maior Colo

Leia mais